Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9

Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA PDE/2013

Gostar de ler: uma abordagem através do gênero literário conto

Autor Dirce Maria Foetsch

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação Colégio Estadual do Campo Adão Sobocinski

do Projeto e sua localização

Município da escola Mallet

Núcleo Regional de Irati

Educação

Professor Orientador Prof.ª Dr.ª Maria Janaina Foggetti

Instituição de Ensino UNICENTRO

Superior

Relação Interdisciplinar Literatura

O presente material constitui-se em uma
Resumo
implementação pedagógica que aborda o gênero literário
conto como forma de atrair os adolescentes para o gosto
pela leitura.
O que se percebe é que alunos do 6º ao 9º anos
são indiferentes a gêneros literários. Porém, os assuntos
preferidos, humor e aventuras, indicam que o conto pode
ser um gênero bem recepcionado por eles. Alunos do 9º
ano, foco desta intervenção pedagógica, interessam-se
por temas como amor, morte, problemas sociais. A
versatilidade do conto no que diz respeito aos temas que
aborda, assim como sua narrativa breve, se adequam
com perfeição ao espaço e tempo da sala de aula.
O objetivo maior é despertar o interesse pela
leitura e, consequentemente, fazer com que o aluno
descubra o que lhe agrada e adquira a autonomia na
busca por obras literárias, sem cobrança para
vestibulares ou para obter nota em sala de aula.
Partindo da temática preferida pela turma,
procurarei desenvolver um trabalho a partir do gosto dos
estudantes para, aos poucos, aprofundar
significativamente o estudo com contos, aguçando a
curiosidade para textos maiores, propondo novas obras,
 expandindo as vivências culturais e existenciais dos
alunos, conduzindo-os a apreciar a leitura e construir
suas próprias impressões.
Palavras-chave Leitura. Contos Literários. Autonomia.

Formato do Material Unidade Didática

Didático

Público-Alvo Professores e alunos do 9º ano

APRESENTAÇÃO

A partir da elaboração do projeto “Gostar de ler: uma abordagem através

do gênero literário conto” foi produzido este material pedagógico, inserido na
categoria Unidade Didática. A elaboração desta Unidade Didática faz parte do
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da
Educação do Estado do Paraná como uma das metas estipuladas dentro das
produções didáticas.
Este trabalho será destinado a professores de Língua Portuguesa do
Ensino Fundamental com o objetivo de subsidiar e colaborar nos pressupostos
teóricos e práticas metodológicas da disciplina, como ferramenta para melhoria
da prática pedagógica no trabalho com a leitura de contos, mais
especificamente com alunos do 9º ano.
Através desta Unidade Didática vamos procurar evidenciar e propor
atividades que efetivem a leitura de contos literários, enfocando também a
oralidade e a escrita para a valorização das aulas de Língua Portuguesa. O
intuito é atender a proposta das DCEs (2008) no que tange ao ensino-
aprendizagem de Língua Portuguesa e objetivos propostos para o trabalho com
a Literatura: “a dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos
paradigmas envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto
como unidade fundamental de análise”. Assim, a literatura aparece como um
veículo importante no processo ensino-aprendizagem.
 A experiência de sala de aula mostra o desinteresse do aluno pelas
aulas de Língua Portuguesa, e também a falta de uma preferência literária ao
escolher um livro que desperte a curiosidade e o anseio em ler. Portanto, como
utilizar os contos literários em aulas de Língua Portuguesa e atrair
adolescentes para a leitura? Esta é a problemática a ser investigada, com
alunos do 9º ano do Colégio Estadual do Campo Adão Sobocinski, no turno
matutino.
Com as proposições apresentadas neste trabalho, pretende-se despertar
o gosto pela leitura utilizando-se de contos literários, propiciando a discussão a
partir de determinados temas e caracteristicas da linguagem literária para
expandir o universo reflexivo e os horizontes de leitura dos alunos.
Considerando que, para muitos, a escola é a principal fonte de informações, é
importante criar oportunidades de apresentar uma variedade de gêneros
textuais e, em meio às contradições, despertar o gosto literário.
Opta-se, aqui, pela metodologia baseada no Método Recepcional,
elaborado pelas professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar
(1988) e apresentado nos fundamentos e princípios da Estética da Recepção, o
qual inclui o leitor no ato da leitura.
A leitura não deve ser vista como uma recepção imposta e há a
necessidade de se definir uma metodologia que parta da realidade do aluno
para, em seguida, propor ações que rompam com o horizonte de expectativas
e ampliem esse horizonte, fazendo com que o leitor sinta-se parte do processo
e descubra sentido na leitura. Segundo Bordini e Aguiar (1988, p.85), “o
método recepcional de ensino funda-se na atitude participativa do aluno em
contato com os diferentes textos”. Portanto, neste trabalho serão apresentadas
atividades baseando-se neste método.
A proposta metodológica recepcional aprimorada por Bordini e Aguiar e
adaptada para esta produção compreende as seguintes etapas:

1ª. Determinação do horizonte de expectativas: será feita uma

pesquisa sobre o interesse dos alunos por determinadas leituras e serão
apresentados alguns contos para os grupos, abordando assuntos como morte,
vida e amor, que são temas recorrentes de interesse dos alunos do 9º ano.
 2ª. Atendimento do horizonte de expectativas: os textos escolhidos
devem agradar aos alunos e devem estar de acordo com o nível de
entendimento da turma para que sejam discutidos nos grupos e um de cada
grupo exponha à turma algumas reflexões feitas com os colegas.
3ª. Ruptura do horizonte de expectativas: propor a leitura de um dos
contos trabalhados anteriormente, preferido pela maioria da turma, explorando
o assunto, entre outras questões, e aprofundando a compreensão.
4ª. Questionamento do horizonte de expectativas: propor atividades
em grupo sobre o texto lido, fazendo uma pesquisa sobre a linguagem utilizada
e características do gênero conto. Discutem-se os resultados e uma nova
atividade deve ser feita envolvendo todos os alunos, que pode ser a
sistematização das características do gênero conto, usando mapas conceituais.
5ª. Ampliação do horizonte de expectativas: trazer outro texto e
sugerir atividades que aprofundem os conhecimentos que os estudantes
adquiriram com a leitura dos textos anteriores, com um grau de dificuldade
maior e, em seguida, retomar os passos seguidos e propor uma “feira livre”
(espaço onde farão a apresentação de obras literárias lidas fora da escola).

Esta Unidade Didática é composta de cinco Módulos a serem

desenvolvidos no primeiro bimestre como orientação do PDE. A organização
do conteúdo apresenta-se da seguinte forma: no módulo introdutório, inicia-se
a atividade com um questionário de pesquisa para, em seguida, trabalhar-se
com uma música e um poema que falam da passagem do tempo, dos sonhos
em relação à vivência humana, que introduzem a temática VIDA E MORTE. No
segundo módulo, a partir do tema VIDA E MORTE, iniciar com uma notícia
atual para provocar a discussão e prosseguir o trabalho com contos literários
selecionados, atendendo os horizontes de expectativa dos alunos e
aprofundando a compreensão do texto e iniciando a exploração oral e escrita
de elementos que compõem a estrutura do conto. No terceiro módulo, com o
tema AMOR, questionar e ampliar os horizontes de expectativa; a proposta é
trabalhar com um soneto e explorar mais um conto em todos os aspectos
estruturais e da temática que o envolve, finalizando a etapa com a produção de
um conto pelos alunos a partir de uma foto particular, tirada por cada aluno de
uma cena ou pessoas conhecidas. No quarto módulo, propõe-se a organização
de um dia para a apresentação de obras lidas pelos alunos no decorrer de suas
vidas, no intuito de ampliar ainda mais os horizontes de expectativa e
proporcionar momento de socialização das leituras realizadas. O objetivo maior
desta “propaganda” dos livros é incentivar os colegas para a leitura autônoma
das obras comentadas. Após essa feira de livros, proporcionar tempo para que
cada aluno escolha um livro ali apresentado e leia-o. Finalmente, no quinto
módulo, abre-se espaço para a revisão dos conceitos básicos da narrativa
estudados e confecção de um mapa conceitual. Prevê-se também a
sistematização das atividades com exposição em murais e apresentação para
os pais e comunidade escolar dos passos desenvolvidos e dos resultados
obtidos. Também será entregue um questionário final que investiga sobre as
mudanças e aprendizagens de cada aluno no decorrer das atividades
propostas.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Formação do leitor

Para a formação do hábito de leitura, as autoras Bordini e Aguiar

sugerem que se ofereçam livros próximos à realidade do leitor, para que ele se
identifique com as características dos personagens, com o ambiente e com a
linguagem e, assim, sinta-se atraído para o ato de ler.

Todos os livros favorecem a descoberta de sentidos, mas são os

literários que o fazem de modo mais abrangente. Enquanto os textos
informativos atêm-se aos fatos particulares, a literatura dá conta da
totalidade do real, pois, representando o particular, logra atingir uma
significação mais ampla. (BORDINI; AGUIAR, 1988, p.13).

Através dos contos é possível despertar a atenção dos alunos e envolvê-

los em atividades que aos poucos serão ampliadas e promoverão a expansão
de suas vivências existenciais e culturais. A literatura é comparada a um jogo
pela capacidade de provocar prazer:

A literatura pode suscitar prazer, porque tem seu fim em si mesma,

isto é, funciona como um jogo em torno da linguagem, das ideias e
das formas, sem estar subordinada a um objetivo prático imediato.
[...] Ler é imergir num universo imaginário, gratuito, mas organizado,
 carregado de pistas as quais o leitor vai assumir o compromisso de
seguir, se quiser levar sua leitura, isto, é seu jogo literário a termo.
(BORDINI; AGUIAR, 1988, p .26-27)

Na esfera literária, o texto permite ampla variedade de leituras, porém

com pistas a serem observadas, cabendo ao professor orientar o aluno para
que ele as encontre. As DCE’s reforçam:

O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na

recepção que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer
interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as
quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente.
Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos
conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as
ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo.
(PARANÁ, 2008, p. 59)

Unindo a concepção de linguagem como um ato dialógico e interlocutivo,

e os objetivos de se trabalhar com a Literatura em sala de aula, busca-se neste
trabalho um leitor ativo que procure pistas no texto, que crie hipóteses e aceite
ou rejeite conclusões e interprete a partir de sua vivência.
Segundo Coelho (1993), a escola ao assumir a função de despertar o
gosto pela leitura, e ser o espaço privilegiado das bases para a formação do
indivíduo, deve investir nos estudos literários, pois são abrangentes e envolvem
temas que favorecem o exercício da mente, a tomada de consciência do eu e
sua relação com os outros, a percepção da realidade no que se diferencia da
ficção e o estudo da língua e seus usos na sociedade.

