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eletricidade e
magnetismo
Princípios de eletricidade
e magnetismo
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Dieter S. S. Paiva
Camila Cardoso Rotella
Emanuel Santana
Alberto S. Santana
Regina Cláudia da Silva Fiorin
Cristiane Lisandra Danna
Danielly Nunes Andrade Noé
Parecerista
André Luiz Delvas Froes
Francine de Mendonça Fábrega
Thatiane Cristina dos Santos
Editoração
Emanuel Santana
Cristiane Lisandra Danna
André Augusto de Andrade Ramos
Adilson Braga Fontes
Diogo Ribeiro Garcia
eGTB Editora
ISBN 978-85-8482-463-2
CDD 537
2016
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Bom trabalho!
Unidade 1
Princípios de Eletricidade
Cibele Abreu Makluf
Objetivos de aprendizagem:
• A eletricidade estática.
Seção 1 | Eletrostática
• Cargas elétricas.
• Potencial elétrico.
• Resistência elétrica.
• Lei de Ohm.
• Associação de resistores.
10 Princípios de eletricidade
U1
Introdução à unidade
Caro aluno, você terá, nesta unidade, uma introdução aos conceitos de
eletricidade. Sabemos da importância que a eletricidade tem para o ser humano e
quanto desenvolvimento ela proporcionou. Por isso, vamos juntos entender esses
conceitos e descobrir de que forma ocorrem vários fenômenos elétricos que
fazem parte do nosso cotidiano, como os relâmpagos.
Bom trabalho!
Princípios de eletricidade 11
U1
12 Princípios de eletricidade
U1
Seção 1
Eletrostática
Caro aluno, esta seção apresenta as três partículas elementares que formam o
átomo. Você verá de que maneira os corpos são carregados eletricamente e como
calcular uma carga elétrica.
Vamos lá?
Bons estudos!
Introdução à eletricidade
Princípios de eletricidade 13
U1
Fonte: O autor.
e = 1.6 x 10-19
A carga elementar nada mais é que uma quantidade mínima (quantum) de carga,
sendo essa indivisível. As cargas dos prótons e elétrons são idênticas e opostas, tal
que:
Qp = +e = 1,6 x 10-19C
Qe = -e = -1,6 x 10-19C
14 Princípios de eletricidade
U1
Princípios de eletricidade 15
U1
Q = (np - ne) . e
16 Princípios de eletricidade
U1
Fonte: O autor.
Princípios de eletricidade 17
U1
Após a interação dos corpos A e B, a carga total final e a carga total inicial são
iguais.
18 Princípios de eletricidade
U1
Na Figura 1.3, temos a orientação vetorial entre duas cargas elétricas para (a)
cargas positivas, (b) cargas negativas e (c) para cargas opostas, sendo que a força
de atração ou repulsão atua ao longo da linha que as une.
Vamos observar agora a Figura 1.4, na qual os vetores das forças entre duas
cargas de mesmo sinal são demonstrados.
Figura 1.4 | Vetores de força para duas cargas com mesmo sinal
→
Sendo que F12 a força exercida de q1 sobre q2, r12 representa o módulo do
→ ^ →
vetor r12 e r12 indica o vetor unitário do sentido de r12 :
→
→ r12
r12 =
r12
Princípios de eletricidade 19
U1
→
Já a força exercida de q2 sobre q1 é F21 , que pode ser expressa por:
→ Kq1q2
F21 = r^21
(r21)
2
^ ^
Como foi dito, r21 possui sentido oposto a r12 , o que determina que:
→ →
F12 = - F21
exemplo de aplicação
Considere duas partículas de mesmo sinal, como mostra a figura a seguir, sendo
q1 = 5µC e q2 = 7µC. Elas estão separadas a uma distância d = 4 m e se encontram
no vácuo. Qual o módulo das forças de interação entre essas partículas? Dado que
K, no vácuo, vale K = 9 . 109 N . m2 / C2 .
Resolução:
Kq1q2 9 . 109 x 5-6 x 7 . 10-6
F= =
(r)2 (4)2
F = 19,7 . 10-3 N
20 Princípios de eletricidade
U1
Princípios de eletricidade 21
U1
• F: N (Newton).
• q: C (Coulomb).
• E: N/C (Newton/Coulomb).
22 Princípios de eletricidade
U1
Vamos dar outro exemplo, sendo que a carga Q agora está eletrizada
negativamente, como pode ser observado na Figura 1.7. Iniciaremos novamente
pelo ponto P1. Nesse caso, é observado que ela seria atraída por Q com força para
esquerda; sendo assim, o vetor campo elétrico será também para esquerda. Dessa
mesma forma, nos pontos P2, P3 e P4, teremos os vetores campo elétrico.
Princípios de eletricidade 23
U1
F
Intensidade: E =
|q|
→
Direção: mesma de F (na reta que une as cargas).
exemplo de aplicação
24 Princípios de eletricidade
U1
Resolução:
F 12
E= = = 2 . 106 N/C
|q| 6 . 10-6
Princípios de eletricidade 25
U1
• Conhecendo uma dada linha de força, por exemplo, pode-se saber a direção
do campo elétrico em qualquer ponto sobre ela (direção da tangente à
linha de força nesse ponto).
26 Princípios de eletricidade
U1
W = F . d . cos θ
W: Trabalho [J (Joules)].
d: Deslocamento [m (metros)].
Princípios de eletricidade 27
U1
Fonte: O autor.
