Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Autores: Enilson Luiz Saccol de Sá a, Benjamin Dias Osório Filho b, Rafael Goulart
Machado c e Pedro Alberto Selbach a
1.- Introdução
O Nitrogênio é um dos principais constituintes do planeta terra. A maior parte
do nitrogênio (93%), está na crosta terrestre. Os 6,2% restantes estão na ecosfera.
Nesta, 99,96% (equivalente a 3,9 x 1021 g) está na forma de N2 (gás dinitrogênio) na
atmosfera e, os restantes 0,04%, nas formas combinadas orgânicas ou inorgânicas
encontradas tanto em ecossistemas aquáticos como terrestres (Roswall, 1979). A
maioria dos organismos vivos, incluindo-se todos os animais, vegetais e grande parte
dos micro-organismos, dependem desta pequena parcela de N nas formas combinadas,
pois o grande reservatório de N2 que compõe cerca de 78% da atmosfera não é acessível
a todos eucariotos (incluindo plantas) e a maioria dos procariotos. Apenas um grupo
restrito de micro-organismos procariotos possui a capacidade de realizar a conversão
do N2 atmosférico em formas assimiláveis pelas plantas e outros micro-organismos. Essa
conversão é realizada por alguns procariotos (bactérias, archaebactérias e
cianobactérias) que apresentam o complexo enzimático nitrogenase que é capaz de
reduzir o N2 para a forma de NH3 (amônia). Quando apresentam esta capacidade, estes
micro-organismos são denominados diazotróficos.
No ambiente, os organismos diazotróficos estão por toda a parte, vivendo
livremente ou podendo estar associados com as plantas. As interações entre estas
bactérias e plantas podem ser de diferentes naturezas e intensidades, variando desde
colonização rizosférica, endofítica ou até mesmo simbiose. A capacidade de fixação de
nitrogênio varia entre espécies de microrganismo diazotrófico. Isso porque cada grupo
de bactérias apresenta mecanismos específicos para garantir a eficiência do complexo
enzimático nitrogenase. A presença de gás oxigênio afeta a eficiência da nitrogenase em
fixar o gás nitrogênio. Os diazotróficos que conseguem afastar o gás oxigênio ou mesmo
compartimentalizar a nitrogenase, são mais eficientes na fixação de nitrogênio.
Além disso, como o processo de fixação de N demanda muita energia, os
microrganismos que se associam a plantas conseguem obter carboidratos mais
facilmente para geração de energia. Trata-se de um tipo de interação mais íntima, em
que além de garantir energia para a nitrogenase, fornecem nitrogênio para a formação
dos compostos orgânicos da planta. Ambos os participantes são beneficiados nesta
associação. Para exemplificar, nos cultivos de soja no Brasil e Argentina, 70 a 90 % do
nitrogênio é proveniente da Fixação Biológica de Nitrogênio (Herridge et al., 2008). Pelo
fato de o processo de fixação ser de elevada demanda energética, os microrganismos
simbiontes recebem da planta os fotossintatos ricos em energia, como malato e
sacarose. Como exemplo, Azospirillum utilizando malato, consegue fixar 26 mg de N por
grama de carbono e Azotobacter, utilizando sacarose, fixa 7 mg de N por grama de
carbono (Bottomley & Myrold, 2015).
A presença e a atuação dos micro-organismos diazotróficos no planeta garante
o fluxo de nitrogênio na ecosfera e a manutenção dos ecossistemas. A magnitude da
fixação de nitrogênio oriundo da atmosfera na biomassa em um determinado ambiente
depende da composição quali e quantitativa destes organismos no solo. Estima-se que
haja uma grande variabilidade na quantidade anual de nitrogênio fixado nos solos
tropicais dependendo do ambiente. Naqueles ecossistemas em que há uma maior
proporção de organismos simbióticos, como associações entre rizóbios e leguminosas
ou entre cianobactérias e Azolla, a quantidade de N fixado por área, tende a ser maior.
Na Tabela 1, são apresentadas estimativas de fixação de nitrogênio por diferentes
organismos diazotróficos em condições de campo.
