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PORTFÓLIO

Autores e Obras

Alêssa Kelly Mendonça Marcelino dos Santos


1⁰ Ano A
EEMF José Bezerra de Menezes
SUMÁRIO

AUTORES E OBRAS ....................................................

Lygia Fagundes Telles : O Baile Verde ............................................................ 1,2,3,4,5,6


José de Alencar : O Guarani ..................................................................................... 7,8,9
Fagundes Varela : Contos e Fantasias ............................................................... 10,11,12
Castro Alves : As espumas flutuantes .......................................................... 13,14,15,16
LYGIA
FAGUNDES
TELLES

Lygia Fagundes Telles foi uma contista e romancista brasileira. Suas


obras apresentam características da terceira geração modernista.

BIOGRAFIA
Lygia Fagundes Telles, escritora brasileira, nasceu em 19 de abril de
1923, em São Paulo, e faleceu em 3 de abril de 2022, aos 98 anos.
Publicou seu primeiro livro de contos — Porões e sobrados — em 1938.
Formada em Direito, trabalhou como procuradora do Instituto de
Previdência do Estado de São Paulo, foi presidente da Cinemateca
Brasileira e fez parte da comissão que, em 1977, entregou ao ministro da
Justiça o Manifesto dos intelectuais, abaixo-assinado contra a censura.

A partir de 1939, estudou na Escola Superior de Educação Física, da


Universidade de São Paulo (USP), e também na Faculdade de Direito do
Largo de São Francisco, além de trabalhar na Secretaria de Agricultura.
Após formar-se em Direito, em 1945, ela se casou com seu professor de
direito internacional privado, em 1947, Goffredo da Silva Telles Júnior
(1915-2009), do qual se divorciaria em 1960 e de quem adotou o
sobrenome Telles.

Conquistas
A escritora, membro da Academia Brasileira de Letras e ganhadora de
prêmios como o Jabuti e Camões, faz parte da terceira geração
modernista (ou pós-modernismo). Assim, suas narrativas caracterizam-
se por uma prosa intimista, centrada na dimensão psicológica dos
personagens e, algumas vezes, marcadas pelo realismo mágico ou
fantástico, sem perder de vista a visão política e social de seu tempo,
pois, como afirma a autora: “Sou, como escritora, uma testemunha
desse nosso tempo e dessa nossa sociedade”.

A romancista e contista, que faleceu em 3 de abril de 2022, foi eleita


para a Academia Brasileira de Letras em 1985, além de receber os
seguintes prêmios:

1. Instituto Nacional do Livro (1958)


2. Jabuti (1966, 1974, 1996 e 2001)
3. Grande Prêmio Internacional Feminino para Contos Estrangeiros
(1969) — França
4. Candango (1969)
5. Guimarães Rosa (1972)
6. Coelho Neto (1974)
7. APCA (1974, 1980, 2001 e 2007)
8. PEN Clube do Brasil (1977)
9. Pedro Nava (1989)
10. Arthur Azevedo (1995)
11. APLUB (1995)
12. Camões (2005)
13. Mulheres mais Influentes (2007)
14. Dra. Maria Imaculada Xavier da Silveira (2008)
15. Juca Pato (2009)

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16. Conrado Wessel (2015)

Estilo literário de Lygia


Fagundes Telles
Lygia Fagundes Telles faz parte da terceira geração modernista (ou pós-
modernismo). Desse modo, suas obras apresentam as seguintes
características:

• Prosa intimista.
• Conflito existencial.
• Fluxo de consciência ou monólogo interior.
• Personagens imersos em dúvidas e incertezas.
• Fragmentação da narrativa.
• Dimensão psicológica dos personagens.
• Foco nas relações humanas.
• Contextualização sociopolítica.
• Realismo mágico ou fantástico.

