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Introdução
Em redor das raízes das plantas existe uma fina camada de solo envolvente com
espessura estimada de dois a três milímetros, que varia com o nível de atividade vegetal,
ao qual se classifica de rizosfera [1]. Esta camada de solo é extremamente importante para
a atividade radicular e para o metabolismo da planta, em que a quantidade de
microrganismos é muito superior do que em uma porção de solo afastado de algum tipo
de raízes, entre os quais é possível encontrar bactérias, protozoários, fungos e algas, sendo
as bactérias os mais comuns. Os microrganismos que habitam na rizosfera são
classificados conforme a interação com as raízes e o seu efeito nas plantas, podendo ser
patogénicos ou beneficiar a planta. Dentro das rizobactérias encontram-se as PGPR’s
(Plant Growt-Promoting Rhizobacteria) que são as espécies de bactérias que beneficiam
o crescimento das plantas de forma direta ou indireta. Como tema de estudo já foram
identificadas vários tipos de bactérias que promovem o crescimento de plantas, cujas
espécies são: Pseudomonas, Azospirillum, Azotobacter, Klebsiella, Enterobacter,
Alcaligenes, Arthrobacter, Burkholderia, Bacillus e Serratia [2, 3]. Estas bactérias
estabelecem relações com as plantas em que utilizam nutrientes e compostos segregados
pelas raízes para o seu crescimento e ao mesmo tempo libertam para a rizosfera
metabólicos, que por sua vez são assimilados pelas plantas promovendo o seu
crescimento [4]. Estas bactérias estimulam o crescimento atuando como biofertilizantes
através da fixação do nitrogénio da atmosfera no solo, solubilização de fósforo, controlo
de agentes patogénicos, supressão de atividade antifúngica e diminuição dos efeitos de
stresses bióticos e abióticos [2].
Fixação de Nitrogénio
Solubilização de Fósforo
Atividade antifúngica
Todos os tipos de culturas se sofrerem algum tipo de stresse é certo que a sua
produtividade irá diminuir. Os stresses abióticos sendo os maios comuns, podem
representar perdas de produtividade na ordem dos 50% a 80%. Por exemplo, das regiões
semiáridas em que a alta salinidade da água de rega e dos solos é uma barreira para a
produtividade das culturas, deste modo as plantas apresentam um crescimento foliar,
devido à dificuldade de absorção da água, que restringe os processos fotossintéticos [2].
Como por exemplo da interação entre as bactérias Paenibacillus sp. e Bacillus sp. e a soja
(Glycine max L.) que diminuíram os efeitos do stress hídrico das plantas, esta interação
causou um crescimento no sistema radicular da planta, permitindo que esta consiga
capturar mais água. Estes benefícios devem-se à produção de biofilme, ACC deaminase
e polissacarídeos extracelulares por parte das rizobactérias. [12]
Conclusão