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ocupacional II
Beatriz Colodel
Higiene
ocupacional II
Beatriz Colodel
Curitiba-PR
2018
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma das ações
do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec,
instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e
democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a po-
pulação brasileira, propiciando um caminho de acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias promotoras de ensino técnico
como os Institutos Federais, as Secretarias de Educação dos Estados, as Universidades, as
Escolas e Colégios Tecnológicos e o Sistema S.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando
os estudantes a concluir o Ensino Médio e realizar uma formação e atualização contínuas.
Os cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao
estudante é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas,
os polos.
Ministério da Educação
Março de 2016
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Pesquise!
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que complementem seus estudos em diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, livros e outras.
Glossário
Indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada
no texto.
Você sabia?
Oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curio-
sidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Pratique!
Apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para
que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do
tema estudado.
Design do componente
13 Conceituando o ruído
Unidade 14 O Som
15 Tipos de som
1 16
19
20
22
Características dos sons
Faixas de audibilidade
Nível de pressão sonora
Ruído
Unidade
Adição e subtração de decibels
Adição de decibels
Solução utilizando-se o ábaco
Subtração de decibels
27
28
29
34
2
Unidade 39 Equipamentos para avaliação do ruído
40 Tempo de resposta para os sonômetros
3 41
42
45
Curvas de compensação(circuitos de compensação,
curvas de ponderação)
Equipamentos para avaliação do nível de pressão sonora
Calibradores
5 69
70
71
74
Medidas de controle na exposição ao ruído
Programa de Conservação Auditiva (PCA)
Protetores auditivos para a exposição ao ruído
Avaliação do ruído ambiental
Unidade
6
Temperaturas extremas 79
A termoregulação humana 80
Os mecanismos de troca térmica 81
Fatores influentes nos mecanismos de trocas térmicas 83
7
90 Efeitos do calor no organismo
91 Anexo 3 da Norma Regulamentadora nº 15
98 Norma de Higiene Ocupacional 06 (NHO 06)
101 Medidas de controle para exposição ao calor
Avaliação da exposição
ocupacional ao frio 103
Efeitos no organismo 104
Unidade
8
Critérios de avaliação 105
Parâmetros para avaliação do frio 106
Medidas de controle para o frio 108
Conforto térmico 108
9 117
118
119
Efeitos sobre a saúde
Medidas de controle
Critério legal
10
ocupacional a vibração do corpo inteiro (VCI) 125
Critérios de avaliação da exposição
ocupacional a vibração em mão e braços (VMB) 128
Aceleração equivalente ponderada 130
Palavra da autora
A segurança do trabalho tem como finalidade a minimização dos acidentes do trabalho
e a prevenção de doenças ocupacionais. Uma das metodologias utilizadas é a identifica-
ção dos riscos ambientais no ambiente de trabalho, visando reconhecer e caracterizar a
exposição do trabalhador a tais riscos.
Em Higiene Ocupacional II, estudaremos três riscos físicos: o ruído, as temperaturas ex-
tremas (calor e frio) e as vibrações. Nesse estudo, veremos como identificar os riscos no
ambiente de trabalho, o equipamento para a medição e avaliação quantitativa, assim
como utilizar e interpretar a legislação corretamente.
Caro estudante, a partir de agora, você começará aprender sobre uma das áreas funda-
mentais do exercício profissional e, portanto, é necessário muito empenho e dedicação.
Não se esqueça de fazer as atividades propostas e desenvolver seus conhecimentos com
leituras e pesquisas nos diversos sites da área.
Bom estudo!
Beatriz Colodel
Apresentação do
componente curricular
Caro estudante!
Este livro está dividido em 10 unidades, as quais abordam conteúdos referentes aos três
dos principais riscos físicos presentes nos ambientes de trabalho: o ruído, as temperatu-
ras extremas (calor e frio) e as vibrações.
A autora.
Unidade
1 Conceituando
o ruído
Nesta aula aprenderemos algumas definições básicas sobre ruído, os tipos de sons e
suas características básicas.
O ruído é um agente físico que pode ser gerado em diversas atividades do cotidiano
e nos processos industriais, sendo no ambiente de trabalho o grande vilão, principal-
mente por possuir potencial de causar danos à saúde e incômodo aos trabalhadores.
Som
O som é uma onda mecânica produzida por um sistema oscilante e se propaga com as
deformações provocadas pela diferença de pressão em um meio material elástico qual-
quer. Essa diferença de pressão gera vibrações que estimulam nosso aparelho auditivo e
a denominamos de vibração auditiva.
O som é definido fisicamente como uma onda que produz uma variação muito pequena
e rápida na pressão atmosférica, acima e abaixo (compressão e descompressão) de um
valor fixo adotado como padrão.