OBRAS
• Porão e sobrado (1938) — contos

• Praia viva (1944) — contos

• O cacto vermelho (1949) — contos

• Ciranda de pedra (1954) — romance

• Histórias do desencontro (1958) — contos

• Verão no aquário (1963) — romance

• Antes do baile verde (1970) — contos

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• As meninas (1973) — romance

• Seminário dos ratos (1977) — contos

• A disciplina do amor (1980) — memórias

• Venha ver o pôr do sol e outros contos (1987) — contos

• As horas nuas (1989) — romance

• A estrutura da bolha de sabão (1991) — contos

• A noite escura e mais eu (1995) — contos

• Oito contos de amor (1996) — contos

• Invenção e memória (2000) — contos

• Durante aquele estranho chá (2002) — memórias

• Conspiração de nuvens (2007) — contos

• Passaporte para a China (2011) — crônicas

• Um coração ardente (2012) — contos

• O segredo e outras histórias de descoberta (2012) — contos

Obra Tema: Antes do Baile


Verde
O conto “Antes do baile verde”, de Lygia Fagundes Teles, aborda uma
temática já expressa numa afirmação da autora numa entrevista, quando
indagada se concordava que sua obra expressava uma visão desencantada
das coisas. Ela afirma ter fascinação sobre temas como “a loucura; a luta
do homem, seus medos e fragilidade, seus sofrimentos e solidão; o amor;
a morte”.

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Este conto apresenta uma discussão entre duas jovens que irão a um baile
de carnaval, cuja fantasia seria “verde”, daí o nome do conto. Lu, a
empregada, já está pronta, mas Tatisa ainda tem de colar as lantejoulas na
saia. Por isso, pede a ajuda da empregada, que passa o tempo todo
dizendo que vai se atrasar e o namorado “vai ficar uma fera”.

No desenrolar da narrativa aparece o “problema” que vai ser a causa da


discussão entre as duas personagens: a simples afirmação “ele está
morrendo”, feita pela empregada. A partir daí, mediante falas
fragmentadas, o leitor vai enlaçando os fios onde a história é tecida: o pai
de Tatisa é um idoso, de 66 anos, que sofre de uma doença incurável, em
fase terminal. A discussão gera em torno do atraso ao baile e de quem
ficará com o idoso doente, mas não numa seqüência linear. Entre uma
discussão e outra, relembram os outros bailes, mas de repente as
personagens retomam a discussão novamente.

Essa fuga da realidade, apresentada no conto sob a constante mudança de


assunto, a empolgação para cair na folia, não quer dizer que Tatisa não
aceita o fato de o pai estar morrendo. Na realidade, a empolgação com a
fantasia “verde” é uma forma de perder a identidade, desobrigando assim
Tatisa de desempenhar o papel social de filha que, num momento desses,
espera-se que esteja aflita no leito de morte do pai.
Há uma forte simbologia entre o papel assumido pelas duas personagens
neste conto. Lu mantém uma postura racional perante o problema,
aconselhando Tatisa a esquecer o baile e tomar conta do pai moribundo.
Já Tatisa mantém uma postura, por assim dizer, irresponsável, mais
ligada ao instinto que à razão. O caráter simbólico de Lu pode ser tomado
pela própria consciência de Tatisa, representando assim a luta travada
entre a razão e o instinto, escolher entre o certo (pensar no outro, neste
caso, o pai) e o prazeroso (buscar seu próprio bem-estar, atitude egoísta).

Além desta simbologia, o conto apresenta outros contrastes simbólicos


em sua construção. O ambiente opressivo da casa, marcado pela presença

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iminente da “morte” contrasta com o ambiente festivo e movimentado da
rua, que representa uma oportunidade de fuga da realidade para as
personagens em busca do prazer carnal. É tanto que Tatisa reclama o
tempo todo do calor sufocante e da sede, recorrendo ao uísque e à janela
para tomar fôlego, pretexto para fugir desse ambiente funesto.
O desfecho deste conto não é previsível. O leitor espera que Tatisa desista
do baile e faça companhia ao pai, como se esperaria que uma filha
fizesse. No entanto, a personagem evita entrar no quarto, com medo de
que o pai esteja morto e isso atrapalhe o baile. Tudo o que ela quer é que
a empregada cuide do pai ao menos naquele dia, para que possa se
divertir.
As personagens não têm coragem de espiar o enfermo. Lu solta a mão de
Tatisa e sai de fininho, enlevada pelo som das buzinas na rua. Tatisa,
apavorada pelo “poderoso som do relógio”, sai correndo em direção à
empregada, chamando aflitamente por ela. Uma imagem simbólica
desfecha o conto: “apoiada pelo corrimão, colada a ele, desceu
precipitadamente. Quando bateu a porta atrás de si, rolaram pela escada
algumas lantejoulas verdes na mesma direção, como se quisessem
alcançá-las”. O ambiente estava tão sombrio, sinistro, que até as
lantejoulas caídas da fantasia de Tatisa rolam escada abaixo, também
querendo fugir daquele ambiente funesto.