O trabalho que a força F teve de realizar para mover a carga do ponto A para
o ponto B é medido. A diferença de potencial entre esses dois pontos pode ser
expressa pela equação seguinte. É importante lembrar que o potencial elétrico é
a capacidade dos corpos eletrizados realizarem trabalho, ou seja, se atraírem ou
repelirem conforme as forças geradas em um campo elétrico.
WAB
VA - VB =
q
Ou
WAB
∆V=
q
Onde:
• q é a carga.
• ∆V é a variação de potencial.
A unidade é Joules/Coulomb=Volts
28 Princípios de eletricidade
U1
W
V=
q
K.q
V=
r
Para mais de uma carga pontual, o potencial será a soma dos potenciais gerados
por cada carga (princípio da superposição):
n n
K . qi
V= Σ Vi = Σ
i=1 i=1
ri
Exemplo de aplicação
Resolução:
W 4 . 10-3
∆V= = = 200V
q 2 . 10-5
Princípios de eletricidade 29
U1
Exemplo de aplicação
Ep
V= → Ep = V . q = 2 . 104 x (-6 . 10-6) = -0,12J
q
30 Princípios de eletricidade
U1
a) I, II e III.
b) I, II e V.
c) I e IV.
d) II, IV e V.
e) II, III e V.
Princípios de eletricidade 31
U1
32 Princípios de eletricidade
U1
Princípios de eletricidade 33
U1
34 Princípios de eletricidade
U1
Seção 2
Vamos lá?
Bons estudos!
Fonte: O autor.
Princípios de eletricidade 35
U1
→ →
Nela, os elétrons estão sob a ação de uma força elétrica, Fe, onde Fe = q . E
→
Essa força tem sentido contrário a E , já que os elétrons estão carregados
negativamente. Ela faz com que os elétrons adquiram um movimento ordenado,
→
no sentido e direção de Fe .
1. intensidade da corrente
∆q = n . e
Onde
• n é o número de elétrons;
36 Princípios de eletricidade
U1
Fonte: O autor.
A corrente pode ser contínua ou alternada. Dizemos que ela é contínua quando
o sentido do campo elétrico (portanto, o sinal da diferença de potencial) não muda
com o tempo. Para a corrente alternada, temos uma mudança periódica no sentido
do campo elétrico. Perceba que os polos do gerador devem, nesse caso, inverter
periodicamente seu sinal. O polo positivo, após algum tempo, torna-se negativo. A
Figura 1.17 traz exemplos dessas duas correntes de intensidade constante, sendo o
primeiro gráfico para a corrente contínua e o segundo para a alternada.
Princípios de eletricidade 37
U1
2. Sentido da corrente
38 Princípios de eletricidade
U1
exemplo de aplicação
Em uma seção reta de um fio, a cada 2 segundos passam 5 . 1018 elétrons. Qual
é a corrente elétrica que percorre o fio?
∆q
I =
∆t
∆q= n . e = 5 . 1018 x 1,6 . 10-19 = 8 . 10-1C
8 . 10-1
I = 4 . 10-1 = 400mA
2
3. densidade de corrente
→
Vamos considerar um campo elétrico uniforme E , contendo uma carga de
prova q. Como vimos anteriormente, essa carga sofre a ação de uma força, como
mostrado na Figura 1.19, definida por:
→ →
F=q.E
Princípios de eletricidade 39
U1
De acordo com a lei de Newton, sendo essa carga livre, ela irá se movimentar,
sofrendo uma aceleração determinada por:
→
→
a= F
m
Unidade de aceleração: m/s2
Uma partícula submetida a uma força elétrica constante por tempo suficiente
atingiria grandes velocidades, próximas à velocidade da luz. Entretanto, um meio
condutor é muito diferente de um vácuo perfeito. Em meios líquidos, gasosos ou
sólidos, temos colisões constantes entre as partículas e, como consequência, é
transferida uma parcela de sua energia.
→
Sendo o campo E constante, em meio homogêneo, essas colisões restringem
o movimento da carga a uma velocidade média constante, que podemos chamar
→
velocidade de deriva ou de deslocamento, representada por Vd . Ela possui a
mesma direção do campo elétrico.
→ →
V=µ.E
Vamos observar agora uma seção reta uniforme S apresentada na Figura 1.20.
∆q ∆L
I= =ρ.S. = Vd . ρ . S .
∆t ∆t
40 Princípios de eletricidade
U1
Unidades:
Princípios de eletricidade 41
U1
1. Resistores
• Símbolo: Ω.
• Simbologia
42 Princípios de eletricidade
U1
2. Resistividade
• Temperatura.
• Material.
Princípios de eletricidade 43
U1
Unidade: Ω . m
B. Influência do comprimento
44 Princípios de eletricidade
U1
D. Cálculo da resistência
Sendo: R = ρ . L
A
Onde:
Exemplo de aplicação
Princípios de eletricidade 45
U1
Resolução:
R = ρ . L → 7,8 = 7,8 . 10-8 x L
A 1 . 10-6
L = 100 m
R = R0 (1+α∆θ)
Onde:
Material α(°C-1)
Platina 3,0 . 10-3
Alumínio 3,2 . 10-3
Cobre 3,9 . 10-3
Prata 4,0 . 10-3
Tungstênio 4,5 . 10-3
Ferro 5,0 . 10-3
Nicromo 0,2 . 10-3
46 Princípios de eletricidade
U1
ρ = ρ0 (1+α∆θ)
Onde:
Ao mudar a diferença de potencial de forma sucessiva para U1, U2, ..., temos,
respectivamente, as correntes I1, I2,.... Em um resistor bem comportado, que siga
a lei de Ohm, verifica-se que o quociente das diferenças de potencial por suas
respectivas correntes gera uma característica constante do condutor, como
mostrado a seguir.
