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Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
Técnico em Informação
Geográficas e Estatísticas AI
Todos os direitos reservados. Proibida a cópia sem autorização da Apostilas Solução Comércio de Material
Didático e Editora LTDA, estabelecida na Rua Lopes Chaves, 424, Estado São Paulo, Capital São Paulo,
sob CNPJ nº 53.980.983/0001-36.
Ficha Técnica:
Concurso:
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Cargo:
Técnico em Informação
Geográficas e Estatísticas AI
Autores:
Edson José Pinheiro
Leonardo Tassinari Viveiros
Roberto Domingos Minello
criação e diagramação
Técnico em Informação IBGE
Geográficas e Estatísticas AI Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Sumário
Língua Portuguesa
Língua Portuguesa 8
Compreensão E Interpretação De Texto 8
Tipologia Textual 12
Exercícios 21
Coerência E Coesão 24
Exercícios 26
Ortografia 27
Exercícios 33
Classe, Estrutura, Formação E Significação De Vocábulos 33
Exercicios 34
Estrutura E Formação De Vocábulos 35
Exercícios 40
Significação Das Vocábulos 42
Exercícios 46
Derivação E Composição 47
Exercícios 49
A Oração E Seus Termos 50
Exercícios 59
A Estruturação Do Período 60
Exercícios 69
As Classes De Palavras: Aspectos Morfológicos,
Sintáticos E Estilísticos 70
Denotação E Conotação 143
Exercícios 144
Linguagem Figurada 144
Exercícios 151
Pontuação 153
Exercícios 159
Exercícios Finais 160
Bibliografia 165
Raciocínio Lógico
Raciocínio Lógico 167
Geografia
Geografia 220
Noções Básicas De Cartografia: Orientação: Pontos Cardeais 220
Exercícios 223
Localização: Coordenadas Geográficas (Latitude E Longitude) 224
Representação: Leitura, Escala, Legendas E Convenções 226
Exercícios 228
Natureza E Meio Ambiente No Brasil: Grandes Domínios Climáticos 229
Exercícios 232
Ecossistemas 233
Exercícios 239
As Atividades Econômicas E A Organização Do Espaço:
Espaço Agrário: Modernização E Conflitos 239
Espaço Urbano: Atividades Econômicas, Emprego E Pobreza 247
Exercícios 249
A Rede Urbana E As Regiões Metropolitanas 249
Exercícios 252
Formação Territorial E Divisão Político-Administrativa:
Divisão Político-Administrativa 253
Exercícios 254
Organização Federativa 255
Exercícios 258
Exercícios Finais 259
Sites Pesquisados 262
Conhecimentos Específicos
Conhecimentos Específicos 263
Conhecimentos Específicos Sobre O Ibge:
Informações Sobre A Instituição, Conceitos Básicos
Para O Desenvolvimento Do Trabalho Na Agência
E Da Atividade Do Técnico De Coleta 263
Exercícios 279
Sites Pesquisados 285
Conhecimentos Gerais
Conhecimentos Gerais 286
Elementos Da Política Brasileira 286
Exercícios 292
Cultura E Sociedade Brasileira: Música, Literatura, Artes, Arquitetura, Rádio,
Cinema, Teatro, Jornais, Revistas E Televisão 294
Exercícios 312
História Do Brasil 314
Exercícios 337
Descobertas E Inovações Científicas Na Atualidade
E Seus Impactos Na Sociedade Contemporânea 339
Exercícios 342
Meio Ambiente E Sociedade:
Problemas, Políticas Públicas, Organizações
Não Governamentais, Aspectos Locais E Aspectos Globais 344
Exercícios 355
Panorama Da Economia Nacional 356
Exercícios 361
O Cotidiano Brasileiro 361
Exercícios 366
Exercícios Finais 367
Sites Pesquisados 370
Informática
Correio Eletrônico (Outlook Express) 372
Hardware 389
Windows 7 402
Conceitos De Internet E Intranet 417
Bateria De Testes 426
LÍNGUA PORTUGUESA
Entendemos por texto, um conjunto de ideias expressas através de frases, orações, parágrafos; com um estilo
próprio e com uma estrutura própria produzido por um certo sujeito. A estrutura de um texto varia de acordo com
sua natureza. Há o texto literário e o não literário.
TEXTO
↙ ↘
Denotação Conotação
↓ ↓
Texto não literário Texto literário
↓ ↓
Claro, objetivo Figurado, subjetivo,
↓ ↓
Língua Portuguesa
informativo pessoal
O texto literário expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, im-
pregnado de subjetivismo. Já o texto não literário preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais
clara e objetiva possível. Como exemplo, podemos citar uma notícia de jornal como texto não literário e um
romance de Eça de Queirós ou José de Alencar como exemplo de texto literário.
Compreender um texto é levar em conta os vários aspectos que ele possui, por exemplo, um texto terá
aspecto moral, social, econômico, conforme a intenção do autor; para ratificar esses aspectos o autor se utiliza
de um vocabulário condizente com sua intenção. Então ... como compreender textos em prova, se cada pessoa
possui um modo específico de ver os fatos? A resposta não é simples. Não obstante o valor subjetivo do texto, ele
possui uma estrutura interna que é básica e a qual garantirá uma compreensão objetiva.
Compreender um texto não literário é perceber no texto a opinião, a intenção do autor, onde ele pre-
tende chegar com aquele texto. Se o autor é contra ou a favor de um certo tema, quais os aspectos que o autor
levanta. Nossa compreensão será sempre a partir das informações que o texto nos oferece.
É ainda Lorenz, na mesma obra, quem identifica a frustração dos jovens face a uma educação que, em
nome da compreensão, baniu a firmeza e a liberdade com responsabilidade. Noções confusas de psicanálise,
vagos anseios libertários, muita teoria e pouco conhecimento serviram para reforçar uma tolerância preguiçosa
que passou a se constituir em padrão de comportamento para pais e educadores.
Aquela frustração nasce dessa atitude – que Lorenz chama de “muro de borracha” – débil, indefinida e
acovardada do adulto diante do jovem, tão nociva quanto a ação punitiva sistemática de antigamente.
Educar tornou-se, há muito tempo, uma arte esquecida. No contato com o adolescente, o pai – ou aque-
le que estima alguém como se pode estimar um filho - não projeta apenas uma imagem, mas é ele mesmo. Por
obra do amor, é verdadeiro, atento, esquecido de si, profundamente interessado.
Sendo isso, apenas isso, torna-se inevitável a reciprocidade do amor.
A solidão do jovem é, apesar do que se pensa em contrário, real e frequente. Embora acompanhado
sempre e em constante movimentação, o adolescente crê que o mundo é dos adultos; e esses estão ocupados
demais para ouvir os seus pequenos devaneios. Há uma busca disfarçada de atenção e apoio, que só uns poucos
percebem, e raríssimos se apressam em atender. A condição do homem é, em si mesma, de confronto com a
solidão, de que ele está, do berço à sepultura, sempre cercado.
A descoberta dessa realidade – que não é triste ou alegre, mas simplesmente um fato – ocorre na pu-
berdade, e nem sempre é pacífica. Esse contato pode deixar um travo de melancolia, quando não há apoio com-
preensivo de um adulto que se estima e no qual se confia – e que dá a entender que já passou por isso e sabe
do que se trata, embora não tenha uma resposta definitiva para os mistérios da vida. (Luiz Carlos Lisboa - Jornal
da Tarde)
O texto de Luiz Carlos Lisboa é um texto não literário, porque disserta sobre um certo tema: a descoberta
da solidão de forma objetiva, informativa, etc. Se tivesse dado ao tema um tratamento poético, musical, lírico,
por exemplo, seria um texto literário, pois usaria recursos literários, tais como a rima, as figuras de linguagem, a
ficção para expressar sua opinião sobre a descoberta da solidão.
a) São autossuficientes.
b) Vivem no mundo da lua.
c) Necessitam de apoio e compreensão.
d) Estão sempre muito ocupados.
Língua Portuguesa
2) De acordo com o texto, pode-se afirmar que o homem:
a) As gerações mais velhas só se preocupam em transmitir os seus valores aos mais jovens.
b) Os jovens acham que o mundo está errado e querem destruí-lo.
c) A energia e a generosidade dos jovens os levam a querer reformar o mundo.
d) É normalmente uma hipocrisia o fato de os jovens quererem reformar o mundo.
6) “... débil, indefinida e acovardada do adulto diante do jovem.” As palavras sublinhadas podem ser
substituídas, sem modificar o significado do texto, por:
7) No parágrafo “A solidão do jovem é, apesar do que se pensa em contrário, real e frequente.”, a frase
sublinhada dá uma ideia de
a) conclusão. c) concessão.
b) condição. d) indefinição.
RESPOSTAS
1-C 2- A 3- B 4- D 5- A 6- B 7- C
Para compreendermos o texto é preciso descobrir sua estrutura interna. Nela, encontraremos ideias bá-
sicas e acessórias e precisamos descobrir como essas ideias se relacionam. As ideias básicas giram em torno do
tema central, de uma ideia núcleo contida no texto, a ela somam-se as ideias acessórias, que só são importantes,
enquanto corroboradoras da ideia central.
Por exemplo, a ideia básica do texto é a presença da solidão em nossas vidas, na opinião de Luiz Carlos
Lisboa, a ela somam-se outras ideias sobre a educação dos jovens, sobre a psicanálise, sobre o amor que são
acessórias, porque não tratam diretamente do assunto da solidão, mas são acessórias, pois colaboram para a
compreensão da ideia básica, central.
Língua Portuguesa
Geralmente, um texto trata de uma ideia básica acompanhada de várias ideias acessórias. Se há ideias
básicas e ideias acessórias como ocorre a inter-relação dessas ideias?
Muitas vezes, a técnica usada é a de explanação de ideias “em cadeia”, ocorre a explanação da ideia bási-
ca e a seguir o desdobramento dessa ideia nos parágrafos subsequentes a fim de discutir, aprofundar o assunto.
Já no texto-exemplo de Luiz Carlos Lisboa vemos que ele vai preparando a introdução da ideia básica
com as ideias acessórias, como se estivesse criando um ambiente propício, numa preparação textual onde o
clímax seria a ideia básica: a descoberta da solidão. E um crescer de expectativas até chegar ao cerne da questão.
2) Análogo ou Equivalente: dizer que uma palavra é análoga à outra, significa dizer que ambas têm semelhan-
ças de significados, são equivalentes.
Num texto, palavras, orações, frases, expressões são justapostas, colocadas lado a lado visando a uma
intenção do autor que produz o texto. Por vezes, usa palavras de significado equivalente; de outra feita, utiliza-se
de expressões, palavras com significados opostos, contudo todos esses recursos têm uma intenção, usar o texto
como veículo ou de emoção, ou de crítica, de revelação, informação, etc.
No texto, há blocos de significados que se equivalem e que têm um certo significado à luz do contexto
dado. Exemplos:
O autor, no primeiro bloco de ideias, torna equivalente a atitude débil, indefinida e acovardada diante
do jovem à ação punitiva. Em um outro contexto tal equivalência seria impossível, pois a atitude de liberdade
total, num primeiro momento não tem relação alguma à punição sistemática. Contudo, num certo contexto, as
palavras assumem significados equivalentes ou não.
No segundo bloco, muita teoria equivale a pouco conhecimento, em outro contexto tais afirmações
seriam opostas, contraditórias, contudo no texto-exemplo são equivalentes, pois assumem um significado de
“coisas vazias” diante da descoberta da solidão, então mais uma vez temos um termo com um significado espe-
cífico num dado contexto.
No terceiro bloco, solidão real e frequente estão lado a lado das palavras acompanhando em constante
movimentação. No contexto, elas são compreendidas como análogas, equivalentes, mas já sabemos que num
outro contexto são palavras que se opõem. Só assumem sentido análogo devido à ideia do autor, à sua intenção
de reforçar a contradição, a confusão em que vive o adolescente. No quarto bloco, berço é análogo à sepultura,
à luz da compreensão do texto são palavras que se equivalem, que estão lado a lado equiparadas a lugares que
contêm a solidão que cerca a vida das pessoas. Em outros contextos são palavras opostas, pois significam vida e
morte, mas no texto-exemplo tudo é uma coisa só: lugar de solidão.
Onde adultos se ocupam com um mundo à parte dos anseios, carências, dúvidas dos adolescentes
cercados de solidão. É importante ressaltar que as oposições, as equivalências, a compreensão de certos termos
só acontecem em contextos determinados, pois dependendo da intenção do autor as palavras poderão se opor,
equivaler-se, assumir significados específicos, ainda como exemplo, recorremos à expressão “muro de borracha”
Língua Portuguesa
que poderia significar até um brinquedo em risco para o físico da criança, contudo no texto-exemplo significa a
atitude dos pais diante dos filhos – “débil, indefinida e acovardada” sem limites, sem a educação que norteia a
vida.
O texto poderá utilizar diversos recursos, tudo, no entanto, estará subordinado à ideia do seu autor.
O texto é uma mensagem, isto é, um fato do discurso: uma passagem falada ou escrita que forma um
todo significativo independentemente da sua extensão.
A ESTRUTURAÇÃO TEXTUAL
Um texto se realiza por meio de uma seleção de seu material linguístico, aí compreendidas a seleção
vocabular, a seleção da frase e a seleção do modo de organização discursiva, ou seja, a narração, a descrição e a
argumentação. Cada um desses modos de organização possui determinadas regularidades que lhe são próprias,
além daquelas regularidades que estão acima dessas gramáticas particulares, ou seja, as regularidades gerais do
texto.
A estruturação de um texto se faz exatamente entre o esperado, ou seja, o respeito àquelas regularida-
des do modo de organização a que pertence e a criatividade do autor.
Portanto, escrever é sempre um processo de seleção: seleção de vocábulos, seleção de estruturas sintá-
ticas, seleção de organização das frases na composição do texto, seleção de um modo de organização discursiva...
tudo em busca do que parece mais adequado às finalidades do autor do texto.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Os textos variam conforme as intenções do autor, podendo ser narrativos, descritivos, dissertativos. Po-
rém, raramente um texto é construído com as características de um só tipo. O mais comum é encontrarmos os
vários tipos em um só texto.
O TEXTO NARRATIVO
Nesse texto, o importante é o fato, a ação, o acontecimento: a escrava se mata junto com a filhinha re-
cém-nascida, para salvá-la da escravidão.
Língua Portuguesa
Releia o texto e repare que não sabemos como era a escrava, nem como era sua filha, nem como era o
rio. Esse trecho só atribui importância ao acontecimento em si.
Narrar, portanto, consiste em construir o conjunto de ações que constituem a história –o enredo – e
relacioná-las às personagens – seres que praticam atos ou sofrem os fatos.
Toda a narrativa tem um narrador: aquele que conta a história. Mas o narrador pode ser de dois tipos,
conforme a sua perspectiva em relação aos fatos narrados: 1ª ou 3ª pessoa.
No texto acima, a história é contada em 1ª pessoa (eu): “Vi ontem um bicho”. O narrador relata um acon-
tecimento que o impressionou: um bicho catando restos de comida. Note que, no desenvolvimento do enredo,
não sabemos de que animal se trata. Só no desfecho o narrador nos revela que o bicho é um ser humano.
A narração, além de ser uma das mais importantes possibilidades da linguagem, é também uma das
práticas mais comuns de nossa vida. A narração associa nossa observação do mundo com nossa existência, nossa
memória e nossa imaginação.
1) ENREDO
É a narrativa propriamente dita, que pode ser linear ou retrospectiva, cuja trama mantém o interesse do
leitor, que espera por um desfecho. Chama-se simplesmente de ação.
2) PERSONAGEM
É a pessoa que atua na narrativa. Pode ser principal ou secundária, típica ou caricatural.
4) AMBIENTE
É o meio físico e social onde se desenvolve a ação das personagens. Trata-se do pano de fundo ou do
Língua Portuguesa
cenário da história.
5) TEMPO
É o elemento fortemente ligado ao enredo numa sequência linear ou retrospectiva, ao passado, presente
e futuro, com seus recuos e avanços. Pode ser cronológico (quando avança no sentido do relógio) ou psicológico
(quando é medido pela repercussão emocional, estética e psicológica nas personagens).
6) DISCURSO
• Discurso direto: caracterizado pela reprodução fiel da fala do personagem. As falas são reproduzidas inte-
gralmente e, via de regra, introduzidas por travessão. Numa estrutura tradicional de discurso direto, a fala
do personagem é acompanhada por um verbo de elocução (verbo que indica a fala do personagem: dizer,
falar, responder, indagar, perguntar, retrucar, afirmar, etc.), seguido de dois-pontos.
Alguns autores modernos dispensam o emprego dos verbos de elocução em favor de um ritmo mais
veloz da narrativa, assim como também os sinais de pontuação que introduzem e delimitam as falas (dois
-pontos, travessão, aspas, etc.).
Observe o exemplo:
(Maurício de Sousa)
A fala nos quadrinhos normalmente é apresentada de forma direta, nos balões, sem interferência de
narrador. No caso desta tira, Mônica e Cebolinha estabelecem um diálogo.
• Discurso indireto: caracterizado pelo fato de o narrador se apropriar da fala do personagem, ou seja, a fala
do outro vem pelas palavras do narrador. No discurso indireto, observamos a seguinte estrutura: verbo de
elocução (que é o núcleo do predicado da oração principal), seguido da oração subordinada (a fala do per-
sonagem complementa o significado do verbo de elocução: disse que...; pensou que...; desempenhando a
função de objeto direto ou indireto), introduzida por uma conjunção integrante (que, se).
Observe o exemplo:
O detento disse que (ele) não confiava mais na Justiça. Logo depois, perguntou ao delegado se (ele) iria
prendê-lo.
• indireto-livre: consiste na fusão entre narrador e personagem, isto é, a fala da personagem insere-se no
discurso do narrador, sem o emprego dos verbos de elocução (como dizer, afirmar, perguntar, responder,
pedir e exclamar).
Observe o exemplo:
Língua Portuguesa
Agora (Fabiano) queria entender-se com Sinhá Vitória a respeito da educação dos pequenos. E eles
estavam perguntadores, insuportáveis. Fabiano dava-se bem com a ignorância. Tinha o direito de saber? tinha?
Não tinha.
A ORDEM DA NARRATIVA
Entende-se por ordem o registro de um fato ou detalhe de cada vez. Vejamos um exemplo:
Chega a polícia.
E os invasores saem.
A polícia se vai.
Os invasores voltam. (Jornal da Tarde)
Nesta pequena narrativa, que serve de título para uma reportagem, o jornalista registrou fatos na ordem
em que aconteceram, ou seja, em sequência cronológica ou linear: começo, meio e fim.
Muitas vezes, o autor pode fugir do convencional, alterando essa linearidade. Isso ocorre com mais fre-
quência no texto literário, em que se trabalha artisticamente a língua com a finalidade de provocar emoções no
leitor.
2) O narrador faz referência a um fato anterior, que o leitor não conhece, procurando criar suspense. Leia a pri-
meira linha de um conto:
“Então a mosca voltou a atacar. Ninguém dava nada por ela. Se no mundo dos insetos já seria presa fácil,
o que dirá na longa noite dos brontossauros.” (Chacal)
Fazendo referência a um fato que o leitor desconhece, o narrador desperta a curiosidade de saber como
e por que a tal mosca atacava e voltou a atacar.
3) Antes de começar a contar a história propriamente dita, o narrador inicia o texto com uma fala da persona-
gem, mostrando que ela está mesmo em desequilíbrio com o meio:
“– Que peixe é esse? Perguntou a moça com afetada admiração. Foi na cidade de Curupuru, no Mara-
nhão. A moça nascera ali mesmo, crescera ali mesmo mas voltara semana passada de uma temporada de um
ano, na capital do estado. Ela agora é moça de cidade, não conhece mais peixe, nem bicho do mato, nem fari-
nha de pau. Evoluiu.
“– Que peixe é esse?
Os homens e as mulheres não responderam nada. Olharam-se uns aos outros com ar de enfado.”(Fer-
reira Gullar)
O CICLO NARRATIVO
Nos textos essencialmente narrativos, predominam as frases verbais, que indicam um processo, uma
ação.
A narrativa tem como ponto de partida uma situação inicial, que se desenvolve numa para chegar a uma
situação final, diferente da inicial:
• situação inicial - o personagem está apresentado numa determinada situação temporal e espacial;
• desenvolvimento - apresenta-se o conflito, e a ação se desenvolve até chegar ao clímax e, em seguida, a um
desfecho;
• situação final - passado o conflito, o personagem é apresentado em uma nova situação – há claros indícios de
Língua Portuguesa
transformação, de mudança em relação ao início da narrativa.
NARRATIVA FICCIONAL
A palavra ficção vem do latim fictio, que deriva do verbo fingere: modelar, criar, inventar. Quando iden-
tificamos uma narrativa como ficcional, observamos nela uma realidade criada, imaginária, não real.
A narrativa ficcional é fruto da imaginação criadora. Sempre mantendo pontos de contato com o real,
recria a realidade. Baseando-se nela ou dela se distanciando. Se os acontecimentos narrados, se os personagens
apresentados aproximarem-se muito da realidade a ponto de nos confundir, falamos que a narrativa é verossímil
(semelhante à verdade), se os acontecimentos e personagens se mostrarem absurdos, absolutamente imprová-
veis, falamos que a narrativa é inverossímil (que não é semelhante à verdade).
O texto a seguir é um trecho de “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carrol, um exemplo de narrativa
de ficção em que podemos observar um universo imaginário.
Capítulo 1
Para baixo na toca do coelho
Alice estava começando a ficar muito cansada de estar sentada ao lado de sua irmã e não ter nada para
fazer: uma vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irmã lia, mas não havia figuras ou diálogos nele e
“para que serve um livro”, pensou Alice, “sem figuras nem diálogos? ”
Então, ela pensava consigo mesma (tão bem quanto era possível naquele dia quente que a deixava sono-
lenta e estúpida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era mais forte do que o esforço de ter de levantar e
colher as margaridas, quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa passou correndo perto dela.
Não havia nada de muito especial nisso, também Alice não achou muito fora do normal ouvir o Coe-
lho dizer para si mesmo “Oh puxa! Oh puxa! Eu devo estar muito atrasado! ” (quando ela pensou nisso depois,
ocorreu-lhe que deveria ter achado estranho, mas na hora tudo parecia muito natural); mas, quando o Coelho
tirou um relógio do bolso do colete, e olhou para ele, apressando-se a seguir, Alice pôs-se em pé e lhe passou
a ideia pela mente como um relâmpago, que ela nunca vira antes um coelho com um bolso no colete e menos
ainda com um relógio para tirar dele. Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a tempo de
vê-lo saltar para dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca.
No mesmo instante, Alice entrou atrás dele, sem pensar como faria para sair dali. A toca do coelho
dava diretamente em um túnel, e então se aprofundava repentinamente. Tão repentinamente que Alice não
teve um momento sequer para pensar antes de já se encontrar caindo no que parecia ser bastante fundo.
(...)
O TEXTO DESCRITIVO
“Sua casa ficava para trás da Serra do Mim, quase no meio de um brejo de água limpa, lugar chamado
o Temor-de-Deus. O Pai, pequeno sitiante, lidava com vacas e arroz; a Mãe, urucuiana, nunca tirava o terço da
mão, mesmo quando matando galinhas ou passando descompostura em alguém. E ela, menininha, por nome
Maria, Nhinhinha dita, nascera já muito para miúda, cabeçudota e com olhos enormes.”
Você observou que o trecho acima, apresenta características de ambiente e de personagens. Essa carac-
terização é obtida por meio da descrição.
Descrever é detalhar uma cena, objeto, sentimento, personagens, destacando-lhe características pecu-
liares, de modo a passar ao leitor/ouvinte uma imagem o mais próxima possível daquela que temos em mente.
Na descrição objetiva, a realidade é retratada com a maior fidelidade possível, não se emitindo qualquer
opinião ou julgamento. Leia, agora, as seguintes descrições objetivas:
“Os anticorpos são moléculas de proteínas que possuem dois sítios específicos de combinação com os
antígenos. Existem, em cada molécula de anticorpo, duas cadeias polipeptídicas leves e duas cadeias pesadas,
ligadas entre si por pontes de enxofre.”
(Amabis e Martho)
“O apartamento que comprei tem três dormitórios – sendo uma suíte –, uma sala em “L”, dois banheiros,
cozinha, área de serviço e dependências de empregada.”
Na descrição subjetiva, a realidade é retratada de acordo com o ponto de vista do emissor, que pode
opinar e expressar seus sentimentos. Leia, agora, os seguintes trechos descritivos:
“Este Quincas Borba, se acaso me fizeste o favor de ler as Memórias póstumas de Brás Cubas, é aquele
mesmo náufrago da existência, que ali aparece, mendigo, herdeiro inopinado, e inventor de uma filosofia. Aqui o
tens agora em Barbacena. Logo que chegou, enamorou-se de uma viúva, senhora de condição mediana e parcos
meios de vida, tão acanhada, que os suspiros do namorado ficavam sem eco.”
(Machado de Assis)
“O senhor sabe: sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que
venha armado! E bala é um pedaçozinho de metal ... sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte
do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso.”
(Guimarães Rosa)
CARACTERÍSTICAS DA DESCRIÇÃO
A ORDEM NA DESCRIÇÃO
A descrição é um verdadeiro “retrato” com palavras. Na descrição literária, o escritor procura ordenar as
frases de modo a obter um texto que prenda a atenção do leitor.
Os textos descritivos dificilmente aparecem isolados. Geralmente, fazem parte de um texto maior, do
tipo narrativo.
Língua Portuguesa
Vejamos um exemplo:
“A pele da garota era desse moreno enxuto e parelho das chinesas. Tinha uns olhos graúdos, lustrosos e ne-
gros como os cabelos lisos, e um sorriso suave e limpo a animar-lhe o rosto oval, de feições delicadas.” (Érico Veríssimo)
Vejamos um exemplo:
“A rua estava de novo quase morta, janelas fechadas. A valsa acabara o bis. Sem ninguém. Só o violinista
estava ali, fumando, fumegando muito, olhando sem ver, totalmente desamparado, sem nenhum sono, agarrado
a não sei que esperança de que alguém, uma garota linda, um fotógrafo, um milionário disfarçado lhe pedisse
pra tocar mais uma vez.”
DESCRIÇÃO POÉTICA
Na poesia, a descrição está marcada pela função fática, apresentando imagens inusitadas que recriam
seres e/ou ambientes. Dificilmente encontraremos objetividade nas descrições poéticas, pois, a poesia está mar-
cada pelo subjetivismo. Observe o exemplo:
Retrato
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Na descrição técnica procura-se transmitir a imagem do objeto através de uma linguagem técnica, com
vocabulário preciso, normalmente ligado a uma área da ciência ou da tecnologia.
O TEXTO DISSERTATIVO
“A fim de apreender a finalidade e o sentido da vida é preciso amar a vida por ela mesma, inteiramente;
mergulhar, por assim dizer, no redemoinho da vida; somente então apreender-se-á o sentido da vida, compre-
ender-se-á para que se vive. A vida é algo que, ao contrário de tudo criado pelo homem, não necessita de teoria,
quem apreende a prática da vida também assimila a sua teoria.”
(Wilhelm Reich. A revolução sexual. Rio de Janeiro, Zahar, 1974)
Língua Portuguesa
O texto expõe um ponto de vista (a finalidade da vida é viver) sobre um assunto-tema (no caso,
o sentido e a finalidade da vida). Além de apresentar o ponto de vista do autor, o texto faz também a defesa
desse ponto de vista: os porquês, os motivos que fundamentam a opinião de que a prática intensa de viver é que
revela o sentido da vida; de que a vida não precisa de teoria e que se identifica com o próprio processo de viver
intensamente.
À defesa do ponto de vista, à organização dos motivos que o justificam, à exposição dos fundamentos
em que uma posição está baseada, chamamos argumentação.
Defender uma opinião com argumentos coerentes e adequados é o aspecto mais importante do texto
dissertativo. Além da argumentação articulada, a dissertação deve apresentar também uma linguagem clara e
uma estruturação lógica (com introdução, desenvolvimento e conclusão).
Dissertar é, através da organização de palavras, frases e textos, apresentar ideias, desenvolver raciocínio,
analisar contextos, dados e fatos.
– Introdução
É a parte na qual se apresenta a ideia central do texto e o enfoque que se pretende abordar.
– Desenvolvimento
– Conclusão
Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião ou por tudo que se queira.
Mas eles próprios começam a se diferenciar dos animais tão logo começam a produzir seus meios de vida, passo
este que é condicionado por sua organização temporal. Produzindo seus meios de vida, os homens produzem,
indiretamente, sua própria vida material.
O modo pelo qual os homens produzem seus meios de vida depende, antes de tudo, da natureza dos
meios de vidas já encontrados e que têm de reproduzir. Não se deve considerar tal modo de produção de um
único ponto de vista, a saber: a reprodução da existência física dos indivíduos. Trata-se, muito mais, de uma
determinada forma de atividade dos indivíduos, determinada forma de manifestar sua vida, determinado modo
de vida dos mesmos. Tal como os indivíduos manifestam sua vida, assim são eles. O que eles são coincide com
sua produção, tanto com o que produzem como com o modo como produzem.
O que os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais de sua produção.
(MARX, Karl. In: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena. Temas de filosofia. São Paulo, Mo-
derna, 1992.)
A estrutura desse texto é bem definida: introdução (primeiro parágrafo), desenvolvimento (segundo
parágrafo), conclusão (último parágrafo).
Língua Portuguesa
A ORDEM NA DISSERTAÇÃO
Assim como na descrição podemos partir do geral para o particular e vice-versa, a exposição de ideias
na dissertação admite o mesmo caminho.
Nesse caso, estaremos trabalhando com dois métodos básicos de raciocínio: a indução e a dedução.
Observe como o jornalista Gilberto Dimenstein escreveu a respeito dos jovens brasileiros vítimas de
assassinato.
De cada 10 jovens brasileiros entre 15 e 18 anos mortos no ano de 1993, 6 deles foram assassinados.
A pesquisa revela que, atualmente, o homicídio está em primeiro lugar entre as causas da morte a juventude.
A pesquisa foi feita pelo CBIA (Centro Brasileiro para Infância e Adolescência), órgão vinculado ao Ministério do
Bem-Estar Social.
Apesar da fragilidade estatística e o aumento da consciência dos governantes sobre a situação da infân-
cia, os índices de violência continuam crescendo.
(Folha de São Paulo, 26 jun 1994. Caderno Especial: Brasil 95)
Geral: os índices de violência continuam aumentando apesar do aumento da consciência dos governantes sobre
o problema.
O tipo de raciocínio conhecido como dedução segue o caminho inverso ao da indução. Portanto, no
raciocínio dedutivo partimos do geral para o particular, do desconhecido para o conhecido. Obedecemos, geral-
mente, aos seguintes passos:
As expectativas num namoro são, na maioria das vezes, muito diferentes para meninos e meninas. (hi-
pótese geral)
Enquanto a maioria dos rapazes está doida para beijar, tocar a menina e ter o máximo de intimidade
sexual que puder, ela geralmente está interessada em sair com ele, namorá-lo, apreciar sua companhia. (fatos
particulares que exemplificam a hipótese geral)
O jornal
O cão
A dialética
Tomar ducha, nadar
Velha música
Sapatos cômodos
Compreender
Música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser amável
(Bertolt Brecht. Poemas e canções. Coimbra, 1975)
Como foi organizado esse poema? Qual a sequência de ideias? Observe que o texto não buscou desen-
volver o conceito de felicidade, mas apresenta os elementos capazes de representar a felicidade.
Pela enumeração de acontecimentos, objetos, pessoas, sensações, sentimentos, atividades, o autor diz
o que é felicidade.
A enumeração é uma técnica das mais ricas para escrever livremente e constitui um dos importantes
recursos utilizados na literatura, principalmente na poesia moderna. No texto enumerativo empregam-se ele-
mentos que dificilmente aparecem em redações tradicionais: “tomar ducha”, “sapatos cômodos”, por exemplo. A
enumeração é uma forma concreta de escrever: consiste em listar coisas, fatos, lembranças, emoções, desejos,
sensações de nossa vida, do dia-a-dia, da nossa história. Observe outro texto em que se emprega o processo de
enumeração:
OS DOIS LADOS
Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida tem pensamentos sérios me esperando na sala de visitas
tem minha noiva definitiva me esperando com flores na mão,
tem a morte, as colunas da ordem e da desordem.
(Murilo Mendes. Poesia completa e prosa, Nova Aguilar, 1994)
Esse poema é uma espécie de autorretrato, que enumera elementos de dois lados diferentes da perso-
nalidade e da vida do eu-lírico.
Perceba que o texto foi organizado pelo processo de enumeração. Primeiro temos os elementos de um
lado e, depois, os elementos do outro.
RECONHECIMENTO DA ESTRUTURA
Para continuar trabalhando a estrutura e organização do texto, vamos exercitar a leitura com o objetivo
de identificar o modo como ele foi ordenado.
Não se trata de entender o conteúdo, mas reconhecer a estrutura, a arquitetação do texto. O que pode-
mos perceber a respeito da estrutura do texto abaixo?
O amor é finalmente
um embaraço de pernas,
Língua Portuguesa
uma união de barrigas,
um breve tremor de artérias.
Uma confusão de bocas,
uma batalha de veias,
um reboliço de ancas,
quem diz outra coisa é besta.
(Gregório de Matos. Poemas escolhidos. São Paulo, Cultrix)
O texto apresenta uma enumeração de definições de amor. Cada uma destas definições está organizada
de modo a apresentar uma parte do corpo. No final, um comentário jocoso encerra a sequência.
EXERCÍCIOS
1) Observe:
O Campos, segundo o costume, acabava de descer do almoço e, a pena atrás da orelha, o lenço por
dentro do colarinho, dispunha-se a prosseguir no trabalho interrompido pouco antes. Entrou no seu escritório e
foi sentar-se à secretária.”
(Aluísio Azevedo)
a) narrativa
b) descritiva
c) dissertativa
“Depois que terminei um curso de técnicas de emergência médica, eu estava ansiosa para colocar à prova mi-
nhas novas aptidões. Um dia, quando ia numa autoestrada, vi um homem deitado no chão ao lado de um carro.
Parei imediatamente, peguei meu estojo de primeiros socorros e corri para ele.
3) Em qual elemento básico da narração é possível obter uma sequência linear ou retrospectiva ao passado,
Língua Portuguesa
presente e futuro?
a) enredo
b) personagem
c) ambiente
d) tempo
a) “Quando me viu, Pedrinho me chamou de lado e perguntou se era verdade que eu sabia fazer milagres.”
(Fernando Sabino)
b) “– Não quero discutir com a senhora. Mas também não quero ver meu filho duvidando do próprio pai.”
(Luís F. Veríssimo)
c) “Ela se referia a uma misteriosa casa na Avenida João Pinheiro, onde sabíamos que não morava ninguém havia
anos. (...) Íamos sempre olhá-la durante o dia, fascinados: que haveria lá dentro? Não seria de espantar se de
noite os fantasmas se reunissem ali para celebrar o fato de já haverem morrido.”
(Fernando Sabino)
“Era de estatura regular, tinha as costas arqueadas e os ombros levemente contraídos, braços moles, cintura
pouco abaixo dos seios, desenhando muito a barriga. Quando andava, principalmente em ocasiões de cerimô-
nia, sacudia o corpo na cadência dos passos e bamboleava a cabeça com um movimento que afetava languidez.
Muito pálida, olhos grandes e bonitos, repuxados para os cantos exteriores, em um feitio acentuado de folhas de
roseira; lábios descorados e cheios, mas graciosos. Nunca se despregava das lunetas, e a forte miopia dava-lhe
aos olhos uma expressão úmida de choro.”
(Aluísio Azevedo)
a) narração
b) descrição subjetiva
c) dissertação
d) descrição objetiva
Língua Portuguesa
c) colocar ou não uma conclusão que confirme a hipótese geral;
d) detalhar cenas, objetos, sentimentos, personagens, destacando suas características peculiares.
b) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda. Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho.
Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, pequenas surpresas entre os cipós.
Todo o jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual
estava rodeada?
Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais.”
(Clarisse Lispector, Laços de Família)
c) “Sempre fomos explorados. Somos oprimidos, mas não vencidos. Lutamos, pelo elementar direito de a classe
trabalhadora participar da vida política, social e econômica de sua pátria. Inútil tentar nos calar, nos deter, nos
abater. Somos multidão. Estamos nas cidades e nos campos. Renascemos em nossos filhos. Sabemos que, no
futuro, estará em nossas mãos a riqueza que agora produzimos.” (Panfleto de um Sindicato, maio de 1981)
d) “Na baixada, mato e campo eram concolores. No alto da colina, onde a luz andava à roda, debaixo do angelim
verde, de vagens verdes, um boi branco, de cauda branca. E, ao longe, nas prateleiras dos morros cavalgam-se
três qualidades de azul.” (Guimarães Rosa, Sagarana)
a) descrição subjetiva
b) descrição objetiva
RESPOSTAS
Língua Portuguesa
1-A 2-B 3- D 4- C 5- B 6- D 7- C 8- A
COERÊNCIA E COESÃO
COERÊNCIA TEXTUAL
A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado
da não contradição entre as partes do texto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto
abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e intertextu-
alidade.
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido, é entendido como um
princípio de interpretabilidade. Exemplo:
“No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia,
pois o frio era tanto que chegou a nevar”.
As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, portanto, são incoerentes.
COESÃO TEXTUAL
Ao lado da coerência, a coesão é outro requisito para que o texto seja claro e eficiente. A seguir, veja
alguns recursos que permitem que o texto seja coeso:
Existem inumeráveis modos de organizar a sequência do texto. Muitas maneiras diferentes de fazer a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vamos sugerir um modelo que nos parece altamente funcional:
• Na conclusão, apresentamos uma síntese reafirmadora das ideias (reapresentação, com outras pala-
vras, do ponto de vista e/ou do argumento principal).
Num texto coerente, os fatos e conceitos devem estar relacionados. Essa relação deve ser suficiente
para justificar sua inclusão num mesmo texto.
Para avaliar o grau de relação dos elementos que vão construir seu texto, é importante organizá-los es-
quematicamente antes de escrever. Feito o esquema, deve-se verificar se a aproximação de ideias que se quer
fazer é realmente eficaz.
• Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a inter-relação
entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções
adverbiais. Exemplos:
Língua Portuguesa
- inicialmente (começo, introdução)
- além disso (continuação)
- enfim (conclusão)
- logo após (tempo)
- enquanto isso (tempo)
- igualmente (semelhança, conformidade)
- segundo (semelhança, conformidade)
- por isso (causa e consequência)
- por exemplo (exemplificação, esclarecimento)
- isto é (exemplificação, esclarecimento)
• Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
• Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou
trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do
texto. Ex: São Paulo pode ser substituído por “a terra da garoa”; Castro Alves pode ser substituído por “o Poeta
dos Escravos”.
3. Repetição na ligação semântica dos termos, empregada como recurso estilístico de intenção articulatória,
e não uma redundância - resultado da pobreza de vocabulário. Por exemplo, “Grande no pensamento, grande
na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.” (Rocha Lima)
4. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base na maior especificidade do significado de um deles.
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais genérico).
5. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais espe-
cífico. Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com gato.
6. Substitutos universais, como os verbos vicários (ex.: Necessito viajar, porém só o farei no ano vindouro) A
coesão apoiada na gramática dá-se no uso de conectivos, como certos pronomes, certos advérbios e expres-
sões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros.
EXERCÍCIOS
1 - O uso de elementos de ligação inadequados nas sentenças abaixo provoca um efeito de incoerência.
Assinale a alternativa que faça as alterações necessárias para garantir o estabelecimento correto das relações de
sentido.
Língua Portuguesa
2 - Numere os períodos na ordem em que formem um texto coeso e coerente, e marque o item correspondente.
( ) Essa invenção permitiu o sofisticado gosto dos reis franceses de colecionar livros, e a mesma revolução que
os degolou foi responsável por abrir suas coleções ao povo.
( ) Há cerca de 2.300 anos, os homens encontraram uma maneira peculiar de guardar o conhecimento escrito
juntando-o num mesmo espaço. A biblioteca foi uma entre outras das brilhantes ideias dos gregos, que perma-
necem até hoje.
( ) Apesar da resistência da Igreja, a informação começou a girar mais rápido com a invenção da imprensa de
Gutemberg.
( ) Assim, as bibliotecas passaram a ser “serviço de todos”, como está escrito nos anais da maior biblioteca do
mundo, a do Congresso, em Washington, que tem 85 milhões de documentos em 400 idiomas diferentes.
( ) Depois deles, a Idade Média trancou nos mosteiros os escritos da antiguidade clássica e os monges copistas
passavam o tempo produzindo obras de arte.
a) 1, 3, 5, 2, 4.
b) 3, 2, 4, 5, 1.
c) 2, 3, 5, 4, 1.
d) 4, 1, 3, 5, 2.
a) Cada época tem os adolescentes que merece, pois estes são influenciados pelos valores socialmente
dominantes.
b) Os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, por conseguinte alguns ainda resistem ao pragmatis-
mo moderno.
c) Nos tempos modernos, sonhar faz muita falta ao adolescente, bem como alimentar a confiança em sua
própria capacidade criativa.
d) A menos que se mudem alguns paradigmas culturais, as gerações seguintes serão tão conformistas
quanto a atual.
e) Há quem fique desanimado com os jovens de hoje, porquanto parece faltar-lhes a capacidade de sonhar
mais alto.
4 - Assinale a frase correta quanto às normas gramaticais do português padrão, à coesão textual e à coerência.
a) Em Florianópolis, os salários são, em média, 50% menores do que os de Brasília, mas, apesar do custo
de vida ser menor.
b) O Chico Oliveira foi o único namorado que tive; eu conheci ele através da internet e logo fiquei locamen-
te apaixonada.
c) “O Estatuto da Cidade avançou com relação à CF, ao prever a obrigatoriedade do Plano Diretor não-só
Língua Portuguesa
para cidades com mais de vinte mil habitantes (art. 182, parágrafo 2º), como também em outras hipóteses [...]”
d) O MPE encaminhou um oficio à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano
solicitando informações sobre estágio que está o projeto e a execução do projeto, se foram feitos EIA/RIMA, EIV e
GDU da obra e se esta possui Licença Ambiental de Operação e se foi realizada audiência pública para esclarecer
à população sobre a obra.
e) A taxa de desemprego subiu para 9,4% em maio, a maior desde 1983, mas a perda de postos de trabalho
ficou em 345 mil, bem inferior ao esperado, de 520 mil vagas
RESPOSTAS
1- A 2-D 3-B 4-E
ORTOGRAFIA
Ortografia (palavra formada por dois elementos gregos: “orthós”, correta, e “grafia”, escrita) é a parte da gra-
mática que se preocupa com o emprego correto de letras e palavras na língua escrita.
Você já deve ter notado que os erros ortográficos aparecem com frequência no nosso dia a dia, nos
mais diversos segmentos da sociedade: campanhas publicitárias, placas comerciais, propagandas políticas e até
mesmo em jornais e revistas. E por que isso acontece, se a língua que falamos é uma só? É simples. Infeliz-
mente, na língua portuguesa, como em outras línguas, não há a correspondência exata entre fonema (língua
oral) e letra (língua escrita). O ideal seria que cada som correspondesse a uma única letra e vice-versa.
Vício na fala
Nesse poema, Oswald de Andrade mostra a diferença entre língua falada e língua escrita e a dificulda-
de que pode haver entre elas.
Falar e escrever bem a língua portuguesa exige, de quem a estuda, muito cuidado com o uso das le-
tras e dos sons.
Para isso, devemos recorrer à ortografia e seguir suas orientações a fim de que possamos eliminar dú-
Língua Portuguesa
Este sistema, que se deve à iniciativa da Academia Brasileira de Letras, tem as seguintes características:
1ª) É simplificado. Reduziu, por exemplo, consoantes dobradas ou insonoras: ofício, em vez de officio, atento,
por attento, salmo, em vez de psalmo; aboliu os símbolos gregos: farmácia, em lugar de pharmacia, química,
em vez de chimica, teatro, rinoceronte, mártir, em vez de theatro, rhinoceronte, martyr, etc.
2ª) É científico, pois baseia-se na etimologia e segue rígido critério histórico. Por exemplo, rs (latim) ss (por-
tuguês): persicum pêssego (e não pêcego).
3ª) É sistemático no uso dos acentos gráficos. Por exemplo: herói, aquela lembrança dói, etc.
Segundo o acordo dos países que possuem o português como idioma oficial, no Brasil a partir de 2009 pas-
sou a valer as novas regras ortográficas.
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da Língua Portuguesa e aumentar o
prestígio social da língua no cenário internacional.
Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros: 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a
2012 – adaptação completa dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência em todo o terri-
tório nacional.
Ainda que o Brasil tenha adiado para 2016 o prazo para validação das regras da nova ortografia, o acordo
já é uma realidade legal e cultural em todos os países falantes de língua portuguesa - exceto em Angola, que
deve ratificá-lo em breve. A proposta, contudo, ainda divide opiniões entre os linguistas.
Cabe lembrar que esse “Novo Acordo Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve sua implementação.
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que uma língua não existe apenas em fun-
ção de sua ortografia.
Segundo Evanildo Bechara em seu livro Moderna Gramática Portuguesa: “desde logo uma distinção se
impõe: não se há de confundir fonema com letra. Fonema é uma realidade acústica, realidade que nosso ouvi-
do registra: enquanto letra é o sinal empregado para representar na escrita o sistema sonoro de uma língua.
Não há uma identidade perfeita, muitas vezes, entre os fonemas e a maneira de representá-los na escrita, o
que nos leva facilmente a perceber a impossibilidade de uma ortografia ideal. Temos sete vogais orais tônicas,
mas apenas cinco símbolos gráficos (letras).
Quando queremos distinguir um e tônico aberto de um e tônico fechado – pois são dois fonemas
distintos – geralmente utilizamos sinais subsidiários: o acento agudo (fé) ou o circunflexo (vê). Há letras que
se escrevem por várias razões, mas que não se pronunciam, e portanto não representam a vestimenta gráfica
do fonema; é o caso do h, em homem ou oh! Por outro lado, há fonemas que se ouvem e que não se acham
registrados na escrita; assim no final de cantavam, ouvimos um ditongo em –am cuja semivogal não vem assi-
nalada /amávãw/. A escrita, graças ao seu convencionalismo tradicional, nem sempre espelha a evolução foné-
tica.”
Língua Portuguesa
Quando você pronuncia, por exemplo, a palavra “casa”, cada som da fala é chamado de fonema. Te-
mos, portanto, quatro fonemas, /c/ /a/ /s/ /a/. As representações gráficas desses fonemas são chamadas letras
ou grafemas. Temos, portanto, quatro letras, c - a - s - a.
Conforme mencionamos, a relação entre os fonemas e as letras não é de correspondência exata e per-
manente, pode ocorrer de uma palavra apresentar números de letras e fonemas diferentes. Veja, por exemplo,
a palavra “guerra”, possui 6 letras e 4 fonemas (/gu/ /e/ /rr/ /a/); enquanto que “táxi” possui 4 letras e 5 fone-
mas (/t/ /á/ /k/ /s/ /i/).
Um mesmo fonema, também pode ser representado por diferentes letras. Veja alguns exemplos:
FONEMA / chê /
FONEMA / zê /
FONEMA / jê / antes de e ou i
Uma mesma letra pode ter sons diferentes, ou seja, representar diferentes fonemas.
LETRA S
LETRA X
ALFABETO
Agora nosso alfabeto passa a ser composto de 26 letras, admitindo de vez as letra K, W e Y que, normal-
mente, já eram usadas em nomes estrangeiros ou em símbolos de medidas. Exemplos: Karen, Wilson, Hygor,
Km, Kg, Watt.
Língua Portuguesa
São elas:
a (á), b (bê), c (cê), d (dê), e (é), f (efê), g (gê), h (agá), i (i), j ( jota), k (ká), l (ele), m (eme), n (ene), o (o), p (pê), q
(quê), r (erre), s (esse), t (tê), u (u), v (vê), w (dáblio), x (xis), y (ípsilon), z (zê).
Além dessas letras, empregamos o ç (cê cedilhado), que representa o fonema /s/ diante de a, o ou u
em determinadas
palavras. Empregamos também, os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), gu (guê-u),
qu (quê-u).
NOTAÇÕES LÉXICAS
Muitas vezes, as letras não são suficientes para representar os fonemas, há necessidade de recorrer a
sinais gráficos denominados notações léxicas. As principais notações léxicas são:
1) Acento agudo ( ‘ ) - indica o som aberto das vogais (é e ó) ou destaca a sílaba tônica da palavra.
Exemplos: máximo, médico, sílaba, vovó, açúcar.
2) Acento circunflexo ( ^ ) - indica o som fechado das vogais (ê e ô) ou destaca a sílaba tônica sobre as vogais
a, e, o. Exemplos: trânsito, você, robô.
3) Acento grave ( ` ) - indica a fusão de dois as (a + a) denominada crase. Exemplos:
Vou a a feira. → Vou à feira.
Assisti a aquele filme. → Assisti àquele filme.
6) Trema ( ̈ ) - sinal usado para indicar que o u dos grupos gu e qu devem ser pronunciados, foi abolido em
palavras portuguesas ou aportuguesadas. Por exemplo, a palavra cinqüenta que era escrita com trema, pela
nova regra é cinquenta. O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados.
Exemplos: Müller – mülleriano / Hübner – hübneriano.
HÍFEN
USO DO HÍFEN
Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por vogal igual ou por h: anti-inflamatório, arqui-inimigo, micro-ondas, micro-ônibus, anti
-higiênico.
2) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente
Língua Portuguesa
Não se emprega o hífen: autoajuda, extraescolar, infraestrutura, semiaberto, ultraelevado.
4) Prefixos terminados em b
O hífen não deve ser usado nos outros casos: obstar, subescrever, subalterno.
5) Prefixo co (m)
O Novo Acordo Ortográfico determina que esse prefixo se separe por hífen apenas dos termos iniciados por
“h”; com os demais, une-se por justaposição. Consequentemente, passamos a escrever “coautor”, “coedição”,
“coprodução”, “copiloto”, “corréu”, “corresponsável”, “cogestor”, “cosseno” etc..
6) Prefixos terminados em r
O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter aparecem combina-
dos com elementos também iniciados por r ou pela letra h: super-resistente, hiper-realista, inter-racial, super
-homem, super-herói.
Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: internacional, hipersensível, supercílio.
7) Prefixo ad
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento é iniciado por d, h ou r: ad-digital, ad-renal, ad-ro-
gar.
Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: adjacente, adjunto, adjudicação.
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n: circum-ambiente, circum
-murado,
circum-navegação, pan-americano.
Nos outros casos, o hífen não deve ser empregado: circunvizinhança, circunferência, circunscrever.
9) Prefixo mal
Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa com vogal, l ou h: mal-estar, mal-limpo,
mal-humorado.
Nos outros casos, o hífen não deve ser empregado: malcriado, maldizer, malparado.
O hífen desaparece nas palavras citadas no Acordo Ortográfico e nas suas correlatas: benfazer, benfeito,
benquerer, benquerido.
Língua Portuguesa
Permanece a aglutinação com o segundo elemento, mesmo quando este começar por o ou e: reabas-
tecer, reescrever, recarregar, reorganizar.
O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação, manten-
do um acento próprio, bem como aquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro,
médico-cirurgião, guarda-chuva, segunda-feira, couve-flor, mal-me-quer, formiga-branca, etc.
• nos compostos com os prefixos ex-, vice-, soto-: ex-marido, vice-presidente, soto-pôr.
• nos compostos com os prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- quando o segundo elemento tem vida
própria na língua: pré-molar, pró-labore, pós-eleitoral.
• nos compostos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como -açu,
-guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronún-
cia exige a distinção gráfica entre ambos: jacaré-açu, amoré-guaçu, paraná-mirim.
• nos topônimos iniciados pelos adjetivos grão e grã ou por forma verbal ou por elementos que incluam artigo:
grão-de-bico, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos.
• nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-túmulo, aquém-oceano, recém-nascido,
sem-teto.
14) Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, ad-
verbiais, prepositivas ou conjuntivas): cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, à vontade, a
fim de que.
Com exceção de algumas locuções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-
meia, à queima-roupa, etc.
EXERCÍCIOS
a) Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo ele-
mento começa por vogal igual ou por h.
b) Não se emprega o hífen nos prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segundo elemento come-
çado por vogal diferente.
c) O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter aparecem combinados
com elementos também iniciados por r ou pela letra h.
d) Emprega-se o hífen com o prefixo re-.
a) micro-ondas
b) contra-regra
c) anti-inflamatório
d) circum-navegação
Língua Portuguesa
3) Assinale a alternativa em que se deve usar o hífen:
a) contrarregra
b) antirrugas
c) interrelação
d) autorretrato
RESPOSTAS
1-D 2-B 3-C
CLASSE DE PALAVRAS
• Substantivos - classe de palavras variáveis com que se designam e nomeiam os seres em geral.
• Verbos - classe de palavras de forma variável que exprimem o que se passa, isto é, um acontecimento
representado no tempo. Indicam ação, fato, estado ou fenômeno. Toda palavra que se pode conjugar.
• Adjetivos - classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O adjetivo é essencial-
mente um modificador do substantivo.
• Numerais - classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exata de pessoas ou coisas, ou
o lugar que elas ocupam numa série.
• Pronomes - classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também de substituir a
sua referência. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar determinando-lhe a ex-
tensão do significado.
• Preposições - classe de palavras invariáveis que ligam outras duas subordinando a segunda à primeira
palavra.
• Conjunções - classe de palavras invariáveis que ligam outras duas palavras ou duas orações.
• Interjeições - classe de palavras invariáveis usadas para substituir frases de significado emotivo ou sen-
timental.
EXERCICIOS
Língua Portuguesa
1 - A palavra sublinhada em “A pata do cachorro estava ferida” era mais funciona como:
a) substantivo;
b) adjetivo;
c) advérbio;
d) pronome;
e) verbo.
2 - No trecho - “e usei deles como me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia exprimir”, os vocá-
bulos sublinhados se classificam respectivamente como:
a) conjunção / advérbio;
b) conjunção / adjetivo;
c) advérbio / adjetivo;
d) preposição / advérbio;
e) preposição / adjetivo.
RESPOSTAS
1-A 2-A
Vocábulo é todo som significante formado por partes menores chamadas elementos mórficos (morfo = forma).
ELEMENTOS MÓRFICOS
• Radical: é o elemento básico da palavra que não sofre variações; ao radical são acrescidos outros elementos.
pedreiro
pedregulho
pedraria
empedrado
O elemento invariável das palavras acima é pedr-, pois pertencem à mesma família etimológica.
Língua Portuguesa
• Vogal temática: é a vogal que vem após o radical, para que o radical possa receber outros elementos.
amar → am – a – r
↓ ↓
radical vogal temática (1ª conjugação)
correr → corr – e – r
↓ ↓
radical vogal temática (2ª conjugação)
sorrir → sorr – i – r
↓ ↓
radical vogal temática (3ª conjugação)
• Afixos: são elementos que se unem ao radical para formar novas palavras. Podem ser:
• Vogais e consoantes de ligação: são elementos que se intercalam no vocábulo para facilitar a pronúncia.
Veja, agora, alguns dos principais radicais e prefixos de origem grega e latina encontrados no nosso
Língua Portuguesa
léxico.
RADICAIS GREGOS
Língua Portuguesa
demagogia, democrata
demo povo
dermatologia, dermite
dermato pele
etnografia, etnologia
etno raça
antropófago, hematófago
fago que come
filosofia, filantropo
filo amigo, amante
acrofobia, homofobia
fobia medo, aversão
fotofobia, fotografia
foto luz
gastrite, gastronomia
gastro estômago
cartografia, ortografia
grafia escrita
hemograma, hemorragia
hemo sangue
heterogêneo, heterossexual
hetero diferente
hidrofobia, hidrômetro
hidro água
homônimo, homossexual
homo igual
biologia, teologia
logia estudo
macrobiótico, macrocéfalo
macro grande
megalomania, megalópole
mega grande
cronômetro, hidrômetro
metro medida
micróbio, microfilme
micro pequeno
morfema, morfologia
morfo forma
necrologia, necrotério
necro morto
neofobia, neologismo
neo novo
odontologia, periodontia
odonto dente
oftalmologia, oftalmologista
oftalmo olho
ortografia, ortopedia
orto direito, correto
psicologia, psicopata
psico alma
filosofia, filósofo
sofia sabedoria
biblioteca, discoteca
teca coleção
tecnocrata, tecnologia
tecno arte, ciência
telefone, telegrama
tele longe
termologia, termômetro
termo calor
topografia, topologia
topo lugar
atrofia, hipertrofia
trofia desenvolvimento
urologia, urologista
uro aparelho urinário
xenofobia, xenomania
xeno estrangeiro
RADICAIS LATINOS
PREFIXOS GREGOS
PREFIXOS LATINOS
Língua Portuguesa
i-, im-, in- movimento para dentro imigrar, importar, ingerir
i-, im-, in- negação inerme, imperfeito, ilegal
inter-, entre- posição intermediária internacional, entreabrir
intra- dentro de intravenoso
intro- movimento para dentro introduzir, introvertido
justa- ao lado de justaposição, justalinear
mal-, male- mal malcriado, maledicente
o-, ob- oposição obstar, oponente
per- movimento através percorrer
post-, pos- posterioridade posterior, póstumo, pospor
pre- anterioridade prefacio, pré-colombiana
preter- além de preterir
pro- movimento para a frente projetar, prosseguir
SUFIXOS
Por exemplo: se adicionamos o sufixo -eiro (formador de substantivo) à palavra primitiva pedra, origi-
naremos a palavra derivada pedreiro.
É importante fazer uma distinção entre sufixo e desinência. Basicamente, se diferenciam pela função:
enquanto o primeiro dá origem a novos vocábulos, o segundo apenas flexiona o vocábulo já existente.
Embora algumas gramáticas afirmem que existe a flexão de grau nos nomes, os estudos modernos
não consideram a terminação que origina os chamados aumentativos e diminutivos uma desinência, mas um
sufixo.
Em outras palavras. Quando formamos a palavra meninão, estamos adicionando ao radical menin-
um sufixo e não uma desinência. Portanto, meninão é uma palavra derivada por sufixação da palavra menino.
Tipos de sufixo
sufixo nominal: aquele responsável pela formação de nome (substantivo ou adjetivo): pad-eiro, favel-ado.
sufixo adverbial: aquele responsável pela formação de advérbio; em português apenas o sufixo -mente: feliz-
mente
Exemplos de sufixos
Língua Portuguesa
Adverbiais: tranquilamente.
EXERCÍCIOS
a) vend = radical
b) vendê = tema
c) -sse = desinência de gênero
d) -mos = desinência de número e pessoa
a) extraordinário
b) esverdear
c) engessar
d) anoitecer
a) louvarei (louv)
b) terráqueo (terra)
c) corrida (corr)
d) menininha (menin)
a) garotinho (tinho)
b) campestre (pestre)
c) perfurar (urar)
d) jeitoso (oso)
Língua Portuguesa
6) Assinale a alternativa em que a palavra foi formada
por prefixo:
a) sobrevivência
b) arranjador
c) bondoso
d) felicidade
a) prefixo e prefixo
b) prefixo e sufixo
c) sufixo e sufixo
d) sufixo e prefixo
a) dizer
b) valha
c) chega
d) circulam
10) Aponte a alternativa em que há erro quanto à análise da forma verbal “partíssemos”.
a) part- = radical
b) -i- = vogal temática
c) parti- = tema
d) -sse- = desinência de pretérito imperfeito do indicativo
RESPOSTAS
1-C 2-D 3-A 4-B 5-D
6-A 7-D 8-B 9-B 10 - D
Para o falante ou o escritor ser capaz de selecionar as palavras adequadas para formar sua mensagem,
é preciso conhecer o significado das palavras. Sendo assim, é importante conhecer os fatos linguísticos.
Língua Portuguesa
SINÔNIMOS OU SINONÍMIA
Entre os sinônimos, há sempre um que se destaca por ser mais expressivo, assim, no dicionário, apa-
recem vários significados de cada palavra, cabe ao escritor achar a mais apropriada ao seu contexto.
ANTÔNIMOS OU ANTONÍMIA
feliz – infeliz
agradável – desagradável
bendizer – maldizer
HOMÔNIMOS OU HOMONÍMIA
Homonímia ou homônimos são palavras que possuem significados diferentes, mas são iguais no som
e/ou na escrita.
Preciso fazer um conserto na roupa.
(reparo)
Língua Portuguesa
acender - pôr fogo
ascender - subir
acento - sinal gráfico
assento - lugar de sentar-se
aço - metal
asso - (verbo) 1ª pessoa do indicativo
banco - assento
banco - estabelecimento
caçar - pegar animais
cassar - anular
cela - pequeno quarto
sela - arreio e (verbo) 3ª pessoa sing. do indicativo
censo - recenseamento
senso - juízo
cerrar - fechar
serrar - cortar
cessão - ato de ceder
seção, secção - divisão
sessão - reunião
cesto - balaio
sexto - numeral ordinal
cheque - ordem de pagamento
xeque - lance do jogo de xadrez
concerto - apresentação musical
conserto - (verbo) 1ª pessoa singular do indicativo
coser - costurar
cozer - cozinhar
espiar - espionar
expiar - sofrer castigo
estático - imóvel
extático - admirado
estrato - tipo de nuvem
extrato - resumo
incerto - não certo
inserto - incluído
intercessão - interceder
interseção - corte feito no meio do objeto
laço - nó
lasso - gasto, cansado, frouxo
manga - fruta da mangueira
manga - parte do vestuário
paço - palácio
passo - passada
ruço - desbotado
russo - da Rússia
são - saudável, com saúde
são - (verbo) 3ª pessoa plural do indicativo
são - forma reduzida de santo
sexta - redução de sexta-feira
cesta - recipiente
sesta - hora em que se descansa ou dorme após o al-
moço
taxar - estabelecer a taxa de
tachar - qualificar em mau sentido
PARÔNIMOS OU PARONÍMIA
Paronímia ou parônimos são palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas
Língua Portuguesa
no som e na escrita.
absolver - perdoar
absorver - sorver
aprender - instituir-se
apreender - assimilar
comprimento - extensão
cumprimento - saudação
delatar - denunciar
dilatar - alargar
descriminar - inocentar
discriminar - distinguir
destratar - insultar
distratar - desfazer
flagrante - evidente
fragrante - perfumado
Língua Portuguesa
incidente - episódio
acidente - desastre
precedente - antecedente
procedente - proveniente
ratificar - confirmar
retificar - corrigir
POLISSEMIA
Temos a polissemia quando uma palavra apresenta significado diferente que se explica dentro de um
contexto.
EXERCÍCIOS
1) Assinale o sinônimo da palavra destacada na seguinte frase: “Elogiou o deputado e todos os seus sequazes.”
Língua Portuguesa
a) inimigos
b) parentes
c) partidários
d) adversários
e) alunos
2) Assinale o antônimo da palavra destacada na seguinte frase, “O prolixo professor Pinheiro discursava sobre a
gramática normativa.”
a) sensual
b) lacônico
c) insolente
d) fatídico
e) trágicos
RESPOSTAS
1-C 2-B 3-D 4-E 5-D
DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO
Língua Portuguesa
DERIVAÇÃO
Pode ser:
• Regressiva: quando se reduz a palavra derivante, muito comum na criação de substantivos derivados de ver-
bos.
• Imprópria: quando há mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma seja alterada.
COMPOSIÇÃO
A composição consiste em formar novas palavras pela união de dois ou mais radicais.
ponta + pé = pontapé
pé + de + moleque = pé de moleque
cinema = cine
televisão = tevê
Língua Portuguesa
tique-taque
fonfom
reco-reco
• Hibridismo: é a formação feita por junção de elementos de línguas diferentes.
SUFIXOS
Os sufixos que se encontram na nossa língua são de várias origens e possuem diferentes funções.
Língua Portuguesa
dor: contar → contador
mento: receber → recebimento
a) florescer
b) amoral
c) bocarra
d) estudante
a) gostoso
b) fortemente
c) compor
d) bocarra
a) injustiçada
b) inspirada
c) esperada
d) sonhada
RESPOSTAS
1-B 2-D 3-B 4-C
5-A 6-C 7-B 8-A
Analisar sintaticamente os períodos simples, constituídos de apenas uma oração, significa, antes de tudo,
identificar os termos responsáveis pela estruturação interna das orações. Os termos das orações costumam ser
classificados em essenciais, integrantes e acessórios.
TERMOS DA ORAÇÃO
Língua Portuguesa
sujeito predicado
SUJEITO
Sujeito é o termo da oração a respeito do qual se declara alguma coisa. Essa declaração pode ser:
• de ação: Joãozinho chutou a bola.
• de estado: A igreja está enfeitada.
• de qualidade: A casa é bonita.
NÚCLEO DO SUJEITO
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
• Oculto: é aquele que não aparece escrito, mas podemos identificá-lo através das terminações verbais.
Trabalharei muito. (eu)
Trabalharemos muito. (nós)
• Indeterminado: é aquele em que o verbo aparece na 3ª pessoa do plural ou na 3ª pessoa do singular acom-
panhado do índice de indeterminação do sujeito se.
• Oração sem sujeito: é aquela que expressa um fato que não pode ser atribuído a nenhum ser. Ocorre com os
seguintes verbos:
a) verbo haver quando significa existir.
Há muitos fiéis na igreja.
PREDICADO
• Indireto: há preposição.
Eu gosto de você.
• Direto e Indireto: é aquele que necessita de complementos sem preposição e com preposição ao mesmo
tempo.
Entreguei a encomenda ao chefe.
• Predicado nominal: é aquele cujo núcleo é um nome (adjetivo, substantivo ou pronome) que indique a qua-
lidade ou estado do sujeito, ligado por um verbo de ligação. O núcleo do predicado nominal chama-se predi-
cativo do sujeito.
Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar, andar.
Samantha parece feliz.
EXERCÍCIOS
Língua Portuguesa
c) Na minha cidade, faz muito calor.
d) Falaram sobre impostos.
e) Comprei uma bolsa.
a) oculto b) indeterminado
c) oração sem sujeito d) simples
e) composto
o sujeito é respectivamente:
a) oculto - composto - indeterminado
b) simples - indeterminado - oração sem sujeito
c) indeterminado - oculto - oculto
d) indeterminado - composto - oculto
e) oração sem sujeito - composto - oculto
RESPOSTAS
1-C 2-B 3-C 4-E
5-D 6-C 7-A 8-E
Os termos integrantes da oração são aqueles que completam o sentido de outros termos da oração.
São eles:
• complemento verbal
• complemento nominal
• agente da passiva
COMPLEMENTOS VERBAIS
Objeto direto (OD): é aquele que integra o sentido do verbo transitivo direto sem o auxílio de uma preposição.
Célia ganhou lindas jóias.
↓ ↓
V.T.D. O.D.
José comprou um apartamento no Morumbi.
↓ ↓
V.T.D. O.D.
Núcleo do objeto
• substantivo:
Contamos uma nova história.
↓
O.D.
• pronome substantivo:
Vou pedir algo para o jantar.
↓
O.D.
Língua Portuguesa
• numeral:
Encontramos as cinco no parque.
↓
O.I.
• palavra substantivada:
Gostavam do azul do céu.
↓
O.I.
• oração:
Sonhei que você havia partido.
↓
O.D.
Há alguns casos em que o objeto direto aparece precedido de uma preposição apenas por razões esti-
lísticas.
COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) através de uma
preposição.
Obs.: Se o termo regido por uma preposição completa um verbo, é objeto indireto.
Se o termo regido por uma preposição completa um nome, é complemento nominal.
AGENTE DA PASSIVA
É o elemento que pratica a ação verbal quando a oração está na voz passiva. Em geral, o agente da voz
passiva apresenta as preposições: por, pelo, de.
EXERCÍCIOS
a) objeto direto
b) objeto direto preposicionado
c) objeto indireto
d) complemento nominal
e) verbo intransitivo
a) “ninguém”
b) “festa”
c) “conhecido”
d) não
e) n.d.a.
6) Em “E quer que ela evoque a eloquência da boca de sombra . . .”, o termo eloquência funciona como:
a) sujeito
b) objeto direto
c) objeto indireto
d) complemento nominal
e) n.d.a
7) Na oração “O timbre da vogal, o ritmo da frase dão alma à elocução”, o trecho grifado é:
a) adjunto adverbial
b) objeto indireto
c) objeto direto
d) sujeito
e) n.d.a
Febril, sintaticamente é:
Língua Portuguesa
a) objeto direto
b) complemento nominal
c) predicativo do objeto direto
d) predicativo do sujeito
e) adjunto adverbial
RESPOSTAS
1-C 2-B 3-A 4-D
5-B 6-B 7-B 8-C
9-A 10 - E 11 - C
Os termos acessórios da oração são aqueles que acrescentam novas informações a outros termos da
oração, especificando um nome ou indicando uma circunstância ao verbo. São eles:
• adjunto adnominal
• adjunto adverbial
• aposto
ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo que vem junto (adjunto) do nome (adnominal). Para achar o adjunto adnominal determina-
se primeiramente o núcleo (a palavra principal) de um conjunto de palavras. A palavra ou palavras que acom-
panharem o núcleo serão o adjunto ou adjuntos adnominais. Exemplo:
O meu amigo
ADJUNTO ADVERBIAL
Exemplos:
APOSTO
É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração.
Exemplos:
Língua Portuguesa
VOCATIVO
Vocativo é um termo à parte. Não pertence à estrutura da oração, por isso, não se anexa nem ao sujei-
to nem ao predicado.
Exs.: Não faça isso, menina.
João, dê-me seu livro.
Saia daí, Lulu.
Deus, vinde em meu auxílio.
EXERCÍCIOS
O vocábulo destacado é:
a) sujeito
b) objeto direto
c) aposto
d) adjunto adnominal
e) vocativo
2) Amélia assumirá a presidência da empresa por uma semana. Foi indicada por um conselho administrativo.
4) “Um dia, todos os meus bens ficarão com Osvaldo, meu primogênito.” O termo destacado é:
a) vocativo d) aposto
b) adjunto adnominal e) objeto direto
c) sujeito
RESPOSTAS
1-E 2-C 3-C 4-D
A ESTRUTURAÇÃO DO PERÍODO
Língua Portuguesa
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um
período.
Estrutura de um Período
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas
e quando estamos viajando.
Termos da Oração
No período “Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando”, existem seis palavras. Cada uma delas
exerce uma determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo
da oração. Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração.
1) Essenciais
Também conhecidos como termos “fundamentais”, são representados pelo sujeito e predicado nas orações.
2) Integrantes
3) Acessórios
- adjunto adnominal;
- adjunto adverbial;
- aposto.
Obs.:O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração.
A ordem normal das orações que formam o período composto é que a oração subordinada venha após
a principal, já que aquela funciona como um termo desta. Nas frases em que não há dependência sintática
entre as orações, ou seja, nos períodos formados por orações coordenadas, o que vai determinar a ordem da
frase são as relações lógicas e/ou cronológicas que há entre os elementos dessas frases.
O período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, isto é, orações indepen-
Língua Portuguesa
dentes. Há dois tipos:
É aquela que não vem introduzida por conjunções, mas geralmente, por vírgula.
Principais conjunções: ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, já ... já, seja ... seja.
Observações:
Língua Portuguesa
Observação:
As orações intercaladas vêm sempre entre vírgulas ou travessões e aparecem frequentemente com os
verbos:
continuar, dizer, exclamar, comentar, etc.
O período composto por subordinação é aquele formado por uma oração principal e uma ou mais ora-
ções subordinadas. Classificam-se em substantivas, adjetivas e adverbiais, de acordo com a função sintática
que exercem em relação à oração principal.
Começam por uma conjunção integrante. Têm o valor e função de um substantivo, por isso, podem ser
classificadas como:
a) Subjetivas
b) Objetivas Diretas
Língua Portuguesa
Ele julga / que o rapaz é inocente.
(oração principal) (oração subordinada substantiva
objetiva direta)
c) Objetivas Indiretas
e) Completivas Nominais
Têm a função de complemento nominal de um substantivo ou adjetivo da oração principal.
f) Apositivas
Servem de aposto:
A oração subordinada adjetiva é aquela que tem valor adjetivo de um termo que aparece na oração
principal. São introduzidas pelos pronomes relativos que e suas flexões (o qual, a qual, os quais, as quais),
quem, onde e cujo.
• restritivas: são aquelas que limitam o significado de um termo da oração principal; são indispensáveis ao
sentido do período e normalmente não aparecem entre vírgulas.
• explicativas: são aquelas que acrescentam uma informação acessória a um termo da oração principal; são
dispensáveis ao sentido do período e sempre vêm separadas por vírgula.
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que desempenham a função de advérbio do verbo
expresso na oração principal.
Principais conectivos: porque, já que, visto que, pois que e como (em orações que antecedem a oração
principal).
Língua Portuguesa
Lia era tão bonita / que ganhou o concurso.
oração principal oração subordinada adverbial consecutiva
Principais conectivos: se, contanto que, sem que (= se não), caso, desde que.
Principais conectivos: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que.
adverbial comparativa
Observação: É comum o verbo da oração subordinada comparativa estar subentendido. Nós corríamos como
os atletas.
Principais conectivos: quando, enquanto, logo que, depois que, antes que, desde que.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Oração reduzida é aquela que não vem precedida de conectivo e traz o verbo em uma de suas formas
nominais: gerúndio, particípio e infinitivo.
REDUZIDAS DE GERÚNDIO
Língua Portuguesa
Podem ser reduzidas de gerúndio:
• orações adverbiais
• orações adjetivas
• orações coordenadas
REDUZIDAS DE INFINITIVO
Podem ser reduzidas de infinitivo:
• orações substantivas
• orações adverbiais
• orações adjetivas
REDUZIDAS DE PARTICÍPIO
• orações adverbiais
EXERCÍCIOS
1) No período “Ande depressa que já está escurecendo” a oração em destaque é oração coordenada sindética:
a) conclusiva
b) explicativa
c) aditiva
d) alternativa
e) adversativa
Língua Portuguesa
a) O amigo a quem pedi o favor mora do outro lado da cidade.
b) O rapaz cuja a mãe chegou é meu primo.
c) O aluno lia sobre Jânio Quadros, que foi o Presidente do Brasil.
d) A pessoa que se esforça vence na vida.
e) Os alunos que foram reprovados farão uma reunião com a diretora.
4) A classificação da oração subordinada adverbial destacada está correta em todas as opções, exceto em:
RESPOSTAS
1-B 2-C 3-C 4-A 5-E
• As palavras podem ser de dois tipos quanto à sua flexão: variáveis ou invariáveis.
PALAVRAS VARIÁVEIS
PALAVRAS INVARIÁVEIS
CLASSE DE PALAVRAS
• Substantivos - classe de palavras variáveis com que se designam e nomeiam os seres em geral.
• Verbos - classe de palavras de forma variável que exprimem o que se passa, isto é, um acontecimento
representado no tempo. Indicam ação, fato, estado ou fenômeno. Toda palavra que se pode conjugar.
• Adjetivos - classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O adjetivo é essencial-
mente um modificador do substantivo.
• Numerais - classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exata de pessoas ou coisas, ou
o lugar que elas ocupam numa série.
• Pronomes - classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também de substituir a
sua referência. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar determinando-lhe a ex-
tensão do significado.
• Preposições - classe de palavras invariáveis que ligam outras duas subordinando a segunda à primeira
palavra.
• Conjunções - classe de palavras invariáveis que ligam outras duas palavras ou duas orações.
• Interjeições - classe de palavras invariáveis usadas para substituir frases de significado emotivo ou sen-
timental.
SUBSTANTIVO
Substantivo é a palavra que dá nome às pessoas, animais, lugares, coisas ou seres em geral. Divide-se em:
1) Comum: é o substantivo que dá nome a todos os seres da mesma espécie: aluno, animal, vegetal, homem.
2) Próprio: é o substantivo que dá nome a um ser da mesma espécie: Júlia, Brasil, Copacabana, Tatuapé.
3) Concreto: é o substantivo que designa seres de existência real ou que a imaginação representa: mulher, pe-
dra, Deus, fada, lobisomem.
4) Abstrato: é o substantivo que designa qualidade ou sentimento, ação e estado dos seres, dos quais se po-
dem abstrair (separar) e sem os quais não poderiam existir: beleza, coragem, brancura (qualidades), viagem,
estudo, doação, esforço, fuga (ações), amor, saudade, alegria, dor, fome (sentimentos, sensações), vida, morte,
cegueira, doença (estados).
5) Simples: é o substantivo formado por um só elemento (radical): discos, flor, vitrola, couve.
Língua Portuguesa
7) Primitivo: é o substantivo que foi criado antes de outros no uso corrente da língua: livro, pedra, dente, flor.
8) Derivado: é o substantivo que foi criado depois de outro no uso corrente da língua: livreiro, pedreiro, dentista, florista.
9) Coletivo: é o substantivo que representa um conjunto de seres da mesma espécie: álbum, esquadrilha.
Grupos de pessoas
alcateia: de lobos
bando: de aves
boiada: de bois
cacho: de uvas, bananas
cáfila: de camelos
cardume: de peixes
colmeia: de abelhas
colônia: de bactérias, formigas, cupins
enxame: de abelhas, insetos
fato: de cabras
fauna: de animais próprios de uma região
feixe: de lenha, capim
flora: de vegetais próprios de uma região
junta: de bois
manada: de animais de grande porte
matilha: de cães
ninhada: de filhotes de animais
nuvem: de insetos (gafanhotos, mosquitos, etc)
rebanho: de gado
récua: animais de carga
réstia: de alho ou cebola
revoada: de pássaros
tropilha: de cavalos
vara: de porcos
Outros grupos
Língua Portuguesa
GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar o sexo real ou fictício dos seres.
FORMAÇÃO DO FEMININO
De modo geral, forma-se o feminino substituindo-se a desinência “o” pela desinência “a”: menino,
menina; gato, gata.
Masculino Feminino
o apêndice a aguardente
o bólido a alface
o champanha a apendicite
o clã a aluvião
o dó a bólide
o eclipse a cal
o eczema a cataplasma
o estratagema a cólera
o formicida a comichão
o gengibre a derme
o guaraná a dinamite
o lança-perfume a elipse
o magma a entorse
o milhar a gênese
o proclama a libido
o saca-rolhas a matinê
o sósia a omelete
o teorema a omoplata
o trema a sentinela
Língua Portuguesa
o ágape ou a ágape
o caudal ou a caudal
o diabete(s) ou a diabete(s)
o laringe ou a laringe
o personagem ou a personagem
o usucapião ou a usucapião
Há substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se achem emprega-
dos.
Masculino Feminino
o águia: pessoa de grande inteligência ou sutileza. a águia: ave de rapina
o cabeça: chefe, líder a cabeça: parte do corpo
o capital: dinheiro a capital: cidade principal
o caixa: pessoa que trabalha em tal seção. a caixa: objeto
o cisma: separação a cisma: ideia fixa, desconfiança
o cura: padre a cura: restabelecimento
o estepe: pneu reserva a estepe: planície de vegetação herbácea.
o grama: unidade de massa a grama: relva
o guarda: vigilante a guarda: vigilância
o guia: pessoa que orienta a guia: documento
o lente: professor a lente: o disco de vidro
o lotação: veículo a lotação: capacidade
o moral: ânimo a moral:ética
o rádio: aparelho a rádio: estação
SUBSTANTIVOS UNIFORMES
São aqueles que apresentam uma única forma para o masculino e feminino.
1) Epicenos: designam o sexo de certos animais com o auxílio dos adjetivos macho e fêmea: o jacaré (macho
ou fêmea); o tigre (macho ou fêmea); a pulga (macho ou fêmea).
2) Sobrecomuns: designam pessoas com uma forma única para o masculino e feminino:
o cadáver (homem ou mulher); a vítima (homem ou mulher); o cônjuge (homem ou mulher); a criança (menino
ou menina).
3) Comuns de dois gêneros: sob uma só forma designam os indivíduos dos dois sexos, sendo auxiliados pelo
artigo, adjetivo ou pronome:
Língua Portuguesa
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um grupo de seres: ave,
bando; e o plural, que indica mais de um ser ou um grupo de seres: aves, bandos.
1ª) Pelo acréscimo no plural de “s”, o que se dá se o substantivo terminar em vogal ou ditongo oral: asa, asas;
táxi, táxis; tubo, tubos; baú, baús; véu, véus.
2ª) Pelo acréscimo de “es” ao singular nos terminados em “r” ou “z”: colher, colheres; dólar, dólares; amor,
amores; cruz, cruzes; giz, gizes.
3ª) Os substantivos terminados em “al”, “el”, “ol”, “ul” pluralizam-se trocando o “l” final por “is”: jornal, jor-
nais; anel, anéis; anzol, anzóis; azul , azuis; álcool,alcoóis.
5ª) Os terminados em “m” trocam esta letra por “ns”: nuvem, nuvens; fim, fins.
6ª) Os terminados em “s” monossílabos ou oxítonos formam o plural acrescentando-se “es”: inglês, ingleses;
lilás, lilases; gás, gases.
7ª) Os terminados em “s” paroxítonos ou proparoxítonos são invariáveis: o lápis, os lápis; o atlas, os atlas; o
ônibus, os ônibus.
a) uns formam o plural com o acréscimo de “s”: mão, mãos; bênção, bênçãos; órgão, órgãos; irmão, irmãos.
b) outros, mais numerosos, mudam “ão” em “ões”: limão, limões; portão, portões; balão, balões; melão, melões.
c) outros, enfim, trocam “ão” por “ães”: pão, pães; cão, cães; aldeão, aldeães; sacristão, sacristães.
– quando o segundo elemento indica finalidade ou semelhança do primeiro: sofá-cama, sofás-cama; peixe
-boi, peixes-boi.
OBSERVAÇÕES:
a) A palavra “guarda” pode ser substantivo ou verbo: quando é verbo (verbo guardar), fica invariável; quando é
substantivo (o homem que guarda), vai para o plural.
verbo substantivo
os guarda – chuvas
os guarda – comidas
os guarda – sóis
substantivo adjetivo
os guardas – florestais
os guardas – civis
os guardas – noturnos
– a palavra “grão” vai para o plural quando indica grânulo, a unidade: grãos de bico.
– O plural dos terminados em “zinho” ou em “zito” se faz flexionando-se o substantivo primitivo, retirando-se
o “s” final e acrescentando-se “zinhos” ou “zitos”.
Grau dos substantivos é a propriedade que essas palavras têm de exprimir as variações de tamanho
dos seres.
Língua Portuguesa
1) Aumentativo: forma-se com os sufixos aço, alha, arra, ázio, ona, ão, az, etc.: garrafão, papelão, cartaz (car-
ta), ladravaz (ladrão), lobaz (lobo), ricaço, balaço, barcaça, mulheraça, vidraça, dramalhão (drama), vagalhão
(vaga), balázio (bala), copázio (copo), pratázio (prato), beiçorra (beiço), cabeçorra (cabeça), manzorra (mão), vo-
zeirão (voz), homenzarrão, canzarrão, bocarra (boca), naviarra (navio).
2) Diminutivo: forma-se com os sufixos acho, ebre, eco, ico, inho, ito, ejo, etc.: mosquito, cabrito, senhorita,
fogacho (fogo), riacho, populacho, penacho (pena), animálculo (animal), febríola (febre), gotícula (gota), versícu-
lo (verso), montículo (monte), partícula (parte), radícula (raiz), glóbulo (globo), célula (cela), animalejo, lugarejo,
vilarejo, ilhota, fortim (forte), espadim (espada), camarim (câmara), casebre (casa).
Observação: O diminutivo pode exprimir carinho ou desprezo. (carinho: filhinho, mãezinha. desprezo: padreco,
jornaleco, lugarejo)
1º) Aumentativo sintético: forma-se com sufixos especiais: copázio (copo), barcaça (barca), muralha (muro).
2º) Aumentativo analítico: forma-se com o auxílio do adjetivo grande, e de outros do mesmo sentido: letra
grande, pedra enorme, estátua colossal.