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JOSÉ DE
ALENCAR

José de Alencar é considerado um dos maiores expoentes do


romantismo no Brasil.

Atuou como jornalista, crítico, advogado, dramaturgo e político. Além


disso, foi Patrono da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras
(ABL).

Na primeira geração romântica, com teor nacionalista e indianista,


Alencar exaltou diversos aspectos nacionais e a figura do índio como
herói brasileiro.

BIOGRAFIA
José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829 na cidade de
Messejana, no Ceará . Com apenas 1 ano de idade, sua família muda-se
para o Rio de Janeiro, que na época era capital do Império do Brasil.

Estudou no Colégio de Instrução Elementar e, em 1846, com 17 anos,


Ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na capital
paulista, formando-se em 1850. Durante esses anos na Universidade,
criou a revista intitulada “Ensaios Literários”.

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José de Alencar foi uma figura multifacetada, exerceu sua profissão de
advogado e atuou na política elegendo-se Deputado Estadual do Ceará
(1861). Foi também chefe da Secretaria do Ministério da Justiça (1859) e
Ministro da Justiça (1868-1870).

Atuou como jornalista no “Correio Mercantil” (1854) e redator-chefe no


“Diário do Rio de Janeiro” a partir de 1856. Nesse mesmo ano, publicou
seu primeiro romance: “Cinco Minutos”.

Estilo Literário de José de


Alencar
O autor pertence ao movimento do romantismo brasileiro, que se
consolidou principalmente entre as décadas de 1840 e 1870. José de
Alencar fez parte da 1ª geração de românticos no Brasil, sendo o maior
nome da prosa indianista, temática de cunho nacionalista, que recebe o
nome pela idealização da figura do indígena, tratada como herói
nacional.

Das características do romantismo, talvez a que mais influenciou José de


Alencar tenha sido essa tentativa de criar uma tradição cultural
brasileira, embasada principalmente nos romances indianistas e
históricos, que, respectivamente, heroicizavam os primeiros habitantes
do Brasil e recontavam o passado nacional.

Fazem parte do estilo de Alencar as temáticas românticas


de idealização do herói e do sentimento amoroso, bem como
as narrativas subjetivas, centradas na percepção que o indivíduo possui
do mundo, e a exaltação da natureza, principalmente enquanto
paisagem nacional por excelência.

OBRAS
Suas obras foram marcadas, em sua maioria, por temáticas voltadas
para o nacionalismo, a história e a cultura popular brasileira.

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Outra importante característica refere-se à linguagem, uma vez que
Alencar foi um grande inovador da língua portuguesa e valorizou uma
linguagem mais nacional.

Algumas de suas obras que merecem destaque:

• Cinco Minutos (1856)


• A Viuvinha (1857)
• O Guarani (1857)
• Lucíola (1862)
• Diva (1864)
• Iracema (1865)
• O Gaúcho (1870)
• O Tronco do Ipê (1871)
• Sonhos D'ouro (1872)
• Alfarrábios (1873)
• Ubirajara (1874)
• O Sertanejo (1875)
• Senhora (1875)
• Encarnação (1877)
• Verso e reverso (1857)
• O demônio familiar (1857)
• As asas de um anjo (1858)
• Mãe (1860)
• O jesuíta (1875)

Obra Tema: O Guarani


Do ponto de vista romântico, a história gira em torno de Cecília que é
cobiçada pelo aventureiro espanhol Gonzales e Dom Álvaro, nobre
português. Por engano, um dos caçadores subordinados a Dom Antônio
mata uma jovem índia da tribo do Aimorés e os índios querem vingança.