U U U
= 1 = 2 = cte = R
I I1 I2
A 1º lei de Ohm relaciona a diferença de potencial com a passagem da corrente
elétrica, ou seja:
U
R =
I
Unidade: Ohm (Ω)
Princípios de eletricidade 47
U1
Exemplos de aplicação
Resolução:
U 50
R= = = 10 Ω
I 5
A. Associação em série
Exemplo de aplicação
48 Princípios de eletricidade
U1
Resolução:
Utot 220
I= = = 2A
Req 110
U1 = R1 . I = 10 . 2 = 20V
B. Associação em paralelo
Nesse tipo de associação, temos a mesma tensão para todos os resistores, uma
vez que todas estão conectadas diretamente aos pontos A e B. Por outro lado, por
cada resistência passará uma corrente elétrica distinta. Observe a Figura 1.28.
1 1 1 1 1 1
= = + + + ... +
Req RAB R1 R2 R3 RN
Princípios de eletricidade 49
U1
Exemplo de aplicação
i 15Ω
Resolução:
U = 20 . 0,3 = 6V
Determinando a corrente:
U = 6 = 15 . i → i = 0,4A
I' = 0,1A
Determinando o Resistor R:
U = R . I → 6 = R . 0,1 → R = 60Ω
50 Princípios de eletricidade
U1
Temos, então:
1 1 1 1 R2 + R1
= = + =
Req RAB R1 R2 R2R1
1 R2R1
=
Req R2 + R1
Observe a Figura 1.30, em que todos os resistores têm o mesmo valor R0.
R0
Req=
3
Percebam que, para n resistores de mesmo valor, teríamos:
R0
Req=
n
C. Associações mistas
Princípios de eletricidade 51
U1
Exemplo de aplicação
Resolução:
1 3+2 1 5 60
= → = → Req = = 12Ω
Req 60 Req 60 5
Temos, agora:
52 Princípios de eletricidade
U1
Req = 12 + 50 = 62 Ω
2.5.1 Amperímetro
Esse instrumento é usado para a medição das correntes elétricas. Ele deve estar
ligado em série com o circuito ou elemento que se deseja medir, sendo que o
circuito deve ser aberto nesse local. Devido a isso, para garantir que haja precisão
nas medições, a resistência interna dos amperímetros deve ser bem pequena
comparada com os circuitos.
2.5.2 Voltímetro
2.5.3 Ohmímetro
Princípios de eletricidade 53
U1
2.5.4 Wattímetro
Esse instrumento é usado para medir a potência elétrica. Ele possui quatro
ponteiras, que devem ser ligadas em série para a medição de corrente e em
paralelo para medir a tensão do equipamento ou circuito.
Bons estudos!
54 Princípios de eletricidade
U1
Princípios de eletricidade 55
U1
Determine:
a) A resistência equivalente da associação.
b) A intensidade da corrente elétrica em cada resistor.
c) A intensidade da corrente elétrica total.
56 Princípios de eletricidade
U1
Referências
LIMA, Marcos. Potencial elétrico. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2012.
Princípios de eletricidade 57
Unidade 2
Campo magnético e
forças magnéticas
Cibele Abreu Makluf
Objetivos de aprendizagem:
• Parâmetros de magnetismo.
U2
• Força magnética.
• Efeito Hall.
Introdução à unidade
Caro aluno, nesta unidade faremos uma introdução aos conceitos do magnetismo.
Ele é peça fundamental no desenvolvimento de diversas áreas, sobretudo ligadas à
Engenharia. Sabemos que ímãs são peças fundamentais em muitos equipamentos
elétricos e eletrônicos. Além disso, os conhecimentos de magnetismo são
importantes para a fabricação de motores elétricos, celulares, laptops, entre outros
aparatos que utilizamos diariamente.
Bom trabalho!
Seção 1
Introdução ao magnetismo
Todos esses conceitos são relevantes para a compreensão dos fenômenos que
envolvem o magnetismo.
Vamos lá?
Bons estudos!
Introdução ao magnetismo
Você sabia que o planeta Terra tem em sua volta um campo magnético? É ele
que causa o movimento das bússolas, que são muito úteis para ajudar quem pratica
caminhadas na natureza ou navegação a encontrar seu caminho. Ele também é
responsável por nos proteger das partículas de alta energia do Sol. Sem a existência
do campo magnético, não haveria vida na Terra da forma que conhecemos.
Veremos, ao longo da unidade, como ele se manifesta.
A. Polos Magnéticos
B. Orientação Norte-Sul
Ao suspender um ímã de maneira que ele possa girar livremente, veremos que ele
naturalmente se alinha com uma direção especial. Essa direção é aproximadamente
o eixo norte-sul da Terra. Dessa forma, convencionou-se que a extremidade que
aponta para o norte geográfico seria o polo norte do ímã (denotado N), e, para o sul,
o polo sul do ímã (denotado S). Observe a Figura 2.4, na qual uma agulha magnética
se alinha com o campo magnético da Terra.
Sul
geográfico
Norte
geográfico
C. Atração e repulsão
Quando aproximamos dois ímãs, como eles interagem? Eles podem se atrair ou
se repelir. Se colocarmos os dois ímãs para girar livremente, descobrindo e marcando
qual o polo norte e o polo sul em cada um deles, e depois aproximarmos os polos,
notaremos que:
A força magnética entre esses polos, de atração ou repulsão, irá variar de forma
parecida com a Lei de Coulomb para cargas elétricas, vista na unidade anterior, ou
seja, a força varia com o inverso do quadrado da distância entre eles.
