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Título:
Leitura e análise de contos: Uma proposta de ensino de Literatura através do Método
Recepcional.
Autor: Edna dos Santos Pepineli de Araújo
2. MÉTODO RECEPCIONAL
3. O Conto
UNIDADE DIDÁTICA
1ª PARTE
Nesse primeiro momento serão expostos aos alunos o conteúdo do
projeto, sua importância, os objetivos, esclarecendo o porquê da escolha do
gênero textual “Conto”.
Exibição de slides:
François La Rochefoucauld
B- Agora responda:
Sobre o autor:
1.O texto que você acabou de ler é do tipo narrativo. Assim sendo, destaque os
elementos pontuados acima:
- O quê?
- Quem?
- Como?
- Onde?
- Quando?
- Por quê?
Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430. Acesso
em 19/11/2016.
3- Volte na questão de número 1 e destaque os mesmos elementos na notícia
de jornal que você pesquisou.
As Sem Razões do Amor- Carlos Drummond de Andrade
Sobre o autor
Vou lançar duas perguntas para começar, e na sequência cada aluno irá
elaborar uma questão para um (a) colega:
CONTO
Conversa com o professor:
Capítulo 18 – Conto – retirado do livro PORTUGUÊS – CONTEXTO,
INTERLOCUÇÃO E SENTIDO – Volume 3 -
O trabalho realizado ao longo deste capítulo favorece o desenvolvimento das
competências de área 1 e 5 e das habilidades H1, H3, H15, H16 E H17. (MATRIZ
DO ENEM 2009).
OBJETIVOS
Ao final do estudo deste capítulo, o aluno deverá ser capaz de:
1- Reconhecer as características estruturais do conto.
2- Compreender de que modo o contexto de circulação e o perfil de
interlocutor afetam a estrutura desse gênero.
3- Reconhecer as características dos elementos da narrativa que participam
da estrutura do conto: foco narrativo, personagens, espaço, tempo e
enredo.
4- Compreender as relações entre esses elementos.
5- Perceber a importância do conceito de verossimilhança para a construção
dos elementos da narrativa.
6- Saber escolher os recursos linguísticos adequados ao conto.
OS LEITORES DE CONTOS
ESTRUTURA
FOCO NARRATIVO
O NARRADOR TESTEMUNHA
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[...] A convivência com Holmes não era difícil. Ele tinha hábitos tranquilos e
regulares. Era raro vê-lo em pé depois das dez horas da noite, e invariavelmente já havia
feito o seu desjejum e saído quando eu me levantava de manhã. [...]
DOYLE, Artur Conan. Um estudo em vermelho. Tradução de Louisa Ibañez e Arnaldo Viriato
Medeiros. São Paulo: Abril, 1984. P. 17-18. (Fragmento.)
O NARRADOR ONISCIENTE
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[...]
Sara respirava ruidosamente, em parte por causa do esforço físico, mas também por
causa da irritação que estava sentindo. Não era porque o telefone estivesse
interrompendo aquele primeiro momento de quietude, quando todo movimento cessa.
Era mais porque ela queria muito que não fosse Robin, seu agente, pois não só ainda
não estava preparada para perdoá-lo, como ficava irritada por antecipação só de pensar
que poderia ser ele do outro lado da linha. Quando ela alcançou o telefone, suas pernas
tremiam e seu corpo ainda suava. Ao pegar o aparelho, o plástico morno e liso
escorregou de sua mão molhada, caiu no chão e quicou contra a ponta do fio espiralado,
girando no ar e batendo na cômoda. Quem quer que estivesse do outro lado da linha
provavelmente imaginaria que ela tinha atirado o telefone contra a parede, de modo
que não havia a menor possibilidade de parecer equilibrada e razoável agora.
[...]
JOSS, Morag. Música fúnebre. Tradução de Sonia Moreira. São Paulo: Companhia das
Letras, 2003. P. 17. (Fragmento).
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Aquele foi um verão diferente, único. Um verão que começou antes da hora
e que desde o princípio deixou estabelecido que se estenderia pelo tempo, atropelando
calendários, previsões e memórias.