O grau diminutivo exprime um ser com seu tamanho normal diminuído. Pode ser formado sintética
ou analiticamente.
1º) Diminutivo sintético: forma-se com sufixos especiais: casebre (casa), livreco (livro), saleta (sala).
2º) Diminutivo analítico: forma-se com o adjetivo pequeno, ou outros equivalentes: chave pequena, casa pe-
quenina, semente minúscula.
EXERCÍCIOS
1) Assinale a alternativa que apresenta os substantivos classificados como comuns de dois gêneros.
2) Assinale a alternativa em que as formas do plural de todos os substantivos se apresentam de maneira corre-
ta:
4) O plural dos nomes compostos está correto em todas as alternativas, exceto em:
5) Assinale a alternativa em que o substantivo composto não esteja corretamente flexionado no plural.
RESPOSTAS
1-A 2-C 3-C 4-D 5-C
ADJETIVO
São palavras que indicam qualidade, propriedade ou estado do ser.
Exemplo: Meu caderno novo já está sujo.
“O adjetivo pertence a um inventário aberto, sempre suscetível de ser aumentado. A estrutura interna ou
constitucional do adjetivo consiste nas línguas flexíveis, na combinação de um signo lexical expresso pelo radical
com signos morfológicos expressos por desinências e alternâncias, ambas destituídas de existência própria fora
dessas combinações. No português, entre as desinências está a marca da gradação, isto é, o grau absoluto ou
relativo da parte, ou aspecto (“qualidade”) significada no radical. (belo-belíssimo), bem como afixos de gênero e
de número. A relação gramatical instaurada entre o signo delimitador e o signo delimitado é geralmente expres-
sa pela ‘concordância’.” Evanildo Bechara
O adjetivo pode ser expresso através de duas palavras: é o que se chama de locução adjetiva.
Língua Portuguesa
de anjo angelical
de bexiga cístico, vesical
de cabeça cefálico
de calor térmico
de cônjuge conjugal
de corpo corporal, corpóreo
de costas dorsal
de ensino didático
de estômago estomacal, gástrico
de febre febril
de filho filial
de gelo glacial
de homem humano
de irmão fraternal, fraterno
de lago lacustre
de leite lácteo, láctico
de mãe materno, maternal
de pele cutâneo
de sangue hemático, sanguíneo
de tórax torácico
de voz vocal
ADJETIVOS PÁTRIOS
Brasil - brasileiro
Acre - acriano
Alagoas - alagoano
Amazonas - amazonense
Bahia - baiano
Espírito Santo - espírito-santense
Rio Grande do Norte - norte-rio-grandense
João Pessoa - pessoense
Salvador - soteropolitano ou salvadorense
Belo Horizonte - belorizontino
Niterói - niteroiense
São Paulo (capital) – paulistano
São Paulo (estado) – paulista
Rio de Janeiro (capital) – carioca
Rio de Janeiro (estado) – fluminense
FORMAÇÃO DO ADJETIVO
FLEXÃO DO ADJETIVO
GÊNERO DO ADJETIVO
1) Uniformes: aqueles que têm uma só forma para os dois gêneros: mesa azul, olho azul.
Língua Portuguesa
2) Biformes: apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino: mau – má, esperto – es-
perta, ativo – ativa, ateu – ateia.
NÚMERO DO ADJETIVO
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão numérica dos substantivos: igual - iguais,
azul - azuis, feroz - ferozes.
1º) Os componentes sendo adjetivos, somente o último toma a flexão do plural: tecido verde-claro, tecidos ver-
de-claros; cabelo castanho-escuro, cabelos castanho-escuros.
2º) Os componentes sendo palavra invariável + adjetivo, somente este último se flexionará: menino mal-edu-
cado, meninos mal-educados.
3º) Os compostos de adjetivo + substantivo são invariáveis: farda verde-oliva, fardas verde-oliva; terno amare-
lo-canário, ternos amarelo-canário.
GRAU DO ADJETIVO
O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades dos seres. São dois os graus do adjetivo: o
comparativo e o superlativo.
1º) De Igualdade:
A casa é tão antiga quanto o homem.
2º) De Superioridade:
A casa é mais antiga do que o homem.
3º) De Inferioridade:
A casa é menos antiga do que o homem.
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim.
São elas: bom - melhor, mau - pior, grande - maior, pequeno - menor.
1º) Absoluto:
a) Analítico:
A menina é muito bela.
b) Sintético:
A menina é belíssima.
2º) Relativo:
a) De Superioridade:
– Analítico:
João é o mais alto de todos.
Língua Portuguesa
– Sintético:
Este monte é o maior de todos.
b) De Inferioridade:
João é o menos rápido de todos.
O grau superlativo exprime uma qualidade no mais alto grau de intensidade possível. Pode ser relativo
ou absoluto.
O superlativo relativo indica que entre os seres que possuem determinada qualidade, há um que a
possui num grau inexcedível.
O superlativo absoluto isola o ser qualificado no seu mais alto e intenso grau possível, podendo assu-
mir a forma sintética ou analítica.
O superlativo absoluto sintético dá-se por meio dos seguintes sufixos: íssimo, imo e rimo.
O superlativo absoluto analítico dá-se por meio de advérbios de intensidade que precedem o adjetivo.
acre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . acérrimo
agudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . acutíssimo
amargo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . amaríssimo
amigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . amicíssimo
áspero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . aspérrimo
célebre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . celebérrimo
comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . comuníssimo
cristão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cristianíssimo
cruel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . crudelíssimo
difícil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dificílimo
doce . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .dulcíssimo
dócil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . docílimo
fácil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . facílimo
feio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . feíssimo
feliz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . felicíssimo
feroz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .ferocíssimo
fiel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . fidelíssimo
frágil. . . . . . . . . . . . . . .. .fragílimo, fragilíssimo
frio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . frigidíssimo
grande . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . máximo
humilde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . humílimo
incrível . . . . . . . . . . . . . . . . . . incredibilíssimo
inimigo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .inimicíssimo
legal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .legalíssimo
livre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . libérrimo
magro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . macérrimo
mal. . . . . . . . . . . . . . . . . .malíssimo, péssimo
negro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nigérrimo
nobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . nobilíssimo
pequeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mínimo
pobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . paupérrimo
provável . . . . . . . . . . . . . . . . . probabilíssimo
sábio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sapientíssimo
sagrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . sacratíssimo
simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . simplicíssimo
terrível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . terribilíssimo
Língua Portuguesa
veloz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .velocíssimo
EXERCÍCIOS
1) Analise o grau do adjetivo grifado nas frases que seguem, de acordo com o seguinte código:
1 - comparativo de igualdade
2 - comparativo de superioridade
3 - comparativo de inferioridade
4 - superlativo absoluto
5 - superlativo relativo
a) azul-claro
b) verde-alface
c) amarelo-laranja
d) castanho-avelã
e) verde-garrafa
a) livre: libérrimo
b) magro: macérrimo
c) doce: docílimo
d) triste: tristíssimo
e) fácil: facílimo
5) Assinale a única alternativa em que se encontram as formas corretas do superlativo erudito dos adjetivos
soberbo, malévolo e magro.
a) se I e II forem verdadeiras.
b) se I e III forem verdadeiras.
Língua Portuguesa
c) se II e III forem verdadeiras.
d) se todas forem falsas.
a) chuvas de verão
b) voz de prata
c) hábitos contra a moral
d) questão sem dúvida
e) plantas do lago
f) regime de chuva
g) astúcia de raposa
h) congresso de bispos
i) cor de chumbo
a) de cabeça
b) de estômago
c) de açúcar
d) de bexiga
a) interior - hipócrita
b) cru - europeu
c) são - audaz
d) paulista - mau
10) Assinale a alternativa incorreta quanto à formação do plural dos adjetivos compostos:
a) moças surdas-mudas
b) saias azuis-celestes
c) ternos verde-oliva
d) tecidos furta-cor
RESPOSTAS
1 – a) 4; b) 5; c) 4; d) 2; e) 1; f) 3
2-E 3-A 4-C 5-C 6-A
8-D 9-C 10 - B 11 - A
ARTIGO
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los; indica-se ao mesmo
tempo gênero e número.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral: Viajei com um médico.
FLEXÃO DO ARTIGO
preposições
artigo
definido a de em por(per)
o ao do no pelo
a à da na pela
os aos dos nos pelos
as às das nas pelas
artigo preposições
indefinido em de
um num dum
uma numa duma
uns nuns duns
umas numas dumas
Particularidades
Língua Portuguesa
• O artigo distingue os homônimos e define o seu significado:
EMPREGO DO ARTIGO
Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados por adjetivos ou
locuções adjetivas.
Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade, conforme venham ou não precedidos de artigo.
No plural, usa-se “todos os”, “todas as”, exceto antes de numeral não seguido de substantivo.
Exemplos:
Todas as cidades vieram.
Todos os cinco clubes disputarão o título.
Todos cinco são concorrentes.
7ª) Em um / num.
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições: de + o = do, de + a = da, etc.
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou separadas (de um, em um).
Exemplos: Estava em uma cidade grande. ou Estava numa cidade grande.
Exemplos:
Estava em uma cidade grande.
ou
Estava numa cidade grande.
EXERCÍCIOS
1) Coloque o artigo nos espaços vazios conforme o termo subsequente o aceite ou não. Quando necessário,
faça a contração de preposição com o artigo.
2) Nas frases que seguem, há um artigo (definido ou indefinido) grifado. Indique o seu valor, de acordo com o
código que segue.
Língua Portuguesa
a) Nem todas as opiniões são valiosas.
b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
c) Leu todos os dez romances do escritor.
d) Andou por todo Portugal.
e) Todas cinco, menos uma, estão corretas.
RESPOSTAS
2) a) 5; b) 4; c) 3; d) 1; e) 2; f) 6
3) A 4) B
NUMERAL
CLASSIFICAÇÃO DO NUMERAL
a) cardinal: indica quantidade exata de seres: um, dois, três, quatro, cinco . . .
b) ordinal: indica a ordem dos seres numa determinada série: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto ...
c) multiplicativo: indica uma quantidade multiplicada do mesmo ser: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo ...
d) fracionário: indica em quantas partes a quantidade foi dividida: meio, terço, quarto, quinto. . .
1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras, usam-se os ordinais para a série
de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo.
3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em
diante o cardinal.
4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de numerais coletivos.
5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da seguinte forma:
Língua Portuguesa
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o
milhar e a centena).
c) Se houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e entre cada um dos grupos.
Exemplo: 5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cinqüenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e
trinta.
Alguns numerais admitem formas variantes como catorze / quatorze, bilhão / bilião.
EXERCÍCIOS
a) 37 b) 360 c) 370
a) 95 b) 950 c) 9050
7) Assinale os itens em que a correspondência cardinal / ordinal está incorreta; em seguida, faça a devida correção.
a) 907 = nongentésimo sétimo
b) 650 = seiscentésimo quingentésimo
Língua Portuguesa
RESPOSTAS
1-C 2-B 3-B 4-C 5-D 6-C
7 – b) seiscentésimo quinquagésimo
c) octogentésimo quarto
d) trecentésimo vigésimo primeiro
8-C 9-D 10 - B
PRONOMES
Pronomes são palavras que substituem os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do dis-
curso.
A interpretação de um pronome depende de suas relações textuais. De acordo com essas funções de
representar, retomar ou anunciar, o pronome pode ser:
a) pronome substantivo:
“Fiquei muito tempo sem saber que eu tinha mãe e que ela estava muito tempo perto de mim”, diz
Sally.
No trecho acima, eu remete a Sally, a autora do enunciado; ela representa ao substantivo mãe, ante-
Língua Portuguesa
riormente expresso.
b) pronome adjetivo: quando acompanha um substantivo explícito no texto. Funciona como um adjetivo, em-
bora não atribua qualidade ao ser designado pelo substantivo.
PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes retos funcionam, em regra, como sujeito da oração, e os oblíquos, como objetos ou
complementos.
Exemplos:
pessoas do
discurso retos oblíquos
1ª pessoa eu me, mim, comigo
2ª pessoa tu te, ti, contigo
3ª pessoa ele / ela o, a, lhe, se, si, consigo
1ª pessoa nós nos, conosco
2ª pessoa vós vos, convosco
3ª pessoa eles / elas os, as, lhes, se, si, consigo
• Associados a verbos terminados em –r, -s ou –z e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem anti-
gas formas lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes. Exemplos:
Mandaram prendê-lo.
Ei-lo aqui!
Língua Portuguesa
Associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), os ditos pronomes tomam a
forma no, na, nos, nas:
Trazem-no.
Dão-nos de graça.
• Pronomes oblíquos reflexivos são os que se referem ao sujeito da oração, sendo da mesma pessoa que
este. Exemplos:
Com exceção de o, a, os, as, lhe, lhes, os demais pronomes oblíquos podem ser reflexivos.
• Os pronomes migo, tigo, sigo, nosco, vosco, do português antigo, se combinaram com a preposição com,
dando as formas atuais: comigo, contigo, conosco, convosco.
PRONOMES POSSESSIVOS
A palavra meu informa que o paletó pertence à 1ª pessoa (eu). Meu, portanto, é um pronome posses-
sivo.
pronomes possessivos
1ª pessoa meu, minha, meus minhas
singular 2ª pessoa teu, tua, teus, tuas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas
1ª pessoa nosso, nossa, nossos, nossas
plural 2ª pessoa vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas
Emprego
• Os possessivos seu(s), sua(s) tanto podem referir-se à 3ª pessoa (seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa,
do discurso (seu pai = o pai de você).
Por isso toda vez que os ditos possessivos derem margem à ambiguidade, devem ser substituídos
pelas expressões dele(s), dela(s).
Língua Portuguesa
O nosso homem não se deu por vencido.
4) afetividade, cortesia:
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando não sabia o que dizer.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Pronomes demonstrativos são os que indicam o lugar, a posição ou a identidade dos seres, relativa-
mente às pessoas do discurso. Exemplos:
Situação no espaço
Situação no tempo
O pronome situa a palavra no contexto linguístico, ou seja, retoma uma informação previamente fornecida.
Língua Portuguesa
No caso seguinte, diferente dos anteriores, o pronome introduz um elemento novo no enunciado:
pronomes demonstrativos
1ª pessoa este, esta, estes, estas, isto
2ª pessoa esse, essa, esses, essas, isso
3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo
1 – De modo geral, os demonstrativos este(s), esta(s), isto se aplicam a pessoas ou coisas que se
acham perto da pessoa que fala ou lhe dizem respeito; ao passo que esse(s), essa(s), isso aludem a coisas que
ficam próximas da pessoa com quem se fala ou a ela se referem.
Exemplos:
Subindo pelo Vale do Itajaí, alcançamos Brusque e, depois, Blumenau, cidades essas que nos impres-
sionaram pela sua avançada indústria fabril. Ter sede e não poder beber, isso é que é atroz!
4 – O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou conteúdo de uma oração inteira, caso
em que aparece geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Exemplos:
Língua Portuguesa
Quiseram gratificar-me, o que me deixou constrangido.
“Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.”
(José Conde)
“Era uma bela ponte, ele próprio o reconhecia.”
(Aníbal Machado)
“Era meu o universo; mas, ai triste! não o era de graça.”
(Machado de Assis)
“Se lagoa existiu, pouca coisa o indica.”
(Carlos Povina Cavalcanti)
“Dirás que sou ambicioso? Soubo deveras, mas...”
(Machado de Assis)
“O jantar ia ser um desastre. Todos o pressentiam.”
(Fernando Namora)
Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o
verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de). Exemplos:
5 – Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à mencionada em
primeiro lugar:
“O referido advogado e o Dr. Tancredo Lopes eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este.”
(Valentim Magalhães)
PRONOMES RELATIVOS
Pronomes relativos são palavras que representam substantivos já referidos, com os quais estão relacio-
nadas. Daí denominarmos relativos.
Antecedente
O termo já referido anteriormente, retomado na nova oração pelo pronome relativo, chama-se antece-
dente.
1. Antecedente expresso
O pássaro legendário uirapuru, que imita todos os demais, canta para aqueles que amam as aves e a
sua música.
(Luiz Carlos Lisboa)
Os italianos dirigem-se principalmente para o Sul da província, onde se dedicam à lavoura de subsis-
tência e à vitivinicultura. (Almanaque Abril)
Língua Portuguesa
É uma velha mesa esta sobre a qual bato hoje a minha crônica.
(Vinícius de Moraes)
2. Antecedente não-expresso
pronomes relativos
variáveis invariáveis
o qual, os quais, a qual, as quais que
cujo, cujos, cuja, cujas quem
quanto, quantos, quanta, quantas onde
1 – O antecedente do pronome relativo que pode ser nome de coisa ou de pessoa, ou o demonstrati-
vo o, ou outro pronome. Exemplos:
O relativo que às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração:
“Não chegou a ser padre, mas não deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.” (Machado de
Assis)
2 – Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que:
“A sala estava cheia de gente que conversava, ria, fumava.” (Lúcio de Mendonça)
4 – Cujo (e suas flexões) é pronome adjetivo e equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais:
O substantivo determinado por este pronome não virá precedido de artigo: cujo pelo (e não cujo o
pelo).
5 – O relativo o qual (e suas flexões), principalmente quando regido de preposição, pode substituir o
pronome que:
Língua Portuguesa
Por amor da clareza usa-se o qual em vez de que, quando este vier distanciado de seu antecedente,
ensejando falsos sentidos:
Regressando de Ouro Preto, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado.
6 – As preposições ante, após, até, desde, durante, entre, perante, mediante, segundo (vale dizer, pre-
posições com duas ou mais sílabas), bem como as monossílabas sem e sob e todas as locuções prepositivas,
constroem-se com o pronome, o qual e nunca com o pronome relativo que. As preposições contra, para e so-
bre usam-se, de preferência, com o pronome o qual. Exemplos:
As preposições monossilábicas a, com, de, em e por, quando iniciam orações adjetivas restritivas, em-
pregam-se, de preferência, com o pronome que:
PRONOME INDEFINIDO
Os pronomes indefinidos são os que se referem à terceira pessoa do discurso, de modo vago ou im-
preciso.
pronomes indefinidos
variáveis invariáveis
algum, alguma, alguns, algumas algo
nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhu- alguém
mas nada
todo, toda, todos, todas ninguém
muito, muita, muitos, muitas tudo
pouco, pouca, poucos, poucas cada
certo, certa, certos, certas outrem
outro, outra, outros, outras quem
quanto, quanta, quantos, quantas mais
tanto, tanta, tantos, tantas menos
vário, vária, vários, várias demais
diverso, diversa, diversos, diversas
qualquer, quaisquer
1) algum
2) cada
3) demais
4) menos, mais
Menos é invariável:
5) nenhum
6) certo
7) qual
“Em seguida desceram, e já não eram dois, mas sim dez meninos, qual mais fagueiro, e todos diziam
que iam acabar com a ratazana.” (Luís Henrique Tavares)
Língua Portuguesa
8) qualquer
9) todo
PRONOMES INTERROGATIVOS
pronomes interrogativos
que qual e quais
quem quanto, quantos, quanta, quantas
1) que
Língua Portuguesa
É pronome substantivo quando equivaler a que coisa. Nesse caso, admite também a forma o que.
2) quem
3) qual
4) quanto
A expressão que é feito de, reduzida para que é de, deu origem aos interrogativos cadê, quede e que-
dê, bastante utilizados na linguagem coloquial e já incorporados pela literatura.
FORMAS DE TRATAMENTO
Entre os pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento, que são palavras ou expressões
utilizadas para as pessoas com quem se fala. São, portanto, pronomes de 2ª pessoa, embora sejam emprega-
dos com verbo na 3ª pessoa.
Esses pronomes, que aparecem apenas na linguagem formal, expressam uma atitude cerimoniosa do
emissor em relação ao interlocutor ou à pessoa de quem se fala.
abreviatura
pronomes de
tratamento singular plural
Língua Portuguesa
Você v. v v.
Usado para pessoas familiares, íntimas.
Senhor, Senhora Sr., Sr.a Srs., Sr.as
Usados para manter uma distância respeitosa.
Vossa Senhoria V.S.a V.S.as
Usado para correspondências comerciais.
Vossa Excelência V.Ex.a V.Ex.as
Usado para altas autoridades: presidente, etc.
Vossa Eminência V.Em.a V.Em.as
Usado para cardeais.
Vossa Alteza V.A. V V.A A.
Usado para príncipes e duques
Vossa Santidade V.S. -
Usado para o Papa
Vossa Reverendíssima V.Rev.ma V.Rev.mas
Usado para sacerdotes e religiosos em geral.
Vossa Magnificência V.Mag.a V.Mag.as
Usado para reitores de universidades.
Vossa Majestade V.M. V V.M M.
Usado para reis e rainhas.
O pronome você
O pronome você perdeu seu caráter de tratamento cerimonioso sendo hoje, no Brasil, utilizado em
situações informais, substituindo o pronome de segunda pessoa tu.
Você sempre foi resistente à ideia de gravar discos. O que o fez mudar de ideia?
Como se vê pelo exemplo, você faz referência à segunda pessoa, mas exige verbo na terceira.
Este pronome resulta das transformações fonéticas pelas quais passou o pronome de tratamento Vos-
sa Mercê.
Apesar de ser considerado pela NGB como pronome de tratamento, você enquadra-se mais apropria-
damente na categoria de pronome pessoal, visto que substitui tu em quase todo o território brasileiro.
Deve-se notar ainda o emprego de você como pronome que indetermina o sujeito:
A norma culta da língua condena esse emprego do termo, preferindo a impessoalização com o prono-
me se:
A expressão “a gente”
Um segurança nos xingou e queria nos agredir para que a gente saísse da estação.
Eu sabia os riscos que estava correndo. A gente sempre pensa: comigo não vai acontecer. Aí aconte-
Língua Portuguesa
ceu”, diz.
(a gente pensa = pensa-se)
A norma culta da língua tende a rejeitar essas construções, comuns na fala coloquial.
Os pronomes senhor, senhora e senhorita são largamente utilizados no Brasil como forma de respeito
e cortesia.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos) podem ocupar três posições
na oração em relação ao verbo:
a) antes do verbo – neste caso tem-se a próclise e diz-se que o pronome está proclítico.
Ouviu-se um alarido.
Faltavam-me alguns relógios.
Uso da próclise
Língua Portuguesa
Deus me acuda!
Como me recordo daquele feriado!
Uso da mesóclise
• futuro do presente:
• futuro do pretérito:
Observação:
Se houver partícula atrativa, deverá ser usada a próclise. Assim:
Não o compreenderia.
Uso da ênclise
Sabe-se que a temperatura global está em média cerca de meio grau Celsius mais alta do que há 100
anos.
• com verbos no gerúndio, desde que não venham precedidos da preposição em:
Para tratar o enfermo, não basta ter pena dele, consolando-o e ouvindo-o com interesse.
Casos especiais
A seguir, alguns casos em que o pronome oblíquo vem acompanhado de locução verbal.
a) Quando o verbo principal de uma locução verbal encontra-se no infinitivo ou no gerúndio, coloca-se o
pronome oblíquo depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:
Língua Portuguesa
Observação:
Se a locução verbal vier precedida de partícula atrativa, o pronome deverá vir antes do verbo auxiliar
ou depois do verbo principal:
b) Quando o verbo principal de uma locução verbal encontra-se no particípio, coloca-se o pronome oblíquo
depois do verbo auxiliar:
Observação:
Se a locução verbal vier precedida de partícula atrativa, o pronome oblíquo deverá vir antes do verbo
auxiliar:
EXERCÍCIOS
Era para _______ falar _______ ontem, mas não _______ localizei em parte alguma.
a) mim – comigo – o
b) eu – com ele – o
c) eu – com ele – lhe
d) mim – consigo – lhe
Língua Portuguesa
a) Aguarde um instante. Quero falar consigo.
b) É lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois.
c) O processo está aí para mim examinar.
d) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução foge a vossa alçada.
Os desentendimentos entre ______ e _____ advêm de uma insegurança que a vida estabeleceu para _______
traçar um caminho que vai de _______ a ______ .
a) eu – tu – eu – mim – tu
b) mim – ti – mim – mim – tu
c) mim – ti - eu – mim – ti
d) eu – ti – mim – mim – tu
IV. Vossa Majestade não deve preocupar-se unicamente com os problemas dos seus auxiliares diretos.
Verifica-se que há falta de uniformidade no emprego das pessoas gramaticais nos enunciados:
a) II e IV
b) III e IV
c) I e IV
d) II e III
8 – Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo esteja colocado de maneira correta, segundo a norma
culta gramatical.
a) Apanhei-te, cavaquinho.
b) Quem te viu, quem te vê.
c) Até o final do ano, abster-me-ei da meditação contemplativa.
d) Faça-se logo o que precisa ser feito.
11 - “As fotos que ................ estão ótimas; ................ em breve conforme ................ por telefone.”
a) Nunca o decepcionei.
b) Passe-me a manteiga, por favor.
c) Não se faça de bobo.
d) Entrarei no baile, se deixarem-me.
16 - “Por favor, empreste-me .......... lápis que está aí perto de você. .......... aqui está com a ponta quebrada para
.......... fazer o exercício.”
Língua Portuguesa
b) este; Esse; eu
c) esse; Este; eu
d) esse; Este; mim
RESPOSTAS
1-D 2-B 3-B 4-C
5-D 6-A 7-B 8-D
9-C 10 - B 11 - A 12 - B
13 - B 14 - D 15 - A 16 - C
ADVÉRBIO
É uma palavra que modifica (que se refere) a um verbo, a adjetivo, a um outro advérbio.
A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância. Só os de intensidade
é que podem também modificar adjetivos e advérbios.
3º) De Intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, comple-
tamente, profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais, nada, ligeiramente, levemente, quão,
quanto, bem, mas, quase, apenas, como.
4º) De Lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além, algures, aquém, alhures, nenhures, atrás, fora, afora,
dentro, longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, donde, detrás.
5º) De Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, melhor, pior, aliás, calmamente, li-
vremente, e quase todos os advérbios terminados em “mente”.
7º) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, nunca, jamais, ainda, logo, antes,
cedo, tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aí, entrementes, brevemente, imediatamente, raramente, final-
mente, comumente, presentemente, etc.
Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por que?: Onde estão eles? Quando
sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram?
LOCUÇÕES ADVERBIAIS
São duas ou mais palavras com função de advérbio: às tontas, às claras, às pressas, às ocultas, à toa, de
vez em quando, de quando em quando, de propósito, às vezes, ao acaso, ao léu, de repente, de chofre, a olhos
vistos, de cor, de improviso, em breve, por atacado, em cima, por trás, para trás, de perto, sem dúvida, passo a
Língua Portuguesa
passo, etc.
Exemplos:
Ele, às vezes, age às escondidas.
O segredo é sempre virar à direita.
À tarde ela trabalha no hospital, mas à noite ela está em casa.
• Grau comparativo:
• Grau superlativo:
analítico:
sintético:
EXERCÍCIOS
Língua Portuguesa
3) Aponte a alternativa que não contém uma locução adverbial:
a) comparativo de superioridade
b) superlativo sintético
c) superlativo analítico
d) comparativo de igualdade
e) comparativo de inferioridade
RESPOSTAS
1-D 2-A 3-D 4-C
PREPOSIÇÃO
Dividem-se as preposições em essenciais (as que sempre foram preposições) e acidentais (palavras de
outras classes gramaticais que, às vezes, funcionam como preposição).
1º) Preposições Essenciais: a, ante, após, até, com, de, dês, desde, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Exemplos:
Fumava cigarro após cigarro.
Está vestida de branco.
2º) Preposições Acidentais: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, visto, como,exceto, salvo, etc.
Exemplos:
Os heróis tiveram como prêmio uma coroa de louros.
Vovô dormiu durante a viagem.
LOCUÇÕES PREPOSITIVAS
Em geral são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição: abaixo de, acima de, por trás
de, em frente de, junto a, perto de, longe de, depois de, antes de, através de, embaixo de, em cima de, em face
de, etc.
Exemplo:
Passamos através de mata cerrada.
COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES
As preposições a, de, em, per e para, unem-se com outras palavras, formando um só vocábulo.
Há combinação quando a preposição se une sem perda de fonema; se a preposição sofre queda de
Língua Portuguesa
As preposições a, de, em, per contraem-se com os artigos, e, algumas delas, com certos pronomes e
advérbios.
EXERCÍCIOS
3) Nas orações:
temos, respectivamente:
4) Assinale a alternativa cuja lacuna não pode ser preenchida com a preposição entre parênteses:
Língua Portuguesa
5) Aponte a alternativa que preenche corretamente as frases abaixo:
a) Mediante - sob
b) Durante - após
c) Desde - sob
d) Desde - ante
e) Durante - entre
RESPOSTAS
1-B 2-C 3-D 4-B 5-A 6-E 7-D
INTERJEIÇÃO
Interjeição é a palavra que exprime um estado emotivo. As interjeições são um recurso da linguagem
afetiva e emocional. Podem exprimir e registrar os mais variados sentimentos.
Classificam-se em:
LOCUÇÃO INTERJETIVA
É uma expressão formada de mais de uma palavra, com valor de interjeição: Meu Deus! Muito bem! Ai
de mim! Ora bolas! Valha-me Deus! Quem me dera!
As interjeições são proferidas em tom de voz especial e, dependendo desta circunstância, a mesma
Língua Portuguesa
EXERCÍCIOS
1) Nas orações:
I - Espero que ele viva por muitos anos.
II - Viva o meu time!
as palavras em destaque são respectivamente:
a) expressar sentimentos
b) ligar termos de uma oração
c) dar uma circunstância ao verbo
d) ligar termos entre si
e) n.d.a.
a) admiração d) apelo
b) advertência e) desejo
c) concordância
RESPOSTAS
1-C 2-D 3-A 4-E 5-C
CONJUNÇÃO
Exemplos:
Língua Portuguesa
As conjunções dividem-se em coordenativas e subordinativas.
Quando a conjunção liga as orações sem fazer com que uma dependa da outra ou sem que a segunda
complete o sentido da primeira, ela é coordenativa.
Quando a conjunção liga duas orações que se completam uma a outra e faz com que a segunda de-
penda da primeira, ela é subordinativa.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Podem ser:
1) Aditivas: dão ideia de adição: e, nem, mas também, mais ainda, senão, também, como também, bem como.
2) Adversativas: exprimem mais contraste, oposição, ressalva, compensação: mas, porém, todavia, contudo,
entretanto, senão, ao passo que, no entanto, apesar disso.
4) Explicativas: exprimem explicação, um motivo: que, porque, porquanto, pois. As conjunções explicativas apa-
recem normalmente depois de orações imperativas.
5) Conclusivas: expressam conclusão: logo, portanto, por conseguinte, por isso, pois (depois de verbo).
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
Podem ser:
1) Causais:
porque, que, pois, como, porquanto, visto que, desde que, etc.
Exemplo: Não me interessa a opinião deles, porque todos ali são imbecis.
2) Comparativas:
como, tal qual, assim como, que nem, como quanto, etc.
3) Concessivas:
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que, por menos que, se bem que, posto que, nem que,
dado que, sem que, etc.
4) Condicionais:
Língua Portuguesa
se, caso, desde que, salvo se, contanto que, a não ser que, a menos que, sem que, etc.
5) Conformativas:
como, conforme, segundo, consoante, etc.
6) Consecutivas:
que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, de forma que, de ma-
neira que, sem que, etc.
7) Finais:
a fim de que, para que, que, porque, etc.
8) Proporcionais:
à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, etc.
Exemplo: As criaturas são mais perfeitas à proporção que são mais capazes de amar.
9) Temporais:
enquanto, quando, logo que, assim que, depois que, agora que, antes que, desde que, até que, sempre que, etc.
10) Integrantes:
que, se.
LOCUÇÃO CONJUNTIVA
São duas ou mais palavras que têm valor de conjunção. Geralmente é constituída de que precedido de
advérbio, preposição ou particípio.
Exemplo:
Já que todos saíram, desisto do negócio.
Língua Portuguesa
EXERCÍCIOS
a) consecutiva
b) condicional
c) causal
d) temporal
e) conformativa
a) adversativa
b) conclusiva
c) aditiva
d) explicativa
e) alternativa
a) que
b) como
c) logo
d) porque
e) e
6) A vida transcorre entre o sucesso e o insucesso. É importante, ..............., que o adolescente enfrente adver-
sidades, fracassos e frustrações para que possa, segundo a canção popular, “sacudir a poeira e dar volta por
cima”.
A conjunção que introduz uma ideia de conclusão é:
a) porquanto
b) porém
c) pois
d) contudo
e) conquanto
7) Em: “. . . esses merecem perdão ou reparação total?” - o conectivo ou encerra a ideia de:
Língua Portuguesa
a) exclusão
b) alternância
c) adição
d) condição
e) simultaneidade
RESPOSTA
VERBO
Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com efeito, o verbo possui diferentes
flexões para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz. O verbo flexiona-se em número
e pessoa:
singular plural
1ª pessoa eu trabalho nós trabalhamos
2ª pessoa tu trabalhas vós trabalhais
3ª pessoa ele trabalha eles trabalham
Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Os três tempos
naturais são o Presente, o Pretérito (ou Passado) e o Futuro.
O Presente designa um fato ocorrido no momento em que se fala; o Pretérito, antes do momento em
que se fala; e o Futuro, após o momento em que se fala.
1) Presente: estudo
2) Pretérito:
– Imperfeito: estudava
– Perfeito: estudei
– Mais-que-perfeito: estudara
3) Futuro:
– do Presente: estudarei
– do Pretérito: estudaria
Dados os tempos do modo indicativo, veremos, em seguida, o emprego dos mesmos e sua correlação.
Língua Portuguesa
PRESENTE DO INDICATIVO
5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste caso, para impedir qualquer ambiguidade, se faz acompa-
nhar geralmente de um adjunto adverbial:
“Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã...“
(A. Bessa Luís)
A própria denominação deste tempo – Pretérito Imperfeito – ensina-nos o seu valor fundamental: o de
designar um fato passado, mas não concluído (imperfeito = não perfeito, inacabado).
1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma época passada e descrevemos o que então era pre-
sente:
O calor ia aumentando e o vento despenteava meu cabelo.
2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que seria consequência certa e imediata de outro, que não
ocorreu, ou não poderia ocorrer:
Se eu não fosse mulher, ia também!
1) O Pretérito Mais-Que-Perfeito indica uma ação que ocorreu antes de outra já passada:
A conversa ficara tão tediosa, que o homem se desinteressou.
1) o futuro do presente emprega-se para indicar fatos certos ou prováveis, posteriores ao momento em que se
fala:
As aulas começarão depois de amanhã.
3) Como expressão de uma súplica, desejo ou ordem; neste caso, o tom de voz pode atenuar ou reforçar o cará-
ter imperativo:
Honrarás pai e mãe!
“Lerás porém algum dia
Meus versos, d’alma arrancados, ... “(G. Dias)
1) O futuro do pretérito emprega-se para designar ações posteriores à época em que se fala:
1) Presente: estude
2) Pretérito:
– Imperfeito: estudasse
– Perfeito: tenha (ou haja) estudado
– Mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado
3) Futuro:
– Simples: estudar
– Composto: tiver (ou houver) estudado
Quando nos servimos do modo indicativo, consideramos o fato expresso pelo verbo como real, certo,
seja no presente, seja no passado, seja no futuro.
Ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a existência ou não existência do fato como uma
coisa incerta, duvidosa, eventual ou, mesmo, irreal.
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Língua Portuguesa
1) Presente:
Não quer dizer que se conheçam os homens quando se duvida deles.
2) Futuro:
“No dia em que não faça mais uma criança sorrir, vou vender abacaxi na feira.”
(A. Bessa Luís)
Pode ter o valor de:
1) Passado:
Todos os domingos, chovesse ou fizesse sol, estava eu lá.
2) Futuro:
Aos sábados, treinava o discurso destinado ao filho que chegasse primeiro.
3) Presente:
Tivesses coração, terias tudo.
Pode indicar:
Indica um fato futuro como terminado em relação a outro fato futuro (dentro do sentido geral do
modo subjuntivo):
D. Flor, não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui, abandone o resto.
MODOS DO VERBO
Vou hoje.
Sairás cedo.
2º) o Imperativo: Exprime ordem, proibição, conselho, pedido: Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes.
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que
enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa, impessoal.
Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua significação verbal, podem desempenhar
as funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar, água fervendo, tempo perdido.
Verbos Auxiliares são os que se juntam a uma forma nominal de outro verbo para constituir os tempos com-
postos e as locuções verbais: ter, haver, ser, estar.
Língua Portuguesa
Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: A (1ª conjugação), E (2ª conjugação), I (3ª con-
jugação).
Observações:
– O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo anômalo da segunda conjugação.
– A nossa língua possui mais de 11 mil verbos, dos quais mais de 10 mil são da primeira conjugação.
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que
variam para denotar os diversos acidentes gramaticais.
Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desi-
nência número-pessoal indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence.
A DNP (desinência número-pessoal) indica que o verbo está na 1ª pessoa do plural. A DMT (desinência
modo-temporal indica que o verbo está no futuro do presente do indicativo.
1) o Infinitivo Impessoal.
FORMAÇÃO DO IMPERATIVO
O imperativo afirmativo deriva do presente do indicativo, da segunda pessoa do singular (tu) e da se-
gunda do plural (vós), mediante a supressão do s final; as demais pessoas (você, nós, vocês) são tomadas do
presente do subjuntivo.
O imperativo negativo não possui, em Português, formas especiais; suas pessoas são iguais às corres-
pondentes do presente do subjuntivo.
impessoal pessoal
cantar cantar eu
cantares tu
cantar ele
cantarmos nós
cantardes vós
cantarem eles
1) Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do
particípio do verbo principal:
2) Os tempos compostos da voz passiva se formam com o concurso simultâneo dos auxiliares ter (ou haver) e
ser, seguidos do particípio do verbo principal:
Outro tipo de conjugação composta – também chamada conjugação perifrástica – são as locuções
verbais, constituídas de verbo auxiliar mais gerúndio ou infinitivo:
Tenho de ir hoje.
Hei de ir amanhã.
Estava lendo o jornal.
1) Regulares: os que seguem um paradigma ou modelo comum de conjugação. Cantar, bater, partir, etc.
2) Irregulares: os que sofrem alterações no radical e nas terminações afastando-se do paradigma. Dar, ouvir,
etc.
Entre os irregulares, destacam-se os anômalos, como o verbo pôr (sem vogal temática no infinitivo),
ser e ir (que apresentam radicais diferentes).
3) Defectivos: os que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos, tempos ou
pessoas: abolir, reaver, precaver, etc.
MODO INDICATIVO
Presente
sou estou tenho hei
és estás tens hás
é está tem há
somos estamos temos havemos
sois estais tendes haveis
são estão têm hão
Língua Portuguesa
tem sido tem estado tem tido tem havido
temos sido temos estado temos tido temos havido
tendes sido tendes estado tendes tido tendes havido
têm sido têm estado têm tido têm havido
Pretérito imperfeito
era estava tinha havia
eras estavas tinhas havias
era estava tinha havia
éramos estávamos tínhamos havíamos
éreis estáveis tínheis havíeis
eram estavam tinham haviam
MODO SUBJUNTIVO
Presente
seja esteja tenha haja
sejas estejas tenhas hajas
seja esteja tenha haja
Língua Portuguesa
Pretérito Imperfeito
fosse estivesse tivesse houvesse
fosses estivesses tivesses houvesses
fosse estivesse tivesse houvesse
fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis
fossem estivessem tivessem houvessem
Futuro simples
for estiver tiver houver
fores estiveres tiveres houveres
for estiver tiver houver
formos estivermos tivermos houvermos
fordes estiverdes tiverdes houverdes
forem estiverem tiverem houverem
Futuro composto
tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido
tiveres sido tiveres estado tiveres tido tiveres havido
tiver sido tiver estado tiver tido tiver havido
tivermos sido tivermos tivermos tivermos
tiverdes sido estado tido havido
tiverem sido tiverdes estado tiverdes tido tiverdes havido
tiverem estado tiverem tido tiverem havido
MODO IMPERATIVO
Afirmativo
sê (tu) está (tu) tem (tu) há (tu)
seja (você) esteja (você) tenha (você) haja (você)
sejamos (nós) estejamos tenhamos hajamos
sede (vós) (nós) (nós) (nós)
sejam (vocês) estai (vós) tende (vós) havei (vós)
estejam (vo- tenham (vo- hajam (vo-
cês) cês) cês)
Negativo
não sejas (tu) não estejas (tu) não tenhas não hajas
não seja (você) não esteja (tu) (tu)
não sejamos (você) não tenha não haja
(nós) não estejamos (você) (você)
não sejais (vós) (nós) não tenha- não haja-
não sejam não estejais mos (nós) mos (nós)
(vocês) (vós) não tenhais não hajais
não estejam (vós) (vós)
(vocês) não tenham não hajam
(vocês) (vocês)
FORMAS NOMINAIS
Infinitivo impessoal
Língua Portuguesa
ser estar ter haver
Infinitivo pessoal
ser (eu) estar (eu) ter (eu) haver (eu)
seres (tu) estares (tu) teres (tu) haveres (tu)
ser (ele) estar (ele) ter (ele) haver (ele)
sermos estarmos termos havermos (nós)
(nós) (nós) (nós) haverdes (vós)
serdes (vós) estardes (vós) terdes (vós) haverem (eles)
serem (eles) estarem (eles) terem (eles)
Gerúndio
Gerúndio composto
tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido
Particípio
sido estado tido havido
O processo verbal pode ser representado por uma locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal em
uma de suas formas nominais). Nas locuções verbais, o verbo auxiliar aparece desprovido de sua significação;
no entanto, é o responsável pela indicação das flexões de tempo, pessoa, modo e número.
Modelos
1ª conjugação - so- 2ª conjugação - 3ª conjugação -
nhar receber decidir
MODO INDICATIVO
Presente
sonho recebo decido
sonhas recebes decides
sonha recebe decide
sonhamos recebemos decidimos
sonhais recebeis decidis
sonham recebem decidem
Pretérito imperfeito
sonhava recebia decidia
sonhavas recebias decidias
sonhava recebia decidia
sonhávamos recebíamos decidíamos
sonháveis recebíeis decidíeis
sonhavam recebiam decidiam
Língua Portuguesa
MODO SUBJUNTIVO
Presente
sonhe receba decida
sonhes recebas decidas
sonhe receba decida
sonhemos recebamos decidamos
sonheis recebais decidais
sonhem recebam decidam
Pretérito imperfeito
sonhasse recebesse decidisse
sonhasses recebesses decidisses
sonhasse recebesse decidisse
sonhássemos recebêssemos decidíssemos
sonhásseis recebêsseis decidísseis
sonhassem recebessem decidissem
Futuro simples
sonhar receber decidir
sonhares receberes decidires
sonhar receber decidir
sonharmos recebermos decidirmos
sonhardes receberdes decidirdes
sonharem receberem decidirem
Futuro composto
tiver sonhado tiver recebido tiver decidido
tiveres sonhado tiveres recebido tiveres decidido
tiver sonhado tiver recebido tiver decidido
tivermos sonhado tivermos recebido tivermos decidido
tiverdes sonhado tiverdes recebido tiverdes decidido
tiverem sonhado tiverem recebido tiverem decidido
MODO IMPERATIVO
Afirmativo
Negativo
Língua Portuguesa
FORMAS NOMINAIS
Infinitivo impessoal
sonhar receber decidir
Infinitivo pessoal
sonhar (eu) receber (eu) decidir (eu)
sonhares (tu) receberes (tu) decidires (tu)
sonhar (ele) receber (ele) decidir (ele)
sonharmos (nós) recebermos (nós) decidirmos (nós)
sonhardes (vós) receberdes (vós) decidirdes (vós)
sonharem (eles) receberem (eles) decidirem (eles)
Gerúndio
Gerúndio composto
Particípio
sonhado recebido decidido
VERBOS IRREGULARES
1ª CONJUGAÇÃO - ar
Dar
Língua Portuguesa
Pretérito perfeito: dei, deste, deu, demos, destes, deram.
Pretérito imperfeito: dava, davas, dava, dávamos, dáveis, davam.
Pretérito mais-que-perfeito: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram.
Futuro do presente: darei, darás, dará, daremos, dareis, darão.
Futuro do pretérito: daria, darias, daria, daríamos, daríeis, dariam.
Presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis, deem.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem.
Futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Imperativo afirmativo: dá, dê, demos, dai, deem.
Infinitivo impessoal: dar.
Infinitivo pessoal: dar, dares, dar, darmos, dardes, darem.
Gerúndio: dando.
Particípio: dado.
Nomear
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear,
semear, arrear, recrear, estrear, etc.
Odiar
Optar
Obs.: No caso do verbo optar a irregularidade está na pronúncia. Nas três pessoas do singular e na tercei-
ra do plural do presente do indicativo e do presente do subjuntivo, a vogal o do radical é pronunciada aberta e
fortemente.
2ª CONJUGAÇÃO - er
Caber
Observação: O verbo caber não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperati-
vo negativo.
Crer
Dizer
Escrever
Escrever e seus derivados descrever, inscrever, prescrever, proscrever, reescrever, sobrescrever, subscrever são
irregulares apenas no particípio: escrito, descrito, inscrito, prescrito, proscrito, reescrito, sobrescrito, subscrito.
Fazer
Língua Portuguesa
Ler
Perder
Presente do indicativo: perco (com e fechado), perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem.
Presente do subjuntivo: perca, percas, perca, percamos, percais, percam.
Imperativo afirmativo: perde, perca, percamos, perdei, percam.
Regular nos demais tempos e modos.
Poder
Observação: O verbo poder não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperati-
vo negativo.
Assim se conjugam os verbos derivados de pôr, como por exemplo: antepor, compor, depor, dispor, im-
Língua Portuguesa
Querer
Saber
Trazer
Valer
Língua Portuguesa
Pretérito perfeito: vali, valeste, valeu, valemos, valestes, valeram.
Presente do subjuntivo: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham.
Pretérito imperfeito do subjuntivo: valesse, valesses, valesse, valêssemos, valêsseis, valessem.
Futuro do subjuntivo: valer, valeres, valer, valermos, valerdes, valerem.
Imperativo afirmativo: vale, valha, valhamos, valei, valham.
Imperativo negativo: não valhas, não valha, não valhamos, não valhais, não valham.
Gerúndio: valendo.
Particípio: valido.
Ver
3ª CONJUGAÇÃO – ir
Cair
Cobrir
Construir
Fugir
Língua Portuguesa
Ir
Mentir
Ouvir
Pedir
Rir
Língua Portuguesa
Gerúndio: rindo.
Particípio: rido.
Sortir
Sortir significa abastecer, fazer sortimento, combinar. Não confundir com surtir (= ter como resultado, al-
cançar efeito, originar), que só tem as terceiras pessoas:
Sumir
Vir
VERBOS ANÔMALOS
Verbos anômalos são aqueles cujos radicais sofrem várias irregularidades e não se enquadram em ne-
nhuma classificação. São considerados anômalos os verbos ser, ir, pôr e vir, cujas conjugações já vimos ante-
riormente.
VERBOS ABUNDANTES
Verbos abundantes são aqueles que possuem duas formas, geralmente no particípio. Veja, a seguir, uma
lista de alguns verbos abundantes:
particípio particípio
infinitivo regular irregular
Língua Portuguesa
VERBOS DEFECTIVOS
Verbos defectivos são os que não possuem todas as formas, ou seja, não têm a conjugação completa.
PRECAVER
Modo indicativo
Pretérito Pretérito
Presente perfeito imperfeito
- precavi precavia
- precaveste precavias
- precaveu precavia
precavemos precavemos precavíamos
precaveis precavestes precavíeis
- precaveram precaviam
Língua Portuguesa
precaveras precaverás precaverias
precavera precaverá precaveria
precavêramos precaveremos precaveríamos
precavêreis precavereis precaveríeis
precaveram precaverão precaveriam
Modo subjuntivo
Pretérito
Presente imperfeito Futuro
-
precavesse precaver
- precavesses precaveres
- precavesse precaver
- precavêssemos precavermos
- precavêsseis precaverdes
- precavessem precaverem
Modo Imperativo
Afirmativo Negativo
- -
- -
- -
precavei -
- -
Formas nominais
Infinitivo pessoal ® precaver
precaveres
precaver
precavermos
precaverdes
precaverem
Infinitivo impessoal ® precaver
Gerúndio
® precavendo
Particípio
® precavido
REAVER
Modo indicativo
Pretérito Pretérito
Presente perfeito imperfeito
- reouve reavia
- reouveste reavias
- reouve reavia
reavemos reouvemos reavíamos
reaveis reouvestes reavíeis
- reouveram reaviam
Modo subjuntivo
Pretérito
Presente imperfeito Futuro
Língua Portuguesa
-
reouvesse reouver
- reouvesses reouveres
- reouvesse reouver
- reouvéssemos reouvermos
- reouvésseis reouverdes
- reouvessem reouverem
Modo Imperativo
Afirmativo Negativo
- -
- -
- -
reavei -
- -
Formas nominais
Gerúndio
® reavendo
Particípio
® reavido
VERBOS PRONOMINAIS
São verbos pronominais aqueles que só se conjugam com os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos,
vos, se) na mesma pessoa gramatical do sujeito, expressando reflexibilidade. Exemplos: pentear-se, queixar-se,
lembrar-se, etc.
VERBO LEMBRAR-SE
Pretérito Perfeito Composto: tenho-me lembrado, tens-te lembrado, tem-se lembrado, temo-nos lembrado,
tendes-vos lembrado, têm-se
lembrado.
Pretérito Mais-Que-Perfeito Simples: lembrara-me, lembraras-te, lembrara-se, lembráramo-nos, lembráreis-
vos, lembraram-se.
Pretérito Mais- Que-Perfeito Composto: tinha-me lembrado, tinhaste lembrado, tinha-se lembrado, tínhamo-
nos lembrado, tínheis-vos lembrado, tinham-se lembrado.
Futuro do Presente Simples: lembrar-me-ei, lembrar-te-ás, lembrar-se-á, lembrar-nos-emos, lembrar-vos
-eis, lembrar-se-ão.
Futuro do Presente Composto: ter-me-ei lembrado, ter-te-ás lembrado, ter-se-á lembrado, ter-nos-emos
lembrado, ter-vos-eis lembrado, ter-se-ão lembrado.
Futuro do Pretérito Simples: lembrar-me-ia, lembrar-te-ias, lembrar-se-ia, lembrar-nos-íamos, lembrar-vos
-íeis, lembrar-se-iam.
Futuro do Pretérito Composto: ter-me-ia lembrado, ter-te-ias lembrado, ter-se-ia lembrado, ter-nos-íamos
lembrado, ter-vos-íeis lembrado, ter-se-iam lembrado.
Subjuntivo Presente: lembre-me, lembres-te, lembre-se, lembremo-nos, lembreis-vos, lembrem-se.
Pretérito Imperfeito: lembrasse-me, lembrasses-te, lembrasse-se,
lembrássemo-nos, lembrásseis-vos, lembrassem-se.
Pretérito Perfeito: nesse tempo não se usam pronomes oblíquos pospostos, mas antepostos ao verbo: que me
tenha lembrado, que te tenhas lembrado, que se tenha lembrado, etc.
Língua Portuguesa
Pretérito Mais-Que-Perfeito: tivesse-me lembrado, tivesses te lembrado, tivesse-se lembrado, tivéssemo-nos
lembrado, tivésseis-vos lembrado, tivessem-se lembrado.
FuturoSimples: neste tempo, os pronomes oblíquos são antepostos ao verbo: se me lembrar, se te lembrares,
se se lembrar, etc.
Futuro Composto: neste tempo os pronomes oblíquos são antepostos ao verbo: se me tiver lembrado, se te
tiveres lembrado, se se tiver
lembrado, etc.
Imperativo Negativo: não te lembres, não se lembre, não nos lembremos, etc.
Infinitivo Pretérito Pessoal: ter-me lembrado, teres-te lembrado, ter-se lembrado, termo-nos lembrado, ter-
des-vos lembrado, terem-se lembrado.
LOCUÇÃO VERBAL
Locução verbal é a combinação de verbos auxiliares (ter, haver, ser e estar, ou outro qualquer que funcio-
ne como auxiliar) com verbos nas formas nominais.
VOZES VERBAIS
Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. Três
são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva.
Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a ação expressa pelo verbo.
Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta, a ação ex-
pressa pelo verbo.
1) Pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo principal (passiva analítica).
Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva. Menos frequentemente,
pode-se exprimir a passiva analítica com outros verbos auxiliares.
2) Com o pronome apassivador se associado a um verbo ativo da terceira pessoa (passiva pronominal).
Regam-se as plantas.
Ex.:
Organizou-se o campeonato.
↓ (sujeito paciente)
(pronome apassivador ou partícula apassivadora)
VOZ REFLEXIVA
Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente: faz uma ação cujos efeitos ele mes-
mo sofre.
O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são
reflexivos quando se lhes podem acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, etc., res-
pectivamente.
Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos
desta voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas ex-
pressões um ao outro, reciprocamente, mutuamente.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase:
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o
verbo ativo revestirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Língua Portuguesa
Eu o acompanharei. → Ele será acompanhado por mim.
Obs.: Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente da passiva.
EXERCÍCIOS
1 - Se você ............ no próximo domingo e ................ de tempo ............... assistir a final do campeonato.
a) vir / dispor / vá
b) vir / dispuser / vai
c) vier / dispor / vá
d) vier / dispuser / vá
e) vier / dispor / vai
2 - Ele ............... que lhe ............... muitas dificuldades, mas enfim ............... a verba para a pesquisa.
a) precavias
b) precavieste
c) precaveste
d) precaviste
e) n.d.a.
“Se você .......... e o seu irmão ......., quem sabe você ............. o dinheiro.
“Quando ............... mais aperfeiçoado, o computador certamente ............... um eficiente meio de controle de toda
a vida social.”
a) estivesse / será
b) estiver / seria
c) esteja / era
d) estivesse / era
e) estiver / será
Língua Portuguesa
6) Quando ............ todos os documentos, ............... um requerimento e ............... a chamada de seu nome.
7) Ele ............... numa questão difícil de ser resolvida e ............... seus bens graças ao bom senso.
a) interviu / reouve
b) interveio / rehaveu
c) interviu / reaveu
d) interveio / reouve
e) interviu / rehouve
9) Aponte a alternativa que contém a forma verbal correta para a seguinte oração:
“Quando eu o .........., ..........-lhe algumas verdades.”
a) ver – digo
b) vir – digo
c) vir – direi
d) visse – diria
e) ver - direi
10 - “Tudo isso pode ser comprovado por qualquer cidadão”. A forma ativa dessa mesma frase é:
RESPOSTAS
1-D 2-B 3-C 4-A 5-E
6-E 7-D 8-B 9-C 10 - A
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Língua Portuguesa
Ontem fez muito frio.
LINGUAGEM DENOTATIVA
É muito utilizada no dia-a-dia, para que as pessoas possam se comunicar; é muito utilizada na lingua-
gem científica, objetiva, mostrando sempre o sentido real ao leitor.
LINGUAGEM CONOTATIVA
É muito utilizada em linguagem literária, nas propagandas, nas letras de música, nas revistas, nos jor-
nais; pois mostra o sentido figurado.
EXERCÍCIOS
a) denotação
b) conotação
RESPOSTAS
1-B 2-A 3-B 4-C
LINGUAGEM FIGURADA
Linguagem figurada
A linguagem figurada é aquela pela qual uma palavra exprime uma ideia recorrendo a outros termos, ape-
lando assim a uma semelhança, seja esta real ou imaginária.
A linguagem figurada opõe-se à linguagem literal, já que esta usa as palavras com o seu verdadeiro signifi-
cado, isto é, refere-se às coisas tais como elas são.
Por exemplo: O termo cão refere-se, no sentido literal, a um mamífero quadrúpede pertencente à família
dos canídeos.
Contudo, na linguagem figurada, o conceito permite fazer referência, pelo menos em Portugal, a algo pe-
jorativo (negativo). “Que vida de cão a tua!” significa que a pessoa em questão tem uma vida miserável e que
vive sob péssimas condições, sem qualquer reconhecimento ou recompensa por isso.
Ainda na mesma linha de raciocínio, o Brasil usa o termo cachorro igualmente com conotação negativa:
“Você é um cachorro” (o receptor tem mau caráter, de acordo com o emissor).
A linguagem figurada sugere significados, cabendo ao ouvinte ou leitor descobrir o verdadeiro sentido. Ima-
ginemos, por exemplo, que alguém ouça a frase “esta senhora leva uma vida de cão” e que essa mesma pessoa
desconheça os códigos linguísticos usados em Portugal. É bem provável que fique desconcertada.
Figuras de linguagem
São aquelas que se associam ao sentido da audição, operam com as propriedades acústicas dos vocá-
bulos que, com elas, adquirem uma certa musicalidade.
1 – Onomatopeia
Consiste na imitação aproximada de um som natural por uma palavra ou uma combinação de vocábu-
los.
Língua Portuguesa
O triiim do telefone era irritante.
2 – Aliteração
Agora observe estes versos que compõe a coletânea “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles:
3 – Assonância
É o caso das vogais /i/ , /o/ e /e/, respectivamente, nos trechos abaixo:
“Pássaro da lua
que queres cantar
nessa terra tua
sem flor e sem mar?”
(Cecília Meireles)
4 – Paronomásia
“É preciso... é preciso...
Fernão Dias Paes Leme
Já sabe o que é preciso (Cassiano Ricardo)
FIGURAS DE PALAVRAS
É o emprego figurado de uma palavra por outra, quer por uma relação muito próxima (contiguidade),
quer por uma comparação, uma associação, uma similaridade.
Língua Portuguesa
1 – Metáfora
Consiste em empregar uma palavra em sentido que é próprio de outra, com base numa relação de si-
milaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado.
Diz-se que a metáfora é uma comparação implícita, pois o conectivo comparativo (geralmente, como)
fica subentendido.
2 – Metonímia
Consiste na substituição de uma palavra (ou expressão) por outra palavra (ou expressão) que mantém
com aquela uma relação de contiguidade.
Língua Portuguesa
• a matéria pelo objeto
Os cristais destacavam-se sobre a mesa.
(cristais = copo)
3 – Catacrese
Consiste no uso de uma palavra com sentido figurado para nomear outra por falta de um termo específico.
4 – Perífrase ou antonomásia
Consiste no emprego de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características
ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
O mestre = Jesus Cristo
5 – Sinestesia
O cheiro doce e verde das plantas contagiou toda a casa. (cheiro = sensação olfativa; doce = sensação
gustativa; verde = sensação visual)
São formas especiais de ordenar as palavras para dar maior expressividade ao significado.
1 – Elipse
2 – Zeugma
Língua Portuguesa
Vamos jogar, só nós dois? Você chuta para mim e eu para você .
( supressão do verbo “chutar”)
3 – Silepse
Ocorre quando se realiza a concordância com a ideia e não com os termos expressos.
• de gênero
• de número
• de pessoa
Ocorre quando há uma interrupção da construção sintática para se iniciar uma outra ideia.
5 – Assíndeto
Ele parou, olhou a casa, tocou insistentemente a campainha, ninguém atendeu, foi embora.
6 – Polissíndeto
7 – Hipérbato ou inversão
Língua Portuguesa
Consiste na alteração da ordem natural (direta) dos termos da frase. Caracteriza-se pelas inversões sin-
táticas.
Papagaio em casa, eu não quero mais. (ordem direta: Eu não quero mais papagaio em casa.)
A casa, dizem que é mal-assombrada. (ordem direta: Dizem que a casa é mal-assombrada.)
8 – Pleonasmo
Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para realçar uma ideia, torná-la mais expressiva.
O pleonasmo vicioso (descer para baixo, subir para cima) é considerado uma redundância desnecessária.
FIGURAS DE PENSAMENTO
Nas figuras de pensamento, o sentido da mensagem não está explícito, encontra-se subentendido.
1 – Antítese
É a figura pela qual se evidencia a oposição entre duas ou mais ideias. É a aproximação de termos con-
trários.
“Toda guerra finaliza por onde devia ter começado: a paz.”
2 – Ironia
Consiste no emprego de palavras que dizem o contrário do que se pensa, a fim de questionar, satirizar,
ridicularizar, ressaltar algum aspecto passível de crítica.
3 – Eufemismo
4 – Hipérbole
(Cecília Meireles)
(Gilberto Gil)
5 – Apóstrofe
“Liberdade, Liberdade,
Abre as asas sobre nós...” (Osório Duque Estrada)
- em situações diversas:
6 – Prosopopeia ou personificação
Consiste em atribuir a seres não humanos características que são próprias dos seres humanos, ou ainda,
dar características humanas a animais ou objetos.
Língua Portuguesa
A raposa disse algo que convenceu o corvo.
EXERCÍCIOS
1 – Aponte a figura:
a) antítese
b) eufemismo
c) anacoluto
d) prosopopeia
e) pleonasmo
2 – Indique a alternativa em que o exemplo dado não corresponde à figura de linguagem pedida:
3 – Na frase “Ao pobre não lhe devo nada”, encontramos um caso de:
a) Anacoluto
b) Pleonasmo
c) Elipse
d) Antítese
e) Metáfora
6 - Todas as frases a seguir são corretas. Assinale a única que encerra anacoluto.
7 - (VUNESP) No trecho: “...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo”, a figura
de linguagem presente é chamada:
a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese
8 - (VUNESP) Na frase: “O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô”, encontramos a figura de
linguagem chamada:
a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número
RESPOSTAS
1-B 2-D 3-B
4-E 5-A 6-B
7-E 8-E 9-C
PONTUAÇÃO
Língua Portuguesa
1) VÍRGULA ( , )
• separar o aposto:
Madalena, aquela moça alegre, possuía uma vida infeliz.
• separar o vocativo:
O jantar está servido, senhor!
Observação: Se o adjunto adverbial viesse no final da frase, não seria necessário o uso da vírgula.
Observação: Neste exemplo, foi omitido o verbo estava. “. . . eu estava muito triste.”
• para separar palavras e expressões explicativas ou retificativas como por exemplo, ou melhor, isto é, aliás,
além disso, então, etc.
De doce, eu gosto.
Foi até a cozinha, bebeu um copo de água, pensou por alguns instantes, acendeu seu cigarro.
• o sujeito e o predicado:
Os alunos da escola formaram uma comissão.
sujeito predicado
2) PONTO FINAL ( . )
O ponto final é usado para representar a pausa máxima com que se encerra o período.
• no período simples:
• no período composto:
• nas abreviaturas:
Língua Portuguesa
3) PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
O ponto-e-vírgula é utilizado para marcar uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
4) DOIS-PONTOS ( : )
Os dois-pontos são utilizados para marcar uma sensível suspensão da voz de uma frase não concluída.
Emprega-se os dois-pontos:
5) PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
Observações:
a) O ponto de interrogação não é empregado nas perguntas indiretas:
b) O ponto de interrogação e o de exclamação podem aparecer lado a lado em frases de entonação interrogati-
Língua Portuguesa
va e exclamativa:
6) PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
• frases exclamativas:
Que dia lindo!
• interjeições e onomatopeias:
• verbo no imperativo:
• Depois de vocativo:
7) RETICÊNCIAS (. . .)
As reticências são utilizadas para indicar que a frase foi interrompida. Emprega-se as reticências para
indicar:
— Eu te amo, disse Luísa em voz baixa. Como Alfredo não escutou, Luísa ia dizer outra vez: “eu te . . .”,
mas foi interrompida com a chegada de seu pai.
• supressão de palavras:
E a vida continua . . .
8) PARÊNTESES ( ( ) )
Os parênteses são usados para intercalar pequenos comentários que não se encaixam na ordem lógica
da frase.
Língua Portuguesa
• destacar datas:
O senhor Irineu (que Deus o tenha!) era uma pessoa arrogante e mal-humorada.
9) TRAVESSÃO ( — )
O travessão é usado para indicar com que pessoa do discurso está a fala.
Emprega-se o travessão para:
• indicar a mudança do interlocutor no diálogo:
10) ASPAS ( “ ” )
Empregam-se as aspas:
11) COLCHETES ( [ ] )
Os colchetes são utilizados com a mesma finalidade dos parênteses, principalmente na linguagem
científica e religiosa.
12) ASTERISCO ( * )
O asterisco é utilizado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação), ou para substi-
tuir um nome que não se quer mencionar.
O Marquês * * *
13) PARÁGRAFO ( § )
A chave é utilizada para dividir um assunto. As chaves são muito empregadas em matemática.
15) BARRA ( / )
01 / 06 / 94
A/C - ao(s) cuidado(s)
Língua Portuguesa
EXERCÍCIOS
2) Observe as frases:
a) apenas a I
b) apenas a II
c) apenas a I e a II
d) apenas a III
3) “Naquele momento só desejava uma coisa: que Alberto retornasse o mais breve possível.”
RESPOSTAS
1-C 2-C 3-D
EXERCÍCIOS FINAIS
1) Assinale a alternativa correspondente à grafia correta dos vocábulos: fêm.....r, crân.....o, cr.....olina, eng.....lir
a) o, i, i, o
b) u, i, e, o
c) u, i, i, u
d) o, e, e, u
3) Apenas uma frase das alternativas abaixo está incorreta quanto à ortografia, aponte-a:
Língua Portuguesa
a) o dó
b) a cataplasma
c) o comichão
d) a derme
e) o eclipse
6) Aponte a alternativa que possua um epiceno, um sobrecomum e um comum de dois gêneros, respectiva-
mente:
O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste
planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas são
palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não desco-
briu os valores fundamentais da existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada mais é do
que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a devastação das florestas, a po-
luição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de progres-
so não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem promovendo há muito tempo,
uma autêntica guerra contra a natureza.
Língua Portuguesa
e) os seres de outro planeta.
9) Da maneira como o assunto é tratado no Texto III, é correto afirmar que o meio ambiente está degradado porque:
a) a destruição é inevitável.
b) a civilização o está destruindo.
c) a humanidade preserva sua existência.
d) as guerras são o principal agente da destruição.
e) os recursos para mantê-lo não são suficientes.
10) A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista americano.” (l. 4 – 5) quer dizer que o cientista é:
a) inimigo.
b) velho.
c) estranho.
d) famoso.
e) desconhecido.
11) Aponte a alternativa que possua um adjetivo uniforme e um adjetivo biforme respectivamente:
a) comum - loquaz
b) réu - veloz
c) breve - estudioso
d) são - plebeu
e) hipócrita – útil
a) 8036
b) 806
c) 836
d) 86
e) 83
a) século V - (quinto)
b) tomo III - (três)
c) artigo XVI - (dezesseis)
d) João XXIII - (vinte e três)
e) ato VII - (sétimo)
17) Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas das frases abaixo:
a) Aquela - esta
b) Esta - esta
c) Essa - essa
d) Essa - esta
e) Esta - aquela
a) a quem
b) em que
c) do qual
d) com quem
e) de quem
Língua Portuguesa
a) costear = navegar pela costa;
custear = pagar os custos
e) descriminar = distinguir;
discriminar = inocentar
a) objetiva indireta
b) predicativa
c) completiva nominal
d) objetiva direta
e) apositiva
23) Qual das orações subordinadas pode ser considerada adverbial causal?
24) No período “Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais”, a oração destacada indi-
ca idéia de:
a) concessão
b) comparação
c) causa
d) condição
e) conformidade
a) O futuro do subjuntivo expressa um fato que vai acontecer relacionado a outro fato futuro.
b) O pretérito mais-que-perfeito expressa um fato anterior a outro fato que também é passado.
Língua Portuguesa
(1) Polissíndeto
(2) Hipérbato
(3) Epíteto
(4) Pleonasmo
(5) Elipse
a) 4,3,5,2,1
b) 3,4,2,1,5
c) 3,4,2,5,1
d) 3,4,5,2,1
e) 1,3,2,5,4
“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos”. (Machado de Assis)
Língua Portuguesa
b) dúvida - lugar - tempo
c) modo - lugar - dúvida
d) dúvida - afirmação - negação
e) afirmação - dúvida - lugar
RESPOSTAS
1-B 2-A 3-D 4-E 5-C
6-A 7-A 8-C 9-B 10 - D
11 - C 12 - A 13 - E 14 - A 15 - C
16 - B 17 - C 18 - D 19 - A 20 - E
21 - E 22 - C 23 - C 24 – E 25 - C
26 - A 27 - C 28 - A 29 - D 30 - B
BIBLIOGRAFIA
• Bechara, Evanildo.
Moderna Gramática Portuguesa – Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
• Infante, Ulisses.
Curso de Gramática Aplicada aos textos São Paulo: Scipione, 1995.
• Ferreira, Mauro.
Aprender e praticar gramática: teoria, sínteses das
unidades, atividades práticas, exercícios de vestibulares: 2º grau - São Paulo: FTD, 1992.
• Farias, A.
A interpretação do texto e o pretexto / A. Farias [ e ] Agostinho Dias Carneiro - Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,
1979.
• Infante, Ulisses.
Textos: leituras e escritas: literatura, língua e redação
- São Paulo: Scipione, 2000.
• Terra, Ernani
Português para o ensino médio: língua, literatura e produção de textos: volume único / Ernani Terra & José Ni-
cola, Floriana Toscano Cavallete. São Paulo: Scipione, 2002.
• Novas Palavras: Literatura, gramática, redação e leitura / Ricardo Leite - São Paulo: FTD, 1997. Outros autores:
Emília Amaral, Mauro Ferreira, Severino Antônio.
SITES PESQUISADOS
http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.php
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/reforma-ortografica-acentuacao-grafica-tabela-traz-re-
gras-ja-de-acordo-com-a-nova-ortografia.htm
http://www.infoescola.com/portugues/distincao-entre-fonetica-e-fonologia/
http://www.gramatica.net/site.php?mdl=gramatica&op=cap01-01-som_e_fonema
http://portuguescomchocolate.blogspot.com.br/2011/04/1-coloque-v-ou-f-para-o-numero-de.html
http://www.brasilescola.com/redacao/elementos-presentes-no-ato-comunicacao.htm
http://dialogoecontexto.blogspot.com.br/2010/06/exercicios-com-pronomes-elementos-de.html
http://www.portugues.com.br/gramatica/analisando-as-funcoes-atribuidas-ao-vocabulo-como-.html
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-portugues/classes-gramaticais
http://www.brasilescola.com/portugues/semantica.htm
Raciocínio Lógico
Raciocínio Lógico
chamadas de premissas, uma conclusão delas derivada. identificar como verdadeiras ou falsas.
Por exemplo: x + 2 = 9
COMPREENSÃO DE ESTRUTURAS LÓGICAS
Essa expressão pode ser verdadeira ou falsa,
PROPOSIÇÕES dependendo do valor da letra x.
A proposição é todo o enunciado com palavras e/ou Se x for igual a 7, a sentença é verdadeira, pois
símbolos que representam um pensamento de sentido 7+2=9
completo. Toda proposição é uma representação lógica do
juízo que afirma (valor lógico verdadeiro) ou nega (valor Se x for igual a 3, a sentença é falsa, pois 3 + 2 não
lógico falso) a identidade representativa de dois conceitos. é igual a 9 (3 + 2 … 9)
As regras que determinam quais as proposições que devem
ser verdadeiras constituem a lógica matemática. Em sentenças abertas sempre temos algum valor
desconhecido, que é representado por uma letra do alfabe-
Assim sendo, têm-se exemplos de proposições abaixo: to. Pode-se colocar qualquer letra, mas as mais usadas
pelos matemáticos são: x, y e z.
5 > 1 (valor lógico verdadeiro)
5 = 1 (valor lógico falso) Veja outros exemplos de sentenças abertas:
No caso das proposições, a lógica matemática tem x+3…6
como base dois princípios: 2y – 1 < – 7
C Princípio da não-contradição: Pode-se, também, ter uma sentença aberta como
"Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao proposição, porém nesse caso não é possível atribuir um
mesmo tempo”. valor lógico.
Resposta:
VALORES LÓGICOS DAS PROPOSIÇÕES
1) Se x = 3 então a condição se verifica (V, V);
Valor lógico é a classificação da proposição em 2) A condição (V, F) não se verifica;
verdadeiro (V) ou falso (F), pelos princípios da não-contradi- 3) Se x = –13 então a condição é verdadeira
ção e do terceiro excluído. Sendo assim, a classificação é (F, V);
única, ou seja, a proposição só pode ser verdadeira ou 4) Se x diferente de 3 e x diferente de –13, então
falsa. a condição (F, F) é verdadeira.
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Raciocínio Lógico
CONECTIVOS Na tabela abaixo, encontra-se todos os valores
lógicos possíveis de uma proposição composta correspon-
Conectivo é tudo aquilo que estabelece uma cone- dente das proposições simples abaixo:
xão, isto é, que une uma coisa a outra. Na lógica, o conecti-
vo é um termo ou símbolo dele, que relaciona proposições p: Evandro é estudioso.
de modo tal que a verdade ou inverdade da afirmação q: Ele passará no concurso.
resultante é determinada pela verdade ou inverdade dos
seus componentes.
p q
As proposições podem ser conectadas através dos 1 V V
seguintes conectivos: e, ou, ou ... ou ..., não, se ... então ...,
... se e somente se ... 2 V F
3 F V
Os conectivos são representados por símbolos, como
mostra a tabela abaixo: 4 F F
Conectivo Símbolo
TEOREMA DO NÚMERO DE LINHA
e ∧ DA TABELA-VERDADE
ou ∨
A tabela-verdade lista todas as possíveis combina-
ou... ou... ∨ ções de valores-verdade V e F para as variáveis envolvidas
não ~ ou ¬ na expressão cujo valor lógico deseja-se deduzir. A tabela-
verdade de uma proposição composta com n proposições
se... então... ÷ simples componentes contém linhas. Ou seja, cada proposi-
ção simples tem dois valores V ou F, que se excluem. Para
n proposição simples (atômicas) distintas, há tantas possibi-
PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS lidades quantos são os arranjos com repetição de (V e F)
elementos n a n. Segue-se que o número de linhas da
As proposições são classificadas em simples e tabela-verdade é. Assim, para duas proposições são linhas;
Raciocínio Lógico
A TABELA-VERDADE F V
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Raciocínio Lógico
p q f) Bicondicional (:)
p∧q
V V V A proposição bicondicional, indicada por p : q (lê-se:
"p se e somente se q”) é, por definição, a proposição que é
F V F verdadeira somente quando p e q têm o mesmo valor
V F F lógico. A tabela-verdade para a proposição bicondicional é
dada a seguir:
F F F
p q p:q
p ∧ q Evandro é estudioso e (ele) passará no concurso.
V V V
c) Disjunção (∨) V F F
A disjunção de duas proposições p e q, indicada por F V F
p ∨ q (lê-se: "p ou q”), é, por definição, a proposição que é F F V
verdadeira sempre que pelo menos uma das proposições
componentes o for. A tabela-verdade para a disjunção de
duas proposições é dada a seguir: p : q: Evandro é estudioso se e somente se ele
passar no concurso.
p q p∨q
Ou seja, p é condição necessária e suficiente para q.
V V V
V F V
TAUTOLOGIA
F V V
F F F Etimologicamente, a palavra tautologia é formada por
dois radicais gregos: taut (o) - que significa "o mesmo" e
–logia que significa "o que diz a mesma coisa já dita”. Para
Raciocínio Lógico
p ∨ q: Evandro é estudioso ou ele passará no concurso. a lógica, a tautologia é uma proposição analítica que
permanece sempre verdadeira, uma vez que o atributo é
uma repetição do sujeito, ou seja, o uso de palavras
d) Disjunção exclusiva (∨) diferentes para expressar uma mesma idéia; redundância,
pleonasmo.
A disjunção de duas proposições p e q, indicada por
p ∨ q (lê-se: "ou p ou q”, mas não ambos), é, por definição, Exemplo: O sal é salgado
a proposição que é verdadeira sempre que a outra for falsa.
A tabela-verdade para a disjunção exclusiva de duas Uma proposição composta P (p, q, r, ...) é uma
proposições é dada a seguir: tautologia se P (p, q, r, ...) tem valor lógico V quaisquer que
sejam os valores lógicos das proposições componentes p,
p q p∨q q, r, ..., ou seja, uma tautologia conterá apenas V na última
coluna da sua tabela-verdade.
V V F
V F V Exemplo:
p ÷ q: Se Evandro é estudioso, então ele passará no Uma proposição composta P (p, q, r, ...) é uma
concurso. contradição se P (p, q, r, ...) tem valor lógico F quaisquer
que sejam os valores lógicos das proposições componentes
Ou seja, p é condição suficiente para q e q é condi- p, q, r, ..., ou seja, uma contradição conterá apenas F na
ção necessária para p. última coluna da sua tabela-verdade.
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Raciocínio Lógico
Exemplo: Construindo a tabela- verdade, teremos que:
F V V p: João é alto.
q: Guilherme é gordo.
V F F
Daí, utilizando essas definições feitas acima para as
proposições p e q, as alternativas da questão poderão ser
Resumidamente, temos: reescritas, simbolicamente, como:
– tautologia contendo apenas V na última coluna da a) p ÷ (p ∨ q) (=se João é alto, então João é alto ou
sua tabela-verdade; Guilherme é gordo)
– contradição contendo apenas F na última coluna de b) p ÷ (p ∧ q) (=se João é alto, então João é alto e
sua tabela-verdade; Guilherme é gordo)
a) um silogismo. V V V V
b) uma tautologia.
c) uma equivalência. V F V V
d) uma contingência.
e) uma contradição. F V V V
Resolução: Com a finalidade de montarmos a tabela
verdade para verificar se a proposição apresentada no F F F V
enunciado da questão é uma tautologia ou uma contradi-
ção, definiremos a seguinte proposição simples: Já chegamos à resposta! Observe que a última
coluna da tabela-verdade acima só apresentou valores
p: o candidato A será eleito lógicos verdadeiros. Com isso, concluímos: a proposição
da opção a – Se João é alto, então João é alto ou Guilher-
Então, a sentença "o candidato A será eleito OU me é gordo – é uma tautologia.
não será eleito” passará ser representada simbolicamente
como: p ∨ ~p. Resposta: letra a
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Raciocínio Lógico
IMPLICAÇÕES LÓGICAS 3. A implicação contra-recíproca:
Dizemos que uma expressão p implica logicamente É aquela que o antecedente e trocado pela negação
uma expressão q se, e somente se, cada atribuição de valor do conseqüente vice-versa.
Exemplo: Se nadei, então me molhei.
também. Utilizamos a notação p | q para dizer que x
às variáveis que torna x verdadeira torna q verdadeira
Contra-recíproca: Se não me molhei, então não
implica logicamente q. nadei.
Prova: x implica logicamente y se, e somente se, Definição: Tem-se uma equivalência lógica entre
sempre que x for verdadeiro, y também seja. Dessa manei- duas proposições se uma implicar na outra e vice-versa.
ra, x implica logicamente y se, e somente se, nunca ocorre
no caso em que x é verdadeiro e y é falso. Pois isso Exemplo: Uma pessoa muda não fala.
significa que a expressão x ÷ y nunca é falsa, ou seja, que Uma pessoa que não fala é muda.
x ÷ y é uma tautologia.
Note que uma pessoa muda (antecedente) implica
em não falar (conseqüente) e que não falar (conseqüente)
IMPLICAÇÕES LÓGICAS ENTRE PROPOSIÇÕES implica em ser muda (antecedente), ou seja, o antecedente
implica no conseqüente da mesma maneira que o conse-
A implicação lógica entre duas proposições é cons- qüente implica no antecedente.
truída a partir da primeira (antecedente) e da segunda
(conseqüente), de maneira que a nova proposição será
verdadeira nos casos que: EQUIVALÊNCIA ENTRE PROPOSIÇÕES
Raciocínio Lógico
C O antecedente e o conseqüente são falsos. lada, entre outros modos, utilizando palavras como "é
E será falsa no caso em que: equivalente”, "se, e só se” ou "é condição necessária e
suficiente”.
C O antecedente é verdadeiro e o conseqüente é falso.
Por exemplo, o caráter de equivalência das proposi-
Regra da negação de uma implicação: O valor de ções:
verdade da negação de uma implicação é o mesmo que o da
conjunção entre o antecedente e a negação do conseqüente. Um ângulo é reto se, e só se, o ângulo for de 90º.
As propriedades das implicações lógicas são: Uma condição necessária e suficiente para que
x (y + 1) = 0 é que x = 0 ou y = –1
1) p | (p ∧ q) Ou seja,
2) (p ∧ q) | p
(o ângulo é reto) ] (o ângulo for de 90º)
3) (p ÷ q) | ~p (q deve ser uma contradição)
(a pessoa é rica) ] (a pessoa possui muito dinheiro)
4) [p ∧ (p ÷ q) ] | q
(x (y + 1) = 0 ] (x = 0 ∨ y = –1)
5) [ (p ÷ q) ∧ ~q] | ~p
6) [ (p ∨ q) ∧ ~p] | q Lembre-se: Y implica logicamente
7) p | [q÷ (p ∧ q) ] ] logicamente equivalente
8) [ (p : q) ∧ (q : r) ] | (p : r)
9) [ (p ÷ q) ∧ (q ÷ r) ] | (p ÷ r) EQUIVALÊNCIA ENTRE SENTENÇAS ABERTAS
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PROPRIEDADES DAS EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO.
As propriedades das equivalências lógicas são:
Equivalências da Condicional:
1. p ÷ q ] ~q ÷ ~p ] ~p ∨ q
Equivalências da Idempotência:
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Raciocínio Lógico
é, como já vimos, um conjunto de proposições em que se 1) Que horas são?
pretende que uma delas seja sustentada ou justificada 2) Traz a apostila.
pelas outras — o que não acontece no exemplo anterior. 3) Prometo ir ao shopping.
4) Quem me dera gostar de Matemática.
Importante: um argumento pode ter uma ou mais
premissas, mas só pode ter uma conclusão. Mas as frases seguintes exprimem proposições,
porque têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras ou
Exemplos de argumentos com uma só premissa: falsas, ainda que, acerca de algumas, não saibamos, neste
momento, se são verdadeiras ou falsas:
1) Premissa: Todos os brasileiros são sul-americanos.
1) O Brasil fica na América do Norte.
Conclusão: Logo, alguns sul-americanos são 2) Brasília é a capital do Brasil.
brasileiros. 3) A neve é branca.
4) Há seres extra-terrestres inteligentes.
2) Premissa: O Victor e o André são alunos do
1.º ano. A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4?
Bem, não sabemos qual é o seu valor de verdade, não
Conclusão: Logo, o Victor é aluno do 1.º ano. sabemos se é verdadeira ou falsa, mas sabemos que tem
de ser verdadeira ou falsa. Por isso, também exprime uma
Exemplos de argumentos com duas premissas: proposição.
1) Premissa 1: Se o André é um aluno do 1.º ano, Uma proposição é uma entidade abstrata, é o
então estuda filosofia. pensamento que uma frase declarativa exprime literalmen-
Premissa 2: O André é um aluno do 1.º ano. te. Ora, um mesmo pensamento pode ser expresso por
diferentes frases. Por isso, a mesma proposição pode ser
Conclusão: Logo, o André estuda filosofia. expressa por diferentes frases. Por exemplo, as frases "O
governo demitiu o presidente da TAP" e "O presidente da
2) Premissa 1: Todos os homens são imortais. TAP foi demitido pelo governo" exprimem a mesma proposi-
Premissa 2: Sócrates é homem. ção. As frases seguintes também exprimem a mesma
proposição: "A neve é branca" e "Snow is white".
Conclusão: Portanto, Sócrates é imortal.