(continua)
Fonte: O autor.
Ao partir um ímã, cada pedaço será individualmente um novo ímã, com seu
próprio polo norte e sul. Ao tomar qualquer dos pedaços e cortar ao meio, teremos
dois outros ímãs, de forma que seu tamanho muda, mas suas características
continuam as mesmas. Observe a Figura 2.6.
Fonte: O autor.
Dessa forma, não importa quantas vezes você divida um ímã, sempre haverá o
surgimento dos dois polos.
exemplos de aplicação
a) Ela será atraída pelo polo norte e repelida pelo polo sul.
b) Ela será atraída pelo polo sul e repelida pelo polo norte.
Resolução:
Onde:
Fonte: O autor.
Fonte: O autor.
kg . m2
Unidade: Weber: 1 Weber = 1Wb - 1T . m2 = 1
s2 . A
• 1T = 1Wb/m2.
→
Vamos analisar a Figura 2.11. Podemos observar que a direção do vetor B é
sempre tangente às linhas em qualquer ponto, sendo que o vetor da densidade de
campo magnético será o mesmo das linhas de campo.
Exemplo de aplicação
Resolução:
Ferro
Vidro
Fonte: Sambaqui e Marques (2012).
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) I e IV.
d) I, IV, V.
e) II e IV.
a) 2,10 Wb.
b) 0,20 Wb.
c) 1,03 Wb.
d) 0,83 Wb.
e) 3,15 Wb.
Seção 2
Todos esses conceitos são importantes para a compreensão dos fenômenos que
envolvem o magnetismo.
Vamos lá?
Bons estudos!
Onde:
→
• F mag : força magnética.
• Q: carga da partícula.
→
• v : velocidade da partícula.
→
• B : campo magnético.
Exemplo de aplicação
Resolução:
→ → →
F mag = qv x B = q . B . v . sen(θ) = 1 . 10-6 . 0,1 . 3 . 102 . 0,5 = 1,5 . 10-5N
F = |q| . v . B . sen(θ)
Onde:
Exemplo de aplicação
Resolução:
F = |q| . v . B . sen(θ)
Eixo de rotação →
Fm
→
Fm
Fonte: O autor.
É determinado que:
Fmax = |q| . v . B
Fmag = Fcp
A. Raio
Resolução:
R = m . v = 10 . 10 . 2
-3
= 2m
q.B 500 . 10-6 . 20
B. Período
T = 2πR = 2πm
v Bq
A força magnética é a resultante das forças que agem sobre essa partícula. Como
foi visto, ela não possui uma componente no eixo y, determinando, portanto, um
→
movimento retilíneo uniforme com velocidade constante v y nesse eixo.
U = - GM
r
O U é o trabalho que foi realizado para mover a massa unitária da distância r até
o infinito e corresponde ao potencial gravitacional nesse ponto.
µ0 . p
W=
4πr
A Figura 2.21 mostra dois polos magnéticos (p+) e (p-), que se encontram
separados a uma distância d. A linha pontilhada define o eixo do dipolo, sendo que
nessa região o campo magnético possui simetria rotacional.
2 2 4
r+ . r- ≅ r2 - d (cosθ)2 ≅ r2
2
4
Dessa forma, teremos:
µ0pdcosθ
W= = µ0mcosθ
4πr2 4πr2
Sendo m = p definido como o momento magnético do dipolo.
VH = EH . w = v . H . w
Sendo o campo elétrico Hall uniforme, o número de portadores (n) que estão
presentes no condutor pode ser obtido através da corrente (I) que atravessa o
condutor:
I = n . q . A . v
I
n=
q.A.v
Sendo A = w.d, a área do condutor, onde d é a espessura da amostra.
Rearranjando as equações, temos:
(I . H)
VH =
(n . q . d)
Assim, medir a tensão Hall é uma técnica apropriada para calcular o número de
portadores presentes em um determinado condutor.
Bons estudos!
a) I, II e III.
b) I e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III, IV.
e) I e V.
Referências
Fontes de campo
magnético
Cibele Abreu Makluf
Objetivos de aprendizagem:
• Lei de Biot-Savart.
• Lei de Ampère.
Seção 2 | Força magnética sobre correntes
• Forças magnéticas sobre correntes.
Introdução à unidade
Caro aluno, nesta unidade serão apresentados outros conceitos importantes
sobre o eletromagnetismo. Vamos conhecer outras fontes geradoras de campo
magnético, além dos ímãs, descobrindo e entendendo suas funcionalidades e
aplicações no nosso cotidiano, por exemplo, o funcionamento de uma campainha,
disjuntores e amplificação de caixas de som.
Seção 1
Campo eletromagnético
Vamos lá?
Bons estudos!
Campo eletromagnético
Estando duas cargas elétricas em movimento, haverá entre elas uma força
magnética além da força elétrica.
Vamos analisar a Figura 3.3. O sentido das linhas de campo magnético geradas
por uma corrente no condutor é dado pela Regra de Ampère ou Regra da Mão
Direita.
Essa regra diz que, utilizando a mão direita, você envolve o condutor, com o
polegar apontando para o sentido convencional da corrente e os demais dedos
indicarão o sentido das linhas de campo que envolve o condutor, como mostrado
na Figura 3.4.
Fonte: O autor.
igura 3.6 | Simbologia para representar sentido das linhas de campo no plano
Fonte: O autor.
exemplo de aplicação
Fonte: O autor.
