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Profª Me.

Jaqueline Alice Cappellari


*Não foi propriamente um movimento ou
escola literária;
* Trata-se de uma fase de transição para o
Modernismo, nas duas primeiras décadas do
século XX;
* É quando surge uma literatura social,
através de uma análise realidade nacional;
* Há agora uma problematização da
realidade social e cultural nas obras dos
escritores da época.
CRONOLOGIA – Cronologicamente, o Pré-
Modernismo durou no Brasil de 1902 a 1922.

INÍCIO NO BRASIL – As primeiras obras do Pré-


Modernismo foram:

a) Os Sertões (romance, 1902), de Euclides da


Cunha.

b) Canaã (romance, 1902), de Graça Aranha.


NOME – O que se convencionou chamar de Pré-
Modernismo não foi propriamente uma escola
literária. Não houve manifesto em jornais nem
grupo de autores em torno de uma proposta una ou
de um ideário. O nome, com o tempo, passou a
designar a produção literária do Brasil nas duas
primeiras décadas do século XX.

PERÍODO ECLÉTICO – Depois do Realismo-


Naturalismo-Parnasianismo, o Brasil viveu um
período eclético. As diversas tendências literárias
misturaram-se. Os movimentos não se sucederam,
eles passaram a coexistir.
Duas tendências básicas podem ser notadas entre os
autores da época:

a) Conservadora – Percebida na produção poética de


Olavo Bilac (e de todos os outros parnasianos) e de Cruz
e Sousa, representante da estética simbolista. A poesia
é elaborada dentro dos moldes de perfeição, obediente
a normas e presa a temas alheios à realidade brasileira.

b) Inovadora – Presente nas obras de Euclides da


Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato,
Afonso Arinos. As várias realidades do Brasil são
expostas, e o leitor começa a perceber que vive em um
país de contrastes. A linguagem pomposa e artificial
começa a perder terreno para uma expressão mais
simples, fiel à fala cotidiana. Nesse aspecto, Lima
Barreto é o legítimo representante das classes iletradas.
RUPTURA COM O PASSADO – Os autores adotaram
inovações que feriam o academicismo.

REGIONALISMO – A realidade rural brasileira é exposta


sem os traços idealizadores do Romantismo. A miséria
do homem do campo é apresentada de forma chocante.

LITERATURA-DENÚNCIA – Os livros são escritos em tom


de denúncia da realidade brasileira. O Brasil oficial
(cidades da Região Sul, belezas do litoral, aspectos
positivos da civilização urbana) é substituído por um
Brasil não-oficial (sertão nordestino, caboclos
interioranos, realidade dos subúrbios).
Autor de Canaã, obra publicada em 1902.
Canaã encontrou sucesso imediato entre os leitores.
Trata-se evidentemente de mais um livro a antecipar temas e
preocupações de que os modernistas se ocupariam mais
detidamente anos depois.

Desenvolvendo uma espécie de tese sociológica, a obra aborda


questões sobre a imigração europeia no Brasil. Os alemães
Milkau e Lentz partem para a região do rio Doce, no interior do
Espírito Santo. Lentz defende o uso da violência e a
superioridade da sua raça sobre a população local: os arianos
versus "os mestiços". Já Milkau, feliz e romântico, apoia a
integração entre os povos em terras brasileiras. Este torna-se
defensor de Maria, que, depois de ser renegada pelos patrões
quando descobrem que ela está grávida, perde o filho em
circunstâncias brutais - devorado por porcos. Considerada
culpada, é presa. Milkau a liberta e segue com ela para uma
possível terra prometida, a Canaã.
 O romance se apoia na objetividade e em recursos
naturalistas na descrição de episódios e personagens.
Para alguns críticos, haveria até um quê de Simbolismo
na prosa. Imagens plásticas e sensações visuais,
olfativas e auditivas povoam o texto: "Os primeiros
vaga-lumes começavam no bojo da mata a correr as
suas lâmpadas divinas... No alto, as estrelas miúdas e
sucessivas principiavam também a iluminar... Os
pirilampos iam-se multiplicando dentro da floresta, e
insensivelmente brotavam silenciosos e inumeráveis nos
troncos das árvores, como se as raízes se abrissem em
pontos luminosos. (...) Os pirilampos já não voavam, e
miríades e miríades deles cobriam os troncos das
árvores, que faiscavam cravados de diamantes e
topázios". O universo imagético e idealista de Milkau
contrasta com toda a barbárie que o escritor faz o leitor
testemunhar ao longo da narrativa. Graça Aranha não
resvala para as facilidades do maniqueísmo ao opor
Milkau e Lentz. Longe disso. Descrevia duas frentes de
pensamento da colonização no Brasil.
 Nascido em 1868 em São Luís, no Maranhão, Graça
Aranha começou a reunir os dados e impressões para a
produção de Canaã quando era juiz municipal de Porto
Cachoeiro, cidade de imigrantes alemães no Espírito
Santo. Um dos membros fundadores da Academia
Brasileira de Letras, em 1896, começou uma carreira
diplomática que lhe permitiu, na Europa, tomar contato
com as novas correntes estéticas. Tendo-as assimilado
com entusiasmo, apadrinhou a Semana de Arte Moderna
de 22, em que apoiou o movimento dos novos artistas
brasileiros. Disse Mário de Andrade: "O que ninguém
negará é a importância dele para a viabilidade do
movimento, e o valor pessoal dele. Ele trouxe mais
facilidade e maior rapidez para nossa implantação".

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/canaa
Autor de Os sertões, uma obra sobre “a terra,
o homem e a luta” do sertão.
http://www.youtube.com/watch?v=E8RD631fQa0
http://www.youtube.com/watch?v=Dut6XYIC2UA
Euclides, como correspondente de guerra, não chegou a denunciar as
barbaridades cometidas contra prisioneiros, porém em "Os Sertões", o livro
vingador, descreve sem véus a degola. Na foto, tirada em 2 de outubro de 1897,
400 membros do Arraial (fonte https://nossosemiarido.blogspot.com.br/2009/08/artigo-euclides-
ataca.html
O filme
http://www.youtube.com/watch?v=LV9WGQsAoro
O filme do livro
Triste fim de Policarpo Quaresma

https://www.youtube.com/watch?v=mSSTpFHl3J0

Biografias
http://www.youtube.com/watch?v=sCo1hyBUEBw
http://www.youtube.com/watch?v=fn1mlfq7Kls

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