Raciocínio Lógico
Nas proposições, há alguns indicadores de conclu-
são. Os dois mais utilizados são "logo" e "portanto". Um INFERÊNCIAS
indicador é um articulador do discurso, é uma palavra ou
expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma VALIDADE DE UM ARGUMENTO
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta
alguns indicadores de premissa e de conclusão: Todos os seres humanos têm algo a dizer sobre a
realidade que os rodeia e um conjunto de crenças (nem
sempre verdadeiras) acerca do mundo que pretendem
Indicadores de premissa Indicadores de conclusão
transmitir e partilhar com os seus próximos. Não cabe à
pois por isso lógica estabelecer critérios para aceitar uma proposição
porque por conseguinte como verdadeira, compete-lhe esclarecer em que medida
uma proposição é uma conseqüência de um certo conjunto
dado que implica que de outras proposições. Caso o veredicto seja negativo algo
como foi dito logo exige revisão.
visto que portanto
devido a então Este fato permite explicar o interesse de algumas
a razão é que daí que pessoas particularmente conscientes da importância da
admitindo que segue-se que argumentação em propor um método que permitisse
determinar as circunstâncias em que uma inferência
sabendo-se que pode-se inferir que merece ser considerada válida. A primeira pessoa a fazê-lo
assumindo que conseqüentemente de uma forma sistemática foi Aristóteles, um filósofo grego
da Antiguidade. O seu exemplo foi seguido por vários outros
• É claro que nem sempre as premissas e a conclusão filósofos, entre os quais um lógico medieval português
são precedidas por indicadores. chamado Pedro Hispano. Durante o século XX o tema
sofreu um desenvolvimento imenso devido, em particular,
à descoberta da lógica moderna por Frege.
PROPOSIÇÕES E FRASES
Nesse sentido, o estudo da lógica desenvolveu-se em
Um argumento é um conjunto de proposições. Quer torno de uma idéia principal: a idéia de validade. Esta é uma
as premissas quer a conclusão de um argumento são idéia notável porque nos permite compreender, entre outras
proposições. Mas o que é mesmo uma proposição? coisas, a razão pela qual, em certas circunstâncias, podemos
confiar nas conclusões a que chegamos ao efetuar uma
Uma proposição é o pensamento que uma frase inferência, ou seja, a operação intelectual por meio da qual se
declarativa exprime literalmente. afirma a verdade de uma proposição em decorrência de sua
ligação com outras já reconhecidas como verdadeiras.
Não confunda proposições com frases. Uma frase é
uma entidade lingüística, é a unidade gramatical mínima de A verdade é uma propriedade das proposições. A
sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "O Brasil é um" validade é uma propriedade dos argumentos. É incorreto
não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "O Brasil é um falar em proposições válidas. As proposições não são
país” é uma frase, pois já se apresenta com sentido gramati- válidas nem inválidas. As proposições só podem ser
cal. Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas, verdadeiras ou falsas. Também é incorreto dizer que os
imperativas e exclamativas. Mas só as frases declarativas argumentos são verdadeiros ou que são falsos. Os argu-
exprimem proposições. Uma frase só exprime uma proposi- mentos não são verdadeiros nem falsos. Os argumentos
ção quando o que ela afirma tem valor de verdade. dizem-se válidos ou inválidos.
Por exemplo, as seguintes frases não exprimem Diz-se que um argumento é válido na circunstância
proposições, porque não têm valor de verdade, isto é, não em que: se as suas premissas são todas verdadeiras, então
são verdadeiras nem falsas: a conclusão não pode ser falsa. Repare que, para um
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argumento ser válido, não basta que as premissas e a Exemplo: Todo ser humano têm pai.
conclusão sejam verdadeiras. Pois, sendo as premissas Todos os homens são humanos.
verdadeiras, a conclusão jamais seja falsa. ˆ Todos os homens têm pai.
A validade de um argumento dedutivo depende da O argumento será indutivo quando suas premissas
conexão lógica entre as premissas e a conclusão do não fornecerem o apoio completo para ratificar as conclu-
argumento e não do valor de verdade das proposições que sões.
constituem o argumento. Como já foi dito, a validade é uma
propriedade diferente da verdade. A verdade é uma proprie- Exemplo: O São Paulo é um bom time de futebol.
dade das proposições que constituem os argumentos (mas O Palmeiras é um bom time de futebol.
não dos argumentos) e a validade é uma propriedade dos O Corinthians é um bom time de futebol.
argumentos (mas não das proposições). Sendo assim, O Santos é um bom time de futebol.
pode-se ter as seguintes combinações para os argumentos ˆ Todos os times paulistas de futebol são
válidos dedutivos: bons.
p|q
• dedutivos
• indutivos Se p então q
O argumento será dedutivo quando suas premissas ~q ou ~q
fornecerem prova conclusiva da veracidade da conclusão, ))))))))))))) ))))))))))))
isto é, o argumento é dedutivo quando a conclusão é ˆ ~p ˆ ~p
completamente derivada das premissas.
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Raciocínio Lógico
Existe também um tipo de argumento válido conheci- A seguir examinaremos algumas falácias conhecidas
do pelo nome de dilema. que ocorrem com muita freqüência.
Geralmente, esse argumento ocorre quando alguém O primeiro caso de argumento dedutivo não-válido
é forçado a escolher entre duas alternativas indesejáveis. que veremos é o que chamamos de "falácia da afirmação
do conseqüente”.
Exemplo: José se inscreveu no concurso da Prefei-
tura Municipal de São Paulo, porém não Por exemplo:
gostaria de sair de Ribeirão Preto, e seus
colegas de trabalho estão torcendo por Se ele me ama então ele casa comigo.
ele. Ele casa comigo.
ˆ Ele me ama.
Eis o dilema de José:
Podemos escrever esse argumento como:
• Ou José passa ou não passa no concurso.
ˆ Ou José vai embora de Ribeirão Preto ou João Esse argumento é uma falácia, podemos ter as
ficará com vergonha dos colegas de trabalho. premissas verdadeiras e a conclusão falsa.
Esse argumento é evidentemente válido e sua forma Outra falácia que ocorre com freqüência é a conheci-
pode ser escrita da seguinte maneira: da por "falácia da negação do antecedente”.
Raciocínio Lógico
p|s
Se p, então r ˆ João não engordará.
Se q, então s ou
)))))))))))) )))))))))))))))))) Observe que temos a forma:
ˆ ou r ou s ˆ (r ∧ ~s) ∨ (~r ∧ s)
Se p então q p|q
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Raciocínio Lógico
Assim, quando dizemos: "Todos os homens são Exemplo: Todas as mulheres são bonitas.
mortais / Sócrates é homem / Logo, Sócrates é mortal”, a Todas as rainhas são mulheres.
conclusão é necessária porque deriva das premissas. ˆ Todas as princesas são bonitas.
Premissa menor:
todas as rainhas são mulheres.
Premissa maior:
todas as mulheres são bonitas.
Podemos, ainda, dizer que o silogismo é um raciocí- 5. De duas premissas particulares não poderá haver
nio que parte de uma proposição geral e conclui outra conclusão;
proposição geral (que também pode ser particular).
Raciocínio Lógico
• Termo menor – sujeito da conclusão. p4: Quando não chove e estou deprimida então não
• Termo maior – predicado da conclusão. passeio
• Termo médio – é o termo que aparece uma vez em
cada premissa e não aparece na conclusão. p5: Hoje, passeio
Chamaremos de premissa maior a que contém o Começaremos da p5 onde sabe-se que passeio. Da
termo maior e premissa menor a que contém o termo p2 sabe-se que o conseqüente do "se então” é negado o
menor. antecedente também o será, ou seja, não passeio é falso,
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Raciocínio Lógico
o conseqüente (não passeio e fico deprimida), terá valor 3) (Questão 70 da Prova de Técnico do MPU - Proble-
falso, independentemente do valor lógico da proposição mas com Verdades e Mentiras) Você está à frente de
"fico deprimida”, pois se trata de um "e” que só será duas portas. Uma delas conduz a um tesouro; a
verdadeiro se todas as proposições que o formarem forem outra, a uma sala vazia. Cosme guarda uma das
verdadeiras, logo chove é falso, portanto, não chove. Da p4 portas, enquanto Damião guarda a outra. Cada um
tem-se a negação do conseqüente do "se então” logo o dos guardas sempre diz a verdade ou sempre mente,
antecedente do mesmo deverá ser falso, como se trata de ou seja, ambos os guardas podem sempre mentir,
um "e” a já sabemos que "não chove” restou para que o "e” ambos podem sempre dizer a verdade, ou um sem-
seja falso que estou deprimida seja falso, logo não estoude- pre dizer a verdade e o outro sempre mentir. Você
primida. Da p1 tem-se que o conseqüente do "se então” tem não sabe se ambos são mentirosos, se ambos são
valor lógico falso (não passeio ou fico deprimida = F ∨ F = verazes, ou se um é veraz e o outro é mentiroso.
F) logo o antecedente deverá ser falso, ou seja, eu vejo Mas, para descobrir qual das portas conduz ao
Carlos. Da p3 sendo o conseqüente falso, logo o antece- tesouro, você pode fazer três (e apenas três) pergun-
dente será falso, então (não faz calor e passeio = F ∧ V = tas aos guardas, escolhendo-as da seguinte relação:
F), logo faz calor.
p1: O outro guarda é da mesma natureza que você
(isto é, se você é mentiroso ele também o é, e
Dentre as alternativas formadas pelo conectivo "e” se você é veraz ele também o é)?
será verdadeira aquelas em que todas as proposições
lógicas forem verdadeiras, ou seja, (vejo Carlos, e não p2: Você é o guarda da porta que leva ao tesouro?
estou deprimida, e não chove, e faz calor = V ∧ V ∧ V ∧ V
= V) p3: O outro guarda é mentiroso?
ALTERNATIVA C p4: Você é veraz?
Raciocínio Lógico
é inocente. Se Sicrano é culpado, então Fulano é b) p3 a Damião, p2 a Cosme, p3 a Cosme.
culpado. Logo, c) p3 a Cosme, p2 a Damião, p4 a Cosme.
d) p1 a Cosme, p1 a Damião, p2 a Cosme.
a) Fulano é inocente, e Beltrano é inocente, e e) p4 a Cosme, p1 a Cosme, p2 a Damião.
Sicrano é inocente.
b) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, e Resolução: A melhor dica para problemas com
Sicrano é inocente. verdades e mentiras é iniciar pela pessoa que diz a verda-
c) Fulano é culpado, e Beltrano é inocente, e de, no entanto, tem-se a dificuldade de termos dois guardas
Sicrano é inocente. onde cada um deles sempre diz a verdade ou sempre
d) Fulano é inocente, e Beltrano é culpado, e mente, ou seja, ambos os guardas podem sempre mentir,
Sicrano é culpado. ambos podem sempre dizer a verdade, ou um sempre dizer
e) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, e a verdade e o outro sempre mentir.
Sicrano é culpado.
Nesse caso as perguntas 3 e 4 não ajudam muito,
Resolução: Temos as seguintes premissas: pois se você não sabe se Cosme ou Damião estão dizendo
verdade ou mentira perguntar se o outro é mentiroso, ou
p1: Se Fulano é culpado, então Beltrano é culpado você é veraz fica sem efeito.
p2: Se Fulano é inocente, então ou Beltrano é culpado, Mas a pergunta p1 que afirma que "O outro guarda é
ou Sicrano é culpado, ou ambos, Beltrano e Sicrano, da mesma natureza que você” é interessante, observe os
são culpados quadros comparativos abaixo:
p3: Se Sicrano é inocente, então Beltrano é inocente. O outro guarda é da mesma natureza que você?
Cosme Damião
p4: Se Sicrano é culpado, então Fulano é culpado
Fala a verdade (responde sim) Fala a verdade (responde sim)
Para que o argumento seja válido todas as premissas
devem ser verdadeiras e a conclusão deverá ser verdadei- Fala a verdade (responde não) Fala a verdade (responde sim)
ra. Fala mentira (responde sim) Fala mentira (responde não)
Vamos elaborar uma hipótese inicial: Fala mentira (responde não) Fala mentira (responde não)
Fulano é culpado, se isto ocorrer, é condição suficien- Observe que as respostas de Cosme e Damião para
te para que Beltrano seja culpado, logo Beltrano é culpado. tais perguntas já são esperadas, se os dois falam a verdade
os dois respondem sim, se os dois mentem os dois respon-
Da p3 tem-se que negando o conseqüente do "se dem não, se um fala a verdade e o outro mente, o que fala
então” devemos negar seu antecedente, logo: Sicrano é a verdade diz não e o que mente diz sim, portanto de
culpado. Da p4, ao afirmar o antecedente, também afirmo acordo com a resposta de ambos a esta mesma pergunta,
seu conseqüente, logo Fulano é culpado. Da p2, conhece- já saberei se Cosme e Damião estão falando verdade ou
mos alguns valores lógicos, logo: (Se Fulano é inocente, mentira, só falta perguntar a qualquer um deles se "Você é
então ou Beltrano é culpado, ou Sicrano é culpado, ou o guarda da porta que leva ao tesouro”, basta perguntar ao
ambos, Beltrano e Sicrano, são culpados = F ÷ V ∨ V = V). Cosme e obteremos a resposta.
ALTERNATIVA E
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Raciocínio Lógico
Através da representação de Venn-Euller, pode-se
DIAGRAMAS LÓGICOS executar algumas operações com os conjuntos. Essas
operações estão intimamente ligadas com a relação entre
as proposições.
Diagramas lógicos são estruturas auxiliadoras na
resolução de problemas que envolvem relações entre as DIAGRAMAS LÓGICOS -
proposições. Para entender como se utilizar esse mecanis- OPERAÇÕES COM CONJUNTOS
mo é necessário estudar a teoria de conjuntos.
A correspondência entre as operações com conjuntos
e as operações lógicas são:
TÓPICOS SOBRE A TEORIA DOS CONJUNTOS
Disjunção (∨) ö União (^)
Definição: Um conjunto é uma "coleção" de elemen-
tos que possuem uma ou mais características em comum, Conjunção (∧) ö Intersecção (_)
são essas características que define o conjunto e o distin- Negação (~) ö Complementação ( )
gue dos outros.
Exemplos: DISJUNÇÃO (∨ ^)
∨) - UNIÃO (^
1) O conjunto das vogais é formado por cinco elemen- A disjunção é representada pela operação de união.
tos: {a, e, i, o, u}.
novo conjunto (A ^ B) formado por todos os elementos de
A união entre dois conjuntos A e B consiste em montar um
2) O conjunto dos números pares é formado por infinitos A e de B.
elementos.
Definição:
3) O conjunto dos países que falam a língua portuguesa
possui nove elementos: {Angola, Brasil, Cabo Verde,
Timor Leste, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Exemplos:
Portugal, São Tomé e Príncipe}.
1) A = {1, 2, 3, 4, 5}
Raciocínio Lógico
A ^ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
4) O conjunto dos números naturais é formado por B = {3, 5, 6, 7}
infinitos elementos.
Nº de ele-
Ex. Característica Elementos
mentos
1 Ser vogal. 5 a, e, i, o, u.
2 Ser um número Infinitos Todos os números Observação: A ^ B = B ^ A
par. múltiplos de 2.
3 País que fala lín- 9 Angola, Brasil, Ca- 2) Dada a disjunção - "Pedro é estudioso ou esperto",
gua portuguesa. bo Verde, Timor escreva e analise o diagrama lógico associado a
Leste, Guiné-Bis- disjunção.
sau, Macau, Mo-
çambique, Portu- Solução: A disjunção pode ser escrita, simbolica-
gal, São Tomé e mente, pela proposição composta p ∨ q, onde p
Príncipe. representa estudioso e q esperto.
4 Ser um número Infinitos Todos os números Pode-se representar essa disjunção pela união dos
natural. inteiros e positi- conjuntos das pessoas inteligentes com o das pes-
vos. soas espertas.
REPRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO
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Raciocínio Lógico
C Se Pedro estiver na condição 3, ele é esperto, então O resultado obtido foi o mesmo da tabela verdade da
p ∨ q é verdadeira. conjunção, demonstrado abaixo:
Raciocínio Lógico
1) A = {1, 2, 3, 4, 5} Solução: A negação pode ser escrita, simbolicamen-
A _ B = {3, 5}
B = {3, 5, 6, 7} te, pela proposição ~p, onde p representa estudioso.
Observação: A _ B = B _ A
Onde:
2) Dada a conjunção - "Pedro é estudioso e esperto",
^ - conjunto de todas as pessoas que existem.
I- conjunto das pessoas inteligentes;
escreva e analise o diagrama lógico associado a
disjunção.
A análise do diagrama resulta em:
Solução: A conjunção pode ser escrita, simbolica-
mente, pela proposição composta p ∧ q, onde p C Se Pedro estiver na condição 1, ele não é inteligente,
representa estudioso e q esperto. então ~p é verdadeira.
Pode-se representar essa conjunção pela intersec- C Se Pedro estiver na condição 2, ele é inteligente,
ção dos conjuntos das pessoas inteligentes com o então ~p é falsa.
das pessoas espertas.
O resultado obtido foi o mesmo da tabela verdade da
Onde: negação, demonstrado abaixo:
I- conjunto das pessoas inteligentes;
E - conjunto das pessoas espertas; p ~p
U - conjunto de todas as pessoas que existem.
V F
A análise do diagrama resulta em:
F V
C Se Pedro estiver na condição 1, ele é inteligente,
mas não é esperto, então p ∧ q é falsa.
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Raciocínio Lógico
b) Conjunto dos números inteiros não negativos = + !
ARITMÉTICA (+ = ù)
+ = {0, +1, +2, +3, ...} ou
+ = {0, 1, 2, 3, ...}
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS EM ú
c) Conjunto dos números inteiros não positivos = –
Abrangem as operações fundamentais em: (– = {0, –1, –2, –3, ...})
a) Conjunto dos números naturais (Conjunto ù)
*
b) Conjunto dos números inteiros (Conjunto ) d) Conjunto dos número inteiros positivos é igual a +
*
c) Conjunto dos números racionais (Conjunto ) 6 (+ = {+1, +2, +3, ... })
d) Conjunto dos números irracionais (Conjunto ) *
e) Conjunto dos números inteiros negativos –
*
Com ù, calculamos todas as operações fundamentais (– = {–1, –2, –3, ... })
em aritmética, mas, é bom lembrar que o conjunto ù é
fechado em relação à adição, ou seja, a soma de dois
números naturais é sempre um número natural. Então, REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA:
quando calculamos a sua operação inversa, a subtração, A RETA NUMÉRICA INTEIRA
notamos que ela não possui a propriedade do fechamento,
ou seja: Pode-se dar outra representação ao conjunto . Para
8 – 6 = 2, mas 6 – 8 = ? isso desenhamos uma reta r e sobre ela marcamos o ponto
O, correspondendo ao número zero, dividindo-a em duas
Logo, para que essa operação fosse possível, tornou- semi-retas.
se necessário criar novos números que formaram o
conjunto chamado Conjunto dos Números Inteiros A partir do ponto O, marcamos à sua direita e à sua
Relativos, ou apenas Conjunto dos Números Inteiros, esquerda, segmentos consecutivos, com a mesma medida
cujo símbolo é . (1 cm, por exemplo) e façamos corresponder, a cada ponto
à direita de O, os números inteiros positivos e a cada
ponto à esquerda de O, os números inteiros negativos.
Raciocínio Lógico
b) Números inteiros negativos, cujos numerais são: –1, Os pontos F’, E’, D’, C’, B’, A’, O, A, B, C, D, E, F são
–2, –3, –4, –5, ..., que são lidos: as imagens geométricas, respectivamente, dos números
–1 (menos um ou um negativo), –6, –5, –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e os números –6,
–2 (menos dois ou dois negativos), etc. –5, –4, –3, ... etc. são as abcissas dos pontos F’, E’, D’, C’,
..., etc.
c) Número zero (0), que não é positivo nem negativo.
A reta r sobre a qual estão assinalados os pontos é
A reunião dos conjuntos dos números inteiros a reta numerada.
negativos, do zero e dos números inteiros positivos, forma
o Conjunto dos Números Inteiros, que é representado
pela letra (lê-se: zê) e é escrito: COMPARAÇÃO ENTRE NÚMEROS INTEIROS
= {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0, +1, +2, +3, +4, +5, ...} Pode-se aceitar que qualquer movimento na reta
numerada, para a direita, deve ser considerado como
Nota: Pode-se dispensar o sinal + que acompanha os movimento positivo, e, para a esquerda, um movimento
números inteiros positivos, pois os mesmos se identificam negativo. Então conclui-se que: qualquer número localiza-
com os números naturais maiores que zero. Então: do à esquerda, na reta numerada, é menor que qualquer
+1=1,+2=2,+3=3, ..., +9=9, ..., +30=30, ..., +50=50, ... número localizado à direita, e vice-versa.
Desta forma, o conjunto , pode ser escrito: Desta forma, observando a reta numerada da figura
anterior, afirmamos que:
= {..., –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
a) –6 < –2 d) 0 > –3 g) –3 < +1
Então, nota-se que, todo número natural é também b) –3 < +2 e) +2 < +5 h) +2 > –6
um número inteiro, portanto: c) 0 < +5 f) +5 > +3
ù d ! ù é subconjunto de
MÓDULO OU VALOR ABSOLUTO
SUBCONJUNTOS DE DE UM NÚMERO INTEIRO
Além do conjunto ù, podem ser identificados os O módulo ou valor absoluto de um número positivo ou
seguintes: negativo é o próprio número sem ser levado em considera-
ção o sinal de + ou –. Assim, o módulo de +5 é 5 ou o
Nota: o símbolo *(asterisco) indica a ausência do módulo de –7 é 7.
zero no conjunto.
Indica-se o módulo colocando o número inteiro entre
a) Conjunto dos números inteiros não nulos ou diferen- duas barras. Exemplos:
*
tes de zero = a) *–6* = 6 (lê-se: o módulo de –6 é igual a 6)
* *
= – {0} ou = {..., –3, –2, –1, +1, +2, +3, ...} b) *+3*=3 (lê-se: o módulo de +3 é igual a 3)
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Raciocínio Lógico
NÚMEROS INTEIROS OPOSTOS OU SIMÉTRICOS Primeiro Caso: Um dos números dados é zero.
Exemplo:
São dois números inteiros que possuem o mesmo a) (+4) + 0 = +4
módulo e sinais contrários, como +5 e –5, 9 e –9, etc. O b) (–4) + 0 = –4
zero é oposto dele mesmo. Exemplo: c) 0 + (+4) = +4
d) 0 + (–4) = –4
Número
–4 +2 –15 7 0 –20 +1 –3 12 –11 –16 Regra: Quando um dos números é zero, a soma é
igual ao outro número.
Oposto ou
Simétrico
Raciocínio Lógico
(+12) + (–4) = +8
2) O conjunto dos números inteiros menores ou iguais
a –5: Crédito + Débito Maior = Débito Menor
(+4) + (–12) = –8
pela nomeação dos seus elementos:
{–5, –6, –7, –8, –9, ...} Regra: A soma de dois números de sinais diferen-
simbolicamente: {x 0 * x # –5} tes é obtida dando-se o sinal da parcela que tem
maior módulo e subtraindo-se seus módulos.
Então: {x 0 * x # –5} = Exemplos:
= {–5, –6, –7, –8, –9, ...}
a) (+16) + (–5) = +11
3) O conjunto dos números inteiros maiores ou iguais a b) (–12) + (+7) = –5
–3 e menores que +3: (significa escrever os números c) (–4) + (+11) = +7
d) (+3) + (–15) = –12
inteiros compreendidos entre –3 e +3, inclusive o –3) e) (+7) + (–6) = +1
pela nomeação de seus elementos: f) (–7) + (+6) = –1
{–3, –2, –1, 0, +1, +2}
Quarto Caso: Os números dados são simétricos.
simbolicamente: {x 0 * –3 # x <+3} Exemplos:
Então: {x 0 * –3 # x < +3} = Crédito + Débito igual = nada
= {–3, –2, –1, 0, +1, +2} (+5) + (–5) = 0
Débito + Crédito igual = nada
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS EM (–5) + (+5) = 0
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Raciocínio Lógico
Se a 0 , b 0 e c 0 ! b) (–5) – (–8) =
! (a+b) + c = a + (b+c). (transformando na soma do 1º + oposto do 2º)
Exemplo:
= (–5) + (+8) =
(passando para notação simplificada)
= –5 +8 =
4ª) Elemento neutro: O zero é o elemento neutro da (calculando a soma algébrica)
adição. = +3.
Se a 0 | a + 0 =0 + a = a Por esses exemplos, nota-se que as operações em
Exemplo: (–8) + 0 = 0 + (–8) = –8 que aparece o sinal negativo antes do parênteses, podem
ser realizadas facilmente por um raciocínio direto.
5º) Elemento oposto ou simétrico: todo número inteiro
admite um oposto ou simétrico e a soma de qualquer Observe nos exemplos a e b esses fatos:
número inteiro com o seu oposto ou simétrico é
sempre igual a zero. a) – (+9) = –9 6 – (+) = –
b) – (–8) = +8 6 – (–) = +
Se a 0 , então existe o elemento oposto (–a) tal que
(+a) + (–a) = 0. Então, as subtrações podem ser passadas direta-
mente para a notação simplificada (sem parênteses),
ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS aplicando o raciocínio direto:
– (+) = – e – (–) = +. Exemplos:
É feita calculando-se, separadamente, a soma de a) (+4) – (+9) = +4 – 9 = –5
todas as parcelas positivas e a soma de todas as parcelas b) (–3) – (+4) = – 3 – 4 = – 7
negativas e em seguida soma-se os resultados obtidos. c) (+2) – (–8) =+2 +8 = +10
Exemplo: d) (–5) – (–7) =– 5 + 7 = +2
Raciocínio Lógico
PROPRIEDADES DA SUBTRAÇÃO EM
Se (–4) 0 e (–7) 0 | + 3 0
parênteses das parcelas, escrevendo-se apenas as parce-
las, uma em seguida da outra, cada qual com o seu próprio
sinal. Exemplos:
2ª) A subtração em não possui as propriedades
Expressão
Notação Simplificada comutativa e associativa e não tem elemento neutro.
|
(Soma Algébrica)
|
a) (+5) + (–8) +5 – 8
b) (–3) + (+7) + (–6) – 3 +7 – 6 SOMA ALGÉBRICA
A notação simplificada chama-se soma algébrica. A adição algébrica é uma expressão numérica onde
aparecem somente as operações de adição e subtração,
A soma algébrica é calculada da mesma forma que cujo resultado é chamado soma algébrica. Para resolvê-
a soma de três ou mais números inteiros. Exemplo: las, basta eliminar os parênteses, passando-os para a
notação simplificada, usando o seguinte raciocínio direto:
+(+) = + ou +(–) = –
ou –(–) = + ou –(+) = –
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Raciocínio Lógico
b) SINAIS DOS FATORES SINAL DO PRODUTO
(+) @ (+) %
(–) @ (–) %
2ª) Parênteses precedidos do sinal –: podem ser (+) @ (–) –
eliminados juntamente com esse sinal, trocando-se
os sinais dos números contidos em seu interior. (–) @ (+) –
Exemplos:
Nota: A multiplicação por zero é sempre nula. Exemplos:
a)
a) (+5) @ 0 = 0 c) 0 @ (+3) = 0
b) (–7) @ 0 = 0 d) 0 @ (–9) = 0
Raciocínio Lógico
chaves, seguindo-se as mesmas regras práticas para
eliminação de parênteses, calculando-se, finalmente, a a) (–3) @ (+2) @ (–1) @ (+3) @ (–5) @ (–2) = +180
soma algébrica obtida. Exemplo: (4 fatores negativos)
PROPRIEDADES ESTRUTURAIS
(eliminam-se os colchetes) DA MULTIPLICAÇÃO EM
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Raciocínio Lógico
Exemplos: a) (–3) @ (2+5) =–6–15=–21 2º) Se o dividendo e o divisor têm sinais contrários, o
b) (–2) @ (4–7) =–8+14=+6 quociente é sempre negativo. Exemplos:
c) (+4) @ (–4+5) =–16+20=+4 a) (+30) : (–5) = –6
b) (–25) : (+5) = –5
EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM ADIÇÃO, Em vista dos exemplos dados, podemos estabelecer
SUBTRAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO EM o seguinte resumo dos sinais que chamaremos de Regra
Prática dos Sinais do Quociente.
Lembre-se que, além de resolver-se em primeiro
lugar o que está entre parênteses, depois o que está entre SINAIS DOS NÚMEROS SINAL DO QUOCIENTE
colchetes e por último o que está entre chaves, a operação (+) : (+) %
multiplicação deverá ser efetuada antes das operações
adição ou subtração. Exemplos: (–) : (–) %
(+) : (–) –
a)
(–) : (+) –
(primeiro as multiplicações)
Nota: A divisão exata de dois números inteiros só é possí-
vel quando o primeiro número é múltiplo do segundo e o
(eliminam-se os parênteses) segundo é diferente de zero.
= – 3 + 12 – 7 + 10 + 1 =
(agrupam-se os negativos e os positivos) PROPRIEDADES DA DIVISÃO EM
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Raciocínio Lógico
POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS OPERAÇÕES COM POTÊNCIAS EM
(POTENCIAÇÃO EM ) (PROPRIEDADES)
A potenciação é uma multiplicação de fatores iguais. 1ª) Produto de potências de mesma base: repete-se
3 3 a base e somam-se os expoentes. Exemplos:
Então: (+2) @ (+2) @ (+2) = (+2) ou (+2) = (+2) @ (+2)
@ (+2) = +8. a) (+5)2 @ (+5)4 = (+5)2+4 = (+5)6
3 b) (–2)4 @ (–2) @ (–2)3 = (–2)4+1+3 = (–2)8
Na potência (+2) = +8, temos: (+2) é a base; 3 é o
expoente e +8 é a potência. 2ª) Quociente de potências de mesma base: repete-se
a base e subtraem-se os expoentes. Exemplos:
Para os números inteiros, temos que estabelecer
regras de sinais, observando-se dois casos: a) (–3)6 : (–3)4 = (–3)6–4 = (–3)2
b) (+4)3 : (+4) = (+4)3–1 = (+4)2
Primeiro caso: O expoente é um número par.
Exemplos: 3ª) Potência de Potência: repete-se a base e
multiplicam-se os expoentes. Exemplos:
2
a) (+2) = (+2) @ (+2) = +4
(a potência é um número positivo) a) [(+7)2]3 = (+7)2.3 = (+7)6
b) 4
(–2) = (–2) @ (–2) @ (–2) @ (–2) = +16 b) [(–8)4]2 = (–8)4.2 = (–8)8
(a potência é um número positivo)
4ª) Potência de um produto ou quociente: repetem-se
Daí, conclui-se a regra: “Quando o expoente é um as bases com as operações indicadas e eleva-se
número par, a potência é sempre um número positivo”. cada termo à potência constante. Exemplos:
Exemplos:
a) [(–3) @ (–5)]4 = (–3)4 @ (–5)4
a) (+4)2 = +16 b) [(–4) : (+2)]3 = (–4)3 : (+2)3
b) (–5)4 = +625
c) (–10)4= +10.000
RADICIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
Raciocínio Lógico
Segundo caso: O expoente é um número ímpar. Radiciação é a operação inversa da potenciação.
Exemplos: Então, temos que:
a) (+2)3 = (+2) @ (+2) @ (+2) = +8
(a potência tem o mesmo sinal da base) a)
b) (–4)3 = (–4) @ (–4) @ (–4) = –64 b)
(a potência tem o mesmo sinal da base)
Observação Importante:
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Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS A RESOLVER MÚLTIPLOS E DIVISORES DE UM NÚMERO
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Raciocínio Lógico
DIVISIBILIDADE POR 10, 100 E 1 000 a) Divide-se o número dado pelo seu menor divisor
primo.
Um número natural é divisível por 10, 100,
1 000, ... se terminar por um zero, dois zeros, três zeros, ... b) Procede-se da mesma maneira com o quociente
respectivamente. Exemplos: obtido até se encontrar o quociente 1.
450 é divisível por 10.
3 500 é divisível por 10 e por 100. Exemplo:
|
97 000 é divisível por 10, por 100 e por 1 000.
90 2 o menor divisor primo de 90 é 2 !
|
3 divide-se 90 por 2
NÚMEROS PRIMOS 45 3 o menor divisor primo de 45 é 3 !
|
5 divide-se 45 por 3
São números que possuem apenas dois divisores a 15 o menor divisor primo de 15 é 3 !
|
unidade e eles mesmos. Exemplos: divide-se 15 por 3
5 o menor divisor primo de 5 é 5 ! divide-
a) 2, pois ! D (2)={1, 2} ! a unidade e ele mesmo.
|
se 5 por 5
b) 3, pois ! D (3)={1, 3} ! a unidade e ele mesmo. 1 encontramos o quociente 1
c) 5, pois ! D (5)={1, 5} ! a unidade e ele mesmo,
etc. Então escrevemos:
Raciocínio Lógico
5
1 180 = 22 x 32 x 5
RECONHECIMENTO DOS NÚMEROS PRIMOS
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Raciocínio Lógico
e) Os divisores do número são os números colocados MÁXIMO DIVISOR COMUM
à direita do traço vertical, que deverão ser colocados
em ordem. Chama-se divisor comum o número que divide dois
Então: ou mais números sem deixar resto.
D(90) = {1, 2, 3, 5, 6, 9, 10, 15, 18, 30, 45, 90}
Então, se: D(45) = {1, 3, 5, 9, 15, 45} e D(63) =
Outro exemplo: Qual é o conjunto dos divisores do {1, 3, 7, 9, 21, 63} os divisores comuns desses números
número 132? são: D(45) 1 D(63) = {1, 3, 9}.
D(132)={1, 2, 3, 4, 6, 11, 12, 22, 33, 44, 66, 132} Indica-se o máximo divisor comum assim:
m.d.c. (45, 63) = 9.
EXERCÍCIOS A RESOLVER Então, conclui-se que o máximo divisor comum de
dois ou mais números é o maior dos seus divisores co-
1) Verificar quais, entre os números, são primos: 149, muns.
275, 311, 372 e 421.
2) Decompor em fatores primos os números: 48, 81, PROCESSOS PRÁTICOS DE CÁLCULO DO M.D.C.
300 e 504.
O m.d.c. pode ser calculado por dois processos
3) Escreva o conjunto dos divisores de: 28, 70, 192 e práticos:
250.
1º) Cálculo do m.d.c. pela decomposição em fatores
4) Identifique as sentenças verdadeiras: primos – Obedece-se à regra:
Raciocínio Lógico
TESTES
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Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS A RESOLVER MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
5) Três peças de fazenda medem, respectivamente, 180 PROCESSOS PRÁTICOS PARA CÁLCULO DO M.M.C.
m, 252 m e 324 m. Pretende-se dividi-las em retalhos
de igual comprimento. Qual deverá ser esse compri- 1º) Cálculo do m.m.c. pela decomposição em fatores
mento, de modo que o número de retalhos seja o primos
menor possível?
Raciocínio Lógico
Obedece-se à regra:
6) Virgínia deseja plantar 72 mudas de violeta, 24 de
rosa, 36 de orquídeas e 48 de camélia no menor a) Decompõem-se os números em fatores primos.
número possível de canteiros. Sabendo-se que cada
canteiro deverá receber o mesmo número de plantas b) Multiplicam-se todos fatores primos comuns e não
de uma só espécie, pergunta-se: comuns, elevados aos seus maiores expoentes.
Exemplo: Calcular o m.m.c.(36, 90, 120).
a) qual o número de plantas que deve conter cada
canteiro?
b) quantos canteiros serão necessários?
TESTES
Obedece-se à regra:
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Raciocínio Lógico
PROPRIEDADES DO M.M.C. 5) Determinar todos os números compreendidos entre
1.000 e 4.000 que sejam divisíveis, ao mesmo
1ª) O m.m.c. de dois ou mais números primos entre si é tempo, por 75, 150 e 180.
o produto deles.
Exemplo: m.m.c. (5, 3, 2) = 30.
6) Calcular os dois menores números pelos quais
2ª) O m.m.c. entre dois números em que o maior é devemos multiplicar os números 60 e 78, a fim de
divisível pelo menor, é o maior deles. obter produtos iguais.
Exemplo: m.m.c. (12, 3) = 12.
7) Numa República, o Presidente deve permanecer
3ª) Se vários números forem multiplicados ou divididos durante 4 anos em seu cargo, os Senadores 6 anos
por um certo número diferente de zero, o seu m.m.c. e os Deputados, 3 anos. Se, em 1929 houve eleições
também ficará multiplicado ou dividido por esse para os 3 cargos, em que ano se realizarão nova-
número. mente juntas as eleições para esses cargos?
Então, sendo: m.m.c.(18, 12, 60) = 180, podemos
dizer que: 8) Duas rodas de uma engrenagem têm, respectiva-
mente, 14 e 21 dentes. Cada roda tem um dente
a) m.m.c. (18 @ 3, 12 @ 3, 60 @ 3) = 180 @ 3 estragado. Se num dado instante estão em contato
b) m.m.c. (18 : 3, 12 : 3, 60 : 3) = 180 : 3. os dois dentes estragados, depois de quantas voltas
esse encontro se repetirá?
4ª) Dividindo-se o m.m.c. de vários números por todos
eles, um por vez, os quocientes obtidos serão núme-
ros primos entre si. TESTES
Então, se m.m.c. (12, 18, 60) = 180, teremos, efe-
tuando as divisões: 9) Se a e b são números naturais e a é múltiplo de b,
então m.m.c (a, b) é igual:
180 : 12 = 15; 180 : 18 = 10 e
a) 1 b) a c) b d) a@b
Raciocínio Lógico
180 : 60 = 3
EXERCÍCIOS A RESOLVER
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Raciocínio Lógico
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS Normalmente, um número misto é representado sem
o sinal “+” colocado entre o inteiro e a fração.
NOÇÃO DE FRAÇÃO
Então, indica-se e lê-se: três inteiros e
É obtida quando se divide uma unidade qualquer em um quarto.
partes iguais, como por exemplo, uma pizza dividida em
quatro partes iguais.
TRANSFORMAÇÃO DE NÚMEROS MISTOS
EM FRAÇÕES IMPRÓPRIAS:
|
Multiplica-se o inteiro pelo denominador, e ao produto
soma-se o numerador, obtendo, assim, o numerador da
fração procurada. O denominador é conservado o mesmo.
Exemplo:
|
Raciocínio Lógico
Solução: dividindo-se o numerador pelo denomina-
Então, para se representar uma fração são necessá- dor, vem:
rios dois números naturais, com o segundo diferente de
zero, que são chamados termos, sendo que o primeiro é o
numerador e o segundo é o denominador. Logo, na fração
3/4, o 3 é o numerador e o 4 é o denominador, e significam:
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Raciocínio Lógico
ou
COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES
Ao conjunto dessas frações equivalentes dá-se o
nome de classes de equivalência da fração 2/3 e é Devem ser considerados os casos:
indicada assim:
1º) Frações com denominadores iguais: a maior é a
que tem o maior numerador. Exemplo:
!
Raciocínio Lógico
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES
!
Significa reduzi-las a frações equivalentes cujos
termos sejam números primos entre si. São dois os
processos práticos para isso: Logo:
1º) Simplificação pelas divisões sucessivas: consiste 2º) Frações com numeradores iguais: a maior é a que
em dividir sucessivamente os dois termos da fração tem o menor denominador. Exemplo:
por um mesmo divisor comum diferente de 1.
Exemplo: !
Logo:
!
Nota: Os termos da fração 3/4 são primos entre si.
Então, dizemos que a fração é irredutível.
Logo:
2º) Simplificação pelo m.d.c.: consiste em calcular o
m.d.c. entre os dois termos da fração e em seguida
dividi-los pelo M.D.C. encontrado. Exemplo: 3º) Frações com numeradores e denominadores
diferentes: se as frações têm numera-dores e
m.d.c. (36, 48) = 12 denominadores diferentes é necessário reduzi-las ao
mesmo denominador para então enquadrá-las no
primeiro caso.
Logo:
EXERCÍCIOS A RESOLVER
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MESMO DENOMINADOR 1) Simplificar as frações pelo processo das divisões
sucessivas:
Consiste em transformar duas ou mais frações em
outras frações equivalentes que tenham denominadores a) b) c) d) e)
iguais. Para isso, opera-se assim:
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Raciocínio Lógico
4) Reduzir as frações ao mesmo denominador: 2º) Frações com denominadores diferentes:
a)
5) Colocar em ordem crescente as frações:
m.m.c (3, 4, 6) = 12
a) b)
7) A fração equivalente a 2/3, cujo numerador é 6, é: Nota: Havendo números mistos ou inteiros, deve-se
reduzi-los a frações impróprias ou aparentes. Exem-
a) b) c) d) plo:
a) b) c) d) EXERCÍCIOS A RESOLVER
Raciocínio Lógico
9) Extraindo os inteiros de 11/4, obtemos:
1) 4)
a) b) c) d)
2) 5)
a) b) c) d) RESPOSTAS:
1) 2) 3) 4) 5) 6)
RESPOSTAS:
1) a) ; b) ; c) ; d) ; e) .
MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES
2) a) ; b) ; c) ; d) ; e) . O produto de frações é obtido pela multiplicação
dos numerados entre si e dos denominadores entre si.
3) a) x = 18; b) x = 20; c) x = 20; d) x = 4. Exemplos:
4) a) ; b) ; a)
5) a) ; b) .
b)
TESTES: 6) d; 7) a; 8) b; 9) d; 10) a.
Cancelamento: sempre que possível, os produtos
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES ORDINÁRIAS devem ser simplificados antes de efetuarmos a multiplica-
ção. Essa simplificação, que só pode ser feita na multiplica-
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO ção, chama-se cancelamento. Exemplos:
a)
Cancelam-se os fatores 3 e os fatores 7.
b)
c)
c)
Dividem-se os fatores 10 e 15 por 5.
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Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS A RESOLVER
d)
Calcular os produtos:
Dividem-se os fatores 3 e 9 por 3 e os fatores 8 e 4 1) 4)
por 4.
2) 5)
FRAÇÃO DE FRAÇÃO
3) 6)
Seja calcular os .
Calcular:
19)
Uma fração é inversa de outra fração diferente de
zero quando se troca de lugar o numerador com o
denominador. Exemplos:
20)
14) 17)
a) O inverso de é
b) O inverso de é4
15) 18)
c) O inverso de 6 é
Note-se que:
RESPOSTAS:
a)
1) 6) 11) 45 minutos 16)
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Raciocínio Lógico
RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES 6)
a) porque
b) porque
Raciocínio Lógico
1)
EXERCÍCIOS A RESOLVER
1) Calcular as potências:
a) c) e)
b) d) f)
b) d) f)
b)
4)
c)
d)
TESTES
4) A potência é igual a:
5) O inverso da potência é:
a) b) c) d)
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Raciocínio Lógico
13/72 ! correspondem a 26 exercícios
6) A soma do dobro de com a metade de é: 1/72 ! corresponderá a 2 exercícios !
! (26 exercícios : 13 = 2 exercícios)
a) b) c) 2 d) Paulo ! exercícios
Armando ! exercícios
7) O valor da expressão
1/7 ! corresponderá a 30 km |
3/7 ! correspondem a 90 km
| (90 km : 3 = 30 km)
Resp.: O resultado da divisão é
7/7 ! (estrada toda) tem:
7 @ 30 km = 210 km 6) Um negociante vendeu 3/5 de uma peça de fazenda
Resp.: A estrada tem 210 km de comprimento. e ainda lhe restaram 32 metros. Quanto media essa
peça?
2) Um automóvel já percorreu 2/5 da distância entre Solução:
duas cidades. Resta ainda percorrer 60 km. Qual é a
distância entre essas cidades? Vendendo 3/5 ainda lhe sobraram:
Solução:
Já percorreu ! 2/5
Se 2/5 correspondem a 32 metros
Resta percorrer ! 1/5 corresponderá a 16 metros ! (32 : 2 = 16)
Os 5/5 que representam a peça inteira terão:
corresponderá a 20 km |
3/5 ! correspondem a 60 km 5 @ 16 = 80 metros.
| (60 km : 3 = 20 km)
1/5 !
Resp.: A peça media 80 metros.
5/5 ! (distância total) é:
5 @ 20 km = 100 km 7) Um estudante gastou 2/7 do seu dinheiro numa
compra de material escolar. Depois tornou a gastar
Resp.: A distância entre as duas cidades é de mais 3/5 e ainda lhe restaram R$ 10,00. Quanto
100 km. possuía esse estudante?
3) Vários exercícios de um concurso foram conferidos Solução:
por três candidatos: Armando, Paulo e José. Arman- Fração gasta nas duas compras:
do conferiu 4/9 dos exercícios; Paulo 3/8 e José, os
26 exercícios restantes. Quantos foram os exercícios
conferidos por Paulo? e por Armando?
Solução: Fração do dinheiro que ainda resta:
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Raciocínio Lógico
8) Uma pessoa gastou 1/5 do que tinha; a seguir, PROBLEMAS PARA RESOLVER
metade do que lhe sobrou e depois R$ 600,00; ficou
com R$ 600,00. Quanto tinha primitiva-mente?
1) Dividir a quinta parte de 3/5 pela terça parte de .
Solução:
Gastando 1/5 do que tinha, ainda lhe restaram 4/5. R = 21/50
Gastando novamente 1/2 do resto 4/5, ou seja:
2) Calcular os de 120. R = 90
9) Uma peça de fazenda, depois de molhada, encolheu 6) Um operário recebe, pelos de seu trabalho, a
3/14 do seu comprimento, ficando com 33 metros.
Raciocínio Lógico
Quantos metros tinha a peça e qual foi o seu custo, importância de R$ 120,00. Quanto lhe resta ainda
sabendo-se que o metro da fazenda valia R$ 7,25?
para receber? R = R$ 200,00
Solução:
Encolhendo 3/14, ainda restam: 7) Uma peça de fazenda é dividida em três partes. Uma
é igual a ; outra, . Que fração representa a
Donde se conclui que esta segunda torneira sozinha do percurso foram feitos de trem, a cavalo e o
encherá o tanque em 560 minutos, pois
em 60 min. |
resto de automóvel. Quantos quilômetros andou de
em 60 min. : 3 = 20 min. automóvel? A fração percorrida de automóvel, quanto
representa da viagem total?
R = 45 km e 1/8 do percurso
e em 28 @ 20 min. = 560 min.
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Raciocínio Lógico
NÚMEROS RACIONAIS DECIMAIS TRANSFORMAÇÃO DE NÚMERO DECIMAL
(FRAÇÕES DECIMAIS) EM FRAÇÃO DECIMAL
Procede-se assim:
Fração decimal é toda fração cujo denominador é
uma potência de 10, como 10, 100, 1000, etc. Exemplos: a) o numerador é o número decimal sem a vírgula e
sem os zeros iniciais.
É feita assim: primeiro a parte inteira, e em seguida 3ª) Para dividir um número decimal por 10, 100, 1000,
a parte decimal acompanhada das palavras: ... desloca-se a vírgula para a esquerda uma, duas,
três, ... casas. Se faltarem algarismos, serão eles
décimos ! se houver uma casa decimal, supridos com zeros. Exemplos: 341,68 : 10 = 34,168;
0,15 : 100 = 0,0015
centésimos ! se houver duas casas decimais,
milésimos ! se houver três casas decimais,
EXERCÍCIOS A RESOLVER
e assim por diante. Exemplos:
1) Representar por algarismos os seguintes números:
a) 3,4 (lê-se: três inteiros e quatro décimos) a) quarenta e dois inteiros e cento e cinco milési-
b) 4,07 (lê-se: quatro inteiros e sete centésimos) mos.
b) doze inteiros e três décimos milésimos.
c) 12,0016 (lê-se: doze inteiros e dezesseis décimos c) quarenta e dois centésimos milésimos.
de milésimos) d) cinco inteiros e cento e trinta e sete milionési-
mos.
Nota: Quando a parte inteira é zero, pode ser lida
apenas a parte decimal. 2) Escrever por extenso os seguintes números:
a) 41,35 c) 1,003497
Então: 0,013 (lê-se: treze milésimos) b) 2,0835 d) 0,0001982
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Raciocínio Lógico
3) Converter em números decimais as frações: MULTIPLICAÇÃO
5) Efetuar as divisões:
a) 41,62 : 10 c) 4,73 : 1000
b) 385,3 : 100 d) 38,72 : 1000
RESPOSTAS: DIVISÃO
1) a) 42,105; b) 12,0003; c) 0,00042; Em geral, são observados dois casos:
d) 5,000137.
2) a) quarenta e um inteiros e trinta e cinco centésimos 1º) O divisor é inteiro: Efetua-se a divisão como se
b) dois inteiros e oitocentos e trinta e cinco décimos fossem números inteiros e, a seguir, separam-se
milésimos no quociente, tantas ordens decimais quantas
c) um inteiro e três mil, quatrocentos e noventa e existam no divisor. Exemplo:
sete milionésimos
d) um mil, novecentos e oitenta e dois décimos 157,92 : 42 =
milionésimos a) Dividindo, como se fossem inteiros, teremos:
3) a) 0,03 b) 2,7 c) 0,0458 d) 48,57.
4) a) 315 b) 437 c) 643,1 d) 387,5.
Raciocínio Lógico
5) a) 4,162 b) 3,853 c) 0,00473 d) 0,03872.
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Raciocínio Lógico
15) 3,22 : 2,3 =
Converter em decimal a fração
16) 1,75 : 2,5 =
temos: 17) 3,591 : 0,95 =
18) 0,019 : 7,6 =
TESTES
b)
Raciocínio Lógico
a) c)
Então: e
b) d)
EXERCÍCIOS A RESOLVER
Efetuar as operações:
1) 0,7+1,3+1,054+0,07 =
2) 4,3 – 2,07 =
3) 2 – 0,003 =
RESPOSTAS:
4) (4,32 – 1,008) – (5,02 – 3,1) =
5) (2,1+1,3 – 1,7) – (3,14 – 2,8) = 1) 3,124 13) 0,0343 25) 6,1
2) 2,23 14) 0,0022 26) 8,472
6) 2,5 @ 0,157 = 3) 1,997 15) 1,4 27) 10
7) 18,002 @ 1,004 = 4) 1,392 16) 0,7 28) 0,3025
5) 1,36 17) 3,78 29) 0,6
8) 3,1415 @ 2,71 = 6) 0,3925 18) 0,0025 30) 0,8333...
9) (4,32+1,18) @ 0,07 = 7) 18,074008 19) 0,064 31) 0,777...
8) 8,513465 20) 6,25 32) 0,41666...
10) (7,2 – 1,3) @ (4,2 – 1,6) = 9) 0,385 21) 0,0016 33) 3,75
11) 6,534 : 9 = 10) 15,34 22) 6,2 34) 0,222...
11) 0,726 23) 1
12) 85,256 : 8 = 12) 10,657 24) 0,0025
13) 0,2401 : 7 =
TESTES: 35) c; 36) d; 37) a; 38) b.
14) 0,0132 : 6 =
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Raciocínio Lógico
ÁLGEBRA
x = 42
INTRODUÇÃO
Álgebra é o ramo da matemática elementar que Como x = 42 seu sucessor (x + 1) é 43; ou seja, os
generaliza a aritmética (estudo as operações numéricas: números procurados são 42 e 43.
soma, subtração, multiplicação, divisão, etc.), introduzindo
variáveis que representam os números.
Exemplo 2:
O principal objetivo da álgebra básica consiste em
solucionar problemas através do uso de equações nas A soma de dois números pares consecutivos é 38.
quais os elementos desconhecidos são representados por Quais são esses números?
letras.
Solução:
Raciocínio Lógico
Português Matemática
número inteiro x
o dobro de um número 2x n=9
x + x + 1 = 85 O número procurado é o 2.
resolvendo essa equação:
2x + 1 = 85 Exemplo 4:
2x = 85 – 1 A soma de quatro múltiplos consecutivos de 3 é igual
2x = 84 a 66. Quais são esses números?
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Raciocínio Lógico
Solução: 11) A soma de um certo número com o seu sucessor é
igual a 725. Qual é esse número?
número múltiplo de 3: x
consecutivo múltiplo de 3: x+3
próximo consecutivo múltiplo de 3: x+6 12) A soma de três números ímpares consecutivos é
último consecutivo múltiplo de 3: x+9 105. Quais são esses números?
então:
x + (x + 3) + (x + 6) + (x + 9) = 66 13) A soma das idades de dois irmãos é 34. Qual a idade
do mais velho, sabendo que a diferença entre suas
4x + 18 = 66 idade é 5?
4x = 48
A- O produto de dois números consecutivos. 17) Existem três números inteiros consecutivos com
B- O triplo do sucessor de um número. soma igual a 393. Que números são esses?
C- Um número par.
D- Um número ímpar.
E- O produto do antecessor pelo sucessor de um 18) A soma das idades de André e Carlos é 22 anos.
Raciocínio Lógico
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Raciocínio Lógico
RESPOSTAS
5. GEOMETRIA BÁSICA
1) A- x (x+1) H- n + 16
B- 3 (x+1) I- xy
GEOMETRIA PLANA
C- 2n J- a–b
D- 2n+1 K- 2n, 2n + 2, 2n + 4 CONCEITOS PRIMITIVOS
E- (x-1) (x+1) L- 2n + 3 - (2n+1) = 2 Ponto, Reta e Plano são conceitos primitivos.
F- x Notação de ponto, reta e plano:
M-
Raciocínio Lógico
9) Sem solução.
19) 25.000
35 é ímpar.
10) 6 20) 40 m2
11) 362 21) 33 pombos
POSIÇÕES DE DOIS PONTOS E DE PONTO E RETA
a) Coincidentes A B
C
b) Distintos A B
C C
c)
d)
POSTULADO DA DETERMINAÇÃO
Plano:
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Raciocínio Lógico
4) Classifique em verdadeiro ou falso:
Duas retas concorrentes I - Duas retas distintas que têm um ponto comum,
determinam um único plano que são retas concorrentes;
passa por elas. II - Duas retas distintas que não têm ponto comum,
são paralelas;
III - Duas retas concorrentes são coplanares;
IV - Duas retas coplanares são concorrentes;
V - Duas retas paralelas estão sempre num plano;
Duas retas paralelas deter- VI - Duas retas que estão num plano são paralelas.
minam um único plano que passa
por elas. a) V; V; F; F; V; V d) F; V; F; V; F; V
b) F; F; F; F; F; V e) V; V; V; F; F; F
c) V; F; V; F; V; F
5) Coloque V ou F
Uma reta e um ponto fora a) ( ) A intersecção de 2 planos é sempre uma
dela determinam um único plano reta;
b) ( ) Duas retas que não têm ponto comum
são paralelas;
c) ( ) Duas retas concorrentes determinam um
POSTULADO DA INCLUSÃO plano;
d) ( ) Duas retas paralelas determinam um
Se uma reta tem 2 pontos distintos num plano, então plano;
a reta está contida no plano. e) ( ) Três pontos distintos determinam um
plano.
RESPOSTAS: 1) a 3) d 5) a) V c) V e) F
2) d 4) e b) V d) V
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Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS PROPOSTOS Ângulos consecutivos: dois ângulos são consecuti-
vos se um lado de um deles, é também lado do outro (um
1) Represente as seguintes retas: lado de um deles coincide com um lado do outro).
Raciocínio Lógico
mentares quando a sua soma for igual a 180o.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
ÂNGULOS
1) Efetue: a) 10o 30' + 15o 6' =
Tipos: b) 40o – 12o 6' =
c) 18o 5' x 6 =
Ângulo agudo é um ângu- d) 10o 6' : 3 =
lo menor que um ângulo reto.
Solução:
Ângulo obtuso é um ângu- a) c)
lo maior que 90o e menor que
o
180 .
C Ô D e A Ô B são o.p.v.
C Ô B e A Ô D são o.p.v.
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Raciocínio Lógico
b) ELEMENTOS
Solução:
a) Os dois são opostos pelo vértice, logo eles são
congruentes.
onde:
a) 44o 54' b) 34o 50' c) 14o 20' d) 40o 50' dos lados com extremidades num dos vértices e no lado
oposto.
2) Um ângulo mede 32o. A sua sexta parte mede:
a) 10o 20' b) 15o 20' c) 5o 20' d) 40o 50'
RESPOSTAS: 1) a 2) c 3) d 4) b
onde: (alternos internos)
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Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
1) Assinale a alternativa correta: Dois triângulos ABC e A’B’C’ são ditos semelhantes,
a) O ponto de encontro das bissetrizes é denomi- se:
nado de circuncentro; a) os ângulos correspondentes forem congruentes;
b) A soma dos ângulos internos de um triângulo é b) os lados homólogos forem proporcionais.
igual a 360o;
c) Existe triângulo obtusângulo escaleno;
d) O triângulo eqüilátero possui 2 lados congruen-
tes e um não congruente;
Solução: A alternativa correta é a c.
Solução: A soma
dos ângulos internos
é igual a 180o, logo:
CASOS DE SEMELHANÇA
Raciocínio Lógico
2º caso (L A L): Se dois triângulos possuem um
ângulo congruente formado por lados proporcionais então
eles são semelhantes.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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Raciocínio Lógico
2) Os lados de um triângulo medem 4 cm; 8 cm e 6 cm. Em que: a ! hipotenusa
Calcule as medidas dos lados de um triângulo bec ! catetos
semelhante, sabendo que a razão de semelhança h ! altura relativa a hipotenusa
entre o primeiro e o segundo triângulo é 1/4. men ! projeções dos catetos sobre a hi-
Solução: potenusa.
TEOREMA DE PITÁGORAS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
O quadrado da hipotenusa é igual a soma dos
1) Os triângulos abaixo são semelhantes. Calcule os quadrados dos catetos.
lados incógnitos dos triângulos.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Solução:
b) x = 7,5 e y = 2 d) x = 5 ey = 4
Aplicando o Teorema
2) Dados: de Pitágoras no ∆
ABC, teremos:
Então MC vale:
a) 3,5 b) 2 c) 1,5 d) 1
2) Calcule a altura de um triângulo equilátero de lago R.
3) Na figura, o ∆ ABC é retângulo em A, ADEF é um
quadrado, AB = 1 e AC = 3. Quanto mede o lado do Solução:
quadrado.
a) 0,70
b) 0,75
c) 0,80
d) 0,85
RESPOSTAS: 1) a 2) d 3) b 4) c
Solução:
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Raciocínio Lógico
ÂNGULOS FORMADOS POR 2 RETAS
COPLANARES E UMA TRANSVERSAL
1) Considere o triângulo retângulo abaixo: Ângulos alternos internos: são ângulos alterna-
dos em relação a transversal e internos em relação as
retas paralelas e não adjacentes.
Os valores de m e x
são:
Ângulos alternos externos: são ângulos alterna-
dos em relação a reta transversal e externos em relação
Raciocínio Lógico
as retas paralelas e não adjacentes.
a) x = 12 e m = c) x = 13 e m =
b) x= e m = 12 d) x = 12 e m =
Ângulos colaterais internos: são ângulos situa-
dos do mesmo lado da reta transversal e internos em
2) O valor de h na figura abaixo é igual a: relação as retas paralelas.
a) c)
RESPOSTAS: 1) a 2) b 3) c 4) b
PARALELISMO DE RETAS
Resposta: O ângulo mede 65o.
CONCEITO DE RETAS PARALELAS
2) Calcule o valor de α na figura abaixo, sabendo-se
Duas retas são paralelas, quando e somente quan- que r//s.
do são coplanares e não têm pontos em comum.
Solução:
- 43 -
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Raciocínio Lógico
3) Na figura abaixo, determine o valor de α, sabendo-se POLÍGONOS
que r//s.
Linha poligonal: uma série de segmentos consecuti-
vos e não colineares.
Solução:
Sabendo-se que
todo ângulo externo de um
triângulo é igual a soma
dos internos não adjacen- “linha poligonal aberta” “linha poligonal fechada”
tes, então teremos:
Polígono: é toda poligonal fechada.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
ângulos internos:
Raciocínio Lógico
ângulos externos:
a) são alternos internos
b) são correspondentes
NOMES DOS POLÍGONOS
c) são opostos pelo vértice
Nº de lados Nome
d) são alternos internos
3 triângulo
2) Sendo a//b, então o valor de x é: 4 quadrilátero
5 pentágono
a) 45o 6 hexágono
b) 18o
c) 90o 7 heptágono
d) 70o 8 octógono
9 eneágono
3) Se r é paralela a s, então α e β medem respectiva- 10 decágono
mente: 11 undecágono
12 dodecágono
a) 120o e 60o 15 pentadecágono
b) 100o e 80o
20 icoságono
c) 108o e 72o
d) 150o e 30o
Nº DE DIAGONAIS DE UM POLÍGONO
4) Na figura, sabendo que r//s. O valor do ângulo y é:
a) 130o
b) 150o
c) 100o
d) 80o SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS DE UM POLÍGONO
a) 15o
b) 35o
c) 40o
d) 60o
ÂNGULOS INTERNO E EXTERNO DE UM POLÍGONO
RESPOSTAS: 1) a 2) b 3) c 4) a 5) c
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Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
b) decágono – Solução: n = 10
2) Calcular a soma dos ângulos internos de um hexágo- Aplicando o teorema de Pitágoras no ∆ ACD, tere-
no regular: mos:
Solução: n = 6
Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS PROPOSTOS CÁLCULO DO LADO E DO APÓTEMA DO QUADRADO
INSCRITO, EM FUNÇÃO DO RAIO
1) Qual é o polígono que tem 14 diagonais?
Aplicando o teorema de Pitá-
a) hexágono c) heptágono goras no ∆ A 0 B, teremos:
b) octágono d) decágono
POLÍGONOS REGULARES
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Raciocínio Lógico
Cálculo do apótema: a6 2) O apótema de um triângulo equilátero inscrito num
círculo de raio R é:
Aplicando o teorema de Pitá-
goras no ∆ 0BP, teremos: a) 2R b) R/2 c) R2 d) R2/2
a)
b)
c)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
quadrilátero ABCD
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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Raciocínio Lógico
LOSANGO: É o paralelogramo que tem os quatro Solução:
lados congruentes.
Sabemos que:
Resposta:
TRAPÉZIO: É o quadrilátero que tem apenas dois
lados opostos paralelos. 2) Calcule a medida dos ângulos de um paralelogramo,
sabendo-se que um dos ângulos internos é 2/3 do
outro ângulo.
Solução:
Raciocínio Lógico
Solução: Aplicando o Teorema de Pitágo-
ras no ∆ A0D, teremos:
base: x – r = 8 – 2 = 6
PROPRIEDADES DOS TRAPÉZIOS altura: x = 8
diagonal: x + r = 8 + 2 = 10
1ª) Num trapézio, os ângulos adjacentes a um lado
transversal são suplementares. Resp.: A diagonal tem por medida 10cm.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a) b) c) d) 1/2 cm
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
3) Num paralelogramo, as medidas de dois ângulos
opostos são dadas pelas expressões 2x+10o e x+40o.
1) Calcule a medida dos ân- As medidas dos ângulos internos desse paralelogra-
gulos internos do paralelo- mo são:
gramo indicado na figura.
a) 20o e 160º c) 70o e 110o
b) 30o e 140o d) 40o e 100o
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Raciocínio Lógico
4) Num trapézio retângulo, o menor ângulo é 5/7 do EXERCÍCIOS PROPOSTOS
maior. Calcule a medida dos seus ângulos internos.
1) Na figura, são dados:
a) 90o; 90o; 35o e 105º c) 60o; 30o; 75o e 105º
b) 90o; 90o; 75o e 105o d) 90o; 30o; 75o e 105o
RESPOSTAS: 1) c 2) d 3) a 4) d 5) a
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Raciocínio Lógico
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS Solução:
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Raciocínio Lógico
Solução:
A bissetriz interna de um triângulo divide o lado
oposto em segmentos proporcionais.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a) 9 cm; 15 cm; 10 cm
2) Na figura seguinte, AS é bissetriz interna do ângulo
A. Calcule o valor de x. b) 15 cm; 10 cm; 9 cm
c) 10 cm; 15 cm; 9 cm
A
d) 10 cm; 9 cm; 15 cm
x 1
x+
RESPOSTAS: 1) a 2) b 3) c
2 S
1 5
1
B C
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Raciocínio Lógico
ÁREA DAS FIGURAS PLANAS Setor circular: Em graus:
Retângulo:
α em radianos:
Segmento
Área: circular:
Perímetro: A = Asetor–A∆ABC
Quadrado:
Área:
Coroa Circular:
Perímetro: 4a
A = π (R2 – r2)
Triângulo:
Área:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Perímetro:
Paralelogramo: Área:
Perímetro:
3) Dois lados consecutivos de um paralelogramo
medem, respectivamente 4 cm e 6 cm e formam um
Trapézio: Área: ângulo de 120o. Calcule a área do paralelogramo.
Solução:
Perímetro:
b+B+c+d
Losango:
Área:
Perímetro: 4a
4) Calcular a área de um triângulo isósceles, cuja base
mede 4 m e o perímetro 16 m.
Círculo: Solução:
Área:
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Raciocínio Lógico
Aplicando o Teorema de Pitágoras no ∆ ACD, tere- CILINDRO, CONE E ESFERA: ÁREAS E VOLUMES
mos:
CILINDRO
Consideremos na figura:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Raciocínio Lógico
4) Se o lado de um quadrado é aumentado de 20%, a
sua área aumenta de:
a) 20% b) 40% c) 44% d) 25%
a)
b)
c)
d)
RESPOSTAS: 1) b 3) d 5) a 7) a
2) a 4) c 6) c
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Raciocínio Lógico
CILINDRO RETO OU DE REVOLUÇÃO
V=S@h Portanto: V = πr2 @ h
CILINDRO OBLÍQUO
g = h = 2r os vértices V e o plano α da b
Geratrizes: são os segmentos
com uma das extremidades
em V e a outra na circunferên-
ÁREA LATERAL E ÁREA TOTAL DE UM cia de centro O e raio r. ase.
CILINDRO RETO
Como a área da base (círculo) é πr2, a área total será:
St = SR + S S v área da base.
VOLUME DE UM CONE
ESFERA
SR = 2πrh
Dado um ponto O do espaço e
um segmento r, chama-se esfera de
A área lateral de um cilindro reto é igual ao produto do raio r e centro O ao lugar geométri-
perímetro da base (comprimento da circunferência) pela co de todos os pontos P do espaço
altura. Como a área da base (círculo) é πr2, a área total cuja distância de O até P seja me-
será: nor ou igual a r.
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Raciocínio Lógico
Obs.: Anotações:
A secção de uma esfera é ....................................................................................
sempre um círculo.
....................................................................................
CÍRCULO MÁXIMO DE UMA ESFERA
....................................................................................
....................................................................................
É a secção que
passa pelo centro da ....................................................................................
esfera.
....................................................................................
....................................................................................
ÁREA E VOLUME DE UMA ESFERA
....................................................................................
Para calcular a área e o volume de uma esfera, basta
aplicar as seguintes fórmulas:
....................................................................................
ÁREA DA ESFERA: S = 4 πr2
....................................................................................
....................................................................................
Raciocínio Lógico
VOLUME DA ESFERA:
....................................................................................
....................................................................................
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
....................................................................................
1) O hexaedro é um dos poliedros regulares que possui:
a) 4 faces triangulares, 6 arestas e 4 vértices. ....................................................................................
b) 6 faces retangulares, 12 arestas e 6 vértices.
c) 6 faces quadradas, 12 arestas e 8 vértices
d) 6 faces quadradas, 8 arestas e 8 vértices. ....................................................................................
a) c) ....................................................................................
b) d) ....................................................................................
....................................................................................
6) A aresta do tetraedro regular cuja área total é 9
m2, vale: ....................................................................................
a) 2 m b) 3 m c) 4 m d) 5 m
....................................................................................
RESPOSTAS: 1) c 2) d 3) d 4) a 5) d 6) b
....................................................................................
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GEOGRAFIA
Cartografia
Cartografia (do grego chartis = mapa e graphein = escrita) é a ciência que trata da concepção, produção, difusão,
utilização e estudo dos mapas. O vocábulo foi pela primeira vez proposto pelo historiador português Manuel Francisco
Carvalhosa, 2.º Visconde de Santarém, numa carta datada de 8 de dezembro de 1839, de Paris, e endereçada ao historiador
brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen, vindo a ser internacionalmente consagrado pelo uso. Das muitas definições usa-
das na literatura, colocamos aqui a atualmente adaptada pela Associação Cartográfica Internacional (ACI):
Conjunto dos estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que intervêm na elaboração dos mapas a partir
dos resultados das observações diretas ou da exploração da documentação, bem como da sua utilização.
A cartografia encontra-se no curso de uma longa e profunda revolução, iniciada em meados do século passado,
e certamente a mais importante depois do seu renascimento, que ocorreu nos séculos XV e XVI. A introdução da fotografia
aérea e da detecção remota, o avanço tecnológico nos métodos de gravação e impressão e, mais recentemente, o apareci-
mento e vulgarização dos computadores, vieram alterar profundamente a forma como os dados geográficos são adquiridos,
processados e representados, bem como o modo como os interpretamos e exploramos.
Cartografia matemática é o ramo da cartografia que trata dos aspectos matemáticos ligados à concepção e cons-
Geografia
trução dos mapas, isto é, das projeções cartográficas. Foi desenvolvida a partir do final século XVII, após a invenção do
cálculo matemático, sobretudo por Johann Heinrich Lambert e Joseph Louis Lagrange. Foram especialmente relevantes,
durante o século XIX, os contributos dos matemáticos Carl Friedrich Gauss e Nicolas Auguste Tissot.
Cartometria é o ramo da cartografia que trata das medições efetuadas sobre mapas, designadamente a medição
de ângulos e direções, distâncias, áreas, volumes e contagem de número de objetos.
Os primeiros mapas
A função dos mapas é prover a visualização de dados espaciais e a sua confecção é praticada desde tempos pré
-históricos, antes mesmo da invenção da escrita. Com esta, dispomos de mapas em placas de argila sumérias e papiros
egípcios. Na Grécia antiga, Aristóteles e Hiparco produziram mapas com latitudes e longitudes. Em Roma, Ptolomeu repre-
sentou a Terra dentro de um círculo.
A Cartografia medieval
Embora durante a Idade Média o conhecimento geográfico tenha conhecido uma relativa estagnação na Europa
ocidental, confinado ao domínio eclesiástico, foram produzidos os mapas OT (orbis terrarum): um T composto pelas águas
(Mar Mediterrâneo, Mar Negro e rio Nilo), separando as terras (Europa, Ásia ocidental e Norte de África), dentro de um O (o
mundo).
No mundo árabe, ao contrário, desde 827 o califa Al Mamum havia determinado traduzir do grego a obra de Ptolo-
meu. Desse modo, através do Império Bizantino, os árabes resgataram os conhecimentos greco-romanos, aperfeiçoando-os.
Com a reabertura comercial do Mar Mediterrâneo, especialmente a partir do século XI, os mapas ganharam im-
portância renovada, particularmente entre os árabes, que prosseguiram com o seu desenvolvimento.
Em poucos séculos, os mapas de navegação marítima, que passaram a ser grandemente valorizados na região
mediterrânica, associados aos progressos técnicos representados pela bússola, pelo astrolábio e pela caravela, permitiram o
processo das grandes navegações, marcando a passagem para a Idade Moderna.
Os mapas atuais
Os mapas, antiga e tradicionalmente feitos usando material de escrita, a partir do aparecimento dos computado-
res e dos satélites conheceram uma verdadeira revolução.
Atualmente são confeccionados utilizando-se softwares próprios (Sistemas de Informação Geográfica) (SIGs, CAD
ou softwares especializados em ilustração para mapas). Os dados assim obtidos ou processados são mantidos em base de
dados.
A tendência atual neste campo é um afastamento dos métodos analógicos de produção e um progressivo uso de
mapas interativo de formato digital.
Geografia
O departamento de cartografia da Organização das Nações Unidas é o responsável pela manutenção do mapa
mundial oficial em escala 1/1.000.000 e todos os países enviam seus dados mais recentes para este departamento.
Os estudos de cartografia histórica, no Brasil, estão ligados ao processo histórico de confecção de mapas descriti-
vos do seu território.
A cartografia temática
Na cartografia temática, temos convenções e símbolos cartográficos que são símbolos e cores utilizados para re-
presentar os elementos desejados.
Existe uma padronização internacional de símbolos e cores para facilitar a leitura e interpretação dos mapas, em
qualquer parte do mundo.
Graças à divisão da Terra em dois hemisférios e da dinâmica do movimento de rotação, foram criados quatro pontos de
direção fundamentais denominados pontos cardeais: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O).
Norte (N)
Sul (S)
Leste (L)
Durante o dia, tem-se a impressão de que o Sol cruza o céu de leste (onde nasce) para oeste (onde se põe), constituin-
do o movimento aparente do Sol, O sinônimo mais conhecido é a palavra oriente.
Oeste (O)
Os pontos cardeais não são suficientes para nos orientarmos precisamente sobre a superfície da Terra e, por isso, é ne-
cessário utilizarmos também os pontos colaterais, que se situam entre dois pontos cardeais. Veja como encontrá-los:
Por exemplo, entre oeste e noroeste, encontramos o ponto oés-nordeste (ONO). Observe a representação dos pontos
cardeais, colaterais e subcolaterais por meio da Rosa dos Ventos ou Rosa dos Rumos.
Um dos instrumentos de orientação mais conhecidos, a bússola possui uma agulha imantada que é atraída pelo campo
de atração magnética da Terra, que está orientado no sentido norte-sul. Desse modo, a agulha da bússola está sempre em
direção aos polos magnéticos norte e sul. Deve-se ajustar a parte móvel onde está desenhada a rosa dos rumos até que o
norte esteja correspondendo à extremidade norte da agulha. Dessa maneira, teremos com precisão razoável todas as de-
mais direções indicadas.
EXERCÍCIOS
1 – Observe as afirmações:
I - Cartografia é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas.
II – Existe um paradigma internacional de símbolos e cores para facilitar a leitura e interpretação dos mapas em qualquer
parte do mundo.
III – A única instituição brasileira que estuda a cartografia é o IBGE.
Está(ão) correta(s):
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) todas estão corretas
a) Nascer do Sol
b) Pôr do Sol
c) Estrela Polar
d) Cruzeiro do Sul
3 - Um dos instrumentos de orientação mais conhecidos, a bússola possui uma agulha imantada que é atraída pelo campo
Geografia
de atração magnética da Terra, que está orientado no sentido:
a) Leste-Oeste
b) Norte-Nordeste
c) Norte-Sul
d) Sul-Sudeste
RESPOSTAS
As linhas imaginárias são importantes para a localização em qualquer ponto do planeta a partir das coordenadas geográficas.
Coordenadas geográficas são linhas imaginárias pelas quais a Terra foi “cortada”, essas linhas são os paralelos e meridia-
nos, através deles é possível estabelecer localizações precisas em qualquer ponto do planeta.
• Plano Equatorial: É um plano imaginário que divide a Terra em dois polos: norte e sul, de forma igual, mas de uma
maneira metafórica, é o mesmo que cortar uma laranja em duas partes iguais com uma faca.
Geografia
• Meridianos: São linhas imaginárias paralelas ao meridiano de Greenwich que ligam os polos norte e sul.
• Latitude: É a distância medida em graus de um determinado ponto do planeta entre o arco do meridiano e a linha do
equador.
• Longitude: É a localização de um ponto da superfície medida em graus, nos paralelos e no meridiano de Greenwich.
Latitude e longitude são descrições da localização, ou coordenadas geográficas, de um determinado lugar na Terra. O
modo como a latitude é definida depende da superfície de referência utilizada, e longitude é medido em graus, de zero a
180 para leste ou para oeste, a partir do Meridiano de Greenwich, e não há uma posição inicial natural para marcar a longi-
tude.
Latitude é o ângulo entre o plano do equador à superfície de referência. A latitude mede-se para norte e para sul do
equador, entre 90º sul, no Polo Sul e 90º norte, no Polo Norte. A latitude é a distância ao Equador medida ao longo do me-
ridiano de Greenwich, esta distância mede-se em graus, podendo variar entre 0º e 90º para Norte ou para Sul.
A medição da longitude é importante tanto para a cartografia como para uma navegação segura no oceano. Ao longo
da história, muitos exploradores lutaram para encontrar um método de determinar a longitude, como Américo Vespúcio e
Galileu. Porém, o cálculo da longitude sempre apresentou sérios problemas, principalmente no alto mar.Determinar a la-
titude é mais simples, basta medir o ângulo entre o horizonte e a Estrela Polar com ajuda de um quadrante, astrolábio ou
sextante.
A nossa posição sobre a Terra é referenciada em relação ao equador e ao meridiano de Greenwich e baseia-se em três de-
nominações: a latitude, a longitude e a altitude.
Meridiano de Greenwich
Greenwich tornou-se um meridiano referencial internacionalmente em 1884, devido a um acordo internacional que
aconteceu em Washington, isso para padronizar as horas em todo o mundo, Greenwich foi escolhido por “cortar” o obser-
vatório Astronômico Real, localizado em Greenwich, um distrito de Londres.
Fusos horários
A necessidade dos fusos é devido ao movimento de rotação da Terra, durante o qual ela gira no seu próprio eixo, esse
movimento dá origem a dias e noites, perfazendo em 24 horas.
Ao realizar o movimento da Terra (rotação), um lado do planeta recebe luz solar (dia) e o outro lado fica sombreado
(noite), o movimento e a luz do sol que incide criam as variações como manhã, tarde, noite, madrugada, então sempre há
24 horas distintas.
A partir dessas informações verifica-se que a Terra, que é esférica, possui 360o, e o movimento de rotação que ela re-
aliza gasta 24 horas para ser realizado, se dividirmos 360o por 24 horas, obteremos 15o, então, cada 15o, que é a distância
entre dois meridianos, corresponde a 1 hora, isso é denominado fuso horário.
O ponto Zero é o meridiano de Greenwich ao leste, a cada 15o aumenta 1 hora; e a oeste de Greenwich, a cada 15o
diminui 1hora.
EXERCÍCIOS
a) A longitude é determinada pelo ângulo formado pela posição de um determinado ponto e plano meri-
dional, podendo variar de zero a 90º.
b) Coordenada geográfica é o ponto em que duas latitudes se cruzam.
c) Tanto as latitudes quanto as longitudes são medidas em graus, minutos e segundos.
d) Os principais paralelos e meridianos que cortam o território brasileiro são: Equador e Tordesilhas.
Geografia
e) O paralelo é uma circunferência imaginária, que pode ser traçado até 180 vezes sobre a superfície terres-
tre.
2 - Paralelos e meridianos são linhas imaginárias que se intercruzam na superfície terrestre. No cruzamento de
um paralelo com um meridiano, há um ponto específico que determina a latitude e a longitude, permitindo a sua
localização. Sobre as referidas latitude e longitude, é correto afirmar:
RESPOSTAS
1-C 2–A
Leitura cartográfica
É necessário conhecermos os principais elementos para a leitura cartográfica, pois, apesar de os mapas serem amplamente
utilizados nos dias de hoje, os principais elementos que compõem um mapa, muitas vezes, ficam em segundo plano.
Desse modo, é evidente que, na atualidade, não apenas o geógrafo utiliza e elabora mapas para o uso em suas ativi-
dades, mas também diversos outros profissionais vêm se capacitando nas ferramentas “geotecnológicas”, e, para viabilizar
o manuseio dessas ferramentas (softwares de geoprocessamento, processamento e manuseio de imagens de sensores
remotos etc.), esses profissionais optaram pela democratização da informação, disponibilizando-a com alta qualidade, em
variados idiomas em blog’s, sites, livros e revistas. Assim, surgiu uma gama de materiais em formato digital e analógico que
vêm subsidiando a aprendizagem de cada vez mais usuários da cartografia.
Contudo, é importante que o usuário entenda que o entendimento da cartografia e o manuseio dessas geotecnologias
é fruto direto de trabalhos de campo e de reflexões teóricas/conceituais, que transitam pela produção acadêmica sobre os
mais diversos assuntos trabalhados na concepção do espaço geográfico, realizada desde há muitos anos atrás, e que culmi-
nou no que se tem hoje em meio digital, sendo a principal representação expressa por meio de mapas.
Assim, devemos considerar o mapa como um meio de comunicação, contendo objetos definidos por pontos, linhas e
polígonos, permeados por uma linguagem composta de sinais, símbolos e significados. Sendo a sua estrutura formada por
uma base cartográfica, relacionada diretamente a objetos e fenômenos observados ou percebidos no espaço geográfico.
Essa base cartográfica é composta pelos chamados elementos gerais do mapa, que são pelo menos cinco componentes
Geografia
que contribuem para a leitura e interpretação do produto cartográfico. São eles: o título, a orientação, a projeção, a escala
e a legenda, sendo que a ausência e erros em mapas, na maioria das vezes, ocorre quando um desses elementos é apre-
sentado de forma incompleta ou distorcida, não seguindo as normas da ciência cartográfica, o que pode contribuir para a
apreensão incorreta das representações do espaço geográfico pelos leitores.
Escala cartográfica
A escala, em cartografia, é a relação matemática entre as dimensões do objeto no real e as do desenho que o represen-
ta em um plano ou um mapa. Constitui-se em um dos elementos essenciais de um mapa, juntamente com a legenda, a
orientação, a legenda (convenções cartográficas) e a fonte.
Representação
Escala natural: Temos uma escala natural quando o tamanho físico do objeto representado no plano coincide com a
realidade. Própria para representações onde se faz necessário uma alta fidelidade de representação da região a ser reprodu-
zida. A escala natural é representada numericamente por E1:1.
Escala reduzida : A escala reduzida representa uma área que é maior na realidade do que na própria representação.
Tal escala é geralmente utilizada em plantas de habitações e mapas físicos de territórios de tamanho extenso onde faz-se
necessário a redução por motivos práticos, que chegam a E1:50000 ou E1:100000. Para se conhecer o valor real de uma
dimensão é necessário multiplicar a medida do plano pelo valor do denominador.
Escala ampliada: A escala ampliada, por sua vez, é utilizada quando é necessária a representação de detalhes mínimos
de uma determinada área, ou então a representação de territórios de tamanho muito reduzido. Em tal caso o valor do nu-
merador é mais alto que o valor do denominador, sendo que, deverá dividir-se pelo numerador para conhecer o valor real
da peça. Exemplos de escalas ampliadas são E2:1 ou E10:1.
De acordo com a norma Oa usp 5455:1996 “Desenhos técnicos – Escalas” recomenda-se utilizar as seguintes escalas
normatizadas:
•Escalas reduzidas 1:2, 1:5, 1:10, 1:20, 1:50, 1:100, 1:200, 1:500, 1:1000, 1:2000, 1:5000, 1:20000
Escalas numéricas, unidade por unidade e gráfica (o número à direita do símbolo “.”) e o valor da realidade (o número à
esquerda do símbolo “.”). Um exemplo seria 1:100.000, que indica que uma unidade qualquer do plano representa 100000
dessas mesmas unidades na realidade, ou seja, dois pontos no plano que se encontram a 1 cm estarão na realidade a
100000 cm, se estão no plano a 1m, na realidade, estarão a 100000 metros, sendo assim com qualquer unidade considera-
da.
A escala unidade por unidade é a igualdade expressa de duas longitudes: a do mapa (à esquerda do símbolo “=”) e da
realidade (à direita do símbolo “=”). Um exemplo seria:
A escala gráfica é a representação desenhada da escala unidade por unidade, onde cada segmento mostra a relação
entre longitude da representação e da área real. Um exemplo seria:
0____________100km
Geografia
• Escala numerada (representada por números)
Escalas como 1:1000000, 1:500000, 1:250000, 1:100000 ou 1:50000, em geral, são usadas para mapas de continentes, e
países, como: Brasil, EUA, Canadá e etc.
Escalas como 1:25000, 1:10000, 1:2500 são utilizadas em cidades, bairros e ruas, para estudos de mais precisão.
Quanto maior a escala, maior o ponto de onde vê, consequentemente, maior a quantidade de detalhes no mapa.
A Legenda e as Convenções
As representações espaciais sempre estiveram presentes, pois antes mesmo da escrita e da fala os símbolos e desenhos
representavam o meio vivido. Com eles o homem delimitava e ocupava os territórios. Mas foi somente a partir do século
passado que os mapas passaram a ter o padrão normativo atual, estabelecido por leis e convenções transformadas em
normas aceitas pelos estudiosos e por todos os que usam produtos da Cartografia.