José de Alencar expressa o nacionalismo romântico, principal


característica da primeira geração romântica. Assim, ele enfatiza a
questão nacional através da terra e do índio, considerado nesse
momento como o herói nacional. Dessa forma, Peri torna-se a
idealização romântica típica do romantismo.
José de Alencar tinha a intenção de criar obras que mostrassem a
realidade brasileira de sua época, exibindo as belezas do Brasil e o índio.

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Assim, Alencar contou através da história de amor de Peri e Ceci em “O
Guarani” o tema da miscigenação entre o índio e o branco.

FAGUNDES
VARELA

BIOGRAFIA

Fagundes Varela (ou Luís Nicolau Fagundes Varela) nasceu em 17 de


agosto de 1841, em Rio Claro (na época, vila de São João Marcos), no
estado do Rio de Janeiro. Seu pai era juiz nessa vila. Ali, o poeta viveu
sua infância em uma fazenda. Em 1851, devido à profissão do pai,
mudou-se para Catalão, no estado de Goiás.

Em seguida, sua família morou em Angra dos Reis (a partir de 1852),


onde Varela ficou amigo do escritor José Ferreira de Menezes; em
Petrópolis (de 1854 a 1858); e em Niterói, para onde se mudou em 1858.
Ainda, no ano seguinte, o escritor partiu rumo a São Paulo, onde, em
1862, iniciou a faculdade de Direito.

Como outros poetas da época, o autor se tornou um boêmio. Também


publicou poemas em periódicos. Seu artigo “O drama moderno” foi
publicado na Revista Dramática, em 1860. Escreveu, também, contos
para o Correio Paulistano, em 1861. No ano seguinte, chocou sua família

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ao se casar com uma artista de circo chamada Alice Guilhermina Luande.
O circo, onde o poeta chegou a recitar alguns poemas, era do pai de sua
esposa.

Fagundes Varela enfrentou dificuldades financeiras e se entregou ao


alcoolismo. Isso não impediu que continuasse a escrever nem que, em
1865, se transferisse para a faculdade de Direito do Recife. Contudo,
nesse ano, sua esposa faleceu.

Assim, o poeta precisou voltar a São Paulo, onde, no ano seguinte,


decidiu retomar o curso de Direito, mas logo o abandonou novamente e
voltou a viver na fazenda paterna. Então se casou com sua prima Maria
Belisária de Brito Lambert. Em 1870, mudou-se para Niterói, onde
morreu em 18 de fevereiro de 1875, vítima de derrame cerebral.

Estilo Literário de Fagundes


Varela
Fagundes Varela é considerado um autor do ultrarromantismo brasileiro,
portanto, suas poesias apresentam as seguintes características:

Fuga da realidade
Morbidez
Pessimismo
Exagero sentimental
Individualismo
Temática amorosa
Idealização da mulher
Mal do século: tédio e melancolia
Locus horrendus: lugar tempestuoso

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Além disso, a poesia de Varela é marcada pela angústia e pelo
sofrimento. Alguns de seus poemas apresentam o bucolismo e o
patriotismo da primeira geração. O poeta possui, também, versos com
temática religiosa, e, apesar de fazer parte, oficialmente, da segunda
geração romântica, é considerado, por alguns estudiosos, como um
autor de transição entre a segunda e a terceira geração. Desse modo,
sua poesia apresenta outras peculiaridades, como crítica social e
temática abolicionista.

OBRAS
Noturnas (1861)
O estandarte auriverde (1863)
Vozes da América (1864)
Cantos e fantasias (1865)
Cantos meridionais (1869)
Cantos do ermo e da cidade (1869)
Anchieta ou O Evangelho nas selvas (1875)
Cantos religiosos (1878)
Diário de Lázaro (1880)

Obra Tema: Contos e


Fantasias
Cantos e Fantasias é um livro de poemas de Fagundes Varela. O
autor fez parte da segunda geração romantista no Brasil, que como
eu havia dito na resenha de Lira dos vinte anos, era composta por
autores melancólicos e pessimistas, e todos morreram cedo.

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Encontramos alguns poemas tristes em Cantos e Fantasias, apesar
de a tristeza não ser o foco central dos poemas.

