Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO PAULO
2023
BEATRIZ DE CASTRO SOUZA
SÃO PAULO
2023
BEATRIZ DE CASTRO SOUZA
Data: 24/03/2023
Menção _________________
Banca examinadora
JOSÉ DE ALENCAR
RESUMO
This paper focuses on the trajectory of José Martiniano de Alencar, one of the most
outstanding Brazilian writers in the representation of romanticism, an artistic-literary
movement that prevailed in the nineteenth century. It aims to identify the important
milestones in his life, such as his main novels: "O Guarani", "Iracema", "As Minas de Prata",
and "Senhora". To carry out this project, besides reading the book, there was research and
analysis of the film, produced in 1996. The results obtained were that Alencar dedicated
himself to portraying the life and culture of Brazil in his literary works, which address themes
such as the formation of national identity, social relations and the struggle for power.
Therefore, it is conclusively stated that José Martiniano de Alencar is considered an
important figure in the history of Brazilian literature and culture, having left a significant
legacy through his works and his political and
social actions
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
2. Infância e juventude de José de Alencar 1
3. Vida profissional 1
3.1. Textos políticos 3
4. Características das obras 1
5. Restante da vida 3
6. Homenagens 3
7. CONCLUSÃO 3
1. INTRODUÇÃO
José Martiniano de Alencar nasceu em Messejana, Ceará, em 1829, porém viveu a maior
parte da existência no Rio de Janeiro. Dessa forma, atuou ao longo da vida, como
advogado, jornalista, romancista, dramaturgo, deputado, Ministro da Justiça, e imortalizou-
se como literato, sendo até hoje lembrado por sua relevância para a literatura nacional. É de
extrema importância ressaltar que Alencar é classificado como um escritor do romantismo,
especificamente da primeira fase do movimento, que se consolidou entre as décadas de
1840 e 1870. Dentre as vinte e uma obras criadas pelo autor, encontram-se características
indianistas, históricas e urbanas. Enfatizando o exemplar “O guarani”, que fez seu trabalho
ser notório e representou a temática indígena.
Por outro lado, no âmbito político José escreveu diversos tratados, cartas políticas, artigos
de jornais e discursos. Considerando que as cartas intituladas “Cartas de Erasmo” foram
publicadas com o objetivo de criticar o governo de Dom Pedro II, impactando sua atuação
política e levando-o a desistir de seguir a carreira política, focando na literatura. Entretanto,
atingido pela tuberculose, Alencar morreu em 12 de dezembro de 1877, com apenas 48
anos. Portanto, José de Alencar foi um figura proeminente desse século no Brasil, sendo
denominado como o “patriarca da literatura brasileira”.
2. Infância e juventude de José de Alencar
José Martiniano de Alencar Junior, nasceu no dia 1 de maio de 1829 no sítio Alagadiço
Novo, em Messejana, Ceará. Era filho de um casal de primos: José Martiniano de Alencar e
de Ana Josefina, que se casaram após seu pai desistir da batina, causando um certo
escândalo. É importante salientar, que pelo parentesco paterno, José de Alencar é neto do
comerciante português José Gonçalves dos Santos e de D. Bárbara de Alencar, uma
pernambucana considerada heroína da revolução de 1817.
Portanto, em 1838 José de Alencar viajou com sua família do Ceará à Bahia, passando
pelos interiores e chegando a grande cidade do Rio de Janeiro. No Rio, seu pai começou
uma carreira política, sendo em sua casa que planejaram a maioridade de D. Pedro II,
decretada em 1840, mesma cidade que José frequentou o Colégio de Instrução Elementar.