[...] esse espaço deve ser, ao mesmo tempo, libertário (sem ser
anárquico) e orientador (sem ser dogmático), para permitir ao ser-em-
formação chegar ao seu auto-conhecimento e a ter acesso ao mundo
da cultura, que caracteriza a Sociedade a que ele pertence.
(COELHO, 1993, p. 16)

O objetivo da Literatura, nesse caso, é o despertar do prazer estético,

mas pode ir além; segundo Coelho (1993, p. 25), “visa alertar ou transformar a
consciência crítica de seu leitor/receptor”. Sem a pretensão de atuar “sobre as
mentes”, busca-se com esta intervenção pedagógica o leitor crítico, usando dos
contos literários para extrapolar a fruição de prazer e desenvolver as
estratégias de leitura, tendo em vista sempre o leitor autônomo.
 1.2 Por que trabalhar com contos?

O conto é uma obra de ficção breve que conduz uma intriga, cujos
episódios fluem e fazem o texto ser atraente do começo ao fim. O conto
mantém a tensão até o final, pois o desfecho é um elemento importante para
criar o efeito desejável. O que caracteriza o conto é a brevidade, o evitar dos
excessos e de tudo que é supérfluo para a trama, além do pouco movimento
nas suas ações. É recomendável evitar muitos personagens, acontecimentos
com muitos detalhes e explicações desnecessárias; o leitor precisa entender
rapidamente o que o autor quer dizer em poucas palavras, sem se estender
demais para não dispersar a leitura (GOTLIB, 1998). Destaca-se a seguinte
caracterização:

[...] o texto deve ser claro – o leitor deve entender, de imediato, o que
o autor quer dizer. Deve ser forte- e ter a capacidade de marcar o
leitor prendendo-lhe a atenção, não deixando que entre uma ação e
outra se afrouxe este laço de ligação. O excesso de detalhes
desorienta o leitor, lançando-o em múltiplas direções. E deve ser
compacto- deve haver condensação dos elementos. Tudo isto, com
objetividade [...] (GOTLIB, 1998, p. 43)

Ao longo da história, no intuito de definir o conto, autores recorreram às

mais variadas comparações. Cortázar (1993), por exemplo, define o conto
como uma fotografia, em contraposição ao romance, que seria equivalente ao
filme (cinema). Enquanto a fotografia pressupõe uma limitação, pois o campo
de abrangência da câmera é reduzido e o fotógrafo precisa se limitar a uma
imagem ou acontecimento, o cinema é uma obra mais aberta, capaz de captar
a realidade de forma mais ampla.
Os contos flagram momentos especiais da vida e daí a afirmação de
Gotlib (1998, p. 73): “outros ressaltam sua flagrância do presente, por ser o
conto uma ficção livre, mais apta a representar a vida moderna na sua
multiplicidade de situações, impressões e incidentes.” E assim, o gênero conto
pode ser explorado em sala de aula, atrair e prender a atenção do leitor, pois
abrange as mais variadas temáticas e em poucas páginas concentra a riqueza
da arte narrativa.

.
 1.3 Aspectos da narrativa a serem trabalhados

A função social do conto é fazer com que o leitor tenha diferentes

interpretações da realidade, a qual se apresenta por personagens que atuam
num determinado tempo e espaço, em uma trama contada por um narrador que
emprega uma linguagem adequada aos personagens que estão num universo
de fantasia. Trata-se de um enredo com poucas ações, que se mantém em
suspense até o último parágrafo, o desfecho. Todos esses elementos que
compõem o conto podem ser explorados no trabalho de leitura em sala de aula,
bem como a temática principal sobre a qual o texto se constrói.
Segundo Coelho (1993, p. 65), há dez fatores estruturantes que
compõem a narrativa:

1) O Narrador (a voz-que-fala, enunciando a efabulação);

2) O Foco Narrativo (o ângulo ou a perspectiva de visão,
escolhida pelo narrador para ver os fatos e relatá-los);
3) A Estória (a intriga, argumento, enredo, situação problemática,
assunto etc.);
4) A Efabulação (a trama da ação ou dos acontecimentos,
sequência dos fatos, peripécias, sucessos, situações...);
5) O Gênero Narrativo (dependente da natureza do
conhecimento-de-mundo, implícita na narrativa, podendo assumir três
formas distintas: conto, novela e romance);
6) Personagens (aqueles que vivem a ação);
7) Espaço (ambiente, cenário, paisagem, local...);
8) Tempo (período de duração da situação narrada);
9) Linguagem ou Discurso Narrativo (elemento concretizador da
invenção literária);
10) Leitor ou Ouvinte (o provável destinatário, visando pela
comunicação).

A possibilidade de hesitar entre o mundo real e o imaginário faz com que

se crie o efeito do fantástico (conforme teoria desenvolvida por Todorov, 1975),
e esta característica presente em alguns contos pode ser o elemento a se
explorar, bem como a caracterização, o comportamento e a descrição das
impressões dos personagens; a construção da atmosfera na pessoa do
narrador em 1ª ou 3ª pessoa; a descrição detalhada do espaço onde ocorre a
narrativa, e os elementos sensoriais que são pistas fundamentais que criam os
efeitos de suspense e envolvem o leitor na trama do conto.
 2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho apresenta-se, portanto, como a construção de uma

alternativa de ações que servirá de apoio ao ensino-aprendizagem do texto
literário em aulas de Ensino Fundamental, tanto para alunos como para
professores que se interessarem pelo assunto. Ao trabalhar a leitura com o
conto literário é preciso observar a sua estrutura e tema, dialogar com os
sentimentos revelados, as suas figuras de linguagem, as intenções nas
entrelinhas. A leitura não deve ser imposta e aqui se procura partir da realidade
do aluno ou de seus interesses para, em seguida, propor ações que rompam
com o horizonte de expectativas e ampliem esse horizonte, fazendo com que o
aluno sinta-se parte do processo e descubra sentido na leitura. Desse modo,
mediante esta proposta de trabalho pedagógico a partir de contos literários,
procura-se preparar o aluno para a leitura de textos de outras disciplinas
também, assegurando-lhe melhores chances de sucesso na escola, sem
abandoná-la.
 MÓDULO I – INTRODUÇÃO

AO PROFESSOR

Para iniciar o trabalho, aplica-se um questionário de pesquisa (ANEXO 1) no início e

outro ao final do projeto (ANEXO 3), para as devidas análises e comparações na
conclusão da intervenção pedagógica.

