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1. Quais os habitats microbianos?

Solo, água e superfície, interior de organismos superiores ou ambientes extremos

2. O que são biofilmes? Por que são formados? Quais as suas implicações negativas e
positivas?

Comunidades complexas de micro-organismos associadas a superfícies ou interfaces. Podem


incluir bactérias, fungos, protozoários e outros micro-organismos.Sua formação ocorre devido à
deposição e adesão de microrganismos em uma superfície de contato, a qual se fixam, formam
uma matriz de exopolissacarídeos e iniciam seu crescimento, sua maturação e, posteriormente,
a sua dispersão. Implicações: Iniciam a degradação de objetos submersos, Podem
comprometer a inocuidade da água potável ao se desenvolver em dutos de distribuição, Podem
retardar o fluxo de água, óleo ou outros líquidos por meio dos ductos, podendo acelerar sua
corrosão e São elementos essenciais para o funcionamento adequado dos sistemas de
tratamento de resíduos

3. Quais as relações ecológicas que os microrganismos estabelecem entre si e com


outros microrganismos? Qual o potencial de uso biotecnológico dessas relações
ecológicas: Dê um exemplo.

Simbiose, Mutualismo, Comensalismo, Parasitismo, competição, amensalismo e predação.


Possuem um alto potencial do seu uso na ciência, como por exemplo no amensalismo, pode-se
investigar a relação entre Penicillium notatum e bactérias sensíveis à penicilina para
desenvolvimento de vacinas.

4. Conceitue Arqueas. Faça um breve relato do papel ecológico e tecnológico das


arqueas metanogênicas.

São micro-organismos que produzem metano (CH4) como parte integral de seu metabolismo
energético. As arqueas metanogênicas podem ser utilizadas para auxiliarem na decomposição
do lixo orgânico e na estação de tratamento de esgotos. Além disso, ao produzir metano, que
pode ser aproveitado como combustível, podem contribuir na geração de uma fonte de energia
alternativa.

5. Como é a atividade microbiana nas diferentes camadas do solo?

Horizonte O: camada de vegetal não decomposta. horizonte A: Solo superficial


(alto teor de matéria orgânica, com coloração escura, próprio para a agricultura;
plantas e um grande número de microrganismos crescem nesta camada; intensa
atividade microbiana). Horizonte B: Subsolo (minerais, húmus, etc.. lixiviados da
superfície do solo e acumulados nesta camada; pouca matéria orgânica, atividade
microbiana detectável embora inferior ao do horizonte A. Horizonte C: Base do
solo (desenvolvem-se diretamente a partir do leito rochoso subjacente atividade
microbiana geralmente muito baixa)

6. Quais os fatores abióticos influenciam a diversidade microbiana no solo?

Atmosfera, Temperatura, pH, Potencial redox, Fontes nutricionais e Água

7. Qual o papel desempenhado pelos microrganismos do solo?

Os microrganismos do solo desempenham um papel crucial na manutenção da


qualidade do solo e na saúde das plantas. Eles ajudam a decompor a matéria
orgânica, reciclar nutrientes e manter o equilíbrio do ecossistema do solo. Além
disso, os microrganismos do solo também podem ajudar a controlar pragas e
doenças que afetam as plantas. Os microrganismos do solo incluem bactérias,
fungos, protozoários, vírus e nematóides, e cada um tem um papel específico a
desempenhar. Por exemplo, as bactérias do solo ajudam a fixar o nitrogênio
atmosférico no solo, tornando-o disponível para as plantas. Os fungos do solo
ajudam a decompor a matéria orgânica e a formar micorrizas, uma relação
simbiótica entre as raízes das plantas e os fungos que ajudam a aumentar a
absorção de nutrientes pelas plantas. Os protozoários do solo se alimentam de
bactérias e outros microrganismos e ajudam a regular as populações de
microrganismos no solo. Os microrganismos do solo também desempenham um
papel importante na produção de alimentos, uma vez que ajudam a manter a
fertilidade do solo e a saúde das plantas. Agricultores podem usar práticas
agrícolas que incentivam a atividade microbiana do solo, como a adição de
matéria orgânica, para melhorar a qualidade do solo e aumentar a produção de
alimentos.