Os micro-organismos diazotróficos podem ser aeróbios, anaeróbios ou
anaeróbios facultativas. Diante dessa diversidade de organismos, por exemplo, em áreas
de solo alagado, inúmeros são os organismos com capacidade de fixar nitrogênio sendo
mais eficientes aqueles que conseguem obter mais energia para a produção de ATP. Em
cultivos de arroz alagado destacam-se as cianobactérias simbiontes com a planta
aquática do gênero Azolla, os rizóbios, que nodulam leguminosas na entressafra do
arroz e diazotróficos de vida livre e associativos que conseguem permanecer no
agroecossistema.
Leguminosas
As leguminosas são um grupo muito grande e diverso, variando de pequenos
trevos até plantas arbóreas como Acacia. Estima-se que o grupo contenha de 23.535
espécies em 917 gêneros diferentes (The Plant List, 2013) e a maioria dos examinados
até agora podem fixar nitrogênio em simbiose com rizóbio. Deste grupo cerca de 200
são cultivadas pelo homem sendo 20 de maior importância econômica (Allen & Allen,
1981).
Desde 1886 já se conhece a função dos nódulos em leguminosas e a capacidade
de fixação de nitrogênio pelo microsimbionte, o qual foi isolado e cultivado pela primeira
vez por Beijerinck em 1888, sendo denominado de Bacillus radicícola. A aplicação prática
destes conhecimentos deu-se de forma lenta, sendo o primeiro inoculante constituído
de terra de cultivo antigo e macerado de nódulos revolvidos com as sementes.
No Brasil, segundo Lopes (1974), o Instituto Agronômico de Campinas foi o
pioneiro nas pesquisas com rizóbio/leguminosas, sendo que em 1930 já havia
distribuído culturas puras de Rhizobium para inoculação de sementes. A primeira fábrica
de inoculantes particular no país foi estabelecida em 1956 na cidade de Pelotas, com a
assistência técnica do grupo da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, que
iniciou em 1950 a produção de inoculantes (Freire & Vidor, 1981).
Microssimbionte
As leguminosas formam simbiose com diversas espécies de microrganismos,
coletivamente chamados de rizóbios. A primeira classificação das bactérias se baseava
nos conceitos de grupos de inoculação cruzada (Fred et al., 1932) em que as bactérias
eram classificadas em função da planta hospedeira com a qual formavam simbiose. Os
estudos mais abrangentes demonstraram a alta ocorrência de infecções cruzadas entre
grupos distintos, inviabilizando a manutenção desta classificação.
Na classificação atual, com base nas características do DNA dos micro-
organismos, algumas espécies foram fundidas e gêneros desmembrados. Na
classificação mais recente (Tabela 1), os rizóbios foram agrupados em α-proteobacterias
e β-proteobactérias, sendo também conhecidos como alfa-rizóbios e beta-rizóbios. Os
gêneros de rizóbios da classe alfa são: Allorhizobium, Azorhizobium, Bradyrhizobium,
Mesorhizobium, Rhizobium, Sinorhizobium, Devosia, Methylobacterium, Microvirga,
Ochrobactrum, Shinella, e Phyllobacterium. Enquanto na classe beta encontramos os
rizóbios dos gêneros: Cuproavidus e Burkholderia (Zakhia & de Lajudie, 2001; Willens,
2006; Lin et al., 2008; Ardley et al., 2012).
A especificidade hospedeira é característica deste grupo de simbiontes, no
entanto, pode variar desde estirpes altamente específicas, como as que formam nódulos
em plantas de trevo, até estirpes promíscuas que podem formar nódulos em mais de
um hospedeiro como a estirpe NGR234, que pode induzir nodulação em 34 diferentes
espécies de leguminosas e em uma espécie não-leguminosa (Parasponia andersonii)
(Stanley & Cervantes, 1991).
Os rizóbios são, de maneira geral, bacilos Gram negativos, de 0,5 a 0,9 micras
por 1,2 a 3,0 micras, geralmente móveis quando jovens por flagelos peritríquios, polares
ou sub-polares, não formam endosporos, suas células podem conter grânulos de poli-
beta-hidroxibutirato. A maioria das estirpes produzem grande quantidade de
polissacarídeos extracelulares mucilaginosos, de composição variável segundo a estirpe
e o meio de cultivo.