Resolução:
lei de Biot-savart
A lei de Biot-Savart (Figura 3.9) fala que, em um fio condutor com elemento
→
de comprimento dS , percorrido por uma corrente elétrica I, o campo magnético
→
dB age em um determinado ponto P, como mostra a Figura 3.9, e cumpre as
seguintes considerações:
→ → → →
I. O vetor dB é perpendicular a dS e a r , sendo que r é o vetor posição
em um dado ponto P.
→ →
II. O módulo dB |dB| do vetor é inversamente proporcional a r2.
→
III. O |dB| é proporcional à corrente I e ao elemento de comprimento ds.
→ → →
IV. O |dB| é proporcional ao seno do ângulo formado entre dS e r .
A lei de Ampère traz uma relação geral entre a corrente elétrica em um condutor,
sendo ele de qualquer forma, e o campo magnético produzido por ele. Considere
um condutor que passa certa corrente através de uma área relativa a uma linha de
campo, como mostrado na Figura 3.10.
Figura 3.10 | Linhas de campo em torno de um condutor atravessado por uma corrente
B . dl = µ0Iliq
Onde:
Exemplo de aplicação
Resolução:
µ.I 4 π . 10-7 x 300 1,2 . 10-4
B= = = = 12 . 10-4T
2πr 2 π x 5 . 10-2 10-1
→
B
→
ds
r
Percurso de
integração (laço
amperiano) i
A simetria das linhas de campo nos permite dizer que B tem o mesmo valor em
todos os pontos da circunferência de raio r (percurso de integração) e pode ser
colocado fora da integral:
B ds = µ0 . Iliq
B. Cabo coaxial
A Figura 3.12 mostra um longo cabo coaxial formado por um condutor cilíndrico
de raio R1 envolvido por uma casca cilíndrica condutora de raio R2. O condutor
carrega uma corrente I uniformemente distribuída sobre sua seção reta. A casca
cilíndrica conduz uma corrente de mesma intensidade, mas de sentido oposto.
Calculemos B(r), sendo r uma distância genérica medida radialmente a partir do
eixo do condutor cilíndrico. Vejamos primeiramente o caso r < R1:
Figura 3.12 | Longo cabo coaxial formado por um condutor de raio R1 e envolto por uma
casca cilíndrica condutora de raio R2
R2
i
R1
Como B é constante sobre o percurso, ele pode ser colocado fora do símbolo de
→ → →
integral: B ds = µ0 . Ienv, mas ds é a integral de um elemento de circunferência
sobre toda a circunferência (integral fechada), sendo isso simplesmente o perímetro
da circunferência 2πr.
Logo:
µ0Iliq
B2πr = µ0Iliq ∴ B =
2πr
Para R1 < r < R2, como mostra a Figura 3.14, as considerações iniciais acerca
→
de B e do percurso de integração são as mesmas, exceto que o percurso de
integração deverá ter um raio genérico r entre R1 e R2:
→ →
B . ds = µ0Iliq
Nesse caso, porém, Iliq é a própria corrente que percorre o condutor interno,
pois a área delimitada pelo percurso de integração abrange toda a seção reta do
condutor de raio R1. Então:
B = µ0I
2πr
É a expressão de B(r) para R1 < r < R2.
Examinemos o caso r > R2, como mostra a Figura 3.15, sendo que as suposições
→
acerca da direção e sentido de B são as mesmas. É claro que o fato de que as
correntes são iguais e opostas já nos leva a pensar que nessa região o campo será
nulo. Porém, como não temos certeza disso, suponhamos que B é diferente de
zero e que sua direção é tangente a círculos concêntricos tal como nos casos
anteriores. Quanto ao sentido, suponhamos que seja o do campo da casca, pois
essa está mais próxima do ponto considerado.
→ →
B . ds = µ0Iliq ∴ Bds cos 0°= µ0Iliq
Nesse caso, o percurso de integração encerra as duas correntes que são iguais
e opostas. Logo, Iliq será nula: B2πr = 0 de onde vem que B = 0, pois r é um raio
genérico e 2π uma constante. Portanto, é nulo o campo magnético na região r>R2.
→→
1. A expressão ∫ B ds é:
Seção 2
Vamos lá?
Bons estudos!
Vimos na unidade anterior que uma carga está submetida a uma força magnética
ao se movimentar dentro de um campo magnético. Foi estudado também que a
movimentação de partículas negativas (elétrons) gera uma corrente elétrica dentro
de um fio condutor, por exemplo. Dessa forma, se um fio de certo comprimento
L estiver sendo percorrido por uma corrente e for colocado em um meio onde há
um campo magnético, ele poderá ser submetido a uma força magnética. Vamos
analisar a Figura 3.16.
Na Figura 3.16 (a), podemos observar que a corrente é nula; sendo assim,
não agirá sobre esse fio. Para (b) e (c), temos corrente elétrica percorrendo o
fio, havendo a existência de uma força, como pode ser visto na Figura 3.16. O
sentido dessa força foi determinado aplicando-se a regra da mão direita, que foi
vista na unidade anterior, lembrando que, por convenção, o sentido da corrente é
determinado considerando que ela foi produzida por cargas positivas.
A. intensidade da força
Fmag = q . v . B . sinθ
Onde:
Fmag = n . q . v . B . sinθ
Vimos, na unidade 1, que a intensidade de corrente elétrica pode ser definida por:
q
i = ∆t
Para o nosso caso, como temos várias cargas, sendo essa quantidade
representada por n, essa equação é melhor representada por:
n.q
i=
∆t
Essa expressão pode ser reescrita por i . ∆t = n . q, e, substituindo na equação
da força magnética, temos:
Fmag = B . i . ∆t . v . sinθ
Fmag = B . i . L . sinθ
Exemplo de aplicação
Resolução:
Fmag = B . i . L . sinθ
Fmag = 10-3 N
Caso tenhamos essa situação, a força magnética será nula, como mostra a
Figura 3.17.