Para entendermos como ocorre o movimento ondulatório, temos que lembrar que as
moléculas de ar que transmitem o som se movem para frente, comprimindo a camada
de ar, e para trás, zona descomprimida que acompanha com a mesma velocidade a zona
comprimida.
Como exemplo, podemos citar a vibração gerada pelo diapasão. Quando em movimento, o
instrumento produz uma variação de pressão que pode ser representada sob a forma de
ondas, conforme mostra a figura 1.1.
Diapasão
É um instrumento metálico em forma de forquilha, que serve para afinar instrumentos
e vozes através da vibração de um som musical de determinada altura.
14 Higiene ocupacional II
Figura 1.1: Representação da variação da pressão atmosférica.
Fonte: LACASEMIN, 2015.
Tipos de sons
Para Peixoto (p. 19, 2013), os sons podem ser de três tipos:
• Tons puros – é o caso mais simples, pois são compostos por uma única frequência,
por isso não existem na natureza.
Frequência
¹ Heinrich Rudolf Hertz foi um físico
A frequência é definida em função do número
alemão que provou que a eletricidade
de oscilações ou ciclos produzidos em função do podia ser transmitida por meio de ondas
tempo. A unidade de frequência é ciclos por se- eletromagnéticas, propagando-se à
velocidade da luz, e apresentando muitas
gundo ou hertz (Hz), em homenagem a Heinrich das propriedades desta (BISTAFA, 2011).
Rudolf Hertz (1857-1894)¹.
16 Higiene ocupacional II
As frequências audíveis são divididas em três faixas (PEIXOTO, 2013):
b) Médias frequências ou sons médios – as três oitavas centrais, ou seja, 500, 1000 e
2000 Hz.
c) Altas frequências ou sons agudos – as três oitavas de maior frequência, ou seja, 4000,
8000 e 16000 Hz.
As frequências baixas são representadas por sons graves, enquanto que as frequências
altas são representadas por sons agudos.
Quanto mais rápida a vibração sonora, maior a frequência e, para ser captada pelos ou-
vidos humanos, o som deve ter no mínimo 20 Hz e no máximo 20000 HZ, chamados de
limiar de audição, como veremos a seguir com mais detalhes.
Amplitude
Amplitude é o valor máximo atingido pela pressão sonora (crista da onda), considerado
a partir de um ponto de equilíbrio. Pode-se dizer que é a intensidade sonora, qualidade
que permite distinguir um som forte de um som fraco. A intensidade da pressão sonora
é a determinante do “volume” que se ouve.
Na prática, quanto mais próximo da fonte geradora de som, mais alto o volume, ou seja,
amplitude maior e grande potência sonora. Conforme nos afastamos da fonte gerado-
ra, o som fica cada vez mais baixo devido à perda de amplitude e potência das ondas
sonoras.
Timbre
O timbre nada mais é do que o formato da onda sonora, a característica que permite
distinguir sons de mesma frequência e mesma intensidade, mas com formato de ondas
diferentes.
Por exemplo: quando tocamos um instrumento, uma mesma nota musical tocada no
violão tem um som muito diferente da mesma nota tocada no teclado ou na flauta. Isso
significa que esses instrumentos possuem timbres diferentes.
18 Higiene ocupacional II
Figura 1.5: Diferentes timbres sonoros (*fazer uma ilustração
parecida comparando os diferentes timbres).
Fonte: Banco de Imagens EaD/IFPR - Adaptado de Biosom.
Faixas de audibilidade
A intensidade dos sons é percebida de acordo com as suas frequências e variação de
pressão. O limiar de audibilidade humana, ou seja, a menor variação que o aparelho au-
ditivo humano pode detectar corresponde a pressão de 2 × 10-5 N/m2 (20 micropascals
(μPa)) e, acima desse valor, tudo que percebemos é na forma sonora. O limiar da dor,
ou seja, a pressão sonora em que uma pessoa exposta começa a sentir dor no ouvido
corresponde à pressão de 20 N/m2 (N/m2 = Pascal).
Além da variação de pressão gerada, para que o som seja audível a frequência precisa
possuir valores entre 20 e 20000 Hz. Os sons com frequência inferior a 20 Hz são co-
nhecidos como infrassons, e os com frequência
superior a 20 kHz são denominados ultrassons.
Para o estudo do ruído ocupacional nos limitaremos aos sons audíveis pelos seres huma-
nos.
Sendo:
20 Higiene ocupacional II
NPS = nível de pressão sonora (dB)
Po = pressão sonora de referência por convenção de 20 µPa (micropascals)
P = pressão sonora medida (N/m2)
O decibel é uma relação entre duas grandezas físicas da mesma espécie numa relação
logarítmica. A intensidade física do som e a altura subjetiva com que o ouvimos é esta-
belecida através das diferenças medidas em decibels (PEIXOTO,2013).