Os rizóbios são bactérias pleomórficas sofrendo alterações morfológicas,
fisiológicas e bioquímicas dentro do nódulo, transformando-se em células que são
denominadas bacteróides e que podem apresentar formas irregulares de X , Y ou de
clavas, não apresentando flagelos e perdendo a capacidade de divisão celular. São
encontrados dentro das células da região fixadora do nódulo radicular em grupos
isolados por um envelope membranoso originado pela planta denominado
simbiossoma.
Tabela 1 – Relação de exemplos de gêneros e espécies de bactérias simbiontes
chamadas comumente de rizóbios
Gênero Espécies Leguminosas
Bradyrhizobium B. japonicum e B. Elkanii Soja
Rhizobium R. leguminosarum bv. Feijão
phaseoli
R. trifolii Trevo
Azorhizobium A. Caulinodans Anjiquinho
Ensifer (Sinorhizobium) E. Fredii soja asiática
E. meliloti Alfafa
Mesorhizobium M. Ciceri grão de bico
M. loti Lotus
Allorhizobium A. Undicola Crotalaria
Devosia D. Neptuniae Neptunia natans
Methylobacterium M. Nodulans Crotalária
Burkholderia B. tuberum Leguminosas tropicais
Cupriavidus (Ralstonia) C. taiwanensis Mimosa sp.
Ochrobactrum O. lupine tremoço branco
Shinella S. kumerovia Kummerowia stipulacea
Phyllobacterium P. trifolii trevo e tremoço (Esp)
Microvirga M. lupinii Lupinus texensis
Tipos de nódulos
Na simbiose entre leguminosas / rizóbios os nódulos são estruturas novas,
altamente organizadas e que apresentam a zona fixadora envolta pelos vasos
condutores. Na simbiose entre Frankia / não leguminosas os nódulos são modificações
de raízes secundárias e apresentam os vasos condutores centrais e zona fixadora lateral
aos vasos condutores.
Os tipos de nódulos mais comumente encontrados podem ser sumarizados de
uma maneira geral como os seguintes:
a) - Nódulos de crescimento determinado: são nódulos com meristema circular
originando nódulos esféricos - Exemplos: soja, feijão, amendoim, cornichão (Figura 6 a)
b) - Nódulos de crescimento indeterminado: são nódulos com meristema apical
originando nódulos digitiformes (em forma de dedos) Exemplos: trevo, alfafa, ervilhaca
(Figura 6 b)
c) - Também podem ocorrer nódulos com formas irregulares muito aderidos à raiz
como em tremoço (Figura 6 c e d).
Figura 6: exemplos de tipos de nódulos: a) nódulos de cornichão; b) nódulos de
ervilhaca; c) nódulos de tremoço e d) corte de nódulos de tremoço mostrando
aderência às raízes e zona fixadora de N.
Poder Redutor:
A flavodoxina e a ferrodoxina são doadores de elétrons para a nitrogenase in
vivo. Estas substâncias recebem elétrons do NADH, o qual é reduzido a partir da
oxidação de compostos de carbono, via cadeia respiratória ou via metabolismo
anaeróbico.
Suprimento de Energia
A reação de redução do N consome energia que é fornecida ao sistema
enzimático sob a forma de ATP. O ATP é produzido a partir da oxidação de substratos
que podem ser provenientes da fotossíntese (nódulos de leguminosas e cianobactérias)
ou então substratos disponíveis no ambiente (bactéria fixadora de vida livre).
2.1 – Temperatura.
A temperatura ótima tanto para nodulação como para fixação do N situa-se
entre 25 a 32 oC, considerando as leguminosas tropicais. A simbiose Rizóbio/leguminosa
é mais sensível à temperatura do que a planta que recebe N mineral. Temperaturas
baixas retardam o processo de nodulação e altas prejudicam a fixação devido às
modificações fisiológicas e bioquímicas tanto da bactéria como da planta.