Fonte: O autor.
→ Como mostra a Figura 3.17, o fio condutor está paralelo ao campo magnético
B ; sendo o θ = 0°, temos:
Fmag = B . i . L . sin 0° = 0
Fonte: O autor.
Observe a Figura 3.19, na qual temos dois fios condutores retos e paralelos, que
possuem correntes elétricas i1 e i2:
Para cada um dos fios, teremos uma força magnética dada por:
Fmag = B1 . i2 . L
exemplo de aplicação
Resolução:
µ . i1 . i2 .L 4 π . 10-7 . 1 . 2 . 2 16 . 10-7
Fmag = = = = 4 . 10-5 N
2πd 2 π . 2 . 10-2 4 . 10-2
2.3 Torque sobre uma espira percorrida por corrente – momento magnético
Uma espira estará sujeita à ação de forças quando for colocada em um campo
magnético, e a ação dessas forças a faz rotacionar em relação ao eixo. Considere
uma espira retangular com lados L e d, sendo que L se encontra perpendicular ao
plano do papel, como apresenta a Figura 3.20.
→
Sabemos que a força em um dado elemento dL de um condutor que conduz
corrente pode ser expressa por:
→ → →
dF = I ( dL x B )
→ →
Sendo que a normal n ao plano da espira faz um ângulo θ com B , a força
magnética responsável pelo torque pode ser representada por:
Ft = I L B senθ
T = 2Ft d = I L B senθ
2
Unidade [N.m]
Figura 3.20 | Torque sobre uma espira imersa em um campo magnético, conduzindo
corrente
T = I A B senθ
Pode ser definido o momento magnético [m] de uma espira, que é dado por:
m=NIA
Unidade: A . m2
Exemplo de aplicação
Uma bobina retangular com 200 espiras de 0,3 x 0,15 m2 com uma corrente de
5,0 A está em um campo uniforme de 0,2 T. Encontre o momento magnético e o
torque máximo na bobina.
Resolução:
Tmax = m . B = 45 x 0.2 = 9 N . m
→
a) ela será paralela ao plano, com direção de B e terá
intensidade de Fmag= 1 . 10-2N;
b) ela será normal ao plano, com direção para dentro da
página e terá intensidade de Fmag= 2 . 10-2N;
c) ela será paralela, na direção de A, e terá intensidade de
Fmag= 2 . 10-2N;
d) ela será nula;
e) ela será normal ao plano, na direção do observador e
terá intensidade de Fmag= 10-2N.
Seção 3
Caro aluno, esta seção trará os conceitos sobre as fontes de campo magnético,
mostrando diferentes tipos de condutores que, ao serem percorridos por corrente
elétrica, geram um campo magnético.
Vamos lá?
Bons estudos!
Sabemos que os ímãs naturais ou os ímãs permanentes que são feitos através
de materiais magnetizados geram campos magnéticos. Esses campos podem
também ser gerados pelas correntes elétricas em condutores.
Exemplo de aplicação
Considere um fio condutor retilíneo bem extenso atravessado por uma corrente
de 2 A. Qual o campo magnético a uma distância de 50 cm?
Resolução:
µ0.I 4π . 10-7 . 2 4 . 10-7
B= = = = 8 . 10-7 T
2πr 2πr 0,5
Uma espira circular pode ser definida como um fio condutor que é curvado,
formando um anel circular. Dessa forma, quando uma espira é atravessada por
uma corrente, haverá a formação de um campo magnético ao seu redor.
Os campos magnéticos de uma espira circular podem ser calculados através de:
µ. I
B=
2r
Onde:
A Figura 3.24 traz o uso da regra da mão direita para determinação das linhas
de campo.
exemplo de aplicação
Resolução:
µ.I 4π . 10-7 x 8
B= = = 8π . 10-5 T
2r 2 . 2 . 10-2
exemplo de aplicação
Resolução:
µ.N.I 4π . 10-7 x 10.000 x 0,4
B= = = 16π . 10-4 T
L 1
É observado nos toroides que eles têm uma grande capacidade de concentração
das linhas de campo. Dessa forma, o campo magnético em um toroide pode ser
calculado por:
µ.N.I
B=
2.π.r
Onde:
de não o confundir com o raio externo ou interno, nem com o raio das espiras.
Exemplo de aplicação
Resolução:
µ.N.I 4 . π . 10-7 x 1000 x 1,5 6 . 10-4
B= = = = 2,7 . 10-2T
2.π.r 2 . π . 1,10 . 10-2
2,2 . 10-2
a) Elas se atraem.
b) Elas se repelem.
c) Não há nenhuma ação entre elas.
d) Elas se anulam.
e) Elas possuem uma tensão induzida.
Caro aluno, chegamos ao fim de mais uma unidade e você pôde ver importantes
conceitos do eletromagnetismo. Eles são essenciais para que você entenda os
conceitos de campo eletromagnético e como podem ser gerados os campos
magnéticos através das correntes elétricas em condutores. Essas fontes de campo
eletromagnético são utilizadas para as funcionalidades comuns do dia a dia, como
ligar um interruptor, válvulas de controle, ignição de um automóvel, entre outros.
Bons estudos!