8. O que é rizosfera? Como é mantida? Qual a sua importância para a planta?

Região do solo que é influenciada pela raiz da planta, sendo rico em nutrientes e
consequentemente em microrganismos. Essa região é mantida por uma interação
complexa entre as raízes das plantas e os microrganismos do solo. As plantas exsudam
compostos orgânicos através das raízes, como açúcares e aminoácidos, que são
utilizados pelos microrganismos do solo como fonte de nutrientes. Em troca, os
microrganismos do solo produzem metabólitos que ajudam a proteger as plantas de
patógenos e a aumentar a disponibilidade de nutrientes no solo. A rizosfera é
importante para as plantas porque é onde ocorrem muitos processos que beneficiam o
crescimento e desenvolvimento das raízes e da planta como um todo. Os
microrganismos presentes na rizosfera ajudam a decompor a matéria orgânica e a ciclar
nutrientes, tornando-os disponíveis para as plantas. Além disso, esses microrganismos
podem ajudar a controlar patógenos e pragas que afetam as plantas.A presença de
microrganismos na rizosfera também pode ajudar a melhorar a estrutura do solo,
aumentando a agregação de partículas e a retenção de água. Isso pode ajudar as
plantas a lidar com condições de estresse hídrico, aumentando a resistência das
plantas a períodos de seca.Em resumo, a rizosfera é uma região importante do solo,
onde ocorre uma interação complexa entre as raízes das plantas e os microrganismos
do solo. Essa interação é fundamental para o crescimento e desenvolvimento das
plantas, além de ajudar a manter a qualidade do solo e a disponibilidade de nutrientes.

9. Qual o papel dos microrganismos aeróbios e anaeróbios no ciclo do carbono?

Os microrganismos aeróbios e anaeróbios desempenham papéis diferentes no ciclo do


carbono, que é o processo pelo qual o carbono é trocado entre a atmosfera, o solo e os
seres vivos. Os microrganismos aeróbios, como as bactérias e fungos que vivem em
solos bem aerados, decompõem a matéria orgânica liberando dióxido de carbono (CO2)
e água (H2O) durante o processo de respiração celular. Esses microrganismos também
são responsáveis pela mineralização do carbono orgânico, que é transformado em
nutrientes inorgânicos que podem ser utilizados pelas plantas para crescer e se
desenvolver. Já os microrganismos anaeróbios, como as bactérias que vivem em solos
mal drenados, ou em ambientes sem oxigênio, decompõem a matéria orgânica de
maneira diferente, liberando metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2). A
decomposição anaeróbica é importante em ambientes como pântanos, lagos e
oceanos, onde pode ser responsável pela produção de grandes quantidades de
metano.No entanto, quando ocorre a decomposição anaeróbica em solos agrícolas e
outros locais onde há interferência humana, a produção de metano pode ser um
problema, pois o metano é um potente gás de efeito estufa. Além disso, a perda de
carbono orgânico do solo por meio da decomposição anaeróbica pode levar à
degradação da qualidade do solo e reduzir a capacidade do solo em armazenar
carbono. Em resumo, tanto os microrganismos aeróbios quanto os anaeróbios
desempenham papéis importantes no ciclo do carbono, porém de maneiras diferentes.
Os microrganismos aeróbios são importantes para a mineralização do carbono orgânico
e para a manutenção da qualidade do solo, enquanto os microrganismos anaeróbios
podem produzir metano, um gás de efeito estufa, em ambientes naturais.