Seria interessante apresentar para os alunos a proposta das atividades que serão
desenvolvidas, solicitando já no início que preparem uma propaganda de um livro que
já leram, para o Dia da Feira Livre, atividade do módulo IV. Se o aluno não puder,
apresentar uma obra, você pode orientá-lo para que ainda escolha um livro e leia ou
um conto e comente com a classe, fazendo a propaganda do conto, pois o objetivo é
desenvolver a oralidade e compartilhar uma obra, incentivando os colegas a buscar
os livros já lidos por eles.

1ª ATIVIDADE
Trabalho com música e poema

Música sugerida: “Mais Uma Vez”, de Renato Russo (RUSSO, 2003).

Poema sugerido: “Seiscentos e sessenta e seis”, de Mario Quintana
(QUINTANA, 2005).

TEMPO PREVISTO: 2 aulas

OBJETIVOS:

 Organizar grupos de discussão;

 Determinar o horizonte de expectativa dos alunos;
 Envolver os alunos na temática dos textos;
 Atrair para a leitura e exposição oral das ideias;

DESENVOLVIMENTO:

Organizar a turma em grupos e iniciar a atividade com a música. Ouvir a

música, fazer a leitura da letra e pedir para que a turma comente a temática ali
trabalhada (passagem do tempo, confiança, sonhos). Cada aluno deve
escolher um trecho que chame atenção e o grupo expõe as conclusões.
Proceder da mesma forma com o poema.
 Concluir com a reflexão:

O que é importante para você hoje? O que você espera para seu futuro?

MÓDULO II – TEMA: VIDA E MORTE

AO PROFESSOR

Introduzir o tema MORTE a partir de uma notícia de jornal que relate fatos recentes, de
repercussão na mídia.

Segundo Bamberger (1988), “a discussão introdutória que conduz à leitura pode ser
inspirada por notícias de televisão ou de jornais”. Assim acreditamos que quanto mais
próximo o fato estiver do aluno (acontecimentos em sua cidade/estado, com pessoas
da mesma idade ou condições sociais semelhantes), as chances de envolvimento,
compreensão e abertura para a exposição das opiniões serão maiores.

2ª ATIVIDADE
Contato com o gênero literário CONTO
AO PROFESSOR

Preparar com antecedência cópia dos contos:

 “De muito procurar”, de Marina Colasanti (COLASANTI, 2005);

 “Os Três Cachorros do Senhor Heitor”, de Rosa Amanda Strausz
(STRAUSZ, 2006);
 “A Caçada”, de Lygia Fagundes Telles (TELLES, 2003).

TEMPO PREVISTO: 2 aulas

OBJETIVOS:

 Atender o horizonte de expectativa da turma;

 Envolver os alunos na temática dos textos;
 Atrair para a leitura e exposição oral das ideias;
 Preparar a turma para a análise de um conto.

DESENVOLVIMENTO:

Organizar os alunos em grupos. Distribuir contos para serem lidos e debatidos em

grupos, orientados para a observação da temática do texto (amor, morte, mistério,
vida). O grupo deve ler todos os contos e escolher um para comentar com a classe,
explicando por que gostou e sobre o que fala o texto (assunto/tema).
3ª ATIVIDADE
Como explorar um conto

Conto sugerido: “Sete ossos e uma maldição”, de Rosa Amanda Strausz

(STRAUSZ, 2006).

TEMPO PREVISTO: 4 aulas

OBJETIVOS:

 Ler fluentemente;
 Romper com o horizonte de expectativas;
 Analisar a temática e outros elementos do gênero conto;
 Explorar o sentido de palavras-chave no texto para a sua interpretação.

DESENVOLVIMENTO:

Apresente o título do conto e pergunte: O que ele sugere? O que será tratado
no conto? Distribuir o conto para ser lido em voz alta pelos alunos. Explorar
oralmente o texto e fazer anotações no quadro-negro; a partir das hipóteses
iniciais, aquecer a conversa sobre a narrativa: O título é adequado? Há
palavras que causam estranheza? É preciso recorrer ao dicionário para
entender o texto? Quem narra e quais são os personagens? O que acha do
desfecho?

AO PROFESSOR

Explore com os alunos os elementos que constituem a linguagem literária do

conto, como: 1) tipos de narrador (pode ser um narrador que participa da
história como protagonista ou personagem secundário, ou um narrador em
terceira pessoa, externo aos eventos narrados); 2) as funções do espaço; 3) a
caracterização de personagens; e 4) a possibilidade de diferentes desfechos
(aberto, quando o leitor precisa usar a imaginação para completá-lo, ou
fechado, quando a solução é direcionada pelo autor).

Explorando os elementos da narrativa:

No quadro, com ajuda da turma, elaborar tabela com palavras do texto que:
1 - Caracterizam Clara, a mãe, a tia, a boneca Muriel, a vizinha, a entidade/
incorporação do espírito na tia.
2 - O espaço onde se dá a narração.
3 - O tempo na narrativa.
 4 - Relação familiar descrita no texto.
5 - O trecho que é o ponto alto da narrativa (clímax).
6 - Como é o desfecho?