• Nível de pressão sonora (em dB) para o limiar de audibilidade P= 20 μPa ou 0, 00002 N/m²
NPS = 20 x log
NPS = 20 x log
NPS = 20 x log 1
NPS = 20 x 0
NPS = 0 dB
• Nível de pressão sonora (em dB) para o limiar da dor P= 200 Pa ou 200 N/m²
NPS = 20 x log
NPS = 20 x log
NPS = 20 x 7
NPS = 140 dB
A figura 1.7 apresenta uma ilustração comparativa entre situações práticas de ruído e os
níveis em dB:
Ruído
Para a higiene ocupacional o ruído é considerado um som complexo, por possuir uma
mistura de diferentes frequências, com características indefinidas de variações de
pressão que podem ou não, dependendo de sua intensidade, provocar danos à saúde do
trabalhador durante sua vida laboral.
Para saber a diferença essencial entre ruído e som, é importante perceber que o ruído
possui muitas amplitudes e frequências simultâneas, com tons não harmônicos. Já o som
possui poucas amplitudes e frequências, mas geralmente harmônicas.
Fisicamente não há diferença entre ruído, som ou barulho porém, o ruído, assim como
o barulho, sempre será considerado um som desagradável ou indesejável que gera
desconforto.
22 Higiene ocupacional II
Tipos de ruído
O ruído pode ser classificado basicamente em três tipos:
Para Ribeiro (2015, p. 20), “o ruído contínuo é o que permanece estável com
variações máximas de 3 a 5 dB (A) durante um longo período. O ruído intermitente é um
ruído com variações, maiores ou menores intensidades”. Ambos são ruídos que não são
classificados como sendo de impacto ou impulsivo.
24 Higiene ocupacional II
A classificação dos diferentes tipos de ruído facilita na hora de sua medição e avaliação,
o que veremos nos próximos capítulos.
Conclusão da aula
Caro estudante, nessa aula você conheceu um pouco sobre o som, sua conceituação,
seus tipos e características, bem como estudou sobre suas propriedades e a diferença
entre o som e o ruído.
Pratique
1. Com relação as propriedades do som, marque a alternativa que nos permite distin-
guir sons graves de sons agudos:
a) Amplitude.
b) Comprimento de onda.
c) Frequência.
d) Timbre.
a) 80 dB.
b) 82 dB.
c) 84 dB.
d) 86 dB.
Adição de decibels
Para realizar a soma de duas ou mais fontes sonoras, utilizamos a seguinte fórmula:
(2)
Onde:
Observe o que acontece quando somamos duas fontes de igual nível sonoro de 90 + 90 dB.
28 Higiene ocupacional II
Fique atento: quando somamos duas fontes
de igual nível sonoro o resultado é um
acréscimo de 3 dB.
Para começar a adição, o primeiro passo é identificar os níveis de pressão sonora a adi-
cionar. Logo após, fazemos um cálculo simples para saber a diferença entre os dois níveis
(NPS1 – NPS2), lembrando que o NPS1 deve ser maior que o NPS2.
Exemplo 2.1
Duas fontes produzem, individualmente, um nível de pressão sonora de 86 dB e 90 dB
num determinado ambiente. Calcule o resultado para quando as duas fontes estiverem
30 Higiene ocupacional II
operando simultaneamente.
NPS1 = 90 dB
NPS2 = 86 dB
Seguindo o ábaco, encontramos o valor no eixo y de 1,4 a ser adicionado ao maior nível
de pressão sonora:
Resolução:
Na elaboração da Tabela 2.1 os valores foram arredondados para apenas uma casa deci-
mal, com o objetivo de facilitar os cálculos. Diante disso, alguns pequenos erros podem
aparecer no resultado final.