Assim, estabeleceu-se uma linguagem artificial, padronizada, associativa e universal com o objetivo de promover uma
melhor compreensão para quem produz e para quem lê os mapas, alcançando leitores com menor e maior nível de conhe-
cimento. Os mapas passaram então a fazer parte do dia-a-dia do homem em sociedade, figurando em livros, revistas, jor-
nais, televisão, internet, e muitos outros meios de comunicação humana. De modo que, as técnicas cartográficas modernas
permitiram que as representações ganhassem mais e melhor sentido.
Assim, para a melhor simbolização dos objetos e fenômenos que são transportados e contidos em um mapa, e demais
representações cartográficas, foi necessário se aprimorar as chamadas legendas, ou seja, a parte de uma carta ou mapa que
contém o significado dos fenômenos representados nela, geralmente traduzidos por símbolos, cores e traços desenhados
cuidadosamente para que o leitor de mapas entenda do que trata a representação cartográfica.
A legenda de um mapa está situada, geralmente, dentro da moldura do mesmo, com todos os símbolos, cores e outros
artifícios capazes de explicar de modo resumido a ocorrência de um determinado objeto ou fenômeno, de acordo com sua
distribuição no espaço geográfico.
EXERCÍCIOS
1 - Num mapa da Região Metropolitana de Curitiba, na escala 1:250.000, uma das pistas da rodovia BR-116 aparece
desenhada com um milímetro de largura. A partir dessa informação, é correto afirmar:
a) A largura da pista é de 20 m.
b) A largura da pista é de 15 m.
c) A largura da pista é de 25 m.
d) A representação da rodovia com um milímetro de largura, num mapa na escala 1:250.000, está de acordo com a
largura real da rodovia.
e) Trata-se de uma questão de generalização cartográfica e nesse caso o desenho da rodovia não obedece à relação
de escala.
2 - Para a instalação da sede de uma empresa (que ocupará 1 km²) numa área de 100 km², é necessário fazer a car-
tografia de cada uma dessas áreas separadamente. Em relação às características das cartas a serem construídas, é correto
afirmar:
a) Deve-se usar uma escala ao milionésimo para representar o terreno e uma escala pequena para representar a
sede.
b) Deve-se usar a mesma escala para as duas cartas, já que as duas áreas estão localizadas em um mesmo lugar.
Geografia
c) Deve-se usar uma escala média para a representação da área total do terreno, e uma escala grande para a repre-
sentação da sede.
d) Deve-se utilizar a escala gráfica nas duas cartas, porque ela é mais precisa do que a escala numérica.
e) Deve-se utilizar uma escala grande para as duas áreas, ou seja, uma escala variável entre 1:100.000 e 1:150.000.
RESPOSTAS
1-E 2-C
O Brasil, país tropical de grande extensão territorial, apresenta uma geografia marcada por grande diversidade. A inte-
ração e a interdependência entre os diversos elementos da paisagem (relevo, clima, vegetação, hidrografia, solo, fauna, etc.)
explicam a existência dos chamados domínios geoecológicos, que podem ser entendidos como uma combinação ou sínte-
se dos diversos elementos da natureza, Individualizando uma determinada porção do território.
Geografia
Dessa maneira, podemos reconhecer, no Brasil, a existência de seis grandes paisagens naturais: Domínio Amazônico, Do-
mínio das Caatingas, Domínio dos Cerrados, Domínio dos Mares de Morros, Domínio das Araucárias e Domínio das Pradarias.
Entre os seis grandes domínios acima relacionados, inserem-se inúmeras faixas de transição, que apresentam elemen-
tos típicos de dois ou mais deles (Pantanal, Agreste, Cocais, etc.).
Dos elementos naturais, os que mais influenciam na formação de uma paisagem natural são o clima e o relevo; eles in-
terferem e condicionam os demais elementos, embora sejam também por eles influenciados. A cobertura vegetal, que mais
marca o aspecto visual de cada paisagem, é o elemento natural mais frágil e dependente dos demais (síntese da paisagem).
Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, pedológicas,
hidrológicas e fitogeográficas; com esses aspectos é possível delimitar seis regiões de domínio morfoclimático. Devido à
extensão territorial do Brasil ser muito grande, vamos nos defrontar com domínios muito diferenciados uns dos outros. Esta
classificação feita, segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em seis domínios:
I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e grande processo de sedimentação; clima e floresta
equatorial;
II – Domínio dos Cerrados – região central do Brasil, como diz o nome, vegetação tipo cerrado e inúmeros chapadões;
III – Domínio dos Mares de Morros – região leste (litoral brasileiro), onde se encontra a floresta Atlântica que possui
clima diversificado;
IV – Domínio das Caatingas – região nordestina do Brasil (polígono das secas), de formações cristalinas, área depressiva
intermontanhas e de clima semi-árido;
V – Domínio das Araucárias – região sul brasileira, área do habitat do pinheiro brasileiro (araucária), região de planalto
e de clima subtropical;
Uma grande dificuldade quando se pretende dividir um território em paisagens naturais é que os limites dos seus ele-
mentos em geral não se coincidem. Assim, em determinado compartimento do relevo nem sempre o clima ou a vegetação
são semelhantes em toda a sua extensão, como por exemplo, o planalto. E determinado tipo de clima pode abranger um
planalto e uma planície, bem como vários tipos de vegetações. Esse problema pode ser resolvido em áreas de transição, fai-
xas de terra em que não há homogeneidade dos elementos naturais, há a presença de elementos de conjuntos diferentes,
ou seja, há áreas em que ocorre certa semelhança, em toda a sua extensão, do tipo de clima, relevo, hidrografia, vegetação
e solo.
Outra dificuldade para dividir um território em paisagens naturais é o fato de não existir nenhuma regra geral para isso.
Não há nenhum elemento determinante a partir do qual se defina todo o conjunto. Antigamente, costumava-se considerar
o clima (ligado às latitudes) como determinante, dividindo-se as paisagens naturais do globo em zonas tropicais, tempera-
das, subtropical e etc. De vez em quando, outro elemento da paisagem natural, principalmente a vegetação ou em alguns
casos o relevo, é mais importante que o clima para explicar o conjunto. O clima não é mais estudado como dependente
apenas da latitude, mas principalmente da dinâmica atmosférica, da ação das massas de ar.
Temos como exemplo a caatinga e o clima semiárido no sertão nordestino ou a cobertura florestal da porção litorânea
do país, desde o nordeste até o sul. Por causa disso, não se usa mais, mesmo para o Brasil, o termo zona e sim domínio –
conjunto natural em que há interação entre os elementos e o relevo, clima ou vegetação, que são determinantes.
É formado por terras baixas: depressões, planícies aluviais e planaltos, cobertos pela extensa floresta latifoliada equato-
rial Amazônica. É banhado pela Bacia Amazônica, que se destaca pelo grande potencial hidrelétrico.Apresenta grave proble-
Geografia
ma de degradação ambiental,representado pelas queimadas e desmatamentos. O governo brasileiro, por meio do Programa
Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, adotará o ecoturismo e a biotecnologia como formas de desenvolver
a Amazônia, preservando-a.
Situação Geográfica
Situado ao norte brasileiro, o domínio Amazônico é a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de aproxi-
madamente 5 milhões km² – equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre,
Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. Encontram-se como principais cidades desta região: Manaus,
Belém, Rio Branco, Macapá e Santarém.
Corresponde à área do Brasil Central e apresenta extensos chapadões e chapadas, com domínio do clima tropical semi-
úmido e vegetação do cerrado.A vegetação do cerrado é formada por arbustos com troncos e galhos retorcidos, recobertos
por casca grossa. Os solos são pobres e ácidos, mas com a utilização do método da calagem, colocando-se calcário no solo,
estão sendo aproveitados pelo setor agrícola,transformando-se na nova fronteira da agricultura, representada pela expan-
são do cultivo da soja, feijão, arroz e outros produtos.Nesse domínio estão as áreas dispersoras da Bacia do Paraná,do Para-
guai, do Tocantins, do Madeira e outros rios destacáveis.
Situação Geográfica
Formado pela própria vegetação de cerrado, nesta área encontram-se as formações de chapadas ou chapadões como a
Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, são de grande exuberância, tanto para pontos turísticos,
como científicos. Vale destacar que é da região do cerrado que estão três nascentes das principais bacias hidrográficas brasi-
leiras: a Amazônica, a São franciscana e a Paranáica.
Localizado na região central do Brasil, o Domínio Morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hecta-
res, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato
Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Gerais
(parte noroeste). Encontrado ao longo de sua área cidades importantes como: Brasília, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Pal-
mas e Montes Claros.
Esse domínio acompanha a faixa litorânea do Brasil desde o Nordeste até o Sul do País. Caracteriza-se pelo relevo com
topografia em “meia-laranja” ou mares de morros,formados pela intensa ação erosiva na estrutura cristalina das Serras do
Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço.Apresenta predominantemente clima tropical quente e úmido,caracterizado pela flo-
resta latifoliada tropical, que, na encosta da Serra do Mar, é conhecida como Mata Atlântica.Essa paisagem sofreu grande
degradação em consequência da forte ocupação humana.Além do desmatamento, esse domínio sofre intenso processo
erosivo (relevo acidentado e clima úmido), com deslizamentos frequentes e formação de voçorocas.
Situação Geográfica
Este domínio estende-se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproxima-
damente 1.000.000 km². Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, de
São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba; e no interior dos Esta-
dos, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Incluindo em sua extensão territorial cidades importan-
tes, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianópolis.
Corresponde à região da depressão sertaneja nordestina, com clima quente e semiárido e típica vegetação de caatinga
formada por cactáceas, bromeliáceas e árvores.Destaca-se o extrativismo vegetal de fibras, como o caroá, o sisal e a piaça-
va.A bacia do São Francisco atravessa o domínio da caatinga e tem destaque pelo aproveitamento hidrelétrico e pelos pro-
jetos de irrigação no seu vale, onde a produção de frutas (melão, manga,goiaba, uva) tem apresentado expansão.
Geografia
A tradicional ocupação da caatinga é a pecuária extensiva de corte, com baixo aproveitamento.No domínio da caatinga,
aparecem os inselbergs, ou morros residuais, resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido.
Situação Geográfica
Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígo-
nos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos
Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como prin-
cipais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.
Restringe-se aos estados da Região Sul do Brasil, essa vegetação é encontrada principalmente em planaltos mais eleva-
dos. A cobertura vegetal é formada por pinheiro-do-paraná, além da erva-mate e o cedro.
O clima predominante é o subtropical, ou seja, uma transição entre o clima tropical e o temperado, com verões quentes e
invernos rigorosos, apresenta as menores temperaturas do país e, em determinadas localidades, ocorre precipitação de neve.
O domínio morfoclimático das Pradarias detém importantes reservas biológicas, como a do Parque Estadual do Espini-
lho (Uruguaiana e Barra do Quarai) e a Reserva Biológica de Donato (São Borja). As condições ambientais atuais fora desses
parques, são muito preocupantes.
Com o início da formação de um deserto que tende a crescer anualmente, essa região está sendo foco de muitos estu-
dos e projetos para estagnar esse processo.
Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura e as queimadas, essas darão origem as ravinas, que por
sua vez farão surgir às voçorocas. Como o solo é muito arenoso e a morfologia do relevo é levemente ondulado, rapida-
mente os montantes de areia espalham-se na região ocasionados pela ação eólica.
Em virtude a tudo isso, poucas medidas estão sendo tomadas, exceto os estudos feitos. Assim, as autoridades locais
deverão estar alerta, para que esse processo erosivo tenha um fim antes que torne toda as pradarias num imenso deserto.
Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias com-
preende uma extensão, segundo Ab’Saber, de 80.000 km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes & Ker – UFV. Tendo como
cidades importantes em sua abrangência: Uruguaiana, Bagé, Alegrete, Itaqui e Rosário do Sul.
Localizado no extremo sul do Brasil, também apresenta clima subtropical, sendo portanto marcado pela atuação da
massa polar atlântica.Abrange os pampas, Campanha Gaúcha ou Campos Limpos, marcados pela presença do solo de bru-
nizens, oriundo da decomposição de rochas sedimentares e ígneas, o que possibilita o desenvolvimento da agricultura e
principalmente da pecuária bovina semi-extensiva.
É notável também a presença de coxilhas (colinas arredondadas e ricas em herbáceas e gramíneas) e das matas-galerias
nas margens dos rios.
Apresenta características variadas, desde aspecto da caatinga até a floresta amazônica, o relevo que predomina são as
planícies que se alagam nos períodos chuvosos. O clima desse domínio é o tropical com um período de seca e outro chuvoso.
EXERCÍCIOS
1 - (UFSC) (...) A vegetação recama de flores, cobrindo-os, os grotões escancelados, e disfarça a dureza das barrancas, e
arredonda em colinas os acervos dos blocos disjungidos – de sorte que as chapadas grandes, intermeadas de convales, se
ligam em curvas mais suaves aos tabuleiros altos. (...)
Geografia
O trecho ilustra descrições geográficas e geomorfológicas do domínio da caatinga, presentes na obra de Euclides da
Cunha. Assinale a alternativa que apresenta somente características deste domínio morfoclimático brasileiro.
a) Clima tropical árido; solos de baixa fertilidade natural e predomínio dos chapadões e chapadas.
b) Clima tropical alternadamente úmido e seco; solos ácidos e presença de depressões interplanálticas.
c) Clima tropical seco; solos profundos e presença de formas mamelonares resultantes da ação do intemperismo quími-
co.
d) Clima tropical semiúmido; solos ácidos de profundidade regular e relevo planáltico levemente ondulado.
e) Clima tropical semiárido; solos ricos em sais minerais e presença de áreas deprimidas delimitadas por planaltos e
chapadas.
2 - (PUC) As porções orientais do território brasileiro, em termos de clima, sofrem maior intervenção da massa de ar:
3 – (OSEC) A “friagem” consiste na queda brusca da temperatura, na região amazônica. Sobre ela pode-se afirmar que:
I. O relevo baixo, de planície, facilita a incursão de massas de ar frio que atingem a Amazônia.
II. A massa de ar responsável pela ocorrência de friagem é a Tropical Atlântica.
III. A friagem ocorre no inverno.
a) Devido à variedade de climas encontrados neste domínio, este apresenta rica biodiversidade.
b) seu relevo apresenta características mamelonares, ou seja, com morros arredondados.
c) Ao longo deste domínio, são encontradas serras escarpadas de formação cristalina.
d) devido ao clima e à intensa umidade, as rochas passam por processo de intemperismo, ou seja, desgaste.
e) Os solos de modo geral não são muito férteis, o que não favoreceu o desenvolvimento da agricultura.
RESPOSTAS
ECOSSISTEMAS
Geografia
Com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o Brasil possui grande variedade de paisagem e de cultura; tendo desde o
semideserto até a biodiversidade mais rica do planeta; desde tribos de índios até modernas gerações interessadas na mun-
dialização.
Existem regiões importantes como as bacias sedimentares do Pantanal e da Amazônia, a Floresta Atlântica e a imensa
orla marítima que chama a atenção mundial.
A variedade cultural e paisagística e a falta de conflitos étnicos e fronteiriços deixa o Brasil em posição privilegiada, res-
saltando seu potencial turístico, sobretudo o turismo ecológico.
Ecossistema é definido como um sistema aberto que inclui, em uma certa área, todos os fatores físicos e biológicos
(elemento biótipos e abióticos) do ambiente e suas interações o que resulta em uma diversidade biótica com estrutura
trófica claramente definida e na troca de energia e matéria entre esses fatores.
“A biocenose e seu biótopo constituem dois elementos inseparáveis que reagem um sobre o outro para produzir um
sistema mais ou menos estáveis que recebe o nome de ecossistema” (Tansley, 19355).
O ecossistema é a unidade funcional de base em ecologia, porque inclui, ao mesmo tempo, os seres vivos e o meio
onde vivem, com todas as interações recíprocas entre o meio e os organismo”(Dajoz, 1973).
“Os vegetais , animais e micro-organismo que vivem numa região e constituem uma comunidade biológica estão liga-
dos entre si por uma intrincada rede de relações que inclui o ambiente físico em que existem estes organismo.
Estes componentes físicos e biológicos interdependentes formam o que os biológicos designam com o nome de ecos-
sistema”. (Ehrlich & Ehrlich, 1974).
“O espaço limitado onde a ciclagem de recursos através de um ou vários níveis tróficos é feita por agentes mais ou
menos fixos, utilizado simultânea e sucessivamente processos mutuamente compatíveis que geram produtos utilizáveis a
curto ou longo prazo” (Dansereau, 1978).
“É um sistema aberto integrado por todos os organismos vivos (compreendido o homem) e os elementos não viventes
de um setor ambiental definido no tempo e no espaço, cujas propriedades globais de funcionamento (fluxo de energia e
ciclagem de matéria) e autorregulação (controle) derivam das relações entre todos os seus componentes, tanto pertencen-
tes ao ecossistemas naturais , quanto aos criados ou modificados pelo homem” (Hurtubia, 1980).
“Sistema integrado e auto funcionamento que consiste em interações de elementos biótipos e abióticos; seu tamanho
pode variar consideravelmente”(USDT, 1980).
“A comunidade total de organismo, junto com o ambiente físico e químico no qual vivem se denomina ecossistema,
que é unidade funcional da ecologia” (Beron, 1981) (Vocabulário Básico do Meio Ambiente compilado por Iara V. D. Moreira,
FEEMA, 1992).
Floresta Amazônica
A Amazônia é o maior bioma terrestre do planeta, cuja área avança em 9 países da América Latina (Brasil, Paraguai,
Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname). A bacia hidrográfica do Amazonas ocupa uma
área de 7.050.000 km3. Em termos geopolíticos a Amazônia legal brasileira ocupa 60 % do território nacional. Apesar de ser
o maior estado brasileiro, possui a menor densidade demográfica humana, com menos de 10 % da população do pais.
Geografia
A Amazônia é um dos mais preciosos patrimônios ecológicos do planeta. É na realidade um grande Bioma, composto
por diversos ecossistemas interagindo em equilíbrio. 65 % de toda a área amazônica é composta pela floresta tropical úmi-
da de terra firme, sendo que o restante é constituído por matas de cipó, campinas, matas secas, igapós, manguezais, matas
de várzeas, cerrados, campos de terra firme, campos de várzeas e matas de bambu. Toda a rede de rios, córregos, cachoei-
ras, lagos, igarapés e represas constituem os ecossistemas aquáticos da Amazônia.
A bacia amazônica é um dos locais mais chuvosos do planeta, com índices pluviométricos anuais de mais de 2.000 mm
por ano, podendo atingir 10.000 mm em algumas regiões. Durante os meses de chuvas, a partir de dezembro, as águas
sobem em média 10 metros, podendo atingir 18 metros em algumas áreas. Isto significa que durante metade do tempo
grande parte da planície amazônica fica submersa, caracterizando a maior área de floresta inundada do planeta, cobrindo
uma área de 700.000 Km2. A Amazônia é a maior floresta do mundo, representando 35 % de toda as florestas do mundo.
É considerada também uma das mais antigas coberturas florestais, permanecendo estabilizada a cerca de 100 milhões de
anos.
O rio Amazonas é o maior e mais largo rio do mundo e o principal responsável pelo desenvolvimento da floresta Ama-
zônica. O volume de suas águas representa 20 % de toda a água presente nos rios do planeta. Têm extensão de 6.400
quilômetros, vazão de 190.000 metros cúbicos por segundo (16 vezes maior que a do rio Nilo), conta com mais de 1.000
afluentes. Sua largura média é de 12 quilômetros, atingindo frequentemente mais de 60 quilômetros durante a época de
cheia. Na foz, onde deságua no mar, a sua largura é de 320 quilômetros. A profundidade média é de 30 a 40 metros. As
áreas alagadas influenciadas pela rede hídrica do Amazonas, formam uma bacia de inundação muito maior que muitos
países da Europa, juntos. Apenas a ilha do Marajó, na foz do Amazonas, é maior que a Suíça.
Em termos biológicos é a região com a maior biodiversidade de todos os continentes. Comporta metade das espécies
de aves hoje conhecidas, possui a maior diversidade de insetos (especialmente borboletas), répteis e anfíbios. Possui mais
espécies de peixes que o oceano Atlântico. As águas da Amazônia também são ricas em caranguejos, camarões, serpentes,
tartarugas, lagartos, golfinhos (entre eles o boto cor-de-rosa), lontras, jacarés e tubarões, os quais sobem centenas de qui-
lômetros nos rios em busca de peixes. Dezenas de aves aquáticas exploram as águas, ricas em alimento. O maior roedor,
os maiores papagaios, as maiores cobras, os maiores peixes (o pirarucu pode atingir mais de 3 metros de comprimento e
pesar 180 quilos), as maiores árvores tropicais e os maiores insetos vivem na Amazônia. A diversidade de mamíferos, espe-
cialmente macacos e felinos, é muito grande. 30 espécies de macacos são endêmicas da mata amazônica.
O conhecimento da fauna e flora da Amazônia ainda é extremamente precário. Acredita-se que não se conheça nem a
metade das espécies que habitam as suas matas e rios . A principal característica da Amazônia é a sua inacessibilidade, o
que dificulta a sua exploração e estudo.
A Amazônia é um dos poucos redutos do planeta onde ainda vivem povos humanos primitivos. As dezenas de tribos
ainda existentes espalham-se em territórios dentro da mata, mantendo seus próprios costumes, linguagens e culturas,
inalterados por milhares de anos. Antropólogos acreditam que ainda existam povos primitivos desconhecidos, vivendo nas
regiões mais inóspitas e inacessíveis.
Oficialmente existem dois parques nacionais na Amazônia brasileira, o Parque Nacional do Tapajós e o Parque Nacio-
nal do Pico da Neblina. O primeiro, com 1 milhão de hectares de floresta tropical úmida, e o segundo com extensão de
2.200.000 hectares. O parque do Pico da Neblina se une ao parque Serrania de la Neblina, na Venezuela, com 1.360.000
hectares, formando em conjunto um dos maiores complexos bióticos protegidos do mundo.
Os impactos resultantes da exploração humana da Amazônia são muitos. O desmatamento e as queimadas para a for-
mação de pastos para o gado tem destruído imensas áreas de florestas virgens todos os anos, há décadas. Estima-se que
a área de pastos (naturais e criados por desmatamento) na Amazônia seja de mais de 20 milhões de hectares. O problema
é que os pastos não resistem por muito tempo, uma vez que o solo amazônico é muito pobre em nutrientes. Isto faz com
que os criadores avancem constantemente para o interior da floresta em busca de novas terras.
Mineração, caça e pesca indiscriminada, contrabando de animais raros e espécies em extinção, poluição, e queimadas
criminosas são alguns dos principais fatores de perturbação da Amazônia.
A comunidade científica mundial, ciente do potencial ecológico, geológico, científico e farmacológico da Amazônia, tem
alertado constantemente as autoridades políticas para a necessidade de uma política de preservação e uso equilibrado da
floresta. Esta política deve ser implantada o mais rápido possível para que os danos atualmente existentes sejam revertidos.
Mata Atlântica
Originalmente, essa exuberante floresta tropical, que cobria um território pouco maior que 1.000.000 km2, espraiava-se
Geografia
pela costa do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando pelo interior em extensões variadas. A Mata Atlântica
praticamente ocupava todo o Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, bem como parcelas signifi-
cativas de Minas Gerais , Rio Grande do Sul e Mato Groso do Sul, logrando alcançar a Argentina e o Paraguai.
Infelizmente, desse imenso corpo florestal, que outrora cobria 12% do território brasileiro, restam apenas 9% de sua
extensão original. Rios importantes para a economia regional e o meio ambiente, como o Paraíba do Sul, São Francisco,
Doce e Jaquitinhonha encontram-se poluídos ou assoreados por causa dos sedimentos arrastados pela erosão do solo des-
protegido de vegetação.
Semelhante ao que ocorre com a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica reúne formações vegetais diversificadas e he-
terogêneas. À primeira vista, podemos distinguir três tipos de florestas, diferentes em sua composição e aspectos florísticos,
mas que guardam, porém, aspectos comuns: as ombrófilas densas, com ocorrência ao longo da costa; semideciduais e de-
ciduais, pelo interior do Nordeste, Sudeste, Sul e partes do Centro-Oeste; as ombrófilas mistas (Pinheirais) do Sul do Brasil.
Um dos motivos para preservar o que restou da Mata Atlântica é sua rica biodiversidade, variedade de plantas e ani-
mais. Calcula-se que nela existam mais de 800 espécies de aves, 180 anfíbios e 131 mamíferos, inclusive as quatro espé-
cies de mico-leão que são exclusivos daquele ecossistema.
Cerrado
Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rastei-
ra, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa
área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e
por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o
araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim,como o ca-
pim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas
de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às
nascentes de água, o buriti domina a forma paisagem e as veredas de buriti
Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre
300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o
inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande ma-
nancial de água, que alimenta seus rios.
A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o aparecimento de grupos de caçadores e coletores
de frutos e outros alimentos naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais densamente povoada.
Caatinga
Quando chega o mês de agosto, parece que a natureza morreu. Não se veem nuvens no céu, a umidade do ar é míni-
ma, a água chega a evaporar 7mm por dia e a temperatura do solo pode atingir 60º C. As folhas da maioria das árvores já
caíram e assim, o gado e os animais nativos, como a ema, o preá, o mocó e o camaleão, começam a emagrecer. As únicas
cores vivas estão nas flores douradas do cajueiro, nos cactus e juazeiros. A maioria dos rios para de correr e as lagoas come-
çam a secar.
Algumas plantas têm as folhas muito finas. Os espinhos dos cactus são o extremo deste tipo de folha. Outras têm sis-
temas de armazenamento de água, como as barrigudas. As raízes cobrem a superfície do solo, para capturar o máximo de
água durante as chuvas leves. As espécies mais abundantes incluem a mimosa, a emburana, a catingueira, a palmatória,
a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o xique-xique, o mandacaru, a quixabeira e o juazeiro, uma das
poucas que não perde suas folhas durante a seca.
A Caatinga é uma extensa região do Nordeste brasileiro, que ocupa mais de 70% de sua área (11% do território brasi-
leiro), também chamada de sertão. Nessa época do ano, a região, de árvores e arbustos raquíticos, cheios de espinhos, tem
um aspecto triste e desolador.
Geografia
Quando volta a chover, no início do ano, a paisagem parece explodir de tanto verde.Apesar de raso e conter grande
quantidade de pedras, o solo da Caatinga é razoavelmente fértil. As árvores cobrem-se de folhas rapidamente e o solo, em
geral pedregoso, fica forrado de pequenas plantas, e a fauna volta a engordar.
A vegetação adaptou-se para se proteger da falta d’água. Quase todas as plantas usam a estratégia de perder as folhas,
eliminando a superfície de evaporação quando falta água.
Campos
De maneira genérica, os campos da região Sul do Brasil são denominados como “pampas”, termo de origem indígena
para “região plana”. Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, mais encontrado ao sul
do Estado do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.
Outros tipos conhecidos como campos do alto da serra são encontrados em áreas de transição com o domínio de arau-
cárias. Em outras áreas encontram-se, ainda, campos de fisionomia semelhantes à savana.
Os campos, em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e a
prática do fogo não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de
distribuição dos Campos do Sul.
A região geomorfológica do planalto de Campanha, a maior extensão de campos do Rio Grande do Sul, é a porção mais
avançada para oeste e para o sul do domínio morfoestrutural das bacias e coberturas sedimentares. Nas áreas de contato
com o arenito botucatu, ocorrem os solos podzólicos vermelho-escuros, principalmente a sudoeste de Quaraí e a sul e
sudeste de Alegrete, onde se constata o fenômeno da desertificação. São solos, em geral, de baixa fertilidade natural e bas-
tante suscetíveis à erosão.
À primeira vista, a vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando nos topos mais planos um
tapete herbáceo baixo – de 60 cm a 1 m -, ralo e pobre em espécies, que se torna mais denso e rico nas encostas, predo-
minando gramíneas, compostas e leguminosas; os gêneros mais comuns são: Stipa, Piptochaetium, Aristida, Melica, Briza.
Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região. A mata aluvial apresenta inúmeras espé-
cies arbóreas de interesse comercial.
Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem formações campestres e florestais de
clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou
ameaçados de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Pelo menos uma es-
pécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.
A vocação da região de Campanha está na pecuária de corte. As técnicas de manejo adotadas, porém, não são adequa-
das para as condições desses campos, e a prática artesanal do fogo ainda não é bem conhecida em todas as suas conse-
quências. As pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da
vegetação. Os campos naturais no Rio Grande do Sul são geralmente explorados sob pastoreio contínuo e extensivo.
Outras atividades econômicas importantes, baseadas na utilização dos campos, são as culturas de arroz, milho, trigo e
soja, muitas vezes praticadas em associação com a criação de gado bovino e ovino. No alto Uruguai e no planalto médio a
expansão da soja e também do trigo levou ao desaparecimento dos campos e à derrubada das matas. Atualmente, essas
duas culturas ocupam praticamente toda a área, provocando gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Disso também
resultam a erosão, a compactação e a perda de matéria orgânica.
Pantanal
A CIMA - Comissão Interministerial para Preparação da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desen-
volvimento-SI/PR, 1991, define o Pantanal mato-grossense como “a maior planície de inundação contínua do planeta”. Sua
localização geográfica é de particular relevância, uma vez que representa o elo de ligação entre o Cerrado, no Brasil Central,
o Chaco, na Bolívia, e a região Amazônica, ao Norte, identificando-se, aproximadamente, com a bacia do alto Paraguai.
O Pantanal funciona como um grande reservatório, provocando uma defasagem de até cinco meses entre as vazões de
entrada e saída. O regime de verão determina enchentes entre novembro e março no norte e entre maio e agosto no sul,
neste caso sob a influência reguladora do Pantanal.
Geografia
Os solos, de modo geral, apresentam limitações à lavoura. Nas planícies pantaneiras sobressaem solos inférteis (late-
ritas) em áreas úmidas (hidromórficas) e planossolos, além de várias outras classes, todos alagáveis, em maior ou menor
grau, e de baixa fertilidade. Nos planaltos, embora predominem também solos com diversas limitações à agricultura, sobre-
tudo à fertilidade, topografia ou escassez de água, existem situações favoráveis.
Como área de transição, a região do Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres, com afinidades, sobre-
tudo, com os Cerrados e, em parte, com a floresta Amazônica, além de ecossistemas aquáticos e semi-aquáticos, interde-
pendentes em maior ou menor grau. Os planaltos e as terras altas da bacia superior são formados por áreas escarpadas e
testemunhos de planaltos erodidos, conhecidos localmente como serras. São cobertos por vegetações predominantemente
abertas, tais como campos limpos, campos sujos, cerrados e cerradões, determinadas, principalmente, por fatores de solo
(edáficos) e climáticos e, também, por florestas úmidas, prolongamentos do ecossistema amazônico.
A planície inundável que forma o Pantanal, propriamente dito, representa uma das mais importantes áreas úmidas
da América do Sul. Nesse espaço podem ser reconhecidas planícies de baixa, média e alta inundação, destacando-se os
ambientes de inundação fluvial generalizada e prolongada. Esses ambientes, periodicamente inundados, apresentam alta
produtividade biológica, grande densidade e diversidade de fauna.
A ocupação da região, de acordo com pesquisas arqueológicas, se deu há, aproximadamente, dez mil anos por grupos
indígenas. A adequação de atividades econômicas ao Pantanal surgiu do processo de conquista e aniquilamento dos índios
guatós e guaicurus por sertanistas. Foi possível implantar a pecuária na planície inundável, que se tornaria a única econo-
mia estável e permanente até os nossos dias. Dentro de um enfoque macroeconômico, a planície representou, no passado,
um grande papel no abastecimento de carne para outros estados do país. No entanto, esta economia se encontra em deca-
dência.
Uma série de atividades de impacto direto sobre o Pantanal pode ser observada, como garimpo de ouro e diamantes,
caça, pesca, turismo e agropecuária predatória, construção de rodovias e hidrelétricas. Convém frisar a importância das ati-
vidades extensivas nos planaltos circundantes como uma das principais fontes de impactos ambientais negativos sobre o
Pantanal.
O processo de expansão da fronteira, ocorrido principalmente após 1970, foi a causa fundamental do crescimento de-
mográfico do Centro-Oeste brasileiro. A região da planície pantaneira, com sua estrutura fundiária de grandes propriedades
voltadas para a pecuária em suas áreas alagadiças, não se incorporou ao processo de crescimento populacional. Não houve
aumento significativo em número ou população das cidades pantaneiras. No planalto, contudo, o padrão de crescimento
urbano foi acelerado.
Como todas as cidades surgidas ou expandidas nessa época, as de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul não tinham e
nem têm infraestrutura adequada para minimizar o impacto ambiental do crescimento acelerado, causado, principalmente,
pelo lançamento de esgotos domésticos ou industriais nos cursos d’água da bacia. Esse tipo de poluição repercute direta-
mente na planície pantaneira, que recebe os sedimentos e resíduos das terras altas.
O mesmo processo de expansão da fronteira foi responsável pelo aproveitamento dos cerrados para a agropecuária,
o que causou o desmatamento de vastas áreas do planalto para a implantação de lavouras de soja e arroz, além de pas-
tagens. O manejo agrícola inadequado nessas lavouras resultou, entre outros fatores, em erosão de solos e no aumento
significativo de carga de partículas sedimentáveis de vários rios. Além disso, agrava-se o problema de contaminação dos
diversos rios com biocidas e fertilizantes.
A presença de ouro e diamantes na baixada cuiabana e nas nascentes dos rios Paraguai e São Lourenço vem atraindo
milhares de garimpeiros, cuja atividade causa o assoreamento e compromete a produtividade biológica de córregos e rios,
além de contaminá-los com mercúrio.
Segundo a WWF (1999), existem no Pantanal 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis.
Restingas e manguezais
A costa brasileira abriga um mosaico de ecossistemas de alta relevância ambiental. Ao longo do litoral brasileiro podem
ser encontrados manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões rochosos, baías, brejos, falésias, estuários, recifes de
corais e outros ambientes importantes do ponto de vista ecológico, todos apresentando diferentes espécies animais e vege-
tais e outros. Isso se deve, basicamente, às diferenças climáticas e geológicas da costa brasileira.
Além do mais, é na zona costeira que se localizam as maiores presenças residuais de Mata Atlântica. Ali a vegetação
possui uma biodiversidade superior no que diz respeito à variedade de espécies vegetais. Também os manguezais, de ex-
Geografia
pressiva ocorrência na zona costeira, cumprem funções essenciais na reprodução biótica da vida marinha.
O litoral amazônico vai da foz do rio Oiapoque ao delta do rio Parnaíba. Apresenta grande extensão de manguezais
exuberantes, assim como matas de várzeas de marés, campos de dunas e praias. Apresenta uma rica biodiversidade em
espécies de crustáceos, peixes e aves.
O litoral nordestino começa na foz do rio Parnaíba e vai até o Recôncavo Baiano. É marcado por recifes calcíferos e are-
níticos, além de dunas que, quando perdem a cobertura vegetal que as fixam, movem-se com a ação do vento. Há ainda
nessa área manguezais, restingas e matas. Nas águas do litoral nordestino vivem o peixe-boi marinho e as tartarugas, am-
bos ameaçados de extinção.
O litoral sudeste segue do Recôncavo Baiano até São Paulo. É a área mais densamente povoada e industrializada do
país. Suas áreas características são as falésias, os recifes e as praias de areias monazíticas (mineral de cor marrom-escura).
É dominada pela Serra do Mar e tem a costa muito recortada, com várias baías e pequenas enseadas. O ecossistema mais
importante dessa área é a mata de restinga. Essa parte do litoral é habitada pela preguiça-de-coleira e pelo mico-leão-
dourado (espécies ameaçadas de extinção).
O litoral sul começa no Paraná e termina no Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. Com muitos banhados e manguezais, o
ecossistema da região é riquíssimo em aves, mas há também outras espécies: ratão-do-banhado, lontras (também amea-
çados de extinção), capivaras.
A densidade demográfica média da zona costeira brasileira fica em torno de 87 hab./km2, cinco vezes superior à mé-
dia nacional que é de 17 hab./km2. Pela densidade demográfica nota-se que a formação territorial foi estruturada a partir
da costa, tendo o litoral como centro difusor de frentes povoadoras, ainda em movimento na atualidade. Hoje, metade da
população brasileira reside numa faixa de até duzentos quilômetros do mar, o que equivale a um efetivo de mais de 70
milhões de habitantes, cuja forma de vida impacta diretamente os ecossistemas litorâneos.
EXERCÍCIOS
1 - Vegetação típica de regiões costeiras, sendo uma área de encontro das águas do mar com as águas doces dos rios. A
principal espécie encontrada nesse bioma é o caranguejo. Essas características são do:
a) Cerrado
b) Mata de Cocais
c) Mangue
d) Caatinga
e) Pantanal
3 - UFMG - Todas as alternativas apresentam características das áreas de cerrado no Brasil, EXCETO
a) Ocorrência de extensos campos úmidos que ocupam o topo dos chapadões no Brasil Central e que encerram impor-
tantes mananciais de água.
b) Ocorrência de solos profundos e ácidos que, adequadamente corrigidos, podem apresentar elevada produtividade
Geografia
agrícola.
c) Ocorrência de uma biodiversidade reduzida expressa pela sua significativa homogeneidade fisionômica.
d) Ocorrência de uma biomassa subterrânea onde raízes, rizomas e tubérculos são mais numerosos que a biomassa
aérea de troncos e galhos.
e) Apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos.
RESPOSTAS
As relações socioeconômicas são responsáveis pelas modificações no espaço geográfico, estruturando determinados lu-
gares de acordo com a atividade econômica desenvolvida, alterando o meio, produzindo novos ambientes, criando espaços
privilegiados, influenciando os fluxos migratórios, interferindo na geopolítica mundial, entre outros fatores.
Diante desse contexto, a Geografia Econômica tem como objeto de estudo as transformações espaciais desencadeadas
pelas relações econômicas, a localização e a organização dessas atividades.
Outro ponto importante é a análise crítica dos motivos pelos quais determinada atividade econômica é realizada em um
local, considerando os elementos da região como o clima, relevo, disponibilidade de recursos naturais, etc.
Essa subseção de Geografia Econômica é composta por artigos que abordam a localização industrial, sistemas econômi-
cos, revoluções industriais, agropecuária, globalização, desigualdades socioeconômicas, fluxos e capitais, blocos econômi-
cos, divisão do trabalho, entre tantos outros.
As atividades econômicas
A grande extensão territorial do Brasil proporciona possibilidades para a execução de várias atividades econômicas.
Além da existência de riquezas minerais, a sua grande extensão territorial pode ser destinada à atividade agropecuária.
O Brasil é um país que apresenta uma economia sólida, é exportador de uma grande variedade de produtos, fato que
fortalece sua economia. As atividades de agropecuária, indústria e serviços são bem atuantes e contribuem para o cresci-
mento do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2008, o PIB brasileiro apresentou crescimento de 5,1% em relação à produção de
2007, a quantia totalizada foi de R$ 2,889 trilhões.
As exportações atingiram em 2008 a quantia de US$ 197,9 bilhões, e as importações US$ 173,2 bilhões, o saldo da
balança comercial (diferença entre exportação e importação) foi de US$ 24,7 bilhões, ou seja, o país exportou mais que
importou.
Os principais produtos que o Brasil exporta são: minério de ferro, aço, soja e derivados, automóveis, cana-de-açúcar,
aviões, carne bovina, café e carne de frango. Os produtos mais importados pelo país são: petróleo bruto, produtos eletrôni-
cos, peças para veículos, medicamentos, automóveis, óleos combustíveis, gás natural e motores para aviação.
O Brasil, juntamente à Argentina, Uruguai , Paraguai e agora a Venezuela, forma o bloco econômico denominado Mer-
cosul (Mercado Comum do Sul). Além desse bloco econômico, o Brasil também integra a OMC (Organização Mundial de
Comércio).
Geografia
Cada região brasileira apresenta especificidades nas atividades econômicas, são elas:
Norte
A economia da região Norte baseia-se, principalmente, no extrativismo vegetal de produtos como madeira, látex, açaí e
castanha. A atividade de mineração também é muito forte na região, principalmente extração de ferro, cobre e ouro. Merece
destaque também a Zona Franca de Manaus.
Nordeste
A economia dessa região é bem diversificada, o turismo é muito forte, há uma grande presença de indústrias, agrone-
gócio e exploração de petróleo. A cana-de-açúcar é o principal produto agrícola da região.
Centro-Oeste
A economia gira em torno da agropecuária (plantações de soja, milho, entre outros), pecuária bovina e indústrias.
Sudeste
Apresenta o maior parque industrial do Brasil. Abriga as maiores montadoras e siderúrgicas do país. Os serviços e o
comércio são bem sofisticados e diversificados, além de representarem a principal atividade econômica da região.
Sul
A maior parte das riquezas provém do setor de serviços, o ramo industrial é representado, principalmente, pelos setores
metalúrgico, automobilístico, têxtil e alimentício. A agropecuária é bem forte na região.
A organização do espaço
Para compreender o espaço geográfico na sua totalidade não basta somente analisar os elementos que o compõem, é neces-
sário compreender as ações que nele são realizadas. Assim, pode-se caracterizar o espaço geográfico pelos elementos artificiais e
naturais e pelo uso que essa sociedade faz dele. Para entender a construção do espaço geográfico brasileiro precisamos recorrer a
sua constituição histórica e isso é possível por meio da periodização. Aqui estão as três fases da periodização do espaço brasileiro
estruturada pelo geógrafo Milton Santos, que são: meio natural, meio técnico e o meio técnico-científico-informacional.
O Meio Natural
Quando tudo era meio natural, o ser humano escolhia coisas e partes que ele considerava fundamentais para seu
dia-a-dia, valorizando mais as culturas e lugares. esse meio natural era utilizado pelo ser humano sem grandes transfor-
mações e seus trabalhos e técnicas eram diretamente relacionadas a natureza e ao que necessitavam para seu sustento , as
transformações que eram impostas as coisas naturais eram a domesticação de animais.
O Meio Técnico
Esse período é considerado o surgimento do espaço mecanizado, modificando a funcionalidade dos objetos culturais,
que agora são culturais e técnicos, ao mesmo tempo. Este período, é composto do espaço natural mas, também do espaço
“artificial” e começou a substituir os objetos naturais e objetos culturais por objetos técnicos e assim, utilizando novos ma-
teriais, o ser humano começa a fabricar um novo tempo aonde, os tempos sociais tendem a tomar a frente e ser contra aos
tempos naturais, colaborando assim para a degradação do espaço natural
O Meio-Técnico-Científico-Internacional
Esse período começa após a Segunda Guerra Mundial e ele se chama assim porque é totalmente diferente dos outros
períodos, agora acontece uma profunda interação entre ciência e técnica e essa união entre técnica e ciência vai se dar sob
o poder do mercado, e o mercado por conta disso se torna um mercado global. E agora os objetos não são só técnicos, são
também informacionais já que hoje a informação está em todos os lugares e hoje estamos sempre diante de algo novo,
você comprando um produto hoje, daqui a 3 meses ele já vai estar ultrapassado e que chamamos de meio técnico-científi-
co-informacional.
Espaço agrário
Geografia
Denomina-se espaço agrário a área ocupada com a produção agrícola (vegetal, pastagens e florestas)habitações dos
agricultores e, ainda, infraestruturas e equipamentos que se relacionam com a atividade de produção agrícola. O espaço
agrário alem de corresponder a área de produção de agrícola também corresponde a estrutura fundiária(conjunto de nor-
mas e leis). O mesmo acontece com a apresentação rural do nosso universo.
1 - Introdução
Em 1996, 24% da PEA (população economicamente ativa) brasileira trabalha no setor primário, mas a agropecuária é
responsável por apenas 8% do nosso produto interno bruto (PIB).
Apesar da modernização verificada nas técnicas agrícolas em regiões onde a agroindústria se fortaleceu, ainda persis-
tem o subemprego, a baixa produtividade e a pobreza no campo. Muitas vezes quando analisamos apenas a modernização
das técnicas e esquecemos de observar quais são as consequências da modernização nas relações sociais de produção e na
qualidade de vida da população.
Cerca de 65% da força de trabalho agrícola é encontrada em pequenas e medias propriedades, que utilizam mão de
obra familiar. O que se verifica, na pratica, são realidades de vida muito diferente. Uma família que tenha uma propriedade
rural próxima a um grande centro urbano e produza alimentos de forma intensiva para serem vendidos nas cidades ou
forneça matéria-prima para as indústrias, terá uma rentabilidade muito maior do que uma família que tenha a propriedade
em uma área de difícil acesso e pratique agricultura extensiva.
No Brasil, verificou-se, até fins dos anos 80, um enorme crescimento da área cultivadas com produtos agroindustriais de
exportação em detrimento de cultivos voltados ao abastecimento interno. Atualmente, produtos do mercado interno apre-
sentam grande aumento de produção. Isso se explica pela pratica da associação de culturas em grandes propriedades.
Em algumas áreas do país, sobretudo no interior do estado de São Paulo e na região Sul, houve um grande fortaleci-
mento da produção agroindustrial e da organização sindical que, de forma geral, melhorou a vida da população, tanto rural
quanto urbana. Norte e Nordeste não acompanham o ritmo de modernização e organização sindical do Centro-Sul por
razões históricas, como o amplo predomínio de latifúndios e a falta de investimentos estatais em obras de infraestrutura.
A outra faceta da modernização das técnicas é a valorização e consequente concentração de terras, a plena subordi-
nação da agropecuária ao capital industrial, além da intensificação do êxodo rural em condições precárias. Os pequenos
agricultores se veem obrigados a recorrer a empréstimos bancários para se capitalizar e ter condições de cultivar a terra
dentro dos padrões exigidos. É comum, depois de acumular dividas por alguns anos seguidos, serem obrigados a vender
seu pedaço de terra, que ficou penhorado no banco quando contraiu o empréstimo, para evitar a quitação da divida através
de leilão.
De 1500 a 1822, todas as terras brasileiras pertenciam a coroa portuguesa, que as doava ou cedia seu direito de uso a
pessoas de sua confiança ou conveniência, visando a ocupação do território e a exploração agrícola. A coroa portuguesa
controlou a posse da terra, através da criação das capitanias hereditárias e das sesmarias, que atendiam as suas necessida-
des de obtenção de lucro a parti da exportação de produtos agrícolas cultivados no sistema de plantation,ou seja, em gran-
des propriedades monoculturas, escravistas e cuja produção era voltada a exportação.
Entre 1822, ano da independência política, e 1850, vigorou no Brasil o sistema de posse livre em terras devolutas. Ao
longo desse período, a terra não tinha valor de troca, possuía apenas valor de uso a quem quisesse cultivar e vender sua
produção.
Nesse período ainda vigorava a escravidão, a utilização da mão de obra servil trazida forçadamente da África, e os escra-
vos negros eram prisioneiros dos latifundiários, o que os impediam de ter acesso as terras devolutas no imenso território
brasileiro. A entrada de imigrantes livres nesse período foi muito pequena e restrita as cidades.
Em 1850, com o aumento da área cultivada com o café e a Lei Eusébio de Queirós, esse quadro sofreu profundas mu-
danças. Dada a proibição do trafico negreiro, a mão de obra que entrava no Brasil para trabalhar nas lavouras era constituí-
da por imigrantes livres europeus, atraídos pelo governo brasileiro.
Com o claro intuito de garantir o fornecimento de mão de obra barata aos latifúndios, o governo impediu o acesso dos
imigrantes a propriedade através da criação, também em 1850, da Lei de Terras. Com essa lei, todas as terras devolutas tor-
naram-se propriedade do estado, que somente poderia vende-las através de leilões, beneficiando quem tinha mais dinhei-
ro, não o imigrante que veio se aventurar na América justamente por não ter posses em seu país de origem.
Isso nos leva a concluir que essa lei, além de garantir o fornecimento de mão de obra para os latifúndios, servia tam-
Geografia
bém para financiar o aumento do volume de imigrantes que ingressava e, ao chegar ao Brasil, eram obrigados a se dirigir
as fazendas, praticamente o único lugar onde se podia encontrar emprego. Nessa época, a posse da terra, era considerada
reserva de valor e símbolo de poder.
Nesse período se iniciou no Brasil a “escravidão por divida”. Os “gatos” (pessoas que contratam mão de obra para as
fazendas) aliciam pessoas desempregadas para trabalhar nos latifúndios, prometendo-lhes transportes, moradia, alimenta-
ção e salário. Ao entrar na fazenda, porém, os trabalhadores recrutados percebem que foram enganados, já que no dia em
que deveriam receber o salário são informados de que todas as despesas com transportes, moradia e salário, que nunca é
suficiente para a quitação da divida.
No inicio da década de 30, em consequência da crise econômica mundial, a economia brasileira, basicamente agroex-
portadora, também entrou em crise. A região Sudeste, onde se desenvolvia a cafeicultura, foi a que enfrentou o maior co-
lapso. Na região Nordeste, ocorreram novas crises do açúcar e do cacau, enquanto a região Sul, com produção direcionada
para o mercado interno, sofreu efeitos menores. A crise de 30 foi uma crise de mercado externo, de produção voltada para a
exportação. Foi nesse período que ocorreu o inicio efetivo do processo de industrialização brasileira.
Outro desdobramento da crise foi um maior incentivo a policultura, e uma significativa fragmentação das grandes
propriedades, cujos donos venderam suas terras para se dedicar a atividade econômica urbanas, sobretudo a indústria e o
comercio. Foi um dos raros momentos da historia do Brasil em que houve um aumento de pequenos e médios proprietá-
rios rurais.
Em 1964, o presidente João Goulart tentou desviar o papel do Estado brasileiro do setor social. Pretendia também pro-
mover uma reforma agrária, que tinha como principio distribuir terras a população rural de baixa renda. Em oposição a
política de Goulart, houve a intervenção militar e a implantação da ditadura.
A concentração de terras ao longo da ditadura militar assumiu proporções assustadoras, e o consequente êxodo rural
em direção as grandes cidades deteriorou a qualidade de vida de imensas parcelas da população, tanto rural quanto urba-
na. A partir da década de 70, foi incentivada a ocupação territorial das regiões Centro-Oeste e Norte, através da expansão
das fronteiras agrícolas, assentadas em enormes latifúndios pecuaristas ou monocultores.
O estatuto da terra é um conjunto de leis criado em novembro de 1964 para possibilitar a realização de um censo agro-
pecuário. Para a sua realização, surgiu a necessidade de classificar os imóveis rurais por categorias.
Pra resolver a questão, foi criada uma unidade de medidas de imóveis rurais o módulo rural assim definida: “área explo-
rável que, em determinada porção do país, direta e pessoalmente explorado por um conjunto familiar equivalente a quatro
pessoas adultas, correspondendo a 1000 jornadas anuais, lhe absorva toda força e, conforme o tipo de exploração consi-
derado, proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a subsistência e o progresso social e econômico”. Em outras
palavras, módulo rural é a propriedade que deve proporcionar condições dignas de vida a uma família de quatro pessoas
adultas. Assim, ele possui área de dimensão variável, levando em consideração basicamente três fatores que, ao aumentar
o rendimento da produção e facilitar a comercialização, diminuem a área do modulo:
» Localização da propriedade: se o imóvel rural se localiza próximo a um grande centro urbano, terá uma área menor;
» Fertilidade do solo e clima da região: quanto mais propícias as condições naturais da região, menor a área do módulo;
» Tipo de produto cultivado: em uma região do país onde se cultiva, por exemplo, mandioca e se utilizam técnicas pri-
mitivas, o módulo rural deve ser maior que em uma região que produz morango com emprego de tecnologia moderna.
minifúndio: esses são os grandes responsáveis pelo abastecimento do mercado interno de consumo, já que sua produ-
ção é, individualmente, obtida em pequenos volumes, o que inviabiliza economicamente a exportação;
latifúndios por dimensão: são as enormes propriedades agroindustriais, com produção quase sempre voltada a exporta-
ção;
latifúndios por exploração: tratam-se dos imóveis rurais improdutivos, voltados a especulação imobiliária. O proprietário
não adquiriu a terra com a intenção de nela produzir, gerar emprego e ajudar o país a crescer, mas para esperar sua valori-
zação imobiliária, vende-la e ganhar muito dinheiro sem trabalhar;
empresa rural: propriedade com área de um a seiscentos módulos, adequadamente explorada em relação às possibili-
dades da região.
Geografia
É comuns os grandes proprietários, classificados na categoria de latifúndios por dimensão, parcelarem a propriedade da
terra entre seus familiares para serem classificados como empresários rurais e pagarem um imposto menor.
Existe a grande concentração de terras em mãos de alguns poucos proprietários, enquanto a maioria dos produtores
rurais detém uma parcela muito pequena da área agrícola. Essa realidade é exatamente perversa, a medida que cerca de
32% da área agrícola nacional é constituída por latifúndios por exploração, ou seja, de terras parada, improdutiva a especu-
lação imobiliária.
Trabalho familiar: Na agricultura brasileira, predomina a utilização de mão de obra familiar em pequenas e médias pro-
priedades de agriculturas de subsistência ou jardinagem, espalhadas pelo país. Quando a agricultura praticada pela família
é extensiva, todos os membros se veem obrigados a complementar a renda como trabalhadores temporários ou boias-frias
em épocas de corte, colheita ou plantio nas grandes propriedades agroindustriais. Ás vezes buscam subemprego até mes-
mo nas cidades, retornando ao campo apenas em épocas necessárias ou propícia ao trabalho na propriedade familiar.
Trabalho temporário: são trabalhadores diaristas, temporários e sem vinculo empregatício. Em outras palavras, recebem
por dia segundo a sua produtividade.
Eles têm serviço somente em determinadas épocas do ano e não possuem carteira de trabalho registrada. Embora com-
pletamente ilegal essa relação de trabalho continua existindo, em função da presença do “gato”, um empreiteiro que faz a
intermediação entre fazendeiro e os trabalhadores. Por não ser empresário, o “gato” não tem obrigações trabalhistas, não
precisa registrar os funcionários.
Em algumas regiões do Centro-Sul do país, sindicatos fortes e organizados passaram a fazer essa intermediação. Os
boias-frias agora recebem sua refeição no local de trabalho, tem acesso a serviços de assistência médica e recebem salários
maiores que os boias-frias de região onde o movimento sindical é desarticulado.
Trabalho assalariado: representa apenas 10% da mão de obra agrícola. São trabalhadores que possuem registro em
carteira, recebendo, portanto, pelo menos um salário mínimo por mês.
Parceria e arrendamento: parceiros e arrendatários “alugam” a terra de alguém para cultivar alimentos ou criar gado. Se
o aluguel for pago em dinheiro, a situação á de arrendamento. Se o aluguel for pago com parte da produção, combinada
entre as partes, a situação é de parceria.
Escravidão por divida: trata-se do aliciamento de mão de obra através de promessas mentirosa. Ao entrar na fazenda, o
trabalhador é informado de que está endividado e, como seu salário nunca é suficiente para quitar a divida, fica aprisiona-
do.
O Brasil se destaca no mercado mundial como exportador de alguns produtos agrícolas: café, açúcar, soja, suco de la-
ranja. Entretanto, para abastecer o mercado interno de consumo, há a necessidade de importação de alguns produtos, com
destaque para o trigo.
Ao longo da história do Brasil, a política agrícola tem dirigido maiores subsídios aos produtos agrícolas de exportação,
cultivados nos grandes latifúndios, em detrimento da produção do mercado interno. Porém, em 1995, houve uma inversão
de rumos e os produtos que receberam os maiores incentivos foram o feijão, a mandioca e o milho.
A política agrícola tem como objetivos básicos o abastecimento do mercado interno, o fornecimento de matérias-primas
para a indústria, e o ingresso de capitais através das exportações.
Também se pratica pecuária semiextensiva em regiões de economia dinâmica oeste paulista, Triangulo Mineiro e Cam-
panha Gaúcha, onde há seleção de raças e elevados índices de produtividade e rentabilidade. Nos cinturões verdes e nas
bacias leiteiras, a criação de bovinos é praticada de forma intensiva, com boa qualidade dos rebanhos e alta produtividade
de leite e carne.
Nessa modalidade de criação, destacam-se o vale do Paraíba e o Sul de Minas Gerais. Já o centro-oeste de Santa Catari-
na apresenta grande concentração de frigorífico e se destaca na criação de aves e suínos em pequenas e médias proprieda-
des, que fornecem a matéria-prima as empresas.
As transformações recentes que se processaram no espaço agrário brasileiro estão relacionadas com a modernização
tecnológica difundida na agricultura, a partir da década de 1960. No processo, as atividades agrícolas se especializaram, e
passaram a fazer uso de equipamentos, insumos químicos, sementes geneticamente modificadas, sistemas de irrigação e
drenagem, raças de alta linhagem, rações e produtos veterinários, dentre outros. Esses fatores provocaram uma mudança
radical na estrutura de produção agropecuária.
Nos termos de Martine e Beskov (1987), com a difusão da modernização, as atividades agropecuárias passaram a exercer
uma função importante, não apenas como produtoras de matérias-primas e alimentos,mas também como mercado para o
parque industrial, no que se refere às máquinas e, posteriormente, de outros insumos agrícolas.
A participação do Estado foi fundamental na viabilização do processo de modernização das atividades agropecuárias.
A abertura de linhas de financiamento subsidiado por intermédio do Sistema Nacional de Crédito Rural (1965), favoreceu
determinadas regiões, produtos e classes de proprietários rurais, e também interesses industriais, aí incluídas as agroindús-
trias e as cooperativas.
A modernização tecnológica da agricultura brasileira, também alcançou o município de Turvo localizado no Sul de Santa
Catarina. As características naturais da área, conjugadas aos aspectos da estrutura agrária – pequenas unidades fundiárias e
mão-de-obra familiar – possibilitaram o desenvolvimento das atividades especializadas para suprimento do mercado, des-
tacando-se os cultivos de arroz irrigado, fumo e milho. Na criação se sobressaíram aves e suínos. A lavoura do arroz recebeu
atenção especial do Estado, a partir de 1981, através do Programa Nacional para Aproveitamento de Várzeas Irrigáveis –
PROVARZEAS, que passou a financiar a produção.
A violência no campo já deixou centenas de vítimas no país nos últimos anos - e as mortes se acumulam de ambos
os lados, tanto entre fazendeiros e seus capatazes como entre os sem-terra. Entre 1985 e 1989, quando a UDR tornou-se
nacionalmente conhecida, as mortes chegaram a 640, um recorde. De 1996 até meados de 2003, o saldo foi menor, mas
ainda assustador: mais de 200 pessoas morreram no campo. O maior massacre de sem-terra na história do país ocorreu no
Pará, estado campeão em confrontos, em Eldorado dos Carajás, em 1996, com 19 mortes e 51 feridos. A violência agrária,
porém, não se resume às lutas de foices, facões e balas entre fazendeiros e lavradores. Nos últimos anos, foram registrados
roubos, saques, invasão e depredação de propriedades públicas e privadas, sequestros, extorsões e chantagens.
Em muitos casos, as invasões em áreas que não podem ser desapropriadas acabam com lavouras destruídas, máquinas
estragadas e animais mortos. Sob o argumento de que quer pressionar para acelerar a política de assentamento, o MST
passou a ocupar prédios públicos, de delegacias de polícia a agências bancárias. Quando a seca despontou no Nordeste,
o MST correu para organizar saques a caminhões e armazéns de comida. Em 2000, o movimento decidiu “comemorar” os
500 anos de descobrimento do Brasil com um mutirão de protesto. Seus militantes organizaram invasões de terra em treze
Estados. Em 2002, seus militantes realizaram a mais surpreendente ação de sua história, invadindo a fazenda dos filhos do
então presidente Fernando Henrique Cardoso. Arrasaram a despensa e a adega, danificaram colheitadeiras e tratores, mata-
ram galinhas e perus, mexeram em papéis privados.
Do lado dos grandes proprietários rurais, o problema é encarado com pistolas e espingardas. O crescimento da tensão
no campo e as ameaças de invasão motivaram esse grupo a se armar para repelir as investidas dos sem-terra. A promessa
de receber os invasores com balas virou rotina. O chamado às armas não tem adesão unânime dos fazendeiros, mas ainda
é ouvido numa escala preocupante. Os defensores desse procedimento dizem ter motivos de sobra para comprar armas:
além das costumeiras ocupações de latifúndios improdutivos, há registros de invasões de terras produtivas em vários esta-
dos. Alguns fazendeiros dizem ter sido forçados a pagar para ter a autorização para escoar a produção pelos sem-terra que
cercavam suas propriedades. O pior desse quadro é o seguinte: quanto mais tempo a reforma agrária demora e mais inten-
sa fica a pressão por sua realização, os riscos para quem mora no campo - com ou sem terra para plantar - invariavelmente
aumentam.
Estatísticas
• A violência no campo já deixou centenas de vítimas no país nos últimos anos. Entre 1985 e 1989, quando a UDR tor-
nou-se nacionalmente conhecida, as mortes chegaram a 640, um recorde. De 1996 até meados de 2003, o saldo foi menor,
mas ainda assustador: mais de 200 pessoas morreram no campo. O maior massacre de sem-terra na história do país ocor-
reu em Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, com 19 mortes e 51 feridos. O comandante da operação policial que culmi-
nou no massacre, coronel Mário Colares Pantoja, foi condenado a 228 anos de prisão - 12 anos por cada morte.
• O MST tem 19 anos de história e cerca de 1,5 milhão de afiliados. De acordo com o comando do movimento, cerca de
350.000 famílias foram assentadas até hoje e mais 80.000 vivem em acampamentos organizador pelo grupo. Com 1.800
Geografia
escolas montadas, o MST tem cerca de 160.000 crianças estudando nos assentamentos, e 19.000 jovens e adultos envolvi-
dos em programas de alfabetização.
• Nos seis meses iniciais do governo Lula, o MST fez 110 invasões em quase todos os Estados, e, nos conflitos ocorridos
até agora, já houve dez mortes, mesmo número de vítimas fatais em 2000. No Pará, 40 famílias invadiram 3.000 hectares.
Em Mato Grosso, onde 70 fazendas já estão sob ocupação do MST, 300 famílias invadiram outra área. Houve, ainda, ocupa-
ções em Minas Gerais e em São Paulo.
• Em sua reunião com Lula, o MST entregou ao governo uma lista com 16 pedidos, entre eles a meta de assentar 1
milhão de famílias até 2006 e 120.000 imediatamente. O governo respondeu propondo assentar 60.000 famílias até o fim
do ano, e não quis dizer quantas famílias quer assentar até o fim do mandato. Passados seis meses do primeiro ano de Lula
como presidente, o governo assentou 2.534 famílias, menos de 5% da meta de assentamento para o ano.
• Segundo o governo, outras 2.276 famílias devem ser atendidas nos próximos meses nos 80 projetos de assentamento
criados no primeiro semestre de 2003. Lula já assinou decretos de desapropriação de 199.000 hectares de terras, que de-
verão receber 57.000 famílias assentadas. No entanto, falta dinheiro: cada família assentada custa 23.000 reais, e o governo
não tem verba para cumprir sua meta até dezembro. O limite de gastos do Ministério do Desenvolvimento Agrário com
assentamentos é de 162 milhões de reais, suficiente para 6.956 famílias - pouco mais de 10% do prometido.
• Em entrevista a VEJA, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, afirmou que a prioridade do governo
são as 80.000 famílias acampadas no país. Ele diz, porém, que a demanda por terra é muito maior, e pode chegar a 4 mi-
lhões de pessoas. Nos últimos anos, os balanços dos números de candidatos na fila por terras do governo mostraram que
a conta da reforma agrária nunca fecha: antes da posse de Fernando Henrique havia 40.000 famílias acampadas esperando
terra; foram assentadas mais de 600.000, e ainda existem 80.000 na fila.
• Sem contar Lula, Fernando Henrique Cardoso foi o presidente que mais assentou famílias de sem-terra entre os
quatro últimos chefes de estado brasileiros. Em seu governo, a média de famílias assentadas foi de 70.000 por ano. Itamar
Franco foi o pior, com 11.000 famílias por ano. João Baptista Figueiredo assentou 18.500 famílias por ano; José Sarney,
18.000; e Fernando Collor, 19.000.
• O governo FHC retalhou 18 milhões de hectares, uma área maior que o Uruguai e equivalente a metade do território
da Alemanha, e neles assentou 635 000 famílias. Quase 2 milhões de brasileiros receberam terras entre 1995 e 2002. Para
isso, o antigo governo FHC gastou 25 bilhões de reais na aquisição de terra e na instalação de assentamentos.
EXERCÍCIOS
1 – Nas alternativas abaixo, encontramos os principais produtos que o Brasil exporta, EXCETO em:
a) 1964
b) 1972
c) 1985
d) 1999
a) Minifúndios
b) Latifúndios por dimensão
c) Latifúndios por exploração
d) Empresa rural
Geografia
a) Assalariada
b) Temporária
c) Familiar
d) de parceria
5 - O Brasil se destaca no mercado mundial como exportador de alguns produtos agrícolas, EXCETO:
a) café
b) açúcar
c) trigo
d) soja
a) Amazonas
b) Mato Grosso
c) Mato Grosso do Sul
d) Pará
RESPOSTAS
1-D 2-A 3-B
O espaço urbano se caracteriza pela aglomeração de pessoas, atividades e edificações, as cidades são sedes de muni-
cípios, independentemente do número de habitantes que possam ter. As cidades trazem consigo todas as transformações
históricas, pois elas passam por vários momentos determinantes na arquitetura, na cultura, na composição paisagística etc.
As cidades podem variar de tamanho, de momento histórico, de formação urbana entre outros.
As cidades brasileiras podem ser classificadas segundo a sua função, podem ser:
Cidades turísticas: São cidades em que a principal atividade econômica está no setor de turismo. Nessa categoria pode-
mos citar Rio de Janeiro, Caldas Novas, Salvador entre várias outras.
Cidades industriais: Corresponde à cidade na qual a atividade econômica está no setor industrial, ou seja, há grande
concentração de indústrias, independente do que é produzido. São exemplos de cidades industriais São Paulo, São José dos
Campos e ABC paulista.
Cidades portuárias: São cidades próximas a portos e que sofrem influência dessa atividade. Exemplo: Santos.
Cidades comerciais e prestadoras de serviços: Cidades que têm como principal atividade o comércio varejista e a presta-
ção de serviços. Exemplo: Uberlândia e Goiânia.
Urbanização
Geografia
O processo de urbanização brasileira começou a partir de 1940, como resultado da modernização econômica e do gran-
de desenvolvimento industrial graças a entradas de capital estrangeiro no país.
As empresas transnacionais preferiram se instalar nas cidades em que a concentração populacional fosse maior e de
melhor infraestrutura, dando origem às grandes metrópoles.
A industrialização gerou empregos para os profissionais qualificados, expandiu a classe média e o nível de consumo
urbano. A cidade transformou-se num padrão de modernidade, gerando êxodo rural.
A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das atividades do setor terciário informal.
O modelo de desenvolvimento econômico e social adotado no Brasil a partir dos anos 50 levou a um processo de me-
tropolização.
Ocorrência do fenômeno da conurbação, que constituem as regiões metropolitanas (criadas em 1974 e 1975).
A partir da década de 80 houve o que se chama de desmetropolização, com os índices de crescimento econômico maio-
res nas cidades médias, havendo assim um processo de desconcentração econômica.
Outras regiões passaram a atrair mais que as regiões metropolitanas, havendo também desconcentração populacional.
Está ocorrendo um declínio da importância das metrópoles na dinâmica social e econômica do país.
Um número crescente de cidades passou a pertencer ao conjunto das cidades médias e grandes.
Podemos dizer que o Brasil se modernizou e que a grande maioria da população brasileira, já está de alguma forma
integrada aos sistemas de consumo, produção e informação.
Existe hoje uma integração entre o Brasil urbano e o agrário, um absolvendo aspectos do outro. A produção rural incor-
porou inovações tecnológicas produzidas nas cidades. O Brasil rural tradicional está desaparecendo e sobrevive apenas nas
regiões mais pobres.
A produtividade aumentou e o meio rural integrou-se aos principais mercados nacionais e internacionais.
Segundo o modelo informacional, São Paulo é a metrópole mundial brasileira que exerce controle sobre os principais
sistemas de comunicação que difundem as inovações por todo o país, através dos meios de comunicação.
Observa-se uma ruptura com a hierarquia urbana tradicional e a formulação de um novo modelo de relações, muito
mais complexo e adequado ao quadro social e econômico do Brasil contemporâneo.
Diariamente todos os brasileiros convivem e visualizam os resultados decorrentes da pobreza, na qual a maioria da
população nacional se encontra, os meios de comunicação (revistas, jornais e rádio) divulgam os imensos problemas prove-
nientes de uma sociedade capitalista dividida em classes sociais.
Uma parcela da população acredita que a condição de miséria de milhares de pessoas espalhadas pelo território bra-
sileiro é causada pela preguiça, falta de interesse pelo trabalho, acomodados à espera de programa sociais oferecidos pelo
governo, em suma, acham que só não trabalha quem não quer, no entanto, isso não é verdade.
Nas últimas décadas, o desemprego cresceu em nível mundial paralelamente à redução de postos de trabalho, que
diminuiu por causa das novas tecnologias disponíveis que desempenham o trabalho anteriormente realizado por uma
pessoa, a prova disso são os bancos que instalaram caixas de autoatendimento, cada um desses corresponde a um posto
de trabalho extinto, ou seja, milhares de desempregados, isso tem promovido a precarização dos vínculos de trabalho, isso
quer dizer que as pessoas não estão garantidas em seu emprego e todos buscam uma permanência no mesmo, antes a
luta principal era basicamente por melhorias salariais, atualmente esse contexto mudou.
Geografia
Quando um trabalhador é demitido e não encontra um novo emprego em sua área de atuação, ou em outras, fica im-
pedido de gerar renda, sem condições de arrecadar dinheiro através de sua força de trabalho as pessoas enfrentam dificul-
dades profundas e às vezes convivem até mesmo com a fome.
É comum relatos de professores de escolas de bairros periféricos onde há altos níveis de desemprego a ocorrência de
desmaios de alunos por falta de alimentação, muitos estudantes frequentam a escola por causa da merenda escolar que,
pra muitos, é a única refeição do dia.
Esse processo de distribuição de renda e desemprego obriga as pessoas a procurar lugares impróprios à ocupação ur-
bana, como não tem condições financeiras para custear moradias dignas, habitam favelas e áreas de risco desprovidas dos
serviços públicos (esgoto, água tratada, saúde, educação, entre outros) que garantem uma melhor qualidade de vida.
Nesse sentido, há uma camada da população que nem sequer tem um “barraco” em uma favela, vivem embaixo de
fachadas de lojas, instituições, praças e pontes. A pobreza é decorrente de vários fatores, os principais são os processos de
globalização, a modernização dos meios de produção e a desigual distribuição da renda.
- Baixa qualificação do trabalhador: muitas vezes há emprego para a vaga que o trabalhador está procurando, porém o
mesmo não possui formação adequada para exercer aquela função;
- Substituição de mão de obra por máquinas: nas últimas décadas, muitas vagas de empregos foram fechadas, pois
muitas indústrias passaram a usar máquinas na linha de produção. No setor bancário, por exemplo, o uso de caixas eletrô-
nicos e desenvolvimento do sistema bankline também gerou o fechamento de milhares de vagas;
- Crise econômica: quando um país passa por uma crise econômica, o consumo de bens e serviços tende a diminuir.
Muitas empresas demitem funcionários como forma de diminuir custos para enfrentar a crise.
- Custo elevado (impostos e outros encargos) para as empresas contratarem com carteira assinada: este caso é típico do
Brasil, pois os custos de contratação de empregados são muito elevados. Muitas empresas optam por aumentar as horas
extras de seus funcionários a contratar mais mão de obra ;
- Fatores Climáticos: chuvas em excesso, secas prolongadas, geadas e outros fatores climáticos podem gerar grandes
perdas financeiras no campo. Muitos empresários do setor agrícola costumam demitir trabalhadores rurais para enfrenta-
rem situações deste tipo.
EXERCÍCIOS
a) turísticas
b) industriais
c) portuárias
d) comerciais
a) 1920
b) 1930
c) 1940
d) 1950
3 – Segundo o modelo informacional, ____________ é a metrópole mundial brasileira que exerce controle sobre os princi-
pais sistemas de comunicação que difundem as inovações por todo o país, através dos meios de comunicação.
a) São Paulo
b) Rio de Janeiro
c) Belo Horizonte
d) Salvador
Geografia
RESPOSTAS
A rede urbana é a malha metropolitana de um país, que se constitui basicamente de cidade global, metrópole nacional,
metrópole estadual, metrópole regional, médias e pequenas cidades. A grande conurbação da metrópole fez com que as
cidades formassem uma grande rede urbana entre si. A urbanização de uma sociedade origina uma rede urbana, isto é,
um sistema integrado de cidades que vai das pequenas ou locais às metrópoles ou cidades gigantescas. A regra geral é que
para milhares de pequenas cidades existam centenas de cidades médias e poucas metrópoles.
Cidade global: termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funções complexas, que exerce influência
sobre a área contígua, dentro da qual comanda toda uma rede de cidades menores.
Metrópole: termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funções complexas, que exerce influência so-
bre a área contígua, dentro da qual comanda toda uma rede de cidades menores. Aglomerado urbano constituído de várias
cidades que cresceram e se uniram por aglutinação.
Médias e pequenas cidades: uma cidade é uma área urbanizada, que se diferencia de vilas e outras entidades urbanas
por meio de vários critérios, os quais incluem população, densidade populacional ou estatuto legal, embora sua clara de-
finição não seja precisa, sendo alvo de discussões diversas. A população de uma cidade varia entre as poucas centenas de
habitantes até a dezena de milhão de habitantes. As cidades são as áreas mais densamente povoadas do mundo.
A rede urbana brasileira, nos últimos anos, vem passando por um grande processo de transformação oriundo do forte
fenômeno de integração dos mercados proporcionado pela Globalização.
Estas cidades ligadas umas as outras estão em processo contínuo de dinamismo e assumem a sua importância dentro
da rede de acordo com a sua produção, circulação, consumo e os diversos aspectos das relações sociais.
Segundo Correa (2001, p. 359), há alguns tipos de redes, como exemplo, tem-se redes do tipo solar, dendrítico, chris-
talleriano, axial e complexo. Nas formas mais antigas desse sistema integrado de cidades a rede dendrítica tomava desta-
que, posteriormente, a forma mais comum das redes de cidades caracterizava-se pelo modelo Christalleriano, ou seja, um
modelo baseado na teoria dos lugares centrais, por sua vez, de acordo com Christaller (1966), consiste no desenvolvimento
desigual dos centros urbanos, com um grande centro urbano se sustentando no fornecimento de serviços especializados –
centrais – cuja produtividade é superior à encontrada em centros urbanos menores.
A rede urbana brasileira, até a década de 1970, caracterizava-se, de acordo com Corrêa (2001, p.360), por uma menor
complexidade funcional dos seus centros urbanos, ou seja, por um pequeno grau de articulação entre os centros urbanos,
com interações espaciais predominantemente regionais, e pela existência de padrões espaciais simples.
Corrêa (2001, p.428) ressalta que, a partir desse período, as modificações que, sobretudo, irão caracterizar a rede urbana
brasileira são a continuidade da criação de novos núcleos urbanos, a crescente complexidade funcional dos centros urba-
nos, a mais intensa articulação entre centros e regiões, a complexidade dos padrões espaciais da rede e as novas formas de
urbanização. Tais mudanças constituem expressão continuada e atualizada de uma estrutura social crescentemente dife-
renciada e complexa, visto que as relações sociais, seja por meio de fatores internos ou externos, estruturam o processo de
urbanização, que, no caso brasileiro, traduz-se em uma maior complexidade da rede urbana, uma vez que se constitui em
um reflexo, um meio e uma condição social.
Geografia
A rede urbana reflete e reforça as características dos contextos políticos, econômicos e socioculturais da própria realida-
de em sua complexidade.
A verdade é que ultimamente as relações entre as cidades brasileiras estão bem mais integradas, as cidades não estão
mais inseridas, somente, na economia regional. “Trata-se, em toda parte, de uma rede urbana que sofreu o impacto da
globalização, na qual, cada centro, por minúsculo que seja, participa, ainda que não exclusivamente, de um ou mais circui-
tos espaciais de produção” (SANTOS, 1988).
A rede de cidades continua sendo um sistema integrado e hierarquizado que vai dos pequenos aglomerados às regiões
metropolitanas ou grandes cidades, mas suas conexões, no entanto, adquirem contornos complexos, agora não mais exi-
bindo um padrão exclusivamente christalleriano e muito menos dendrítico como aponta Corrêa (2001, p. 365), estabelece-
se assim uma relação de múltiplos circuitos na rede urbana.
A criação de uma região metropolitana não se presta a uma finalidade meramente estatística; o principal objetivo é a viabilização
de sistemas de gestão de funções públicas de interesse comum dos municípios abrangidos. Todavia, no Brasil, as regiões metropoli-
tanas não possuem personalidade jurídica própria, nem os cidadãos elegem representantes para a gestão metropolitana.
Segundo dados do IBGE, as “12 redes metropolitanas de primeiro nível” são as seguintes: Belém, Belo Horizonte, Curiti-
ba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Também é acrescentada a RIDE de
Brasília, como sendo a “13ª rede metropolitana de primeiro nível”. A RIDE de Brasília é uma região metropolitana de abran-
gência interestadual.
As regiões metropolitanas de primeiro nível são praticamente as mesmos de 40 anos atrás, excetuando-se Brasília e
Manaus - que exercem influência sobre uma das maiores área percentuais: 19% da área do país, e de menor densidade: 2,2
hab./km², correspondendo a 1,9% da população do País e 1,7% do PIB nacional, no entanto, além destas concentrarem a
maior parte da população e do PIB de suas redes urbanas (respectivamente 47,3% e 75,5%), mostrando uma grande dispa-
ridade no PIB per capita das cidades-polos em relação ao conjunto dos municípios das redes metropolitanas.
Critérios e conceitos
Cada Estado-membro define seus critérios específicos não só para a instituição, como também para a gestão metropo-
litana, com a finalidade de integrar a organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum dos
municípios, que podem ser enfrentadas a partir de uma perspectiva regional.
A Constituição do estado de Minas Gerais, por exemplo, define uma região metropolitana como “o conjunto de municí-
pios limítrofes que apresentam a ocorrência ou a tendência de continuidade do tecido urbano e de complementaridade de
funções urbanas, que tenha como núcleo a capital do estado ou metrópole regional e que exija planejamento integrado e
gestão conjunta permanente por parte dos entes públicos nela atuantes”.
A mesma legislação estabelece regras para a administração da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a partici-
pação do governo estadual, das prefeituras e da sociedade civil.
Região integrada de desenvolvimento econômico
Além dessas regiões metropolitanas, existem as regiões integradas de desenvolvimento econômico, que se constituem
como regiões metropolitanas em que há conurbação entre cidades de dois ou mais estados, como o que ocorre no Distrito
Federal, na Grande Teresina e em Petrolina/Juazeiro.
Aglomerações urbanas
Uma aglomeração urbana é o espaço urbano contínuo, resultante de um processo de conurbação ainda incipiente.
Trata-se de um espaço urbano de nível sub-metropolitano ou, em termos simplificados, de uma região metropolitana de
menor porte, em que as áreas urbanas de duas ou mais cidades são fracamente conurbadas.2 São cinco as aglomerações já
estabelecidas por lei:
Geografia
Aglomeração Urbana Central
Microrregiões
Microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um agrupamento de municípios limítrofes. Sua fina-
lidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei
complementar estadual.
Não tem a função de uma região metropolitana, no entanto para fim estatístico agrupa vários municípios com caracte-
rísticas socioeconômicas similares.
Conurbações não-oficiais
Um aglomerado urbano não-metropolitano é o espaço urbano semicontínuo (às vezes sem nenhuma continuidade),
resultante de um virtual processo de conurbação. Não pode ser classificado como um espaço urbano metropolitano, mas
já apresenta um nível de interligação de transportes e serviços muito grandes. Este fenômeno é observado nas seguintes
cidades (e seus entornos): Campo Grande; Santa Maria; Porto Velho; Castanhal e Três Lagoas-Andradina.
Assim como os aglomerados urbanos não-metropolitanos, um aglomerado urbano fronteiriço é o espaço urbano resul-
tante de um virtual processo de conurbação fronteiriço entre dois ou mais países. Este fenômeno é observado nas seguin-
tes cidades (e seus entornos) de fronteira: Fronteira Seca Ponta Porã-Pedro Juan Caballero (cidade); Marco das Três Frontei-
ras; Zona de Fronteira Corumbá-Puerto Suárez e a Fronteira da Paz.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Região Metropolitana “é uma região estabelecida por
legislação estadual e constituída por agrupamentos de municípios limítrofes (que fazem fronteiras), com o objetivo de inte-
grar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”.
Portanto, cada unidade federativa do Brasil tem autonomia para criar suas Regiões Metropolitanas, sendo a concentra-
ção populacional e a conurbação os principais critérios utilizados. A formação dessas áreas objetiva a realização de políticas
públicas destinadas à melhoria da qualidade dos serviços públicos, englobando todos os municípios da Região Metropoli-
tana.
Um fato curioso é que o estado de Santa Catarina, cuja população é de 6.248.436 habitantes (11° mais populoso do
Brasil), possui sete regiões metropolitanas. A legislação catarinense considera que um aglomerado de cidades que reúna
6% da população estadual pode formar uma região metropolitana.
Essas regiões possuem grande concentração populacional. Nas últimas décadas, as grandes aglomerações urbanas vêm
crescendo bem mais do que o resto do país. Em 2008, aproximadamente, 56,3 milhões de pessoas (cerca de 30% da popu-
lação nacional) residiam nas nove maiores Regiões Metropolitanas do Brasil. A mais populosa é a Região Metropolitana de
São Paulo: 20.309.647 habitantes.
EXERCÍCIOS
1 - (CEFET-PR) Um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente à uma cidade central, com servi-
ços públicos e infraestrutura comuns, define a:
Geografia
a) metropolização
b) área metropolitana
c) rede urbana
d) megalópole
2 - Termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funções complexas, que exerce influência sobre a área
contígua, dentro da qual comanda toda uma rede de cidades menores.
a) Conurbação
b) Metrópole
c) Cidade global
d) Média cidade
a) A cidade de São Paulo corresponde a uma metrópole nacional, situada nas margens do Rio Paraíba do Sul.
b) A cidade de Washington corresponde a uma metrópole nacional.
c) O êxodo rural é um dos fatores que mais têm contribuído para o inchaço das metrópoles brasileiras.
d) No Brasil, verifica-se o predomínio de população rural.
a) 11
b) 12
c) 7
d) 3
RESPOSTAS
Os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral em decorrência do modo de ocupação do território brasileiro.
O território do Brasil ocupa uma área de 8 514 876 km². Em virtude de sua extensão territorial, o Brasil é considerado
um país continental por ocupar grande parte da América do Sul. O país se encontra em quinto lugar em tamanho de terri-
tório.
A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita na região litorânea, onde
se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança histórica, resultado da forma como o Brasil
foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.
Até o século XVI, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portu-
gal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.
No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana
para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, a produção era destinada à exportação. As propriedades rurais
eram grandes extensões de terra, cultivadas com força de trabalho escrava. O crescimento da exportação levou aos primei-
Geografia
ros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias.
Século XVII e XVIII: foram marcados pela produção pastoril que adentrou a oeste do país e também pela descoberta de
jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de aurífero e fez
surgir várias cidades.
Século XIX: a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café, principalmente nos es-
tados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também contribuiu para o surgimento de
várias cidades.
O Brasil é um país autônomo e independente politicamente, possui um território dividido em estados, que nesse caso
são vinte seis, além do distrito federal que representa uma unidade da federação que foi instituída com intuito de abrigar a
capital do Brasil e também a sede do Governo Federal.
Foram vários os motivos que levaram o Brasil a realizar uma divisão interna do território, dentre eles os fundamentais
foram os fatores históricos e político-administrativos. Esse processo teve início ainda no período colonial, momento esse
que o Brasil estava dividido em capitanias hereditárias, dessa forma estados como Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do
Norte são derivados de antigas capitanias estabelecidas no passado momento no qual vigorava esse tipo de divisão.