10. Sintetize o papel microbiano no ciclo do nitrogênio.

Os microrganismos desempenham um papel crucial no ciclo do nitrogênio, que é o


processo pelo qual o nitrogênio é convertido em formas utilizáveis por plantas e outros
organismos. O nitrogênio atmosférico (N2) é fixado por bactérias fixadoras de
nitrogênio, que convertem o N2 em amônia (NH3) que pode ser utilizada por plantas e
outros organismos. Algumas dessas bactérias formam simbiose com plantas, como as
leguminosas, em que as bactérias vivem nas raízes das plantas e fornecem nitrogênio
às plantas em troca de carboidratos. Outras bactérias do solo, como as bactérias
nitrificantes, convertem a amônia em nitrato (NO3-) através da oxidação. O nitrato é
utilizado por plantas como fonte de nitrogênio para produzir proteínas e outros
compostos nitrogenados. Por outro lado, as bactérias desnitrificantes convertem o
nitrato de volta em nitrogênio gasoso (N2), liberando-o na atmosfera. Esse processo é
importante para evitar a acumulação excessiva de nitrato no solo, que pode ser tóxico
para as plantas.Além disso, outros microrganismos, como as bactérias anaeróbias,
podem produzir gás nitrogênio (N2O) durante o processo de desnitrificação. O N2O é
um potente gás de efeito estufa e contribui para as mudanças climáticas. Em resumo,
os microrganismos desempenham papéis importantes em todas as etapas do ciclo do
nitrogênio, desde a fixação do nitrogênio atmosférico até a desnitrificação. A atividade
microbiana é fundamental para garantir que o nitrogênio esteja disponível para as
plantas e outros organismos, além de evitar a acumulação excessiva de nitrato no solo.

11. Resuma as consequências positivas da desnitrificação?

● Auxilia no tratamento de água de rejeitos Remoção do nitrato


● Minimiza o crescimento de algas quando o esgoto é vertido em lagos ou riachos
● Reduz a carga de nitrogênio fixado presente nos efluentes do tratamento de esgoto

12. Qual o papel dos microrganismos no ciclo do enxofre?

Os microrganismos desempenham um papel importante no ciclo do enxofre, que é o processo


pelo qual o enxofre é transformado e reciclado no meio ambiente. Os compostos orgânicos que
contêm enxofre são degradados por microrganismos, como as bactérias sulfato-redutoras, que
convertem sulfato (SO42-) em sulfeto (S2-), e as bactérias sulfato-oxidantes, que oxidam o
sulfeto a sulfato. Esses microrganismos também participam da ciclagem do enxofre no solo,
ajudando a manter as concentrações de sulfato e sulfeto na faixa ideal para as plantas. Além
disso, alguns microrganismos, como as bactérias metanotróficas, utilizam compostos de
enxofre, como o sulfato, como uma fonte de energia, e na oxidação do sulfato, eles produzem
sulfeto que pode ser utilizado por outros microrganismos. Outros microrganismos, como as
bactérias fotossintéticas roxas, utilizam enxofre como um doador de elétrons em reações de
fotossíntese. Esses microrganismos podem oxidar compostos de enxofre para produzir sulfato
e, assim, contribuir para a disponibilidade de sulfato no ambiente.Por fim, microrganismos como
as bactérias desnitrificantes, podem utilizar compostos de enxofre em seu metabolismo e
produzir gás sulfídrico (H2S), que é liberado no ambiente. Em resumo, os microrganismos
desempenham um papel importante na ciclagem do enxofre, transformando e reciclando
compostos de enxofre no ambiente e mantendo a disponibilidade de sulfato e sulfeto para
plantas e outros organismos.
13. Descreva o uso biotecnológico das bactérias quimiolitotróficas oxidantes de enxofre
como Thiobacillus e Acidithiobacillus.

Biomineração: Essas bactérias têm sido usadas para a recuperação de metais a partir de
minérios sulfetados, por meio de um processo chamado biolixiviação.

Tratamento de efluentes e drenagem ácida de minas: O Thiobacillus e Acidithiobacillus são


capazes de oxidar compostos sulfurosos presentes em efluentes industriais e drenagem ácida
de minas, neutralizando a acidez e reduzindo a toxicidade desses efluentes, tornando-os menos
prejudiciais ao meio ambiente.

