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Refeitório na empresa: o que diz a

legislação

Conforme a legislação trabalhista, somente empresas com mais de 300 funcionários


trabalhando no estabelecimento são obrigadas a fornecer um refeitório próprio, onde os
colaboradores possam se alimentar.
Em empresas cujo quadro de funcionários tem entre 30 e 300 trabalhadores, o refeitório
é opcional, porém é necessário manter condições de conforto e higiene para o momento
da alimentação.
Assim como em empresas com menos de 30 funcionários, que devem oferecer um
espaço com condições adequadas de limpeza, assentos, ventilação e iluminação, além
do intervalo suficiente para a refeição, com interrupção total das atividades do
funcionário.
- Quais as normas para ter refeitório na empresa?
Além do número grande de funcionários, as normas para ter refeitório na empresa estão
relacionadas à estrutura, equipamentos, iluminação e ventilação das áreas para garantia
do conforto e segurança no consumo de alimentos.
Além das exigências da Vigilância Sanitária para o manuseio de alimentos, higiene e
utensílios.
- Custos
A principal desvantagem fica por conta dos custos. O local adequado para um refeitório
exige um alto investimento, principalmente para empresas que não são obrigadas por lei
a oferecerem. 

Além dos custos com estrutura, também entram na conta os materiais, profissionais
qualificados e outros diversos gastos. 

- Estrutura

O espaço para um refeitório precisa ser fora da área de trabalho, com piso lavável,
limpeza recorrente, ventilação e boa iluminação. 
Também precisa de mesas e assentos em número correspondente ao de usuários,
lavatórios e pias instalados nas proximidades e ter fornecimento de água potável. 

Isso se traduz em custos muito altos.

Legislação sobre refeitório


As principais normas que regulamentam o tema se encontram nas Resoluções da
Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A Resolução ANVISA 216/2004 é a principal norma do tema, e estabelece os


procedimentos de Boas Práticas para serviços de alimentação. Nela temos diversas
disposições sobre as instalações, equipamentos, móveis, utensílios, resíduos, controle de
pragas, englobando ainda a manipulação dos alimentos em si, com abordagens sobre os
manipuladores e suas condições de asseio, matérias primas, ingredientes e embalagens,
preparação, armazenamento, transporte do alimento. A norma em análise também
determina a obrigatoriedade de os serviços de alimentação possuírem um Manual de
Boas Práticas e Procedimentos Operacionais Padronizados, mantido de forma acessível
aos funcionários e que mantenham um responsável técnico pelas atividades de
manipulação dos alimentos.

Outra regulamentação do tema que merece destaque é a estabelecida pela NR 24 –


Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, pois ela dedica o item 24.5
para regulamentar as determinações para locais de refeições, abordando as condições de
conforto e higiene para realização das refeições, quando dos intervalos concedidos
durante a jornada de trabalho.

Esta resolução define serviços de alimentação como os estabelecimentos que realizam


algumas das seguintes atividades: manipulação, preparação, fracionamento,
armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos
preparados ao consumo, tais como cantinas, bufês, comissarias, confeitarias, cozinhas
industriais, cozinhas institucionais, unidades de alimentação e nutrição dos serviços de
saúde, delicatessens, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e
congêneres.

Para estes estabelecimentos a Resolução 216/04 estabelece exigências separadas em


tópicos:

 Edificação, instalações, equipamentos, móveis e utensílios –                    


 Higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios
 Controle integrado de vetores e pragas urbanas
 Abastecimento de água
 Manejo dos resíduos
 Manipuladores
 Matérias-primas, ingredientes e embalagens
 Preparação do alimento
 Armazenamento e transporte do alimento preparado
 Exposição ao consumo do alimento preparado
 Documentação e registro
 Responsabilidade

Para cada tópico a norma estabelece as boas práticas a fim de garantir a qualidade e
segurança dos alimentos produzidos e entregues ao consumidor.

Existem ainda regulamentações específicas, como a Resolução ANVISA 218/2005, a


qual explana as disposições que se aplicam ao preparo, acondicionamento,
armazenamento, transporte, distribuição e comercialização de alimentos e bebidas
preparados com vegetais, com a finalidade de prevenir doenças de origem alimentar.

Licença sanitária e sua renovação

De forma unânime, as normativas determinam a obrigatoriedade de que os refeitórios


possuam a Licença / Alvará da Vigilância Sanitária, expedido pelo órgão competente
estadual ou municipal, que se trata do documento que atesta que o estabelecimento está
funcionando de acordo com as normas de saúde e higiene.

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