Um dos motivos que favorece a divisão interna do país é quanto ao controle administrativo do território, no qual sub-
divide as responsabilidades de fiscalizar em partes menores, uma vez que grandes extensões territoriais sem ocupação e
ausência de estado podem provocar uma série de problemas, inclusive de perda de territórios para países vizinhos.
No fim do século XIX praticamente todos os estados já estavam com suas respectivas configurações atuais, porém al-
guns estados surgiram posteriormente, como o Mato Grosso do Sul (1977) e o Tocantins (1988), provocando uma remode-
lagem na configuração cartográfica e administrativa interna do país.
Estados significam unidades da federação brasileira. O Brasil possui leis próprias, pois está organizado politicamente e
detém total autonomia. As leis são criadas em nível federal e são soberanas, no entanto, estados e municípios possuem leis
próprias, mas que são subordinadas às leis nacionais, no caso, a Constituição Federal. Além da divisão em federações exis-
tem uma dentro dos estados, a regionalização em município, que possui leis particulares que são submissas às leis federais,
essa regionalização ainda pode ser dividida em distritos.
EXERCÍCIOS
1 - Os primeiros núcleos urbanos surgiram no _________ em decorrência do modo de ocupação do território brasileiro.
a) interior
Geografia
b) litoral
c) planalto
d) interior e litoral simultaneamente
3 – Estados que surgiram respectivamente em1977 e1988, provocando uma remodelagem na configuração cartográfica e
administrativa interna do país.
a) Acre e Amapá
b) Rondônia e Roraima
c) Mato Grosso do Sul e Tocantins
d) Acre e Roraima
RESPOSTAS
ORGANIZAÇÃO FEDERATIVA
Federação
Dá-se o nome de Federação (do latim: foedus, foedera “aliança”, “pacto”, “contrato”) ou Estado federal a um Estado sobe-
rano composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo próprio.
Como regra geral, os estados (“estados federados”) que se unem para constituir a federação (o “Estado federal”) são
autônomos, isto é, possuem um conjunto de competências ou prerrogativas garantidas pela constituição que não podem
ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo governo central.
Entretanto, apenas o Estado federal é considerado soberano, inclusive para fins de direito internacional. Normalmente,
apenas ele possui personalidade internacional e os estados federados são reconhecidos pelo direito internacional apenas
na medida em que o respectivo Estado federal o autorizar.
O sistema político pelo qual vários estados se reúnem para formar um Estado federal, cada um conservando sua auto-
nomia, chama-se federalismo.
São exemplos de Estados federais a Alemanha, Argentina, Austrália, o Brasil, o Canadá, os Emirados Árabes Unidos, a
Índia, a Malásia, o México, a Nigéria, a Rússia, a Suíça e os Estados Unidos, país que instituiu o federalismo moderno.
Quanto à forma de Estado, as federações contrapõem-se aos Estados unitários e distinguem-se também das confede-
rações.
Geografia
Características
“A união faz nascer um novo Estado e, consequentemente, aqueles que aderiram à federação perdem a condição de
Estados.” Apesar de muitas vezes se usar o termo “estado” para designar cada unidade federativa, aqui já não se trata de um
Estado propriamente dito.
“A base jurídica do Estado Federal é uma Constituição, não um tratado.” Tratados internacionais não têm a força requeri-
da para manter unida uma federação, pois, nesse caso, qualquer Estado poderia desobrigar-se da submissão ao documento
quando desejasse.
“Na federação não existe direito de secessão.” O direito de voltar atrás e desligar-se da federação é vetado aos que nela
ingressam. Algumas vezes essa proibição é expressa na própria Constituição, outras vezes está implícita. Apesar desse pen-
samento tradicional, reconhece-se hoje que um Estado-membro pode se separar da Federação, como é exemplo único a
Federação canadense, que reconhece o direito de seus Estados se separarem.
“Só o Estado Federal tem soberania.” Os vários estados federados possuem autonomia definida e protegida pela Cons-
tituição Federal, mas apenas o Estado federal é considerado soberano. Por exemplo, normalmente apenas o Estado federal
possui personalidade internacional; os estados federados são reconhecidos pelo direito internacional apenas na medida em
que o respectivo Estado federal o autorizar.
“No Estado Federal as atribuições da União e as das unidades federadas são fixadas na Constituição, por meio de uma
distribuição de competências.” É importante ressaltar que não há hierarquia entre o governo central e as unidades federati-
vas regionais. Todos estão submetidos à Constituição Federal, que indica quais atividades são da competência de cada um.
Isto é, todos possuem um conjunto específico de competências ou prerrogativas que não podem ser abolidas ou alteradas
de modo unilateral nem pelo governo central nem pelos governos regionais.
“A cada esfera de competência se atribui renda própria.” Esse é um ponto que vem recebendo mais atenção recente-
mente. Receber atribuições de nada vale se a entidade não possui meios próprios para executar o que lhe é atribuído. Se há
dependência financeira, o ente não poderá exercer suas funções livremente.
“O poder político é compartilhado pela União e pelas unidades federadas.” Há ferramentas específicas para permitir a
influência dos poderes regionais nos rumos da federação. O maior exemplo talvez seja o legislativo bicameral onde uma
das casas - o Senado - é composta de representantes oficiais dos interesses de cada estado. A outra casa legislativa traz
representante do próprio povo.
“Os cidadãos do Estado que adere à federação adquirem a cidadania do Estado Federal e perdem a anterior.” Isso quer
dizer que não poderá haver diferença de tratamento de alguém por ter nascido em um estado ou outro da federação. Tam-
bém não haverá necessidade de passaporte para transitar de um estado a outro, entre outras.
Vantagens e desvantagens
Os que apoiam a forma federativa afirmam que o estado federal é mais democrático, pois assegura maior aproximação
entre governantes e governados, tendo o povo contato mais direto através dos poderes locais. Entendem que essa forma de
estado dificulta a concentração de poder e favorece a democracia. Também argumenta-se que ela promove maior integra-
ção, transformando oposições naturais dos territórios federados em solidariedade.
Entre os que desejam formas de Estado mais centralizadas ao invés da Federação, alguns defendem que a sociedade
atual intensificou as demandas e isso exigiria um governo central mais forte. Afirmam também que a forma federativa difi-
culta a planificação das ações: o poder central não tem como obrigar um poder regional a seguir seus planos caso este não
deseje colaborar. Também argumentam que a Federação provocaria uma dispersão dos recursos, já que ela torna necessária
a manutenção de múltiplos aparelhos burocráticos simultaneamente. Afirmam ainda que ela tende a gerar conflitos jurídi-
cos e políticos pela coexistência de muitas esferas autônomas cujos limites nem sempre podem ser claramente definidos.
Apesar dos pontos negativos levantados, Dalmo Dallari detecta no mundo de hoje uma forte tendência para a organi-
zação federativa. Isto se deve à forma pela qual ela gera um Estado forte (pela unificação de Estados menores) ao mesmo
tempo que mantém e preserva as peculiaridades locais. De fato, este modelo favorece a preservação das características
locais e reserva uma esfera de ação autônoma a cada unidade federada.
Atualmente também há a percepção de que a Federação realmente desestimula a acumulação de poder num só ente,
sendo capaz de dificultar a formação de governos totalitários. Sua estrutura também pode assegurar oportunidades mais
Geografia
amplas de participação no poder político, já que aqueles que não tiverem espaço no poder central podem assumir funções
regionais. Desse modo, a Federação passou a ser vista como mais favorável à defesa das liberdades do que o Estado centra-
lizado. O Estado Federal passou a ser considerado a expressão mais avançada de descentralização política.
Na federação, os entes federados não podem se dissociar livremente do poder central, embora mantenham uma certa
liberdade relativa à distribuição de poderes e encargos.
Já as unidades da confederação são soberanas e podem se dissociar do todo com maior facilidade.
A diferença entre federação e confederação se deve à natureza dos liames estabelecidos para sua formação. As confe-
derações são estabelecidas por alianças e as federações por constituições. Como consequência, o laço estabelecido em uma
federação são significativamente mais rígidos que os estabelecidos em uma confederação.
Origem ideológica
O Federalismo tem origem ideológica na revolução e independência dos Estados Unidos. Os líderes coloniais norte
americanos deram início a confronto armado contra a Inglaterra em 1776 porque estavam descontentes com as políticas
adotadas pelo Parlamento Inglês entre as décadas de 1760 e 1770 e também porque não admitiam mais que o Parlamento
Inglês possuísse autoridade para determinar e executar às suas colônias tudo que desejasse.
Para recusar o poder exercido pela Inglaterra sobre as colônias norte americanas, os colonos passaram a questionar a
origem da soberania. Na concepção dos Ingleses a soberania pertencia ao Estado Inglês (King-in-Parliament) e as únicas
limitações a ela seriam determinadas por critérios do próprio soberano. Em contrapartida, os colonos defendiam que a so-
berania possui origem na população e seria exercida pelo Estado nos limites do poder que lhe foi delegado.
Após a declaração da independência das Colônias Americanas em 1776, elas passaram a enfrentar o desafio de elaborar
um novo regime constitucional para dar lugar ao espaço antes preenchido pela Lei Britânica.
Em 1777 foi estabelecido o pacto confederativo, que criava uma unidade frágil entre os Estados autônomos norte ame-
ricanos para fazer frente à Europa.
Em 1787, delegados dos Estados norte americanos se reuniram na Convenção de Filadélfia para repensar o arranjo
confederativo. O dilema estava posto entre dois modelos notadamente inaceitáveis: o imperialismo, que tinha se provado
inadequado porque centralizava todo o poder e negava aos Estados qualquer independência e autoridade; ou a confedera-
ção que tinha fracassado pela ausência de poder centralizador capaz de manter uma unidade entre os Estados. Novamente
colocou-se em questão o tema da soberania. Ela seria deveria ser atribuída à toda população dos Estados Unidos ou à po-
pulação de cada Estado? Os anti-federalistas defendiam que a soberania deveria ser própria de cada Estado e os nacionalis-
tas defendiam que a população dos Estados Unidos deveria ser um todo soberano.
Ao final, a constituição dos Estados Unidos foi ratificada em 1788 e deu origem ao primeiro Estado federado (detentor
de soberania e composto por diversas entidades territoriais autônomas dotadas de governo próprio).
Formas de federação
O caminho adotado para a celebração do pacto federativo e consequente formação do Estado soberano federativo pode
ser centrípeto ou centrífugo.
No movimento centrípeto de formação de uma federação, uma série de Estados decidem se unir para providenciar
defesa e colaboração mútua e constituem um único Estado soberano. Os Estados Unidos e a Suíça são exemplos do movi-
mento centrípeto.
No movimento centrífugo, por outro lado, há descentralização do governo para haver maior dispersão do Poder. O Brasil
é um exemplo de formação centrífuga da federação: as competências de um governo centralizador foram divididas entre
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
É possível diferenciar as federações também no que tange à órbita de competências do órgão central da federação em
contraposição aos demais entes federados. Nos Estados Unidos, os entes federados têm amplo poder e autonomia irrestrita.
Já no Brasil, pretende-se simetria entre cada um dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Geografia
Algumas federações são denominadas assimétricas porque alguns entes possuem maior autonomia que outras. Um
exemplo deste tipo de federação é a Malásia, onde Sarawak e Sabah se uniram à federação em termos e condições distin-
tas dos demais Estados da Península.
Federalismo Fiscal
A configuração do sistema financeiro-tributário é parte da definição essencial do pacto federativo. É, também, instru-
mento da política econômica. Volta-se, pois, para o estabelecimento, no âmbito da divisão espacial do poder, de um arranjo
por meio do qual as forças políticas são tangenciadas por condicionamentos impostos pelo contexto histórico-institucional,
se comprometendo com determinados objetivos públicos.
O federalismo fiscal constitui a forma pela qual a economia do setor público é repartida nas diversas esferas federadas
de competência, espelhando, de um ponto de vista substantivo, compromissos e objetivos assumidos pelo Estado com de-
terminadas forças sociais, políticas e econômicas (DIAS, Wladimir Rodrigues. “O Federalismo Fiscal na Constituição de 1988:
Descentralização e recentralização”).
EXERCÍCIOS
a) Estados Unidos
b) Grécia
c) Itália
d) Brasil
a) um acordo
b) uma constituição
c) um tratado
d) uma emenda
4 - Algumas federações são denominadas ____________ porque alguns entes possuem maior autonomia que
outras.
a) Assimétricas
b) Simétricas
c) Sinestésicas
d) Assintomáticas
RESPOSTAS
EXERCÍCIOS FINAIS
1 – (FESP) Examine atentamente as sentenças a seguir e assinale o grupo das que lhe parecerem corretas.
1 – Paralelamente ao Equador ficam dispostos círculos que diminuem de tamanho à proporção que estão mais próxi-
mos dos polos.
2 – A latitude de um lugar é medida em km e representa a distância entre dois pontos na superfície do planeta.
3 – As coordenadas geográficas compreendem a latitude, a longitude, a distância em metros em relação ao nível do mar
e as isoietas.
4 – A longitude é o afastamento, medido em graus, de um meridiano em relação a outro, chamado meridiano de Gre-
enwich.
5 – Quando se projeta a rede de paralelos e meridianos sobre o papel, tem-se uma projeção cartográfica.
Assinale:
Geografia
2 – (UFPB 2008) Escala gráfica, segundo Vesentini e Vlach (1996, p. 50), “é aquela que expressa diretamente os valores da
realidade mapeada num gráfico situado na parte inferior de um mapa”. Nesse sentido, considerando que a escala de um
mapa está representada como 1:25000 e que duas idades, A e B, nesse mapa, estão distantes, entre si, 5cm, a distância real
entre essas cidades é de:
a) 25.000m
b) 1.250m
c) 12.500m
d) 500m
e) 250m
3 – (Vunesp) No território brasileiro, em sentido norte-sul, em relação à média e à amplitude térmicas, é correto afirmar
que
“De origem bastante discutida, essa formação é característica das áreas onde o clima apresenta duas estações bem marca-
das: uma seca e outra chuvosa, como no Planalto Central. Ela apresenta 2 estratos nítidos: uma arbóreo-arbustivo, onde as
espécies tortuosas têm os caules geralmente revestidos de casca espessa, e outro herbáceo, geralmente dispostos em tufos”.
a) Floresta tropical
b) Caatinga
c) Formação do Pantanal
d) Mata semiúmida
e) Cerrado
a) um ecossistema
b) uma população
c) uma comunidade
d) um nicho ecológico
e) um habitat
a) Floresta Amazônica
b) Pantanal
c) Cerrado
d) Manguezais
e) Mata Atlântica
a) Sul
b) Sudeste
c) Centro-oeste
d) Norte
e) Nordeste
Geografia
8 – Estado que apresenta grande concentração de frigorífico e se destaca na criação de aves e suínos em pequenas e mé-
dias propriedades, que fornecem a matéria-prima as empresas.
a) São Paulo
b) Rio Grande do Sul
c) Santa Catarina
d) Paraná
e) Minas Gerais
a) Comercial
b) Portuária
c) Industrial
d) Turística
e) Rural
10 – A partir da década de _____ houve o que se chama de desmetropolização, com os índices de crescimento econômico
maiores nas cidades médias, havendo assim um processo de desconcentração econômica.
a) 60
b) 70
c) 80
d) 90
e) 2000
a) São Paulo e Rio de Janeiro funcionam como metrópoles nacionais, pois exercem influência sobre todo o território
brasileiro.
b) O crescimento urbano depende do crescimento rural.
c) Não existe em nosso crescimento urbano o fenômeno da conurbação.
d) Os movimentos pendulares não ocorrem em nossos centros urbanos.
e) Se existe em nosso país o processo de conurbação, ele não é consequência do desenvolvimento industrial.
12 – No Brasil, aproximadamente 80% da população das favelas concentram-se nas regiões metropolitanas e 70% das mo-
radias são construídas pelos próprios moradores, em regime de mutirão. Assinale a alternativa que indica a região brasileira
que concentra a maior população favelada do país.
a) Centro-Oeste
b) Nordeste
c) Sul
d) Sudeste
e) Norte
13 – No século XIX, a atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de:
a) Algodão
b) Café
c) Milho
d) Cana-de-açúcar
e) Soja
a) Os que apoiam a forma federativa afirmam que o estado federal é menos democrático.
b) Atualmente há a percepção de que a Federação realmente desestimula a acumulação de poder num só
ente.
c) O Estado Federal passou a ser considerado a expressão mais avançada de descentralização política.
d) Na federação, os entes federados não podem se dissociar livremente do poder central.
Geografia
e) Todas estão corretas.
a) negociações – tratados
b) acordos – emendas
c) alianças – tratados
d) constituições – acordos
e) alianças – constituições
RESPOSTAS
11 - A 12 - D 13 - B 14 - A 15 – E
SITES PESQUISADOS
http://www.coladaweb.com/geografia/pontos-cardeais-e-colaterais
http://www.significados.com.br/latitude-e-longitude/
http://www.brasilescola.com/geografia/coordenadas-geograficas.htm
http://giroaomundodageografia.blogspot.com.br/2012/05/nocoes-de-cartografia.html
http://www.sempretops.com/estudo/coordenadas-geograficas/
http://www.geoluislopes.com/2012/08/principais-elmentos-para-leitura.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_cartogr%C3%A1fica
http://www.infoescola.com/cartografia/escala-cartografica/exercicios/
http://cta2009-2-dominios-morfoclimaticos.blogspot.com.br/
http://www.mundoeducacao.com/geografia/dominios-naturais-brasil.htm
http://cta2009-2-dominios-morfoclimaticos.blogspot.com.br/
http://grupo-tamassa.blogspot.com.br/
http://exercicios.brasilescola.com/geografia-do-brasil/exercicios-sobre-caatinga.htm#resposta-692
http://valdineiandrade.blogspot.com.br/2013/03/questoes-dominio-dos-mares-de-morros.html
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-biologia/nocoes-gerais-de-ecologia
http://andergeo2012.blogspot.com.br/2013/09/exercicios-resolvidos-de-geografia.html
http://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/ecossistemas-brasileiro
http://www.mundoeducacao.com/geografia/geografia-economica.htm
http://www.brasilescola.com/brasil/economia-brasil.htm
http://portfolioeesd21.blogspot.com.br/2013/03/a-organizacao-do-espaco-brasileiro.html
http://estudegeografia.webnode.com.br/news/espa%C3%A7o%20agrario%20brasileiro/
http://br.vlex.com/vid/agricultura-familiar-agrario-turvo-223679729
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/geografia/geografia_do_brasil/agricultura/brasil_reforma_agraria
Geografia
http://www.mundoeducacao.com/geografia/o-espaco-urbano-brasileiro.htm
http://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/o-espaco-urbano-no-brasil
http://www.mundoeducacao.com/geografia/a-pobreza-no-brasil.htm
http://www.suapesquisa.com/economia/causas_desemprego.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_urbana
http://meuartigo.brasilescola.com/geografia/a-complexidade-rede-urbana-brasileira.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_metropolitanas_do_Brasil
http://www.brasilescola.com/brasil/regioes-metropolitanas-brasil.htm
http://exercicios.brasilescola.com/geografia-do-brasil/exercicios-sobre-urbanizacao-no-brasil.htm#questao-1589
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidos-de-geografia/urbanizacao
http://www.brasilescola.com/brasil/formacao-organizacao-territorio-brasileiro.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/divisao-politicoadministrativa-brasil.htm
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Conhecimentos Específicos
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou IBGE é uma fundação pública da administração federal
brasileira criada em 1934 e instalada em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística; seu fundador e
grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas. O nome atual data de 1938. A sede do
IBGE está localizada na cidade do Rio de Janeiro.
O IBGE tem atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que inclui
realizar censos e organizar as informações obtidas nesses censos, para suprir órgãos das esferas governamen-
tais federal, estadual e municipal, e para outras instituições e o público em geral.
A história do IBGE começa em 1936, com a criação do “Instituto Nacional de Estatística e Cartografia” (INE) que,
em 1938 é incorporado, junto ao “Conselho Brasileiro de Geografia” ao “Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-
tica, o IBGE que inicia, então, seu primeiro projeto: a “Determinação das Coordenadas das Cidades e Vilas”.
Até 1966/67 o IBGE tinha como atribuições fixar normas para a uniformização da cartografia brasileira e
consegue o feito de estabelecer, pela primeira vez, dados de coleta e tabulações do censo com base em uma
referência cartográfica sistematizada (1940). Mas, em 1967 a incumbência de fixar essas normas passa ao CO-
CAR (Comissão de Cartografia) que é inserida na estrutura do IBGE.
Mais tarde, em 1985 foi criada o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) ao qual foi submetida a COCAR que
seria desativada em 1990. Mas, em 1994 o Governo cria a CONCAR (Comissão Nacional de Cartografia) que recebe
apoio administrativo do IBGE e da ANEA (Associação Nacional das Empresas de Levantamentos Aeroespaciais).
Hoje, o trabalho mais conhecido do IBGE, que é o atual responsável pelo Sistema Cartográfico Brasileiro,
é a realização do Censo Demográfico, uma pesquisa realizada em campo com toda a população brasileira (ou
quase toda) para levantar dados como número de habitantes, renda, faixa etária da população e muitos outros
dados que servem de indicadores sobre o desenvolvimento social e econômico do país.
Histórico
A data oficial de criação do IBGE é 29 de maio de 1936 quando foi regulamentado o Instituto Nacional de
Estatística. Após a extinção do INE, foi criado o IBGE mediante o Decreto-Lei n. 218 de 26 de janeiro de 1938.
Estrutura
O IBGE é uma entidade da administração pública federal, constituído na forma de fundação pública pelo
Decreto-lei nº 161, de 13 de fevereiro de 1967,8 vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-
tão. Possui a presidência, quatro diretorias e dois outros órgãos centrais.
Conhecimentos Específicos
• Vinte e sete (27) unidades estaduais (26 nas capitais dos estados e 1 no Distrito Federal)
• Vinte e sete supervisões de base territorial (26 nas capitais e 1 no Distrito Federal)
• Seis Gerências de Geodésia e Cartografia (Bahia, Distrito Federal, Ceará, Goiânia, Pará e Santa
Catarina)
• Cinco Gerências de Recursos Naturais (Bahia, Distrito Federal, Goiânia, Pará e Santa Catarina)
• Sede na cidade do Rio de Janeiro, onde está instalada a presidência, as diretorias e órgãos
centrais a saber:
• Diretoria de Geociências (DGC), responsável pela cartografia básica, pelo sistema geodésico
brasileiro, pela representação da estrutura territorial, pelo levantamento de recursos naturais e meio
ambiente e pelos levantamento e estudos geográficos.
• Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), responsável pelo treinamento dos servidores
do instituto. A ENCE também é uma instituição federal de ensino superior que oferece os seguintes
cursos:
• Bacharelado em Estatística.
Conhecimentos Específicos
Dá uma visão de conjunto da economia e descreve os fenômenos da vida econômica: produção, consumo,
acumulação e riqueza, fornecendo uma representação compreensível e simplificada destes dados. O Sistema
de Contas Nacionais do IBGE segue as mais recentes recomendações das Nações Unidas expressas no Manual
de Contas Nacionais (System of National Accounts 1993, SNA), incluindo o cálculo do Produto interno bruto
(PIB) e a Matriz de insumo-produto.
Apresenta os valores correntes e os índices de volume (1991=100) trimestralmente para o Produto interno
bruto a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, con-
sumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e
serviços.
São calculadas duas séries de números-índices: a com base no ano anterior e a encadeada com referência
em 1990 (1990 = 100). A série encadeada é ajustada sazonalmente pelo X12-ARIMA possibilitando o cálculo
das taxas de variação em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No IBGE a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram
integrados ao atual Sistema de Contas Nacionais. As ponderações anuais são obtidas a partir deste novo siste-
ma de contas. Periodicidade: trimestral. Abrangência geográfica: Brasil.
Pesquisas permanentes
A legislação vigente, de acordo com o Decreto Federal nº 73.177 de 20 de novembro de 197310 e a Lei nº
5.534 de 14 de novembro de 1968,11 modificada pela Lei nº 5.878 de 11 de maio de 1978,12 dispõe sobre a
obrigatoriedade e sigilo das informações coletadas pelo IBGE, as quais se destinam, exclusivamente, a fins es-
tatísticos e não poderão ser objeto de certidão e nem terão eficácia jurídica como meio de prova.
A não prestação de informações nos prazos fixados bem como a prestação de informações falsas constitui
infração sujeito à multa de até 10 vezes o maior salário mínimo vigente no país, quando primário, e de até o
dobro desse limite quando reincidente.
Censos
Censo demográfico
O IBGE realiza vários tipos de censos, embora o mais conhecido seja o Censo demográfico, que é o conjunto
de dados estatísticos sobre a população de um país. No Brasil, os censos demográficos são realizado de 10 em
10 anos exclusivamente pelo IBGE, pois é o órgão definido por lei como responsável pela sua realização.
Contagem de população
A Contagem de população é realizada entre o intervalo de dois censos demográficos, geralmente cinco anos
depois do último ou cinco antes do próximo. Objetiva atualizar os dados sobre o número de habitantes, e nem
sempre é aplicada em todos os municípios.
A primeira contagem de população foi realizada em 1996, não só para atualizar os dados populacionais,
mas principalmente pelo surgimento de novos 1 500 municípios após o Censo demográfico de 1991.
Passado o censo realizado no ano 2000, o IBGE procedeu a contagem populacional no ano de 2007, a qual
teve como objetivo atualizar as estimativas de população, incorporando também as mudanças demográficas
ocorridas no território nacional, desde o último levantamento de referência que, neste caso, foi o Censo demo-
gráfico 2000.
A Contagem de população é de grande importância para os municípios, pois o repasse anual de verbas do
Fundo de Participação dos Municípios (FPM), realizado pela União, é determinado por vários fatores, mas prin-
cipalmente pelas estimativas de variação populacional fornecidas pelo IBGE, que influem diretamente no cál-
culo do coeficiente para o repasse do FPM aos municípios.
Conhecimentos Específicos
O censo demográfico é uma pesquisa sobre a população que possibilita a recolha de várias informações ,
tais como o número de habitantes, número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as
pessoas (se vivem de aluguel , se estão pagando o imóvel ou se é casa própria) e o trabalho que realizam (qual
o salário , qual o trabalho, se é formado no que trabalha , etc.), entre outras coisas.
Censo agropecuário
O objetivo da pesquisa é atualizar dados de censos anteriores, fornecer informações sobre aspectos econô-
micos, sociais e ambientais da atividade agropecuária. Ocorre geralmente a cada 10 anos.
O último censo agropecuário realizado pelo IBGE no Brasil havia sido em 1996. Em 2007, foi realizado um
novo censo agropecuário, referente às atividades desenvolvidas no ano anterior.
Apresentação
A garantia de excelência de uma organização, e em especial de uma instituição oficial de informações esta-
tística e geocientífica, está assentada no grau de compromisso que se tem com uma palavra-chave: valores. E a
razão é simples: são os valores que revelam as intenções da organização, dando início ao processo de identificar
ações relevantes, soluções possíveis e a necessidade de mudanças.
Nesse âmbito, o planejamento estratégico é um referencial de orientação fundamental, que nos aponta não
apenas o futuro desejado, mas o caminho para construí-lo, em um contexto caracterizado pela rapidez com
que as novas tecnologias de informação transformam os processos de trabalho, padrões de conduta e o apren-
dizado coletivo.
Assim, na moldura das transformações dada hoje pela globalização e pela sociedade do conhecimento, o
aprimoramento tecnológico e o desenvolvimento de pessoas são preceitos estratégicos indispensáveis.
Preparar os indivíduos para receber e se adaptar à mudança, não apenas ampliando suas competências,
mas também tornando-os mais realizados, inovadores e criativos no alcance das suas aspirações profissionais e
do bom desempenho institucional, é um compromisso que pretendo cotidianamente perseguir.
Ressalto, finalmente, que o documento que resulta do processo de planejamento estratégico visa se tornar
um instrumento que almeja dar consistência estratégica e transparência para a atuação do IBGE nos próximos
três anos, devendo ser uma referência para todos os servidores, conscientes da responsabilidade e comprome-
timento que devem ter com a missão, valores, objetivos e metas institucionais, definidos no Plano Estratégico
2012–2015.
Wasmália Bivar
Presidenta do IBGE
Missão Institucional
“Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidada-
nia.”
A realização dessa missão institucional pressupõe todo um processo que parte das necessidades e deman-
das por informações existentes na sociedade e governos, passa pela concepção e planejamento das pesquisas,
Conhecimentos Específicos
pela coleta de dados em campo, seu armazenamento, a sua análise e validação, até a disseminação dos seus
resultados finais para os cidadãos.
Com tal leque de atividades, o IBGE deverá mais e mais se transformar em uma organização intensiva em
conhecimento, tornando-se mais leve e flexível em sua gestão, de modo a melhor fazer frente às mudanças.
Desse modo, a interação permanente com a sociedade e o governo é fundamental, com especial atenção para
as mudanças na demanda por informações, cada vez mais intensa e diferenciada.
Valores
Conjunto de crenças impulsionadoras de comportamentos cotidianos a serem seguidos por seus membros
e que garantem ao IBGE o papel de provedor independente de informações para o país. A percepção clara com
relação aos valores é crucial, pois são eles que dão sustentação à filosofia da organização, a qual engloba a na-
tureza, a função e o objetivo das ações em que se está envolvido.
Para o IBGE foram identificados cinco valores fundamentais que devem nortear os servidores da Instituição
no desempenho de suas atividades:
Ética - é a dignidade e a consciência dos princípios morais que regem a ação humana na organização, de
acordo com os preceitos constitucionais e a ética do serviço público. No caso da produção estatística e geocien-
tífica do IBGE, é agir de modo a manter a confiança nas informações oficiais, tomar decisões com independên-
cia, de acordo com considerações estritamente profissionais, com princípios científicos e com garantia do sigilo
das informações individualizadas que levanta para suas pesquisas.
Transparência - é garantir o acesso à informação, dando publicidade aos dados produzidos pela Instituição
e às normas científicas adotadas sobre fontes, métodos e procedimentos, obedecendo as regras da confiden-
cialidade dos dados individualizados. É, também, criar espaço de interlocução com usuários na implantação de
novos projetos ou revisão dos existentes e noticiar as grandes mudanças projetadas com impacto nas informa-
ções oferecidas à sociedade. No âmbito da gestão organizacional, além de fortalecer o processo de comunica-
ção interna, o IBGE deve tornar público todos os seus atos de pessoal e de gasto público.
Imparcialidade - é honrar o direito de todos (governo e sociedade) à informação pública de qualidade e de utili-
dade, oferecendo dados e análises independentes e objetivas sobre a situação econômica, demográfica, social, am-
biental e geocientífica, com garantia de igualdade de acesso e sem nenhuma interferência no resultado obtido.
Condicionantes Estratégicos
Uma etapa importante do Planejamento Estratégico é a que se refere à avaliação do contexto em que se
insere a Instituição, com a identificação das variáveis estratégicas que têm impacto no ambiente organizacional.
Assim, é possível destacar aquelas que podem influir positiva ou negativamente no alcance de sua visão de
futuro.
A reflexão sobre a realidade interna e externa, buscando-se uma integração vantajosa, é importante para
que a Instituição possa melhor avaliar e se posicionar com efetividade frente à agenda multifacetada de mu-
danças existentes.
Contribui, também, para a maior compreensão sobre a essência da organização, bem como sobre suas li-
Conhecimentos Específicos
mitações e aptidões enquanto órgão nacional oficial responsável pela produção de informações estatísticas e
geocientíficas.
Isto posto, são elencados, à frente, aqueles fatores condicionantes básicos que estão e estarão acompa-
nhando este Instituto em suas atividades e que poderão causar impacto nas opções estratégicas definidas para
a Instituição.
No contexto internacional, os países têm procurado estabelecer um processo gradual de convergência das
legislações, regulamentos e normas técnicas com que trabalham, sempre procurando respeitar as necessidades
e condições socioeconômicas locais e sub-regionais, de maneira a evitar que cada arcabouço institucional na-
cional passe a se constituir em um entrave ao desenvolvimento econômico e, em especial, ao comércio inter-
nacional; no futuro imediato continuaremos imersos em um constante processo de transformação, adaptação e
inovação em direção a uma civilização do conhecimento altamente interativa, quando não porque a atual eco-
nomia mundial é impulsionada em boa medida pela criação e intercâmbio de conhecimentos e por um acesso
rápido a informações atualizadas; num tal ambiente cresce a preocupação com a credibilidade das informações
estatísticas e geocientíficas, o que exige em sua produção não só critérios sólidos, transparentes e comparáveis
internacionalmente, como também maior refinamento na capacidade de criar, manter e administrar novas for-
mas de institucionalização de parcerias e alianças estratégicas com outras organizações congêneres.
Principalmente na área das novas tecnologias de informação, este movimento tem por base redes físicas e
sistemas de comunicação digital instantânea que continuam sendo desenvolvidos, instalados e utilizados em
todo o mundo, permitindo se dispor de formas avançadas de armazenamento, processamento e disseminação
de informações, da individualização coordenada do trabalho, da concentração e descentralização simultânea da
gestão organizacional e da tomada de decisões em escala ampliada; evidentemente, este dinâmico paradigma
tecnológico está cada vez mais sustentado por setores intensivos em conhecimento, associados às tecnologias
de informação e comunicação, o que obviamente requer um esforço permanente não apenas na geração de
infraestrutura, tecnologias e serviços básicos de rede que devem ser os pilares da organização, como também
uma ênfase na formação de pessoal especializado para a instalação e operação da rede e no desenvolvimento
de aplicações, aprimorando o desempenho no cumprimento do plano de trabalho e da missão institucional.
Tais organizações possuem características diferenciadas das demais pelo fato de terem como ativo principal
a capacidade intelectual de seus profissionais, o que coloca como desafio maior aquele de tornar o conhe-
cimento algo compartilhado e inerente à sua cultura. Nesse contexto organizacional da nova sociedade do
conhecimento, o aperfeiçoamento do aprendizado coletivo e da capacidade de gerar, processar, analisar e dis-
Não por outra razão, tornam-se imprescindíveis os investimentos relacionados à produção e disseminação
de conhecimento, educação e treinamento, numa perspectiva que exige uma visão multidisciplinar, onde pes-
quisadores, técnicos e colaboradores possuem conhecimentos distintos que convergem em busca de ideias
criativas, desenvolvimento de produtos, solução de problemas e pensamento prospectivo.
Nesse ambiente cresce a necessidade de modernização do Estado contemporâneo, na esteira das demandas
por eficiência, produtividade e racionalização de seus gastos, bem como por responsabilização e prestação de
contas das políticas públicas pensadas e postas em andamento por parte dos gestores públicos (mecanismos
de accountability).
Outro tema de presença crescente na agenda desse cenário é o do protagonismo dos atores não governa-
mentais, que buscam superar a falta de confiança nas possibilidades da ação governamental com a revaloriza-
ção da vida pública e da consciência da cidadania.
Conhecimentos Específicos
O desafio que aqui se coloca aos institutos oficiais é o de desenvolver condições que garantam uma con-
tínua oferta de evidências empíricas (estatísticas e geocientíficas), em resposta às novas demandas, especial-
mente na área social, que crescem nos marcos da ação coletiva e na discussão de questões relativas a como se
acelerar o desenvolvimento econômico e a governabilidade democrática, de um prisma mais prático.
Não por outra razão, é possível hoje se observar no plano internacional o avanço da reflexão, por exemplo,
sobre segmentos populacionais específicos de cunho étnico e cultural, bem-estar e progresso da sociedade,
com base em indicadores com maior dose de subjetividade como sensação de felicidade, laços de confiança
interpessoal, redes de vínculos associativos, mensuração de capital social, dentre outros aspectos.
Tal temática entrou definitivamente na pauta do debate nacional e, principalmente, internacional, dada as
suas implicações cada vez mais reconhecidas na comunidade científica, nos processos econômicos e sociais e
no âmbito do delicado jogo de interesses e conflitos geopolíticos, os quais acabam por condicionar a atuação e
posicionamento do Brasil no contexto dos relacionamentos e fóruns internacionais sobre a temática da susten-
tabilidade ambiental; no caso específico da mudança climática, cuja gravidade decorre da própria dificuldade de
identificação de respostas e de soluções, os impactos negativos sobre os diversos ecossistemas seriam suficien-
temente amplos a ponto de inviabilizar as ações e recursos públicos aplicados em áreas essenciais (agricultura,
saneamento e gestão de recursos hídricos, meio ambiente etc.); as consequências decorrentes certamente
implicam custos significativos, com o debate e manejo de soluções dependendo em muito da existência de
uma base informacional sólida, com dados estatísticos e geocientíficos capazes de abarcar e integrar as diversas
dimensões envolvidas na mudança climática (física, econômica, social e de ordenação territorial).
Visão
A visão de uma organização direciona os seus rumos e descreve o futuro desejado, em um tempo prede-
terminado. Ela traduz como a organização quer ser vista e reconhecida, projetando as oportunidades futuras e
concentrando esforços na busca dessas oportunidades.
Tal processo implica uma inevitável tendência de “interiorização” do desenvolvimento, que tende a reforçar
aqueles enfoques que privilegiam a descentralização das competências executivas e da capacidade de se tomar
decisões, de maneira a garantir políticas que tanto fortaleçam o potencial de ação coletiva e organização dos
atores locais por meio de redes de relações e contatos, quanto ajudem na construção e exploração das capaci-
dades e oportunidades internas.
Esta progressiva descentralização espacial das atividades socioeconômicas deve continuar se traduzindo
numa crescente demanda por microdados e dados georreferenciados, bem como por uma maior relevância das
atividades de coordenação e de gestão de parcerias e alianças estratégicas com os diferentes órgãos produtores
de informações, instituições acadêmicas e entidades privadas, de modo a não se perder de vista os três pilares
de um necessário sistema de informações: a abrangência temática e espacial, a permanência temporal e a pa-
Conhecimentos Específicos
dronização conceitual.
Os fatores críticos de sucesso são circunstâncias cruciais para o alcance das diretrizes e objetivos estratégi-
cos de uma organização, sendo, portanto, condições essenciais para a efetividade da estratégia estabelecida no
cumprimento da sua
missão institucional. São fatores críticos de sucesso para o IBGE:
Diz respeito à garantia de que a informação produzida e divulgada pela Instituição é confiável.
Também está baseada nos comportamentos e atitudes dos servidores, pautados nos valores institucionais
de ética profissional, transparência, responsabilidade, imparcialidade e excelência.
Independência Técnica
Garante que o papel do IBGE na sociedade seja cumprido de forma íntegra, na medida em que é um dos
fatores decisivos para a qualidade da informação produzida e para a credibilidade da Instituição como órgão do
Estado brasileiro produtor de informações estatísticas e geocientíficas, respeitado nacional e internacionalmen-
te, cabendo lembrar que a natureza da produção do IBGE e sua missão institucional lhe conferem um alto grau
de importância para a boa governança pública e privada do País.
Relevância da Informação
Pelo fato das necessidades de informações mudarem ao longo do tempo, conforme as nações se desenvol-
vem e os usuários se tornam mais exigentes e experientes na análise e uso dos dados, é crucial que o órgão
central oficial produtor de informações estatísticas e geocientíficas assegure um contínuo monitoramento das
expectativas e necessidades da sociedade e tenha capacidade adaptativa em suas operações, de maneira a po-
der afiançar que os produtos que disponibiliza são os que os usuários desejam e entendem ser relevantes em
termos de qualidade, oportunidade e formas de disseminação.
A necessidade atual de produzir informações com ampliação da cobertura territorial, maior detalhamento
espacial e abrangência temática, torna imperioso ao IBGE fortalecer o papel estratégico das Unidades Estaduais
e Agências, de forma a garantir sua presença nacional e expandir a excelência no atendimento ao cidadão e à
sociedade.
Operação do IBGE exige a utilização de tecnologias modernas, buscando agilizar todos os seus processos de
Conhecimentos Específicos
trabalho e facilitar o acesso à informação que produz, de forma coordenada, padronizada e organizada; em tal
ambiente, a tecnologia da informação deve ser usada como alavanca de transformações nos processos de pro-
dução e disseminação, visando o pleno atendimento das demandas de clientes e usuários.
Gestão do conhecimento
Devido à velocidade da mudança do ambiente em que atua, o IBGE deverá desenvolver sólidas competên-
cias no armazenamento, organização e transferência do conhecimento técnico, metodológico e gerencial acu-
mulado, de modo a preservar a inteligência e a memória institucional, caminho para se fortalecer a imagem,
identidade e reputação da organização. Ademais, faz-se necessário estruturar um sólido e integrado programa
de desenvolvimento e treinamento continuado para o aprimoramento das competências de seus servidores.
Podem ser destacados alguns levantamentos que têm como base a coleta de informações junto aos do-
micílios, entre as fontes de dados sobre esta área. Realizado decenalmente, o Censo Demográfico se constitui
como núcleo das estatísticas sociodemográficas. A meio de década, no intervalo entre dois Censos, é realizada a
Contagem de População, operação censitária fundamental para aprimorar as estimativas anuais de população.
De caráter amostral, destaca-se a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, que levanta anu-
almente informações sobre a habitação, rendimento e mão-de-obra, associadas a algumas características
demográficas e de educação. Como mais uma fonte de informações sobre o mercado de trabalho, destaca-se
Estatísticas da Agropecuária
Têm como núcleo o Censo Agropecuário, que investiga, a partir dos estabelecimentos agropecuários, a or-
ganização fundiária (propriedade e utilização das terras), o perfil de ocupação da mão-de-obra e o nível tecno-
lógico incorporado ao processo produtivo, entre outros temas estruturais de relevância. Para o acompanhamen-
to anual do setor, destacam-se a Pesquisa Agrícola Municipal e a Pesquisa da Pecuária Municipal, entre outras.
Estatísticas Econômicas
Conhecimentos Específicos
Trazem informações sobre os principais setores da economia: comércio, indústria, construção civil e serviços,
a partir do levantamento, por amostra, em estabelecimentos de cada setor.
A Pesquisa Anual do Comércio, a Pesquisa Industrial Anual, a Pesquisa Anual da Indústria da Construção e
a Pesquisa Anual de Serviços são exemplos dos trabalhos mais relevantes nessa área. Cabe mencionar que o
acompanhamento conjuntural da economia é possível através do conjunto de pesquisas mensais do comércio,
da indústria e da agricultura.
Índices de Preços
Esta área engloba o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice Nacional de Preços ao Con-
sumidor Amplo (IPCA), baseado em cesta de consumo de famílias de renda mais alta. Além deste, através do
Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil pode-se acompanhar a evolução de preços, a mão-
de-obra e dos materiais empregados no setor.
Abrange as cartas topográficas e mapas delas derivados - Brasil, regionais, estaduais e municipais - que
constituem as bases sobre as quais se operacionalizam os levantamentos e são representados seus resultados,
em uma abordagem homogênea e articulada do território nacional. O IBGE vem produzindo o mapeamento
topográfico do Brasil de forma sistemática, em escalas padronizadas (menores que 1:25.000), de acordo com o
grau de desenvolvimento instalado ou projetado no território.
Estruturas Territoriais
Realiza mapeamentos, estudos e pesquisas de temas relativos ao meio físico (relevo, solo, clima, geologia) e
ao meio biótico (fauna e flora) e promove a caracterização e avaliação das condições ambientais e dos impactos,
gerados pela ação do homem, que comprometem o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida da população.
Informações Geográficas
São elaboradas, a partir de análises espaciais, as regionalizações do território que, ao produzir recortes terri-
toriais em diferentes escalas, a exemplo das microrregiões geográficas, subsidiam o levantamento e a dissemi-
nação de estatísticas e a formulação e monitoramento de políticas públicas. A partir de sínteses temáticas são
produzidas visões regionais e nacionais, a exemplo do Atlas Nacional do Brasil.
Disseminação
Conhecimentos Específicos
O provimento de informações pelo IBGE é realizado através da sua rede nacional de disseminação, com
áreas de atendimento em todas as capitais e nas principais cidades, oferecendo um dos maiores acervos espe-
cializados em informações estatísticas e geográficas do país. Este acervo constitui-se de publicações impressas
e eletrônicas, como também de bases de dados.
Através da Internet, o IBGE estabelece seu principal canal de comunicação com o usuário, disponibilizando
os resultados das pesquisas em páginas dinâmicas e arquivos para download e banco de dados (Sistema IBGE
de Recuperação Automática). O IBGE oferece, também, atendimento especializado via e-mail (webmaster@
ibge.gov.br ou ibge@ibge.gov.br) e de informações rápidas através de um call center (0800-721-8181).
Os produtos do IBGE são comercializados nas principais livrarias do país e também na Internet.
Uma das importantes fontes para conhecer a produção do Instituto é o Catálogo do IBGE, que fornece pon-
tos de acesso ao valioso acervo de informações sociais, econômicas e territoriais.
A Carta de Serviços ao Cidadão tem por objetivo informar o cidadão dos serviços prestados pelo órgão ou
entidade, das formas de acesso a esses serviços e dos respectivos compromissos e padrões de qualidade de
atendimento ao público, sendo instituída pelo Decreto nº 6.932/2009, que trata de questões relativas ao aten-
dimento ao cidadão no Poder Executivo Federal.
Estas informações são importantes na construção da transparência pública e são úteis ao cidadão que quer
entrar em contato com o IBGE.
Serviço oferecido
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE se constitui no principal provedor de dados e infor-
mações do país, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos
órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal.
O IBGE oferece uma visão completa e atual do País, através do desempenho de suas principais funções:
Os serviços de atendimento do IBGE são prestados a todo e qualquer cidadão não sendo necessária a apre-
sentação de nenhum documento nem requerida nenhuma informação obrigatória dos cidadãos.
Prestação do serviço
O provimento de informações pelo IBGE é realizado através de suas unidades de disseminação, nas capitais,
sinalizadas com a logomarca da Instituição, com áreas de atendimento imediato presencial, oferecendo um dos
maiores acervos de publicações impressas e eletrônicas, como também bases de dados, com informações esta-
tísticas e geográficas do país.
Através do Portal do IBGE na Internet, o seu principal canal de comunicação, disponibiliza os resultados das
pesquisas em páginas dinâmicas e arquivos para download e banco de dados.
Os produtos do IBGE são comercializados nas principais livrarias do país e também na Loja Virtual.
Conhecimentos Específicos
Todo o acervo institucional pode ser pesquisado no canal Biblioteca.
O IBGE oferece, também, atendimento via e-mail ibge@ibge.gov.br, respondendo aos usuários em um pra-
zo médio de 3 dias. Informações rápidas são atendidas através de seu call center (0800-721-8181), com tempo
de espera da chamada de até 20 segundos.
Em casos de maior complexidade, o atendimento é feito pela Coordenação de Atendimento Integrado que
está localizada na Rua General Canabarro, 706 – Maracanã – Rio de Janeiro – RJ.
Os usuários, ao serem atendidos, são recebidos por profissionais especialmente dedicados a prestar infor-
mações do IBGE.
Nos atendimentos presenciais os usuários são atendidos imediatamente sendo seguidas as prioridades de
atendimento aos idosos e gestantes.
As Unidades de Atendimento do IBGE contam com limpeza, conforto e acessibilidade voltados a possibilitar
aos usuários condições adequadas de atendimento.
Cada demanda por informações dos usuários é analisada pelas Equipes de Atendimento do IBGE que, de
acordo com o seu grau de complexidade, pode ser respondida imediatamente ou através da mediação das
equipes responsáveis pelos estudos e pesquisas do IBGE.
Ao encaminhar, por escrito, uma demanda por informações, o usuário é informado, por correspondência,
pelo IBGE, quanto à estimativa de prazo de resposta.
A qualquer momento, a consulta sobre o andamento das demandas, encaminhadas às Equipes de Atendi-
mento do IBGE, pode ser feita através de chamadas telefônicas ou de e-mail.
Havendo problema com um dos sistemas de atendimento, o usuário pode dirigir-se às demais formas de
atendimento oferecidas pelo IBGE.
As respostas às solicitações serão encaminhadas preferencialmente por e-mail, mas poderão utilizar
os mesmos canais utilizados pelo cidadão no momento da sua manifestação, a saber: telefone ou atendi-
mento presencial.
Sugestões e reclamações
Sugestões e reclamações, dirigidas por telefone, correspondência ou pessoalmente, são registradas e enca-
minhadas à Coordenação Geral do Centro de Documentação e Disseminação de Informações - CDDI, do IBGE,
para posterior resposta ao cidadão.
O prazo máximo de atendimento às manifestações feitas ao IBGE é de 20 dias. Em caso de questões com-
plexas, que demandem pesquisa aprofundada do tema, tal prazo pode ser dilatado.
a) coletar dados em diversas fontes, organizar, criticar, corrigir, lançar, tratar e manter os dados garantindo a
Conhecimentos Específicos
c) realizar levantamos topográficos/geográficos com vistas a manter atualizada a base territorial dos municí-
pios;
e) executar e apoiar as tarefas ligadas à manutenção e atualização da rede física dos marcos geodésicos do
IBGE;
f) atuar nas diversas modalidades de disseminação de dados e informações, prestando suporte e orienta-
ções aos usuários;
g) executar de acordo com instruções e/ou orientações, as rotinas administrativas necessárias à manutenção
da Unidade de Trabalho, desde o recebimento, a organização, a guarda e o encaminhamento de documentos
institucionais e de interessados, bem como efetuar registros administrativos, orçamentários e financeiros, utili-
zando os recursos de informática disponibilizados pela Instituição e os sistemas corporativos e federais;
h) dirigir veículo próprio do IBGE, ou locado pela Instituição, para a execução dos trabalhos;
RESUMINDO...
Todos os trabalhos realizados pelo IBGE são feitos pensando na nossa missão: retratar o Brasil com informa-
ções necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania.
E são muitas as nossas atividades! O IBGE produz, analisa, pesquisa e divulga informações de natureza es-
tatística (demográfica, social e econômica), geográfica, cartográfica, geodésica e ambiental. Com isto, ajuda a
conhecer a realidade física, humana, social e econômica do País.
As informações produzidas pelo IBGE são destinadas a estudantes, professores, pesquisadores, administra-
dores, imprensa e a toda e qualquer pessoa que tenha interesse em conhecer a realidade brasileira.
Além de produzir todas essas informações estatísticas e geográficas, o IBGE também é responsável por re-
alizar discussões para avaliar os processos de produção, disseminação e de utilização dessas mesmas informa-
ções. É para isso que é feito um grande encontro, para o qual toda a sociedade é convidada participar.
Para que nossas atividades possam cobrir todo o território nacional, possuímos uma rede nacional de pes-
quisa e disseminação, composta por:
Conhecimentos Específicos
• 27 Unidades Estaduais (26 nas capitais dos estados e 1 no Distrito Federal)
• 27 Setores de Documentação e Disseminação de Informações (26 nas capitais e 1 no Distrito Federal)
• 533 Agências de Coleta de dados nos principais municípios brasileiros.
O IBGE mantém, ainda, a Reserva Ecológica do Roncador, situada a 35 quilômetros ao sul de Brasília.
Geografia
Geografia é a ciência que estuda a superfície da Terra. Ela descreve e analisa como os fenômenos físicos,
biológicos e humanos variam no espaço. Para dar conta de tudo isso, é necessário percorrer, medir e estudar o
território - como faz o IBGE no Brasil.
O resultado desse trabalho é a produção de mapas e a realização de estudos e pesquisas sobre relevo, solo,
clima, geologia, recursos hídricos, fauna, flora e as condições do meio ambiente.
No IBGE, a geografia integra a área de Geociências, que também engloba a geodésia. Assim, além das ati-
vidades acima, o IBGE é responsável por fornecer referências precisas de localização para serem usadas, por
exemplo, em projetos de engenharia, como a construção de estradas, pontes e barragens.
Estatística
A Estatística é uma ciência que cuida da coleta de dados, que são organizados, estudados e então utilizados
para um determinado objetivo. No caso do IBGE, a estatística é importante para informar sobre a realidade do
Brasil através de números.
Em nosso cotidiano, usamos a estatística para sabermos os índices de inflação ou de emprego e desempre-
go, por exemplo.
Censo
O Censo Demográfico é uma pesquisa realizada pelo IBGE a cada dez anos. Através dele, reunimos informa-
ções sobre toda a população brasileira.
Nosso primeiro Censo aconteceu em 1872 e recebeu o nome de Recenseamento da População do Império
do Brasil. O mais recente foi o Censo 2010, cujos primeiros resultados você conhece aqui. Antes dele, o IBGE
realizou o Censo 2000.
No Censo, os pesquisadores do IBGE visitam todos os domicílios do país para aplicar um questionário. De-
pois de percorrer todos os cantos do Brasil, indo de casa em casa, os pesquisadores organizam e analisam as
informações coletadas nos questionários. Em seguida, divulgam os resultados em uma série de publicações
sobre os temas estudados.
Os resultados do Censo Demográfico são importantes para a sociedade ter informações atualizadas sobre a
população e para o governo planejar suas ações de forma mais adequada.
Pesquisas
No IBGE, muitas pessoas trabalham coletando, analisando e armazenando informações sobre a população e
as atividades econômicas de nosso país. Em nosso instituto existem duas grandes áreas de pesquisa:
• a de informações geográficas: onde são feitos os mapas, os estudos de recursos naturais e de meio
Conhecimentos Específicos
ambiente.
Com estas informações, o governo pode saber quem está estudando, onde são necessárias mais escolas,
onde o número de lojas e fábricas é maior, onde há mais empregos, o que é produzido em uma determinada
região e uma série de outras coisas.
O IBGE está encarregado, por lei, de realizar as Conferências Nacionais de Estatística – CONFEST – e as Con-
ferências Nacionais de Geografia e Cartografia – CONFEGE.
Estas reuniões servem para que o IBGE possa conversar com a sociedade e produzir as informações estatís-
ticas e geográficas mais importantes para o país.
Em 1996, quando o IBGE completou 60 anos, foi realizado o I Encontro Nacional de Produtores e Usuários
de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, que incluiu a CONFEST e a CONFEGE.
Em 2006, ao completar 70 anos, foi a vez de mais um encontro: o II Encontro Nacional de Produtores e Usu-
ários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, nas dependências do IBGE na cidade do Rio de Janeiro,
com a participação de mais de 2.500 pessoas.
EXERCÍCIOS
1 - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou IBGE é uma fundação pública da administração federal
brasileira criada em ______ e instalada em _______.
a) 1922 – 1926
b) 1924 – 1925
c) 1926 – 1928
d) 1930 - 1932
e) 1934 – 1936
Conhecimentos Específicos
c) Maurício Alexandre Toledo do Frade
d) Moisés Álvaro Tadeu Frias
e) Mário Augusto Teixeira de Freitas.
a) de São Paulo.
b) de Belo Horizonte.
c) do Rio de Janeiro.
d) de Porto Alegre.
e) de Salvador.
a) geociências.
b) estatísticas sociais.
c) estatísticas demográficas.
d) estatísticas econômicas.
e) Todas as anteriores.
5 - Hoje, o trabalho mais conhecido do IBGE, que é o atual responsável pelo Sistema Cartográfico Brasileiro, é a
realização da(o):
8 - O IBGE possui uma rede nacional de pesquisa e disseminação, composta por seis Gerências de Geodésia e
Cartografia localizadas em:
a) Trocador
b) Roncador
c) Pensador
d) Vencedor
e) Sonhador
10 - No IBGE a pesquisa foi iniciada em ______ e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados
foram integrados ao atual Sistema de Contas Nacionais.
a) 1978
b) 1980
c) 1988
d) 1990
e) 1991
12 - No Brasil, os censos demográficos são realizado de 10 em 10 anos exclusivamente pelo IBGE, pois é o ór-
gão definido por lei como responsável pela sua realização.
a) 2 em 2 anos
b) 3 em 3 anos
c) 5 em 5 anos
d) 10 em 10 anos
e) 12 em 12 anos
a) Wasmália Bivar
b) Maria das Graças Foster
c) Eike Batista
d) Murilo Ferreia
e) Luciano Coutinho
14 – “Garantir o acesso à informação, dando publicidade aos dados produzidos pela Instituição e às normas
científicas adotadas sobre fontes, métodos e procedimentos, obedecendo as regras da confidencialidade dos da-
dos individualizados”. O texto refere-se a um valor fundamental para o IBGE, qual?
a) Ética
b) Transparência
c) Responsabilidade
d) Imparcialidade
e) Excelência
Conhecimentos Específicos
15 – Assinale qual é a Missão Institucional.
a) 2014
b) 2015
c) 2018
d) 2020
e) 2022
17 - Diz respeito à garantia de que a informação produzida e divulgada pela Instituição é confiável. A credibili-
dade advém, essencialmente, da qualidade reconhecida de seu produto (informação).
18 - Devido à velocidade da mudança do ambiente em que atua, o IBGE deverá desenvolver sólidas competên-
cias no armazenamento, organização e transferência do conhecimento técnico, metodológico e gerencial acu-
mulado, de modo a preservar a inteligência e a memória institucional.
a) Gestão do conhecimento
b) Foco na Gestão das Pessoas
c) Independência Técnica
d) Excelência na Gestão Institucional
e) Compromisso com Informantes e Usuários
19 – Pesquisa que levanta anualmente informações sobre a habitação, rendimento e mão-de-obra, associadas
a algumas características demográficas e de educação.
a) diariamente
b) semanalmente
c) quinzenalmente
d) mensalmente
e) anualmente
21 - O IBGE vem produzindo o mapeamento topográfico do Brasil de forma sistemática, em escalas padroniza-
das:
a) Estatísticas Econômicas
b) Informações Geográficas
c) Disseminação
d) Mapeamento Geográfico
e) Estruturas Territoriais
23 – Através __________, o IBGE estabelece seu principal canal de comunicação com o usuário.
a) dos jornais
b) da televisão
c) do rádio
d) da internet
e) da publicidade
a) Arquivo
b) Biblioteca
c) Conteúdo
d) Loja
e) Livraria
Conhecimentos Específicos
25 - Ao encaminhar, por escrito, uma demanda por informações, o usuário é informado, por _____________,
pelo IBGE, quanto à estimativa de prazo de resposta.
a) Telefonema
b) E-mail
c) Correspondência
d) Visita de um técnico
e) Facebook
26 - Sugestões e reclamações, dirigidas por telefone, correspondência ou pessoalmente, são registradas e en-
caminhadas à:
a) 10 dias
b) 20 dias
c) 30 dias
d) 45 dias
e) 60 dias
a) da Integração Nacional
b) da Ciência, Tecnologia e Inovação
c) do Planejamento, Orçamento e Gestão
d) do Trabalho e Emprego
e) da Educação
30 - Para que as atividades do IBGE possam cobrir todo o território nacional, há uma rede nacional de pesquisa
e disseminação, composta por ________ Agências de Coleta de dados nos principais municípios brasileiros.
a) 488
b) 502
c) 514
Conhecimentos Específicos
d) 533
e) 567
a) Geologia
b) Topografia
c) Mapeamento
d) Estatística
e) Geodésia
RESPOSTAS
1-E 2-E 3-C 4-E
5-B 6-C 7-A 8-B
9-B 10 - C 11 - E 12 - D
13 - A 14 - B 15 - C 16 - D
17 - C 18 - A 19 - D 20 - D
21 - A 22 - E 23 - D 24 - B
25 - C 26 - A 27 - B 28 - E
29 - C 30 - D 31 - D 32 - E
SITES PESQUISADOS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_Geografia_e_Estat%C3%ADstica#Hist.C3.B3rico
http://www.infoescola.com/geografia/instituto-brasileiro-de-geografia-e-estatistica-ibge/
http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/eventos/missao/planejamento_estrategico_ibge_2012_2015.pdf
http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/eventos/missao/informacoesgeograficas.shtm
http://7a12.ibge.gov.br/sobre-o-ibge/como-funciona-o-ibge
http://7a12.ibge.gov.br/especiais/geodesia
Conhecimentos Específicos
CONHECIMENTOS GERAIS
ELEMENTOS DA POLÍTICA BRASILEIRA
Conhecimentos Gerais
O Estado brasileiro é uma federação pois é composto de estados dotados de autonomia política garantida
pela Constituição Federal e do poder de promulgar suas próprias Constituições.
É uma república presidencial porque as funções de chefe de Estado e chefe de governo estão reunidas em
um único órgão: o Presidente da República. É uma democracia representativa porque o povo dificilmente exer-
ce sua soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus representantes nos órgãos legislati-
vos, como também diretamente, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. Isso acontece raramente, o
que não caracteriza uma democracia representativa.
De acordo com o Índice de Democracia, compilado pela revista britânica The Economist, o Brasil possui de-
sempenho elevado nos quesitos pluralismo no processo eleitoral (nota 9,5) e liberdades civis (nota 9,1). O país
possui nota acima da média em funcionalidade do governo (nota 7,5).
No entanto, possui desempenho inferior nos quesitos participação política (nota 5,0) e cultura política (nota
4,3). De acordo com dados de 20102 , o desempenho do Brasil em participação política é comparável ao de
Malauí e Uganda, considerados “regimes híbridos”, enquanto o desempenho em cultura política é comparável
ao de Cuba, considerado um regime autoritário. No entanto, a média geral do país (nota 7,1) é inferior somen-
te à do Uruguai (nota 8,1) e do Chile (nota 7,6) na América do Sul. Dentre os BRIC, apenas a Índia (nota 7,2)
possui desempenho melhor.
De fato, em relação aos BRIC, a revista já havia elogiado a democracia do país anteriormente, afirmando
que “em alguns aspectos, o Brasil é o mais estável dos BRIC. Diferentemente da China e da Rússia, é uma de-
mocracia genuína; diferentemente da Índia, não possui nenhum conflito sério com seus vizinhos”.
O Brasil é percebido como um país extremamente corrupto, ocupando o 69° índice de percepção, sendo
o 1° e menor, a Dinamarca. Perde para países Africanos como Botsuana (33°), Namíbia (56°) e Ruanda (66°) e
está distante enormemente até de seu parceiro Chile (21°) na América do Sul.4 Porém encontra-se em posição
melhor que alguns outros países sul-americanos como Colômbia (78°), Argentina (105°), Bolívia (110°) e Vene-
zuela (164°) na região. O Brasil ainda está em situação melhor que todos os outros países do BRIC. A China se
encontra 78° lugar, a Índia em 87° e a Rússia em 154°.
Organização estatal
O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o
Judiciário.
O chefe do Poder Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um mandato de quatro
anos, renovável por mais quatro.
Na esfera estadual o Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera municipal pelos pre-
feitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: divi-
dido entre a Câmara dos Deputados e o Senado.
Para a Câmara, são eleitos os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a res-
peitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da Federação, para um período de quatro anos.
Já no Senado, cada estado é representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada.
Em âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembleias Legislativas Estaduais; e em âmbito munici-
pal, pelas Câmaras Municipais.
Conhecimentos Gerais
Sistema federativo
O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolúveis, cada qual com um Governador
eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com
os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa parlamentar: no nível estadual os
deputados estaduais são eleitos para 4 anos na Assembleia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são
eleitos para a Câmara Municipal para igual período.
Cada estado possui uma Assembleia Legislativa unicameral com deputados estaduais que votam as leis es-
taduais. As Assembleias Legislativas fiscalizam as atividades do Poder Executivo dos estados e municípios. Para
isto, possuem um Tribunal de Contas com a finalidade de prover assessoria quanto ao uso de verbas públicas.
Apenas dois municípios (São Paulo e Rio de Janeiro) possuem Tribunais de Contas separados e ligados às suas
Câmaras de Vereadores, sendo vedada a criação de novos tribunais de contas municipais.
O Distrito Federal tem características comuns aos estados-membros e aos municípios. Ao contrário dos
estados-membros, não pode ser dividido em municípios, mas sim em regiões administrativas. Por outro lado,
pode arrecadar tributos atribuídos como se fosse um estado e, também, como município.
Sistema judiciário
Finalmente, há o Poder Judiciário, cuja instância máxima é o Supremo Tribunal Federal, responsável por in-
terpretar a Constituição Federal e composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do Se-
nado, dentre indivíduos de renomado saber jurídico. A composição dos ministros do STF não é completamente
renovada a cada mandato presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um deles se
aposenta ou vem a falecer.
Em geral, os órgãos judiciários brasileiros exercem dois papéis. O primeiro, sua função típica, é a função
jurisdicional, também chamada jurisdição. Trata-se do poder-dever e da prerrogativa de compor os conflitos de
interesses em cada caso concreto, através de um processo judicial, com a aplicação de normas gerais e abstra-
tas, transformando os resultados das ações em lei (fenômeno da coisa julgada material).
A Constituição Federal adota, para o controle da constitucionalidade, dois sistemas:1º difuso -- todos os
órgãos do Poder Judiciário podem exercê-lo e suas decisões a esse respeito são válidas apenas para o caso
concreto que apreciam; 2º concentrado -- em alguns casos, os ocupantes de certos cargos públicos detêm a
prerrogativa de arguir a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, federal ou estadual, perante o Supremo
Tribunal Federal, por meio de ação direta de inconstitucionalidade.
Conhecimentos Gerais
Nesse caso, a decisão favorável ataca a lei ou ato normativo em tese. Analogamente, há outros agentes pú-
blicos legitimados à arguição de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face
de dispositivos da Constituição Estadual, perante o respectivo Tribunal de Justiça.
Dessa forma, o sistema de controle de constitucionalidade brasileiro é híbrido, ou seja, combina elementos
originados na doutrina estadunidense (controle difuso) com outros inspirados no direito europeu continental
(controle concentrado).
Além da jurisdição, o Judiciário também pratica a função administrativa, no trato de seus assuntos internos
e participam, eventualmente, do processo legislativo, em alguns casos, por iniciativa de leis.
Sistema eleitoral brasileiro é como chamamos o conjunto de sistemas eleitorais utilizados no Brasil para
eleger representantes e governantes. Nosso sistema atual é definido pela Constituição de 1988 e pelo Código
Eleitoral (lei 4.737 de 1965), além de ser regulado pelo TSE no que lhe for delegado pela lei.
Na própria Constituição já são definidos três sistemas eleitorais distintos, que são detalhados no Código
Eleitoral: eleições proporcionais para a Câmara dos Deputados, espelhado nos legislativos das esferas estadual
e municipal, eleições majoritárias com um ou dois eleitos para o Senado Federal e eleições majoritárias em
dois turnos para presidente e demais chefes do executivo nas outras esferas. A Constituição define ainda no
artigo XIV o “sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos”, princípio que pauta os
três sistemas eleitorais presentes no país.
Sistema majoritário
O sistema eleitoral majoritário é usado, no Brasil, para eleger o chefe do executivo de todas as esferas (pre-
sidente, governador e prefeito), e também para as eleições ao Senado Federal. Nas eleições presidenciais o sis-
tema empregado é de maioria absoluta, onde o eleito precisa obter mais de 50% dos votos válidos, desconsi-
derados os brancos e nulos, para ser eleito. Para garantir a obtenção dessa maioria num sistema pluripartidário,
a eleição se realiza em dois turnos.
O primeiro disputado pela totalidade dos candidatos, e o segundo disputado apenas pelos dois candidatos
melhores colocados no primeiro pleito. O segundo turno só se realiza caso nenhum candidato atinja a maioria
absoluta no primeiro turno da eleição. Este sistema é utilizado também nas eleições para governador e prefeito
das cidades com mais de 200.000 eleitores. Caso persistir o empate, é levado em consideração a idade dos can-
didatos, e o mais velho é eleito.
O Senado Federal é renovado a cada quatro anos nas proporções de um terço numa eleição e dois terços na
seguinte. Cada estado elege, por conseguinte, um ou dois senadores a cada quatro anos, ou seja, o cargo de
senadores tem uma duração de oito anos. Por este motivo, a eleição para o Senado se dá de forma majoritária
dentro de cada estado, para escolher os senadores que representarão aquele estado.
Quando apenas um candidato deve ser escolhido, usa-se a maioria relativa dos votos com eleições separa-
das para cada estado. Neste sistema, conhecido no mundo anglófono como First Past The Post em uma ana-
logia às corridas de cavalo, cada eleitor vota em apenas um candidato e vence a eleição aquele que obtiver o
maior número de votos, sem necessidade de segundo turno caso não obtenha maioria absoluta. Este sistema é
também usado para eleger prefeitos das cidades com até 200.000 eleitores.
Nas eleições ao Senado onde dois senadores serão eleitos para cada estado, utiliza-se o sistema de escrutí-
nio majoritário plurinominal. Assim, os eleitores votam nos dois nomes de sua preferência e os dois candidatos
com maior votação são eleitos. Não há peso ou precedência na ordem dada aos votos, por isso ao se escolher
dois candidatos A e B não há diferença entre votar primeiro A e depois B ou primeiro B e depois A.
Conhecimentos Gerais
Partidos Políticos do Brasil
Na época do Regime Militar, a Lei Falcão estabeleceu a existência de apenas duas legendas: ARENA ( Aliança
Renovadora Nacional ) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro ). Enquanto a ARENA reunia os políticos fa-
voráveis ao regime militar, o MDB reunia a oposição, embora controlada. Felizmente, esse sistema bipartidário
não existe mais e desde o início da década de 1980, nosso país voltou ao sistema democrático com a existência
de vários partidos políticos.
Atualmente (até 02/10/13) existem 32 partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Veja abaixo a relação dos principais partidos políticos em funcionamento na atualidade e suas principais
ideias e características.
Criado em 1981, o PDT resgatou as principais bandeiras defendidas pelo ex-presidente Getúlio Vargas. De
tendência nacionalista e social-democrata, esse partido tem como redutos políticos os estados do Rio de Ja-
neiro e Rio Grande do Sul. Nestas regiões, tem o apóio de uma significativa base eleitoral popular. A principal
figura do PDT foi o ex-governador Leonel Brizola, falecido em 2004. O PDT defende como ideia principal o cres-
cimento do país através do investimento na indústria nacional, portanto é contrário às privatizações.
Fundado em 25 de março de 1922, o Partido Comunista do Brasil foi colocado na ilegalidade na época do
regime militar (1964 a 1985). Mesmo assim, políticos e partidários do PC do B entraram nas fileiras da luta ar-
mada contra os militares. O PC do B voltou a funcionar na legalidade somente em 1985, durante o governo de
José Sarney. Este partido defende a implantação do socialismo no Brasil e tem como bandeiras principais a luta
pela reforma agrária, distribuição de renda e igualdade social. A principal figura do partido foi o ex-deputado
João Amazonas.
PR - Partido da República
Criado em 24 de outubro de 2006 com a fusão do PL (Partido Liberal) e PRONA (Partido da Reedificação da
Ordem Nacional). O Partido Liberal entrou em funcionamento no ano de 1985, reunindo vários políticos da
antiga ARENA e também dissidentes do PFL e do PDS. O partido tem uma proposta de governo que defende o
liberalismo econômico com pouca intervenção do estado na economia. Outra importante bandeira dos inte-
grantes do PR é a diminuição das taxas e impostos cobrados pelo governo.
O PFL foi registrado em 1984 e contou com a filiação de vários políticos dissidentes do PDS. Apoio e forne-
ceu sustentação política durante os governos de José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso.
Atualmente faz oposição ao governo Lula. Suas bases partidárias estão na região Nordeste do Brasil, embora
administre atualmente a cidade de São Paulo com o prefeito Gilberto Kassab. Em 28 de março de 2007, passou
a chamar Democratas (DEM).
Fundado em 1980, reuniu uma grande quantidade de políticos que integravam o MDB na época do gover-
no militar. Identificado pelos eleitores como o principal representante da redemocratização do pais, no início da
década de 1980, foi o vencedor em grande parte das eleições ocorridas no período pós regime militar. Chegou
ao poder nacional com José Sarney, que tornou-se presidente da república após a morte de Tancredo Neves.
Com o sucesso do Plano Cruzado, em 1986, o PMDB conseguiu eleger a grande maioria dos governadores na-
quelas eleições. Após o fracasso do Plano Cruzado e a morte de seu maior representante, Ulysses Guimarães, o
PMDB entrou em declínio. Muitos políticos deixaram a legenda para integrar outras ou fundar novos partidos.
A principal legenda fundada pelos dissidentes do PMDB foi o PSDB.
Com a queda do muro de Berlim e o fim do socialismo, muitos partidos deixaram a denominação comunis-
ta ou socialista de lado. Foi o que aconteceu com o PCB que transformou-se em PPS, em 1992. Além da mu-
dança de nomenclatura, mexeu em suas bases ideológicas, aproximando-se mais da social-democracia. Suas
principais figuras políticas da atualidade são o ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Roberto Freire.
Criado em 1995 da fusão do PPR (Partido Progressista Reformador) com o PP e PRP. Tem como base políticos
do antigo PDS, que surgiu a partir da antiga ARENA. O PPB defende ideias amplamente baseadas no capitalis-
mo e na economia de mercado. Seus principais representantes são o ex-governador e ex-prefeito Paulo Maluf
de São Paulo e o senador Esperidião Amin de Santa Catarina.
O PSDB foi fundado no ano de 1988 por políticos que saíram do PMDB por discordarem dos rumos que
o partido estava tomando na elaboração da Constituição daquele ano. Políticos como Mario Covas, Fernando
Henrique Cardoso, José Serra e Ciro Gomes defendiam o parlamentarismo e o mandato de apenas quatro anos
para Sarney. De base social-democrata, defende o desenvolvimento do país com justiça social. O PSDB cresceu
muito durante e após os dois mandatos na presidência de Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, é a princi-
pal força de oposição ao governo Lula.
Foi criado no ano de 1947 e defende ideias do socialismo com transformações na sociedade que represen-
tam a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Principal representante político : Miguel Arraes.
Surgiu junto com as greves e o movimento sindical no início da década de 1980, na região do ABC Paulista.
Apareceu no cenário político para ser uma grande força de oposição e representante dos trabalhadores e das
classes populares. De base socialista, o PT defende a reforma agrária e a justiça social. Atualmente, governa o
país através do presidente Luis Inácio Lula da Silva. As principais metas do governo Lula tem sido : crescimento
econômico, estabilidade econômica com o controle inflacionário e geração de empregos.
Fundado em 1994 por dissidentes do PT. Os integrantes do PSTU defendem o fim do capitalismo e a im-
plantação do socialismo no Brasil. Tem como base os antigos regimes socialistas do Leste Europeu. São favorá-
veis ao sistema onde os trabalhadores consigam mais poder e participação social.
PV - Partido Verde
De base ideológica ecológica, foi fundado em 1986. Os integrantes do PV lutam por uma sociedade capaz
de crescer com respeito a natureza. São favoráveis ao respeito aos direitos civis, a paz, qualidade de vida e for-
mas alternativas de gestão pública. Lutam contra as ameaças ao clima e aos ecossistemas do nosso planeta.
Conhecimentos Gerais
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
Fundado no ano de 1979, contou com a participação de Ivete Vargas, filha do ex-presidente Getúlio Vargas.
No seu início, pregava a volta dos ideais nacionalistas defendidos por Getúlio Vargas. Atualmente é uma legen-
da com pouca força política e defende ideias identificadas com o liberalismo.
Fundado na cidade de Niteroi em 25 de março de 1922. Defende o comunismo, baseado nas ideias de Marx
e Engels, e tem como símbolo a foice e o martelo cruzados. As cores do partido são o vermelho e o amarelo. É
um partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao neoliberalismo, defendendo a luta de classes. É
também conhecido como “Partidão”.
Fundado em 6 de junho de 2004, defende o socialismo como forma de governo. Foi criado por dissidentes
do PT (Partido dos Trabalhadores). É um partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao neoliberalis-
mo. Tem como cor oficial o vermelho e como símbolo um Sol.
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro - obteve registro definitivo em 18 de fevereiro de 1997.
PSD - Partido Social Democrático - fundado, por políticos dissidentes do Partido Progressista e Democratas,
em 21 de março de 2011.
PSDC - Partido Social Democrata Cristão - obteve registro definitivo no TSE em 5 de agosto de 1997.
PCO - Partido da Causa Operária - teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 30 de
setembro de 1997.
PPL - Partido Pátria Livre - teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 4 de outubro
de 2011.
SDD - Solidariedade - fundado em outubro de 2012, o Solidariedade teve sua criação aprovada pelo TSE em
setembro de 2013.
PROS - Partido Republicano da Ordem Social - fundado em janeiro de 2010, o PROS teve sua criação apro-
vada pelo TSE em setembro de 2013.
PEN - Partido Ecológico Nacional - teve sua criação aprovada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 19 de
junho de 2012.
Conhecimentos Gerais
EXERCÍCIOS
2 - De acordo com o Índice de Democracia, compilado pela revista britânica The Economist, o Brasil é
percebido como um país extremamente corrupto, ocupando o _______ índice de percepção.
a) 52º
b) 69º
c) 78º
d) 154º
3 - No Senado, cada estado é representado por ______ senadores para um mandato de ______ anos cada.
a) 3–8
b) 4–4
c) 5–3
d) 8–6
4 - Nas eleições presidenciais o sistema empregado é de maioria absoluta, onde o eleito precisa obter mais de
____% dos votos válidos, desconsiderados os brancos e nulos, para ser eleito.
a) 80
b) 70
c) 60
d) 50
a) Juscelino Kubitschek
b) Jânio Quadros
c) Getúlio Vargas
d) Tancredo Neves
6 - O PSDB foi fundado no ano de 1988 por políticos que saíram do:
a) PTB
b) PMDB
c) PT
d) PSB
7 - De base ideológica ecológica, foi fundado em 1986. Os integrantes do _______ lutam por uma sociedade
capaz de crescer com respeito a natureza.
Conhecimentos Gerais
a) DEM
b) PMN
c) PSC
d) PV
a) PP
b) PSOL
c) PCB
d) PPL
RESPOSTAS
Mesmo admitindo a existência de diversos estudos e discussões antropológicas sobre o conceito de cultura,
podemos considerá-la, grosso modo, da seguinte forma: a cultura diz respeito a um conjunto de hábitos, com-
portamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organiza-
ção social, política e econômica que caracterizam uma sociedade.
Além disso, os processos históricos são em grande parte responsáveis pelas diferenças culturais, embora
não sejam os únicos fatores a se considerar.
Isso nos permite afirmar que não existem culturas superiores ou inferiores, mas sim diferentes, com proces-
sos históricos também diversos, os quais proporcionaram organizações sociais com determinadas peculiarida-
des.
Dessa forma, podemos pensar na seguinte questão: o que caracteriza a cultura brasileira? Certamente, ela
possui suas particularidades quando comparada ao restante do mundo, principalmente quando nos debruça-
mos sobre um passado marcado pela miscigenação racial entre índios, europeus e africanos.
A cultura brasileira em sua essência seria composta por uma diversidade cultural, fruto dessa aproximação
que se desenvolveu desde os tempos de colonização, a qual, como sabemos, não foi, necessariamente, um
processo amistoso entre colonizadores e colonizados, entre brancos e índios, entre brancos e negros.
Se é verdade que portugueses, indígenas e africanos estiveram em permanente contato, também é fato
que essa aproximação foi marcada pela exploração e pela violência impostas a índios e negros pelos europeus
colonizadores, os quais a seu modo tentavam impor seus valores, sua religião e seus interesses.
Porém, ao retomarmos a ideia de cultura, adotada no início do texto, podemos afirmar que, apesar desse
contato hostil num primeiro momento entre as etnias, o processo de mestiçagem contribuiu para a diversidade
da cultura brasileira no que diz respeito aos costumes, práticas, valores, entre outros aspectos que poderiam
compor o que alguns autores chamam de caráter nacional.
denominarmos as coisas do dia a dia; o gosto pela dança, assim como um forte erotismo e apelo sexual junta-
ram-se ao pudor de um conservadorismo europeu.
Assim, do vatapá ao chimarrão, do frevo à moda de viola caipira, da forte religiosidade ao carnaval e ao
samba, tudo isso, a seu modo, compõe aquilo que conhecemos como cultura brasileira.
Ela seria resultado de um Brasil-cadinho (aqui se fazendo referência àquele recipiente, geralmente de por-
celana, utilizado em laboratório para fundir substâncias) no qual as características das três “raças” teriam se
fundido e criado algo novo: o brasileiro.
Além disso, do ponto de vista moral e comportamental, acredita-se que o brasileiro consiga reunir, ao mes-
mo tempo, características contraditórias: se por um lado haveria um tipo de homem simples acostumado a lu-
tar por sua sobrevivência contra as hostilidades da vida (como a pobreza), valorizando o mérito das conquistas
pessoais pelo trabalho duro, por outro lado este mesmo homem seria conhecido pelo seu “jeitinho brasileiro”,
o qual encurta distâncias, aproxima diferenças, reúne o público e o privado.
Ainda hoje há quem possa acreditar que nossa mistura étnica tenha promovido uma democracia racial ao
longo dos séculos, com maior liberdade, respeito e harmonia entre as pessoas de origens, etnias e cores dife-
rentes. Contudo, essa visão pode esconder algumas armadilhas.
Conhecimentos Gerais
Nas ciências sociais brasileiras não são poucos os autores que já apontaram a questão da falsidade dessa
democracia racial, apontando para a existência de um racismo velado, implícito, muitas vezes, nas relações
sociais.
Dessa forma, o discurso da diversidade (em todos os seus aspectos, como em relação à cultura), do convívio
harmônico e da tolerância entre brancos e negros, pobres e ricos, acaba por encobrir ou sufocar a realidade da
desigualdade, tanto do ponto de vista racial como de classe social.
Ainda hoje, mesmo com leis claras contra atos racistas, é possível afirmarmos a existência do preconceito de
raça na sociedade brasileira, no transporte coletivo, na escola, até no ambiente de trabalho. Isso não significa
que vivamos numa sociedade racista e preconceituosa em sua essência, mas sim que esta carrega ainda muito
de um juízo de valor dos tempos do Brasil colonial, de forte preconceito e discriminação.
Além disso, se a diversidade cultural não apagou os preconceitos raciais, também não diminuiu outro ainda
muito presente, dado pela situação econômico-social do indivíduo.
É preciso considerar que a escravidão trouxe consequências gravíssimas de ordem econômica para a for-
mação da sociedade brasileira, uma vez que os negros (pobres e marginalizados em sua maioria) até hoje não
possuem as mesmas oportunidades, criando-se uma enorme distância entre as estratificações sociais.
Como sugere o antropólogo Darcy Ribeiro, mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros
um forte preconceito de classe social.
Dessa forma, o Brasil da diversidade é, ao mesmo tempo, o país da desigualdade. Por isso tudo é importan-
te que, ao iniciarmos uma leitura sobre a cultura brasileira, possamos ter um senso crítico mais aguçado, ten-
tando compreender o processo histórico da formação social do Brasil e seus desdobramentos no presente para
além das versões oficiais da história.
MÚSICA
A música brasileira tem como sua maior influência a música africana, trazida pelos escravos, com seus rit-
mos frenéticos e instrumentos rudimentares. Mas esta não foi a única influência que desembarcou nos por-
tos brasileiros na época da colonização. Os colonizadores europeus trouxeram o erudito, a dança de salão, os
saraus e a música religiosa, totalmente contrastante com os cantos geralmente uníssonos e responsórios dos
índios. Enquanto, na opinião de alguns historiadores, a mestiçagem dos povos foi uma desgraça para o Brasil,
ela foi elementar para a formação cultural do país, e só teve seu início oficial após a abolição da escravatura em
Conhecimentos Gerais
1888. A mistura dessas culturas diversas se tornou responsável pelo que conhecemos como música brasileira
hoje.
O primeiro ritmo musical originalmente brasileiro foi o maxixe, formado a partir de uma mistura entre o
“lundu” (este termo significa umbigada e é uma espécie de samba muito sensual praticado nas rodas dos es-
cravos) e a “modinha” portuguesa (composição suave, geralmente romântica, tocada na viola e dançada em
salões). Com a umbigada do lundu e a poesia da modinha a identidade musical brasileira tomava forma. Por
volta dos anos 1880 surgia um novo jeito de se fazer música no Brasil, no subúrbio da então capital Rio de
Janeiro. Era uma forma mais charmosa e chorosa de se tocar as canções populares vindas da Europa, o que
começou a ser chamado de “choro”.