Poeta talentoso, exercitou sua pena em várias vertentes. Deu continuidade


à lírica amorosa de tonalidades melancólicas e manifestou o idealismo
libertário de sua geração em peças épicas, dedicadas à democracia e à
causa abolicionista. Da natureza americana nos legou imagens
exuberantes, que fazem um contraponto com as descrições minuciosas do
meio rural e os ritmos populares, por meio dos quais procurou afastar-se
do excesso de lusitanismos. Testando formas e inflexões novas, a poesia de
Varela marca a transição para a última fase do romantismo entre nós.

CASTRO
ALVES
Castro Alves, ou Antônio Frederico Castro Alves, é um poeta romântico
do século XIX. Nasceu em Muritiba, no estado da Bahia, em 1847, e
morreu em Salvador, no ano de 1871. É conhecido como o “Poeta dos
Escravos”, em função de suas poesias de cunho abolicionista. O escritor
também escreveu poemas de amor, mas sua poesia de cunho social fez
dele o principal nome da terceira geração romântica.

BIOGRAFIA
O poeta brasileiro Castro Alves nasceu em 14 de março de 1847. Seu
interesse pela poesia começou na infância, quando estudava na Escola
do Barão de Macaúbas. Sua vida literária solidificou-se quando ele
ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1864, onde passou a ser
conhecido pelos seus versos.

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Em 1866, o poeta apaixonou-se pela atriz e poetisa portuguesa Eugênia
Câmara (1837-1874), que passou a exercer influência em sua vida e
obra. Apesar disso, a fama do Poeta dos Escravos não se deve a suas
poesias de amor, mas à sua poesia de cunho social. Em 1868, Castro
Alves mudou-se para São Paulo, em companhia de Eugênia Câmara, que
acabou rompendo com o poeta.

A partir daí, a vida do poeta assumiu um caráter trágico. Em 1869, Castro


Alves, acidentalmente, durante uma caçada, deu um tiro no pé
esquerdo, que precisou ser amputado. Com a saúde frágil desde os 17
anos, devido à tuberculose, não conseguiu vencer a doença e morreu
em 6 de julho de 1871, com 24 anos de idade, deixando inacabado o seu
livro Os escravos.

Estilo Literário de Castro


Alves
Castro Alves pertence à terceira geração romântica, que apresenta as
seguintes características:

• Poesia de cunho social: temática voltada para problemas sociais


e políticos do país.

• O condor como símbolo da liberdade: o condor, ave da


Cordilheira dos Andes, representava o poeta dessa geração;
assim como essa ave, ele conseguiria ver a realidade “de cima”,
isto é, a partir de um campo de visão mais amplo.

• Os condoreiros participavam dos debates sociais: esses poetas


estavam atentos aos problemas sociais do país e usavam sua
poesia para divulgar suas ideias e críticas.

• Sem fuga da realidade: ao contrário da segunda geração


romântica, o poeta condoreiro encarava a realidade de seu país e
buscava combater os problemas sociais.

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• Os poetas pretendiam atingir um grande número de
pessoas: declamavam suas poesias em teatros e em praças
públicas.

• Linguagem: uso de vocativos, exclamações e hipérboles, de modo


a despertar a emoção do leitor/ ouvinte, que, dessa forma, seria
motivado a tomar uma atitude

OBRAS
São obras do autor:

• Espumas flutuantes (1870)

• Gonzaga, ou a revolução de Minas (1875)

• A cachoeira de Paulo Afonso (1876)

• O navio negreiro (1880)

• Os escravos (1883)

Obra Tema: Espumas


flutuantes
Trata-se de uma obra extensa com 54 poemas, nos quais se destacam os
temas convencionais do romantismo. O próprio poeta faz questão de
estabelecer sua filiação romântica, colocando no volume algumas de
suas traduções de poemas do poeta inglês Byron, um dos maiores
nomes da escola romântica em seu país.

O sentimentalismo está disseminado por toda a obra, vale como


exemplo “O laço de fita”, poema que traz o clichê da comparação entre
a amada e a imagem de um anjo. Também a temática da morte, tão cara
aos poetas da segunda geração, marca presença aqui.

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Alguns poemas do livro tratam da própria arte poética, permitindo
entrever a crença do poeta de que a poesia, mais que dom ou vocação,
era um estigma a que o indivíduo simplesmente não conseguia resistir e
que lhe marcava a existência

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