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Autores e Obras
BIOGRAFIA
Lygia Fagundes Telles, escritora brasileira, nasceu em 19 de abril de
1923, em São Paulo, e faleceu em 3 de abril de 2022, aos 98 anos.
Publicou seu primeiro livro de contos — Porões e sobrados — em 1938.
Formada em Direito, trabalhou como procuradora do Instituto de
Previdência do Estado de São Paulo, foi presidente da Cinemateca
Brasileira e fez parte da comissão que, em 1977, entregou ao ministro da
Justiça o Manifesto dos intelectuais, abaixo-assinado contra a censura.
Conquistas
A escritora, membro da Academia Brasileira de Letras e ganhadora de
prêmios como o Jabuti e Camões, faz parte da terceira geração
modernista (ou pós-modernismo). Assim, suas narrativas caracterizam-
se por uma prosa intimista, centrada na dimensão psicológica dos
personagens e, algumas vezes, marcadas pelo realismo mágico ou
fantástico, sem perder de vista a visão política e social de seu tempo,
pois, como afirma a autora: “Sou, como escritora, uma testemunha
desse nosso tempo e dessa nossa sociedade”.
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16. Conrado Wessel (2015)
• Prosa intimista.
• Conflito existencial.
• Fluxo de consciência ou monólogo interior.
• Personagens imersos em dúvidas e incertezas.
• Fragmentação da narrativa.
• Dimensão psicológica dos personagens.
• Foco nas relações humanas.
• Contextualização sociopolítica.
• Realismo mágico ou fantástico.
OBRAS
• Porão e sobrado (1938) — contos
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• As meninas (1973) — romance
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Este conto apresenta uma discussão entre duas jovens que irão a um baile
de carnaval, cuja fantasia seria “verde”, daí o nome do conto. Lu, a
empregada, já está pronta, mas Tatisa ainda tem de colar as lantejoulas na
saia. Por isso, pede a ajuda da empregada, que passa o tempo todo
dizendo que vai se atrasar e o namorado “vai ficar uma fera”.
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iminente da “morte” contrasta com o ambiente festivo e movimentado da
rua, que representa uma oportunidade de fuga da realidade para as
personagens em busca do prazer carnal. É tanto que Tatisa reclama o
tempo todo do calor sufocante e da sede, recorrendo ao uísque e à janela
para tomar fôlego, pretexto para fugir desse ambiente funesto.
O desfecho deste conto não é previsível. O leitor espera que Tatisa desista
do baile e faça companhia ao pai, como se esperaria que uma filha
fizesse. No entanto, a personagem evita entrar no quarto, com medo de
que o pai esteja morto e isso atrapalhe o baile. Tudo o que ela quer é que
a empregada cuide do pai ao menos naquele dia, para que possa se
divertir.
As personagens não têm coragem de espiar o enfermo. Lu solta a mão de
Tatisa e sai de fininho, enlevada pelo som das buzinas na rua. Tatisa,
apavorada pelo “poderoso som do relógio”, sai correndo em direção à
empregada, chamando aflitamente por ela. Uma imagem simbólica
desfecha o conto: “apoiada pelo corrimão, colada a ele, desceu
precipitadamente. Quando bateu a porta atrás de si, rolaram pela escada
algumas lantejoulas verdes na mesma direção, como se quisessem
alcançá-las”. O ambiente estava tão sombrio, sinistro, que até as
lantejoulas caídas da fantasia de Tatisa rolam escada abaixo, também
querendo fugir daquele ambiente funesto.
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JOSÉ DE
ALENCAR
BIOGRAFIA
José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829 na cidade de
Messejana, no Ceará . Com apenas 1 ano de idade, sua família muda-se
para o Rio de Janeiro, que na época era capital do Império do Brasil.
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José de Alencar foi uma figura multifacetada, exerceu sua profissão de
advogado e atuou na política elegendo-se Deputado Estadual do Ceará
(1861). Foi também chefe da Secretaria do Ministério da Justiça (1859) e
Ministro da Justiça (1868-1870).
OBRAS
Suas obras foram marcadas, em sua maioria, por temáticas voltadas
para o nacionalismo, a história e a cultura popular brasileira.
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Outra importante característica refere-se à linguagem, uma vez que
Alencar foi um grande inovador da língua portuguesa e valorizou uma
linguagem mais nacional.
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Assim, Alencar contou através da história de amor de Peri e Ceci em “O
Guarani” o tema da miscigenação entre o índio e o branco.
FAGUNDES
VARELA
BIOGRAFIA
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ao se casar com uma artista de circo chamada Alice Guilhermina Luande.
O circo, onde o poeta chegou a recitar alguns poemas, era do pai de sua
esposa.
Fuga da realidade
Morbidez
Pessimismo
Exagero sentimental
Individualismo
Temática amorosa
Idealização da mulher
Mal do século: tédio e melancolia
Locus horrendus: lugar tempestuoso
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Além disso, a poesia de Varela é marcada pela angústia e pelo
sofrimento. Alguns de seus poemas apresentam o bucolismo e o
patriotismo da primeira geração. O poeta possui, também, versos com
temática religiosa, e, apesar de fazer parte, oficialmente, da segunda
geração romântica, é considerado, por alguns estudiosos, como um
autor de transição entre a segunda e a terceira geração. Desse modo,
sua poesia apresenta outras peculiaridades, como crítica social e
temática abolicionista.
OBRAS
Noturnas (1861)
O estandarte auriverde (1863)
Vozes da América (1864)
Cantos e fantasias (1865)
Cantos meridionais (1869)
Cantos do ermo e da cidade (1869)
Anchieta ou O Evangelho nas selvas (1875)
Cantos religiosos (1878)
Diário de Lázaro (1880)
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Encontramos alguns poemas tristes em Cantos e Fantasias, apesar
de a tristeza não ser o foco central dos poemas.
CASTRO
ALVES
Castro Alves, ou Antônio Frederico Castro Alves, é um poeta romântico
do século XIX. Nasceu em Muritiba, no estado da Bahia, em 1847, e
morreu em Salvador, no ano de 1871. É conhecido como o “Poeta dos
Escravos”, em função de suas poesias de cunho abolicionista. O escritor
também escreveu poemas de amor, mas sua poesia de cunho social fez
dele o principal nome da terceira geração romântica.
BIOGRAFIA
O poeta brasileiro Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847. Seu
interesse pela poesia começou na infância, quando estudava na Escola
do Barão de Macaúbas. Sua vida literária solidificou-se quando ele
ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1864, onde passou a ser
conhecido pelos seus versos.
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Em 1866, o poeta apaixonou-se pela atriz e poetisa portuguesa Eugênia
Câmara (1837-1874), que passou a exercer influência em sua vida e
obra. Apesar disso, a fama do Poeta dos Escravos não se deve a suas
poesias de amor, mas à sua poesia de cunho social. Em 1868, Castro
Alves mudou-se para São Paulo, em companhia de Eugênia Câmara, que
acabou rompendo com o poeta.
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• Os poetas pretendiam atingir um grande número de
pessoas: declamavam suas poesias em teatros e em praças
públicas.
OBRAS
São obras do autor:
• Os escravos (1883)
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Alguns poemas do livro tratam da própria arte poética, permitindo
entrever a crença do poeta de que a poesia, mais que dom ou vocação,
era um estigma a que o indivíduo simplesmente não conseguia resistir e
que lhe marcava a existência
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