Desse modo, Alencar relata em "Como e porque sou romancista", que desde criança
gostava de ler, sendo o “ledor” oficial da família: “Era eu quem lia para minha boa mãe não
somente as cartas e os jornais, como os volumes de uma diminuta livraria romântica
formada ao gosto do tempo” (ALENCAR, 1893, p. 17). Além disso, nas reuniões em sua
casa, era chamado a ler para as senhoras, enquanto estas executavam serviços de costura,
fazendo-o com muita emoção. Por isso, já adulto, questionou-se se teria sido aquela leitura
constante de novelas e romances crucial para a sua propensão ao romantismo, seu modelo
literário predileto, complementando que ninguém irá refutar a influência das primeiras
impressões. Essa afeição pelas letras conduziu-o não somente ao romance, mas também
ao Direito, em 1846, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Ademais, nesse
mesmo período constituiu a revista “Ensaios literários” na qual publicou o artigo “Questões
de Estilo”, após um ano iniciou seu primeiro romance “Os Contrabandistas”, que manteve-se
inacabado.
Em 1851 José de Alencar se formou em direito, ao mesmo tempo em que escrevia dois
romances prestigiados: “Alma de Lázaro” e “O Ermitão da Glória”, tais histórias foram
publicadas apenas no fim de sua vida. Com isso, José de Alencar retornou ao Rio de
Janeiro e exerceu a advocacia. Entretanto, em 1854, ingressou no correio mercantil e
dissertava sobre os novos livros, acontecimentos sociais, lançamentos de peças teatrais e
temáticas políticas. Após um ano, José assumiu o cargo de gerente e redator-chefe do
“Diário do Rio”, no qual divulgou, em formato de folhetim, “Cinco Minutos” o seu primeiro
romance publicado. Porém, começou a ser reconhecido após criticar o poema épico de
Domingos Gonçalves Magalhães, chefe da literatura brasileira, nas cartas sobre a
confederação dos tamoios, que utilizou o pseudônimo de Ig. Nelas. Posteriormente, publicou
“A Viuvinha”, mas o ápice de sua fama foi somente quando lançou o renomado romance “O
Guarani”, também em modelo de folhetim, fazendo tanto sucesso que logo passou a ser
editado como livro.
No âmbito político, Alencar seguiu os passos de seu pai abandonando o jornalismo e se
tornando Chefe da Secretária do Ministério da Justiça. Além disso, conquistou o cargo de
conselheiro ao mesmo tempo que lecionava direito mercantil. Após o falecimento de seu pai,
em 1860, se candidatou a deputado do Ceará pelo partido conservador, sendo reeleito
consecutivamente por três anos. Subindo de cargo, foi eleito também a senador, mas por
consequências da publicação das Cartas Abertas, Dom Pedro II impediu-o de concluir a
candidatura. Sendo assim, voltou para a Câmara, onde permaneceu até 1877, porém
rompido com o partido Conservador.
Alencar foi um grande polemista de sua época, escrevendo tratados, ensaios, discursos,
artigos de jornais, cartas políticas, dentre outros. Tendo em vista que as ideias do autor
influenciaram na formação do pensamento brasileiro, evidenciamos as publicações das
“Cartas de Erasmo”, escritas entre 1865 e 1868, sob o pseudônimo de Erasmo e visam
críticas ao imperador D. Pedro II. Nesse compilado, possui ao todo sete cartas, encontram-
se a apologia de uma política externa “pacífica”, gerando também a ideia de que o povo
brasileiro é um povo pacífica. Bem como a polêmica “Carta a favor da escravidão”, em que
defende abertamente a manutenção do sistema escravista, elencando teorias racistas e
principalmente econômicas para embasar seu argumento. Sendo o próprio Alencar um
latifundiário, via-se que argumentava a seu próprio favor.