4ª ATIVIDADE
Análise literária de um conto

Conto sugerido: “A Caçada”, de Lygia Fagundes Telles (TELLES, 2003).

TEMPO PREVISTO: 4 aulas

OBJETIVOS:

 Ler fluentemente;
 Analisar a estrutura e elementos composicionais do gênero conto;
 Conceituar conto;
 Questionar e identificar elementos e palavras relevantes do texto;
 Produzir outro desfecho ao conto.

DESENVOLVIMENTO:

Organizar grupos de alunos. Pedir que os grupos leiam o texto e tentem explorar os
elementos da narrativa como na atividade anterior (personagem, tempo, espaço, clímax,
desfecho). Apresentação oral das atividades para os colegas. Ver características do
conto. Elaborar atividades com a linguagem usada no texto. Identificar palavras
relevantes que ajudam na interpretação do conto.

AO PROFESSOR

Lygia Fagundes Telles (1923)

Nascida em São Paulo, a escritora viveu boa parte se sua infância em

vários municípios do interior do estado, acompanhando a mãe e o pai,
delegado e promotor público. Dessas andanças, ela confessa,
permaneceu o gosto pelo inexplicável, pelo inatingível.

Figura 1 - A escritora TELLES, Lygia Fagundes. O Jardim Selvagem. In: RUFFATO, Luiz.
Lygia Fagundes Telles. (org.). Leituras de escritor. 2. ed. São Paulo: Comboio de Corda,
Fonte: Galerias de 2009, p. 41.
Imagens SEED
Paraná.
Lygia constrói enredos mesclando a realidade e o sobrenatural e, às
vezes, inclui até mesmo os sonhos como uma solução para o problema
apresentado, desafiando o leitor na busca por uma compreensão mais
profunda do seu universo ficcional.
1) Complete o quadro com trechos do conto que remetem às sensações:

Olfativa

Tátil

Visual

Auditiva

2) Em relação ao conto lido, marque V se as informações forem verdadeiras e

F para falsas:

a) ( ) O narrador não dá descrições físicas para caracterizar as

personagens. As personagens não são identificadas por nomes.
b) ( ) Não há como precisar o tempo na narrativa.
c) ( ) O tempo da história é de dois dias: primeiro o homem vai a loja e no
dia seguinte volta à loja para apreciar a tapeçaria e vê que algo está
diferente.
d) ( ) A autora, ao usar sensações olfativas, visuais e táteis para descrever
o ambiente onde se passa a história, envolve o leitor, reforçando o clima
de mistério e dúvida em relação acontecimento.
e) ( ) O homem é o personagem principal, sente-se atraído por um tapete,
e parece apreciar a Arte. A mulher, aparentemente seca, não tem o
mesmo olhar para a obra apreciada e conduz o homem para a trama.
f) ( ) Pelas falas dos personagens percebe-se que é a primeira vez que a
dona da loja e o homem se encontram.
g) ( ) No final do texto há a impressão de que apenas a tapeçaria é real, e
o que se passa é delírio da personagem.
h) ( ) A morte do homem é o ponto mais alto da narrativa.
3) Por que o homem apresentou-se inquieto perante a tapeçaria? Copie
expressões que demonstram esta tensão.

4) Enumere os trechos de acordo com a sequência em que aparecem no texto:

a) ( ) Não é a primeira vez que o protagonista aparece na loja.

b) ( ) A loja estava malcuidada “tinha cheiro de uma arca de sacristia com
seus panos embolorados e livros cômodos de traça.”
c) ( ) O homem acredita que participou da cena retratada na tapeçaria.
d) ( ) A narrativa se passa em dois cenários: o da loja de antiguidades e a
caçada retratada na tapeçaria.
e) ( ) O homem vai novamente à loja, mas desta vez mais cedo: “ Hoje o
senhor madrugou.”.
f) ( ) Permanece a dúvida se o homem realmente participou da cena
descrita na tapeçaria.
g) ( ) “Saiu de cabeça baixa, as mãos cerradas no fundo dos bolsos.”
h) ( ) O homem deita na cama relembrando o que aconteceu na loja e
tenta achar uma resposta para suas dúvidas. Tem um pesadelo e acorda
com o próprio grito.
i) ( ) O homem sente uma dor no peito e cai apertando o coração.

5) Ilustrar o conto lido ou a descrição abaixo e expor em mural para os colegas:

“Era uma caçada. No primeiro plano, estava o caçador de arco retesado,

apontando para uma touceira espessa. Num plano mais profundo, o segundo
caçador espreitava por entre as árvores do bosque, mas esta era apenas uma
vaga silhueta, cujo rosto se reduzira a um esmaecido contorno. Poderoso,
absoluto era o primeiro caçador, a barba violenta como um bolo de serpentes,
os músculos tensos, à espera de que a caça levantasse para desferir-lhe a
seta.”

6) PRODUÇÃO ESCRITA

Com base no final do conto dado pela autora, dê continuidade ao texto, dando
um final fechado. O homem lembrou-se de onde conhecia a tapeçaria. O que
aconteceu para que o homem morresse na loja? Observe este trecho do conto
e continue a narrativa:

“Abriu a boca. E lembrou-se. Gritou e mergulhou numa touceira. Ouviu o

assobio da seta varando a folhagem, a dor!
"Não..." - gemeu, de joelhos. Tentou ainda agarrar-se à tapeçaria. E rolou
encolhido, as mãos apertando o coração.”

