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Lei de Faraday

A Experiência de Oersted
• Em 1820, o físico Hans Christian Oersted
percebeu que a ponta imantada de uma
agulha alterava a sua orientação quando
se aproximava de um fio onde circulava
uma corrente elétrica.
• A passagem da corrente elétrica por um
fio condutor produzia um campo de forças
de mesma natureza que a do campo
gerado pela Terra: o campo magnético.
• A partir da experiência de Oersted,
pesquisadores da época estabeleceram
leis que relacionava o campo magnético a
corrente elétrica. As mais conhecidas são
as leis de Biot-Savart e a lei de Ampere.
• Porém, uma pergunta surgiu: era possível
criar corrente elétrica a partir do fluxo
magnético? A resposta a esta pergunta
deu origem à lei da Indução ou lei de
Faraday.
Breve Histórico
• A partir de 1820, pesquisadores
da Europa tentaram responder
esta pergunta, mas sem sucesso.
• Somente Michael Faraday e
Herny conseguiram com sucesso
realizar esta experiência.
• Faraday iniciou o trabalhos em
1820 ao incidir um fluxo
magnético em um condutor.
• Neste caso, Faraday verificou que
a corrente no condutor era nula.
O que significa que o campo
magnético não estava produzindo
a corrente elétrica.
Breve Histórico
• Somente em 1831,
Faraday observou que,
ao ligar uma bateria a
uma mola, uma
corrente fluía em uma
outra mola por um
breve instante de
tempo.
• Era a descoberta da
Indução
Eletromagnética.
A Indução Eletromagnética
• Para entender a indução eletromagnética,
considere uma espira condutora em repouso.
Nesta espira, aplica-se um fluxo magnético B
constante. B sempre forma linhas fechadas,
de modo que qualquer movimento na espira
provoca uma variação do fluxo magnético.
• A única força que pode agir sobre os elétrons
livres da espira condutora seria a força
magnética 𝐹𝑚 = 𝑞𝑣 × 𝐵.
• Porém, como a espira está em repouso, o
vetor velocidade será nulo e não haverá
nenhuma força aplicada nos elétrons livres
da espira. Portanto não haverá a indução de
corrente elétrica.
• Ao movimentar a espira de forma a criar um
movimento relativo entre a espira e as linhas
do fluxo elétrico, o vetor velocidade será não
nulo e haverá a força magnética. Logo,
haverá a corrente elétrica.
• O mesmo fenômeno ocorrerá se a espira
permanecer em repouso e as intensidade das
linhas do fluxo magnético variarem no
tempo.
Força Eletromotriz
• Com a indução, haverá uma
diferença de potencial na
resistência interna da
espira, aqui representada
por ri.
• Esta diferença de potencial
é conhecida como força
eletromotriz – fem.
• Logo, a fem é proporcional
às variações temporais do
fluxo magnético, ou seja
𝑑Φ 𝑡
𝑓𝑒𝑚 ≈ 𝑚 , onde Φ𝑚 𝑡
𝑑𝑡
é o fluxo magnético.
Lei de Lenz
• Considere um fluxo magnético variável no tempo incidente em uma
espira.
• Este fluxo irá induzir uma corrente na espira.
• Contudo, deve-se lembra que este fluxo trata-se de um campo de
forças e, portanto, possui energia.
• Por sua vez, a corrente induzida na espira irá gerar outro fluxo
magnético (experiência de Oersted) que também possui energia.
• A soma das energias dos fluxos magnéticos resultaria e uma energia
maior que a energia contida no fluxo magnético incidente e este
sistema fechado estaria criando energia.
• Para respeitar o princípio da conservação de energia, o fluxo
magnético induzido deve se opor ao fluxo magnético incidente. Tal
fato ficou conhecido como lei de Lenz.
𝑑Φ𝑚 𝑡
• Logo 𝑓𝑒𝑚 = − .
𝑑𝑡
A Circulação do Campo Elétrico
• Os campos elétricos estáticos não circulam. Na forma
matemática:Δ𝑉 = 𝐸. 𝑑𝑙 = 0.
• Na presença de um fluxo magnético variável, há a
geração de uma força eletromotriz ao redor do fio. E
essa fem é resultante de um campo elétrico que circula
seguindo a espira.
• Na presença de um fluxo magnético variável, o campo
elétrico passa a circular. Na forma matemática:
𝑑Φ𝑚 𝑡
𝑓𝑒𝑚 = 𝐸. 𝑑𝑙 = − .
𝑑𝑡
𝑑𝐵 𝑡
• Finalmente: 𝐸. 𝑑𝑙 = − . d𝑠.
𝑑𝑡

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