Todos os dias, pouco depois das oito da manhã, o motorista saía no carro
branco e ia até a aldeia, seguindo veloz pelos quatro quilômetros da estrada que corria
sobre as rochas, beirando o mar. Voltava sempre às nove trazendo pão, a
correspondência que recolhia no correio e, algumas vezes, um pacote de laranjas.
Quarta-feira era o dia em que a cozinheira gorda, negra e tranquila ia com ele. Sentava-
se no banco da frente, ao seu lado, e viajava em silêncio, suspirando e olhando o mar.
Na volta, trazia duas grandes sacolas de verduras e frutas e um peixe embrulhado em
papel claro. Nesse dia, o automóvel branco demorava um pouco mais para voltar.
A casa era silenciosa e tinha grandes janelões e duas varandas enormes que
se abriam para o mar. [...]
NEPOMUCENO, Eric. As três estações. Coisas do mundo. São Paulo: Companhia das
Letras, 1994, p. 109. (Fragmento).
O ESPAÇO
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Estou num estacionamento em Leeds quando digo a meu marido que não
quero continuar casada com ele. David nem sequer está no estacionamento comigo;
está em casa cuidando das crianças, e eu só liguei para lembra-lo de que precisa escrever
um bilhete para a professora da Molly. O resto meio que...escapole. É um erro,
obviamente. Embora aparentemente eu seja – para minha imensa surpresa – uma
pessoa capaz de dizer ao marido que não quer continuar casada com ele, nunca pensei
que fosse uma pessoa capaz de dizer isso pelo telefone celular, num estacionamento. É
claro que este item específico da minha auto avaliação deve ser revisto. Por exemplo,
eu posso me descrever como uma pessoa que não esquece nomes, pois já lembrei de
nomes milhares de vezes e me esqueci de apenas um ou dois. Mas a maioria das pessoas
diz apenas uma vez – se é que chega a isso – que quer acabar um casamento. Quem
escolhe dizer isso pelo telefone celular num estacionamento em Leeds não pode depois
afirmar que uma ocasião como essa não tenha sido representativa, assim como Lee
Harvey Oswald não podia afirmar que matar presidentes não era uma característica sua.
Às vezes nós temos que ser julgados pelas coisas que só fazemos uma vez.
[...]
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[...]
Nesse caso, é o espaço que fornece os indícios a partir dos quais Ana
Terra e seus familiares procuram “marcar” a passagem do tempo: o vento, o
cheiro do ar, o aspecto das árvores, a temperatura, a posição do Sol, as fases
da Lua são as referências mais concretas da mudança das estações do ano.
LINGUAGEM
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“[...] Cinco minutos é tempo de sobra pra uma pessoa pegar no sono, quer
ver? Vou pegar no sono em cinco minutos. Boa noite. Estou quase dormindo. Quase.
Dormi. Não dormi? Acho que não. Mas vou dormir agora. Senão os pensamentos
começam a entrar na minha cabeça e aí, minha filha, nunca mais. Um pensamento
puxa outro, que puxa outro, parece até que pensamento tem corda. O negócio é não
deixar entrar o primeiro, tá vendo? Foi só começar a pensar em não pensar e quando
eu vi já estava pensando em pensamento com corda. [...]”
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3ª Parte
Objetivos específicos:
Sobre a autora:
B- Agora responda:
Contexto de circulação
Foco narrativo
Personagens
Enredo
Espaço
Tempo
Linguagem
Texto 2
Desenredo – Conto de Guimarães Rosa
Sobre o autor:
Disponível em:
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/guimaraes-rosa.html.
Acesso em:15/08/2016.
Vamos ler o conto “Desenredo“, que está no último livro publicado em vida por
João Guimarães Rosa, “Tutaméia: Terceiras Estórias. Antes da leitura, é preciso
observar que o texto de Rosa é muito influenciado pela linguagem popular, ele
chegava a inventar palavras (neologismos).
Desenredo
“Do narrador seus ouvintes:
– Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o
cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas
quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-
se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó
Joaquim apareceu. ”
Disponível em: http://contobrasileiro.com.br/desenredo-conto-de-guimaraes-
rosa/ Acesso em: 15/08/2016.