Esta produção textual fará parte do mural no dia da apresentação para os pais.

5ª ATIVIDADE
Ordenar conto e explorar a leitura

Conto sugerido: “O Jardim Selvagem”, de Lygia Fagundes Telles (TELLES,

2009).

AO PROFESSOR

Providencie o texto dividido em partes para que os alunos ordenem e leiam o

texto. Sugestão para essa divisão encontra-se no ANEXO 2.

TEMPO PREVISTO: 3 aulas

OBJETIVOS:

 Ler fluentemente;
 Analisar a estrutura e elementos composicionais do gênero conto;
 Questionar e identificar elementos e palavras relevantes do texto;
 Observar sequência lógica do texto, ordenando trechos soltos.

DESENVOLVIMENTO:

Organizar grupos de alunos. Pedir que os grupos leiam o texto e enumerem os

trechos em ordem. Analisar o texto oralmente e através da escrita. Identificar
palavras relevantes que ajudam na interpretação do conto.
Atividades em grupo:

1) Quem narra os fatos e quem participa da história?

2) Conhecemos a personagem Daniela através dos outros personagens, pois

ela não aparece na história. Caracterize esta personagem e as demais.

3) Quando e onde se passam os fatos?

4) Que recursos o autor usa para criar o suspense?

5) Como é o desfecho?

6) O título “O Jardim Selvagem” tem relação com um dos personagens e ajuda

a criar o suspense. Copie o trecho do texto em que aparece esta comparação e
o que tem a ver com o desenrolar dos acontecimentos?

7) Extrapolando o texto, liste palavras que lembram:

a) Jardim =
b) Selvagem =

8) Que atitudes de Daniela podem ser relembradas que a caracterizariam como

selvagem?

9) Pode-se dizer que a temática do amor aparece neste conto, abalada por
interesses e leva o personagem sofredor a cometer um crime. Explique se isto
acontece nesta trama.

MÓDULO III – TEMA: AMOR

6ª ATIVIDADE

Trabalhar com poema e conto

Soneto sugerido: “O verbo no infinito”, de Vinicius de Moraes (MORAES,

1957).

Conto sugerido: “Venha Ver o Pôr-do-Sol”, de Lygia Fagundes Telles

(TELLES, 1992).

Vídeo sugerido: “Raquel e Ricardo”, de Haroldo Teixeira. Música inspirada no

conto “Venha ver o pôr-do-sol”, de Lygia Fagundes Telles (RAQUEL, [20--]).
TEMPO PREVISTO: 5 aulas

OBJETIVOS:

 Introduzir o tema AMOR através de um poema;

 Ler fluentemente;
 Expandir o universo reflexivo do aluno;
 Analisar a estrutura e elementos composicionais do gênero conto;
 Questionar e identificar elementos e palavras relevantes do texto;
 Ilustrar e dramatizar o conto.

DESENVOLVIMENTO:

Organizar grupos de alunos. Apresentar o título do conto e levantar a reflexão de

possíveis significados para pôr-do-sol (o final de um dia, uma conotação sobre a vida
ou o fim da vida). Pedir que os grupos leiam o texto e desenvolvam as atividades
escritas de interpretação textual. Ilustrar o conto para e expor as ilustrações em mural.
Preparar dramatizações (pode ser de um dos contos estudados, por exemplo).

AO PROFESSOR

Após a exploração oral, pode-se usar as atividades escritas de interpretação textual como
forma de avaliação, bem como o desempenho nas ilustrações e dramatizações que os
alunos irão realizar. Você pode escolher outras atividades e avaliar, tudo depende da sua
turma. Também é possível explorar a análise gramatical planejada para o bimestre, porém
há necessidade de organizá-la com antecedência, já que este trabalho não contempla
esta linha de estudo, uma vez que o foco é o incentivo à leitura.

Atividades:

1) Organizar um quadro com as descrições de:

RICARDO

RAQUEL

ATUAL
NAMORADO
DE RAQUEL
AMBIENTE:
RUA

CEMITÉRIO

2) Entende-se que o conto aborda várias formas de amor. Qual é o assunto

deste conto?

a) ( ) O amor proibido entre uma jovem da alta sociedade com um rapaz

pobre e as loucuras para vencer esta barreira.
b) ( ) É o amor possessivo do protagonista inconformado, que não aceita o
fim do relacionamento e pune sua amada num último encontro,
premeditado e cruel, mas disfarçado pela aparente doçura do rapaz.

3) Qual foi a proposta de Ricardo?

4) Quais os argumentos usados pelo personagem Ricardo para convencer sua

ex-namorada a ir ao encontro?
5) Numa leitura mais atenta, percebemos que no texto há pistas de que algo
estranho aconteceria e que a moça poderia ter observado para evitar o final
trágico. Quais são estas pistas?

6) Que sentimentos o protagonista revela ao referir-se a sua mãe?

7) Ricardo e Raquel chegam até o local designado pelo rapaz, uma capelinha.
Complete com características dadas a/ao:

a) exterior da capela =
b) porta =
c) parede =
d) altar =
e) parede lateral =
f) escada =
g) o subsolo onde estavam os gavetões =

8) Qual a importância do título neste conto?

9) Apresentar aos alunos através de recursos multimídia a apresentação da

música inspirada no conto de Lygia Fagundes Telles, Venha Ver o Pôr-do-Sol,
do compositor Haroldo, disponível no Portal dia a dia.

10) Sugerir que a turma prepare uma dramatização do conto trabalhado ou de

um outro conto já estudado.