Tabela 2.1. Adição de decibels
Valor a Valor a Valor a Valor a Valor a
Diferença Diferença Diferença Diferença Diferença
ser adi- ser adi- ser adi- ser adi- ser adi-
entre os entre os entre os entre os entre os
cionado cionado cionado cionado cionado
níveis em níveis em níveis em níveis em níveis em
ao maior ao maior ao maior ao maior ao maior
dB dB dB dB dB
NS NS NS NS NS
0,0 3,0
0,1 3,0 4,1 1,4 8,1 0,6 12,1 0,3 16,1 0,1
0,2 2,9 4,2 1,4 8,2 0,6 12,2 0,3 16,2 0,1
0,3 2,9 4,3 1,4 8,3 0,6 12,3 0,2 16,3 0,1
0,4 2,8 4,4 1,3 8,4 0,6 12,4 0,2 16,4 0,1
0,5 2,8 4,5 1,3 8,5 0,6 12,5 0,2 16,5 0,1
0,6 2,7 4,6 1,3 8,6 0,6 12,6 0,2 16,6 0,1
0,7 2,7 4,7 1,3 8,7 0,5 12,7 0,2 16,7 0,1
0,8 2,6 4,8 1,2 8,8 0,5 12,8 0,2 16,8 0,1
0,9 2,6 4,9 1,2 8,9 0,5 12,9 0,2 16,9 0,1
1,0 2,5 5,0 1,2 9,0 0,5 13,0 0,2 17,0 0,1
1,1 2,5 5,1 1,2 9,1 0,5 13,1 0,2 17,1 0,1
1,2 2,5 5,2 1,1 9,2 0,5 13,2 0,2 17,2 0,1
1,3 2,4 5,3 1,1 9,3 0,5 13,3 0,2 17,3 0,1
1.4 2,4 5,4 1,1 9,4 0,5 13,4 0,2 17,4 0,1
1,5 2,3 5,5 1,1 9,5 0,5 13,5 0,2 17,5 0,1
1,6 2,3 5,6 1,1 9,6 0,5 13,6 0,2 17,6 0,1
1,7 2,2 5,7 1,0 9,7 0,4 13,7 0,2 17,7 0,1
1,8 2,2 5,8 1,0 9,8 0,4 13,8 0,2 17,8 0,1
1,9 2,2 5,9 1,0 9,9 0,4 13,9 0,2 17,9 0,1
2,0 2,1 6,0 1,0 10,0 0,4 14,0 0,2 18,0 0,1
2,1 2,1 6,1 1,0 10,1 0,4 14,1 0,2 18,1 0,1
2,2 2,0 6,2 0,9 10,2 0,4 14,2 0,2 18,2 0,1
2,3 2,0 6,3 0,9 10,3 0,4 14,3 0,2 18,3 0,1
32 Higiene ocupacional II
Tabela 2.1. Adição de decibels
Valor a Valor a Valor a Valor a Valor a
Diferença Diferença Diferença Diferença Diferença
ser adi- ser adi- ser adi- ser adi- ser adi-
entre os entre os entre os entre os entre os
cionado cionado cionado cionado cionado
níveis em níveis em níveis em níveis em níveis em
ao maior ao maior ao maior ao maior ao maior
dB dB dB dB dB
NS NS NS NS NS
2,4 2,0 6,4 0,9 10,4 0,4 14,4 0,2 18,4 0,1
2,5 1,9 6,5 0,9 10,5 0,4 14,5 0,2 18,5 0,1
2,6 1,9 6,6 0,9 10,6 0,4 14,6 0,1 18,6 0,1
2,7 1,9 6,7 0,8 10,7 0,4 14,7 0,1 18,7 0,1
2,8 1,8 6,8 0,8 10,8 0,3 14,8 0,1 18,8 0,1
2,9 1,8 6,9 0,8 10,9 0,3 14,9 0,1 18,9 0,1
3,0 1,8 7,0 0,8 11,0 0,3 15,0 0,1 19,0 0,1
3,1 1,7 7,1 0,8 11,1 0,3 15,1 0,1 19,1 0,1
3,2 1,7 7,2 0,8 11,2 0,3 15,2 0,1 19,2 0,1
3,3 1,7 7,3 0,7 11,3 0,3 15,3 0,1 19,3 0,1
3,4 1,6 7,4 0,7 11,4 0,3 15,4 0,1 19,4 0,0
3,5 1,6 7,5 0,7 11,5 0,3 15,5 0,1 19,5 0,0
3,6 1,6 7,6 0,7 11,6 0,3 15,6 0,1 19,6 0,0
3,7 1,5 7,7 0,7 11,7 0,3 15,7 0,1 19,7 0,0
3,8 1,5 7,8 0,7 11,8 0,3 15,8 0,1 19,8 0,0
3,9 1,5 7,9 0,7 11,9 0,3 15,9 0,1 19,9 0,0
4,0 1,5 8,0 0,6 12,0 0,3 16,0 0,1 > = 20 0,0
Fonte: PEIXOTO, 2013.
Exemplo 2.2
Utilizando a tabela 2.1, faça uma previsão do nível de pressão sonora a ser produzido por
seis equipamentos em determinado posto de trabalho se eles produzem, nesse ponto,
os seguintes valores:
1 88
2 89
3 88
4 88
5 89
6 87
92 91
* diferença de 1 dB adicionar
2,5 ao NPS de maior valor
94,5 90,5
* diferença de 4 dB adicionar
1,5 ao NPS de maior valor
96 dB
Resposta: 96 dB é o nível de pressão sonora total produzido por esses seis equi-
pamentos.
Subtração de decibels
A subtração de decibels é uma ferramenta importante na avaliação do ruído de fun-
do e, principalmente, quando se quer estimar os possíveis resultados da retirada ou
isolamento de um equipamento. O ruído de fundo pode ser considerado o ruído
ambiental, urbano ou outra máquina que não pode ser desligada na linha de
produção.
