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Lucília Garcez

Alfinete,
o porco-espinho

ilustrações: Cris Alhadeff


Lucília Garcez

Alfinete,
o porco-espinho

ilustrações: Cris Alhadeff

3ª edição
Para Kael e para Laila.
Lucília

Para os meus queridos sobrinhos,


Bê, Alexa, Lara e Nick.
Cris

Copyright © Lucília Garcez

Conselho Editorial
Fernando Mario Franco
Ingrid Lopes Franco
Marta Gusmão

Impressão e CTP
Juizforana Gráfica e Editora

Garcez, Lucília
Alfinete, o porco-espinho / Lucília Garcez; ilustrações
Cris Alhadeff. – Juiz de Fora: Franco Editora, 2013.
16p.: (Coleção Arco-Íris, v. 37)
ISBN 978-85-7671-335-7
1. Literatura infantil. I. Alhadeff, Cris. II. Título. III. Série.

CDD - 028.5

2018
3ª edição
Todos os direitos desta edição reservados à

F. Franco & Cia Ltda


Rua Halfeld, 744 loja 4 • 36010-003 • Centro
Juiz de Fora • MG
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www.francoeditora.com.br
3

Quando Alfinete nasceu, um


porco-espinho muito maroto, seus
espinhos eram pequenos e macios.
Pareciam pelos. Não incomodavam
ninguém. Mas, à medida que Alfinete
foi crescendo, os espinhos
foram ficando duros e grandes.
4

Como ele era muito tímido, sempre que


encontrava um amigo, seus espinhos se
eriçavam, assustando os companheiros.
5

No meio do jogo de futebol, quando


ficava empolgado demais, Alfinete acabava por
soltar espinhos em quem estivesse por perto.
Era um problema.
6

Muitas vezes, quando chegava perto de


uma garota, ficava tão encabulado que acabava
se eriçando todo, e a garota tinha que sair
correndo de perto dele.
7

Na academia de ginástica, todos


procuravam ficar longe de Alfinete, para
evitar seus espinhos.
8

Alfinete passou a evitar estar perto de seu


amigo, o coelho Veludo, para não o incomodar
com seus espinhos.
9

Passou também a evitar seu amigo


Pedrito, uma capivara muito alegre.
Fugia de seu amigo gambá Felix, para
não passar pelo desgosto de assustá-lo
sem querer.
10

Passou a viver muito sozinho. E foi ficando


triste... solitário. Lamentava o fato de ser
coberto de espinhos e desejava ter nascido
coelho.
Apenas a família era seu refúgio, pois
todos tinham espinhos também.
11

Alfinete gostava de passear sozinho pelo


campo, perto dos riachos, onde as flores
brilhavam ao sol. Era sua alegria.
12

Seu pai percebeu o que estava acontecendo


e chamou Alfinete para uma conversa.
Explicou:
– Os espinhos são uma forma de defesa e
devem ser usados apenas em situação de
perigo. É preciso aprender a controlá-los.
13

Alfinete começou a treinar. Ia para o meio da


floresta e ficava tentando controlar os espinhos
conforme sua vontade. Ora contraía os espinhos,
para que ficassem bem perto do corpo, como se
pelos fossem. Ora ele os expulsava para atingir as
pedras do caminho.
14

Já estava conseguindo que os espinhos


obedecessem à sua vontade, quando
aconteceu uma coisa horrível.
Uma onça pintada muito faminta se
aproximou sorrateiramente e pulou sobre
Alfinete, para comê-lo com voracidade.
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Alfinete tentou se desvencilhar do ataque,
lutando bravamente. Mas a onça era mais esperta
e mais forte.
Foi então que ele se lembrou de soltar milhares
de espinhos sobre a onça. E zaz... Ela fugiu
espavorida, toda espetada. Nas orelhas, no nariz,
no pescoço, na boca, nas patas.
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Desde então Alfinete aprendeu a


controlar seus espinhos, voltou a procurar
os amigos e agradeceu a sorte.
Compreendeu que possuía uma proteção
muito eficaz nas horas de perigo.
Lucília Garcez é mineira e mora em Brasília há muitos anos. Sua casa tem um
grande jardim onde moram micos, passarinhos, coelhos e cachorros. Ela gosta
de ler desde pequenininha. Sua grande paixão são os livros, por isso além de ler
sem parar ela escreve para crianças, jovens e adultos. Atualmente dedica-se aos
seus quatro netos, mas ainda tem tempo para os trabalhos e palestras sobre
questões relativas à leitura e ao ensino de produção de textos.

Cris Alhadeff nasceu e vive no Rio de Janeiro. Fez um pouco de Arquitetura e


cursou Desenho Industrial. Além de trabalhar com webdesign, já fez de tudo um
pouco: projetos de sinalização, identidades visuais, interfaces para multimídia,
design sustentável, marketing digital... Agora está muito, muito apaixonada por
esse mundo da ilustração. Você pode conhecer mais sobre o seu trabalho
através do www.crisalhadeff.com

Você já viu um porco-espinho de verdade? E uma foto? Sabe como ele é todo
coberto de espinhos, não é? Ah! Mas como é difícil aprender a conviver com a
pele cheia de espinhos!!! É preciso ter cuidado para não espetar os amigos, os
companheiros de futebol, os colegas da escola... Será que esses espinhos
servem para alguma coisa em algum momento?

ISBN 978-85-7671-335-7

Uma história de autoestima e convivência.


Leitura compartilhada a partir de 4 anos
Leitura individual a partir de 6 anos 9 788576 713357

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