Abdel-Lateif K, Bogusz D, & Hocher, V. 2012) The role of flavonoids in the establishment
of plant roots endosymbioses with arbuscular mycorrhiza fungi, rhizobia and Frankia
bacteria. Plant signaling & behavior, 7(6), 636–641. https://doi.org/10.4161/psb.20039
Alcántara MGC, Jiménez JC, Úrizar EP, 2020. Aspectos ecológicos, taxonómicos y de
distribución de cianobacterias bentónicas en cinco ríos de la región central de México.
Acta Botanica Mexicana. 127, 1-26. DOI: https://doi.org/10.21829/abm127.2020.1639
Allen ON,Allen EK, 1981. The leguminosae. Univ. of Wisconsin Press. 812 p.
Anitha L, Bramari GS, Kalpana P, 2020. Bioalgalization—A Novel Approach for Soil
Amendment to Improve Fertility, em: Jyothi S, Mamatha DM, Satapathy SC, Raju, KS,
Favorskaya MN (Eds). Advances in Computational and Bio-Engineering. Springer. pp.
557-568. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-46939-9.
Ardley JK, Parker MA, De Meyer SE, Trengove RD, O'Hara GW, Reeve WG, Yates RJ,
Dilworth MJ, Willems A, Howieson JG. (2012). Microvirga lupini sp. nov., Microvirga
lotononidis sp. nov. and Microvirga zambiensis sp. nov. are alphaproteobacterial root-
nodule bacteria that specifically nodulate and fix nitrogen with geographically and
taxonomically separate legume hosts. Int J Syst Evol Microbiol. 2012 Nov;62(Pt
11):2579-2588. doi: 10.1099/ijs.0.035097-0.
Arrighi JF., Barre A, Ben Amor B, Bersoult A, Soriano LC, Mirabella R, de Carvalho-Niebel
F, Journet EP, Ghérardi M, Huguet T, Geurts R, Dénarié J, Rougé P, Gough C, 2006. The
Medicago truncatula lysin [corrected] motif-receptor-like kinase gene family includes
NFP and new nodule-expressed genes. Plant physiology, 142(1), 265–279.
https://doi.org/10.1104/pp.106.084657
Baker JA, Entsch B, McKay DB, 2003. The cyanobiont in na Azolla fern is neither
Anabaena nor Nostoc. FEMS Microbiology Letters 229, 43-47.
Baldani J. 1997. Recents advances in BNF with non-legumes plants. Soil Biology &
Biochemistry, Pergamon, 29: 911-922. https://doi.org/10.1016/S0038-0717(96)00218-
0
Bisseling T, Moen RC, Van Den Bos RC, Van Kammen A,1980. The Sequence of
Appearance of Leghaemoglobin and Nitrogenase Components I and II in Root Nodules
of Pisum sativum. Journal of General Microbiology, 118, 377-381.
https://doi.org/10.1099/00221287-118-2-377
Bisseling T, Van Den Bos RC, Weststrate MW, Hakkaart MJJ,Van Kammen A, 1979.
Development of the nitrogen-fixing and protein-synthesizing apparatus of bacteroids in
pea root nodules. Biochimica et Biophysica Act, 562: 515-526.
https://doi.org/10.1016/0005-2787(79)90114-X
Bohlool, B.B., Ladha, J.K., Garrity, D.P., e George T. (1992). Biological nitrogen fixation
for sustainable agriculture: A perspective. Plant Soil 141, 1–11.
https://doi.org/10.1007/BF00011307
Bottomley P.J. e Myrold D.D., 2015. Biological N Inputs, em Paul, E.A. Soil Microbiology,
Ecology, and Biochemistry. Academic Press, p.451.
Burgess BK, 1984. Structure and reactivity of nitrogenase - An overview, em: Veeger G,
Newton WE (Eds). Advances in Nitrogen Fixation Research. Martinus Nijhoff/DR W. Junk
Publishers. p.103-114.
Burns RC Hardy RWF, 1975 Nitrogen fixation in bacteria and higher plants. New York.