O método utilizado para subtrair decibel é similar ao da adição, mudando apenas o sím-
bolo de adição por subtração na fórmula a seguir:
−x
−dB( A) = 10 log(1 − 10 ) 10
Assim como na adição, uma tabela deve ser usada para facilitar o cálculo e garantir
melhor precisão na subtração de decibels. Na elaboração da Tabela 2.2 os valores foram
arredondados para apenas uma casa decimal, com o objetivo de facilitar os cálculos.
Diante disso, alguns pequenos erros podem aparecer no resultado final.
34 Higiene ocupacional II
Tabela 2.2. Subtração de decibels
Diferença Valor a Valor a Valor a Valor a Valor a
Diferença Diferença Diferença Diferença
entre os ser ser ser ser ser
entre os entre os entre os entre os
níveis em subtraído subtraído subtraído subtraído subtraído
níveis em níveis em níveis em níveis em
dB do nível do nível do nível do nível do nível
dB dB dB dB
total total total total total
0,1 16,4 4,1 2,1 8,1 0,7 12,1 0,3 16,1 0,1
0,2 13,5 4,2 2,1 8,2 0,7 12,2 0,3 16,2 0,1
0,3 11,8 4,3 2,0 8,3 0,7 12,3 0,3 16,3 0,1
0,4 10,6 4,4 2,0 8,4 0,7 12,4 0,3 16,4 0,1
0,5 9,6 4,5 1,9 8,5 0,7 12,5 0,3 16,5 0,1
0,6 8,9 4,6 1,8 8,6 0,6 12,6 0,2 16,6 0,1
0,7 8,3 4,7 1,8 8,7 0,6 12,7 0,2 16,7 0,1
0,8 7,7 4,8 1,7 8,8 0,6 12,8 0,2 16,8 0,1
0,9 7,3 4,9 1,7 8,9 0,6 12,9 0,2 16,9 0,1
1,0 6,9 5,0 1,7 9,0 0,6 13,0 0,2 17,0 0,1
1,1 6,5 5,1 1,6 9,1 0,6 13,1 0,2 17,1 0,1
1,2 6,2 5,2 1,6 9,2 0,6 13,2 0,2 17,2 0,1
1,3 5,9 5,3 1,5 9,3 0,5 13,3 0,2 17,3 0,1
1.4 5,6 5,4 1,5 9,4 0,5 13,4 0,2 17,4 0,1
1,5 5,3 5,5 1,4 9,5 0,5 13,5 0,2 17,5 0,1
1,6 5,1 5,6 1,4 9,6 0,5 13,6 0,2 17,6 0,1
1,7 4,9 5,7 1,4 9,7 0,5 13,7 0,2 17,7 0,1
1,8 4,7 5,8 1,3 9,8 0,5 13,8 0,2 17,8 0,1
1,9 4,5 5,9 1,3 9,9 0,5 13,9 0,2 17,9 0,1
2,0 4,3 6,0 1,3 10,0 0,5 14,0 0,2 18,0 0,1
2,1 4,2 6,1 1,2 10,1 0,4 14,1 0,2 18,1 0,1
2,2 4,0 6,2 1,2 10,2 0,4 14,2 0,2 18,2 0,1
2,3 3,9 6,3 1,2 10,3 0,4 14,3 0,2 18,3 0,1
2,4 3,7 6,4 1,1 10,4 0,4 14,4 0,2 18,4 0,1
2,5 3,6 6,5 1,1 10,5 0,4 14,5 0,2 18,5 0,1
2,6 3,5 6,6 1,1 10,6 0,4 14,6 0,2 18,6 0,1
2,7 3,3 6,7 1,0 10,7 0,4 14,7 0,1 18,7 0,1
2,8 3,2 6,8 1,0 10,8 0,4 14,8 0,1 18,8 0,1
2,9 3,1 6,9 1,0 10,9 0,4 14,9 0,1 18,9 0,1
3,0 3,0 7,0 1,0 11,0 0,4 15,0 0,1 19,0 0,1
3,1 2,9 7,1 0,9 11,1 0,4 15,1 0,1 19,1 0,1
3,2 2,8 7,2 0,9 11,2 0,3 15,2 0,1 19,2 0,1
3,3 2,7 7,3 0,9 11,3 0,3 15,3 0,1 19,3 0,1
3,4 2,7 7,4 0,9 11,4 0,3 15,4 0,1 19,4 0,0
3,5 2,6 7,5 0,9 11,5 0,3 15,5 0,1 19,5 0,0
3,6 2,5 7,6 0,8 11,6 0,3 15,6 0,1 19,6 0,0
3,7 2,4 7,7 0,8 11,7 0,3 15,7 0,1 19,7 0,0
3,8 2,3 7,8 0,8 11,8 0,3 15,8 0,1 19,8 0,0
3,9 2,3 7,9 0,8 11,9 0,3 15,9 0,1 19,9 0,0
4,0 2,2 8,0 0,7 12,0 0,3 16,0 0,1 > = 20 0,0
Fonte: PEIXOTO, 2013.