11) Em casa, criar um desenho que retrate o ambiente e o acontecimento

principal descrito no conto.

AO PROFESSOR

Crie um espaço para a apresentação das dramatizações, pelo menos 2 aulas.

Esta atividade é importante porque normalmente os alunos gostam de expressar
sua imaginação e suas experiências de muitas maneiras: contando histórias,
conversando, dançando, desenhando e desempenhando papéis. Trata-se de uma
possibilidade metodológica sugerida para as crianças por Bamberger (1988, p. 85)
e adaptada nesta Unidade Didática.

12) PRODUÇÃO ESCRITA

Pedir que os alunos tirem ou tragam uma foto, que pode ser de personagens
ou de um possível cenário para a criação de um conto, com a temática que
quiserem, seguindo um esquema:

 Descrição das personagens;

 Caracterização de espaço e tempo;
 Pistas para criar o suspense;
 O desfecho, fechado ou aberto.
Os contos produzidos farão parte do mural e exposição a ser apresentada para
a escola e para os pais, em dia a ser combinado.

MÓDULO IV
Feira Livre

SUGESTÃO DE ESTUDOS QUE ESCLARECEM O ASSUNTO:

Esta atividade, sugerida pela orientadora da presente Unidade Didática e adaptada do

livro de Richard Bamberger, é interessante e pode surtir os efeitos que se busca ao
longo deste trabalho de intervenção. Você pode encontrar outras sugestões que poderão
ser adaptadas à realidade de sua escola no livro Como incentivar o hábito de leitura
(BAMBERGER, 1988, p. 83).

AO PROFESSOR

Este é o momento combinado anteriormente com a turma no qual todos devem

fazer uma apresentação das obras que leram, a partir de recursos como
cartazes, slides ou simples exposição oral. O tempo destinado para estas aulas
será determinado pelo número de alunos e os métodos de apresentação
adotados. Acredita-se que 2 horas/aula sejam suficientes, mas é preciso
flexibilidade para que todos participem, pois o objetivo é que os alunos sintam-se
inspirados pelos colegas a buscar os livros já lidos por eles.

Você, professor, também pode usar vídeos do portal dia a dia

(www.diaadiaeducacao.pr.gov.br) que incentivam a busca por obras literárias
como Senhora e O vampiro de Curitiba, entre outras.

7ª ATIVIDADE
Leitura de obras, escolhidas pelos alunos, após a Feira Livre

TEMPO PREVISTO: 8 aulas

OBJETIVO:

 Induzir os alunos para a leitura de livros previamente selecionados e

divulgados pelos colegas.

DESENVOLVIMENTO:

Deixar que os alunos escolham o que desejam ler e incentivá-los a prosseguir com a
leitura. Acompanhar a leitura dos alunos, pedindo que alguns deles relatem algo
sobre o livro que estão lendo.
 MÓDULO V
8ª ATIVIDADE
Mapa Conceitual e atividades finais

AO PROFESSOR

Mapa conceitual é um esquema que representa os conceitos e ideias sobre um

conteúdo, onde as palavras e flechas ligam-se a um conceito e formam uma teia de
sistematização de um tema estudado. Os conceitos estruturam-se em caixas que se
estendem em várias direções por flechas acompanhadas por uma palavra de ligação.
Pode ser feito manualmente ou usando um software como o Cmap Tools, disponível
nos computadores das escolas (Paraná Digital).

TEMPO PREVISTO: 4 aulas

OBJETIVOS:

 Rever os conceitos básicos sobre o conto e coletivamente elaborar um mapa

conceitual;
 Organizar fotos e murais e o dia das apresentações;
 Apresentar os resultados para os pais e comunidade escolar;
 Dramatizar contos.

DESENVOLVIMENTO:

Pedir que os grupos de alunos rascunhem o que aprenderam sobre o conto. Em

seguida, elaborar o mapa conceitual coletivo, com os conceitos de conto. Preparar
as apresentações que serão feitas aos pais e à comunidade escolar. Organizar o
espaço onde acontecerá a apresentação.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

O trabalho a partir de contos literários com os alunos do 9º ano

compreende vários momentos estratégicos de leitura, envolvendo três eixos
fundamentais: leitura, oralidade e escrita; porém o centro de tudo é a leitura.
Propõe-se o desenvolvimento de várias atividades com o conto, analisando o
tema e os elementos estruturais que compõem este gênero.
Além dos contos, considera-se importante a utilização de outros gêneros
textuais (como a notícia e o poema) no intuito de facilitar a construção de
relações entre texto literário e as temáticas propostas ao longo dos módulos de
trabalho.
Ao se esquematizar as atividades a serem desenvolvidas, tem-se o
seguinte quadro:

MÓDULOS Hora/aula ATIVIDADES

Questionário, música e poema.
MÓDULO 02
INTRODUTÓRIO

1º momento: introduzir a temática a partir da

notícia de jornal e a leitura livre dos contos:
MÓDULO II - De muito procurar
TEMA: - Os três cachorros do senhor Heitor
VIDA 13 - A caçada;
E 2º momento: análise do conto Sete ossos e
MORTE uma maldição;
3º momento: explorar o conto A caçada;
4º momento: a partir de mais um conto (O
jardim selvagem), propor análise e produção
textual.

MÓDULO III Soneto O Verbo no Infinito e conto Venha ver

TEMA: 05 o pôr-do-sol;
AMOR Tirar foto e produzir conto.