O Choro nascera mais precisamente como uma forma musical (utilizava-se frequentemente a forma de
Rondó) do que como um gênero de fato. O virtuosismo e o reconhecimento dos músicos eruditos na época
eram notáveis, tanto que os músicos brasileiros também queriam executar tais obras, mas da sua maneira. O
jeitinho brasileiro de se fazer música foi criando forma, a versatilidade, a improvisação e a habilidade dos mú-
sicos se tornaram características do “choro”. Reuniam-se músicos próximos, geralmente violonistas, flautistas
e cavaquistas, e atuavam como “orquestras portáteis”, se apresentando em estabelecimentos comerciais. Um
nome importante do início do Choro, responsável pela formação de vários conjuntos de músicos, foi o do flau-
tista Joaquim Antônio da Silva Calado, ou simplesmente, Calado.
As primeiras gravações musicais no país datam do início de 1900 e acabaram impulsionando a música
como negócio e como objeto de consumo e lazer. Os primeiros encontros sociais para apreciação de música
aconteciam nas confeitarias, onde a alta sociedade se reunia para tomar chá enquanto ouvia grandes músicos
da época. Também dentre as décadas de 10 e 20 era forte a presença de uma música feita longe dos grandes
centros brasileiros: a música sertaneja. Como exemplo desta música sertaneja podemos citar a canção Luar do
Sertão, composta por Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco, muito diferente da música sertaneja que
conhecemos nos dias de hoje.
O entrudo, como era originalmente chamado o carnaval de rua, foi trazido pelos europeus para o Brasil no
final do século XVIII. Enquanto as classes média e alta faziam sua folia dentro de salões, com passeios e bailes
de máscaras que imitavam os grandes bailes de Paris, a classe baixa organizava “cordões carnavalescos” nas
ruas, fazendo marchas pelas ruas e criando, consequentemente, o samba. Diferente do samba que conhece-
mos hoje, o samba das marchinhas de carnaval era chamado de “marcha rancho” e inicialmente era tocado
com instrumentos de sopro. Ainda com a abolição da escravatura, muitos negros saíram da Bahia para viver no
Rio de Janeiro. Esse movimento foi fundamental para a criação do samba por volta dos anos 1910, e teve como
figura importante o músico, compositor e violonista Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, que gravou o
primeiro samba: Pelo Telefone. O samba chegou ao seu auge com a época de ouro do rádio brasileiro, na déca-
da de 30.
Com o crescimento do rádio e da gravação elétrica no final dos anos 20, ser musico se tornava oficialmente
uma profissão. As grandes rádios possuíam orquestras que tocavam ao vivo durante os programas, que eram
apresentados em teatros e vistos por plateias. Havia concursos que elegiam as melhores e mais charmosas
cantoras e acabaram criando verdadeiros deuses e deusas da música brasileira. Como primeiro meio de co-
municação midiático do país, o rádio se tornou uma fonte universal de informações e entretenimento. Nomes
como Carmem Miranda, Ary Barroso e Pixinguinha surgiram.
Logo a televisão chegou ao país, enquanto ia tomando o lugar do rádio nas casas das classes sociais mais
altas, na década de 50 um novo movimento nascia no Rio de Janeiro. O pontapé inicial da Bossa Nova foi dado
por Elizeth Cardoso, ao gravar o LP intitulado “Canção do Amor Demais”. Logo artistas como João Gilberto, Vini-
cius de Moraes e Tom Jobim surgiram, inovando a música brasileira. Eram músicas inovadoras, pois suas com-
posições tratavam sobre assuntos com caráter apreciativo, exaltação da beleza, criadas a partir de associações
entre palavras esteticamente semelhantes, e sua elaboração harmônica era muito desenvolvida, abusando de
escalas e sonoridades não usadas nos outros estilos brasileiros.
A Bossa Nova se tornou uma referência da música nacional. Em 1962 um show intitulado “New Brazilian
Jazz Music” aconteceu em Nova York, colocando os grandes nomes do gênero em evidência em outros países.
Tom Jobim foi um dos artistas que foi profundamente beneficiado com esse show, vendeu muitas de suas mú-
sicas para fazer versões em inglês e acabou vivendo nos Estados Unidos por bastante tempo.
Conhecimentos Gerais
Paralelo ao sucesso da Bossa Nova, um novo gênero vindo de fora do país começava a interessar jovens no
país. O rock de Elvis Presley e dos Beatles influenciava jovens que também queriam formar suas bandas em
casa. Também interessada nesse sucesso e na repercussão que o rock causava entre os jovens, um dos canais
de televisão da época criou a “Jovem Guarda”. O programa conquistou fãs de todas as idades, tornando-se
popular e literalmente ditando moda, já que era possível encontrar muitos jovens nas ruas com roupas seme-
lhantes aos ídolos da televisão. Nomes muito importantes do movimento eram Roberto Carlos, Wanderléa,
Nalva Aguiar, entre outros.
Os canais de televisão faziam grandes festivais em teatros, onde apresentavam muitos artistas ao público a
cada edição. A MPB (música popular brasileira) estava se formando, tanto como movimento cultural como pro-
testante contra a ditadura militar no país, e apresentou ao público nomes como Chico Buarque, Geraldo Van-
dré e Edu Lobo. A transição para a década de 1970 foi marcada pela consolidação da MPB, termo que sugeria
um tipo de música mais sofisticada do que a feita em outras tendências também populares dentro da música
brasileira. Com o passar dos anos mais artistas despontavam, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Elis
Regina e Maria Bethânia.
Logo após a MPB, outros dois movimentos tomavam espaço: a Tropicália e o Iê-Iê-Iê. O movimento tropi-
calista caracterizou-se por associar numa mistura de elementos da cultura pop, os baianos Caetano Veloso e
Gilberto Gil foram os principais expoentes desse movimento. Já o Iê Iê Iê ligava-se basicamente ao rock genui-
namente produzido no exterior, embora no Brasil tenha suavizado adotando uma temática romântica em uma
abordagem geralmente mais ingênua que a música internacional. Teve como grandes nomes Roberto Carlos,
Erasmo Carlos, Tim Maia, Wanderléa, José Ricardo, Wanderley Cardoso e conjuntos como Renato e Seus Blue
Caps, Golden Boys, The Fevers.
Durante os anos oitenta nascia dentro do rock brasileiro o movimento BRock, com o surgimento de artistas
como Blitz, Paralamas do Sucesso, Titãs, Ultraje a Rigor e Legião Urbana. No final da década de 1980, gêneros
populares ou regionais como o sertanejo, o pagode e o axé music passaram a ocupar espaço considerável nas
emissoras de rádio FM e canais de TV.
A música não parou desde então. Grandes nomes desses estilos citados passavam de um movimento para
o outro, enquanto construíam suas carreiras. Muitos estão vivos e ativos artisticamente até hoje. Roberto Carlos
se tornou “o rei do pop”, Paralamas do Sucesso, Titãs, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre tantos outros, continu-
am na mídia com trabalhos recentes.
LITERATURA BRASILEIRA
Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da
Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas
e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros.
Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de
suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil. O objetivo de Ca-
minha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.
Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influen-
ciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela
oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem
mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época: Bento Teixeira, autor de
Conhecimentos Gerais
Prosopopeia; Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre
Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes.
O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção
da obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena
o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no
campo são retomados ( fugere urbem = fuga das cidades ) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como
a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Ma-
noel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga,
Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão.
A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência
do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características
principais do romantismo, podemos citar : individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos impor-
tantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As
principais obras românticas que podemos citar : O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades
de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros
importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e
Souza.
Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os
escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser
humano. Como características desta fase, podemos citar : objetivismo, linguagem popular, trama psicológica,
valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da re-
alidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras : Memórias Póstumas de Brás
Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluisio de
Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu.
O parnasianismo buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores
parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas.
Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alie-
nada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos
são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.
Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas sim-
bolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Va-
lorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais repre-
sentantes do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.
Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte
Conhecimentos Gerais
Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem colo-
quial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de
Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos.
Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura
modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com humor, liberdade no uso de
palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas : Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano
Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.
Neo-Realismo (1930 a 1945)
Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas
sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes
obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O
País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond
de Andrade e Cecilia Meireles.
A produção contemporânea
Produção contemporânea deve ser entendida como as obras e movimentos literários surgidos nas décadas
de 60 e 70 e que refletiram um momento histórico caracterizado inicialmente pelo autoritarismo, por uma rí-
gida censura e enraizada autocensura. Seu período mais crítico ocorreu entre os anos de 1968 e 1978, durante
a vigência do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Tanto que, logo após a extinção do ato, verificou-se uma progressiva
normalização no país.
As adversidades políticas, no entanto, não mergulharam o país numa calmaria cultural. Ao contrário, as dé-
cadas de 60 e 70 assistiram a uma produção cultural bastante intensa em todos os setores.
Na poesia, percebe-se a preocupação em manter uma temática social, um texto participante, com a perma-
nência de nomes consagrados como Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar,
ao lado de outros poetas que ainda aparavam as arestas em suas produções.
Visual - O início da década de 60 apresentou alguns grupos em luta contra o que chamaram “esquemas
analítico-discursivos da sintaxe tradicional”. Ao mesmo tempo, esses grupos buscavam soluções no aproveita-
mento visual da página em branco, na sonoridade das palavras e nos recursos gráficos. O sintoma mais impor-
tante desse movimento foi o surgimento da Poesia Concreta e da Poesia Práxis. Paralelamente, surgia a poesia
“marginal”, que se desenvolve fora dos grandes esquemas industriais e comerciais de produção de livros.
No romance, ao lado da última produção de Jorge Amado e Érico Veríssimo, e das obras “lacriminosas”de
José Mauro de Vasconcelos (“Meu pé de Laranja-Lima”, “Barro Blanco”), de muito sucesso junto ao grande pú-
blico, tem se mantido o regionalismo de Mário Palmério, Bernardo Élis, Antônio Callado, Josué Montello e José
Cândido de Carvalho. Entre os intimistas, destacam-se Osman Lins, Autran Dourado e Lygia Fagundes Telles,
Na prosa, as duas décadas citadas assistiram à consagração das narrativas curtas (crônica e conto). O de-
senvolvimento da crônica está intimamente ligado ao espaço aberto a esse gênero na grande imprensa. Hoje,
por exemplo, não há um grande jornal que não inclua em suas páginas crônicas de Rubem Braga, Fernando
Sabino, Carlos Heitor Cony, Paulo Mendes Campos, Luís Fernando Veríssimo e Lourenço Diaféria, entre outros.
Deve-se fazer uma menção especial a Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), que, com suas bem humoradas e
cortantes sátiras político-sociais, escritas na década de 60, tem servido de mestre a muitos cronistas.
O conto, por outro lado, analisado no conjunto das produções contemporâneas, situa-se em posição privi-
legiada tanto em qualidade quanto em quantidade. Entre os contistas mais significativos, destacam-se Dalton
Trevisan, Moacyr Scliar, Samuel Rawet, Rubem Fonseca, Domingos Pellegrini Jr. e João Antônio.
ARTES
Conhecimentos Gerais
Arte brasileira é o termo utilizado para designar toda e qualquer forma de expressão artística produzida no
Brasil, desde a época pré-colonial até os dias de hoje. Dentro desta ampla definição, estão compreendidas as
primeiras produções artísticas da pré-história brasileira e as diversas formas de manifestações culturais indíge-
nas, bem como a arte do período colonial, de inspiração barroca, e os registros pictóricos de viajantes estran-
geiros em terras brasileiras. Com a chegada da Missão Artística Francesa no século XIX, ensaia-se pela primeira
vez a criação de uma escola nacional de arte, consolidada por meio do estabelecimento da Academia Imperial
de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Posteriormente, sob a influência do expressionismo, do cubismo e do surre-
alismo europeus, junto com uma valorização do primitivismo, o Brasil assistirá ao desenvolvimento do moder-
nismo, que será progressivamente incorporado ao gosto da sociedade e da arte oficial, até que a assimilação
das novas tendências surgidas no pós-guerra contribua para o florescimento da arte contemporânea brasileira.
Artes Cênicas
As artes cênicas em terras brasileiras nasce em meados do século XVI como instrumento de catequese dos
Jesuítas vindos de Coimbra como missionários. Era um teatro, portanto, com função religiosa e objetivos claros:
evangelizar os índios e apaziguar os conflitos existentes entre eles e os colonos portugueses e espanhóis.
No século XIX, as artes cênicas atingem seu apogeu, tornando-se símbolos da vida cultural do Império do
Brasil. A ópera era uma forma de lazer no século XIX, tocada muito nos Saraus (um evento cultural ou musical
realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifesta-
rem artisticamente).Compositores de ópera brasileiros notáveis foram Alberto Nepomuceno, Carlos Gomes, Hei-
tor Villa-Lobos, autor de óperas como Izath e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri, autor de Um Homem Só. Nos
tempos atuais, a ópera brasileira continua sendo composta e tende a seguir as tendências da música de van-
guarda, tais como Olga, de Jorge Antunes, A Tempestade, de Ronaldo Miranda, e O Cientista, de Silvio Barbato.
Também no século XIX, o teatro brasileiro manifesta-se como grande centro dos intelectuais da época. João
Caetano, considerado por muitos o primeiro grande nome do teatro brasileiro, é desta época, e conquistou
enorme prestígio. Atualmente o Brasil é um grande produtor de peças teatrais, se destacando a atriz Fernanda
Montenegro, apelidada de Dama do Teatro.
A dança no Brasil originou-se dos mais variados lugares, recebendo muitas influências de outros países.
Com as danças, há uma mistura de ritmo e som, que fazem as pessoas criarem cada vez mais passos e
modos diferentes para dançar. As danças no Brasil são diversas em cada região do país, sendo as mais conhe-
cidas o Forró, o Baião, o Frevo e a Gafieira. Se destaca como evento o Festival de Dança de Joinville, o maior das
Américas, e como dançarinos Carlinhos de Jesus e Ana Botafogo.
Artes Plásticas
As artes plásticas no Brasil nasceram tardiamente em relação à descoberta e colonização do território. Ape-
sar de haver registros de atividade de pintores, desenhistas e aquarelistas em atividade no Brasil desde 1556,
estes vieram apenas de passagem, realizando a mera documentação visual destas terras para os monarcas e
naturalistas europeus.
Durante o barroco, os maiores nomes a serem destacados são Aleijadinho e Mestre Ataíde, respectivamente
na escultura e na pintura. Após a consolidação da Academia Imperial se notabilizaram principalmente os pin-
Conhecimentos Gerais
tores Victor Meireles, Pedro Américo e Almeida Júnior, e o escultor Henrique Bernardelli.
Comprometidos com o governo de Dom Pedro II, os dois primeiros fizeram obras artísticas com o intuito de
enaltecer o império e o nacionalismo do país ainda recentemente independente. Um exemplo disso é o quadro
de Victor Meireles: “A Batalha de Guararapes”, hoje no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Outro exemplo famoso é o quadro de Pedro Américo: “Independência ou Morte”, que se encontra no Museu
do Ipiranga, em São Paulo e é a mais famosa imagem do episódio da Independência do Brasil.
ARQUITETURA
A arquitetura do Brasil desenvolveu a maior parte de sua história sob a inspiração europeia. Território con-
quistado a povos indígenas que praticamente não possuíam arquitetura a não ser a habitacional, e mesmo
assim de caráter tradicional, mais ou menos imutável, ao receber os conquistadores portugueses o Brasil pas-
sou a integrar uma cultura nova.
Transformado em uma colônia destinada à exploração, ao longo de séculos o Brasil sustentou parte signifi-
cativa do florescimento político, econômico e cultural português.
Muitos conquistadores acabariam se enraizando, criando uma cultura com características progressivamente
originais, embora sempre dependendo dos usos e costumes da metrópole portuguesa, a fonte ou o filtro de
todas as referências.
Apesar dessa estreita dependência, a arquitetura civil foi sempre a expressão mais livre e descompromissa-
da, buscando antes a satisfação de necessidades básicas do que o luxo e o conforto, abrindo-se ao improviso e
a materiais da terra, e mesmo a alguma influência de hábitos indígenas, e por isso é a parte mais diversificada
do conjunto.
A cultura brasileira, especialmente a da elite, durante muitos séculos foi a cultura do provisório, predomi-
nando a ideia de que a vida que realmente importava e valia a pena viver era em Portugal. Para lá seguia a
maior parte das riquezas, requisitadas pela Coroa ou pela nobreza, e lá se ancoravam os projetos de futuro,
vivendo-se na colônia com o menor gasto possível.
Mesmo os edifícios públicos como as Casas de Câmara e os palácios de governo, ou os palacetes de grandes
senhores, eram pobres e acanhados em comparação a congêneres europeus.
A partir da segunda década do século XX se tornou cada vez mais influente a escola modernista, outra vez
uma importação basicamente estrangeira, embora seus cultivadores locais tivessem entre suas ambições a
busca e caracterização de uma identidade singular para a arquitetura brasileira, num período em que até mes-
mo o governo se preocupava em consolidar, objetiva e sistematicamente, um senso de brasilidade genuína
Conhecimentos Gerais
na cultura nacional, embora o resultado fosse em boa parte estereotipado e proselitista, como sugere o surgi-
mento, nesta altura, da influente corrente Neocolonial, que entendia a arquitetura barroca como a mais inti-
mamente ligada à identidade e às tradições do país, um de muitos “Neos” que apareciam por então de forma
mais ou menos independente.
Essas correntes ornamentais e historicistas, muitas vezes ligadas aos aspectos mais conservadores da so-
ciedade, se dissolveriam em breve pelas rápidas mudanças na civilização em escala mundial, que encontraram
uma expressão arquitetônica na enxuta, sólida, funcional e arrojada escola Déco, que teve ampla receptividade
até os anos 1940, e como que “limpou o terreno” do que agora era visto como excesso ornamental e irracio-
nalidade prevalentes ao longo do Ecletismo, possibilitando um rápido florescimento do Modernismo. Este,
consagrado em todos os níveis entre as décadas de 50 e 70, desenvolveu muitas ramificações, entre as quais
se destacaram, pela preferência oficial, primeiro a escola do celebrado Le Corbusier, e depois uma derivação
brutalista. Rapidamente adotado como estética oficial, o Modernismo produziu exemplares notáveis em muitas
grandes cidades, sendo coroado pela construção de Brasília, considerada por muitos críticos como a expressão
mais vasta, pura e integrada do Modernismo arquitetônico brasileiro, que atestava ali, em escala monumental,
sua originalidade.
Os projetos modernistas se pautavam pelo racionalismo, pela assimetria, pelas linhas simples e geomé-
tricas, pela economia decorativa e por uma íntima integração entre forma e função, privilegiando entre os
materiais o concreto, o aço e o vidro, e tendo, além disso, muitas vezes, um fundo ético e uma proposta social
integradora, mas que, de fato, veio a revelar contradições e acabou sendo ultrapassado, como foram todas as
correntes culturais anteriores numa sociedade em perene mudança.
Em anos mais recentes a arquitetura brasileira continua uma trajetória que, desde o Modernismo, é res-
peitada e dialoga internacionalmente, tem encontrado espaço de estudo em muitas universidades com cursos
de graduação e pós-graduação, possui muitos fóruns de discussão de alto nível, e a produção escrita crítica e
técnica aumenta sem parar.
Pesquisa-se novos materiais, reinterpreta-se com plena liberdade linguagens vernáculas e vanguardistas,
a sustentabilidade vem aparecendo como um novo tema de interesse e mesmo de necessidade, e os desafios
inéditos colocados pela crescente concentração humana nas grandes metrópoles se tornam agudos, afetando a
qualidade de vida de milhões de pessoas e exigindo respostas ainda não encontradas.
Em meio a todo esse contexto multifacetado e multi-referencial, continua-se buscando definir o que será
uma arquitetura nacional no mundo contemporâneo globalizado.
RÁDIO
Há nove décadas, a radiodifusão começava no país. Desde lá, a tecnologia evoluiu e a cidadania avançou,
mas a democracia continua longe da comunicação eletrônica de massa.
Conhecimentos Gerais
O rádio nasceu comunitário. Pessoas ligadas à Academia Brasileira de Ciências, como Henrique Morize e Ed-
gar Roquette-Pinto, reuniram-se para criar uma emissora com finalidades educativas e culturais. Após 90 anos,
umas das lei que regula a comunicação só entende comunidade como território (de mil metros). Fica de fora a
chamada “comunidade de interesses”, como os pioneiros da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro faziam.
Depois de doar a emissora ao Ministério da Educação, Roquette-Pinto lutou para criar uma TV educativa. Con-
tudo, as TVs educativas acabaram nascendo descoladas de um projeto de mídia pública. Retrato das comunica-
ções do Brasil: um amontoado de serviços, definidos por diversas leis, decretos e portarias, que, apesar da quanti-
dade, não conseguem garantir o mais importante para a sociedade, que é o direito humano à comunicação.
Aliás, Roquette-Pinto já anunciava muito do que estamos discutindo em tempos de convergência. Ele usava
diversas mídias com o objetivo de educar. Cinema e rádio foram as principais plataformas disponíveis à época
para explorar o potencial transformador da comunicação.
Hoje, as empresas ainda engatinham na comunicação multiplataforma. Até mesmo grupos de natureza
convergente, como a EBC, aproveitam pouco sua potencialidade. Por falar nela, a Empresa Brasil de Comunica-
ção perdeu a oportunidade de celebrar o feito de Roquette-Pinto e companhia. Os 90 anos da Rádio Sociedade
(atual MEC AM) foram ignorados pela diretoria da estatal, atualmente responsável pelas MEC AM e FM, Rádios
Nacional do Rio, Brasília, Amazônia e Alto Solimões, além de TV Brasil (antiga TVE), NBR e Agência Brasil.
A EBC tem se aproximado cada vez mais da velha estatal Radiobrás e de sua ‘Voz do Brasil’, do que da Rá-
dio Sociedade de Roquette-Pinto, da TVE do Rio ou da Rádio Nacional da Era do Rádio. É preciso que se torne
atrativa, mais pública e menos estatal. Pode fazer isso começando a aumentar a participação da sociedade na
gestão da empresa e garantindo financiamento independente de verbas governamentais. E também experi-
mentando mais, fugindo da tentação de copiar fórmulas batidas de jornalismo e produção, só que com menos
dinheiro.
Comunicação colaborativa
É bom lembrar que o rádio era interativo em seu princípio. Com potencial de ecoar a voz de muitos, limi-
tou-se a Rádioamador, abrindo espaço para um rádio unidirecional, onde apenas um fala e o restante escuta.
Essa foi uma imposição da sociedade e não da tecnologia. Ótima recordação para aqueles que não dão impor-
tância para os debates sobre regulação de novos serviços, como o Marco Civil da Internet.
A tecnologia, por si só, não define o uso do rádio, da internet, do jornal e da televisão. As leis que regula-
mentam a Comunicação estabelecem como será a mídia de um país. E as diferenças são muitas. Em boa parte
da Europa, por exemplo, a maioria das emissoras são públicas. No Brasil, entre os canais de TV 2 a 13, UHF 14 a
69 e do FM 88 a 108 MHz, é possível contar nos dedos de uma mão as estações do campo público: quase todas
são privadas com fins lucrativos.
Por aqui o quadro ainda é pior, já que o velho modelo de financiamento copiado dos Estados Unidos está
em crise. Com a concorrência de outros meios, a audiência da radiodifusão diminuiu, reduzindo também as
verbas publicitárias. Por isso, quase todas as rádios e TVs alugam suas programações para religiões e lojas de
varejo que passam o dia inteiro em pregações ou mostrando tapetes, relógios e anéis. Com isso, ficam sem
espaço os produtores independentes e a mídia alternativa.
A evolução tecnológica permite a convergência entre o rádio e outros serviços no chamado rádio digital. Os
padrões disponíveis permitem que as atuais estações melhorem a qualidade do áudio e carreguem novas fun-
cionalidades como vídeos de baixa resolução, fotos e notícias.
Seria a realização do sonho multimídia de Roquette-Pinto. Porém, hoje, a mentalidade dos empresários do
rádio é mais atrasada daquela dos pioneiros de 1923. Eles parecem não querer o rádio digital, mas apenas a mi-
gração das emissoras AM para novas frequências de FM. Isso sem falar nas rádios comunitárias. Mesmo sendo a
maioria das atuais estações, continuam sofrendo os ataques de uma lei criada pelos donos das rádios comerciais.
Muita coisa precisa mudar na comunicação de massa que completa 90 anos no Brasil. As ruas pedem pres-
sa, por isso uma das saídas imediatas é a aprovação do Projeto de Lei da Mídia Democrática, organizado por
diversos movimentos sociais ligados à Campanha Para Expressar a Liberdade, promovida pelo FNDC (Fórum
Nacional pela Democratização da Comunicação).
Essa lei, se aprovada, regulamenta importantes artigos da Constituição de 1988, garantindo a democracia
na Comunicação em benefício do cidadão e para que os próximos 90 anos da radiodifusão no Brasil sejam de
comemoração.
CINEMA
O cinema do Brasil existe como exibição e entretenimento desde julho de 1896, e como realização e ex-
pressão desde 1897. Embora nunca tenha chegado a se estruturar plenamente como indústria, o cinema bra-
sileiro, em seus mais de 110 anos de História, teve momentos de grande repercussão internacional, como na
época do Cinema Novo, e de crescimento do mercado interno, como no período da Embrafilme . Na primeira
década do século XXI, a atividade cinematográfica no Brasil envolve pouco mais de 2 mil salas, que vendem
uma média de 100 milhões de ingressos anuais, dos quais entre 15 e 20% são para filmes brasileiros. A produ-
ção nacional tem mantido uma média de 90 a 100 filmes de longa-metragem por ano, sendo que nem todos
conseguem lançamento comercial
O início
Afonso Segreto, junto aos primeiros projetores da Empreza Paschoal Segreto: os irmãos italianos foram os
precursores do cinema no Brasil.
A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa
do exibidor itinerante belga Henri Paillie. Naquela noite, numa sala alugada do Jornal do Commercio, na Rua
do Ouvidor, foram projetados oito filmetes de cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retra-
tando apenas cenas pitorescas do cotidiano de cidades da Europa. Só a elite carioca participou deste fato histó-
rico para o Brasil, pois os ingressos não eram baratos. Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema,
o “Salão de Novidades Paris”, de Paschoal Segreto.
Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma “Vista da baia da Guanabara” teria sido
filmado pelo cinegrafista italiano Afonso Segreto (irmão de Paschoal) em 19 de junho de 1898, ao chegar da
Europa a bordo do navio Brèsil - mas este filme, se realmente existiu, nunca chegou a ser exibido. Ainda as-
sim, desde os anos 1970, 19 de junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro. Hoje em dia, os pesquisadores
consideram que os primeiros filmes realizados no Brasil são “Ancoradouro de Pescadores na Baía de Guanaba-
ra”, “Chegada do trem em Petrópolis” , “Bailado de Crianças no Colégio, no Andaraí” e “Uma artista trabalhando
no trapézio do Politeama”
Conhecimentos Gerais
Primeiros filmes “posados” e “cantados”: 1906-1908
Os primeiros filmes “posados” (isto é, de ficção) feitos no Brasil eram em geral realizados por pequenos
proprietários de salas de cinema do Rio e São Paulo, sendo frequentemente reconstituições de crimes já explo-
rados pela imprensa: o média “Os Estranguladores”, de Francisco Marzullo (1906), o primeiro sucesso, com mais
de 800 exibições no Rio; “O Crime da mala”, de Francisco Serrador (São Paulo, 1908) e “Noivado de Sangue”,
de Antonnio Leal (Rio, 1909). Mas há também comédias, como o curta “Nhô Anastácio chegou de viagem”, de
Marc Ferrez (1908).
Em 1909 surgem os filmes “cantados”, com os atores dublando-se ao vivo, por trás da tela. O sucesso do
sistema resulta na filmagem de revistas musicais (“Paz e amor”, 1910, com sátira ao presidente Nilo Peçanha) e
trechos de óperas (“O Guarany”, 1911). Há forte concorrência entre as produções do Cinematógrafo Rio Branco
(de Alberto Moreira) e da Rede Serrador, que se instala no Rio e produz o drama histórico “A República portu-
guesa” (1911), outro sucesso. Hoje não existem sequer fragmentos desses filmes.
O primeiro filme sonoro brasileiro é a comédia “Acabaram-se os otários” (1929), de Luiz de Barros. “Coisas
nossas” (1931), de Wallace Downey, é um musical cantado em português, com cantores brasileiros, e de grande
sucesso. Na contra-mão, Mário Peixoto realiza “Limite” (1930), filme mudo de pouca aceitação popular, mas
hoje considerado um marco do cinema experimental.
No começo dos anos 30, o cinema brasileiro passa por uma rápida fase otimista, já que os “talkies” (filmes
falados) de Hollywood têm dificuldades de entrar no mercado brasileiro, por deficiência das salas e pelo problema
da língua. Em 1930-1931 são produzidos quase 30 longas de ficção, mas, em função dos custos, a produção volta
a se concentrar no Rio e em São Paulo. Surgem no Rio as produtoras Cinédia, de Adhemar Gonzaga, e Brasil Vita
Filmes, de Carmen Santos. Humberto Mauro, já o maior diretor de cinema do país, realiza para a Cinédia sua obra
-prima “Ganga bruta” (1933) e para a Brasil Vita Filmes o sucesso “Favela dos meus amores” (1935).
Dentro da ideia de imitar Hollywood, a Cinédia continua produzindo musicais: românticos como “Bonequi-
nha de seda” (1936) ou carnavalescos como “Alô, alô, Brasil” (1935) e “Alô, alô, carnaval” (1936), nos quais surge
Carmen Miranda, logo contratada por Hollywood. Em 1940, a Cinédia produz “Pureza”, com grande orçamento,
cenários especiais, equipamentos novos importados dos EUA e um absoluto fracasso. Em 1942, dos 409 filmes
lançados no país, apenas 1 é brasileiro.
Chanchada: 1941-1950
No Rio dos anos 40, Moacir Fenelon, José Carlos Burle e Alinor Azevedo criam a Atlântida Cinematográfica,
sem grandes investimentos em infraestrutura mas com produção constante. Estréiam com o sucesso “Moleque
Tião” (1941), drama baseado na vida do comediante Grande Otelo, que interpretou a si próprio no filme. Luiz
Severiano Ribeiro, dono do maior circuito exibidor brasileiro, associa-se e passa a facilitar a exibição dos filmes
da Atlântida, vindo a comprar a empresa em 1947. Pela primeira vez no cinema brasileiro, estão associados
produção e exibição.
Em seguida, a Atlântida passa a produzir comédias musicais de fácil comunicação com o público, tendo
como tema principal o carnaval, como “Este mundo é um pandeiro” (1947) e “Carnaval no fogo” (1949), ambos
de Watson Macedo. O apelo popular dos filmes da Atlântida acaba influenciando a Cinédia, que realiza o melo-
Conhecimentos Gerais
drama “O Ébrio” (1946), de Gilda Abreu, com Vicente Celestino, grande bilheteria em todo o país.
Formando uma espécie de “star-system” a partir do rádio, os grandes nomes da Atlântida são Oscarito,
Grande Otelo, Ankito e Mesquitinha (comediantes), Cyll Farney e Anselmo Duarte (galãs), Eliana (mocinha), José
Lewgoy (vilão) e os cantores Sílvio Caldas, Marlene, Emilinha Borba, Linda Batista.
Aos poucos, as histórias vão abandonando o carnaval e explorando a comédia de costumes, a partir dos tipos
folclóricos do Rio de Janeiro. Os melhores momentos vêm com os filmes de Carlos Manga “Nem Sansão nem Da-
lila” (1954) e “Matar ou correr” (1954), satirizando dramas americanos de sucesso. O público gosta, mas os críticos
“sérios” dizem que chanchada não é cinema. (Chanchada em espanhol significa exatamente “porcaria”.)
As chanchadas (e a Atlântida) se esgotam no final dos anos 50, quando o público parece cansar da fórmula,
e as maiores estrelas são chamadas para trabalhar na televisão.
Uma parcela (pequena, mas significativa) da juventude brasileira descobre este novo cinema, comprometi-
do com a transformação do país. Em 1963, o movimento é deflagrado por 3 filmes: “Os Fuzis”, de Ruy Guerra;
“Deus e o diabo na terra do sol”, de Glauber Rocha; e “Vidas secas”, de Nelson Pereira dos Santos. Em todos
eles, é mostrado um Brasil desconhecido, com muitos conflitos políticos e sociais. Uma mistura original de
Neo-realismo (por seus temas e forma de produção) com Nouvelle vague (por suas rupturas de linguagem). É
Glauber quem define os instrumentos do cinema novo: “uma câmara na mão e uma ideia na cabeça”; e tam-
bém o seu objetivo: a construção de uma “estética da fome”.
Após o golpe militar de 31 de março de 1964, os cineastas (e o país) se interrogam sobre o futuro e sobre as
suas próprias atitudes de classe. Os filmes marcantes desse segundo momento do Cinema Novo são “O Desa-
fio” (1965), de Paulo César Saraceni; “Terra em transe” (1967), de Glauber Rocha; e “O Bravo guerreiro” (1968),
de Gustavo Dahl.
Enquanto isso, longe do Cinema novo, Domingos de Oliveira redescobre a comédia carioca com “Todas as
mulheres do mundo” (1967) e “Edu coração de ouro” (1968).
Com o AI-5 (13 de dezembro de 1968), a ditadura militar fecha o Congresso e os partidos políticos existen-
tes e censura a mídia e as diversões públicas. A perseguição às oposições, a restrição da atividade sindical e a
prática de tortura nas prisões criam um clima de medo que se reflete em toda a cultura do país. Neste terceiro
momento, o Cinema Novo volta-se para o passado, para a História, ou para projeções alegóricas do país real: “O
Dragão da maldade contra o santo guerreiro” (1969), de Glauber Rocha; “Os Herdeiros” (1969), de Cacá Diegues;
“Macunaíma” (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; “Os Deuses e os mortos” (1970), de Ruy Guerra.
Anos 80
Em outubro de 1982, a crise econômica do país piora com a falta de dinheiro para pagar a dívida externa.
Falta dinheiro para que o consumidor brasileiro possa ir ao cinema, falta dinheiro para produzir filmes. A pro-
dução volta a cair. Os exibidores (donos de cinemas), assessorados pelos distribuidores estrangeiros, começam
uma batalha judicial contra a lei da obrigatoriedade, e em muitas salas simplesmente param de passar filmes
brasileiros. Metade dos filmes produzidos em 1985 foi de sexo explícito.
Apesar de tudo, surge uma nova geração de cineastas em São Paulo, onde se destacam Sérgio Bianchi
(Mato eles?, 1982), Hermano Penna (Sargento Getúlio, 1983), André Klotzel (A marvada carne, 1985) e Sérgio
Toledo (Vera, 1987), mas seus filmes são vistos basicamente em festivais.
Graças à “Lei do Curta” (de 1975, mas aperfeiçoada em 1984), que obriga a sua exibição antes do longa
estrangeiro, o curta-metragem passa a ser o único cinema brasileiro com acesso ao mercado. Assim, em todo
o país surgem novos cineastas e novas propostas de produção, e os curtas brasileiros ganham vários prêmios
internacionais.
Conhecimentos Gerais
de guerra (1989), de Vladimir Carvalho; e a obra-prima Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Couti-
nho.
1992-2003
Em dezembro de 1992, ainda no governo de Itamar Franco, o Ministro da Cultura Antonio Houaiss cria a
Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, que libera recursos para produção de filmes através do Prê-
mio Resgate do Cinema Brasileiro e passa a trabalhar na elaboração do que viria ser a Lei do Audiovisual, que
entraria em vigor no governo de Fernando Henrique Cardoso.
A partir de 1995, começa-se a falar numa “retomada” do cinema brasileiro. Novos mecanismos de apoio à
produção, baseados em incentivos fiscais e numa visão neoliberal de “cultura de mercado”, conseguem efeti-
vamente aumentar o número de filmes realizados e levar o cinema brasileiro de volta à cena mundial. O filme
que inicia este período é Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995) de Carla Camurati, parcialmente financiado
pelo Prêmio Resgate. No entanto, as dificuldades de penetração no seu próprio mercado continuam: a maioria
dos filmes não encontra salas de exibição no país, e muitos são exibidos em condições precárias: salas inade-
quadas, utilização de datas desprezadas pelas distribuidoras estrangeiras, pouca divulgação na mídia local.
Em 1997, para alcançar o mercado cinematográfico, as Organizações Globo criaram sua própria produtora,
a Globo Filmes, empresa especializada que veio a reposicionar o cinema brasileiro em, praticamente, todos
os segmentos. Isto porque, em um curtíssimo tempo, a produtora Globo Filmes viria a se tornar um grande
monopólio ocupante do mercado cinematográfico brasileiro. Ainda que para a escala de operação da rede de
televisão, o seu braço cinematográfico possa vir a ser considerada uma empresa pequena. Dessa maneira,
através do cinema, o conglomerado foi capaz de atingir um dos últimos segmentos tradicionais do mercado
audiovisual brasileiro, nicho no qual ela ainda não apresentava nenhuma participação realmente direta. Entre
1998 e 2003, a empresa se envolveu de maneira direta em 24 produções cinematográficas, e a sua supremacia
se cristalizaria definitivamente no último ano deste período, quando os filmes com a participação da empresa
obtiveram mais de 90% da receita da bilheteria do cinema brasileiro e mais de 20% do mercado total.
Alguns filmes lançados na primeira década do novo século, com uma temática atual e novas estratégias de
lançamento, como Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e Tropa
de Elite (2007) de José Padilha, alcançam grande público no Brasil e perspectivas de carreira internacional.
Segundo o crítico Luiz Zanin Oricchio, “Cidade de Deus”, por sua importância, teria sido o marco final do
período conhecido como “a retomada do cinema brasileiro”
TEATRO
Conhecimentos Gerais
O teatro no Brasil surgiu no século XVI, tendo como motivo a propagação da fé religiosa. Dentre uns pou-
cos autores, destacou-se o padre José de Anchieta, que escreveu alguns autos (antiga composição teatral) que
visavam a catequização dos indígenas, bem como a integração entre portugueses, índios e espanhóis.Exemplo
disso é o Auto de São Lourenço, escrito em tupi-guarani, português e espanhol.Um hiato de dois séculos sepa-
ra a atividade teatral jesuítica da continuidade e desenvolvimento do teatro no Brasil. Isso porque, durante os
séculos XVII e XVIII, o país esteve envolvido com seu processo de colonização (enquanto colônia de Portugal) e
em batalhas de defesa do território colonial.
A partir do Século 19, com a Independência do Brasil, seguida da abolição da escravatura e, mais a frente, a
Proclamação da República, é que se começa a desenvolver um público para fazer e curtir o teatro brasileiro. Se-
nhoras e senhores, eis o tempo da nossa comédia de costumes, com destaque para os textos de Martins Pena.
Logo na sequência apareceria nosso Teatro de Revista. “As revistas eram como retrospectivas do ano, trazendo
um resumo dos fatos importantes, costuradas em enredo provocativo e brincalhão”, pincela o professor.
Em 1938, com o surgimento do Teatro do Estudante do Brasil (TEB), os nossos palcos ganhavam a curiosi-
dade de quem estuda. A estreia com “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, trazia o corpo de baile do Teatro Mu-
nicipal e sua orquestra de cordas. “Diferente das revistas que ninguém decorava nada, as peças passaram a ser
ensaiadas a sério”, aponta João Roberto. O repertório também chamava atenção.
Mas foi com a estreia de “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, em 1943, que a crítica apontou o nasci-
mento do nosso teatro moderno. Com direção do polonês Ziembinski, a peça quebrava com todos os padrões
da época. “A montagem misturava tempos. Não era só do presente olhando para o passado, mas uma peça que
pela primeira vez permitia olhar o futuro”, conta o diretor Celso Nunes. Ziembinski trouxe de fora a iluminação
nova, o cenário, a interpretação entre o expressionismo e o naturalismo.
Nos anos seguintes, várias companhias de teatro surgiram no eixo Rio-São Paulo, como Maria Della Costa e
Teatro Popular de Arte. “Começamos a época do diretor que assina e dirige os espetáculos”, explica João Rober-
to. O Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) formou atores como Cacilda Becker, Walmor Chagas, Fernanda Monte-
negro e muitos outros artistas.
Nos anos que antecederam os governos militares, o clima político do Brasil e os estudantes universitários
agitavam a cena cultural com produções que marcaram a história do teatro brasileiro. Em 1958, em São Paulo,
o Teatro Arena trazia a revolucionária “Eles não usam Black-tie”, de Gianfrancesco Guarniere, escancarando pro-
blemas sociais e políticos. Em 1965, a encenação de “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto com
música de Chico Buarque, estarreceu a crítica brasileira por sua poética pungente e montagem sensível. “A peça
veio com uma encenação primorosa e marcou toda uma época”, lembra Celso Nunes. Em 1967, José Celso
Martinez Correa quebrou tabus com “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade. Provocativo e cáustico, ele chegava
para estapear a burguesia. “O Teatro Oficina chega com a evolução do teatro cultural e político, agressivo, da
contracultura”, explica João Roberto.
O teatro contemporâneo
Os governos militares silenciaram tudo. Zé Celso, Boal e outros importantes artistas foram exilados. Antunes
Filho, que ficou no Brasil, abriu nosso teatro contemporâneo com seu Centro de Pesquisa Teatral. “Com Macu-
naíma, ele rompeu com aquilo que ele próprio chama de teatrão e começou a trabalhar só com jovens, com
uma atuação menos armada. O espetáculo tem uma cara nova, que não dá para comparar com nada que foi
feito antes”, fala João Roberto.
Conhecimentos Gerais
Marcando a abertura política, Celso Nunes finalmente estreia sua peça que havia sido proibida durante sete
anos. Em “Patética”, ele conta a morte do jornalista Vladmir Herzog. “A peça tinha sido premiada como melhor
texto e proibida no mesmo ano, pelo regime. Só em 81 consegui montar”, conta Nunes. Nesse ínterim, Boal
desenvolveu o Teatro do Oprimido, com a democratização dos meios de produção teatral e acesso das camadas
sociais menos favorecidas.
Nos anos seguintes, surge o que se chama de teatro de encenadores, com diretores como Gerald Thomas,
Bia Lessa e Gabriel Vilela, dialogando com as vanguardas internacionais. Zé Celso volta do exílio e reabre o
Oficina, com montagens impactantes como “As Boas”, com Raul Cortez, “Ham-let”, “Cacilda!”, “Bacantes” e “Ser-
tões”. A partir dos anos 2000, o Brasil recebe muitos musicais internacionais.
Atualmente, lembra Celso que, enquanto temos atores famosos fazendo um teatro mais comercial, também
temos novo espaço para pequenos grupos e núcleos experimentais. Diretores como Amir Haddad, com o grupo
Tá na Rua e os festivais universitários de Norte a Sul mostram esse teatro que extrapola as grandes compa-
nhias, do eixo Rio-São Paulo e volta para as ruas.
JORNAIS E REVISTAS
A história da imprensa no Brasil tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Bra-
sil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais, livros ou
panfletos. Esta era uma peculiaridade da América Portuguesa, pois, nas demais colônias europeias no conti-
nente, a imprensa se fazia presente desde o século XVI.
A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, com a criação da Im-
pressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente dom João.
A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional, começa a circular em 10 de
setembro de 1808, impressa em máquinas trazidas da Inglaterra. Órgão oficial do governo português, que se
tinha refugiado na colônia americana, evidentemente o jornal só publicava notícias favoráveis ao governo.
Porém, no mesmo ano, pouco antes, o exilado Hipólito José da Costa lançara, de Londres, o Correio Braziliense,
o primeiro jornal brasileiro — ainda que fora do Brasil. O primeiro número do Correio Braziliense é de 1 de junho
de 18084 , mas só chega ao Rio de Janeiro em outubro, onde tem grande repercussão nas camadas mais escla-
recidas, sendo proibido e apreendido pelo governo. Até 1820, apenas a Gazeta (e revistas impressas na própria
Imprensa Régia) tinham licença para circular. Em 1821, com o fim da proibição, surge o Diário do Rio de Janeiro.
Enquanto o jornal oficial relatava “o estado de saúde de todos os príncipes da Europa, (...) natalícios, odes e
panegíricos da família reinante”,6 o do exilado fazia política. Embora (diferentemente do que muito se divulga)
não pregasse a independência do Brasil e tivesse um posicionamento político por vezes conservador, o Correio
Braziliense foi criado para atacar “os defeitos da administração do Brasil”, nas palavras de seu próprio criador, e
admitia ter caráter “doutrinário muito mais do que informativo” .
Entre os jornais cariocas da época imperial estavam, em primeiro grau de importância, a Gazeta de Noticias
e O Paiz, os maiores de então e os que sobreviveram mais tempo, até a Era Vargas. Os demais foram o Diario
de Noticias, o Correio do Povo, a Cidade do Rio, o Diario do Commercio, a Tribuna Liberal, alguns jornais ante-
riores a 1889, mas de fortíssima campanha republicana, como A Republica, e as revistas de caricatura e sátira: a
Revista Illustrada, O Mequetrefe, O Mosquito e O Bezouro. Outros ainda eram o Jornal do Commercio e a Gaze-
ta da Tarde.
O caricaturista, ilustrador, jornalista Ângelo Agostini está entre as maiores personalidades da imprensa bra-
sileira. Numa época em que a fotografia ainda era rara — e cara — o ilustrador tem o poder inegável de cons-
truir o imaginário visual da sociedade.
Inova a Revista também por uma diagramação “interativa”, com ilustrações sobre o cabeçalho, moldura, etc..
Saía semanalmente e tinha distribuição nacional.
Nos 22 anos contínuos em que foi publicada, a Revista Illustrada entranhou-se no cotidiano nacional (Cf.
Werneck Sodré) e inspirou uma geração de magazines satíricas. Embora um pouco anteriores, fazem parte da
mesma safra: O Mosquito, O Besouro (ambos de Bordalo Pinheiro, imigrante português, amigo de Agostini) e O
Mequetrefe.
TELEVISÃO
Início
Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, nascido na cidade de Umbuazeiro, estado da Paraíba,
no dia 5 de outubro de 1892, proprietário da empresa de comunicação “Diários Associados” que abrangia jor-
nais e emissoras de rádio. No dia 18 de setembro de 1950, inaugura a TV Tupi, em São Paulo, no canal 3.
A Televisão brasileira passou por teste e pré-estreias antes da fundação da TV Tupi, a primeira transmissão
ocorreu no saguão dos “Diários Associados”, onde alguns aparelhos de TV transmitiram a apresentação do can-
tor Frei José Mojica, do México.
Dois meses antes da inauguração da TV Tupi, aconteceu a transmissão de um show, o “Vídeo Educativo”, no
auditório da Faculdade de Medicina de São Paulo.
Depois de testes de transmissão, no dia 18 de setembro de 1950, a TV Tupi era inaugurada sob a razão so-
cial “Rádio e Televisão Difusora”, em estúdios na rua 7 de abril, centro paulista. A TV Tupi iniciou o seu trabalho
de transmissão utilizando equipamentos RCA.
Duzentos aparelhos de TV foram importados e distribuídos por Chateaubriand pela cidade, uma maneira de
atrair o interesse do público, cuja grande maioria ainda não possuía aparelhos em casa.
As transmissões ocorriam das 18h às 23h e grande parte dos profissionais que iniciaram a produção de TV
no Brasil foram provenientes do rádio, jornal e teatro; nos EUA, por exemplo, as empresas de televisão abarca-
ram os profissionais do cinema.
O primeiro programa a ir ao ar é “TV na Taba”, com Hebe Camargo, Ivon Cury e outros artistas. O primeiro
telejornal, “Imagens do Dia”, entrou no ar no dia 19 de setembro, cujas matérias ram feitas com câmeras de
cinema.
As primeiras empresas que compraram espaço publicitário, apesar do inicial e incipiente mercado televisivo
brasileiro, foram Sul América Seguros, Antártica, Moinho Santista e Prata Wolf.
A primeira década do século XXI foi marcada, na televisão brasileira, pelo advento dos reality-shows, dentre
os quais se destacaram Casa dos Artistas, no SBT; No Limite e Big Brother Brasil, ambos na Rede Globo; e mais
O Aprendiz e A Fazenda, ambos da Rede Record. Já a audiência das telenovelas, em especial as veiculadas pela
Rede Globo, sofreram queda acentuada.
Entre outros fatores, credita-se a crise na audiência das telenovelas ao crescimento da TV paga e da Internet
Conhecimentos Gerais
residencial.
Não obstante, a teledramaturgia brasileira continuou sendo referência no cenário internacional. Caminho
das Índias, escrita por Glória Perez e exibida pela Rede Globo em 2009, foi a primeira telenovela do Brasil a
conquistar o Prêmio Emmy Internacional.
Com o crescimento da Internet, as emissoras de televisão passaram a lançar canais de interação com o pú-
blico telespectador que gradativamente migrava para a rede mundial de computadores.
Ao mesmo tempo que a audiência da TV aberta vem caindo nos grandes centros urbanos, aumentam os
acessos aos sites que veiculam vídeos com conteúdo televisivo. Associado a esse fenômeno, veio o sucesso dos
programas de humor voltados para o público jovem, como o Pânico na TV, o CQC e o Legendários, que lançam
mão da interatividade com os internautas.
Com investimentos de porte e marketing agressivo, a Rede Record assumiu a vice-liderança de audiência
da TV aberta em 2007. Entretanto a Globo ainda mantinha, em agosto daquele ano, o triplo da audiência da
Record.
A televisão digital entrou em operação comercial no final de 2007. Na mesma época, foi lançada a TV Brasil,
primeira emissora pública lançada por iniciativa do governo federal.
A Rede Globo voltou a ganhar o Prêmio Emmy Internacional em 2011, com o Jornal Nacional, e em 2012,
com a novela O Astro e o seriado A Mulher Invisível.
O sucesso da novela Carrossel, em 2012, devolveu ao SBT a vice-liderança de audiência, após disputa acir-
rada com a Rede Record.
A Televisão no Brasil está passando por uma fase de transição para a transmissão digital, que proporciona
uma qualidade superior de som e imagem.
O governo brasileiro optou por uma versão modificada do ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting-
Terrestrial) - Padrão japonês, criando o ISDB-TB, sistema de TV digital único no mundo, incompatível com o
padrão utilizado no Japão.
A TV Digital no Brasil teve sua estreia oficial às 20:30 do dia 2 de dezembro de 2007, na cidade de São Pau-
lo, após cerca de seis meses de transmissões experimentais.
EXERCÍCIOS
a) Frevo
b) Samba
c) Maxixe
d) Forró
2 - Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza.
a) Parnasianismo
b) Simbolismo
c) Realismo
d) Modernismo
Conhecimentos Gerais
a) Geração de 20
b) Cubista
c) Poesia marginal
d) Pau-brasil
a) Indígena
b) Norte-americana
c) Europeia
d) Grega
a) “Acabaram-se os otários”
b) “Noivado de Sangue”
c) “O Crime da Mala”
d) “Paz e Amor”
a) “O Desafio”
b) “Terra em Transe”
c) “O Bravo Guerreiro”
d) “Os Herdeiros”
8 – Em 1943, surgiu o teatro moderno brasileiro com a estreia de ______________ de Nelson Rodrigues
RESPOSTAS
Conhecimentos Gerais
1-C 2-B 3-D 4-C
HISTÓRIA DO BRASIL
O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
Em 22 de abril de 1500 chegavam ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Ca-
bral. À primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal.
Primeiros contatos entre portugueses e índios
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um
continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras
expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alte-
rado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil,
ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam
o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo,
Conhecimentos Gerais
navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do
fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e
Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras
recém-descobertas que estavam a leste da linha imaginária (200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), en-
quanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as
Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização
na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas
orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do
pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada
na Europa. Neste caso, foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugi-
gangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de ma-
deira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa por-
tuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos
portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas,
como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos estavam praticando a
retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território.
Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um
promissor comércio desta mercadoria na Europa.
O PERÍODO COLONIAL
No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização. Esta
foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os
invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experi-
ências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordesti-
no, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de
começar o povoamento do Brasil. A mão de obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.
Administração Colonial
Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território
foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários. Estes podiam explorar os recursos da terra,
porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. No geral, o sistema
de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos
ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram
resultados satisfatórios, graças aos investimentos do rei e de empresários.
O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas
rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.
Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos “homens-bons”.
Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia partici-
par da vida pública nesta fase.
Conhecimentos Gerais
A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.
A economia colonial
A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro pro-
prietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão de obra africana escrava e tinha como objetivo
principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de ta-
baco e algodão.
O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.
A sociedade Colonial
A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade,
com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média
formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de ori-
gem africana.
Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres
tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família,
alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das
senzalas.
Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de holandeses. Inte-
ressados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo em nosso território. Sob o comando
de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos
em Recife, modernizando a cidade.
Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tor-
desilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro
e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso.
Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interes-
sado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a
cobrar o quinto. O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a
20% de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.
A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e
Goiás) provocou uma verdadeira “corrida do ouro” para estas regiões. Procurando trabalho na região, desem-
pregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.
Conhecimentos Gerais
O trabalho dos tropeiros foi de fundamental importância neste período, pois eram eles os responsáveis
pelo abastecimento de animais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e outros mantimentos que
não eram produzidos nas regiões mineradoras.
Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões.
Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil : Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera.
Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana. Para acompanhar
o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
Em função da exploração exagerada da metrópole ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:
- Guerra dos Emboabas: os bandeirantes queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas que encon-
traram. Entraram em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas.
- Revolta de Filipe dos Santos: ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de minas de ouro
com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos foi preso e condenado à morte
pela coroa portuguesa.
- Inconfidência Mineira (1789): liderada por Tiradentes , os inconfidentes mineiros queriam a libertação do
Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.
O PERÍODO IMPERIAL
A História do Brasil Imperial tem início em 7 de setembro de 1822 com a Proclamação de Independência
do Brasil por D. Pedro I. O término deste período é a Proclamação da República, ocorrida no Rio de Janeiro, em 15
Conhecimentos Gerais
de novembro de 1889. Durante esta época, o Brasil foi governado por dois imperadores: D. Pedro I (de 1822 até
1831) e D. Pedro II (de 1840 até 1889). Entre os anos de 1831 e 1840, o Brasil foi governado por regentes.
O primeiro reinado
O Primeiro Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro I. Tem início
em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação
de D. Pedro I.
O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no Primeiro
Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.
Em algumas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, ligados a Portugal, não que-
riam reconhecer o novo governo de D. Pedro I. Nestas regiões, ocorreram muitos protestos e reações políticas. Nas
províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia ocorreram conflitos armados entre tropas locais e oficiais.
Constituição de 1824
Em 1823, durante a elaboração da primeira Constituição brasileira, os políticos tentaram limitar os po-
deres do imperador. Foi uma reação política a forma autoritária de governar do imperador. Neste mesmo ano,
o imperador, insatisfeito com a Assembleia Constituinte, ordenou que as forças armadas fechassem a Assem-
bleia. Alguns deputados foram presos.
D. Pedro I escolheu dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição.
Esta foi outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do impera-
dor. Além de definir os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), criou o poder Moderador, exclusivo do
imperador, que lhe concedia diversos poderes políticos.
A Constituição de 1824 também definiu leis para o processo eleitoral no país. De acordo com ela, só
Conhecimentos Gerais
poderiam votar os grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candi-
dato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis
para senador).
Guerra da Cisplatina
Este foi outro fato que contribuiu para aumentar o descontentamento e a oposição ao governo de D.
Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, conflito pelo qual esta província bra-
sileira (atual Uruguai) reivindicava a independência. A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros para o
império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar Repú-
blica Oriental do Uruguai.
Confederação do Equador
As províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará formaram, em 1824 a Confedera-
ção do Equador. Era a tentativa de criar um estado independente e autônomo do governo central.
A insatisfação popular com as condições sociais do país e o descontentamento político da classe média e
fazendeiros da região com o autoritarismo de D. Pedro I foram as principais causas deste movimento.
Em 1824, Manuel de Carvalho Pais de Andrade tornou-se líder do movimento separatista e declarou
guerra ao governo imperial.
O governo central reagiu rapidamente e com todos as forças contra as províncias separatistas. Muitos
revoltosos foram presos, sendo que dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a
insatisfação com o governo de D. Pedro I só aumentou.
Nove anos após a Independência do Brasil, a governo de D. Pedro I estava extremamente desgastado.
O descontentamento popular com a situação social do país era grande.
O autoritarismo do imperador deixava grande parte da elite política descontente. A derrota na Guerra da
Cisplatina só gerou prejuízos financeiros e sofrimento para as famílias dos soldados mortos. Além disso, as re-
voltas e movimentos sociais de oposição foram desgastando, aos poucos, o governo imperial.
Outro fato que pesou contra o imperador foi o assassinato do jornalista Libero Badaró. Forte crítico do
governo imperial, Badaró foi assassinado no final de 1830. A polícia não encontrou o assassino, porém a des-
confiança popular caiu sobre homens ligados ao governo imperial.
Em março de 1831, após retornar de Minas Gerais, D. Pedro I foi recebido no Rio de Janeiro com atos
de protestos de opositores. Alguns mais exaltados chegaram a jogar garrafas no imperador, conflito que ficou
conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Os comerciantes portugueses, que apoiavam D. Pedro I entraram em
conflitos de rua com os opositores.
Abdicação
Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D. Pedro I perce-
beu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder. Em 7 de abril de 1831, D. Pedro
I abdicou em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade. Logo ao deixar o poder,
viajou para a Europa.
O período regencial
Conhecimentos Gerais
Câmara dos Deputados:
centro das disputas políticas do Período Regencial.
A saída de Dom Pedro I do governo imperial representou uma nova fase para a história política brasi-
leira. Não tendo condições mínimas para assumir o trono, Dom Pedro II deveria aguardar a sua maioridade até
alcançar a idade exigida para tornar-se rei. Nesse meio tempo, os agentes políticos daquela época disputaram
o poder entre si no chamado Período Regencial, que vai de 1831 até 1840.
Sendo fruto da Constituição de 1824, os grupos políticos existentes ficavam restritos aos grandes pro-
prietários de terra, comerciantes e algumas pequenas parcelas das classes médias urbanas.
Em meio às reuniões e debates que aconteceriam para a organização da ordem regencial, temos o
aparecimento de três grupos políticos mais importantes: os liberais moderados, os liberais exaltados e os con-
servadores.
Com a morte de Dom Pedro I, o cenário político reduziu-se às agitações dos moderados e exaltados.
Mesmo sendo transitória, a regência acabou sendo marcada por vários levantes e rebeliões que evidenciavam a
precária hegemonia do Estado brasileiro.
No ano de 1834, tentando aplacar o grande volume de revoltas, os liberais conseguiram aprovar o Ato Adi-
cional de 1834, que concedia maiores liberdades às províncias.
Outra medida importante foi o estabelecimento da Guarda Nacional, novo destacamento militar que
deveria manter a ordem vigente.
Sendo controlada e integrada por membros da elite, a Guarda Nacional acabou tendo seu poder de fogo
monitorado por grandes proprietários de terra que legitimavam o desmando e a exclusão social, política e eco-
nômica que marcaram tal contexto.
Entre as maiores revoltas da regência podemos destacar a Cabanagem (PA), a Balaiada (MA), a Revolta dos
Malês e a Sabinada (BA), e a Guerra dos Farrapos (RS/SC). Na maioria dos casos, todos estes eventos denuncia-
vam a insatisfação geral para com o desmando e a miséria que tomavam a nação.
Vale destacar entre esses eventos a participação exclusiva dos escravos na Revolta dos Malês e o papel
das elites locais na organização da Guerra dos Farrapos.
A forte instabilidade do período regencial acabou instigando o desenvolvimento de dois outros impor-
tantes eventos. O primeiro deles foi a aprovação da Lei Interpretativa do Ato Adicional, de maio de 1840, que
retirava a autonomia concedida às províncias.
Dois meses depois, os exaltados conseguiram se aproveitar dos vários conflitos para que o Golpe da
Maioridade antecedesse a chegada de Dom Pedro II ao poder, colocando um fim à Regência.
O segundo reinado
Conhecimentos Gerais
O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de Dom Pedro II, realizada no dia 23
de julho de 1840.
Na época, o jovem imperador tinha apenas quinze anos de idade e só conseguiu ocupar o posto máximo
do poder executivo nacional graças a um bem arquitetado golpe promovido pelos grupos políticos liberais. Até
então, os conservadores (favoráveis à centralização política) dominaram o cenário político nacional.
Antes do novo regime monárquico, o período regencial foi caracterizado por uma política conservadora
e autoritária que fomentou diversas revoltas no Brasil.
As disputas políticas do período e o desfavor promovido em torno do autoritarismo vigente permitiram que
a manobra em favor de Dom Pedro de Alcântara tivesse sustentabilidade política. Nos quarenta e nove anos
subsequentes, o Brasil esteve na mão de seu último monarca.
Após o fim da desgastante e polêmica Guerra do Paraguai (1864 – 1870), foi possível observar as pri-
meiras medidas que indicaram o fim do regime monárquico.
O anseio por mudanças parecia vir em passos tímidos ainda controlados por uma elite desconfiada com
transformações que pudessem ameaçar os seus antigos privilégios.
A estranha mistura entre o moderno e o conservador ditou o início de uma república nascida de uma quar-
telada desprovida de qualquer apoio popular.
A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Conhecimentos Gerais
Proclamação da República, um golpe liderado por militares.
No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava
uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo.
Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país
progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
Crise da Monarquia
A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:
- Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além
disso, os militares estavam descontentes com a proibição imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do
Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
- A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) es-
tava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos polí-
ticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;
- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam
obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;
Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários
setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D. Pedro II estava
cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força
no Brasil.
A Proclamação da República
No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, de-
mitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto
proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D. Pedro II e a família imperial
partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo
provisoriamente o posto de presidente do Brasil.
A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi
um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil.
REPÚBLICA
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do
Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se
como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e pro-
blemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
A Constituição de 1891
(Primeira Constituição Republicana)
Após o início da República, havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga
ainda seguia os ideais da monarquia.
A constituição de 1891 garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois
representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os
cidadãos (mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora). A constituição instituiu o presi-
dencialismo e o voto aberto.
República das Oligarquias
O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor
agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano
Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Con-
tavam com o apoio da elite agrária do país. Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas
que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Surgiu, neste período, o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por
tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sis-
tema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a
Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.
A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados
eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república.
Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola,
principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café com leite sofreu duras críticas de em-
presários ligados à indústria, que estava em expansão neste período. Se por um lado a política do café com
leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou
provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam
pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as
oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava
os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte à candidatura pre-
sidencial e também durante a época do governo.
O coronelismo
A figura do “coronel” era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regi-
ões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a
Conhecimentos Gerais
eleição dos candidatos que apoiava.
Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para
que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os
eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados.
O coronel também utilizava outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de
votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
O Convênio de Taubaté
Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em mo-
mentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e
estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o pre-
ço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
Em 1930, ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café com leite, era a vez
de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís
indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café com leite. Descontente, o PRM
junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência
o gaúcho Getúlio Vargas. Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políti-
cos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e
militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
REVOLUÇÃO DE 1930
Os antecedentes da Revolução de 30
Conhecimentos Gerais
Interpretada como a revolução que pôs fim ao predomínio das oligarquias no cenário político brasilei-
ro, a Revolução de 30 conta com uma série de fatores conjunturais que explicam esse dado histórico. O próprio
uso do termo ‘revolução’ como definidor desse fato, pode ainda, restringir outras questões vinculadas a esse
importante acontecimento. Em um primeiro momento, podemos avaliar a influência de alguns fatores internos
e externos que explicam o movimento.
Em contrapartida, o capitalismo vivia um momento de crise provocado pelo colapso das especulações
financeiras que, inclusive, provocaram o “crash” da Bolsa de Nova Iorque, em 1929.
Apático a esse conjunto de transformações, os governos oligárquicos preferiam manter a nação sob um
regime econômico agroexportador. Dessa forma, a economia brasileira sofreu, principalmente nas primeiras déca-
das do século XX, graves oscilações em seu desempenho econômico. Em outras palavras, a economia brasileira só
ia bem quando as grandes potências industriais tinham condições de consumir os produtos agrícolas brasileiros.
Defendendo essa política conservadora e arcaica, as elites oligárquicas acabaram pagando um alto
preço ao refrear a modernização da economia brasileira. De um lado, as camadas populares sofriam, cada vez
mais, o impacto de governos que não criavam efetivas políticas sociais e, ao mesmo tempo, não dava devida
atenção aos setores sociais emergentes (militares, classes média e operária). Por outro, as próprias oligarquias
não conseguiam manter uma posição política homogênea mediante uma economia incerta e oscilante.
Nesse contexto, podemos compreender que a crise das oligarquias foi um passo crucial para a revo-
lução. Com o impacto da crise de 1929, o então presidente paulista Washington Luís resolveu apoiar a candi-
datura de seu conterrâneo Júlio Prestes. Conhecida como “Política do Café Puro”, a candidatura de Júlio Prestes
rompeu com o antigo arranjo da “Política do Café com Leite”, onde os latifundiários mineiros e paulistas se
alternariam no mandato presidencial.
Insatisfeitos com tal medida, um grupo de oligarquias dissidentes – principalmente de Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Paraíba – criaram uma chapa eleitoral contra a candidatura de Júlio Prestes. Conhecida
como Aliança Liberal, a chapa encabeçada pelo fazendeiro gaúcho Getúlio Dorneles Vargas prometia um con-
junto de medidas reformistas. Entre outros pontos, os liberais defendiam a instituição do voto secreto, o esta-
belecimento de uma legislação trabalhista e o desenvolvimento da indústria nacional.
O desfecho da Revolução de 30
Sob um clima de desconfiança e tensão, o candidato Júlio Prestes foi considerado vencedor das elei-
ções daquele ano. Mesmo com a derrota dos liberais, um possível golpe armado ainda era cogitado. Com o
assassinato do liberal João Pessoa, em 26 de julho de 1930, o movimento oposicionista articulou a derrubada
do governo oligárquico com o auxílio de setores militares. Depois de controlar os focos de resistência nos es-
tados, Getúlio Vargas e seus aliados chegam ao Rio de Janeiro, em novembro de 1930. Iniciando a chamada
Era Vargas, Getúlio ficaria por quinze anos ininterruptos no poder (1930 – 1945) e, logo depois, seria eleito pelo
voto popular voltando à presidência entre os anos de 1951 e 1954.
A ERA VARGAS
Nomeado presidente, Getúlio Vargas usufruía de poderes quase ilimitados e, aproveitando-se deles,
começou a tomar políticas de modernização do país. Ele criou, por exemplo, novos ministérios - como o Minis-
tério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde -, e nomeou interventores de esta-
dos. Na prática, os estados perdiam grande parte da sua autonomia política para o presidente. Continuou com
Conhecimentos Gerais
a Política de Valorização do Café (PVC) e criou o Conselho Nacional do Café e o Instituto do Cacau, atendendo
assim a algumas das reivindicações das oligarquias cafeeiras.
À Getúlio Vargas também é creditado, nesta época, a Lei da Sindicalização, que vinculava os sindicatos
brasileiros indiretamente - por meio da câmara dos deputados - ao Presidente. Vargas pretendia, assim, tentar
ganhar o apoio popular, para que estes apoiassem suas decisões (a política conhecida como populismo). Assim
sendo, houve, na Era Vargas, grandes avanços na legislação trabalhista brasileira, muitos deles não devidos
exatamente a Vargas - a quem cujo crédito maior é o estabelecimento da CLT (Consolidação das Leis do Traba-
lho) - mas sim por parte de parlamentares constituintes do período. Mudanças essas que perduram até hoje.
Em 1931, Getúlio Vargas derruba a Constituição brasileira, reunindo enormes poderes no Brasil. Isso
despertou a indignação dos opositores, principalmente oligarcas e a classe média paulista, que estavam des-
gostosos com o governo getulista. A perda de autonomia estadual, com a nomeação de interventores, desagra-
dou ainda mais. Por mais que Getúlio tenha percebido o erro e tentado nomear um interventor oligarca paulis-
ta, os paulistas já arquitetavam uma revolta armada, a fim de defender a criação de uma nova Constituição.
Quando quatro jovens soldados paulistanos (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) são assassinados
no dia 23 de maio de 1932, diversos setores da sociedade paulista se mobilizam com o evento, e toda a socie-
dade passa a apoiar a causa constitucional. No dia 9 de julho do mesmo ano, a revolução explode pelo estado.
Os paulistas contavam com apoio de tropas de diversos estados, como Rio de Janeiro, Minas e Rio Grande do
Sul, mas Getúlio Vargas foi mais rápido e conseguiu reter esta aliança, isolando São Paulo. Sem qualquer apoio,
os flancos paulistas ficaram vulneráveis, e o plano de rápida conquista do Rio de Janeiro transformou-se em
uma tentativa desesperada de defender o território estadual. Sem saída, o estado se rende em 2 de outubro.
Mesmo com a vitória militar, Getúlio Vargas atende alguns pedidos dos republicanos, e aprova a Constituição
de 1934.
O estado de São Paulo não conseguiu a adesão de praticamente nenhum outro estado brasileiro. Os
paulistas, chefiados por Isidoro Dias Lopes, permaneceram isolados, sem adesão das demais unidades da fede-
ração, excetuando um pequeno contingente militar vindo do Mato Grosso, sob o comando do general Bertoldo
Klinger. Claramente porque era uma revolução que era mais basicamente encabeçada pela elite do PRP - Parti-
do Republicano Paulista - que, por meios de propaganda eficientes, conseguiu galgar apoio de diversos setores
da sociedade paulista - taxando um ditador populista em uma cruel ditadura fascista.
Para reprimir a rebelião paulista, Vargas enfrentou sérias dificuldades no setor militar, pois inúmeros
generais simplesmente recusaram a missão, tendo em vista que estes temiam a ameaça de perder os cargos.
Percebendo o débil apoio que tinha no seio da cúpula do Exército, e a fim de conquistá-lo, Vargas rompeu em
definitivo com os tenentes, que não eram bem vistos pelos oficiais legalistas.
Em 3 de outubro de 1932, em meio a crise militar e apesar dela, Getúlio conseguiu esmagar a revolta paulista.
Getúlio Vargas convoca a Assembleia em 1933, e em 16 de julho de 1934 a nova Constituição, trazen-
do novidades como o voto secreto, ensino primário obrigatório, o voto feminino e diversas leis trabalhistas. O
voto secreto significou o fim do tão famigerado voto aberto preponderante na República Velha, onde os co-
ronéis tinham a oportunidade de controlar os votos. A nova constituição estabeleceu também que, após sua
promulgação, o primeiro presidente seria eleito de forma indireta pelos membros da Assembleia Constituinte.
Getúlio Vargas saiu vitorioso.
Nessa mesma época, duas vertentes políticas começaram a influenciar a sociedade brasileira. De um
lado, a extrema direita fundara a Ação Integralista Brasileira (AIB), de caráter fascista e pregando um Estado
totalitário. Do outro, crescia a força de esquerda da Aliança Nacional Libertadora (ANL), inspirado no regime
socialista da União Soviética, que também era totalitário.
Conhecimentos Gerais
O Plano Cohen
Getúlio Vargas sempre se mostrou contra o socialismo, e usou este pretexto para o seu maior suces-
so político - o golpe de 1937. O PCB, que surgiu em 1922, havia criado a Aliança Nacional Libertadora, mas
Getúlio Vargas a declarou ilegal, e a fechou. Assim, em 1935, a ANL (segundo alguns, com o apoio da Inter-
nacional Comunista Comintern) montou a Intentona Comunista, uma revolta contra Getúlio Vargas, mas que
este facilmente conteve. Em 1937, os integralistas forjaram o “Plano Cohen”, em que dizia-se que os socialistas
planejavam uma revolução maior e mais bem arquitetada do que a de 1935, e teria o amplo apoio do Partido
Comunista da União Soviética. Os militares e boa parte da classe média brasileira, assim, apoiam a ideia de um
governo mais fortalecido, para espantar a ideia da imposição de um governo socialista no Brasil. Com o apoio
militar e popular, Getúlio Vargas derruba a Constituição,e declara o Estado Novo.
A constituição de 1937, que criou o “Estado Novo” getulista, tinha caráter centralizador e autoritário.
Ela suprimiu a liberdade partidária, a independência entre os três poderes e o próprio federalismo existente no
país, Vargas fechou o Congresso Nacional e criou o Tribunal de Segurança Nacional. Os prefeitos passaram a ser
nomeados pelos governadores e esses, por sua vez, pelo presidente. Foi criado o DIP (Departamento de Im-
prensa e Propaganda), com o intuito de projetar Getúlio Vargas como o “Pai dos Pobres” e o “Salvador da Pátria”.
Em 1945, a queda de Getúlio Vargas foi seguida pela reestruturação do regime democrático no Brasil.
Naquele mesmo ano, os cidadãos brasileiros voltaram às urnas para escolherem o seu próximo presidente.
No entanto, as grandes transformações sociais e econômicas vividas na América Latina, a partir da dé-
cada de 1930, trouxeram à tona uma diversidade de movimentos políticos e ideologias que ocasionaram maio-
res tensões ao cenário político brasileiro.
O nacionalismo, os partidos comunistas, os grupos liberais fizeram do jogo político nacional uma deli-
cada teia de interesses e alianças.
Ao mesmo tempo, os processos de industrialização e urbanização fizeram com que os centros de dis-
puta pelo poder saíssem das mãos das antigas e conservadoras elites agrárias e se “despedaçasse” entre profis-
sionais liberais, operários, militares, funcionários públicos... No entanto, essa pluralidade de grupos e ideologias
viveu ao lado de lideranças políticas arrebatadoras.
Foi nesse momento que alguns políticos buscaram o apoio dos diferentes setores de uma sociedade
em pleno processo de modernização.
Os estudiosos dessa época definiram tal período histórico como o auge do populismo no Brasil.
José Linhares (29/10/1945-31/1/1946): com a queda de Getúlio Vargas, a presidência passou a ser ocu-
pada por José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal. No período em que ficou no poder foram re-
alizadas as eleições presidenciais. Concorreram Eurico Gaspar Dutra, apoiado pela coligação PSD-PTB, Eduardo
Gomes (UDN), Yedo Fiúza (PCB) e ainda Rolim Teles (Partido Agrário). Saiu vitoriosa a candidatura do general
Dutra, por ampla maioria.
Eurico Gaspar Dutra (1946-1951): durante a sua presidência, foi eleita a Assembleia Constituinte que, em
Conhecimentos Gerais
18 de setembro de 1946, deu origem à quarta Constituição republicana, a quinta do Brasil. Embora tenha man-
tido a federação e o presidencialismo, a nova. Constituição, como a de 1934, fugiu bastante às linhas doutriná-
rias de 1891.
Getúlio Vargas (1951-1954): o novo governo de Vargas realizou-se no momento em que os países capita-
listas se reorganizavam, tendo como centro os Estados Unidos. Desse modo, o processo de industrialização, que
havia sido facilitado pela Segunda Guerra, foi anulado, pois o imperialismo retomou seu vigor e a reconquista
do mercado brasileiro foi empreendida. Todavia, a política econômica de Vargas era marcadamente nacionalis-
ta, chocando-se por isso com os interesses imperialistas, sobretudo os norte-americanos. A mais significativa
decisão de Vargas no período foi a nacionalização do petróleo, com a criação da Petrobrás, através da lei 2 004
de 3 de outubro de 1953, que estabeleceu o monopólio estatal do petróleo.
Juscelino Kubitschek (1956-1961): o governo foi marcado por transformações de grande alcance, sobretu-
do na área econômica. Enfatizando o “desenvolvimento econômico industrial”, estabeleceu, através do Plano de
Metas, 31 metas, entre as quais energia, transporte, alimentação, indústria de base, educação e construção da
nova capital (Brasília), considerada “a síntese de todas as metas”.
Jânio da Silva Quadros (31/1/1961-25/8/1961): oferecia ao cidadão comum do eleitorado urbano a pre-
sença de uma transformação radical através da força redentora de uma única personalidade líder. Juntamente
com Getúlio, Jânio foi um dos maiores lideres carismáticos do Brasil. Embora de início não estivesse totalmente
identificado com o getulismo, posteriormente, após sua renúncia, repetiria, com frequência, que de Getúlio
tiraram a vida, mas não os ideais, ao passo que dele haviam tirado o ideal, e não a vida, estabelecendo assim
uma significativa analogia.
João Goulart (1961-1964): com a renúncia de Jânio, a presidência deveria ser assumida por João
Goulart. Durante toda a sua vida política, Jango - como era popularmente conhecido - estivera ligado às forças
getulistas e parecia ser o principal herdeiro de Vargas. Fora ministro do Trabalho no governo de Getúlio, vice
-presidente de Juscelino e novamente reeleito vice de Jânio.
A DITADURA MILITAR
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares
governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de
direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Gou-
lart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marca-
do pela abertura às organizações sociais.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com
as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.
Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático
(PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo
desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil (Rio de Ja-
neiro), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrá-
Conhecimentos Gerais
Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções
de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas
do centro da cidade de São Paulo.
O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964,
tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se
no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este
cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
Castello Branco, general militar, foi eleito, pelo Congresso Nacional, presidente da República em 15 de
abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assu-
me uma posição autoritária. Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políti-
cos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos
políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois par-
tidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro
era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo
ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo
Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime mili-
tar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil.
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais
duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e
aumentou a repressão militar e policial. Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos
ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é
considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como “ anos de chumbo “. A repressão à luta ar-
mada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro,
filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos,
artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. Na área econômica, o país crescia
rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB
brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%.
Em 1974, assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição
rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em
altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que
os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Conhecimentos Gerais
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general
João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos,
artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos.
A NOVA REPÚBLICA
Nova República é o nome do período da História do Brasil que se seguiu ao fim da ditadura militar. É
caracterizado pela ampla democratização política do Brasil e sua estabilização econômica. Usualmente, consi-
dera-se o seu início em 1985, quando, concorrendo com o candidato situacionista Paulo Maluf, o oposicionista
Tancredo Neves ganha uma eleição indireta no Colégio Eleitoral, sucedendo o último presidente militar, João
Figueiredo. Tancredo não chega a tomar posse, vindo a falecer vítima de infecção hospitalar contraída na oca-
sião de uma cirurgia. Seu vice-presidente, José Sarney, assume a presidência em seu lugar. Sob seu governo é
promulgada a Constituição de 1988, que institui um Estado Democrático de Direito e uma república presiden-
cialista, confirmada em plebiscito em 21 de abril de 1993.
O período de governo de Sarney foi marcado por medidas econômicas de combate à inflação e pelo
estabelecimento de uma nova Constituição. Promulgada em 5 de outubro de 1988, a Carta, considerada a mais
democrática da história brasileira, estabeleceu eleições diretas em dois turnos para presidente, governador e
prefeito. Quanto às medidas econômicas, em 1º de março de 1986, foi estabelecido um plano de ampla refor-
ma monetária, que ficou conhecido como Plano Cruzado, em referência à nova moeda implantada. Implantado
pelo ministro da Fazenda Dílson Funaro, previa o congelamento de preços e salários, o abono de 8% para todos
os trabalhadores, o “gatilho” salarial a cada vez que a inflação ultrapassasse 20% e o incentivo à produção em
detrimento da especulação financeira. O plano fracassou.
Em janeiro de 1988, o novo ministro da economia, Luís Carlos Bresser, implantou um novo plano eco-
nômico de estabilização que também não deu certo. Em 1989, uma nova estratégia econômica, denominada
como Plano verão, foi anunciado pelo governo mas também não trouxe o resultado esperado. A taxa anual de
inflação havia fechado em 1.764,86%.
GOVERNO SARNEY
Apesar da frustração causada pela manutenção das eleições indiretas, o Brasil encerrou o regime militar
centrando suas expectativas na chegada do civil Tancredo Neves ao posto presidencial. Contudo, no dia 15
de março de 1985, os noticiários informaram que o próximo presidente precisou ser internado às pressas no
hospital de Brasília. Em seu lugar, o vice-presidente José Sarney subiu a rampa do planalto e recebeu a faixa
presidencial. No dia 21 de abril, a morte de Tancredo Neves impôs a heroicização deste político na condição de
mártir da democracia brasileira.
A chegada de José Sarney esteve cercada por fortes desconfianças. Isso porque Sarney integrava uma tradi-
cional ala de políticos nordestinos que colaboraram com o regime militar, e que, posteriormente, se filiaram a
partidos de tendência mais conservadora. Nos redutos da oposição política, bordões como: “O povo não esque-
ce, Sarney é PDS” e “Sarney não dá, diretas já”, mostravam que o novo presidente teria uma difícil missão ao
tentar reconstruir o pacto democrático da combalida nação brasileira.
Com relação ao projeto de redemocratização, podemos apontar que o governo Sarney alcançou uma ex-
pressiva vitória com a aprovação da Constituição de 1988. Apesar de sua extensão e detalhismo, a nova Carta
Magna do país conseguiu varrer diversos mecanismos que sustentaram o regime autoritário. O fim da censura,
a livre organização partidária, o retorno das eleições diretas e a divisão dos poderes, são apenas algumas das
Conhecimentos Gerais
conquistas que pontuaram tal evento. Do ponto de vista formal, o país finalmente abandonava as chagas do
período ditatorial.
Se a Constituição representou uma vitória importante no campo político, não podemos dizer o mesmo
quando observamos a atuação do governo Sarney na esfera econômica. Inicialmente, tivemos uma grande eu-
foria alimentada pela implementação do Plano Cruzado. Valendo-se do tabelamento de preços, o plano conse-
guiu realizar uma tímida distribuição de renda e promoveu o aumento do consumo da população. No entanto,
a euforia foi seguida de uma pane no setor de produção e da falta de produtos de primeira necessidade.
Ao longo do governo, outros planos (Plano Bresser e Plano Verão) tentaram realizar outras manobras de
recuperação da economia brasileira. Contudo, tais ações não conseguiram frear os índices inflacionários exorbi-
tantes que assaltavam o salário de grande parte dos trabalhadores brasileiros. Dessa forma, as eleições de 1989
entraram em cena com a expectativa da escolha de um candidato eleito pelo voto direto, que pudesse resolver
as tensões econômicas e sociais que tomavam os quatro cantos do país.
GOVERNO COLLOR
Prometendo atender os anseios de um povo recém saído do Regime Militar (1964 – 1985), Fernando Collor
de Mello tomou posse da cadeira de Presidente da República em 1990. Sendo um político de articulação restri-
ta, Collor montou um ministério recheado de figuras desconhecidas ou sem nenhum respaldo para encabeçar
os desafios a serem resolvidos pelo novo governo.
Logo depois de sua posse, Collor criou um plano de recuperação da economia arquitetado pela ministra
Zélia Cardoso de Mello. O Plano Collor previa uma série de medidas que injetariam recursos na economia com
a alta de impostos, a abertura dos mercados nacionais e a criação de uma nova moeda (Cruzeiro). Entre outras
medidas, o Plano Collor também exigiu o confisco das poupanças, com valores superiores a 50 mil cruzeiros,
durante um prazo de dezoito meses.
A recepção negativa do Plano Collor pelos setores médios e pequenos investidores seria apenas o prenúncio
de uma série de polêmicas que afundariam o governo. Além de não alcançar as metas previstas no plano eco-
nômico, Collor ainda se envolveria em um enorme escândalo de corrupção. Conhecido como Esquema PC, as
práticas corruptas do governo Collor foram denunciadas pelo próprio irmão do presidente, Pedro Collor, e publi-
cadas nos mesmos órgãos da imprensa que tinham dado apoio à sua candidatura.
Com uma crise econômica somada a uma crise política, Collor foi alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) que conseguiu provar as irregularidades a ele atribuídas. Sem nenhuma base de apoio, Collor
ainda foi pressionado por uma imensa campanha estudantil que exigia o fim de seu mandato. Com seus rostos
pintados de verde, amarelo e preto estudantes de diferentes cidades do país se mobilizaram no movimento
conhecido como “Caras Pintadas”.