Biorremediação: Essas bactérias também podem ser usadas em processos de biorremediação


para eliminar ou reduzir a concentração de compostos sulfurosos tóxicos e poluentes em solos,
sedimentos e águas contaminadas.

Produção de enxofre elementar: O Thiobacillus e Acidithiobacillus podem ser utilizados em


processos de produção de enxofre elementar a partir de compostos sulfurosos, como o S^0,
que pode ter aplicações em diversos setores industriais, como a produção de fertilizantes,
produtos químicos e farmacêuticos.

Produção de compostos químicos: Essas bactérias podem ser utilizadas como catalisadoras em
processos biotecnológicos para a produção de compostos químicos de interesse, como ácido
sulfúrico, ácido sulfúrico diluído, tiosulfato, entre outros.

14. Qual o papel dos microrganismos no ciclo do fósforo? Como esses microrganismos
poderiam auxiliar no tratamento de esgoto?

Mineralização do fósforo orgânico, fixação do fósforo atmosférico, ciclagem do fósforo no solo,


até a formação de associações mutualísticas com plantas. auxiliam no tratamento de esgoto
pela remoção de compostos de fósforo por meio de processos biológicos, como a assimilação,
precipitação e desnitrificação, em diferentes sistemas de tratamento de esgotos.

15. Caracterize do ponto de vista morfofisiológico e epidemiológico a família


enterobacteriaceae.

A família Enterobacteriaceae é composta por bactérias gram-negativas em formato de bacilos


retos ou ligeiramente curvos, com características fisiológicas como oxidase negativa, catalase
positiva, anaeróbias facultativas, móveis e fermentadoras de glicose e outros carboidratos.

Algumas espécies de Enterobacteriaceae são consideradas patógenos oportunistas, o que


significa que normalmente são comensais ou fazem parte da microbiota normal do trato
gastrointestinal, mas podem causar infecções quando as condições são favoráveis, como em
pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, em pacientes hospitalizados ou em
ambientes de saúde. As infecções causadas por Enterobacteriaceae podem variar desde
infecções do trato urinário, infecções respiratórias, infecções do trato gastrointestinal, infecções
de feridas e abscessos, até infecções sistêmicas graves, como septicemia.

16. Por que a família enterobacteriaceae pode ser usada como indicadora da qualidade
da água?

Alguns membros de Enterobacteriaceae são usados como indicadores para avaliar a segurança
e a higiene dos alimentos, pois são encontrados no trato gastrointestinal de humanos e animais.
Algumas espécies de Enterobacteriaceae são consideradas patógenos oportunistas, o que
significa que normalmente são comensais ou fazem parte da microbiota normal do trato
gastrointestinal, mas podem causar infecções quando as condições são favoráveis, como em
pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, em pacientes hospitalizados ou em
ambientes de saúde. Microrganismos que podem causar doença ou que revelam situações
onde poderiam estar presentes outros microrganismos patogênicos, conhecidos atualmente
como perigos microbiológicos, configurando risco à saúde.

17. Quais os principais gêneros que integram a família enterobacteriaceae?

Escherichia, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Shigella, Salmonella, Proteus, Providência,


Morganella e Yersinia.

18. Diferencie coliformes a 35ºC, a 45ºC e Escherichia coli.

Coliformes a 35°C: são bactérias gram-negativas, aeróbias ou anaeróbias facultativas, não


formam endósporos, fermentam lactose - produzem ácido e gás a 35°C em 24-48h, produzem a
enzima β-galactosidade. Apresentam uma LONGA sobrevida ambiental indicando contaminação
fecal sem contudo ter uma relação direta com a possível presença de enteropatógenos.

Coliformes a 45°C: são bactérias gram-negativas, aeróbias ou anaeróbias facultativas, não


formam endósporos, fermentam lactose - produzem ácido e gás a 45°C em 24-48h, possuem a
enzima β-galactosidade. Apresentam uma CURTA sobrevida ambiental indicando uma
contaminação fecal “recente”, e portanto tendo uma relação direta com a possível presença de
enteropatógenos.