Springer-Verlag
Burris, RH, Arp DJ, Hageman RV, Houchins JP, Sweet WJ, Tso M, 1981. Mecanism of
nitrogenase action, em::Gibson AH, Newton WE.. Current Perspectives in
Nitrogen Fixation. Elsevier. p.56-66
Cavallet LE, Pessoa ACS, Helmich JJ, Helmich PR, Ost CF, 2000. Produtividade do milho
em resposta à aplicação de nitrogênio e inoculação das sementes com Azospirillum spp.,
Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, 4: 129-132.
https://doi.org/10.1590/S1415-43662000000100024
Crespi M Frugier F,2008. De novo organ formation from differentiated cells: root nodule
organogenesis. Sci Signal. 2008;1(49):re11. doi:10.1126/scisignal.149re11
Diem HG, Duhoux, E, Zaid H, Arahou, M, 2000 Cluster Roots in Casuarinaceae: Role and
Relationship to Soil Nutrient Factors. Annals of Botany. 85, 929-936. DOI:
https://doi.org/10.1006/anbo.1999.1127
El Shimi HI, Attia NK, Abd El Aal AA, El Sheltawy ST, El Diwani GI, 2015. Quality Profile of
Spirulina platensis Oilgae Extraction for Biodiesel Production. Indian Journal of Applied
Research. 5, 16-21.
Esseling JJ, Lhuissier FG, Emons AM,2003. Nod factor-induced root hair curling:
continuous polar growth towards the point of nod factor application. Plant physiology,
132(4), 1982–1988. https://doi.org/10.1104/pp.103.021634
Fred EB, Baldwin IL,MCcoy E, 1932. Root nodule bacteria and leguminous plants.
Madison. 342 p.
Freire JRJ, Vidor C, 1981. Rizobiologia - estudos no Rio Grande do Sul, em:: Myasaka S,
Medina JC (Eds). A soja no Brasil, Campinas, p.417-425.
Gavilanes FZ, Andrade DS, Zucareli C, Horácio EH, Yunes JS, Barbosa AP, Ribeiro Alves LA,
Cruzatti LG, Maddela NR, de Fátima Guimarães M, 2020. Co-inoculation of Anabaena
cylindrica with Azospirillum brasilense increases maize grain yield Rhizosphere. 15.
https://doi.org/10.1016/j.rhisph.2020.100224.
Goedhart J, Hink MA, Visser AJ, Bisseling T, Gadella TW Jr. (2008), In vivo fluorescence
correlation microscopy (FCM) reveals accumulation and immobilization of Nod factors
in root hair cell walls. Plant J. 2008 Jan; 21(1):109-19. https://doi.org/10.1046/j.1365-
313x.2000.00656.x" https://doi.org/10.1046/j.1365-313x.2000.00656.x
Goormachtig, S.; Capoen, W. ; Holsters, M. 2004. Rhizobium infection: lessons from the
versatile nodulation behaviour of water tolerant legumes. Trends in Plant Science,
Oxford, v.9, p. 518-522.
Guan D, Stacey N, Liu C, Wen J, Mysore KS, Torres-Jerez I, Vernié T, Tadege M, Zhou C,
Wang ZY,2013. Rhizobial infection is associated with the development of peripheral
vasculature in nodules of Medicago truncatula. Plant Physiol. 162: 107-115. DOI:
https://doi.org/10.1104/pp.113.215111
Hardarson G,Lie TA eds. 1984. Breeding legumes for enhanced symbiotic nitrogen
fixation. Proceedings of a FAO/IEAA Consultants Meeting, Viena, 1983. Plant and Soil.
82(3), 438 p.
Harrison MJ, Ivanov S, 2017. Exocytosis for endosymbiosis: membrane trafficking
pathways for development of symbiotic membrane compartments. Curr. Opin. Plant
Biol. 38, 101–108. https://doi.org/10.1016/j.pbi.2017.04.019
Indrasumunar,A, Searle I, Lin MH, Kereszt A, Men A, Carroll BJ, Gresshoff, PM,2011;,
Nodulation factor receptor kinase 1α controls nodule organ number in soybean (Glycine
max L. Merr). The Plant Journal, 65: 39-50. doi:10.1111/j.1365-313X.2010.04398.x
Jog R, Nareshkumar G, Rajkumar S, 2016. Enhancing Soil Health and Plant Growth
Promotion by Actinomycetes, em: Subramaniam G, Arumugam S, Rajendran V. (Eds)
Plant Growth Promoting Actinobacteria: A New Avenue for Enhancing the Productivity
and Soil Fertility of Grain Legumes. Springer, pp. 33-45. DOI:
https://doi.org/10.1007/978-981-10-0707-1_3
Kiehl EJ, 1984. Fertilizantes orgânicos, em: Myiazaka S, Camargo, OA. (Eds). Adubação
Orgânica, Adubação Verde e Rotação de Culturas no Estado de São Paulo. Fundação
Cargill. 492p.