90,0 dB – 85,0 dB = diferença de 5 dB, valor a ser subtraído no maior NPS segundo a
tabela 2.2 é de 1,7.
Exemplo 2.4
Uma lixadeira pneumática está colocada no meio de outras máquinas. O NPS, quando
todas estão funcionando, é de 100 dB. Desligando-se a lixadeira (o restante das máqui-
nas permanecem funcionando), o NPS é de 96 dB. Determine o NPS produzido no ponto
de medição pela lixadeira isoladamente.
Identificando as variáveis:
NPSt = 100dB (nível de pressão sonoro total com todas as máquinas ligadas e a lixeira)
NPSd = 96 dB (nível de pressão sonora desligando a lixeira)
NPSl = ? (nível de pressão sonora somente da lixeira)
Resolução
NPSt – NPSd = 100 – 96 = 4 dB (diferença entre os níveis sonoros, que deve ser olhado
na tabela para achar o valor a ser subtraído). ≠ de 4 dB na tabela, valor a ser subtraído
do maior NPS (NPSt) é de 2,2 dB
Segundo Peixoto (2013), quando a diferença de leituras com e sem uma fonte em fun-
cionamento for maior que 15 dB, é porque o ruído da fonte predomina sobre o ruído de
fundo, então, seu controle reduzirá o ruído do ambiente.
36 Higiene ocupacional II
Conclusão da aula
Caro estudante, nesta aula você pode conhecer um pouco sobre a adição e subtração de
decibels. Observou a aplicação dessas operações na previsão de novos níveis de pressão
sonora e do efeito do acréscimo de novas fontes de ruído em um ambiente de trabalho.
Pratique
Em uma determinada empresa, um técnico de segurança foi fazer avaliação do
ruído e constatou a interferência de um ruído de fundo ambiental (trânsito na rodovia).
Sabendo que com a máquina ligada obteve 89 dB e, logo após, com a maquina desliga-
da obteve 83 dB, calcule a supressão do ruído de fundo neste local.
a) 88 dB
b) 85 dB
c) 86 dB
d) 87,70 dB
40 Higiene ocupacional II
Curvas de compensação (circuitos de
compensação, curvas de ponderação)
Como já estudado anteriormente, o som possui diversos níveis de pressão sonora,
dependendo da faixa de frequência em que ele é captado. O ouvido humano
consegue captar frequências sonoras entre 20 Hz a 20000 Hz, apresentando uma sensação
auditiva diferente para cada frequência.
42 Higiene ocupacional II
Esses equipamentos são compostos por microfone, atenuador, circuitos de
equalização, circuitos integradores e mostrador graduado em dB. Normalmente,
equipamentos de menor custo, possuem duas curvas de ponderação (A e C) e não cal-
culam o nível equivalente de ruído, só indicam
os valores instantâneos. Equipamentos modernos
e de maior custo possuem até quatro curvas de Nível equivalente de ruído
ponderação (A,B,C e D), podem calcular o nível É o valor único médio que contém a mesma
energia acústica de um ruído variável no
equivalente de ruído, além de outros parâmetros tempo.
que veremos na próxima unidade.
Segundo Saliba (2017), os aparelhos de boa qualidade atendem aos padrões da IEC
(International Electrotechnical Commission) e ANSI (American National Standards
Institute). Portanto, ao comprar ou usar um equipamento de medida de som, verifique
se ele atende as seguintes normas:
• IEC 61672 (2003) – Electroacoustics – sound level meters (padrão para sonômetros).
• IEC 61260 (1996) – Octave and fractional octave filters (padrão para filtros de
frequência).
• ANSI 1.25 1991 (R 2002) – Specification for Personal Dosimeters (especificação para
dosímetro).
• ANSI 1.4 1983 (R 2001) – Specification for Sound Level Meters (especificação para
medidor de nível sonoro).
Analisadores de frequência
Este instrumento é utilizado para determinar as frequências do ruído, verificando se o
nível de pressão sonora encontra-se entre as frequências de 2000 a 5000 Hz, no qual a
resposta subjetiva do ruído é maior.
Audiodosímetro
Em uma avaliação ocupacional observará frequentemente uma exposição a níveis de
ruído que oscilam muito rapidamente, com difícil obtenção de dados relativos aos
tempos de exposição correspondentes, não sendo possível fazer uma medição
instantânea de forma pontual. Quando isso ocorre é necessário fazer uma avaliação,
considerando os efeitos combinados do ruído, ou seja, uma análise da exposição ao
longo de um período.