Referências
KRAUS, John Daniel. Electromagnetics. 4th ed. New York: McGraw-Hill, 1992.
Indução
eletromagnética
Cibele Abreu Makluf
Objetivos de aprendizagem:
• Indução eletromagnética.
• Fluxo eletromagnético.
• Lei de Faraday.
• Lei de Lenz.
U4
• Corrente de Foucault.
• Circuitos magnéticos.
Indução eletromagnética
146
U4
Introdução à unidade
Caro aluno, você verá, nesta unidade, alguns conceitos sobre o eletromagnetismo.
Vamos estudar a indução eletromagnética. Ela é responsável por muitos processos do
nosso dia a dia, como a produção de energia elétrica.
Bom trabalho!
Indução eletromagnética
147
U4
Indução eletromagnética
148
U4
Seção 1
Indução eletromagnética
Vamos lá?
Bons estudos!
Introdução
Indução eletromagnética
149
U4
Indução eletromagnética
150
U4
Tela de proteção
Membrana
Ímã fixo
φ = B . A . cosθ
Indução eletromagnética
151
U4
φ = n . B . A . cosθ
Indução eletromagnética
152
U4
a espira encontra-se paralela ao campo, não sendo, portanto, atravessada por linhas
de indução, e o fluxo será zero.
Exemplo de aplicação
Resolução:
φ = B . A . cosθ
φ φ
B = A . cosθ → A secθ
1
B= sec0° → B ≅ 31,83 T
0,0314
B. Área da superfície
C. Ângulo
Indução eletromagnética
153
U4
as linhas de campo e o vetor normal. Para conseguir essa variação, basta girar uma
espira dentro de um campo constante.
Cone
Bobina
móvel
Ímã
Alto-falante
Indução eletromagnética
154
U4
Exemplo de aplicação
Resolução:
θ = B . A . cosθ
θ = 7,2 . 10-3 Wb
Através dos seus experimentos, Faraday concluiu que uma força eletromotriz é
induzida e gera uma corrente elétrica induzida por meio de uma variação do fluxo
magnético na superfície da espira. Em outras palavras, isso significa que, sempre
que houver a variação (aumento ou diminuição) dos números de linhas de campo
magnético por meio de uma superfície de um condutor, uma força eletromotriz,
que é responsável pela geração de corrente elétrica, será induzida no condutor.
Observe a Figura 4.4.
Indução eletromagnética
155
U4
Onde:
• ε: fem induzida.
Indução eletromagnética
156
U4
Exemplo de aplicação
Considere uma espira circular de 300 voltas e com um raio de 4 cm, sendo que
o eixo dessa espira forma um ângulo de 30° com o campo magnético, e esse varia
a uma taxa de 85 T/s. Qual o módulo da força eletromotriz produzida na espira?
Resolução:
A = π(0,04)2 = 5 . 10-3 m2
φ = N . B . A . cosθ
φ = 111Wb
∆φ 111
|ε| = = = 111V
∆t 1
Em um condutor, sua fem induzida terá sentido oposto à variação que a induziu.
Vamos observar a Figura 4.5, em que temos novamente um ímã e uma barra
circular.
Indução eletromagnética
157
U4
Para que o ímã seja empurrado em direção à espira, vencendo a força repulsiva
que surge, é necessária a ação de um agente externo. A energia que foi fornecida
pelo agente para aproximar o ímã e a espira será, então, convertida em fem induzida
e, por consequência, em corrente elétrica.
Indução eletromagnética
158
U4
Agora, vamos observar a Figura 4.6, em que o polo norte do ímã está sendo
afastado da espira.
Indução eletromagnética
159
U4
Como já foi visto, com o afastamento da espira do polo norte do ímã, haverá
uma diminuição do fluxo magnético. Conforme acontece com a aproximação, no
afastamento a corrente elétrica induzida também será gerada no sentido oposto à
variação. Teremos agora uma força de atração entre o ímã e a espira, e a face da
espira que se encontra voltada para o ímã irá se comportar como o polo sul. Para que
isso ocorra, é necessário que a corrente elétrica induzida esteja no sentido horário.
Outra forma de analisar a lei de Lenz está na Figura 4.7. Vemos uma haste
condutora em contato com guias metálicas, sendo que a haste pode deslizar sobre
as guias metálicas. As guias e a haste encontram-se numa região com um campo
magnético uniforme, que entra no plano da figura de forma perpendicular.
Indução eletromagnética
160
U4
Na Figura 4.7, a podemos observar a área formada pela haste e pela guia metálica,
que é atravessada por linhas de campo perpendiculares ao plano. Para o caso b, a
haste foi movimentada para a direita, aumentando a quantidade de linhas de campo
que cruzam a área entre as guias metálicas e a haste, variando o fluxo magnético.
Dessa forma, como foi visto, quando ocorre a variação do fluxo, temos a geração
de uma corrente induzida, que produz um campo magnético induzido oposto à
variação do fluxo magnético no indutor.
A corrente elétrica induzida possui sentido tal que gera um campo magnético
induzido contrário à variação do campo magnético no indutor.
Indução eletromagnética
161
U4
Você sabia que os cartões de banco têm uma tarja magnética formada
por partículas minúsculas magnetizáveis repartidas em uma sequência
de áreas magnetizadas e não magnetizadas? Essa sequência é o
código binário que possui os dados do dono do cartão. O aparelho
que faz a leitura do cartão é constituído de bobina, que se encontra
enrolada em um núcleo formado de ferro. Quando inserimos o cartão
em um caixa eletrônico, por exemplo, ocorre a indução de uma
corrente variável na bobina. Dessa forma, um computador recebe os
sinais elétricos, decodificando as informações contidas no cartão.