Itamar Franco assumiu a presidência após o Impeachment de Fernando Collor de Mello de forma interina
entre outubro e dezembro de 92, e em caráter definitivo em 29 de dezembro de 1992. O Brasil vivia um dos
momentos mais difíceis de sua história: recessão prolongada, inflação aguda e crônica, desemprego, etc. Em
meio a todos esses problemas e o recém Impeachment de Fernando Collor de Mello, os brasileiros se encontra-
vam em uma situação de descrença geral nas instituições e de baixa autoestima.
Conhecimentos Gerais
O novo presidente se concentrou em arrumar o cenário que encontrara. Itamar procurou realizar uma ges-
tão transparente, algo tão almejado pela sociedade brasileira. Para fazer uma gestão tranquila, sem turbulên-
cias, procurou o apoio de partidos mais à esquerda.
Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na Constituição, o governo fez um plebiscito para a escolha da
forma e do sistema de governo no Brasil. O povo decidiu manter tudo como estava: escolheu a República (66%
contra 10% da Monarquia) e o Presidencialismo (55% contra 25% do Parlamentarismo).
No governo de Itamar Franco foi elaborado o mais bem-sucedido plano de controle inflacionário da Nova
República: o Plano Real. Montado pelo seu Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, o plano visava
criar uma unidade real de valor (URV) para todos os produtos, desvinculada da moeda vigente, o Cruzeiro Real.
Desta forma, cada URV correspondia a US$ 1. Posteriormente a URV veio a ser denominada “Real”, a nova moe-
da brasileira. O Plano Real foi eficiente, já que proporcionou o aumento do poder de compra dos brasileiros e o
controle da inflação.
Mesmo tendo sofrido as consequências das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do
Congresso Nacional, entre 1993 e 1994, em virtude de denúncias de irregularidades no desenvolvimento do
Orçamento da União, Itamar Franco terminou seu mandato com um grande índice de popularidade. Uma prova
disso foi o seu bem-sucedido apoio a Fernando Henrique Cardoso na sucessão presidencial.
Eleições de 1994
Respaldado pelo sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso foi o grande vitorioso nas eleições rea-
lizadas em 1994.
O segundo processo eleitoral aberto e com votação direta depois do fim da ditadura civil-militar no Brasil
ocorreu em 1994, e tinha como objetivo renovar os poderes executivos e legislativos, federais e estaduais, e
tentar consolidar um processo de renovação institucional na sociedade brasileira, com base na democracia re-
presentativa.
Como foram realizadas no momento em que o Plano Real apresentava seus principais aspectos positivos,
como o controle da inflação e o aumento da capacidade de compra da população, e ainda não se fazia sentir os
negativos, como o aumento do desemprego e as falências, a principal figura que se beneficiou com a situação
foi o antigo ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Em uma chapa composta pelo seu partido, PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), e o PFL (Partido
da Frente Liberal), FHC reuniu as forças políticas conservadoras do país para enfrentar principalmente o candi-
dato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva do PT (Partido dos Trabalhadores), que vinha fortalecido com o se-
gundo lugar alcançado nas eleições anteriores de 1989. Os demais candidatos foram Enéas Carneiro (PRONA),
Esperidião Amim (PPR), Leonel Brizola (PDT) e Orestes Quércia (PMDB).
Com o capital político alcançado com o Plano Real, FHC derrotou Lula já no primeiro turno das eleições,
conseguindo 55% dos votos válidos contra 27% do candidato petista. Também foram eleitos governadores e
deputados em todos os estados da união, além de ter havido uma renovação de dois terços na Câmara e Sena-
do Federal.
No ano de 2002, as eleições presidenciais agitaram o contexto político nacional. Os primeiros proble-
mas que cercavam o governo FHC abriram brechas para que Lula chegasse ao poder com a promessa de dar
um outro rumo à política brasileira. O desenvolvimento econômico trazido pelo Plano Real tinha trazido gran-
des vantagens à população, entretanto, alguns problemas com o aumento do desemprego, o endividamento
dos Estados e a distribuição de renda manchavam o bloco governista.
Foi nesse contexto que Lula buscou o apoio de diversos setores políticos para empreender uma chapa elei-
toral capaz de agradar diferentes setores da sociedade brasileira. No primeiro turno, a vitória de Lula sobre os
demais candidatos não foi suficiente para lhe dar o cargo. Na segunda rodada da disputa, o ex-operário e reti-
rante nordestino conseguiu realizar um feito histórico na trajetória política do país.
Lula se tornou presidente do Brasil e sua trajetória de vida fazia com que diversas expectativas cercassem o
seu governo. Seria a primeira vez que as esquerdas tomariam controle da nação.
No entanto, seu governo não se resume a essa simples mudança. Entre as primeiras medidas tomadas, o
Governo Lula anunciou um projeto social destinado à melhoria da alimentação das populações menos favore-
cidas. Estava lançada a campanha “Fome Zero”.
Essa seria um dos diversos programas sociais que marcaram o seu governo. A ação assistencialista do go-
verno se justificava pela necessidade em sanar o problema da concentração de renda que assolava o país. Tal
medida inovadora foi possível graças à continuidade dada às políticas econômicas traçadas durante a Era FHC.
O combate à inflação, a ampliação das exportações e a contenção de despesas foram algumas das metas bus-
cadas pelo governo.
A ação política de Lula conseguiu empreender um desenvolvimento historicamente reclamado por diversos
setores sociais. No entanto, o crescimento econômico do Brasil não conseguiu se desvencilhar de práticas eco-
nômicas semelhantes às dos governos anteriores. A manutenção de determinadas ações políticas foram alvo
de duras críticas. No ano de 2005, o governo foi denunciado por realizar a venda de propinas para conseguir a
aprovação de determinadas medidas.
O esquema, que ficou conhecido como “Mensalão”, instaurou um acalorado debate político que questio-
nava se existia algum tipo de oposição política no país. Em meio a esse clima de indefinição das posições po-
líticas, o governo Lula conseguiu vencer uma segunda disputa eleitoral. O novo mandato de Lula é visto hoje
mais como uma tendência continuísta a um quadro político estável, do que uma vitória dos setores de esquer-
da do Brasil.
Independente de ser um governo vitorioso ou fracassado, o Governo Lula foi uma importante etapa para a
experiência democrática no país. De certa forma, o fato de um partido formalmente considerado de esquerda
ascender ao poder nos insere em uma nova etapa do jogo democrático nacional. Mesmo ainda sofrendo com
o problema da corrupção, a chegada de Lula pode dar fim a um pensamento político que excluía a chegada de
novos grupos ao poder.
A chegada de Lula ao poder empreendeu uma transformação histórica muito significativa a um imenso nú-
mero de pessoas que apoiavam a chegada de um partido de esquerda ao poder. As lutas provenientes dos tem-
pos da ditadura militar e as limitações da atuação política de setores já instalados no poder formam o mais amplo
campo de situações históricas que determinaram a vitória eleitoral do Partido dos Trabalhadores no ano de 2002.
Um pouco antes disso, sabemos que a formação da base política do partido ao qual Lula representava tinha
grande influência e atuação junto aos sindicatos e aos movimentos sociais organizados. De fato, essa atuação
ainda existe e fundamenta a aposta de que a candidatura de Dilma seja politicamente viável. Por outro lado,
Conhecimentos Gerais
devemos salientar que essa mesma aposta também se consolida por meio do chamado “lulismo”, um fenôme-
no recente na história política do país.
Em termos mais gerais, podemos atribuir essa situação à eficiência administrativa que marcou a atuação do
PT antes da chegada à presidência.
O triunfo em grandes capitais e o oferecimento de programas inéditos fortaleciam a ideia de que o Partido
dos Trabalhadores tinha um projeto mais amplo e eficaz, atraindo de modo competente uma parcela das clas-
ses médias que ainda viam com desconfiança esse tipo de transformação ou que já sentiam algum desgaste
na atuação política de partidos mais tradicionais.
Ao lado da eficiência administrativa, devemos também salientar que o antigo jogo polarizador entre “es-
querda” e “direita” foi perdendo o sentido na medida em que o PT e o próprio Lula abriram espaço para di-
versas inflexões em seu discurso e atuação. Historicamente, a esquerda teve no Brasil e em outras parcelas do
mundo a função de criticar efetivamente o funcionamento do sistema capitalista e oferecer outras propostas
que tivessem, ao menos, o desejo de buscar uma transformação mais profunda.
Com o passar do tempo, o colapso das experiências socialistas em outras regiões do mundo tiveram peso
determinante para que os partidos de esquerda, fora e dentro do Brasil, buscassem uma guinada que respon-
desse a ineficácia observada em outros contextos. Ao mesmo tempo, o interesse em atingir amplas parcelas
da sociedade acabou sendo um outro fator, conscientemente ou não, necessário para que o antigo anseio pelo
poder viesse a se concretizar em um espaço de tempo mais curto.
No momento em que Lula chegou ao poder, vimos que a capacidade de ampliação das bases de susten-
tação política, social e partidária, estabeleceu a chegada do novo presidente ao poder. De certo modo, essa
situação não implicava em um avanço da democracia, já que um mesmo comportamento fundamental apa-
rece entre o eleitorado, desde a volta do regime democrático: as legendas e ideologias perderam espaço para a
aposta em uma figura carismática que se enquadra aos anseios do momento.
Não por acaso, vemos que os bons resultados do governo de Luis Inácio Lula da Silva conseguiram superar
os escândalos de corrupção que derrubaram figuras centrais do PT e abalaram a fidelidade de alguns que en-
xergavam o partido antes do presidente. Essa seria a primeira manifestação vigorosa do tal “lulismo”. A outra
aparece agora, quando a candidatura de Dilma Rousseff assenta sua campanha na promessa de estabelecer a
continuidade das conquistas que marcam a presença de Lula no poder.
Em breve consideração, podemos ver que o “lulismo” surge como uma tendência que agrega o projeto de
chegada do PT ao poder e o reconhecimento de um determinado comportamento do eleitorado nacional. En-
quanto isso, um grupo heterogêneo de articulistas consome seu tempo tentando reavivar os antigos parâmetros
de luta entre “esquerda” e “direita” que mais lembram o cenário de uma ditadura militar que não mais existe.
Vemos então uma irreal guerra de trincheiras, onde se tenta vender uma cisão de ideologias que há muito
tempo não se manifesta nos espaços de atuação política. Para atestar isso, basta observar os últimos acordos
políticos e chapas que se formaram nos últimos processos eleitorais ou nas alianças que determinaram a apro-
vação de certas leis. As diferenças de projeto e a própria discussão política foram sucateadas pelos resultados
políticos imediatos da eficácia administrativa e financeira.
Projetando um futuro cenário sem Lula, poderíamos perceber com maior clareza a incapacidade que o PT e
as próprias esquerdas teriam em lançar outras lideranças. Da mesma forma, os partidos de direita também não
oferecem hoje uma opção de escolha que pudesse impactar imediatamente uma fatia expressiva da popula-
ção. Sendo assim, o “lulismo” revela a existência de uma crise em que o exercício da democracia não equivale à
criticidade necessária ao desenvolvimento da própria política.
Dilma Vana Rousseff (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasilei-
Conhecimentos Gerais
ra, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e a atual presidente da República Federativa do Brasil. Durante o
governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e poste-
riormente, da Casa Civil.
Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial,
sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para
o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.
Nascida em família de classe média alta, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude,
logo após o Golpe Militar de 1964.
Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar,
como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Pal-
mares). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação Bandeirante (Oban), onde
teria passado por sessões de tortura, e, posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto a Carlos Araújo, seu companheiro por mais de
trinta anos, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou ativamente de diversas
campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre de 1985 a 1988, no
governo Alceu Collares.
De 1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e, mais tarde, foi secretária estadual
de Minas e Energia, de 1999 a 2002, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do
qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2001.
Em 2002, participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a
área energética. Posteriormente, nesse mesmo ano, foi escolhida para ocupar o Ministério de Minas e Energia,
onde permaneceu até 2005, quando foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a José Dirceu,
que renunciara ao cargo após o chamado escândalo do mensalão.
Em 2009, foi incluída entre os 100 brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época e, em novem-
bro do ano seguinte, a revista Forbes classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.
Dilma tomou posse em 1º de janeiro de 2011, em cerimônia iniciada às 14 horas (horário local), no
plenário do Congresso Nacional, em Brasília. Ela foi empossada juntamente com o vice-presidente, Michel Te-
mer.
A gestão Dilma Rousseff iniciou dando segmento à política econômica do Governo Lula. O novo gover-
no começou com a saída de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central, depois de oito anos à frente
da instituição. Para o lugar de Meirelles, foi escolhido o ex-diretor do BC Alexandre Tombini, que, em discurso
de posse, defendeu um sistema financeiro sólido e eficiente como condição para crescimento sustentável.
Para outro local de destaque da equipe econômica do governo, o Ministério da Fazenda, Dilma optou
pela permanência de Guido Mantega.
O Governo Dilma começou a gestão da política externa com algumas mudanças de posição em relação
ao governo anterior.
Uma delas foi relacionada às questões dos direitos humanos do Irã, já que no governo anterior o represen-
tante do país na ONU se abstinha de votar a favor de sanções. Dilma deixou claro que estaria disposta a mudar
o padrão de votação do Brasil em resoluções que tratassem das violações aos direitos humanos no país do
Oriente Médio.
Nos primeiros meses de governo, Dilma contrariou a vontade de setores do próprio partido de regular
a imprensa e declarou que “a imprensa livre é imprescindível para a democracia”.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o programa de governo de Dilma
Conhecimentos Gerais
Rousseff registrado no TSE em 06 de julho de 2010, uma formalidade exigida pela legislação, contemplou duas
versões em questão de algumas horas.
Inicialmente o partido registrou um papelório com 19 páginas, todas rubricadas pela candidata, com temas
controversos como controle da mídia, aborto e invasão de terras.
Horas depois, uma segunda versão, sem os temas mais controversos – classificados como radicais por di-
versos meios de comunicação, como a Folha de S. Paulo, o jornal O Globo e a revista Veja, – foi enviada para
substituir o primeiro, esse assinado por advogados procuradores do PT. Ainda segundo o jornal, a assessoria da
candidata teria afirmado que tanto ela quanto José Eduardo Dutra (presidente do partido) assinaram a versão
sem ler o que estava escrito.
Em 04 de dezembro de 2011, foi noticiado que mais um ministro do governo Dilma Rousseff perdeu o
posto após uma série de escândalos, totalizando agora sete que já deixaram o cargo desde o início do manda-
to da petista. Desta vez, o envolvido é o titular do Ministério do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado
do PDT. Lupi comandava a pasta desde abril de 2007, ainda no governo Lula.
A crise em uma pasta estratégica --tratada como vitrine pelos recordes sucessivos de geração de em-
prego no país-- começou após reportagem da revista “Veja” no dia 9 de novembro informar o envolvimento de
servidores e ex-servidores do ministério em um esquema de cobrança de propinas que revertia recursos para
o caixa do PDT. Como Orlando Silva, Lupi atacou e desqualificou a imprensa quando foi à Câmara se defender
espontaneamente no dia 10. Ele afirma que não havia provas contra ele.
No dia 12, uma nova publicação da “Veja” denunciou o uso de avião contratado por um dono de uma
rede de Ongs beneficiária de convênios de mais de R$ 10 milhões com o Ministério do Trabalho. Segundo in-
terlocutores do Planalto, a presidente Dilma estaria esperando que o ministro do Trabalho desse explicações
“consistentes” sobre as circunstâncias de sua viagem ao Maranhão em dezembro de 2009.
ESPORTE
Orlando Silva foi o sexto ministro a deixar o governo após tentar responder acusações de ter partici-
pado de um suposto esquema de fraude no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. As suspeitas
foram levantadas pelo policial militar João Dias Ferreira em entrevista a revista “Veja”.
TURISMO
A situação do ex-ministro do Turismo Pedro Novais ficou insustentável no Planalto e dentro de seu
próprio partido depois de duas revelações da Folha: a de que ele pagou com dinheiro público o salário de sua
governanta por sete anos e a de que sua mulher usa irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados
como motorista particular.
AGRICULTURA
No dia 17 de agosto, o então ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), pediu demissão, atingido
por uma onda de acusações que apontou pagamento de propinas, influência de lobistas e aparelhamento polí-
tico em sua gestão no ministério. Foi substituído por Mendes Ribeiro (PMDB).
DEFESA
A queda de Nelson Jobim (PMDB) do Ministério da Defesa, ocorreu no dia 4 de agosto, após desaven-
ças com Dilma e declarações de que havia votado em José Serra (PSDB) na eleições presidenciais. Foi substi-
tuído por Celso Amorim. A situação piorou após Jobim dizer, à revista “Piauí” a ministra Ideli Salvatti (Relações
Conhecimentos Gerais
Institucionais) é “fraquinha” e que Gleisi Hoffmann (Casa Civil) “sequer conhece Brasília”.
TRANSPORTES
Em 6 de julho, foi a vez de Alfredo Nascimento (PR) se demitir dos Transportes no dia 6 de julho, após
ter seu nome envolvido em um escândalo de superfaturamento de obras e recebimento de propina envolven-
do servidores e órgãos. Foi substituído por Paulo Sérgio Passos (PR).
RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
No dia 10 de junho, Dilma fez uma troca entre os ministros Ideli Salvatti e Luiz Sérgio. Ela deixou a
Secretaria de Pesca e assumiu a Relações Institucionais, enquanto ele fez o caminho contrário.
CASA CIVIL
O primeiro ministro a deixar o governo, em 7 de junho, foi Antonio Palocci (PT). Gleisi Hoffmann (PT
-PR) substituiu Palocci. Após 23 dias de crise, ele entregou o cargo a presidente depois de a Folha revelar que
o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, quando ele foi deputado federal e manteve,
paralelamente, uma consultoria privada.
EXERCÍCIOS
a) 22 de abril de 1800
b) 7 de setembro de 1500
c) 22 de abril de 1500
d)15 de novembro de 1822
2) Qual foi o terceiro nome dado ao continente descoberto por Pedro Alvarez Cabral?
a) Brasil
b) Monte Pascoal
c) Terra de Santa Cruz
d) Ilha de Vera Cruz
Conhecimentos Gerais
3) Em que ano D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil?
a) 1812
b) 1822
c) 1831
d) 1832
5) Quais eram os dois estados que dominavam o cenário da política do Café com Leite?
a) Floriano Peixoto
b) Getúlio Vargas
c) José Linhares
d) Eurico Gaspar Dutra
a) Jânio Quadros
b) João Goulart
c) Juscelino Kubitschek
d) Getúlio Vargas
a) Tancredo Neves
b) José Sarney
c) Fernando Collor de Mello
d) Fernando Henrique Cardoso
9) No Período Colonial, as plantações ocorriam num sistema no qual grandes fazendas produtoras de um úni-
co produto, utilizavam mão de obra escrava, visando ao comércio exterior. Este sistema foi denominado:
a) Pacto Agrícola
b) Monopólio Agrícola
c) Plantation
d) Comércio Agrícola
10) Com a queda de Getúlio Vargas em 1945, a presidência passou a ser ocupada pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal:
Conhecimentos Gerais
a) Juscelino Kubistchek
b) João Goulart
c) José Linhares
d) Jânio Quadros
11) Em 9 de abril de 1964 é decretado o Ato Institucional que cassa mandatos políticos de opositores ao regime
militar e tira a estabilidade de funcionários públicos. Este foi o Ato Institucional número:
a) 1
b) 3
c) 4
d) 5
12) No governo de Itamar Franco foi elaborado o mais bem-sucedido plano de controle inflacionário da Nova
República, montado pelo seu Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Esse Plano foi denominado de:
a) Plano Verão
b) Plano Cruzado
c) Plano Cruzeiro
d) Plano Real
RESPOSTAS
9-C 10 - C 11 - A 12 - D
Entre outros acontecimentos científicos marcantes, a década contou com o sequenciamento do genoma
humano, de importância inquestionável para a biologia e a medicina. Mas ocorreram também a descoberta de
água em Marte e a de Ardi, o mais antigo ancestral do ser humano, sem falar na do grafeno, o melhor condu-
tor de energia já descoberto. Segue uma relação das descobertas mais importantes, na visão de especialistas
brasileiros.
No ano 2000 consórcio público internacional Projeto Genoma Humano, dirigido pelo geneticista Francis
Collins, divulgou o sequenciamento do genoma humano. O trabalho teve e tem vários desdobramentos de
enorme importância. Por exemplo, ajudou cientistas a desenvolverem medicamentos potentes para certos ti-
pos de câncer e testes que ajudam a identificar o Alzheimer. Vale ressaltar que o sequenciamento completo do
Conhecimentos Gerais
genoma só foi obtido em 2003.
Em 31 de julho de 2008, a Nasa anunciou a descoberta de água em Marte pela sonda Phoenix, que se
encontrava no planeta desde 25 de maio. Durante exploração do solo marciano, o braço robótico da Phoenix
colocou amostras de gelo em um instrumento que detectou a presença de moléculas de H2O. A existência de
água em Marte é um indício de que pode haver vida, ainda que simples, nesse planeta. Além disso, a desco-
berta é um triunfo tecnológico, devido à sofisticação dos aparelhos utilizados.
A descoberta de uma criatura que pode ser o mais antigo ancestral direto do homem foi anunciada, em
2009, por uma equipe internacional de cientistas, na revista “Science”. Os fósseis, da espécie Ardipithecus rami-
dus, haviam sido encontrados em 1992, na Etiópia. Porém, foi somente em 2009, após muitas pesquisas, que
seu significado foi compreendido e a importância confirmada. O espécime mais importante é uma fêmea de
1,2 metro, com 4,4 milhões de anos, batizado de “Ardi”, que não é nem um chimpanzé nem um humano.
Cientistas dos EUA e do Japão, trabalhando independentemente, inseriram quatro novos genes em fibro-
blastos, células adultas da pele, permitindo que eles se reprogramassem e passassem a se comportar como
células-tronco embrionárias, que podem diferenciar-se em vários tipos de tecidos. A descoberta foi anunciada
em novembro de 2007, pelos líderes das equipes, respectivamente James Thomson e Shinya Yamanaka. Os
estudos podem derrubar o principal obstáculo ético e legal para a obtenção desse tipo de células: o uso de
embriões humanos. Essas células podem ser fonte de tratamento para uma grande quantidade de doenças e
outros problemas de saúde.
* 5º Plutão deixa de ser um planeta
Em 2006, a União Astronômica Internacional rebaixou Plutão para uma divisão inferior de objetos do Sis-
tema Solar, dando-lhe o apelido de “planeta-anão”. Para a IAU (sigla em inglês), um planeta tem massa sufi-
ciente para ficar isolado em sua órbita. Ao longo de sua formação e evolução, o planeta “limpa” a região ao seu
redor. Isso não acontece com Plutão, pois há vários objetos a sua volta. Além disso, seu tamanho - 2.300 quilô-
metros de diâmetro - também contribuiu para o rebaixamento. Destaca-se aqui o fato de os critérios científicos
serem alterados e restabelecidos, de acordo com a evolução do conhecimento.
Astrônomos europeus anunciaram, em abril de 2009, a descoberta do menor planeta já encontrado fora
do Sistema Solar. O exoplaneta (ou planeta extrassolar) tem aproximadamente duas vezes a massa da Terra e
recebeu o nome de Gliese 581. Ele integra um sistema de quatro planetas que giram ao redor de uma pequena
estrela na constelação de Libra, a 20 anos-luz de distância do nosso sistema solar. A descoberta é muito impor-
tante, uma vez que dos 340 exoplanetas já descobertos, quase todos são gigantes gasosos.
Em 2005, pesquisadores da Universidade de Cornell (EUA), sob a liderança de David Lyden, mostraram que
o grupo de células não transformadas da medula óssea está envolvido na ocorrência de futuras metástases.
Estimulado pelo tumor, essas células dirigem-se aos vasos sanguíneos, onde se associam a outras células,
criando um nicho que proporciona às células tumorais um local de fixação e nutrientes para sua multiplicação.
A identificação dessas células permitirá o desenvolvimento de tratamentos que evitem a recorrência do câncer.
Pesquisadores da Universidade Duke (EUA), entre os quais o brasileiro Miguel Nicolelis, anunciaram em
outubro de 2003 a implantação de eletrodos no cérebro de macacos, que lhes permitiu mover um braço me-
Conhecimentos Gerais
cânico apenas com sinais nervosos. A criação é o primeiro passo para a incorporação de equipamentos eletrô-
nicos ao tratamento de doenças, o que poderá ajudar na recuperação de pessoas paralíticas ou que sofreram
derrame cerebral.
O Prêmio Nobel de Física 2010 foi atribuído a dois cientistas de origem russa, André Geim e Konstantin No-
voselov, da Universidade de Manchester, no Reino Unido Usando um pedaço de fita adesiva, um lápis e uma
corrente elétrica, eles descobriram em 2004 o grafeno, uma forma revolucionária do grafite. O novo material
supera consideravelmente em rapidez os transistores clássicos de silício, podendo ser usado na fabricação de
computadores mais eficazes. O grafeno é o melhor condutor de calor conhecido até hoje.
Em maio de 2010, o grupo de pesquisadores do geneticista norte-americano Craig Venter anunciou a cria-
ção de uma bactéria, a Mycoplasma mycoides, a primeira célula controlada por um genoma sintético, compos-
to por 1,08 milhão de pares de bases dispostas em um único cromossomo. A partir da invenção, podem ser
realizados estudos para a produção de micro-organismos artificiais para serem usados na produção de vacinas
e biocombustíveis, para descontaminar águas poluídas, entre outras aplicações.
Fonte: Uol
Enviada por JC
Edição: A.N.
03/01/2010
Veja nesta galeria algumas descobertas científicas anunciadas em 2012, desde a pílula que promete preve-
nir o HIV até a descoberta de uma nova espécie de humanos
São Paulo – Uma descoberta anunciada esta semana na África do Sul pode ser a resposta para a erradica-
ção da malária. Desenvolvido por cientistas da Universidade da Cidade do Cabo, o medicamento, chamado MB
390048, promete combater os cinco tipos da doença com apenas um comprimido de dose única.
Enquanto isso, no Reino Unido, passos importantes no tratamento da surdez são dados. Uma equipe da
Universidade de Sheffield descobriu que é possível restabelecer, parcialmente, a audição em animais ao usar,
pela primeira vez, células-tronco de um embrião humano para isso.
Em 1972, antropólogos encontraram no Quênia um crânio que recebeu o nome científico de Homo rudol-
fensis. O fóssil foi datado em 1,9 milhão de anos e, segundo estimado pelos cientistas que realizaram a desco-
berta, seria de uma nova espécie humana, contemporânea ao Homo habilis.
Nessa determinação, porém, surgiu um problema, pois encontraram apenas um fóssil, o que dificultou a
consolidação da hipótese. Os traços do crânio de fato eram muito diferentes do outros exemplares do Homo
habilis e então instalou-se um debate sobre sua real origem: seria aquele indivíduo apenas diferente dos de-
mais Homo habilis ou pertenceria ele a uma nova espécie?
Em julho, a Food and Drug Administration (FDA), responsável pelo controle de remédios nos EUA, aprovou
o que é considerada a primeira pílula capaz de agir na prevenção do vírus causador da AIDS, em indivíduos não
infectados, o Truvada.
Conhecimentos Gerais
Antes da sua aprovação, vários estudos apontaram que o Truvada poderia se transformar em uma arma
eficaz no combate à doença. Em um deles, por exemplo, realizado em casais em que um dos membros é por-
tador do vírus, percebeu-se uma redução de até 75% no risco de contaminação.
A teoria que previu a existência desta partícula foi elaborada nos anos 60, pelo cientista escocês Peter Higgs.
O bóson de Higgs é uma partícula subatômica, parte do chamado Modelo Padrão, que descreve, entre outras
coisas, a constituição da matéria, e o bóson era a única partícula que ainda não havia sido observada.
Isso até julho de 2012 quando cientistas do CERN anunciaram ter encontrado uma partícula parecida com o
bóson de Higgs. Apesar da cautela dos físicos em afirmar que a descoberta é o bóson, estimativas praticamente
confirmam: a chance de a partícula encontrada não ser o bóson é de apenas uma em 3,5 milhões.
O mal de Alzheimer é uma doença para a qual ainda não existe cura. Há, porém, uma nova vacina, em testes
no Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia), e que parece ser capaz de combater a proteína beta-amiloide.
Esta proteína, quando processada de forma inadequada pelo corpo acaba por se tornar tóxica, acumula no
espaço entre os neurônios e os destrói. Pois a vacina desenvolvida pelos cientistas suecos tem como foco atuar
exatamente nas defesas do organismo contra a proteína em sua versão danosa.
Já com a segunda fase de testes em humanos concluída, foi descoberto que 80% dos pacientes desenvolve-
ram anticorpos contra a beta-amiloide danosa. O resultado promissor da pesquisa, explica a equipe, indica que
a CAD106 pode ser um tratamento tolerável para pacientes portadores da doença a partir do seu nível mais
leve até moderado.
Pela primeira vez, é produzido um retrato completo do volume de água subterrânea na África. Um estudo
da British Geological Survey constatou que a região conta com enormes aquíferos. Agora, cientistas acreditam
que será possível desenvolver estratégias mais eficazes para contornar a demanda por água na região.
O estudo apontou que os maiores aquíferos estão localizados no mais improvável dos lugares: o norte da
África, em países como Líbia e Sudão. Estimam que a quantidade de água sob o continente supera em até 100
vezes o volume encontrado na sua superfície.
Depois de trinta anos de escavações, cientistas da Rússia conseguiram, enfim, chegar à superfície do lago
Vostok, na Antártida. Localizado há quase 4 mil metros de profundidade, o local abriga o que é considerada a
água mais pura e antiga de todo o planeta.
A importância do anúncio vai além do fato de que o local é o maior lago subterrâneo do planeta. Um es-
tudo aprofundado do ecossistema conservado na água poderá revelar novas formas de vida e ainda contribuir
para uma maior compreensão de como aconteceu evolução de espécies antes da era glacial.
Paleontólogos da Universidade de Toronto Mississauga encontraram na África do Sul dez ninhos, cada um
com cerca de 34 ovos, pertencentes a um dinossauro da espécie Massospondylus. A escavação, que teve início
em 2006, descobriu o que é considerado o mais antigo local de reprodução dos dinossauros já encontrado,
datado em mais de 190 milhões de anos.
A presença dos ninhos espalhados em uma pequena área trazem evidências de como era complexo o com-
portamento reprodutivo dos primeiros dinossauros. Os fósseis podem ajudar os cientistas a entenderem as
Conhecimentos Gerais
estratégias para reprodução, bem como os estágios iniciais da evolução destes animais.
13 Março, 2013
Há grandes avanços nos tratamentos capazes de enganar o sistema imunológico humano para combater
o câncer. Um grupo de cientistas do Hospital Universitário de Berna, capital suíça, considera que pode utilizar
esse método no para lutar contra a leucemia.
Recentemente, uma menina norte-americana foi a primeira menor que se curou de leucemia graças a um
tratamento experimental que utiliza uma forma modificada do vírus da Aids (VIH) para reprogramar as células.
O método que está sendo desenvolvido em Berna consiste em ensinar ao sistema imunitário a reconhecer e
atacar as células cancerígenas, porém sem prejudicar as células e os órgãos sadios. (SRF/swissinfo.ch)
EXERCÍCIOS
a) Juno
b) Galileu
c) Phoenix
d) Akatsuki
2) Em 2006, a União Astronômica Internacional rebaixou _________ para uma divisão inferior de objetos do
Sistema Solar.
a) Mercúrio
b) Urano
c) Plutão
d) Vênus
a) Gliese 645
b) Gliese 581
c) Gliese 234
d) Gliese 389
a) japonesa
b) russa
c) americana
d) alemã
a) Sheffield
b) Oxford
Conhecimentos Gerais
c) Cambridge
d) Southampton
6) O ____________ é uma doença para a qual ainda não existe cura. Há, porém, uma nova vacina, em testes
no Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia), e que parece ser capaz de combater a proteína beta-amiloide
a) mal de Parkinson
b) mal de Alzheimer
c) mal de Chagas
d) mal de Pierce
8) Depois de trinta anos de escavações, cientistas da Rússia conseguiram, enfim, chegar à superfície do lago
Vostok, na:
a) Antártida
b) Sibéria
c) Groenlândia
d) Finlândia
9) Paleontólogos da Universidade de Toronto Mississauga encontraram na África do Sul dez ninhos de dinos-
sauro da espécie:
a) Massospondylus
b) Riojasaurus
c) Thecodontosaurus
d) Allosaurus
10) Recentemente, uma menina norte-americana foi a primeira menor que se curou de leucemia graças a um
tratamento experimental que utiliza uma forma modificada do vírus:
a) da caxumba
b) da varicela
c) da febre amarela
d) da Aids
RESPOSTAS
Até meados do século 19, a raça humana manteve relativa harmonia com o meio ambiente. Com o surgi-
mento da era industrial e das grandes aglomerações urbanas, houve uma quebra nessa harmonia, o que pro-
vocou uma crescente queda do nível de vida do ambiente, com a morte de rios e o desaparecimento de áreas
verdes. A essa devastação inconsequente dá-se o nome de poluição.
Os rios são poluídos por descargas vindas dos esgotos urbanos não tratados, dos complexos industriais, das
minerações, etc. Evita-se esse tipo de poluição com o tratamento adequado dessas descargas.
Os mares vão sendo aos poucos poluídos por esses rios, devido às descargas das indústrias, cidades litorâ-
neas e por naufrágios de grandes petroleiros, que destroem toda a vida ao redor do local do acidente.
O solo é prejudicado pelas queimadas e pelo desmatamento. O fogo destrói não apenas as plantas que são
o alvo dos incêndios, mas também suas raízes e micro-organismos que vivem na terra, tornando-a estéril, sem
as proteínas necessárias às plantas. O desmatamento causa também a erosão do solo.
Neste trabalho pretendo explicar qual é a relação entre as pessoas que formam a sociedade e sua atuação
como defensoras ou não do meio ambiente.
Primeiro devo explicar o que é meio ambiente: “Meio ambiente corresponde não só ao meio físico e bio-
lógico, mas também ao meio sociocultural e sua relação com os modelos de desenvolvimento adotados pelo
homem”.
A preservação do meio ambiente, desde o início deste século, deixou de ser tratada como um assunto de
um grupo pequeno de pessoas que alertavam para a necessidade de se preservar o maior bem da vida, fonte
de energia dos habitantes deste planeta.
Tratar o meio ambiente como fonte de energia necessária à manutenção de todas as formas de vida é reco-
nhecer que todos nós e, principalmente, os seres humanos detentores do poder de sua exploração dependem
desta fonte de energia para a sobrevivência.
Devemos ter consciência que a natureza nos ensina, e que tudo o que necessitamos está disponível, restan-
do apenas a nós a sabedoria de encontrar as formas equilibradas para prover as nossas necessidades sem pro-
vocar o esgotamento da fonte, pois são suficientes para a solução das necessidades não só da espécie humana,
mas também de todos os seres vivos.
Conhecimentos Gerais
de como utilizar as nossa fonte de energia, bem como a forma de encarar as dádivas que ela nos proporciona.
Como já escrevi acima, há um consenso em pelo menos uma coisa: somos tripulantes de uma mesma nave
e temos que encontrar alternativas para coexistirmos em equilíbrio, sendo que este equilíbrio diz respeito a
forma de utilização dos recursos naturais disponíveis.
Tratar o meio ambiente de forma mais racional é reconhecer que todos os habitantes do planeta dependem
de energia para sua sobrevivência, de forma que sem esta fonte ou com esta fonte em desequilíbrio, significa
uma nave sem condições de navegar e seus tripulantes sem condições de manter o equilíbrio necessário à sua
sobrevivência.
Portanto, a necessidade de um uso racional dos recursos naturais existentes é, atualmente, o maior desafio
do século que se inicia.
Assim, a humanidade está chegando a conclusão, quase matemática e comprovada cientificamente, que a
forma de utilização das fontes de energia estão ultrapassadas ou não mais atendem as necessidades da popu-
lação atual.
Não estão erradas do ponto de vista que foram criadas para o mal ou para o bem, mas sim que o modelo
de exploração conhecido está levando o planeta à exaustão, diante da escassez dos recursos disponíveis.
O mundo hoje se questiona. Grupos criticam outros grupos apontando-os como responsáveis pelo desgaste
atual. Isto é perigoso. Não se trata de encontrarmos culpados e responsabilizarmos pelo caos que se avista.
Não é momento de desagregação, mas sim de agregação em torno de um objetivo comum e um desafio
que teremos que vencer: saber conviver, de forma equilibrada, com o nosso meio ambiente.
Partindo do princípio que a discussão hoje deixou de ser exclusiva de um grupo que se guiava pelo o ro-
mantismo ecológico, para ocupar as mesas de discussão mais importantes do planeta, como o Conselho de
Segurança da ONU, chegamos no momento de encontrarmos um consenso sobre a questão.
Este momento requer uma organização de trabalho, cada esfera, grupo de profissionais, autoridades, enfim
todos têm que encontrar alternativas para o novo modelo que virá.
Por exemplo, dependendo da habilidade que cada grupo possui deverão ser desenvolvidas técnicas que
contemplem processos equilibrados e a disponibilidade de recursos.
Diante da realidade que cada agrupamento de pessoas, e isto é normal a todo processo de discussão, de-
fende o seu ponto de vista, cada posicionamento deverá ser observado e absorvido, caso seja viável.
Nota-se uma ausência de liderança capaz de deflagrar este processo, disciplinar a discussão e determinar
procedimentos para que todos que têm a contribuir possam apresentar alternativas, visando atingir um con-
senso.
Realmente não se trata de um processo fácil ou rápido, mas é extremamente necessário e urgente.
Resta acreditar que nós temos capacidade de encontrar as soluções necessárias, restando a cada um ter
disposição e boa vontade, sem resistências, como acontece com alguns governantes.
Todos sentem que alguma coisa tem que ser feita, mas não sabem o que.
Diante do que foi exposto acima, podemos dizer que a atuação das pessoas em relação à natureza se dá de
várias formas, provocando aspectos positivos e negativos.
Para uma parcela de pessoas é a própria fonte da vida, para outros ele existe para suprir as necessidade
humanas, para outros nem existe, para outros existe desde que não os incomode, e assim por diante.
Conhecimentos Gerais
Mas nem tudo está perdido. Algumas sociedades que já reconheceram sua parcela de culpa na destruição
do meio ambiente têm feito trabalhos de prevenção como reflorestamento, despoluição de baías e rios, recu-
peração de manguezais, coleta de lixo seletiva, filtros nas chaminés de suas indústrias, tratamento dos esgotos,
entre outras ações positivas.
Qualquer mudança no meio ambiente, quer seja desfavorável ou benéfica, total ou parcialmente resultante
das atividades, produtos e serviços de uma organização, é chamada de impacto ambiental. E as indústrias são
as que mais causam impactos ao meio ambiente.
A atividade industrial está, inevitavelmente, associada a uma certa degradação do ambiente, uma vez que
não existem processos de fabrico totalmente limpos. O perigo das emissões industriais varia com o tipo de
indústria, matérias primas usadas, processos de fabrico, produtos fabricados ou substâncias produzidas, visto
conterem componentes que afetam os ecossistemas.
- As tecnologias utilizadas, muitas vezes envelhecidas e fortemente poluentes, com elevados consumos
energéticos e de água, sem tratamento adequado dos efluentes com rara valorização de resíduos;
- Localização das unidades na proximidade de áreas urbanas, causando poluição do ar, incômodos e au-
mentando os riscos;
- Localização das unidades em solos agrícolas, causando a sua contaminação e prejudicando as culturas;
- Realização das descargas de resíduos em águas subterrâneas ou superficiais, com risco de contaminação
das águas de consumo;
- Depósitos indevidos de resíduos, cuja infiltração é fonte de poluição do solo e do meio hídrico.
No ano em que o mundo admitiu que o homem é o principal responsável pelas mudanças climáticas e
discute soluções para frear o aquecimento global, o Brasil insiste em empurrar para baixo do tapete a reali-
zação de um debate amplo e aberto sobre a problemática que envolve os resíduos tecnológicos, chamados
resíduos hi-tech. Entre eles estão pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, telefones celulares e equipamentos
eletroeletrônicos (computadores, televisões, rádios e impressoras etc.). São toneladas de equipamentos que se
tornam obsoletos em pouco tempo e cujo descarte adequado é desconhecido por grande parte da população
brasileira. A maioria destes produtos possui em sua composição metais pesados, como chumbo, cádmio e
mercúrio, entre outros. Se manuseados de maneira inadequada ou dispostos de forma irregular no solo ofere-
cem riscos à saúde pública e ao meio ambiente, com perigo de contaminação do ar, do solo e das águas.
Milhares de brasileiros não fazem a menor ideia de que o descarte inadequado de equipamentos eletro-
eletrônicos e de baterias de celular pode causar graves danos à saúde e ao meio ambiente. Por outro lado, eles
têm acesso cada vez mais facilitado a esses tipos de produtos.
Li numa revista que o celular de uma pessoa quebrou. Ela foi a uma loja de uma operadora “x”, localizada
em um shopping próximo para comprar um novo equipamento. Preocupado com a questão ambiental, per-
guntou à funcionária da operadora de telefonia onde deveria depositar a bateria do aparelho quebrado. Ela
apontou para uma lixeira comum do corredor e disse que ele poderia jogar ali mesmo. Isso é um descaso, uma
irresponsabilidade social.
Situações como esta são comuns em países que não regulamentam a questão dos resíduos sólidos de ma-
neira correta. Isto pode ser caracterizado como crime ambiental.
Conhecimentos Gerais
Além deste exemplo citado acima podemos enumerar centenas de problemas causados pelo descaso das
indústrias: poluição dos rios próximos às fábricas, mortandade dos peixes e da vida aquática de maneira geral,
excesso de fumaça venenosa no espaço causando além do efeito estufa, também a destruição da camada de
ozônio, poluição sonora, lançamento de gases venenosos em grande quantidade e não fiscalizada pelo gover-
no, chuva ácida, etc.
- causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas
afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
- causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma
comunidade e
- lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo
com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos. (Lei de Crimes Ambientais, Lei Federal n° 9.605 de
12/02/9.
O que nós podemos fazer para colaborar com a preservação do meio ambiente?
É claro que a nossa participação é bem menor nesse processo de poluição da natureza, mas algumas coisas
podemos fazer para amenizar tudo isso. Vou dar um exemplo bem prático: Onde jogar o óleo de fritura em
casa? Mesmo que não façamos muitas frituras, quando o fazemos, jogamos o óleo na pia ou por outro ralo,
certo? Este é um dos maiores erros que podemos cometer! Sendo assim, o melhor que tem a fazer é colocar os
óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico (por exemplo, as garrafas “PET” de refrigerantes), fechá-las
e colocá-las no lixo orgânico.
Todo lixo orgânico que colocamos nos sacos vai para um local onde são abertos. Assim, as nossas garra-
finhas são abertas e vazadas no local adequado, em vez de irem juntamente com os esgotos para uma ETE
- Estação de Tratamento de Esgoto, e ser necessário dispender milhares de reais a mais para o seu tratamento,
pois, segundo a CEDAE, um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o equivalente ao con-
sumo de uma pessoa no período de 14 anos.
Existem saídas e formas para que a humanidade mude a sua relação com a natureza?
É claro que existem. E tudo precisa começar dentro de nossa própria casa. O dialogo entre as pessoas dentro
de casa pode ser uma boa maneira para reflexão sobre a educação dos filhos. Como fazer para que as novas
gerações desenvolvam um olhar consciente sobre o mundo? A forma mais fácil das crianças adquirirem concei-
tos como o respeito pelo outro, a preservação meio ambiente e todos as outras características necessárias para
a formação de cidadãos de bem é a educação. Sempre ouço meus professores dizerem que não há mudança
que não passe pela educação.
Todo mundo sabe que não se deve desperdiçar água ou deixar a luz acesa, no entanto, se esses conceitos
forem ensinados desde a infância, transformam-se em hábitos e não mais em uma obrigação.
As mães, pais, irmãos mais velhos, professores, adultos de hoje podem contribuir para que as crianças se
tornem cidadãos conscientes no futuro:
1. Explicar às crianças que a água não começa na torneira e nem termina no ralo, mas que vem da nascente
de um rio e acaba em um esgoto. Mostrar qual a importância da preservação da água. Mostrar que é na água
que vivem os peixes e outros animais ajuda as crianças a se aproximarem mais dessa causa;
2. Aproveitar os finais de semana para, ao invés de levar as crianças somente ao shopping, fazer passeios
ao ar livre, como em parques e sítios para que elas tenham contato com a natureza; subir e descer das árvores,
brincar na grama e com animais ou outras atividades semelhantes são divertidas e facilitam ao adulto explicar
a importância da natureza;
Conhecimentos Gerais
3. Ensinar que o lixo deve ser jogado no lixo e não nas ruas, além de incentivá-las a separar o material que
pode ser reciclado e estimular às crianças a montar brinquedos de sucata. Jamais jogue lixo no chão na frente
do seu filho. Pontas de cigarro jogadas fora do cinzeiro também são um péssimo exemplo;
4. Falar na hora das refeições para que coloquem no prato o essencial, evitando o desperdício de comida,
alertando sempre que no mundo existem muitas pessoas que não tem com o que se alimentar. Brincadeiras
com a comida, explicando de onde vem as frutas, verduras e legumes por exemplo, geram maior identidade do
alimento que está no prato com o meio ambiente;
5. Pedir que sempre apaguem a luz, evitando o gasto excedente de energia elétrica; esta tarefa é das mais
difíceis, mas vale a pena gastar um pouco de tempo para garantir que não haja desperdício.
A questão ambiental ocupa hoje um importante espaço político; juntamente com as questões de sexo e de
raça, constitui-se como ponto crucial da Biopolítica. Tornou-se um movimento social que expressa as proble-
máticas relacionadas aos “riscos de grande consequência”, e exige a participação de todos os indivíduos, pois o
Direito ao Ambiente é um “Direito Humano Fundamental”.
No contexto político contemporâneo, onde as coletividades difusas são os novos atores, os determinantes
são a liberdade, a igualdade, a solidariedade e a “qualidade de vida”, a questão ambiental é um canal de aber-
tura para a participação sociopolítica, que abre possibilidades de influência das classes e estratos diversos da
sociedade, no processo de formação das decisões políticas.
O impacto dos danos ambientais nas gerações atuais, e seus reflexos para as futuras, fez com que a questão
ambiental atravessasse fronteiras, se tornasse globalizada.
Segundo Paulo Freire Vieira, nos anos 70, solidifica-se a consciência planetária das ameaças da civilização
industrial-tecnológica: desertificação, destruição da camada de ozônio, etc ... e que os recursos naturais são
limitados. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo (Sué-
cia-1972), , teve por temática o desenvolvimento humano. Os países menos desenvolvidos posicionaram-se
sobre a relação de controle de desenvolvimento “versus” controle de poluição, resultando na internacionaliza-
ção da questão da proteção ao meio ambiente.
Neste sentido, cabe destacar o Princípio 21 da Declaração de Estocolmo que determina que “ De acordo com
a Carta das Nações Unidas e com os princípios do direito internacional, os Estados têm o direito soberano de
explorar seus próprios recursos, de acordo com a sua política ambiental, e a responsabilidade de assegurar que
as atividades levadas a efeito, dentro de sua jurisdição ou sob seu controle, não prejudiquem o meio ambien-
te de outros Estados ou de zonas situadas fora dos limites da jurisdição nacional”. Entretanto, a preocupação
ambiental para os países menos desenvolvidos estava relegada a segundo plano, porque os reais problemas
de sua população estavam ligados ao seu subdesenvolvimento: fome, miséria, carência de escolas, moradias,
saneamento básico, atraso tecnológico, etc...
A década de 80 é marcada pela mundialização do movimento ambientalista e dos partidos verdes. Desta-
ca-se, também, nesta década, a ocorrência de vários desastres ecológicos (Chernobyl, 1986; Bhopal, Índia, em
1984) e da intensificação da poluição (emissão de diácido de carbono das indústrias e dos automóveis; emissão
de dióxido de enxofre (SO2); chuva ácida; efeito estufa (CFCs).
Conhecimentos Gerais
Em junho de 1992, o Brasil (Rio de Janeiro) é sede da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambien-
te e Desenvolvimento (CNUMAD-92) e teve como objetivo o exame de estratégias de desenvolvimento. Ressal-
ta-se, o Princípio 1 que estabelece que “os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas
com o desenvolvimento sustentável. Têm o direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com o meio
ambiente”.
Estabeleceu que o meio ambiente é um bem de uso comum do povo, assegurando a todos o direito ao
meio ambiente equilibrado, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo à
presente e às futuras gerações e ampliou as ações judiciais na tutela ambiental.
É direito da comunidade participar na formulação e execução das políticas ambientais, que deve ser discuti-
da com as populações atingidas; também, a atuação nos processos de criação do Direito Ambiental; e, ainda, a
participação popular na proteção do meio ambiente por intermédio do Poder Judiciário.
Necessário se faz destacar os principais instrumentos constitucionais, que estão a disposição do cidadão e
da coletividade brasileira na tutela do meio ambiente:
Ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo: CF/88, artigos 102, inciso I, alínea a; 103; 125, § 2º;
Mandado de Injunção: segundo o disposto no artigo 5º, LXXI da CF/88 conceder-se-à mandado de injunção
sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucio-
nais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”.
Ação Civil Pública: “é o instrumento processual adequado para reprimir ou impedir danos ao meio ambien-
te, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e por infrações
da ordem econômica (art. 1º), protegendo, assim, os interesses difusos da sociedade”.
Ação Popular: a Constituição Federal de 05 de outubro de 1988 assegura ao cidadão brasileiro a possibilida-
de de “anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe (ofendendo) a morali-
dade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (...)” (artigo 5º, inciso LXXIII).
Concluindo, deve-se dizer que o tema ambiental é um dos mais importantes na última década do século
XX, revelando os impactos negativos provocados no ambiente natural pelo crescimento sem limites que im-
pôs forte domínio sobre a natureza além de suas necessidades. Este crescimento se mostrou ecologicamente
predatório, socialmente perverso e politicamente injusto, e o esgotamento deste modelo é o que caracteriza a
sociedade global do final deste século.
Portanto, destaca-se a necessidade da participação da comunidade e do Poder Público como agentes cons-
trutores de um meio ambiente equilibrado, objetivando a melhoria da “qualidade de vida” da população e da
preservação do meio ambiente. A participação é um processo de conquista, construída constantemente através
da abertura de espaços, pois não existe participação suficiente e acabada
ambiente.
No Brasil e no mundo todo podemos ver ONGs agindo em prol do meio ambiente , o termo ONG quer dizer
Organização não governamental, ou seja, não possui nenhuma ajuda de custo do governo ou se quer pertence
ao governo de um país ou estado, em muitos países alguns governos fazem parcerias para colaborar com algu-
mas ONGs do meio ambiente, mas geralmente elas contam com a ajuda de empresas privadas, e empresários
que trabalham a favor do meio ambiente, estas ONGs fazem parte do terceiro setor, elas organizam projetos,
ações e até protestos, veja abaixo algumas ONGs importantes do Brasil e do mundo que agem pelo meio am-
biente.
Todas as ONGS do meio ambiente independentemente de serem brasileiras ou não realizam um trabalho
de extrema importância para todos, pois mesmo que as pessoas não se envolvam nestes projetos elas sempre
serão beneficiadas através do meio ambiente.
Estes maravilhosos projetos realizam trabalhos sócio ambiental que consistem em proteger a natureza e
espécies especificas na qual cada ONG toma conta, por exemplo, algumas apenas cuidam das tartarugas ma-
rinhas e fazem todos seus trabalhos centrados nessa espécie sendo assim elas procuram proteger e estudar a
cada dia aquela determinada espécie, porém não deixam de cuidar e ajudar outras espécies existentes no meio
ambiente e ameaçadas de extinção.
No Brasil existem sim inúmeras ONGS de meio ambiente que se dedicam a natureza e cada uma de suas
espécies, algumas delas é o projeto TAMAR que consiste no cuidado com as tartarugas marinhas, associação
mico leão dourado esta consiste na conservação da mata atlântica e destacando os cuidados com o mico leão
dourado e seu habitat natural, Rede Ambiente que tem como missão trabalhar pela natureza através de educa-
ção socioeconômica e conscientização para conservação de uso racional e sustentável do meio ambiente.
Essas são algumas das ONGS brasileiras que lutam diariamente pela conservação das espécies e da nature-
za que com o passar dos anos tem sido mais desvalorizadas pelo ser humano.
Ao contrário do que muitos pensam não apenas o Brasil se destaca em meios de ONGS, diversidades de
outros países tem a cada dia se envolvido e estudado mais e mais para se dedicar a determinadas espécies
e assim protegê-las de perigos oferecidos devido à caça e o tráfico ilegal dos animais. Uma das ONGS mais
conhecidas é a WWF está organização consiste no comprometimento da conservação da natureza em um con-
texto social e econômico, outra das ONGS de extrema importância é a Green Peace Internacional que é uma
ONG global ambiental que tem como principal missão cuidar e estudar com profundidade as mudanças climá-
ticas, florestas, oceanos, agricultura entre outras missões.
Estas e muitas outras ONGS atuam no Brasil e no mundo e certamente são muito importantes, elas são
responsáveis por diversos projetos e por este motivo necessitam de voluntários para que possam exercer com
mais rapidez e precisão suas tarefas que são de extrema importância para a natureza e os animais que ali habi-
tam.
Acordos globais
Conhecimentos Gerais
Carlos Torres
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano foi realizada em 1972 em Estocolmo, na
Suécia, para discutir problemas ambientais no mundo. Idealizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a
Conferência alertou os países sobre as consequências da degradação do meio ambiente para o planeta.
Representantes de 113 nações, de 250 organizações não governamentais e de organismos da ONU com-
pareceram ao evento. Os debates tiveram como resultado a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano, uma
carta de princípios de comportamento e responsabilidades que deveriam nortear as decisões sobre políticas
ambientais. Um plano de ação também foi redigido e convocava os países, organismos das Nações Unidas e
organizações internacionais a cooperarem na busca de soluções para os problemas ambientais.
A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento foi criada pela ONU em 1983, após uma
avaliação dos 10 anos de vigência das ações propostas na Conferência de Estocolmo. Nos primeiros três anos, o
novo organismo promoveu discussões entre líderes de governo e membros da sociedade civil, que resultaram
no Relatório Nosso Futuro Comum (também chamado Relatório Brundtland, em homenagem à presidente da
comissão, Gro Harlem Brundtland, então primeira ministra da Noruega).
Vinte anos depois da conferência de Estocolmo, foi a vez do Brasil sediar uma nova reunião convocada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas. A Rio-92 ou Eco-92 reuniu líderes mundiais e entidades ambientais no
Rio de Janeiro para analisar a evolução das políticas de proteção ambiental. No encontro, os objetivos principais
foram:
• estabelecer um sistema de cooperação internacional para prever ameaças ambientais e prestar socorro em
casos de emergência;
• reavaliar o sistema de organismos da ONU, criando, se necessário, novas instituições para implementar as
decisões da conferência.
Participaram da Rio-92 172 países, representados por aproximadamente 10 mil participantes, incluindo 116
chefes de Estado. Integrantes de cerca de 1.400 organizações não governamentais também receberam creden-
ciais para acompanhar as reuniões. Desde então, o papel dessas entidades foi se tornando cada vez mais im-
portante nas negociações internacionais sobre o meio ambiente.
A Cúpula da Terra produziu cinco documentos que, entre outros aspectos, alertavam para a necessidade de
uma urgente mudança de comportamento, com o objetivo de preservar a vida na Terra. Foram eles:
• Agenda 21
• Convenção da Biodiversidade
Em 1997 foi a vez de Quioto, no Japão, sediar a terceira Conferência das Partes (COP 3), que resultou no Pro-
tocolo de Quioto. O documento foi um dos mais importantes marcos para a preservação do meio ambiente por
definir compromissos mais rígidos para redução da emissão de gases de efeito estufa, principal causador do
aquecimento global.
O Protocolo de Quioto propôs um calendário para países industrializados reduzirem as emissões combina-
das de gases de efeito estufa.
Para que pudesse começar a valer, seria necessária a ratificação de pelo menos 55 países, que juntos deve-
riam corresponder por pelo menos 55% das emissões globais de gases do efeito estufa. O protocolo entrou em
vigor em fevereiro de 2005, mesmo sem adesão dos Estados Unidos, um dos principais países emissores de
gás estufa.
Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável – 2002
Na Conferência foram escritos dois documentos: o Plano de Implementação, que tem como base os resulta-
dos conseguidos desde a Rio-92 e busca acelerar o cumprimento dos demais objetivos, e a Declaração Política,
que reafirma o compromisso dos países com o desenvolvimento sustentável.
A Conferência de Bali, na Indonésia, em 2007, teve o objetivo de traçar metas ainda mais ambiciosas do
que as estabelecidas pelo Protocolo de Quioto quanto às emissões de gases do efeito estufa. O resultado da
conferência foi o Mapa do Caminho, nome sugerido pela delegação brasileira, acordado por 190 nações, que
não definiu porcentagens de redução, mas estabeleceu a data em que um acordo realmente efetivo terá que
ficar pronto: dezembro de 2009, na reunião COP 15 na Dinamarca.
Tal como nos eventos anteriores, foi a vez da capital da Dinamarca sediar uma conferência mundial em
busca de soluções para o aquecimento global e firmar de vez um acordo a ser seguido pelos países mais ricos
em prol dos mais pobres. Porém, ao contrário das expectativas, a COP-15 não obteve o sucesso que se esperava
e o Acordo de Copenhague, um documento de apenas 12 parágrafos, não possui a representatividade ou até
mesmo legalidade necessária. Após muita expectativa, o planeta ainda se vê sem um acordo efetivo entre as
nações que poderá lhe ajudar a voltar a respirar.
Evento realizado em Durban, na África do Sul, reuniu representantes de 190 nações para decidir pela reno-
vação – ou não – no mais importante acordo feito até então para contenção dos gases de efeito estufa: o Proto-
colo de Quioto. Ao final, a COP 17 lançou as bases de um futuro acordo de controle da poluição que deverá ser
aprovado até 2015 e entrar em vigor apenas a partir de 2020 – o que foi alvo de críticas de ambientalistas pelo
mundo todo.
Outra estrutura definida foi o Fundo Verde do Clima que, também a partir de 2020, dará suporte financeiro
para iniciativas de combate às mudanças do clima mundial. Inicialmente o fundo terá aporte de US$ 100 bi-
lhões.
Conhecimentos Gerais
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – 2012
Vinte anos após a Rio 92, mais de 45 mil participantes, entre chefes de governo e sociedade civil, voltaram a
se reunir na cidade do Rio de Janeiro, entre 13 e 22 de junho de 2012. O documento final da conferência, inti-
tulado “O Futuro Que Queremos” (conteúdo em inglês), apontou a pobreza como o maior desafio a ser comba-
tido.
O texto também defende o fortalecimento do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma) e a criação
de um órgão político para apoiar e coordenar ações internacionais para o desenvolvimento sustentável.
Além disso, os 188 países presentes na Rio+20 se comprometeram a investir US$ 513 bilhões em projetos,
parcerias, programas e ações nos próximos dez anos nas áreas de transporte, economia verde, energia, prote-
ção ambiental, desertificação e mudanças climáticas, entre outros.
Fontes:
Ministério do Meio Ambiente
Organização das Nações Unidas (conteúdo em inglês)
Rio+20
Legislação ambiental
As leis que tratam do meio ambiente no Brasil estão entre as mais completas e avançadas do mundo. Até
meados da década de 1990, a legislação cuidava separadamente dos bens ambientais de forma não relacionada.
Com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais, ou Lei da Natureza (Lei Nº 9.605 de 13 de fevereiro de 1998),
a sociedade brasileira, os órgãos ambientais e o Ministério Público passaram a contar com um mecanismo para
punição aos infratores do meio ambiente.
A Lei de Crimes Ambientais reordenou a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e pu-
nições. “Uma das maiores inovações foi apontar que a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das
pessoas físicas, autoras, coautoras da infração”, explica Luciana Stocco Betiol, especialista em Direito Processual
Civil e pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
Para ela, no entanto, mais do que os avanços representados pela lei, o Brasil carece de mecanismos de fis-
calização e apuração dos crimes. “O País possui um conjunto de leis ambientais consideradas excelentes, mas
que nem sempre são adequadamente aplicadas, por inexistirem recursos e capacidades técnicas para executar
a lei plenamente em todas as unidades federativas”, explica.
Tanto o Ibama quanto os órgãos estaduais de meio ambiente atuam na fiscalização e na concessão de li-
cença ambiental antes da instalação de qualquer empreendimento ou atividade que possa vir a poluí-lo ou
degradá-lo.
O Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infraestrutura que envolvam im-
pactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás da plataforma continental. Os esta-
dos cuidam dos licenciamentos de menor porte.
De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, eles são classificados em seis tipos diferentes:
• Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória.
• Crimes contra a flora: destruir ou danificar floresta de preservação permanente mesmo que em formação,
ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção.
Conhecimentos Gerais
• Poluição e outros crimes ambientais: a poluição que provoque ou possa provocar danos a saúde humana,
mortandade de animais e destruição significativa da flora.
• Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: construção em áreas de preservação ou no
seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida.
• Crimes contra a administração ambiental: afirmação falsa ou enganosa, sonegação ou omissão de infor-
mações e dados técnico-científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental.
• Infrações administrativas: ações ou omissão que viole regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente.
Multiplicar a visibilidade de ações locais e globais na Década da Biodiversidade da Organização das Nações
Unidas (2011-2020)* é uma das prioridades na agenda da 11ª Conferência das Partes da Diversidade Biológica
(COP11)*, que acontece Hyderabad, na Índia, até 19/10.
Para isso, as redes sociais como o Facebook* e o Twitter são utilizados pelos organizadores para a multi-
plicação de informações de iniciativas mundiais e servem de apoio ao Plano Estratégico para a Biodiversidade
2011-2020, lançado na COP10, em Nagoya, no Japão (Saiba mais: COP10 cria Protocolo de Nagoya e define
plano estratégico).
Por meio dessas ferramentas, é possível conhecer, por exemplo, a história de Pam Warhurst e sua equipe de
voluntários, que se mobilizaram para transformar lotes de terras que não eram utilizadas em hortas comunitá-
rias e mudar a cultura sobre a importância dos alimentos em sua comunidade, em Todmorden, na Inglaterra.
Ela constata que há muitas pessoas que realmente não reconhecem um vegetal a menos que seja dentro
de um pedaço de plástico ou de isopor. A ativista destaca essa experiência na plataforma do TEDSalon*.
Ou então, saber mais informações sobre iniciativas que ocorrem no Canadá, como o evento Run for Biodi-
versity 2012* (Correr para a Biodiversidade 2012), promovido pela USC Canadá, que acontecerá em quatro cida-
des do país, com o propósito de sensibilizar os cidadãos canadenses para o tema.
Campanhas educativas para a conservação de espécies ameaçadas também são sugestões que constam
nessa diversidade de informações.
Entre elas, está a da Aliança para Extinção Zero*, que identificou 587 lugares onde uma ou mais espécies
em perigo foram achadas no planeta e abriu votação para a escolha de “sete maravilhas” da fauna, que façam
parte de uma pequena lista em 2012. A ONG tem página no Facebook e também representação no Brasil: a
Aliança Brasileira para Extinção Zero*.
Na lista, há exemplos brasileiros, como a arara azul-de-lear (Anodorhynchus leari), endêmica da região do
sertão baiano, que sofre com as ameaças de tráfico ilegal de animais e a destruição de fontes alimentares para
sua subsistência, na região da Caatinga.
Hoje, existem iniciativas para a conservação da espécie como o Programa de Conservação da Arara Azul de
Lear, coordenado pelo ICMbio-Cemave* e o Projeto Arara Azul*.
EXERCÍCIOS
Conhecimentos Gerais
1 – Segundo Sergio Verly, até meados do século ____, a raça humana manteve relativa harmonia com o
meio ambiente.
a) XVII
b) XVIII
c) XIX
d) XX
a) Rede ambiente
b) Green Peace
c) Ibama
d) Tamar
4 - O Protocolo de Quioto entrou em vigor em fevereiro de 2005, sem adesão de um dos principais países
emissores de gás estufa que é:
a) China
b) Estados Unidos
c) Japão
d) Alemanha
5 - Vinte anos após a Rio 92, mais de 45 mil participantes, entre chefes de governo e sociedade civil, volta-
ram a se reunir na cidade:
a) de Nova York
b) de Toronto
c) de São Paulo
d) do Rio de Janeiro
6 - Construção em áreas de preservação ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a auto-
rização concedida é considerado crime:
RESPOSTAS
As questões econômicas dominam o panorama do noticiário nacional e internacional, haja vista as diversas
crises que passam os países, onde o sistema econômico atravessa mudanças significativas nesses últimos 30
anos, principalmente o sistema financeiro internacional que afeta o comércio internacional e as economias
nacionais. E, dentre as questões centrais mais prementes está o crescimento econômico que hoje se apresenta
na base do debate de política econômica no Brasil e em diversos países capitalistas.
Enquanto não se muda o sistema econômico adotado atualmente para um novo modelo de fazer negócios,
de mudar a forma de criar empregos e agregar valor econômico aos produtos e serviços, como uma visão de
longo prazo, que seja melhor para os mercados e para a economia como um todo, com menor pressão sobre
os recursos naturais que sustentam as atividades econômicas da humanidade, o crescimento econômico dos
países está na hora do dia.
No Brasil, com a economia ultrapassando a grave crise financeira americana e mundial, o crescimento eco-
nômico brasileiro e as reformas estruturais apresentam‐se hoje como uma questão central no debate de políti-
ca econômica, frente às taxas conseguidas por alguns países do leste asiático, notadamente a China, a Índia e a
Coréia do Sul.
Para isso, as discussões levam em consideração a taxa básica de juros – a SELIC, o crescimento do PIB(Pro-
duto Interno Bruto), a taxa da inflação, a trajetória de crescimento da renda per capita, indicadores de cresci-
mento da taxa de desemprego, de indicadores sociais, como o analfabetismo, a pobreza e as desigualdades
sociais, dentre outros.
Dessa forma o cenário econômico brasileiro apresenta alguns indicadores que possibilitam aos especialistas
vislumbrar uma visão de conjunto de variáveis que indicam que a economia brasileira apresenta fatores favo-
ráveis a um crescimento econômico de médio à longo prazo, haja vista, o processo transitório eleitoral que se
aproxima.
Para os economistas a tendência de aumento da taxa básica de juros da economia brasileira (SELIC) nessa
última Reunião do COPOM ‐ Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (BACEN) , confirmam a
previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 6,60% para 6,99%. Também, relacionada à
comparação com o aumento na expectativa de expansão econômica deste ano aconteceu após a divulgação do
resultado do primeiro trimestre deste ano, quando o Produto Interno Bruto cresceu 9% sobre os três primeiros
meses do ano passado, e 2,7% na relação com o último trimestre de 2009.
Taxa de Inflação
Como a economia brasileira atua com sistema de metas de inflação, para 2010 e 2011, a meta central de
inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, assim o
BACEN trabalha para calibrar as taxas de juros para atingir as metas pré‐estabelecidas, sendo que, pode ficar
entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Nesta semana, os analistas de mercado,
pela segunda vez seguida, baixaram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) deste
ano, que passou de 5,64% para 5,61%. Para 2011, a previsão do mercado permaneceu estável em 4,80%.
Juros
Conhecimentos Gerais
Nesta quarta‐feira (21/07/2010), o Banco Central, através do COPOM, decidiu minimizar o ritmo do aperto
monetário, citando uma redução dos riscos inflacionários no país, com decisão unânime, a taxa básica de ju-
ros(SELIC), foi elevada em 0,50 ponto percentual, para 10,75 % ao ano. A desaceleração significativa da inflação
e outros indicadores apontam uma acomodação da atividade doméstica (consumo), mas ainda em um pata-
mar considerado elevado. Os especialistas preveem na próxima reunião do COPOM, em setembro, um percen-
tual de aumento de 0,25 ponto, o que significará um ciclo de menor impacto, talvez os fatores políticos podem
ser decisivos nessa próxima reunião antes do primeiro turno das eleições presidenciais.
Outra variável econômica importante é a taxa de desemprego que caiu para 7% em junho, de acordo com
informações divulgadas nesta quinta‐feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No
mês anterior, maio, o índice havia sido de 7,5%. Quanto a população desocupada, de 1,6 milhão, registrou que-
da de6,6% em relação a maio e recuou 11,8% em 2010. Já a população ocupada, que é de 21,9 milhões, se-
gundo o IBGE, ficou estável em relação a maio. Na comparação com junho do ano passado, a quantidade teve
aumento de 3,5%. Com relação ao rendimento médio real dos trabalhadores, que é de R$ 1.423,00, em junho,
houve ligeiro aumento de 0,5% no mês e de 3,4% em relação ao ano.
Vejam os índices de desemprego registrados nas regiões pesquisadas, a taxa de desocupação de Belo Ho-
rizonte (MG) passou de 5,8% em maio para 5,1% em junho, quando atingiu o menor valor da série. No ano,
foram registradas quedas de 1,6 ponto percentual em Recife (PE) e em São Paulo (SP), de 1,8 ponto percentual
em Belo Horizonte e de 0,9 ponto percentual em Porto Alegre (RS).
Quanto aos rendimentos, na comparação com maio, houve aumento em Recife (3,4%) e em Belo Horizonte
(3,6%). Já em Salvador houve baixa, de 1,2%, e estabilidade no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo e Porto Alegre.
Sobre junho do ano passado, foi observado aumento em Recife (14,9%), Salvador (BA) (4,2%), Belo Horizonte
(1,6%), Rio de Janeiro (6,5%) e Porto Alegre (9,2%) e estabilidade em São Paulo.
Balança Comercial
Já a projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações
menos importações) em 2010 permaneceu estável em US$ 15 bilhões na semana passada. Para 2011, o BACEN
revelou nesta segunda‐feira (19/07/2010) que a previsão mensal dos economistas para o saldo da balança
comercial subiu de US$ 5,23 bilhões para US$ 6,23 bilhões de superávit.
No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 recuou
de US$ 36,5 bilhões para US$ 36 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou
estável em US$ 40 bilhões.
(*) Economista, Engenheiro e administrador de empresas, com pós‐graduação: MBA in Management (FGV),
Engenharia
Econômica (UFRJ), Planejamento Estratégico (FGV), Consultoria Industrial (UNICAMP), Mestre em Economia
(FGV), Consultor
Empresarial e Professor Universitário: nilsonpimentel@uol.com.br.
As recentes medidas adotadas pelo governo brasileiro para reanimar a economia podem intensificar ainda
mais os gargalos da economia brasileira no médio prazo e podem inflar ainda mais algumas bolhas que vem
se formando na economia, principalmente, no setor imobiliário e automotivo. Além disso, podem fazer com
que o setor bancário fique cada vez mais exposto a um estoque de dívidas que não terão como ser saldadas,
colocando o sistema financeiro numa situação mais vulnerável, principalmente, levando-se em conta um pos-
sível recrudescimento da crise financeira europeia, que pode ter como consequência um congelamento dos
empréstimos os interbancários. O melhor seria que o governo avançasse na solução de problemas mais estru-
turais de médio e longo prazo, que possibilitariam uma recuperação mais rápida e mais sustentada da econo-
mia em face de uma economia mundial à beira do precipício.
Conhecimentos Gerais
As chances de que uma nova crise mundial ainda maior do que a de 2008 irá ocorrer no curto prazo são
cada vez maiores e mais evidentes. Todas as grandes economias do mundo como os EUA, a União Europeia e o
Japão, ou estão em recessão ou estão com crescimento em declínio. o que agrava o frágil equilíbrio pós 2008.
As principais economias emergentes, que deram sustentação ao crescimento mundial de 2009 até então, como
China, Índia, Austrália, África do Sul, além do próprio Brasil, estão em franca desaceleração.
Ademais, as medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo estão baseadas nas medidas adotadas
em 2008, quando o potencial de crescimento da demanda interna era muito maior, o nível de endividamento
das famílias muito menor e o mundo emergente superou a crise com muita rapidez.
Obviamente que a queda das taxas de juros diminui o fardo das dívidas já contraídas, mas elas podem ser
(e deverão ser) anuladas pelo aumento da inflação e dos impostos sobre outros produtos de consumo, sobre-
tudo bens de consumo não duráveis, como bebidas, por exemplo.
Este aumento da carga tributária sobre produtos de consumo diário das famílias, somado a uma inflação
em elevação ou em patamares elevados como os de hoje, retira parte dos ganhos obtidos com taxas de juros
menores. O governo também aposta que o emprego irá continuar elevado, o que, em tese, garantiria renda das
famílias em elevação e maior capacidade de consumo.
Tudo isto é muito arriscado, pois a economia brasileira deve crescer menos em 2012 do que em 2011 e se
a crise mundial se recrudescer (o que tudo indica que irá acontecer e o próprio governo brasileiro trabalha com
esta hipótese) o crescimento em 2013 pode ser ainda menor. Já há sinais disto.
As taxas de inadimplência das pessoas e das empresas vêm aumentando, o PIB cresceu muito pouco nos
últimos três meses e as exportações vêm caindo em volume, assim como os preços de nossos principais itens
de exportação vêm caindo no mercado externo. Por outro lado, os investimentos externos vêm diminuindo e
deverão ficar ainda mais escassos, mantidas as perspectivas para o cenário externo.
A fuga de capitais para ativos considerados mais seguros já se reflete no nosso câmbio, o que trará pressões
para a inflação brasileira. Os investimentos externos também estão sendo afetado pela reversão da percepção
do país no exterior. O até por que o Brasil deixou de ser o “queridinho” do mercado financeiro internacional,
pois estamos com a menor taxa de crescimento entre as economias emergentes (China, Índia, Rússia e até
mesmo África do Sul).
Finalmente, é muito difícil mensurar com exatidão o tamanho do endividamento das famílias, pois este é
um processo dinâmico, tal qual uma bola de neve. Quando as famílias passam, e muito, da sua capacidade de
endividamento elas não irão consumir na mesma intensidade, o que fará com que as empresas vendam me-
nos, invistam menos, levando a uma menor propensão de novas contratações, e, até mesmo, a uma elevação
do nível de desemprego.
Com o desemprego em alta cai o rendimento médio do trabalhador e o consumo diminui ainda mais, le-
vando a mais demissões, a uma maior inadimplência e a uma postura ainda mais restritiva por parte dos ban-
cos na concessão de novos empréstimos. Cria-se, então um círculo vicioso. O máximo que conseguimos prever
deste processo são os sintomas de curtíssimo prazo, como uma fotografia do momento. Não conseguimos
fazer um filme que anteveja o futuro (mesmo que próximo) e quando a bolha estoura toda a cadeia de produ-
ção, financiamento e consumo, desaba como um monte de dominós.
BRASIL: O governo Lula herdou, do governo anterior, uma situação bastante delicada no que se refere
aos principais indicadores econômicos e, no primeiro ano de mandato, o PIB (riqueza total produzida pelo país)
teve seu pior desempenho. Os maiores problemas que podem ser ressaltados são os seguintes.
A dívida pública interna e externa. A política de juros elevados adotada pelo governo anterior multipli-
cou por dez a dívida pública interna.
O governo atual tem que saldar os títulos da dívida e, para tanto, realizou um profundo corte nas despesas
para criar um superávit nas contas capaz de atender ao serviço da dívida. No plano externo a situação não é
diferente. Muito embora o chamado “risco Brasil” tenha caído significativamente em decorrência da política
Conhecimentos Gerais
econômica do atual governo, o Fundo Monetário Internacional continua exigindo, do governo, a geração de su-
perávits primários o que reduz profundamente a capacidade de investimento público em setores que possam
gerar crescimento do Produto Interno Bruto.
O desemprego. Diretamente relacionado à questão da política de juros e aos cortes de gastos públicos,
o desemprego bate recordes no Brasil. Apenas na região da Grande São Paulo, cerca de 20% da população eco-
nomicamente ativa estão desempregados. Isso significa perto de 2 milhões de desempregados. Dessa forma,
amplia-se o número de pessoas que dependem do chamado emprego informal.
A renda média dos brasileiros tem caído de forma constante o que se reflete no aumento da desigualdade
social. Muitos estudiosos afirmam que existe uma relação direta entre o aumento da criminalidade e a questão
do desemprego que afeta sobretudo os mais jovens.
Em maio/2012, foi noticiado que, apesar do esfriamento da economia no país e do agravamento da crise
externa, os brasileiros estão conseguindo conservar o emprego e manter a renda em nível elevado. A taxa de-
semprego caiu para 6% em abril, a menor para o mês desde 2002. O rendimento médio real dos trabalhadores
sofreu ligeira queda de 0,4% no mês de abril.
Em setembro, foi anunciado que a taxa de desemprego para agosto baixou para 5,3%, o menor nível
para o mês desde 2002, ano em que começou a série de pesquisas do IBGE. A taxa média de janeiro a agosto
também chegou ao menor índice desde 2003: 5,7%. Já o emprego com carteira assinada caiu 47% em agosto,
comparando a igual período de 2011.
A política de juros: O governo Lula tem adotado, desde o início de 2003, uma política de juros similar à
adotada pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Com essa política o governo procura atrair capitais de curto
prazo e obter melhores condições para “rolar” a dívida pública. As consequências dessa política de juros eleva-
dos são as seguintes; crescimento da dívida total do governo; juros proibitivos para o setor produtivo; desacele-
ração da economia.
O governo tem recebido diversas críticas de vários setores da sociedade, inclusive de boa parte dos inte-
grantes dos partidos da base de sustentação do governo, a começar pelo Partido dos Trabalhadores. A equipe
econômica e o próprio presidente afirmam que essa política se faz necessária para conter a alta da inflação. A
expectativa do governo é modificar essa situação assim que as condições macroeconômicas forem favoráveis.
Foi divulgado em janeiro/2012, que a inflação em 2011 no país ficou em 6,5%, atingindo o limite da meta ofi-
cial do Banco Central. Com renda em expansão e desemprego no menor nível em quase dez anos, houve espa-
ço para que repasses de custos chegassem ao consumidor.
Também em janeiro, na primeira reunião do ano, o Banco Central, reduziu a taxa de juros da economia
em 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano, configurando o quarto corte seguido.
Em março/2012, foi divulgado que, com alta de 2% do PIB, o Brasil foi o país que menos cresceu na Amé-
rica do Sul no ano passado — o que não ocorria desde 2006. Na Argentina, a expansão foi 8,8%, e no Chile, de
6,0%.
No final de março, a equipe econômica do Planalto lançou novas medidas de estímulo pouco após o
Banco Central divulgar recuo de 0,13% na atividade econômica em janeiro. Para incentivar a indústria , Guido
Mantega (Fazenda) anunciou a ampliação da desoneração em vigor e a inclusão de novos setores. O corte do
IPI para linha branca (geladeiras e fogões), que terminaria em março, valerá até o final junho. Também houve
redução de impostos para móveis, pisos e lustres - setores afetados pela importação. Móveis tiveram a alíquo-
ta de IPI zerada.
Em maio, a fim de elevar as vendas, o governo reduziu o IPI de automóveis, inclusive o de importados e
cortou taxas de juros de financiamentos de ônibus e caminhões. Montadoras se comprometeram a abaixar
preços e evitar demissões.
Para estimular o consumo de todo tipo de bem, o governo também reduziu o IOF de empréstimos para
pessoa física. Também foram reduzidos os juros dos empréstimos do BNDES para a aquisição de máquinas e
Conhecimentos Gerais
equipamentos.
Em maio, o governo anunciou mudanças nas regras da poupança - reduzindo seu rendimento. Entre as
mudanças estão: a associação da remuneração a um percentual da Selic, a cobrança de IR e a correção com
base em um índice de preços. As mudanças atingiram só nas novas aplicações.
No final de maio, foi noticiado que a inadimplência subiu em três das quatro categorias de financiamento
ao consumidor monitoradas pelo Banco Central - em abril. Quase 6% do total destinado à compra de veículo
não foi quitado.
O Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia de 9% para 8,5% ao ano — o mais baixo
percentual desde a criação da Selic, em 1986. Devido ao impacto da crise externa sobre o ritmo de crescimento
do país, o BC vem reduzindo os juros para tentar estimular o consumo e ativar a economia. Se descontada a
expectativa da inflação, o juro real caiu para 2,8% no país, ainda um dos mais altos do mundo, mas o menos
desde o início da década de 90.
Em junho, a Caixa Econômica Federal ampliou o prazo - para 35 anos - e voltou a cortar os juros de finan-
ciamentos habitacionais. A vantagem do prazo alongado é que o mutuário poderá comprar um imóvel de valor
mais alto, pois a prestação não pode ultrapassar 30% de sua renda.
Foi anunciado em setembro que os juros cobrados dos consumidores e de empresas caíram em agosto para
o menor nível da história, a 30,1% ao ano, em média, segundo o Banco Central. Com cenários de juros baixos,
os bancos estão buscando novas fontes de receita para manter os seus ganhos. As tarifas bancárias chegaram a
ter alta de até 526% neste ano.
EXERCÍCIOS
a) 50 anos
b) 45 anos
c) 40 anos
d) 35 anos
a) 526%
b) 456%
c) 399%
d) 234%
3) Em agosto/2012, o governo Dilma conseguiu aprovar a criação de uma empresa estatal de seguros:
Conhecimentos Gerais
a) A Brasseguros
b) A Seguros do Brasil
c) A Brasileira de Seguros
d) A Segurobras
RESPOSTAS
1-D 2 -A 3-D
O COTIDIANO BRASILEIRO
A população brasileira deve começar a diminuir em 2043, segundos dados projetados pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (29). Baseado em dados do Censo Demográ-
fico 2010, o estudo projeta a população total do Brasil em 201 milhões de habitantes em 2013, atingindo 212,1
milhões em 2020, até alcançar o máximo de 228,4 em 2042. A partir de então, o número deve começar a cair,
atingindo o valor de 218,2 em 2060, o mesmo projetado para 2025.
2010 195.497.797
2020 212.077.375
2030 223.126.917
2040 228.153.204
2050 226.347.688
2060 218.173.888
Fonte: IBGE
Segundo o estudo, o fator mais importante para a redução do nível de crescimento da população é a queda
da fecundidade, que vem diminuindo desde a década de 1970. Em 2013, o índice de filhos por mulher foi pro-
jetado para 1,77. A taxa cairá para 1,61 filho em 2020, e deve atingir 1,5 filho em 2030.
O estudo do IBGE projeta ainda o adiamento da idade média em que as mulheres têm filhos, que em 2013,
foi de 26,9 anos. Segundo a pesquisa, a idade será de 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.
Os dados mostram que, de 2042, quando o contingente populacional atingirá seu ápice, até 2060, o país
perderá 10,1 milhões de habitantes. O número chega próximo à perda de uma cidade de São Paulo. Segundo o
Conhecimentos Gerais
Em 2060, as mortes serão 62% superiores aos nascimentos, o que significa que, para cada 100 mortes no
Brasil, apenas 62 pessoas irão nascer. O último ano em que os nascimentos vão superar as mortes será 2042. Já
no ano seguinte, em 2043, as mortes superarão os partos em 2%, aumentando esse percentual gradualmente
até 2060.
Expectativa de vida
Os dados do IBGE apontam que os idosos no Brasil deverão representar 26,7% da população (58,4 milhões
de idosos para uma população de 218 milhões de pessoas), em 2060. O estudo projeta o percentual em 2013
para 7,4% de idosos (6,3 milhões de idosos em um população de 99,3 milhões de pessoas).
“O envelhecimento da população acima dos 65 anos tem a ver com a diminuição da fecundidade. Você di-
minui o número de jovens e tem o aumento relativo dos idosos. Mesmo sem o avanço da expectativa de vida,
os idosos aumentariam”, explica o pesquisador Gabriel Borges.
