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DOMÍNIO 2: ONDAS E ELETROMAGNETISMO

SUBDOMÍNIO: Eletromagnetismo

FÍSICA E QUÍMICA A- 11º ANO


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Campo magnético
Experiência de Oersted

Um campo magnético é criado por magnetes, mas pode também ser criado por
correntes elétricas.

Oersted observou que a agulha de uma bússola oscilava


quando havia uma trovoada.

Mais tarde, verificou que a corrente elétrica num circuito,


colocado perto de uma bússola, fazia mover a sua agulha.

Oersted em 1920 concluiu que uma corrente elétrica Hans Christian Oersted
produzia um campo magnético.
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Campo magnético
Experiência de Oersted

O desvio da bússola só é explicado se estiver


presente um campo magnético.

As agulhas das bússolas orientam-se segundo


as linhas de campo magnético, nas
proximidades de um condutor percorrido por
corrente elétrica.

Oersted estabeleceu, pela primeira vez, uma ligação


direta entre magnetismo e eletricidade.
Verificação da
experiência de Oersted

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Campo magnético
Experiência de Oersted
Campo magnético criado por um fio condutor retilíneo longo percorrido por
corrente elétrica:
I
I

𝐵

 
 
 

►As
  linhas de campo criado por uma corrente elétrica que percorre um fio condutor,
são circulares e concêntricas com o fio.
► O sentido de é dado pela regra da mão direita.
 ►O campo magnético tem a mesma intensidade em pontos situados à mesma distância
do fio (sobre a mesma linha de campo).
►O
  campo magnético num ponto será tanto mais intenso quanto maior for a corrente
elétrica e quanto menor for a distância do ponto ao fio. 4
Campo magnético
Experiência de Oersted

Se tivermos uma espira circular, as linhas de campo passam pelo interior da espira;
sobre o eixo da espira o campo magnético tem a direção do próprio eixo.

I
 
𝐵

 
 

«Regra da mão direita»: o polegar da mão direita aponta no sentido do campo quando
os outros dedos estão encurvados no sentido da corrente que percorre a espira.
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Campo magnético
Experiência de Oersted
Um fio condutor enrolado com a forma de um cilindro chama-se bobina. Uma bobina
longa chama-se solenoide.

𝐵

 

 
Nesta situação as corrente
entra por trás e sai pela
frente.

No interior de um solenoide, o campo magnético é praticamente uniforme, o que o torna


bastante útil em certos dispositivos. 6
Campo magnético
Experiência de Oersted

Campo magnético

Curiosidade: encontramos eletroímanes nas


portas automáticas dos automóveis.

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Michael Faraday

Em 1820 Oersted observou que as correntes elétricas criavam campos magnéticos.

No século XIX, o inglês Michael Faraday, colocou a hipótese inversa:


poderiam os campos magnéticos gerar correntes elétricas em circuitos?

Em 1831, cerca de dez anos após a descoberta de Oersted,


Faraday confirmou experimentalmente a sua hipótese, ou
seja, que campos magnéticos gerar correntes elétricas .

Michael Faraday
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Fluxo magnético

O fluxo do campo magnético ou fluxo magnético é uma grandeza física que se


relaciona com o número de linhas de campo magnético que atravessam uma
dada superfície.

O fluxo do campo magnético, simbolizado por φ e cuja unidade SI é o weber


(símbolo Wb), calcula-se através da seguinte expressão:

φ = A B cos α

  – área da superfície (m2);


A
B – intensidade do campo magnético (T);
α – ângulo entre o campo magnético e um vetor
perpendicular à superfície, .

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Fluxo magnético

O fluxo magnético será máximo se o plano da espira for


perpendicular às linhas de campo.

α = 0°
φ = A B cos 0° = A B

É máximo o número de linhas de campo que


atravessam a superfície.

O fluxo magnético será mínimo (nulo) se o plano da espira for


paralelo às linhas de campo.

α = 90°
φ = A B cos 90° = 0

Não há linhas de campo a atravessar a superfície.

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Fluxo magnético

Num enrolamento de fio condutor, ou seja, numa bobina (sobreposição de várias


espiras), o fluxo obtém-se multiplicando o número N de espiras pelo fluxo numa só
espira:

φbobina = N φespira

φbobina = N A B cos α
Verificando-se assim
um aumento do fluxo
magnético

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Produção de corrente elétrica

A produção de correntes elétricas em espiras colocadas numa região onde existe um


campo magnético pode ser estudada utilizando um circuito fechado constituído por
uma bobina e por um galvanómetro (amperímetro muito sensível que mede uma
corrente, qualquer que seja o sentido desta).

Com o íman em repouso em relação à bobina,


o galvanómetro não regista passagem de
corrente elétrica.

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Produção de corrente elétrica

Íman aproxima-se ou Bobina aproxima-se ou


afasta-se da bobina afasta-se do íman

Quando existe movimento relativo entre a bobina e o íman, o ponteiro do galvanómetro


mexe-se, indicando a passagem de corrente elétrica.

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Produção de corrente elétrica

Podemos efetuar a mesma experiência usando outra bobina ligada a um gerador


para produzir o campo magnético.

O ponteiro do galvanómetro mexe-se, indicando a passagem de corrente elétrica,


quando existe movimento relativo entre a bobina geradora do campo magnético e a
bobina ligada ao galvanómetro.

Quando um íman se move, desde que não paralelamente nas extremidades


de uma espira condutora ou bobina, observa-se a passagem da corrente
elétrica, designada por corrente elétrica induzida.
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Produção de corrente elétrica

Para se produzir uma corrente elétrica não é suficiente um campo magnético variável.

O fluxo é nulo.

Não há produção de corrente elétrica.


Há produção de corrente elétrica.

É necessária uma variação do fluxo magnético ao longo do tempo para que haja
produção de corrente elétrica.

Só surgirá corrente elétrica num circuito – chamada corrente induzida (símbolo Ii) – se
houver um fluxo variável do campo magnético através da superfície delimitada pelo
circuito. Este fenómeno designa-se por indução eletromagnética.
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Indução eletromagnética

Indução eletromagnética – consiste na criação de uma corrente elétrica induzida, Ii,


num circuito fechado que delimita uma superfície quando nele ocorre uma variação de
fluxo d magnético.

Se a área dessa superfície se mantiver constante, o fluxo de campo magnético,


φ = A B cos α, variará no tempo se mudar:

• o campo magnético.
• a orientação do plano da(s) espira(s) onde se
induz a corrente, em relação às linhas de um
campo magnético que não varia no tempo.

Aplicações: microfones, altifalantes, detetores


de metais, placas de indução, dínamos das
bicicletas,…

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Lei de Faraday

Quando o fluxo magnético que atravessa uma bobina varia, cria-se uma corrente induzida,
verifica-se que os terminais da bobina se comportam como um gerador de corrente, sendo
possível medir uma tensão (d.d.p.) nos seus terminais - força eletromotriz induzida
(símbolo εi ou Ei). A sua unidade SI é o volt (símbolo V).

A potência disponibilizada ao circuito é dada por:


P = εi Ii
A corrente induzida aumenta quando o movimento
do íman em relação à bobina é mais rápido, o que
significa uma variação mais rápida do fluxo do campo
magnético.
A força eletromotriz induzida, εi , será tanto maior quanto
maior for a variação do fluxo do campo magnético por
unidade de tempo; o seu módulo é dado por:

  |∆ Φ| Wb
Lei de Faraday |𝜀 𝑖|= ∆𝑡 s 17
V
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