19. Qual o significado da presença de coliformes a 35ºC, a 45ºC e Escherichia coli em


águas para consumo e recreacionais?

São indicadores sanitários devido sua presença nas fezes e também por constituírem espécies
patogênicas. E significam: Avaliação da qualidade sanitária da água para consumo Avaliação da
água para balneabilidade Indica contaminação pela manipulação Indica higiene deficiente de
vegetais, equipamentos, utensílios e mãos Pode causar toxinfecção em baixas contagens (E.
coli O 157 H 7) Em geral pode causar toxinfecção em contagem > 105 UFC/g

20. Qual gênero bacteriano é considerado melhor indicador para avaliação da qualidade
microbiológica de águas recreacionais doces e marinhas? E por quê?

São os Enterococos, pois, possuem correlação positiva entre as densidades de enterococos e a


incidência de doença gastrointestinal em indivíduos expostos a águas recreacionais doces e
marinhas, possuem habilidade de sobreviver por mais tempo na água e em ambientes com
maior salinidade e apresentam maior resistência à dessecação e ao cloro.

21. Cite três agentes desinfetantes/sanitizantes utilizados no tratamento de água para


consumo e seus respectivos mecanismos de ação.

Sabões e detergentes: o mecanismo de ação é a remoção mecânica de microrganismos através


de escovação. Sanitizantes ácido-aniônicos: incerto: pode envolver a inativação ou a ruptura de
enzimas. Compostos quaternários de amônio (detergentes catiônicos): inibição enzimática,
desnaturação das proteínas, ruptura das membranas plasmáticas

22. Quais as etapas da coloração de Gram?

1. Cobrir o esfregaço com o corante Cristal Violeta por 1 minuto;

2. Remover o excesso de corante com água corrente;

3. Cobrir o esfregaço com lugol por 1 minuto;

4. Remover o excesso de lugol com água corrente;

5. Com a lâmina inclinada, gotejar a mistura de etanol-acetona na parte superior da lâmina;


6. Remover o excesso de etanol-acetona com água corrente;

7. Cobrir o esfregaço com o corante Safranina ou Fucsina de 30 a 60 segundos;

8. Remover o excesso de corante com água corrente;

9. Remover o resíduo de água com papel absorvente pressionando levemente a lâmina ou a


deixe secar em temperatura ambiente;

10.Observar em objetiva de 100X utilizando óleo de imersão.

23. Explique como ocorre a coloração diferencial das bactérias Gram positivas e Gram
negativas e sua relação com a estrutura da parede celular.

O mecanismo da coloração de Gram se refere à composição da parede celular, sendo que as


Gram-positivas possuem uma espessa camada de peptideoglicano,, e as Gram-negativas, uma
fina camada de peptideoglicano, sobre a qual se encontra uma camada composta por
lipoproteínas, fosfolipídeos, proteínas e lipopolissacarídeos.na gram-positiva ocorre
desidratação da parede celular, diminuição da porosidade e da permeabilidade; o complexo
CV-I não pode sair da célula, que permanece violeta.já na gram-negativa ocorre extração dos
lipídios da membrana externa da parede celular; o complexo CV-I é removido da célula, que se
torna incolor,tornando-se vermelha ou rósea no final da coloração.

24. O que é antibiograma?

O antibiograma é um teste que determina o perfil de sensibilidade e resistência de bactérias e


fungos aos antibióticos.

25. Explique o princípio do antibiograma pelo método de difusão em disco de Kirby


Bauer.

O princípio do teste de Kirby-Bauer é baseado na difusão de um disco contendo uma


quantidade padronizada de um determinado antibiótico sobre uma placa de Petri contendo uma
cultura bacteriana previamente semeadas.Após uma incubação de um dia para o outro, o
crescimento bacteriano em volta de cada disco é observado. A área clara que rodeia o disco
(halo) revela o local na qual as bactérias não conseguem se desenvolver. A área em volta de
um disco antibiótico que não tem crescimento é chamada de zona de inibição. Esta zona é
medida em milímetros (mm) e comparada a um gráfico de interpretação padrão usado para
categorizar a amostra como sensível, intermediária ou resistente.