O envelhecimento da população também será afetado pela queda da mortalidade, que está diminuindo
desde a primeira metade do século 20. A esperança de vida para cada criança brasileira nascida em 2013 foi
projetada para 71,2 anos para homens e 74,8 para mulheres. Em 2060, sobe para 78 para homens e 84,4 anos
para as mulheres, um aumento de 6,8 anos para os homens e 5,9 para as mulheres.
Migração
Segundo a projeção, as maiores perdas de população, em 2030, serão na Bahia e no Maranhão. Por outro
lado, os maiores ganhos populacionais serão de Santa Catarina, São Paulo e Goiás, seguindo a tendência ob-
servada nos últimos anos.
Para o pesquisador Gabriel Borges, um dos responsáveis pelo estudo de projeção populacional, mesmo com
a diminuição do fluxo em determinados estados, os números continuam importantes.
“Há muitos fatores para as pessoas migrarem, mas de forma geral, a maior parte dos fluxos se dá pelo as-
pecto de desenvolvimento econômico. As pessoas vão em busca de oportunidades de trabalho”, explica ele.
De acordo com as projeções para a migração internacional, o percentual de pessoas que sairá do país vai
aumentar até 2020, quando atingirá 0,001 da população. A partir de então, a taxa vai cair até 2035, quando o
percentual será o mais baixo desde o ano 2000, em torno de 0,0002.
A televisão tem presença marcante na vida do jovem atual. Segundo as pesquisas sobre o tempo dedicado
à televisão o brasileiro consome em média quatro horas diárias frente a um aparelho receptor de televisão.
O computador é outro equipamento que já faz parte do dia a dia do jovem. Desde seu surgimento, o com-
putador passou a ter uma vida conjunta com todas as áreas profissionais, de laser e de informação.
A criança tem seu primeiro contato com o computador à partir do videogame. Jogos cada vez mais comple-
xos vem dominando o interesse infantil.
Junto com seu pai, vê a agilidade de um saque bancário em um terminal remoto ou as informações de
movimentações financeiras no próprio computador doméstico, utilizando-se de um modem e uma linha tele-
fônica.
Conhecimentos Gerais
Quando necessita uma pesquisa, prefere consultar um CD-ROM em sistema multimídia, onde as respostas
chegam muito mais rápidas do que ficar revirando folhas e mais folhas de um livro ou atlas.
No trabalho, o jovem prefere procurar o CEP, Código de Endereçamento Postal, de um cliente utilizando-se
do micro computador, do que revirar o longo livro fornecido pelos correios.
Enfim, no dia a dia o jovem tem uma ligação muito íntima com a tecnologia cada vez mais rápida e mais
acessível. Este dinamismo da informação passou a fazer parte da cultura desta nova geração.
O neurolinguista Lair Ribeiro afirma que no mundo atual, o homem, para manter-se atualizado, necessita
ler pelo menos quatro obras especializadas em sua área por mês e que a quantidade de informação cresce a
uma proporção tal que a cada quatro anos dobra-se a quantidade de obras que necessitam ser lidas. Fazendo
uma projeção, teremos que em doze anos, o profissional deverá ler pelo menos trinta e duas obras de sua área
para manter-se atualizado.
No processo normal, o escrito, de difusão da informação, o homem terá que passar o dia todo desde a hora
que levanta até a hora de dormir lendo, acumulando informação, porém sem ter tempo para aplicar seus co-
nhecimentos acumulados.
Nesta teoria percebe-se que o formato de transmissão da informação também precisa evoluir. Evoluir na
especialização e fragmentação cada vez maior das áreas e evoluir no processo de difusão da informação.
Porém a evolução do processo de difusão da informação não vem ocorrendo nas escolas. Continua-se utili-
zando o mesmo processo de quando nem existiam rádio e TV.
Com tudo isso, o estudante tendo em sua vida cotidiana a agilidade em todos os aspectos, quando chega
na sala de aula há um choque: dá a impressão que atravessou um túnel do tempo entrando em um mundo
onde a realidade não evoluiu.
Mobilidade urbana
A qualidade de vida, principalmente, de um trabalhador que necessita utilizar o transporte público e as vias
de acesso, diariamente, tem sido alvo de debate em todo mundo. Como uma cidade pode crescer, gerar renda,
emprego e, ao mesmo tempo renovar suas estruturas de transporte?
Esse desafio ganhou um termo, a “mobilidade urbana”, uma das principais questões das cidades de todo o
mundo, e interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades (incluindo o local de trabalho),
aos serviços públicos e ao meio ambiente. Durante o século XX, o uso do automóvel foi uma resposta eficaz
para se ter autonomia na mobilidade diária, mas, no início do século XXI, o aumento dos engarrafamentos nas
grandes cidades tem gerado a necessidade de pensar em novas alternativas de transportes sustentáveis para o
meio ambiente, para a economia e para a sociedade.
Hoje, com o crescimento da população, da maior oferta de carros e do inchaço urbano, ter um carro não é
mais sinônimo de autonomia, velocidade e conforto. Ficar parado num trânsito se tornou uma perda de tempo
e de qualidade de vida.
Nos últimos dez anos, a frota de veículos no Brasil aumentou em 400%. Esse quadro tem exigido uma nova
postura por parte das prefeituras e da sociedade para a busca de soluções. A solução mais cabível é o investi-
Conhecimentos Gerais
mento em transportes coletivos integrados, de qualidade e não poluentes, como primeiro passo para uma mo-
bilidade urbana sustentável em todos os sentidos.
O transporte coletivo envolve a instalação de veículos sobre trilhos, como trens, metrôs e bondes com nova
tecnologia, além da melhoria dos ônibus, os tornando não poluentes. Sendo necessário integrar o transporte
de uma cidade com ciclovia, elevadores de alta capacidade, e sistemas de bicicletas públicas.
É necessário incentivar a população a utilizar o transporte coletivo e deixar o carro em casa, e respeitar o
espaço do pedestre, também necessitado de calçadas mais confortáveis e seguras, protegidas por sinalização,
sem buracos ou qualquer tipo de obstáculo.
No Brasil, em janeiro de 2012, foi aprovada a PNMU (Política Nacional de Mobilidade Urbana) , um conjunto
de medidas que prometem melhorias no transito das grandes cidades brasileiras.
A Lei 12.587 passou 17 anos tramitando no Congresso Nacional, e visa ampliar os transportes públicos e
não motorizados como meio de melhorar a mobilidade urbana.
Os protestos no Brasil em 2013 foram várias manifestações populares por todo o país que inicialmente sur-
giram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente em Natal Salvador, Recife,
Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro e que ganharam grande apoio popular após a forte
repressão policial contra as passeatas, levando grande parte da população a apoiar as mobilizações.
Foram as maiores mobilizações no país desde as manifestações pelo impeachment do então presidente
Fernando Collor de Mello em 1992, e tiveram aprovação de pelo menos 84% da população. Em resposta, o go-
verno brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindicações dos manifestantes e o Congres-
so Nacional votou uma série de concessões, como ter tornado a corrupção como um crime hediondo, arquiva-
do a chamada PEC 37 e proibido o voto secreto em votações para cassar o mandato de legisladores acusados
de irregularidades. Houve também a revogação dos então recentes aumentos das tarifas nos transportes em
várias cidades do país, com a volta aos preços anteriores ao movimento.
As manifestações no Brasil seguiram o mesmo processo de “propagação viral” de protestos em outros paí-
ses, como a Primavera Árabe, no mundo árabe, Occupy Wall St, nos Estados Unidos, e Los Indignados, na Espa-
nha.
Novas escutas gravadas pelo Ministério Público de São Paulo revelam que a facção criminosa que age den-
tro e fora dos presídios paulistas planejava há dois anos uma fuga em massa. Em uma das escutas, feita com
autorização da Justiça, dois presos falam sobre os preparativos. Eles chamam a Penitenciária de Presidente
Venceslau de “cachorro quente” ou “hot dog”. As informações são do Jornal Nacional.
O serviço de inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou neste sábado (12) ter
descoberto um plano de invasão da penitenciária II de Presidente Venceslau para libertar chefes da quadrilha.
Os presos comentaram que no próximo dia 24 iriam para casa.
Segundo a polícia, na manhã deste sábado (12), seis presos ligados à quadrilha que comanda os crimes de
dentro dos presídios fugiram da Penitenciária de Pacaembu, no interior de São Paulo. Eles foram perseguidos
pela Polícia Militar e perderam o controle do veículo que usavam na fuga. Três fugitivos foram recapturados.
Outros três detentos escaparam. A cidade de Pacaembu fica na região do presídio de Presidente Venceslau,
Conhecimentos Gerais
onde estão os chefes do bando.
A fatia da população brasileira que avalia o governo da presidente Dilma Rousseff como bom ou ótimo atin-
giu 38%, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha realizada na última sexta-feira (11) e divulgada neste
sábado (12). Para 42%, o governo é regular, e para 19%, ruim ou péssimo.
O Datafolha ouviu 2.517 pessoas em 154 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para
mais ou para menos. Dentre as pessoas consultadas, 1% não soube responder.
O total de entrevistados que aprovam o governo de Dilma foi maior que na última pesquisa, realizada en-
tre 7 e 8 de agosto, quando 36% dos entrevistados apontaram o governo como bom ou ótimo. O resultado
também foi maior que o levantamento realizado em 27 e 28 de junho, após a onda de manifestações no País,
quando a aprovação estava na marca de 30%.
EXERCÍCIOS
1 - A população brasileira deve começar a diminuir em __________, segundos dados projetados pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
a) 2023
b) 2033
c) 2043
d) 2053
2 - A esperança de vida para cada criança brasileira nascida em 2013 foi projetada para ______ anos para ho-
mens e _____ para mulheres.
a) 68,7 – 72,1
b) 70,9 – 73,4
Conhecimentos Gerais
c) 71,2 – 74,8
d) 72,6 – 75,2
3 – Segundo pesquisas sobre o tempo dedicado à televisão o brasileiro consome em média _______ horas
diárias frente a um aparelho receptor de televisão.
a) duas
b) quatro
c) cinco
d) seis
4 - A fatia da população brasileira que avalia o governo da presidente Dilma Rousseff como bom ou ótimo
atingiu ______%, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha realizada em 11/10/2013.
a) 38
b) 42
c) 48
d) 50
RESPOSTAS
EXERCÍCIOS FINAIS
1 - O Brasil possui __________estados e um Distrito Federal.
a) vinte e dois
b) vinte e três
c) vinte e cinco
d) vinte e seis
e) vinte e oito
2 - . Apenas dois municípios possuem Tribunais de Contas separados e ligados às suas Câmaras de Vereadores,
sendo vedada a criação de novos tribunais de contas municipais. Quais são esses municípios?
Conhecimentos Gerais
e) Belo Horizonte e Porto Alegre
3 - Na época do Regime Militar, a Lei ________ estabeleceu a existência de apenas duas legendas: ARENA (
Aliança Renovadora Nacional ) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro ).
a) Gavião
b) Falcão
c) Águia
d) Condor
e) Coruja
4 - Atualmente (até 02/10/13) existem _____ partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
a) 28
b) 29
c) 30
d) 31
e) 32
5 - O músico, compositor e violonista Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, gravou o primeiro samba:
a) Ai, Ioiô
b) Abre Alas
c) As Rosas Não Falam
d) Pelo Telefone
e) Na Pavuna
a) Machado de Assis
b) Olavo Bilac
c) Lima Barreto
d) Augusto dos Anjos
e) Mário de Andrade
a) Carlos Gomes
b) Jorge Antunes
c) Ronaldo Miranda
d) Heitor Villa-Lobos
e) Silvio Barbato
a) em São Paulo
b) em Porto Alegre
c) no Rio de Janeiro
d) em Belo Horizonte
e) em Curitiba
Conhecimentos Gerais
a) Ruy Guerra
b) Cacá Diegues
c) Gustavo Dahl
d) Glauber Rocha
e) Paulo César Saraceni
10 - Assis Chateaubriand, no dia 18 de setembro de 1950, inaugura a TV ______-, em São Paulo, no canal 3.
a) Excelsior
b) Tupi
c) Globo
d) Bandeirantes
e) Gazeta
a) República Nova
b) República Velha
c) República da Espada
d) República do Canhão
e) República da Baioneta
12 - Assumiu a presidência após o Impeachment de Fernando Collor de Mello de forma interina entre outubro
e dezembro de 92, e em caráter definitivo em 29 de dezembro de 1992.
a) José Sarney
b) Fernando Henrique Cardoso
c) Itamar Franco
d) Ulisses Guimarães
e) Tancredo Neves
a) 2000
b) 2001
c) 2002
d) 2003
e) 2004
14 - Pesquisadores da Universidade Duke (EUA), criaram braço mecânico controlado por mente de:
a) cachorro
b) macaco
c) gato
d) elefante
e) avestruz
15 - A Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável realizada em 2002 teve como sede:
Conhecimentos Gerais
a) Rio de Janeiro
b) Estocolmo
c) Quioto
d) Copenhague
e) Johanesburgo
a) Mãe Natureza
b) Tamar
c) SOS Mata Atlântica
d) Proteção Ambiental
e) WWF
17 - Agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória são crimes ambientais
contra:
a) Flora
b) Fauna
c) Ordenamento urbano
d) Patrimônio
e) Administração ambiental
18 - Índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelo mercado se balizam no Brasil.
a) FED
b) LIBOR
c) SELIC
d) PBC
e) BOE
19 - Baseado em dados do Censo Demográfico 2010, o estudo projeta a população total do Brasil em
______ milhões de habitantes em 2013.
a) 198
b) 201
c) 210
d) 216
e) 219
a) 100
b) 200
c) 300
d) 400
e) 500
Conhecimentos Gerais
RESPOSTAS
1-D 2-A 3-B 4-E 5-D
6-C 7-D 8-C 9-D 10 - B
11 - B 12 - C 13 - D 14 - B 15 - E
16 - B 17 - B 18 - C 19 - B 20 - D
SITES PESQUISADOS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Unidades_federativas_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Judici%C3%A1rio_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_eleitoral_do_Brasil
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http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/aprovacao-ao-governo-dilma-atinge-38-diz-datafolha-13102013
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envio de mensagens, o objetivo de copiar pessoas nas mensagens eletrônicas, é dar ciência do conteúdo. Os
destinatários da mensagem informados no campo Para: visualizarão os endereços das pessoas copiadas. Veja o
exemplo da Figura.
Cenário exemplo
José é Gerente do Almoxarifado;
João é Gerente do setor de
Compras;
Joaquim é auxiliar administrativo
do Departamento de Compras,
logo, subordinado a João.
José solicita, por e-mail, à Joa-
quim, a aquisição de materiais
de escritório, mas deseja dar ci-
ência da solicitação ao superior
imediato de Joaquim.
Joaquim e João receberão a
mensagem.
Joaquim saberá que o seu
Gerente também recebeu
(a) (b)
Exemplo de e-mail. (a) Descrição do cenário. (b) Mensagem pronta para ser enviada.
Informática
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Trabalhar off-line, indica que o computador pode ou não estar conectado à Internet,
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O Outlook Express
A janela do Outlook é organizada em uma estrutura dividida em quatro partes, conforme pode ser observado na
Figura. Esta estrutura permite ao usuário ter acesso rápido aos itens relevantes de um sistema de correio eletrônico,
a saber: as pastas, as mensagens gravadas em cada pasta, a lista de contatos e a leitura do conteúdo da mensagem.
Adicionalmente, as barras de menus e ferramentas oferecem funcionalidades, ou seja, o que é possível fazer dentro
deste ambiente.
Informática
O Outlook, bem como vários outros softwares de correio eletrônico, possuem cinco pastas padrão. Estas não
podem ser excluídas ou renomeadas:
1. Caixa de Entrada : todas as mensagens recebidas são, automaticamente, armazenadas na Caixa de En-
trada.
2. Caixa de saída: as mensagens enviadas vão para caixa de saída até serem definitivamente enviadas.
3. Itens enviados: as mensagens enviadas saem da caixa de saída e são armazenadas na pasta Itens
Enviados.
4. Itens excluídos: as mensagens excluídas de qualquer outra pasta ficam armazenadas na pasta Itens
excluídos. As mensagens excluídas desta pasta são apagadas do computador, definitivamente.
5. Rascunho: as mensagens escritas e salvas, mas não enviadas, ficam armazenadas na pasta Rascunho.
Mensagens editadas nesta pasta, quando enviadas, vão para a pasta Caixa de saída até serem enviadas
por completo e, em seguida, pasta Itens enviados.
Outras pastas poderão ser criadas pelo usuário, dentro ou fora das pastas padrão, a fim de facilitar a organi-
zação das mensagens. A maneira de criar pastas segue os mesmos princípios de criação de pastas do gerenciador
de arquivos Windows Explorer. A Figura ilustra estes processos.
1) Menu Arquivo
2) Opção Novo e Pasta
Criará uma pasta com o nome identificado pelo usuário
Técnicas para criar pastas no Outlook.
Criar pastas a partir do menu Windows.
A maior dificuldade para organizar mensagens recebidas e enviadas, é agrupar uma mensagem a uma res-
posta. Primeiramente porque a mensagem recebida estará na pasta Caixa de entrada e a mensagem enviada
estará em Itens enviados. Outro fator que dificulta o controle é que uma mensagem poderá ser enviada para
muitos destinatários e todos poderão enviar uma ou mais respostas para a mesma mensagem.
É possível agrupar mensagens e respostas, configurando o Outlook para que as respostas às mensagens sejam
agrupadas sob a mensagem original. Em seguida, você poderá optar por exibir apenas a mensagem original ou a
mensagem e todas as respectivas respostas.
1) Menu Exibir
2) Modo de Exibição atual
3) Agrupar mensagens por conversação
Informática
Processo para exibir as conversações expandidas de todas as mensagens:
1) Menu Ferramentas
2) Opções
3) guia Ler
4) Expandir automaticamente as mensagens agrupadas
O clique duplo sobre o sinal de mais (+) à esquerda da mensagem original, exibirá a mensagem original e todas as
respostas. O sinal de menos ( - ) exibirá somente a mensagem original.
O Outlook reconhece uma conversação, quando há mensagens com assunto iniciado com a sigla RE:, onde RE
indica resposta. As conversações são agrupadas de acordo com o assunto da mensagem original. Por exemplo,
se o título da mensagem inicial de uma conversação for “Solicitação de apostilas para a Editora Solução”, todas
as respostas a ela serão “RE: Solicitação de apostilas para a Editora Solução”.
Lista de Mensagens
As mensagens gravadas nas pastas são organizadas por ordem de data e hora de recebimento. Por padrão,
a lista apresenta os indicadores de prioridade, anexo e sinalizador, o remetente, assunto da mensagem, data e
hora do recebimento. É possível classificar as mensagens em ordem crescente ou decrescente, clicando sobre
o nome da coluna de cada um dos itens da lista de mensagens. Apresenta-se a seguir os ícones da lista de
mensagens do Outlook Express.
Os ícones a seguir indicam a prioridade das mensagens, se as mensagens possuem arquivos anexados e se
as mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas.
A mensagem possui respostas que estão recolhidas. Clique no ícone para mostrar todas as
respostas (expandir a conversação).
A mensagem e todas as respostas estão expandidas. Clique no ícone para ocultar todas as
respostas (recolher a conversação).
Contatos
Criar uma lista de contatos é importante para facilitar a localização do endereço eletrônico. O catálogo de en-
dereços do Outlook Express permite registrar todos os dados do contato, como pode ser visto na Figura, tais como
nome completo, endereço residencial, comercial, nome do cônjuge, filhos, sexo, data de aniversário, aniversário de
casamento e outros.
Informática
Formulário de cadastro do contato.
Um contato poderá ser registrado com mais de um e-mail associado. A Figura apresenta a tela do Catálogo
de endereços da Identidade Principal do Outlook Express.
Identidades
O Outlook Express permite a criação de Identidades. Quando o uso do computador é compartilhado entre duas
ou mais pessoas, o Outlook permite a criação de Identidades. Este recurso permite que as mensagens de uma
pessoa sejam de acesso restrito. É possível atribuir senhas para a abertura do perfil de usuários.
A Figura ilustra como iniciar a criação de uma identidade nova. Menu Arquivo, opção Adicionar nova identidade
em Identidades.
A Figura ilustra como iniciar a criação de uma identidade nova. Menu Arquivo, opção Adicionar nova iden-
tidade em Identidades. Várias identidades poderão ser adicionadas ao Outlook. A Figura indica como alternar
entre identidades. No exemplo, há a Identidade principal e a identidade de Eliane.
O processo de configuração de contas de e-mail no Outlook Express inicia no menu Ferramentas, opção
Contas, conforme pode ser observado.
Quando uma mensagem é enviada, aparecerá o nome ou o endereço de e-mail do remetente no campo
“De” da mensagem enviada. No passo 3 do processo de configuração de conta de e-mail, o nome a ser digi-
tado poderá ser o nome da pessoa, da forma como ele gostaria de ser identificado. Por exemplo: Prof. Ricardo
Ramos, ou simplesmente Eliane Ramos. Veja o exemplo.
Informática
No passo 4, o endereço de e-mail na Internet deverá ser informado.
Os provedores de acesso à Internet disponibilizam os dados a serem informados nos campos Servidor de entrada
e saída de e-mail. Ao se preparar para um concurso público é muito importante saber diferenciar os servidores de
entrada dos de saída.
POP3: servidor de entrada, responsável pelas mensagens recebidas. Requer autenticação
SMTP: servidor de saída, responsável pelas mensagens enviadas.
O passo seguinte corresponde a digitação do nome da conta, ou seja, o login de acesso a conta de e-mail e a
senha. Se o computador for compartilhado com outros usuários, por medida de segurança, recomenda-se não
habilitar a caixa Lembrar senha, conforme ilustrado na abaixo.
Informática
Figura 8.21. Contas de e-mail
(a) (b)
Guia Geral, da janela de Propriedades da Conta de e-mail. (a) Propriedades ao término da criação da conta. (b)
Campo Conta de e-mail alterado.
É possível configurar todos os parâmetros definidos pelo Assistente de criação de conta de e-mail. A primeira
alteração a ser realizada é o nome da conta de e-mail. Vamos definir o nome de exibição a aparecer no campo
“De:”, nas mensagens enviadas. As Propriedades do Prof. Ricardo Ramos (b) mostram como deverá ficar após a
alteração.
A guia Geral mostra os dados do proprietário da conta. É permitido configurar uma conta de e-mail, sendo que
um endereço envia, mas quando a destinatário da mensagem for responder o e-mail, o endereço que ele terá
Informática
para responder será diferente, desde que informado no campo Endereço para resposta. Por padrão, o endereço de
resposta é o mesmo de envio.
Se os nomes dos servidores de e-mails de entrada (POP3) e saída (SMTP) foram digitados corretamente ao
término do passo 5 do processo de configuração de contas de e-mails, não haverá o que ser mudado nestes
campos.
Por padrão, o Windows não define a necessidade de autenticação do Servidor de saída. Se a autenticação não
for necessária, a senha será necessária apenas para receber e-mails, mas não para enviar. É um fator de risco
permitir que pessoas não autorizadas utilizem a conta de e-mail de uma pessoa para enviar e-mails em nome
dela. Se a senha não for requerida, esta possibilidade existirá.
Se o seu provedor de e-mails requerer autenticação para envio de mensagens. O serviço de envio não fun-
cionará até que a caixa Meu servidor requer autenticação seja habilitada.
Após habilitar a caixa, o botão Configurações será habilitado. Ao clicar nele, aparecerá a caixa de diálogo da
janela seguir.
É possível definir que o Servidor de saída utilize as mesmas configurações do servidor de entrada para autenticação,
ou fazer logon usando uma conta e senha diferente. Normalmente, os dados para autenticação e envio de mensagens
são os mesmos do servidor de entrada.
Na guia Avançado, as configurações de portas do servidor são padrão. Algumas redes corporativas poderão definir
portas diferentes para os servidores, mas estas costumam funcionar na maioria dos casos.
As mensagens acessadas no Outlook Express são descarregadas na máquina do usuário e saem do servidor de
mensagens recebidas. Este procedimento só não acontecerá, se na guia Avançado das Propriedades da conta estiver
habilitada a opção Deixar uma cópia das mensagens no servidor.
Informática
As mensagens poderão ser descarregadas na máquina e permanecer no servidor por alguns dias, a ser definido
pelo usuário
Janela principal
Para Pressione
Para Pressione
Fechar uma mensagem ESC
Localizar um texto F3
Localizar uma mensagem CTRL+SHIFT+F
Alternar entre as guias Editar,
CTRL+TAB
Origem e Visualizar
Para Pressione
Verificar nomes CTRL+K ou ALT+K
Verificar a ortografia F7
Inserir uma assinatura CTRL+SHIFT+S
Enviar (postar) uma mensagem CTRL+ENTER ou ALT+S
Informática
recursos computacionais durante o uso.
Instalar antivírus e firewall são medidas de proteção para evitar que o computador receba acessos de agentes
externos, não autorizados.
Segurança (Safety) conjunto de processos, de dispositivos, de medidas de precaução que asseguram o sucesso do
funcionamento do computador. Realizar backups - cópias de segurança – é um exemplo de segurança.
O e-mail é útil para enviar mensagens importantes, mas também é usado para propagar vírus na Internet.
Arquivos anexados a e-mails podem conter vírus e, quando abertos, são instalados no computador. Alguns vírus,
além de infectar o computador da pessoa que o recebeu, são programados para serem enviados para todos os
e-mails cadastrados na lista de contatos.
Os fabricantes de softwares de correio eletrônico recomendam, antes de abrir uma mensagem, clicar em um link
dentro do corpo da mensagem ou abrir um arquivo anexo, verificar:
Spam
Considerado um dos principais problemas da comunicação eletrônica, o SPAM é um e-mail, enviado para
muitas pessoas, as quais, não manifestaram a intenção de recebê-lo. A natureza das mensagens de spam é, nor-
malmente, publicitária.
hardware
Software
A palavra software é um termo inglês que significa a parte lógica do computador (soft = leve), a parte abstrata
que corresponde aos programas de computadores. Os softwares são classificados como softwares aplicativos ou
utilitários.
Os softwares aplicativos são sistemas de computação destinados aos usuários que utilizam o computador como
meio para alcançar seus resultados. Um Analista ou um Profissional da área da saúde pode não entender muito de
computação, mas pode ser especialista em trabalhar com algum software aplicativo da sua área de conhecimento.
Os softwares aplicativos mais comuns são os editares de textos, planilhas eletrônicas, Sistema de Informação Ge-
rencial, dentre outros.
Os softwares utilitários são programas que tratam o computador como objetivo fim. Muitos utilitários são uti-
lizados com maior freqüência por profissionais da área de informática, por terem como finalidade a organização
e a manutenção do computador. Os softwares utilitários mais comuns são programas para compactar arquivos,
efetuar cópias de segurança (backups), programas para formatação de discos, execução de mídias, dentre outros.
Hardware
A palavra hardware é um termo inglês que significa a parte física do computador (hard = rígido), ou seja, a
parte material que pode ser tocada. Compreende o conjunto de componentes eletrônicos, interligados por meio de
circuitos digitais. A Figura ilustra um computador e o conjunto de equipamentos.
Informática
Um computador. Periféricos de entrada, saída e entrada e saída. A CPU conectada a todos os periféricos,
responsável pelo processamento das informações e a comunicação com os dispositivos para obtenção dos dados
(teclado, scanner), apresentação (vídeo ou impressora) e/ou armazenamento (câmeras, PDA, discos). Os periféri-
cos são conectados à CPU por meio de interfaces.
A sigla CPU vem do inglês Central Processor Unit e significa Unidade Central de Processamento. Em português,
a sigla é UCP. A CPU é responsável por processar cálculos, transformar dados em informações e responder a todas
as requisições dos usuários. Os dispositivos ligados à CPU são classificados entre dispositivos de entrada, saída ou
entrada e saída. O processo da CPU é ilustrado na Figura.
Fluxo do processo de entrada e saída dos dados no computador. O processo de transformação é realizado
pela CPU
O referencial de entrada, saída ou ambos é a CPU. Para que os dados entrem na CPU (para serem processa-
dos), os mesmos deverão ser digitados ou copiados de algum disco. A CPU processará os dados e os apresentará
ao usuário por meio de dispositivos de saída, ou os armazenará em disco.
Os dispositivos utilizados pelo usuário para dar entrada na instrução ou nos dados são considerados dispositivos
de entrada. Por exemplo: o usuário utiliza o teclado para cadastrar o seu nome em um formulário a ser processado
pela CPU, ou o mouse para dar a instrução à CPU de imprimir um arquivo.
Os dispositivos utilizados pelo usuário para obter informações, de forma visual ou impressa são os dispositi-
vos de saída. O usuário obtém um relatório do computador por meio de uma impressora ou do monitor (display).
A Figura representa o processo de entrada e saída.
Os dados, para não serem perdidos, devem ser gravados em dispositivos de armazenamento. Os mais comuns
são pendrives ou discos rígidos (HD, de hard disk) fixos na estrutura interna do computador. Os dados podem
ser armazenados em discos rígidos, flexíveis, pendrives, CDs ou DVDs. São periféricos todos os equipamentos
(dispositivos) que se conectam à CPU para agregar recursos e aumentar a quantidade de serviços (funcionalidades)
que o computador poderá prover.
Periféricos
Denominam-se periféricos os dispositivos que estão à margem da CPU, conectados a ela por tecnologias com
ou sem fio.
Como classificar os PERIFÉRICOS?
Os periféricos são classificados de acordo com o seu propósito. A única função do teclado é a entrada
de dados para a CPU, logo ele é classificado como periférico de entrada. A única função da impressora é
imprimir os dados processados pela CPU (entrados pelo teclado), logo é um periférico de saída. No entanto,
há equipamentos que possuem funcionalidades para atuar como dispositivos de entrada e/ou saída.
Periféricos de Entrada
Periféricos de entrada
Teclado.............. : é o dispositivo utilizado pelo usuário para dar entrada nos dados. O texto é digitado pelo teclado,
um nome é cadastrado pelo teclado, os números a serem calculados são digitados por meio de
um teclado.
Mouse................ : é o dispositivo utilizado pelo usuário para dar instruções para o computador. O clique em um
botão poderá representar, dentre outras, uma instrução para fechar um programa, salvar um
arquivo.
scanner.............. : termo inglês para digitalizador. O scanner é o equipamento utilizado para digitalizar imagens
ou documentos. Uma foto impressa poderá ser digitalizada, ou seja, transformada em arquivo,
para ser tratada em softwares específicos.
Periféricos de Saída
Monitor............. : é o meio pelo qual o usuário visualiza as informações. Do ponto de vista da CPU, a saídas
Impressora....... : é o dispositivo utilizado pelo usuário para imprimir documentos de texto, fotos, imagens,
gráficos ou qualquer tipo de documento eletrônico.
Informática
Dispositivos de armazenamento...: todos os dispositivos utilizados para gravar dados. Discos rígidos
(HDs), os flexíveis (disquetes), pendrives, cartões de memória, CDs e DVDs.
Câmera.................. : ou máquina fotográfica digital, é um dispositivo cujo objetivo principal é capturar imagens em
um determinado instante (foto). Este equipamento possui uma interface para comunicação
com o computador. As fotos armazenadas na máquina poderão ser transmitidas para o
computador. É possível transferir fotos gravadas no computador para a máquina fotográfica
digital. Devido a esta funcionalidade, o dispositivo poderá ser classificado como de entrada e
saída.
PDA......................... : também conhecido como computador de mão. Possui um tamanho pouco maior a um
celular, mas tem boa capacidade de processamento e armazenamento. Muito utilizado para
agenda eletrônica, editores, planilhas, conexão à Internet por meio de rede sem fio ou rede
cabeada. Conecta-se a computadores para trocar ou atualizar informações.
Celular................... : os telefones celulares modernos possuem software que se comunicam com o computador
com a finalidade de sincronizar e-mails, listas de contatos, compromissos, além de terem
acoplados cartões de memória, o qual atua como dispositivo de armazenamento de dados
e fotos. Alguns celulares também possuem câmeras fotográficas digitais, e, neste caso, são
dispositivos de entrada.
Modem................. : a palavra modem é a junção das palavras modulador/demodulador.
É um dispositivo eletrônico que modula um sinal digital (dados) em uma linha analógica
(telefonia) e depois demodula o sinal analógico para o formato digital. Este equipamento é
necessário para a conexão com a Internet.
CD-ROM (Compact Disk)...... : possui capacidade para armazenamento de até 650MB. Há mídias
preparadas para gravar apenas 1 vez (CD-R), outras regraváveis
(CD-RW). Recomendada para gravar músicas e dados que serão guardados para
a posteridade. A desvantagem do uso é que são sensíveis a risco e, uma mídia
riscada tem comprometida a leitura de todos os dados gravados.
Informática
DVD (Digital Vídeo Disk)....... : possui capacidade de armazenamento de até 8.5 GB. Tem como benefício em
relação ao CD-ROM a maior capacidade de armazenamento e a tecnologia usada
para armazenamento de vídeo e áudio.
Blue-Ray................................... : capacidade de até 50GB. Corresponde ao estado da arte em relação a armazenamento
de vídeos e músicas.
HD-DVD.................................... : (High Definition – Digital Video Disc) Disco de Vídeo Digital de Alta Definição
Unidade de Medida
8 bits 1 byte 20
De acordo com o iDicionário Aulete1, o bit é como se fosse um tijolinho de montar bytes.
O byte comporta 8 bits, ou seja, ele tem 8 espaços em que entram os dígitos zero e um, assim: 00000000,
00000001, 00000010, 00000011, 00000100, 00000101 etc. São 256 combinações possíveis (que no sistema
binário de numeração resultam em números de 0 a 255), o que significa que num sistema de bytes de 8 bits cada
um estão disponíveis 256 signos de significado (letras, algarismos, sinais, símbolos etc.) que vão formar textos,
fórmulas, instruções etc. Nas instruções ao processador de um computador podem ser usadas como unidade de
Informática
informação conjuntos de até 64 bits.
O armazenamento de documentos de textos, dados, fotos, vídeos ou qualquer outro tipo de dados deve ser
feita por meio de arquivos. Dependendo do tipo do arquivo e da quantidade de informação que ele armazenar,
impactará no espaço que será gasto para armazená-lo. A fim de facilitar a compreensão, a Figura ilustra docu-
mentos que constituem tipos de arquivos.
pRINCIPAIS COMPONENTES DE UM PC
O termo arquitetura de computadores corresponde ao modo como o conjunto de componentes eletrônicos
estão organizados, conectados e se comunicam, visando ao pleno funcionamento da parte física do computador:
o hardware.
A Figura abaixo apresenta a imagem de uma placa-mãe (motherboard), assim denominada, por ser a
principal placa da máquina eletrônica chamada computador. Todos os periféricos, tais como impressoras,
unidades de disco, monitor, dentre outros, para se comunicar com o computador, deverão estar conectados
a placa-mãe. Nela, há conexão para a fonte de energia, responsável por alimentar todos os componentes
eletrônicos (HD interno, placas de vídeo e rede) e os barramentos para conexão.
O Processador
O computador é uma máquina eletrônica, programada para processar dados, transformá-los em informa-
ções e armazená-las para consultas futuras. O componente eletrônico que processa os dados é denominado
processador.
O processador é um circuito eletrônico, conectados à placa-mãe por meio de soquetes, responsável por executar
tarefas de processamento e controle do computador. Os processadores são caracterizados pela marca e capacidade
de processamento, ou seja, a velocidade do processador para responder requisições. A Figura abaixo ilustra dois
tipos de processadores, de duas marcas fortemente conhecidas no mercado.
(a) (b)
Processadores (a) Processador AMD Phenom de 64MHz
(b) Processador Inter Core i
Quanto mais rápido for o processamento de dados em informação, menor será o tempo de resposta. A
velocidade do computador depende da capacidade de processamento do processador, expressa em GHz e da
quantidade de memória RAM.
Informática
Para facilitar a compreensão, imagine o usuário trabalhar com um editor de texto para escrever seus relatórios,
deixar um programa utilitário de antivírus monitorando a máquina contra ataques, imprimir, abrir um software de
correio eletrônico para receber mensagens enquanto escreve seus relatórios, gravar o relatório em disco, conectar-
se à Internet e entrar em dois softwares de troca de mensagens instantâneas, tais como o Skype (que troca voz,
vídeo e texto) e o MSN. Adicionalmente, ainda deseja acessar um site da Internet e ouvir músicas.
Para que o usuário possa desempenhar todas estas tarefas simultaneamente, sem comprometer o desempe-
nho do equipamento, é necessário ter um bom processador.
Os processadores são diferenciados entre marcas e modelos pela capacidade de processamento, menor
aquecimento e silencioso.
Devido ao aquecimento durante o processamento, se a máquina permanecer em uso por muito tempo, para
evitar travamentos durante a execução de uma tarefa, uma ventoinha é colocada sobre o processador, a fim de
resfriá-lo.
Além do processador principal, é presente nos computadores um processador aritmético. Este processador é
responsável por executar tarefas específicas de cálculos aritméticos. Lembramos ainda que o núcleo do proces-
sador é dividido em duas unidades principais.
UC – Unidade de Controle
ULA – Unidade Lógica e Aritmética
Overclock
Overclock é o aumento da freqüência do processador para que ele trabalhe mais rapidamente.
A freqüência de operação dos computadores domésticos é determinada por dois fatores:
A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também como velocidade de barramento, que nos com-
putadores Pentium pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
O multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que permite ao processador trabalhar internamente a uma
velocidade maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que os outros periféricos do computador (memória RAM, cache
L2, placa de vídeo, etc.) continuam trabalhando na velocidade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com velocidade de barramento de 66 MHz e multi-
plicador de 2,5x Fazendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a 166 MHz, mas se comunica
com os demais componentes do micro à 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo acima), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz,
simplesmente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe permita, pode-se usar
um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz (algumas placas mais modernas suportam essa velocidade de
barramento). Neste caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x, o Pentium 166 poderia trabalhar a 187
MHz (2,5 x 75) ou a 208 MHz (2,5 x 83). As freqüências de barramento e do multiplicador podem ser alteradas
simplesmente através de jumpers de configuração da placa-mãe, o que torna indispensável o manual da mes-
ma. O aumento da velocidade de barramento da placa-mãe pode criar problemas caso algum periférico (como
memória RAM, cache L2, etc.) não suporte essa velocidade.
Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projeta-
do, fazendo com que haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida útil do processador de
cerca de 20 para 10 anos (o que não chega a ser um problema já que os processadores rapidamente se tornam
obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também freqüentes “crashes” (travamento) do sistema
operacional durante o seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um cooler (ventilador que fica sobre o processador para
reduzir seu aquecimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica especial que é passada diretamente
sobre a superfície do processador.
Informática
bits. Opera com clock de 8MHz. Úteis para conectar placas de vídeo e disco rígido. ISA é acrônomo de Industry
Standard Architecture.
Barramentos EISA: é um barramento compatível com o barramento ISA, com clock de 8MHz, mas com ca-
pacidade de 32 bits para transferência de dados. EISA é acrônomo de Extended Industry Standard Architecture.
Barramento EISA
Barramentos VESA Local Bus: é um barramento com capacidade de 32 bits para transferência de dados,
projetado inicialmente para melhorar o desempenho dos adaptadores de vídeo, foi desenvolvido pela Vídeo
Eletronics Standards Association. Os adaptadores ligados a este barramento são divididos em duas partes, sendo
uma igual ao barramento ISA e uma parte adicional. É compatível com os barramentos anteriores, o EISA e ISA.
Barramentos PCI: é um barramento com capacidade de 32 ou 64 bits para transferência de dados, com
freqüência de 33MHz a 133MHz. PCI é acrônomo de Peripheral Components Interconnect. É presente nas arqui-
teturas modernas de computadores.
Barramento USB: acrônomo de Universal Serial Bus, é um conector padronizado, capaz de conectar à CPU
vários tipos de aparelhos, tais como impressoras, celulares, scanners, aparelhos musicais, leitoras de cartões,
HDs externos, mouses, teclados, MP3-players, câmeras digitais, dentre outros. A tecnologia USB tornou sim-
ples o processo de adicionar novos equipamentos ao computador. Cita-se a seguir algumas das principais
características do padrão USB: oferece alimentação de energia, facilidade de instalação, plug and play, ou seja,
conectar e usar, compatibilidade com vários dispositivos eletrônicos.
Cabeamentos
Os cabos ilustrados na Figura abaixo servem para conectar HD e unidades de discos à placa-mãe. Cada cabo
possui uma quantidade específica de pinos. O cabo que conecta a unidade de CD à placa-mãe possui 40 pinos.
O cabo que conecta a unidade de disco flexível (disquete) possui 20 pinos. Há cabos de 12 pinos, há outros de
energia e para interligar portas USB, serial, porta paralela, dentre outras específicas para ligar dispositivos.
Informática
Tipos de cabos
Placas de Rede
As placas de redes são adaptadores que se comunicam com o processador por intermédio dos barramentos
e têm por objetivo propiciar e controlar a comunicação entre os computadores interligados.
Há dois tipos de placas de rede, as que conectam os computadores à rede por meio de cabos e as que
conectam computadores por meio de rede sem fio (wireless). A Figura abaixo ilustra ambas, respectivamente.
Diferenciadas no mercado pela taxa de transmissão, tipo de barramento utilizado e cabos de redes suportados.
(a) (b)
Placas de rede.
(a) placa de rede com conector RJ45. (b) placa de rede sem fio.
Placa de Som
As placas adaptadoras de som são circuitos integrados capazes de controlar sons com alta qualidade. Possuem
entradas para microfone e caixas acústicas.
Paca de som
Placa de Vídeo
Para que a imagem produzida seja refletida na tela do monitor ou de uma TV com entrada RGB, é importante
conectar à placa-mãe uma placa de vídeo. Ela possui uma entrada com 14 pinos fêmea. O cabo de vídeo trans-
forma as cores vermelho, verde e azul (RGB, de Red, Green e Blue, respectivamente).
Informática
Placa de vídeo
Memórias
Memória ROM, de Random Access Memory é uma memória volátil, acessível pelo computador.
Impressoras
As tecnologias de impressoras têm modernizado muito e, com preços cada vez mais baixos e a qualidade cada
vez maior, as impressoras a laser e os equipamentos multifuncionais têm ganhado a preferência dos usuários
domésticos e corporativos.
(a) (b)
(c) (d)
HD ou Winchester
Os discos rígidos podem ser internos, ligados por um flat-cable de 40 pinos conectado diretamente à placa-
mãe, ou externos, conectados por meio de portas USB. Os discos rígidos (HDs) possuem alta capacidade de
armazenamento.
(a)
(b)
Figura 2.12. Discos rígidos. (a) HD interno.
(b) HD externo
Unidades de Disco
Os discos rígidos podem ser internos, ligados por um flat-cable de 40 pinos diretamente à placa-mãe, ou
externos, conectados por meio de portas USB. Os discos rígidos (HD’s) possuem alta capacidade de armazena-
mento.
Informática
(b)
Informática
(c)
(d)
Swicth
(a)
(b)
Informática
BIOS
Utilizado para dar o boot no computador, ou seja iniciá-lo e reconhecer seu hardware cada placa-mãe possui
sua bios não funcionando em outra.
SETUP
Ele nos fornece acesso para configurar opções de hardware instalado, além de desempenho do sistema , se-
nhas etc.. uma má configuração do setup pode tornar seu computador uma carroça. Neste curso você aprenderá
a maneira mais fácil e rápida de configurá-lo tornando sua máquina mais rápida tanto para iniciar quanto para
trabalhar.
CMOS
Utilizado para armazenar os dados configurados no setup para não perdê-los, o cmos contém aproxima-
damente 128 bytes de memória ram embutido no cartucho da bios, é alimentado por uma bateria que evita a
perda dos dados com a máquina desligada.
POST
É uma parte da Memória que tem a finalidade de checar o hardware durante o processo de inicialização, caso
for encontrado alguma inconformidade o computador trava antes de chegar na inicialização do sistema.
Windows 7
O Windows 7 é um dos mais recentes sistemas operacionais desenvolvidos pela Microsoft.
Estas são as recomendações mínimas de hardware da Microsoft para os sistemas que executarão o Windows 7:
Especificações mínimas:
• Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de memória (sem Windows Aero)
• DVD-ROM
• Saída de Áudio
Especificações Recomendadas:
• Memória (RAM) de 1 GB
• Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos DirectX 9 com 128 MB de memória (para habilitar o
tema do Windows Aero)
• Unidade de DVD-R/W
Informática
Mostra opções de monitores/projetores
Tecla Windows + P
externos
Tecla Windows + X Central de mobilidade
Abre uma nova instância do programa
correspondente ao número fixado na
Tecla Windows + # (# =
Superbar. Por exemplo: WinKey + 1 abre
número, de 1 a 5)
o primeiro programa; WinKey + 4, abre o
quarto programa
Tecla Windows + +
(sinal de mais) / Tecla
Zoom
Windows + – (sinal de
menos)
Aero Flip (alterna entre os programas
Tecla Windows + Tab
abertos)
Windows Explorer
Mostra/oculta painel de pré-visu-
Alt + P
alização
Modificadores da Superbar
Shift + clique Abre nova instância
Botão do meio do mouse Abre nova instância
Abre nova instância
Ctrl + Shift + clique com privilégios
administrativos
Abre menu da janela
Shift + clique (botão direito) (maximizar, minimi-
zar, mover, etc.)
Abre menu de janela
Shift + clique (botão direito) em grupo de
referente a todas as
janelas
janelas do grupo
Circula através das
Control + clique em grupo de janelas janelas (ou abas) do
grupo
PRINCIPAIS RECURSOS:
1. Aero Shake
Precisa vasculhar uma área de trabalho bagunçada para encontrar uma só janela? Basta clicar em um painel e
sacudir o mouse. Pronto! Todas as janelas abertas desaparecem, exceto a que você escolheu. Sacuda de novo - e
todas as janelas voltam.
2. Aero Peek
O Aero Peek permite que você enxergue através de outras janelas abertas no Windows 7. Basta apontar
o mouse para a borda direita da barra de tarefas– e veja as janelas abertas ficarem transparentes na hora,
revelando todos os ícones e gadgets
Para mostrar rapidamente uma janela escondida, aponte para a sua miniatura na barra de tarefas. Agora,
apenas essa janela aparece na área de trabalho.
O Peek está incluído nas edições Home Premium, Professional e Ultimate do Windows 7.
3. Snap
O Snap é um novo e rápido (e divertido!) jeito de redimensionar as janelas abertas, simplesmente arrastan-
do-as para as bordas da tela.
Dependendo de onde você arrastar uma janela, será possível expandi-la verticalmente, colocá-la na tela
inteira ou exibi-la lado a lado com outra janela. O Ajustar faz com que ler, organizar e comparar janelas seja tão
fácil quanto... bem, ajustá-las.
Informática
Grupo Doméstico
O Grupo Doméstico elimina a dor de cabeça do compartilhamento de arquivos e impressoras em uma rede
doméstica. Conecte dois ou mais PCs com o Windows 7, e o Grupo Doméstico permitirá iniciar fácil e automati-
camente o compartilhamento de músicas, fotos, vídeos e documentos em bibliotecas com outros em sua casa.
Privacidade?. É por isso que o Grupo Doméstico é protegido por senha e permite que você tenha controle
total. Você decide o que é compartilhado – e o que permanece privado. Também é possível tornar seus arquivos
“somente leitura”, para que outras pessoas possam visualizar as suas coisas - mas não tocar nelas.
Você pode ingressar em um grupo doméstico usando qualquer edição do Windows 7, mas só pode criar um
nas edições Home Premium, Professional ou Ultimate.
4. Listas de Atalhos
As Listas de Atalhos – novidade do Windows 7 – levam você diretamente aos documentos, fotos, músicas ou
sites que você usa todos os dias. Para abrir uma Lista de Atalhos, basta clicar com o botão direito do mouse em
um ícone de programa na barra de tarefas do Windows 7. (Você também os encontrará no menu Iniciar.)
O que você vê em uma Lista de Atalhos depende totalmente do programa. A Lista de Atalhos do Internet
Explorer 8 mostra os sites visitados com frequência. Windows Media Player 12 lista músicas que você escuta
mais. Sua Lista de Atalhos está com um favorito faltando? Você pode “fixar” o arquivo que desejar nela.
As Listas de Atalhos não mostram apenas atalhos de arquivos. Às vezes, elas também fornecem acesso rápido
a comandos para coisas como redigir novas mensagens de e-mail ou reproduzir músicas.
5. Windows Live Essentials
O que é o Windows Live Essentials? Resumindo, é um software gratuito que permite a um computador com
o Windows 7 fazer mais coisas como email, mensagens instantâneas, edição de fotos e publicação em blogs.
O Windows Live Essentials está disponível no site do Windows Live. O download gratuito inclui:
Informática
Transforme fotos e vídeos em filmes e apresentações
de slides incríveis.
Movie
Maker
Toolbar
Pesquise instantaneamente em qualquer página da web
6. Windows Search
No Windows 7, você pode encontrar mais coisas em mais lugares – e com mais rapidez.
Comece a digitar na caixa de pesquisa do menu Iniciar – e você verá instantaneamente uma lista de do-
cumentos, fotos, músicas e emails relevantes no seu PC. Os resultados serão agrupados agora por categoria e
conterão palavras realçadas e trechos de textos para facilitar sua verificação.
Poucas pessoas armazenam todos os seus arquivos em um lugar hoje em dia. Então, o Windows 7 também é
projetado para procurar em discos rígidos externos, PCs em rede e bibliotecas. Sobrecarregado com os resultados
da sua pesquisa? Agora você pode filtrá-los instantaneamente por data, tipo de arquivo e outras categorias úteis.
7. Barra de Tarefas do Windows
A nova barra de tarefas do Windows 7 ainda é o mesmo local familiar para alternar entre janelas. Mas agora
ela está mais fácil de se visualizar
Por exemplo, no Windows 7, é possível “fixar” programas favoritos em qualquer lugar da barra de tarefas,
para fácil acesso. Não gostou muito do alinhamento de ícones? Agora você pode reorganizá-los do modo que
desejar, clicando e arrastando. Finalmente, há novas maneiras para se visualizar janelas. Aponte o mouse sobre
um ícone da barra de tarefas para ter uma visualização em miniatura dos programas e arquivos abertos. Em
seguida, mova seu mouse sobre uma miniatura para visualizar a janela em tela inteira. Você pode até mesmo
fechar janelas das visualizações em miniatura – o que economiza bastante tempo.
isso que o Windows 7 inclui uma grande variedade de novos planos de fundo de área de trabalho – papéis
de parede – que variam do sublime ao caricato. Ou experimente a nova apresentação de slides para área de
trabalho, que exibe uma série de fotos.
O Windows 7 permite que você expresse facilmente a sua personalidade, com novos temas criativos e outros
toques personalizados.
A barra de tarefas do Windows 7?
No Windows 7, a barra de tarefas foi completamente reprojetada para ajudar você a gerenciar e acessar mais
facilmente seus arquivos e programas mais importantes.
Botões da barra de tarefas
Os botões da barra de tarefas têm um nova aparência e fazem mais do que apenas mostrar quais programas
estão em execução.
Na exibição padrão, cada programa aparece como um botão único sem rótulo - mesmo quando vários
itens de um programa estão abertos - para se obter uma aparência limpa e organizada. Você pode persona-
lizar o aspecto da barra de tarefas para alterar como os botões são exibidos e como eles se agrupam quando
você tem vários itens abertos. Você pode também optar por ver botões individuais para cada arquivo aberto.
Você pode também reordenar e organizar os botões na barra de tarefas, incluindo programas fixos e
programas em execução que não foram fixados, para que eles sejam exibidos na ordem que você preferir.
Para reorganizar a ordem dos botões na barra de tarefas, arraste um botão de sua posição atual para uma
posição diferente na barra de tarefas. Você pode reorganizar botões com a frequência que desejar.
Visualizando janelas abertas com Aero Peek
Quando você abre várias janelas na área de trabalho, algumas vezes pode ser um desafio ver janelas separa-
das e alternar entre elas.
Você pode usar o Aero Peek para ver rapidamente outras janelas abertas sem clicar fora da janela em que
você está trabalhando. Aponte o mouse para um botão da barra de tarefas, e as visualizações em miniatura de
qualquer janela aberta associada a esse botão serão exibidas acima da barra de tarefas. Se desejar abrir uma
janela que esteja visualizando, basta clicar em sua miniatura.
Itens de fixação
A fixação de programas na barra de tarefas complementa a fixação de programas no menu Iniciar, como nas
versões anteriores do Windows. Quando você fixa um programa favorito à barra de tarefas, você sempre pode
vê-lo nela e acessá-lo facilmente com um único clique. O Windows 7 também inclui Listas de Atalhos, de forma
que, além de iniciar um programa a partir da barra de tarefas, você pode agora iniciar itens favoritos e usados
recentemente a partir desse programa, apenas clicando no mesmo botão.
As Listas de Saltos são listas de itens abertos recentemente ou com frequência, como arquivos, pastas ou
sites, organizados pelo programa que você usa para abri-los. Além de poder abrir os itens recentes usando
uma Lista de Saltos, você pode também fixar itens favoritos em uma Lista de Saltos, para que possa acessar
rapidamente os itens que usa todos os dias.
Na barra de tarefas, Listas de Saltos aparecem para programas que você fixou à barra de tarefas e programas
que estão atualmente em execução. Você pode exibir a Lista de Atalhos de um programa, clicando com o botão
direito no botão da barra de tarefas ou arrastando o botão para a área de trabalho. Os itens da Lista de Salto se
abrem ao serem clicados.
Área de notificação
Uma nova forma de gerenciar a área de notificação ao final da barra de tarefas significa que você obtém
menos notificações, e as que você recebe são coletadas em um único lugar no Windows.
No passado, a área de notificação podia às vezes ficar cheia de ícones. Agora, você pode escolher quais ícones
estão sempre visíveis. E você pode manter o resto dos ícones disponíveis em uma área de excedentes, onde eles
estão acessíveis com um único clique de mouse..
Central de Ações é uma única área que coleta mensagens de notificação importantes sobre configurações
de segurança e manutenção. Você pode revisar essas mensagens mais tarde se não quiser ser interrompido.
Quando você clica no ícone da Central de Ações e em Abrir Central de Ações, você vê informações sobre os
itens a respeito dos quais você precisará tomar medidas e encontra links úteis para solução de problemas e
Informática
outras ferramentas que podem ajudar a corrigir problemas.
Exibindo a área de trabalho
O botão Mostrar área de trabalho foi movido para a extremidade oposta da barra de tarefas do botão Iniciar,
facilitando clicar ou apontar para o botão sem abrir acidentalmente o menu Iniciar.
Além de clicar no botão Mostrar área de trabalho para chegar à área de trabalho, você pode exibir
temporariamente ou espiar a área de trabalho simplesmente apontando o mouse para o botão Mostrar
área de trabalho, sem clicar nele. Quando você aponta para o botão Mostrar área de trabalho ao final da
barra de tarefas, qualquer janela aberta esmaece da exibição, revelando a área de trabalho. Para fazer as
janelas reaparecerem, afaste o mouse do botão Mostrar área de trabalho.
Isso pode ser útil para exibir rapidamente gadgets de área de trabalho ou quando você não deseja minimizar
todas as janelas abertas e depois precisar restaurá-las. Para mais informações, consulte Visualizar temporaria-
mente a área de trabalho usando o Peek.
• Gadgets aprimorados
Gadgets, os populares miniprogramas introduzidos no Windows Vista, estão mais flexíveis e divertidos. Com
base nos seus comentários, eliminamos a Barra lateral. Agora, você pode deixar seus gadgets em qualquer lugar
da área de trabalho.
Os seus gadgets favoritos podem ficar em qualquer lugar da área de trabalho do Windows 7.
11. Aprimoramentos do desempenho
Os principais aprimoramentos de desempenho incluem:
• Dormir
O Windows 7 foi projetado para entrar em suspensão, retornar dela e reconectar à rede sem fio mais rápido.
• Pesquisar
Ao procurar alguma coisa, você quer respostas, não atrasos. No Windows 7, os resultados das pesquisas
aparecem mais rápido. Organizar e agrupar os resultados das pesquisas também é muito mais rápido.
• Dispositivos USB
Quando você conecta um pen drive ou um outro dispositivo USB pela primeira vez, o Windows 7 pode
prepará-lo para você em segundos. Se você já tiver usado o dispositivo, a espera é ainda menor.
12. Reproduzir em
Reproduzir em, um recurso novo do Windows 7, facilita a reprodução das suas músicas e vídeos em outros PCs,
TVs ou aparelhos de som pela casa. Basta clicar com o botão direito nas faixas que você quiser ou adicioná-las à
lista de reprodução do Windows Media Player 12 e selecionar Reproduzir em –
O recurso Reproduzir em funciona com outros PCs com Windows 7 e dispositivos com o logotipo “Compatível
com o Windows 7”. Para encontrar um, visite o Centro de Compatibilidade do Windows 7.
prontos para serem usados com os dedos. Todos os seus programas favoritos do Windows 7 também estão
prontos para o toque. Você até mesmo pintar com o dedo no Paint!
O novo sistema de Backup e Restauração que faz parte do Windows 7 tem muitas mudanças e melhorias.
A ferramenta faz backups de imagem para proteção do sistema e backups de arquivos para proteção dos dados.
Informática
Para o backup de arquivos, o programa já tem um padrão do que gravar (bibliotecas, appdata, meus documentos),
mas também permite que você selecione e insira as pastas que quer proteger.
A ferramenta é capaz de fazer backup apenas dos arquivos que foram criados e/ou alterados depois que o
último backup foi feito. E, caso haja mais de uma versão de um mesmo arquivo salva, o aplicativo dá ao usuário a
opção de escolher qual deve ser recuperada mas, por padrão, o programa irá restaurar a versão mais recente dele.
O sistema de Backup e Restauração deixa o usuário escolher qual drive deve ser utilizado para o backup, mas
não deixa que se selecione apenas uma pasta do drive. Além disso, restaurar uma imagem ISO não é simples e
talvez não seja a melhor ferramenta para esta função.
Para iniciar o programa, clique no botão Iniciar e digite backup, e a página de Backup e Restauração irá abrir.
Conecte seu disco externo - local onde a cópia de segurança será gravada - e clique em Configurar Backup.
Escolha os ajustes, mas quando chegar à última página clique em Modificar Agendamento. Desmarque a
opção Executar Backup Agendado (recomendado), e clique em OK.
Para fazer backup de seus dados (e o recomendável é que isso ocorra diariamente!), conecte o drive ex-
terno, inicie o programa de backup e clique em Fazer Backup. Não haverá problemas em usar o computador
enquanto o backup estiver rodando.
A Lixeira
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles na verdade não são excluídos imediatamente; eles vão para a
Lixeira. Isso é bom porque, se você mudar de idéia e precisar de um arquivo excluído, poderá obtê-lo de volta.
Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer isso, excluirá
permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles ocupados.
Ao excluir um arquivo, geralmente ele é movido para a Lixeira, de forma que você possa restaurá-lo poste-
riormente, se necessário.
Para remover arquivos permanentemente do computador e recuperar o espaço que eles estavam ocupando
no disco rígido, é necessário excluí-los da Lixeira. Você pode excluir arquivos específicos da Lixeira ou esvaziá-la
totalmente de uma só vez.
• Para excluir permanentemente um arquivo, clique nele, pressione Excluir e clique em Sim.
• Para excluir todos os arquivos, na barra de ferramentas, clique em Esvaziar Lixeira e em Sim.
Dicas
Você pode esvaziar a Lixeira, sem abri-la, clicando com o botão direito do mouse em Lixeira e depois em
Esvaziar Lixeira.
Você pode excluir permanentemente um arquivo do computador sem enviá-lo para a Lixeira, clicando no
arquivo e pressionado as teclas Shift+Delete.
• Se você tiver baixado o Windows 7, vá até onde está o arquivo de instalação que você baixou e dê um
duplo-clique nele.
• Se você tiver baixado os arquivos de instalação do Windows 7 em um pen drive USB, insira a unidade
no seu computador. O Programa de Instalação deve ser iniciado automaticamente. Do contrário, clique
no botão Iniciar , em Computador, clique duas vezes na unidade e clique duas vezes em setup.exe.
Observação
Poderá ser necessário atualizar os drivers após a instalação do Windows 7. Para isso, clique no botão Iniciar
, em Todos os Programas e em Windows Update. Se o Windows Update não tiver o driver de que você precisa,
acesse Atualizar um driver de hardware que não está funcionando adequadamente
Para compartilhar impressoras
Se você compartilhava impressoras no Windows Vista, precisará compartilhá-las novamente, seguindo estas
instruções:
1. Clique no botão Iniciar e em Dispositivos e Impressoras.
2. Clique com o botão direito do mouse na impressora que deseja compartilhar e clique em Propriedades
da impressora.
3. Clique na guia Compartilhamento, marque a caixa de seleção Compartilhar esta impressora e clique em OK.
Se outros computadores ainda não puderem acessar a impressora, exclua-a dos outros computadores e adicio-
ne-a de novo.
Para instalar o Windows 7 usando a opção de instalação Personalizada sem formatar o disco rígido
1. Ligue o seu computador, de forma que o Windows se inicialize normalmente, e siga uma destas opções:
• Se você tiver baixado o Windows 7, vá até onde está o arquivo de instalação que você baixou e dê um
duplo-clique nele.
Informática
• Se você tiver um disco de instalação do Windows 7, insira-o no computador. O Programa de Instalação
deve ser iniciado automaticamente. Senão, clique no botão Iniciar , em Computador, dê um duplo-
clique na unidade de DVD para abrir o disco de instalação do Windows 7 e dê outro duplo-clique em
setup.exe.
• Se você tiver baixado os arquivos de instalação do Windows 7 em um pen drive USB, insira a unidade
no seu computador. O Programa de Instalação deve ser iniciado automaticamente. Do contrário, clique
no botão Iniciar , em Computador, clique duas vezes na unidade e clique duas vezes em setup.exe.
4. Na página Leia os termos de licença, se você aceitar os termos de licença, clique em Aceito os termos
de licença e em Avançar.
6. Na página Onde você deseja instalar o Windows?, selecione a partição que contém a versão anterior do
Windows (geralmente, é a unidade C: do computador) e clique em Avançar.
Para instalar o Windows 7 usando a opção de instalação Personalizada e formatando o disco rígido
Para formatar o disco rígido durante a instalação do Windows 7, você precisa inicializar o computador usando
o disco de instalação do Windows 7 ou o pen drive USB.
1. Ligue o seu computador, de forma que o Windows se inicialize normalmente, insira do disco de instala-
ção do Windows 7 ou o pen drive USB e desligue o seu computador.
2. Reinicie o computador.
3. Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer isso, e siga as instruções exibidas.
4. Na página Instalar o Windows, insira o seu idioma e outras preferências e clique em Avançar.
Se a página Instalar o Windows não aparecer e o sistema não solicitar que você pressione uma tecla,
poderá ser necessário alterar algumas configurações do sistema.
Na página Leia os termos de licença, se você aceitar os termos de licença, clique em Aceito os termos
de licença e em Avançar.
7. Clique na partição que você quiser alterar, clique na opção de formatação desejada e siga as instruções.
Windows Defender
O Windows Defender é sua primeira linha de defesa contra spyware e outros programas indesejados.
E, no Windows 7, ele possui notificações mais simples, mais opções de verificação e menos impacto no
desempenho do seu computador também. Um novo recurso chamado “Sistema Limpo” permite eliminar, com
um clique, todos os programas suspeitos. Windows O Defender agora faz parte da Central de Ações o novo e
simplificado local para manter o bom funcionamento do seu PC.
CD, DVD ou outra mídia removível. Software mal-intencionado ou potencialmente indesejado também pode ser
programado para ser executado em horários inesperados, e não apenas quando é instalado.
O Windows Defender oferece três formas de ajudar a impedir que spyware e outros softwares potencialmente
indesejados infectem o computador:
• Proteção em tempo real.O Windows Defender alerta quando spyware ou software potencialmente in-
desejado tenta se instalar ou ser executado no seu computador. Ele também alerta caso os programas
tentem alterar configurações importantes do Windows.
• Comunidade SpyNet. A comunidade online do Microsoft SpyNet ajuda você a ver como outras pessoas
respondem a software que ainda não tenha sido classificado com relação aos riscos. Ver se outros mem-
bros da comunidade permitem a execução do software poderá ajudá-lo a decidir se deve ou não permitir
no seu computador. Por sua vez, se você participar, suas opções serão adicionadas às classificações da
comunidade para ajudar outras pessoas a escolherem o que devem fazer.
• Opções de verificação. Você pode usar o Windows Defender para verificar se há spyware e outros sof-
twares potencialmente indesejados instalados em seu computador, agendar verificações regularmente e
remover automaticamente qualquer software mal-intencionado que seja detectado durante a verificação.
Ao usar o Windows Defender, é importante manter as definições atualizadas. As definições são arquivos que
atuam como uma enciclopédia de possíveis ameaças de software em constante crescimento. O Windows Defen-
Informática
der usa as definições para determinar se o que ele detectou é spyware ou software potencialmente indesejado
e alertá-lo sobre possíveis riscos. Para ajudar a manter as definições atualizadas, o Windows Defender trabalha
com o Windows Update para instalar automaticamente novas definições à medida que elas são lançadas. Tam-
bém é possível definir o Windows Defender para conferir se há definições atualizadas antes da verificação.
• Use a Pesquisa. Para localizar as configurações nas quais está interessado ou uma tarefa que você deseja
realizar, digite uma palavra ou uma frase na caixa de pesquisa. Por exemplo, digite “som” para localizar
as configurações específicas da placa de som, sons do sistema e o ícone de volume na barra de tarefas.
• Procurar. Você pode explorar o Painel de Controle clicando em diferentes categorias (por exemplo, Sis-
tema e Segurança, Programas ou Facilidade de Acesso) e exibindo as tarefas comuns listadas em cada
categoria. Ou em Exibir por, clique em Ícones grandes ou Ícones pequenos para exibir uma lista de todos
os itens do Painel de Controle.
Dicas
• Se você navegar por ícones no Painel de Controle, poderá encontrar rapidamente um item da lista di-
gitando a primeira letra do nome do item. Por exemplo, para encontrar Teclado, digite T e uma lista de
itens do Painel de Controle começando com a letra T, incluindo Teclado, será exibida.
• Você também pode usar as teclas de direção (Seta para Cima, Seta para Baixo, Seta para a Esquerda e Seta
para a Direita) para rolar a lista de ícones no Painel de Controle.
Firewall do Windows
o nível de proteção escolhido para os seus perfis, você poderá alternar entre eles com facilidade.
1. Para abrir Firewall do Windows, clique no botão Iniciar e em Painel de Controle. Na caixa de pesquisa,
digite firewall e clique em Firewall do Windows.
2. No painel esquerdo, clique em Configurações avançadas. Se você for solicitado a informar uma senha
de administrador ou sua confirmação, digite a senha ou forneça a confirmação.
Windows Update
O Windows Update mantém seu PC mais seguro – e seu software atualizado – buscando as atualizações e
recursos mais recentes da Microsoft pela Internet.
No Windows 7, Windows Update agora é parte da Central de Ações, o que torna a atualização do seu PC ainda
mais conveniente. Para verificar atualizações, basta clicar no ícone da Central de Ações, na barra de tarefas.
A Área de Trabalho Remota conecta dois computadores através de uma rede ou da Internet. Uma vez conectado,
você verá a área de trabalho do computador remoto como se estivesse bem na frente dele e terá acesso a todos os
programas e arquivos.
Informática
Esse recurso está presente em todas as versões do Windows 7, mas você só pode se conectar a computadores
com as edições Professional, Ultimate ou Enterprise.
Informática
• Acesso por conexão discada (dial-up)
A conexão por banda-larga requer um tipo especial de modem, visto que esta conexão possui um cabo e,
normalmente, a contratação do serviço inclui o hardware. Contratado o serviço de acesso de um provedor, é
necessário ter instalado um navegador. Sobre navegadores, falaremos mais adiante.
Dentre os serviços de uma empresa provedora de acesso, inclui-se o serviço de email, página de web, hospe-
dagem de arquivos, sites e serviços de bancos de dados.Intranet
É uma rede que utiliza tecnologias de Internet, tais como navegadores, e-mails e protocolos de comunicação,
mas o acesso é privativo às pessoas vinculadas à uma organização, tais como funcionários, estagiários, etc..
Extranet
É uma rede que utiliza tecnologias de Internet, tais como navegadores, e-mails e protocolos de comunicação.
O acesso é privativo às pessoas vinculadas à organização e a outras pessoas externas, tais como fornecedores,
clientes e outros de interesse da organização.
Site (ou sítio)
Um site, website, é um conjunto de páginas de Internet, interligadas, cujo conteúdo é específico de uma organiza-
ção. A página principal é conhecida como homepage, ou simplesmente home. Na home, há link para todas as
demais páginas do site e, todas as páginas do site, permitem retornar à página principal (a home). O protocolo
que permite visualizar o site é o HTTP.
A homepage de qualquer site é acessível na rede mundial de computadores (Internet) por meio do domínio
e, a partir deste endereço, todas as páginas são acessíveis.
Uma página é ligada a outra e esta ligação é, popularmente, chamada de link. Os links são âncoras que
permitem o usuário acessar, rapidamente, o conteúdo associado. Uma página pode ter dezenas ou centenas de
links e links podem ser textos, imagens ou combinação dos dois.
Quando o mouse é posicionado sobre o link, o ponteiro muda para o formato de uma mão e o endereço do
link aparece na barra de status.
Download
O termo download é usado quando um arquivo é transferido da Internet para o computador. Os down-
loads mais comuns são realizados quando acessamos conteúdos de arquivos anexados a e-mails, aceitamos
atualizações de software ou gravamos arquivos de conteúdos específicos, tais como músicas, jogos, vídeos ou
documentos.
Ao transferir o arquivo da Internet para o computador (fazer um download), o usuário aceita o risco de
gravar em sua máquina um arquivo que contém vírus, ou um programa que pode danificar as informações do
computador. Para evitar o risco, os cuidados abaixo devem ser observados:
• instalar software de antivirus;
• fazer download de sites seguros;
• c onfira o tipo de arquivo que será transferido para o computador. Arquivos executáveis, com extensões
.exe, .scr, .bat, .com ou outros, poderão ser executados e danificar as informações contidas no computador.
Upload
O termo upload é usado quando um arquivo é transferido do computador para a Internet. Os uploads mais comuns
são realizados quando publicamos um site, enviamos arquivos para diretórios virtuais, fotos em sites de relacionamento,
dentre outros.
Domínio
O domínio do site é o endereço. No Brasil, a organização responsável pelo registro dos domínios na Internet
é a FAPESP e operacionaliza os registros e consulta de domínios por meio do site www.registro.br.
Os domínios são organizados em 4 partes:
{protocolo} {ponto} {nome do domínio} {ponto} {tipo de domínio} {ponto} {sigla do país}
Informática
A sigla do país é opcional, mas todos os outros são obrigatórios. Como exemplo de domínio, veja o da Editora
Solução.
www.editorasolucao.com.br
Para que o conteúdo seja trafegado na rede, é importante estabelecer uma linguagem para comunicação
entre emissor e receptor de mensagens. Esta linguagem é o protocolo. O protocolo indica o que será trafegado
na rede. Os protocolos são HTTP e FTP.
Protocolos
Antes de conhecer os tipos de protocolos, vamos entender o significado do termo Protocolo. Esta palavra
é bastante usada nas configurações da Internet e pode ser entendida como uma linguagem. Para que haja
comunicação entre duas pessoas, é importante que o idioma falado seja conhecido pelas duas partes: a pessoa
que pergunta e a outra que escutará, entenderá a pergunta para poder responder.
TCP/IP
A Internet estabeleceu um protocolo para que todos os computadores pudessem enviar e receber infor-
mações e, assim, interconectá-los. Este protocolo de Internet é o TCP/IP.
IP é acrônomo do termo Protocolo de Internet, (do inglês, Internet Protocol). TCP é acrônomo do termo Pro-
tocolo de Controle de Transmissão (do inglês, Transfer Control Protocol). TCP/IP define um conjunto de regras,
padrões e convenções para computadores se comunicarem na Internet, além de gerenciar o envio e recebimento
de pacotes de mensagens de dados enviadas via protocolo IP.
Protocolo HTTP
http:// advém do termo Hyper Text Transfer Protocol, e significa Protocolo de Transferência de Hipertexto.
Um site acessível por http:// indica que o conteúdo trafegado será páginas de hipertexto. É o protocolo padrão.
Protocolo HTTPS
Uma conexão é segura se as informações trocadas entre o site visitado e o navegador que são codificadas,
de modo a impossibilitar a leitura por softwares diversos. Neste caso, o navegador e o site visitado conhecem o
certificado digital para decodificar as informações. Este processo de codificação é denominado criptografia e a
navegação tende a ser segura quando a informação é enviada.
É possível que mensagens criptografadas tenham seus certificados descobertos, dependendo do algoritmo
usado para criptografar. Portanto não há garantia de segurança que o site é fidedigno e a privacidade do usuário
poderá estar comprometida, pelo modo como o site utiliza ou distribui as informações do usuário.
No navegador, conexões seguras utilizam o protocolo HTTPs e exibem um cadeado na barra de status. O
certificado que é usado para criptografar a conexão também contém informações sobre a identidade do dono do
site ou organização. Você pode clicar no cadeado para ver a identidade do site.
O protocolo HTTPS é usado para compras online, acesso a serviços bancários e transações que requer
níveis de segurança.
Protocolo FTP
ftp:// advém do termo File Transfer Protocol, e significa Protocolo de Transferência de Arquivos. É um protoclo
usado para transferir arquivos pela Internet. O acesso a arquivos pelo protocol FTP torna o download de múlti-
plos arquivos mais rápido. Este protocolo é usado para disponibilizar arquivos para que outros façam download.
Para iniciar uma transferência de arquivos no navegador, digite o endereço de FTP na barra de endereços do
navegador. O endereço de FTP inicia com “ftp://” em vez de “http://.”
Por exemplo, para ir para o site de FTP da Microsoft, digite ftp://ftp.microsoft.com, e então, pressione a tecla
ENTER.
Telnet
Telnet é um programa capaz de conectar outros computadores usando a Internet. Este programa permite
que, remotamente, você execute programas e serviços que estão no computador remoto. Seu uso é útil para
acessar arquivos em máquinas remotas.
Wireless
Em uma rede sem fio, os computadores são conectados por sinais de rádio, no lugar de fios ou cabos. A
vantagem das redes sem fio inclui a mobilidade e a ausência de fios. Como desvantagens, podemos citar uma
conexão mais lenta, se comparada a uma rede cabeada e interferência de outras redes sem fio, tais como
telefones sem fio. A ajuda do MS-Windows® ilustra a rede sem fio com a Figura abaixo.
Informática
Rede sem fio
Ethernet
Uma página é ligada a outra e esta ligação é, popularmente, chamada de link. Os links são âncoras que
permitem o usuário acessar, rapidamente, o conteúdo associado.
VoIP
Uma forma de comunicação utilizando recursos de internet, ou seja, um recurso a um melhor custo de
estabelecer ligações a longa distância.
Vírus e Antivírus
Antivirus são programas que lêem arquivos antes de abri-los e notifica se está ou não contaminado por vírus.
Quando o antivírus detecta algo suspeito no arquivo, mas não é capaz de identificar o vírus, ele denuncia como
um arquivo potencialmente inseguro.
Firewall
O termo inglês significa corta-fogo. Este conceito, advindo das portas corta-fogo, as quais evitam que um
incêndio se alastre por outros andares de um edifício, assim é o objetivo dos programas de firewall, impedir a
transmissão e/ou recepção de acessos não autorizados de uma rede para outra.
Os programas de Firewall aplicam políticas de segurança a um determinado ponto de controle da rede e
definem os níveis de acesso aos usuários.
Navegadores ou Browsers
Um navegador é um software preparado para acessar o conteúdo disponível na Internet. Leva o nome de
navegador porque o conteúdo da Internet é associado a outros conteúdos que, por meio de links, são conectados
e o usuário vai de um conteúdo a outro, por meio de cliques a palavras ancoradas a outros conteúdos.
Os navegadores mais usados atualmente são: o Internet Explorer, Natscape Navigator, Mozilla Firefox e
Google Crome. Apresentaremos nesta seção, as principais funcionalidades, comuns a todos os navegadores.
Funcionalidades comuns a todos os navegadores
As principais funcionalidades estão, normalmente, disponíveis na barra de ferramentas padrão do navegador.
As Figuras ilustram as barras de ferramentas padrão, dos navegadores Internet Explorer, Mozzila Firefox e Google
Crome, respectivamente.
Ferramenta Função
(a)
Informática
(b)
Menu Favoritos. (a) do navegador Internet Explorer.
(b) do navegador Mozilla Firefox
As duas funções básicas deste menu são: i) Adicionar página a Favoritos; e ii) Organizar Favoritos. A organiza-
ção de Favoritos corresponde à criação de pastas e agrupamento de links dentro destas pastas. A funcionalidade
básica é igual em todos os navegadores.
O processo para salvar um site no menu Favoritos é:
1. Abra o site que deseja salvar no menu Favoritos;
2. No menu Ferramentas, clique em Adicionar a Favoritos (no Internet Explorer) ou Adicionar Páginas (no
Mozilla Firefox)
3. Abrirá uma caixa para digitar o nome, digite um nome para a página de Internet e, então, clique no botão
Adicionar.
Para definir a página inicial do Navegador, siga os procedimentos a seguir, dependendo do navegador. O
procedimento é parecido para os demais navegadores:
Quadro Procedimento para definir a página Inicial, para os navegadores Internet Explorer e Mozilla Firefox
Cookies
Cookies são arquivos de textos gravados no computador por sites visitados. Estes arquivos contém infor-
mações dos sites visitados ou de formulários preenchidos pelo usuário. Exemplos de informações gravadas
são nome, email e preferências. Outro exemplo corresponde a informações sobre os sites visitados. Com
base neste histórico, é possível identificar o interesse do internauta e saber quais os sites de seu interesse.
O usuário poderá permitir ou não, a gravação de cookies em seu computador, por sites que ele visita, porém,
alguns sites não funcionam se a gravação de cookies estiver desabilitada. Arquivos de cookies deveriam ser
acessíveis apenas pelo site que os criou. Mas há casos de cookies contendo informações pessoais, onde outros
sites o acessam para obter informações sem o consentimento do usuário.
As páginas visitadas na Internet são armazenadas em uma pasta especial para exibição rápida em outra
hora. A janela Opções da Internet da Figura abaixo apresenta uma forma de excluir os cookies armazenados no
computador.
Informática
Procedimento para exclusão de cookies gravados no computador.
Os navegadores permitem que o usuário defina o nível de privacidade que terá ao visitar sites na Internet. O
nível de privacidade está relacionado a permissão dos sites em gravar cookies e ler os cookies já gravados
Níveis de privacidade para gravação e acesso aos cookies no navegador Internet Explorer
• www.yahoo.com.br
• www.bing.com
Os sistemas de busca e pesquisa permitem uma busca na Web por assunto, textos nos sites, imagens, vídeos,
mapas, notícias, artigos disponíveis em revistas científicas, livros, etc. Os melhores sistemas de busca e pesquisa
trazem segmentado as categorias de pesquisa para trazer resultados relevantes ao pesquisador.
Interação presentes na internet nos faz cada vez mais estarmos ligados a uma nova subdivisão de sociedade: a
sociedade digital.
Informática
BATERIA DE TESTES
c) I e II
d) Somente III
e) Todas estão corretas
Informática
b) Um software de configuração que não vem com o Windows XP.
c) Utilização exclusivamente para configurações de vídeo.
d) Software financeiro
e) Utilizado para configurar o software e hardware do computador
9) Um mecanismo muito usado para aumentar a segurança de redes de computadores ligadas à Internet é:
a) o firewall.
b) a criptografia.
c) a autenticação.
d) a assinatura digital.
11) Em relação à Internet, o serviço que permite a troca de mensagens entre usuários da Internet é conhecido
como:
a) E-mail;
b) Telnet;
c) WWW;
d) Firewall;
12) A respeito dos conceitos e usos da Internet, assinale a opção correta.
a) Para a interligação de uma rede local à Internet, é necessário um dispositivo de segurança a fim de evitar
o tráfego com protocolo ICMP, que é usado como fonte de ataque.
b) A Internet permite o tráfego de dados, utilizando o protocolo IP na camada de rede.
Informática
c) Para acesso à Internet por meio de conexão discada, é necessário que o sistema de telefonia utilize pro-
tocolo, entre a casa do usuário e a central telefônica, compatível com o protocolo de sinalização básico da
Internet, que é o TCP/IP.
d) Para um servidor WWW ser acessível via Internet, é necessário que esse servidor possua um endereço IP
fixo igual ao de um proxy de acesso.
14) A linguagem padrão, de âmbito internacional, utilizada na programação de sites para a Web, que possi-
bilita que todas as ferramentas de navegação da Internet exibam o conteúdo do site, é conhecida como:
a) HTML
b) SMTP
c) WWW
d) HTTP
15) Uma empresa fictícia registrou o domínio “passaro. com.br” com a autoridade de Internet no Brasil. Ao
configurar os serviços que iria disponibilizar para a Internet, verificou que necessitaria utilizar os seguin-
tes endereços de sites e servidores:
www.passaro.com.br
www2.passaro.com.br
smtp.passaro.com.br
pop3.passaro.com.br
Informática
d) a empresa só poderá utilizar os sites www.passaro. com. br e www2.passaro.com.br e os servidores smtp.
passaro.com.br e pop3.passaro.com.br se todos utilizarem o mesmo endereço IP registrado com a autori-
dade de Internet no Brasil para o domínio passaros.com.br
b) TCP
c) Link
d) TFP
17) A forma mais comum para se ter acesso à Internet é através do cadastramento em:
a) um site público
b) um provedor de acesso
c) uma home page
d) um canal irc
18) Uma das operações sobre arquivos mais corriqueira na Internet é conhecida como download, que tem
o significado de trazer um arquivo de um computador na Internet para o seu computador ou baixar um
arquivo. O contrário dessa operação é conhecida como:
a) upload
b) offLoad
c) putload
d) load
19) Cada conta de e-mail tem um endereço único, que é dividido em duas partes: a primeira é usada para
identificar a caixa de correio de um usuário, e a segunda é usada para identificar o servidor em que a caixa
de correio reside. Por exemplo, no e-mail editorasolucao@passaro.com.br, editorasolucao é a primeira
parte e passaro.com.br é a segunda parte. Com relação às caixas postais e endereços eletrônicos, é correto
afirmar que
a) cada conta de e-mail está associada a um endereço IP único válido na Internet.
c) o software de e-mail no servidor remetente utiliza a segunda parte para selecionar o servidor de destino e
o software de e-mail no computador de destino utiliza a primeira parte para identificar a caixa de correio
do usuário.
20) Na configuração padrão do Microsoft Outlook, o grupo de mensagens Caixa de Saída contém:
a) As mensagens recebidas pelo usuário que já foram lidas e podem ser excluídas.
b) As Mensagens enviadas pelo usuário mas que ainda não foram despachadas para o destinatário final.
c) As mensagens excluídas pelo usuário mas que ainda podem ser recuperadas.
Informática
21) Marque a alternativa com o recurso do Microsoft OutLook 2000 que permite exibir uma janela de aviso na
área de trabalho do computador e em uma hora pré-determinada pelo usuário:
a) Caixa de Saída
b) Notas
c) Tarefas
d) Rascunhos
22) O programa do Windows mais adequado a enviar/receber mensagens de Correio Eletrônico é o:
a) Outlook Express.
b) Internet Explorer.
c) FrontPage.
d) Publisher.
23) O Microsoft OutLook 2000 possui mais de um campo para acrescentar endereços de destinatários
de uma correspondência eletrônica (e-mail). Um desses campos quando preenchido não permite ao
destinatário, que recebe o e-mail, saber para quais demais pessoas o e-mail foi enviado. Este campo
também não é visualizado no momento da edição do texto de um e-mail, a menos que o usuário do
OutLook assim o explicite. Marque a alternativa que indica esse campo de destinatários:
a) Para (To)
b) Cco (Bcc)
c) Cc (Cc)
d) Assunto (Subject)
Gabarito
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