Atividades:
[Linguística] Palavra,
expressão, locução ou
significado específico que
traz particularidades
5- Considerando que os provérbios são
linguísticas próprias de
enunciados curtos que expressam uma uma região, geralmente
verdade extraída da experiência popular: provenientes de uma
que relação há entre os provérbios cultura particular.
alterados e as ações de Jó Joaquim? [Literatura] Caráter da
obra, ou texto literário, que
se fundamenta nos hábitos
tradicionais e costumes
6- Por duas vezes uma única palavra forma regionais, caracterizada
um parágrafo no texto: Mas e Mais pela linguagem local.
(conjunção adversativa e advérbio de Doutrina política que
defende os interesses
intensidade respectivamente). Localize-as regionais.
no texto e observe em que ponto a
narrativa está, em cada situação em que elas são empregadas.
Em seguida, explique sua importância para a continuidade da
narrativa.
4ª Parte
Objetivos específicos:
- Levar o aluno a transformar os próprios horizontes de expectativas.
Diferenças
Desfecho
5ª Parte
Disponível em:
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?
Foto=486&evento=9. Acesso em 22/11/2016.
“Neste vídeo, o professor Marlus apresenta a aula de Literatura, tendo como foco
os períodos Realismo, Naturalismo e Parnasianismo. Nesta parte o professor
fala sobre Machado de Assis, sua história, características e produções artísticas
das fases Romancista e Realista, esta última onde mais se destacou com as
obras "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Quincas Borba", "Dom Casmurro",
"Esaú e Jacó" e "Memorial de Aires". O professor cita também seus contos de
maior importância: "A cartomante" e "Missa do Galo". “
Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=
14125. Acesso em 23/11/2016.
Gustavo Bernardo
Atividades:
A- Pesquisar sobre o escritor Gustavo Bernardo Krause, e listar algumas de
suas obras. (Ficções, Ensaios, Coletâneas e Contos).
“Nasci no meio do século passado, na cidade do Rio de Janeiro, como o
mais velho de quatro irmãos – e a nossa mãe queria só uma menina.
Quando aprendi a ler, queria entrar dentro dos livros e me tornar personagem.
Como isso não é possível, resolvi que ia ser escritor.
Contos de amor e
ciúme reúne seis
contos publicados
Disponível em: http://www.rocco.com.br/livro/?cod=2268. originalmente entre
Acesso em: 22/11/2016. 1864 e 1884, em
periódicos como
o Jornal das famílias, A
estação e a Gazeta de
Notícias. Histórias
famosas do escritor,
como “A cartomante” e
“To be or not to be”,
convivem com outras
menos conhecidas do
C- Agora é a sua vez, pesquise e escolha seis contos público atual como
(autor e tema livres) para formar a sua coletânea e “Frei Simão”, “O
depois apresentar aos colegas de classe. Explique segredo de Augusta”,
o porquê da escolha por determinado autor (a) e “O machete” e
também o porquê da escolha do tema. “Curiosidade”, além do
delicado poema “A
Carolina”, publicado
em 1906.
“DOM CASMURRO” (OBRA LITERÁRIA) X “DOM”
(FILME)
[...] Moacyr Goes faz uma adaptação moderna de Dom Casmurro, obra
clássica de Machado de Assis. O ponto de partida é o nascimento de
Bento, um menino cujos pais idolatravam Machado de Assis. [...]
//
1- Formar dois grandes grupos para o debate, (os que defendem que
Capitu traiu, e os que acreditam na sua inocência).
GOTLIB, Nádia Battella. Teoria do Conto. 5ª. ed. São Paulo: Ática,1990.
Sites consultados
Imagens
Disponível em:
<http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?
Foto=486&evento=9>. Acesso em 22/11/2016.
Disponível em:
<http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/manuel-
bandeira.html>. Acesso em 23/08/2016.
Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22430>.
Acesso em 19/11/2016.
Disponível em:
<http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/guimaraes-
rosa.html>. Acesso em:15/08/2016.
Disponível em:
<https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=7nc0WO2YKurM8Afi-
7noBQ#q=a+estante+de+gustavo>. Acesso em: 22/11/2106.
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