4. Características das obras de José de Alencar
José de Alencar é considerado uma figura importante na história da literatura, o qual inibiu
propositalmente suas obras de características estéticas vindas de Portugal, tornando-se o
primeiro escritor brasileiro com foco em produzir uma cultura literária genuinamente
brasileira. Com isso, prezou pela propagação da história e cultura Brasileira, simplificando a
linguagem, trazendo narrativas acessíveis e mais próximas da linguagem falada por aqui,
tendo em vista que essa construção de uma identidade nacional era o viés essencial do
romantismo, e Alencar foi seu maior entusiasta. Além do estilo de escrita, a realidade do
Brasil era retratada em seus exemplares que possuíam características indianistas, urbanos,
históricos e regionalistas.
Dessa forma, a indianista é a principal em retratar e representar a temática indígena, sendo
uma trilogia constituída por O guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874). Dentre
essas obras, evidenciando o primeiro exemplar da trilogia, sendo um dos primeiros
romances publicados por José de Alencar e fez seu trabalho ser reconhecido pelo público
aos 27 anos, em “O Guarani” é relatado a história de Peri, um índio da tribo dos Goitacases,
considerado o herói da trama, no desenvolver constrói uma relação com a família de dom
Antônio de Mariz, um fidalgo português. Com isso, o índio usa sua força e lealdade para
proteger a Cecilia, filha do burguês dom Antônio. Contudo, o irmão de Ceci mata
acidentalmente uma índia aimoré, fazendo a família portuguesa correr perigo, pois a tribo
busca vingança, mas a família contará com a proteção de Peri, o bravo herói brasileiro.
Nesse cenário, é possível identificar as influências da viagem que o autor fez para cidade
em que viveu a maior parte de sua vida, o Rio de Janeiro, além das características do
romantismo, o índio como herói nacional e o valorização da natureza.
5. Restante da vida
Em 1864, casou-se com Georgiana Augusta Cochrane (1846-1913), com quem teve seis
filhos. Entre eles, Mário Alencar seguiu a carreira de letras do pai e Augusto Cochrane de
Alencar se tornou embaixador. José de Alencar foi um dos poucos autores de sua época
que foram consagrados ainda em vida, ao ponto de ser aclamado por Machado de Assis,
como "o chefe da literatura nacional, por isso o mesmo nomeou-o patrono da cadeira nº 23
da Academia Brasileira de Letras. Por fim, em 1877 faleceu em virtude de complicações da
tuberculose e encontra-se sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
6. Homenagens
Ao longo dos anos José de Alencar foi homenageado algumas vezes, uma dessas
homenagens foi o teatro José de Alencar, localizado em Fortaleza, Ceará. O teatro começou
a ser construído em 1910, enquanto Fortaleza ainda tinha nenhuma construção do tipo. Via-
se a necessidade de espaço para apresentações artísticas, tendo em vista que a cidade
sempre se destacou por ser o berço de literários e artista teatrais, como José de Alencar
literário que teve seu nome dado ao teatro.
Outra homenagem importante é sua estátua, Inaugurada em 1897, no Rio de Janeiro pelo
escultor Rodolfo Bernardelli, a obra tem em seu topo uma estátua de José de Alencar em
bronze com os trajes da época. Sentado em uma pose elegante, tem em suas mãos um
lápis e uma folha, dando a representação um contorno intelectual. Os quatro baixos-relevos
simbolizam passagens dos livros famosos de Alencar, como O Guarani (1857), Iracema
(1865), O Gaúcho (1870) e O Sertanejo (1875).
Fonte:
Fonte:
Conclusão
REFERÊNCIAS
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/amp/noticias/almanaque/historia-jose-de-alencar-defendeu-
a-escravidao.phtml < Acesso às 16h03 do dia 23/02/2023 >
ANEXOS
III. Seu projeto literário estava voltado para a construção da cultura brasileira, no qual o
romance indianista ganhou papel de destaque;
IV. José de Alencar foi o primeiro grande poeta social brasileiro, conciliando ideias de
reforma social com aspectos específicos da poesia.
V. Retratou o lado feio e esquecido pelos primeiros românticos: a escravidão dos negros, a
opressão e a ignorância do povo brasileiro.
a) IV e V estão corretas.