44 Higiene ocupacional II
em porcentagem (%) acumulada durante o tempo em que o equipamento encontra-se
em funcionamento. Como os níveis de pressão sonora ocupacional tem característica
muito variável, a realização da avaliação de ruído com a utilização do dosímetro é a mais
indicada.
Existem vários tipos de dosímetros, desde os mais modernos com microfone sem fio,
até os mais simples, com microfone e cabo extensor acoplado no equipamento. O
importante é que o equipamento seja, no mínimo, IEC classe 2 (ANSI tipo 2), possua as 2
curvas de ponderação (A ou C) e as 2 constantes de tempo (lenta -slow ou rápida – fast).
Se o objetivo for avaliar ruído de impacto com mais precisão, deve-se ainda acrescentar
as respostas impulse e peak.
Calibradores
Segundo a NHO 01, os sonômetros devem ser calibrados antes e depois da medição.
Para isso, utiliza-se uma fonte padrão que emite um sinal conhecido ente 94 ou 114 dB
na frequência de 1000 Hz, que tem como objetivo conferir a resposta dos equipamentos
de avaliação do nível de pressão sonora.
Conclusão da aula
Nesta aula você conheceu um pouco mais sobre os equipamentos utilizados na avaliação
do ruído ocupacional, as curvas de ponderação, os tempos de resposta, os tipos, a legis-
lação internacional e quando utilizar cada equipamento.
46 Higiene ocupacional II
Pratique
1. Para realizar a avaliação do ruído contínuo ou intermitente, o medidor de nível de
pressão sonora deve ser programado da seguinte maneira (resposta e curva de pon-
deração):
a) Slow; A.
b) A; slow.
c) A; fast.
d) Fast; A.
e) Fast; C.
2. Explique por que os medidores de nível sonoro devem ser calibrados em uma frequên-
cia de 1000 Hz?
Limite de tolerância
Em higiene ocupacional consideramos limite de tolerância como o valor abaixo do qual a
maioria dos trabalhadores possa estar exposta aos agentes ambientais, em seu ambiente
de trabalho, sem sofrer efeitos adversos à saúde (ACGIH).
Para o ruído devemos considerar, além do nível de pressão sonora, o tempo em que o
trabalhador fica exposto, ou seja, ao aumentar o tempo de exposição necessariamente
reduzirá o valor do nível de pressão sonora permitido. No Brasil, a NR 15 estabelece os
limites de tolerância, e em seu anexo 1 afirma que para oito horas de trabalho diárias, o
máximo que o trabalhador deve ficar exposto é 85 dB(A).
50 Higiene ocupacional II
Quadro 4.1: Limite de tolerância para o ruído.
Nível de ruído em dB (A) Máxima exposição diária permissível
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Fonte: NR 15 – Anexo 1
(5)
Onde:
A dose é o valor em porcentagem de um nível equivalente em dB. Uma dose de valor 1,0
(ou 100 %) corresponde ao valor máximo que um trabalhador pode ficar exposto, ao
Conforme foi visto na unidade 3, a dose de ruído é calculada pelo equipamento de me-
dição audiodosímetro, indicando o valor em porcentagem.
Exemplo 4.1
Um trabalhador ficou exposto durante 8 horas a um ruído de 85 dB(A). Consultando a
NR 15 veremos que o tempo máximo que esse trabalhador pode ficar exposto a esse NSP
é de 8 horas.
Identificando as variáveis:
ou x 100 = 100%
Então ficar exposto oito horas a 85 dB(A) é o mesmo que estar exposto a uma dose de
100 %, ou seja, é o limite de tolerância.
52 Higiene ocupacional II
Fator de duplicação da dose ou
incremento de dose
Segundo a NHO 01 (FUNDACENTRO), duplicação da dose é o incremento em decibéis
que, quando adicionado a um determinado nível de ruído, implica a duplicação da dose
de exposição ou redução pela metade do tempo máximo de exposição permitido. É
também conhecido como incremento de duplicação de dose (q – símbolo utilizado nos
equipamentos de medição).
Podemos observar que se mantivermos o tempo de 8 horas cada vez que aumentarmos
5 dB(A) a dose duplica, isso devido ao fator duplicativo de dose. Percebemos ainda, que
se mantivermos o nível de pressão sonora cada vez que reduzirmos o tempo à metade a
dose reduz pela metade.
Repare no quadro 4.3, que para a NHO 01, se mantivermos o tempo de 8 horas cada vez
que aumentarmos 3 dB(A), ou reduzirmos, a dose duplica ou fica a metade, devido ao
fator de duplicação, assim como, se mantivermos o nível de pressão sonora cada vez que
reduzirmos o tempo a metade, a dose reduz pela metade.