Lin DX, Wang ET, Tang H, Han TX, He YR, Guan SH, Chen WX, 2008. Shinella
kummerowiae sp. nov., a symbiotic bacterium isolated from root nodules of the herbal
legume Kummerowia stipulacea. INTERNATIONAL JOURNAL OF SYSTEMATIC AND
EVOLUTIONARY MICROBIOLOGY vol. 58 issue 6 (2008) pp: 1409-1413.
https://doi.org/10.1099/ijs.0.65723-0
Liu CW, Murray J, 2016. The role of flavonoids in nodulation host-range specificity: an
update. Plants 2016, 5(3), 33. https://doi.org/10.3390/plants5030033
Maarouf EM, El Awamri AA, El Shahat RM, Abd El Aal AA, 2018. Production of algal
growth promoters and studying their effects on maize crop. Egyptian Journal of
Phycology. 19, 1-21.
Madsen LH, Tirichine L, Jurkiewicz A, Sullivan JT, Heckmann AB, Bek AS, Ronson CW,
James EK, Stougaard J 2010. The molecular network governing nodule organogenesis
and infection in the model legume Lotus japonicus. Nature communications, 1(1), 10.
https://doi.org/10.1038/ncomms1009
Marin VA, Baldani VLD. Teixeira KRS, Baldani JI, 1999. Fixação biológica de nitrogênio:
Bactérias fixadoras de nitrogênio de importância para a agricultura tropical. Embrapa
Agrobiologia, Seropédica, 34 p. Linck: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
/publicacao/598661/fixacao-biologica-de-nitrogenio-bacterias-fixadoras-de-nitrogenio-
de-importancia-para-a-agricultura-tropical
Martins CM, Borges WL, Costa Junior JS, Rumjanek NG.Diversidade de rizóbios de caule
e raiz de Discolobium e Aeschynomene. Acta Sci., Agron. [online]. 2015, vol.37, n.2,
pp.163-170. ISSN 1807-8621. https://doi.org/10.4025/actasciagron.v37i2.19565
Moreira , F. M. S.; Silva, M.F.; Faria, S.M., 1992. Occurrence of nodulation in legume
species in the Amazon Region of Brazil, New Phytologist, Cambridge, v. 121, n. 4, p. 563-
570.
Moreira FMS, Siqueira JO. Microbiologia e Bioquímica do Solo, 2006. 2ª edição. Editora
UFLA. Lavras.
Naz S, Mushfaqua N, Afrin S, Azam SMGG, 2014. Potentiality of Azolla in rice and fish
culture system. International Journal of Current Research. 6, 9931-9934.
Neves M.CP Rumjaneck NG, 1992. Bioquímica e fisiologia da fixação de nitrogênio, em::
Cardoso EJBN, Tsai SM, Neves MCP (Eds). Microbiologia do Solo, Campinas, Sociedade
Brasileira de Ciencia do Solo, p.141-155.
Oldroyd GE. 2013 Speak, friend, and enter: signalling systems that promote beneficial
symbiotic associations in plants. Nat Rev Microbiol. ;11(4):252-263.
doi:10.1038/nrmicro2990
Oldroyd, GE, Murray JD, Poole PS Downie JA, 2011. The rules of engagement in the
legume-rhizobial symbiosis. Ann. Rev. Gen. 45: 119-144. DOI: 10.1146/annurev-genet-
110410-132549
Oliveira AR, Simões WL, 2016. Cultivares de cana-de-açúcar inoculadas com bactérias
diazotróficas em condições irrigadas no semiárido brasileiro, Revista Energia na
Agricultura, Botucatu, 31: 154-161.