26. Qual a importância do microcultivo?

É importante pois facilita a observação das características e estruturas dos


fungos para identificá-los

27. Quais as diferenças no semeio de leveduras e fungos filamentosos?

As leveduras podem ser semeadas por inoculação direta em meio líquido ou


por espalhamento em meio sólido. Os fungos filamentosos são geralmente
semeados por espalhamento em meio sólido, além disso, nos fungos podem
ser feitos o microcultivo.

28. Quais os métodos de preparo de lâminas imediatas de fungos?

a) Preparação microscópica a partir de cultivo em meio sólido (observação de leveduras)


• Adicionar uma gota de corante azul de Amann no centro da lâmina de microscopia;

• Com a alça de semeio coletar um pouco de massa celular do crescimento de leveduras (sem
coletar o meio de cultura) e espalhar as células na água destilada fazendo movimentos
circulares;

• Cobrir a preparação com uma lamínula e observar ao microscópio, inicialmente com a


objetiva de 10X e depois com a de 40X, obtendo aumentos de 100X e 400X, respectivamente.

ATENÇÃO! Não se utiliza a objetiva de 100X com fungos filamentosos e leveduras.

b) Preparação microscópica a partir de cultivo em meio sólido (observação de fungos


filamentosos)

• Adicionar uma gota de corante azul de Amann no centro da lâmina de microscopia; • Com a
alça de semeio (extremidade em L) remover um pequeno fragmento de crescimento fúngico e
depositar no corante;

• Cobrir a preparação com uma lamínula e com auxílio de uma pinça fazer leve pressão;

• Retirar o excesso de corante com papel absorvente e fazer observação ao microscópio de


estruturas somáticas e reprodutivas utilizando objetivas de 10X e 40X.

c) Preparação microscópica utilizando fita adesiva (observação de fungos filamentosos)

• Pressionar levemente um pedaço de fita adesiva, usando um tubo de ensaio como suporte,
na superfície de um micélio crescido em placa;

• Transferir a fita adesiva contendo fragmento de micélio para uma lâmina de microscopia
contendo uma gota de corante azul de Amann;

• Retirar o excesso de corante com papel absorvente e fazer observação ao microscópio de


estruturas somáticas e reprodutivas utilizando objetivas de 10X e 40X.

d) Preparação microscópica para observação de fungos filamentosos cultivados pela técnica de


microcultivo

• Com auxílio de uma pinça, remova a lamínula do microcultivo para uma lâmina contendo uma
gota de azul de Amann, tendo o cuidado para evitar formação de bolhas; o lado da lamínula
contendo o fungo deverá estar em contato com o corante.

• Retirar o excesso de corante com papel absorvente e observar ao microscópio utilizando


objetivas de 10X e 40X.

29. Quais as características macro e microscópicas dos fungos que devem ser
analisadas?

Na observação microscópica de leveduras, deve-se analisar as características da célula


somática como: forma, tamanho, presença ou ausência de cápsula e pseudo-hifa. E também,
características de reprodução: brotamento (blastoconídio) e artrósporos. Nos fungos
filamentosos, além dos elementos supracitados, devemos analisar o diâmetro da hifa, a
presença ou ausência de septos (hifas septadas ou hifas asseptadas) e de pigmentação.
Devemos observar também a existência de estruturas diferenciadas na hifa, como: rizóides,
clamidósporos e artrósporos. No micélio com estruturas de reprodução são analisados se os
esporos são endógenos (formados dentro de esporângios, ou em ascos e basídios) ou se são
exógenos (formados em conidióforos). Com relação aos esporos, deve-se observar a forma, o
tamanho e a cor, bem como a presença de septos e ornamentação. Pode-se observar, ainda, a
existência de corpos de frutificação: peritécios, apotécios, cleistotécios e ascostromas.

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