Feira Livre;
Vídeos motivadores da leitura de algumas
MÓDULO IV 10 obras;
Leitura individual de vários livros escolhidos
por cada aluno;
Atividades livres, lúdicas e resumos orais
sobre o que leram.
Construção coletiva de mapa conceitual sobre
elementos composicionais do conto;
MÓDULO V Dramatizações;
04 Organização de murais e fotos;
Apresentação dos resultados aos pais e
comunidade escolar;
Questionário final.
REFERÊNCIAS

A ESCRITORA Lygia Fagundes Telles. Galerias de imagens da SEED Paraná.

Disponível em:
<http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=9&star
t=140>. Acesso em: 27 ago. 2013.

BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação

do leitor – alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.

BAMBERGER, Richard. Como Incentivar o Hábito de Leitura. São Paulo:

Ática, 1988.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil. Teoria- Análise-Didática. São

Paulo: Ática, 1993.

COLASANTI, Marina. 23 Histórias de um Viajante. São Paulo: Global, 2005.

CORTÁZAR, Julio. Alguns aspectos do conto. In: ______. Valise de Cronópio.

2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1993.

GOTLIB, Nádia Battella. Teoria do Conto. 8. ed. São Paulo: Ática, 1998.

MORAES, Vinícius de. O verbo no infinito. In: ______. Livro de Sonetos. 2.

ed. aumentada. Rio de Janeiro: Sabiá,1957. p. 57.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. SEED: Curitiba,

2008.

QUINTANA, Mario. Seiscentos e sessenta e seis. In: ______. Esconderijos do

Tempo. São Paulo: Globo, 2005. p. 50.

RAQUEL e Ricardo. Interpretação e composição: Haroldo Teixeira. (5 min).

[S.l.], [20--]. Disponível em:
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=1
8459>. Acesso em: 16 jun. 2013.

RUSSO, Renato; VENTURINI, Flávio. Mais uma vez. Intérprete: Renato Russo.
In: RUSSO, Renato. Presente. [S.l.]: EMI, 2003. 1 CD. Faixa 1.

STRAUSZ, Rosa Amanda. Sete ossos e uma maldição. Rio de Janeiro:

Rocco, 2006.

TELLES, Lygia Fagundes. Melhores Contos de Lygia Fagundes Telles –

seleção de Eduardo Portella, 12 ed. São Paulo: Global, 2003.

______. O jardim selvagem. In: RUFFATO, Luiz.( org.). Leituras de escritor.

2. ed. São Paulo: Comboio de Corda, 2009. p. 31-41.
______. Venha ver o pôr-do-sol e outros contos. 6. ed. São Paulo: Ática,
1992.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. São Paulo:

Perspectiva, 1975.
 ANEXO 1

Ficha de identificação e pesquisa inicial

FICHA DE PESQUISA

NOME: ________________________________________________________

IDADE: ________________ SEXO: ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

PROFISSÃO DO PAI:______________________________________________

PROFISSÃO DA MÃE:_____________________________________________

1- Você gosta de ler?

( ) SIM ( ) NÃO

2- Tem livros na sua casa?

( ) SIM ( ) NÃO

3- Esses livros, ou a maioria destes livros você:

( ) COMPROU ( ) GANHOU

4- A sua família incentiva a leitura de livros?

( ) SIM ( ) NÃO

5- Como a sua família o incentiva? Ou por que não incentiva?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

6. Você entende tudo o que lê? ( ) SIM ( ) NÃO

Se não entende, por quê?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

7- Que tipo de leitura você prefere?

( ) Narrativa (histórias)
( ) Poesia
( ) Piadas
( ) Jornal
( ) Revistas
( ) Outros
_______________________________________________________________

8- Como você escolhe o livro para ler?

_______________________________________________________________

9- Ao ler um livro, uma revista ou um texto, você costuma:

( ) ficar no inicio ( ) parar na metade

( ) ir até o final ( ) só olhar a capa e as figuras

10- Você gostaria de visitar/conhecer livrarias e bibliotecas. Por quê?

_______________________________________________________________

11- Quantos livros você lê por ano?

_______________________________________________________________

12- Que livro você mais gostou de ter lido até hoje? Por quê? Você tem este
livro em casa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

ANEXO 2
 Sugestão para divisão do conto O Jardim Selvagem em partes a serem
ordenadas pelos alunos:

“Daniela é assim...” até “... entrou no meu quarto.”.

“Sentou-se na cama...” até “- Tio Ed deve saber, ora.”.
“Acho que ela se impressionou com minha resposta...” até “... quase quarenta
anos...”.
“- E não é bom?” até “... Esse pedaço me interessava.”.
“- Usa uma luva?” até “... Conceição fazia almoço.”.
“ – Seu tio é muito bom, ...” até “ ... despejei mais umas gotas.”.
“Assim que acordou, ...” até o final.

ANEXO 3
 Ficha de pesquisa:
mudanças de aprendizagem

Nome:

1- Você entende tudo o que lê? ( ) sim ( ) não

Se não entende, por quê?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2- Você gosta de ler:

( ) contos ( ) gibis ( ) revistas
( ) piadas ( ) jornal ( ) poesias ( ) outros

3- Dos livros que os colegas apresentaram, você se interessou por algum:

( ) sim ( ) não

4- Leu este livro? Se não justifique o porquê.

( ) sim ( ) não

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5- Você encontrou dificuldades em realizar as atividades propostas?

( ) sim ( ) não ( ) um pouco

6- Gostou das atividades realizadas? Por quê?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

7- Qual livro você gostaria de ler?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

8- Pretende ler mais algum livro ainda este ano?

( ) sim ( ) não

9- A escola dispõe de livros interessantes?

( ) sim ( ) não ( ) alguns