Ott T, van Dongen JT, Günther C, Krusell L, Desbrosses G, Vigeolas H, Bock V, Czechowski
T, Geigenberger P, Udvardi MK, 2005. Symbiotic leghemoglobins are crucial for nitrogen
fixation in legume root nodules but not for general plant growth and development.
Current biology: CB, 15(6), 531–535. https://doi.org/10.1016/j.cub.2005.01.042
Pawlowski K, Bisseling T, 1996. Rhizobial and Actinorhizal Symbioses: What Are the
Shared Features? The Plant Cell. 8, 1899-1913. doi: 10.1105/tpc.8.10.1899
Peoples MB, Herridge DF, Ladha JK (1995) Biological nitrogen fixation: an efficient source
of nitrogen for sustainable agricultural production? Plant and Soil 174, 3–28.
https://doi.org/10.1007/BF00032239
Popp C, Ott T, 2011. Regulation of signal transduction and bacterial infection during root
nodule symbiosis. Curr. Opin. Plant Biol. 14, 458–467.
https://doi.org/10.1016/j.pbi.2011.03.016
Prasad R, Harsh NSK, 2015. Frankia-The nitrogen fixing actinomycetes, Em: Harsh NSK,
Kumar A (Eds) ICFRE Sate of Knowledge Series-II Advances in Mycorrhiza & Useful
Microbes in Forestry. Greenfield Publishers, Dehradun. pp. 90-107.
Radutoiu S, Madsen LH, Madsen EB, Felle HH, Umehara Y, Grønlund M, Sato S,
Nakamura Y, Tabata S, Sandal N, Stougaard J, 2003. Plant recognition of symbiotic
bacteria requires two LysM receptor-like kinases. Nature, 425(6958), 585–592.
https://doi.org/10.1038/nature02039
Rodríguez-Navarro DN, Dardanelli MS, Ruíz-Saínz JE, 2007. Attachment of bacteria to the
roots of higher plants. FEMS Microbiology Letters, 272: 127-136. doi:10.1111/j.1574-
6968.2007.00761.x
Roth L, Stacey G, 1989. Bacterium release into host cells of nitrogen-fixing soybean
nodules: the symbiosome membrane comes from three sources. Eur. J. Cell Biol. 49: 13-
23.
Safriyani E, Hasmeda M, Munandar, Sulaiman F, Holidi, 2020. Increasing the Growth and
Production of Irrigated Rice Through the Integrated Application of Rice–Duck–Azolla.
Acta Agrobotanica. 73, 1-8. DOI: https://doi.org/10.5586/aa.7322///
Safriyani E, Hasmeda M, Munandar, Sulaiman F, Holidi, Kartika K, 2020. The role of Azolla
on improving nitrogen efficiency in rice cultivation. Iranian Journal of Plant Physiology.
10, 3095-3102.
Sala VMR, Cardoso EJBN, Freitas JG, Silveira APD, 2008. Novas bactérias diazotróficas
endofíticas na cultura do trigo em interação com a adubação nitrogenada no campo,
Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, 32: 1099-1106.
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832008000300018
Sala VMR, Freitas SS,. Donzeli VP, Freitas JG, Gallo PB, Silveira APD, 2005. Ocorrência e
efeito de bactérias diazotróficas em genótipos de trigo. Revista Brasileira de Ciência do
Solo, Viçosa, 29: 345-352. https://doi.org/10.1590/S0100-06832005000300004
Sanchez-Contreras M, Bauer WD, Gao M, Robinson JB, Downie JA. 2007. Quorum
sensing regulation in rhizobia and its role in symbiotic interactions with legumes. Philos.
Trans. R. Soc. London Ser. B 362:1149–63. doi: 10.1098/rstb.2007.2041
Schaefer PE, Martin TN, Pizzani R, Schaefer EL, 2019. Inoculation with Azospirillum
brasiliense on corn yeld componentes in na integrated crop-livestock system. Acta
Scientiarum, Maringá, 41: 1-9. https://doi.org/10.4025/actasciagron.v41i1.39481
Selbach, P.A.; Freire, J.R.J.; Scholles, D.; Kolling, J. 1979. Efeito da incorporação de
cobertura vegetal nativa sobre a nodulação e rendimento da soja em terra de primeiro
cultivo. In: Seminário Nacional de Pesquisa de Soja. Londrina, PR, Anais...Embrapa-
CNPSo, p. 269-274.