Indução eletromagnética
162
U4
Indução eletromagnética
163
U4
Indução eletromagnética
164
U4
Seção 2
Força eletromotriz
Vamos lá?
Bons estudos!
A força eletromotriz (fem) pode ser definida como o trabalho para se deslocar
uma carga em um circuito.
Indução eletromagnética
165
U4
→
Quando o condutor se movimentar com uma dada velocidade v constante,
→
de forma perpendicular ao seu comprimento e ao campo B , as partículas que se
encontram carregadas em seu interior serão submetidas a uma força magnética
→ → →
dada por F = qv x B , sendo que esta terá a mesma direção do condutor. O
sentido da força irá depender da carga: se a carga for positiva, a força será no
sentido QP; caso a carga seja negativa, o sentido será PQ. Podemos notar pela
figura que, na extremidade P, temos um excesso de cargas positivas, enquanto
para Q temos de cargas negativas.
Fonte: O autor.
Inicialmente sobre o condutor bcd não há forças agindo, já que ele se encontra
parado. Podemos observar que temos a formação de um circuito fechado abcd,
com a geração de uma corrente com o sentido horário. Como essa corrente
flui no circuito, as cargas excedentes que se encontravam nas extremidades do
condutor vão diminuindo, e uma força magnética faz com que os elétrons livres
do condutor se movimentem de P para Q. Enquanto houver movimentação no
condutor, haverá um contínuo deslocamento dos elétrons livres no sentido anti-
horário. Assim, o condutor móvel será um gerador de fem.
ε=B.l.v
Indução eletromagnética
166
U4
VPQ = E . l = v . l . B
VPQ = ε = B . l . v = R . I
Unidade: Volts.
dW = q d ε
→ → →
q d ε = ( qv x B ) . dl
→ → →
d ε = ( v x B ) . dl
→ → →
ε = ∫ ( v x B ) . dl
Indução eletromagnética
167
U4
exemplo de aplicação
Resolução:
ε=B.l.v
ε = 12 . 60 x 10-2 . 40
ε = 288V
Indução eletromagnética
168
U4
O campo gerado por esse solenoide por onde flui corrente (I) é:
B = n . µ0 . I
φB = µ0 . n . I . A
Dessa forma, quando a corrente que circula na espira variar no tempo, a fem
induzida pode ser escrita por:
dφB
ε=
dt
ε = -µ0 . n . A . dI
dt
I'= ε = µ0 . n . A dI
R R dt
A força que irá agir sobre as cargas, forçando-as a se mover ao longo do circuito,
é o campo elétrico induzido no condutor que foi produzido através da variação do
fluxo magnético.
Indução eletromagnética
169
U4
→ →
ε= E . dl
dφB
ε =-
dt
→ → dφ
E . dl = - dtB
→
- dφB ∂B
= ∫ (- ) . dA
dt s ∂t
→
→ ∂B
∇x E =-
∂t
Em uma bobina, caso seja mantida constante sua corrente e seja alterado o
material que constitui o núcleo, que se refere à permeabilidade magnética do meio
(µ), teremos uma alteração na densidade de fluxo magnético.
O vetor campo magnético indutor (que também pode ser chamado de força
→
magnetizante), representando por H , corresponde ao campo magnético que
é criado pela corrente elétrica na bobina, não dependendo da permeabilidade
magnética do material do núcleo.
Indução eletromagnética
170
U4
• n: espiras do solenoide.
Indução eletromagnética
171
U4
fmm = n . I
Sendo:
• n: espiras do solenoide.
Onde:
Indução eletromagnética
172
U4
φ=B.A
Temos, então:
fmm
φ=
ℜ
Onde:
Exemplos de aplicação
Resolução:
fmm = n . I
Vamos supor que tenhamos um bloco de ferro em que sua face ABCD
esteja perpendicular em relação ao campo magnético, que é variável, como
Indução eletromagnética
173
U4
Vamos considerar a área da face como A. Ela será atravessada por um fluxo
→
φ=| B | . A. Caso o campo magnético seja variável, teremos também um fluxo
variável. Na Figura 4.12, haverá no bloco metálico uma indução eletromagnética
com o surgimento de correntes induzidas em forma de círculos, que estarão
→
em planos perpendiculares a B .
Para que se possam diminuir as perdas por causa das correntes de Foucault,
o bloco metálico é laminado, ou seja, várias lâminas finas são juntadas, como
mostra a Figura 4.12b.
Indução eletromagnética
174
U4
Indução eletromagnética
175
U4
n . I = H . l
Onde:
• n: número de espiras.
n . I = φ . ℜ
Indução eletromagnética
176
U4
Indução eletromagnética
177
U4
2.5.2 indutor
Indução eletromagnética
178
U4
PH = KH . Bnmax . f
onde o coeficiente n varia entre 1,25 e 1,5. A densidade de fluxo máxima (Bmax)
e a constante KH dependem do material ferromagnético e a frequência (f) depende
da frequência do campo magnético aplicado.
Indução eletromagnética
179
U4
Indução eletromagnética
180
U4
np εp
ns = εs
onde:
np: espiras do primário.
ns: espiras do secundário.
εp: fem do primário.
εs: fem induzida no secundário.
Ip . εp = Is . εs
Indução eletromagnética
181
U4
Indução eletromagnética
182
U4
Referências
KRAUS, John Daniel. Electromagnetics. 4th ed. New York: McGraw-Hill, 1992.
Indução eletromagnética
183