ShuklaSK, Yadav RL, Suman A, Singh PN, 2008. Improving rhizospheric environment and
sugarcane ratoon yield through bioagents amended farm yard manure in udic
ustochrept soil. Soil and Tillage Research, Amsterdam, 99: 158-168.
https://doi.org/10.1016/j.still.2008.02.007
Singh S, Swami S, Gurjar GN, 2018. Effect of nitrogen application through urea and Azolla
on growth and biological yield of rice (Oryza sativa l.) in acidic soil of Meghalaya.
International Journal of Current Microbiology and Applied Sciences. 7, 3135-3140. DOI:
https://doi.org/10.20546/ijcmas.2018.707.366
Sprent JI, Ardley JK, James EK,2013.From North to South: a latitudinallook at legume
nodulation processes. S Afr J Bot. v.89:31–41.
https://doi.org/10.1016/j.sajb.2013.06.011
Sprent JI, James EK, 2007. Legume evolution: where do nodules and mycorrhizas fit in?
Plant Physiol. 144: 575-581. http://dx.doi.org/10.1104/pp.107.096156
Stanley J, Cervantes E, 1991. Biology and genetics of the broad host range Rhizobium
sp. NGR234. Journal of Applied Bacteriology, 70: 9-19. doi:10.1111/j.1365-
2672.1991.tb03780.x
Tjepkema JD, Yocum C, 1974. Measurement of oxygen partial pressure within soybean
nodules by oxygen microelectrodes. Planta 119: 351-360.
https://doi.org/10.1007/BF00388335
Van Nguyen T, Pawlowski K, 2017. Frankia and Actinorhizal Plants: Symbiotic Nitrogen
Fixation, em: Mehnaz S (ed.) Rhizotrophs: Plant Growth Promotion to Bioremediation,
Microorganisms for Sustainability. Springer Nature Singapore, pp. 237-261. DOI:
https://doi.org/10.1007/978-981-10-4862-3_12
Vasse JM, Truchet GL. (1984). The Rhizobium - legume symbiosis: observation of root
infection by bright-field microscopy after staining with methylene blue. Planta.
1984;161(6):487-489. doi:10.1007/BF00407080
Vieira, R. F. et al. 1998. Foliar application of molybdenum in common beans. III Efect on
nodulation. Journal of Plant Nutrition, New York. V.21, n.10, p. 2153-2161.
Wall LG, 2000. The Actinorhizal Symbiosis. J Plant Growth Regul. 19:167–182. DOI:
https://doi.org/10.1007/s003440000027" https://doi.org/10.1007/s003440000027
Willems, A. The taxonomy of rhizobia: an overview (2006). Plant and Soil 287:3–14 DOI
10.1007/s11104-006-9058-7
Wong JEMM, Nadzieja M, Madsen LH, Bücherl CA, Dam S, Sandal NN, Couto D,
Derbyshire P, Uldum-Berentsen M, Schroeder S, Schwämmle V, Nogueira FCS, Asmussen
MH, Thirup S, Radutoiu S, Blaise M, Andersen KR, Menke FLH, Zipfel C, Stougaard J, 2019.
A Lotus japonicus cytoplasmic kinase connects Nod factor perception by the NFR5 LysM
receptor to nodulation. Proc Natl Acad Sci USA v.116 (28), p. 14339 – 14348. DOI:
10.1073/pnas.1815425116
Zachariah SA, Varghese SK, 2018. The Lichen Symbiosis: A Review. International Journal
of Scientific Research and Reviews. 7, 1160-1169.
Zuanazzi J, Clergeot PH, Quirion JC, Husson HP, Kondorosi A, Ratet P, 1998. Production
of Sinorhizobium meliloti nod gene activator and repressor flavonoids from Medicago
sativa roots. Mol Plant Microbe Interact. 1998; v.11, p.784–94. doi:
10.1094/MPMI.1998.11.8.784.