Com esses dois quadros, podemos perceber que os limites de tolerância da NR15 (Ane-
xo 1) e da NHO 01 são diferentes devido ao fator de duplicação da dose. A legislação
trabalhista segue os limites de tolerância da NR 15, por isso, para avaliação do ruído
ocupacional utilizaremos o incremento da dose de 5 dB(A).
54 Higiene ocupacional II
A figura 4.1 apresenta a variação do ruído ao longo do tempo de exposição (em amare-
lo), e em roxo, o nível de ruído equivalente, produzindo o mesmo efeito sobre o ouvido
humano que o ruído variável apresentado, ou seja, um valor constante que caracterizaria
a exposição do trabalhador ao ruído.
dB(A) (6)
Onde:
O termo nível médio (Lavg) tem o mesmo significado que o nível equivalente (Leq), só
que o Lavg é assim apresentado quando utilizado o fator de duplicação da dose igual a 5
dB. No caso dos limites de tolerância NR-15, a fórmula simplificada de cálculo é:
dB(A) (7)
Lavg = nível médio de ruído
D = dose de exposição ao ruído (em decimais)
T = tempo de exposição (em horas)
Muitos equipamentos de medição utilizam
as duas nomenclaturas Leq e Lavg, mas
lembre-se: o Leq estaremos considerando
fator duplicativo de dose igual a 3 (NHO
01), e o Lavg quando utilizarmos fator
duplicativo de dose igual a 5 (NR15).
(8)
Onde:
56 Higiene ocupacional II
Dose projetada é a dose de ruído calculada para um tempo determinado a partir de uma
amostragem de qualquer período. Em casos de avaliação de doses em tempos inferiores
aos da jornada (8 horas), o valor da dose pode ser obtido através de extrapolação linear
simples (regra de três). Por exemplo, se fizermos uma avaliação de 2 horas e a dose for
igual a 25 % e projetarmos a dose para 8 horas, veremos que o equipamento indicará
100%, isso se deve ao fato da amostragem ser assumida como uma repetição da mesma
exposição para as outras 6 horas.
Ressaltamos que essa extrapolação pressupõe que a amostra feita foi representativa.
Conclusão da aula
Caro estudante, nesta aula você aprendeu sobre alguns parâmetros importantes utiliza-
dos na avaliação do ruído ocupacional, bem como as nomenclaturas técnicas emprega-
das nos equipamentos de medição de ruído (audiodosímetros e decibelímetros).
Pratique
1. Se o trabalhador ficar exposto durante 4 horas a um nível sonoro de 85 dB(A) a dose
será equivalente a:
a) 50%.
b) 100%.
c) 20%.
d) 200%.
2. Dadas as afirmativas:
I - O fator duplicativo de dose tem o mesmo valor, tanto para a NR 15 quanto para a
NHO 01.
a) I somente.
b) II somente.
c) I e II.
d) III somente.
58 Higiene ocupacional II
Unidade
5 Avaliando o ruído
Como já vimos nas aulas anteriores, o ruído pode ser avaliado através dos
medidores de nível de pressão sonora ou sonômetros (decibelímetros e
audiodosímetros). Para fazer a avaliação ocupacional, devemos utilizar os limites de
tolerância da NR 15 Anexo 1 e a metodologia da NHO 01. Quando tratar-se da avaliação
ambiental do nível de ruído para fins de conforto e incômodo em ambientes de trabalho
utilizaremos a NBR 10152, e para avaliação do conforto da comunidade e
perturbação do sossego público a NBR 10151 ou legislações municipais mais
rigorosas específicas.
A seguir serão apresentados alguns exemplos práticos para melhor interpretação da ava-
liação ocupacional do ruído.
Exemplo 5.1
Em determinada empresa metalúrgica, o técnico de segurança do trabalho realizou a
medição do ruído em um operador de extrusora, e verificou que esse trabalhador se
expõe a um nível único de 90 dB(A) por toda sua jornada de 8 horas.
60 Higiene ocupacional II
Verifique se o limite de tolerância foi ultrapassado e calcule a dose equivalente de
exposição desse trabalhador.
Resolução
• Como a exposição desse trabalhador caracteriza-se por apenas um único nível de
ruído (90 dB(A)), apenas comparamos com o quadro 1 da NR 15 Anexo 1:
Exemplo 5.2
Em uma avaliação ao ruído contínuo e intermitente com um decibelímetro, verificou-se
que a exposição do trabalhador era da seguinte forma:
Resolução:
• Como a exposição desse trabalhador caracteriza-se por vários níveis de ruído durante
a jornada de trabalho, calculamos a dose equivalente de exposição:
C1 C 2 Cn (5)
+ +
T 1 T 2 Tn
62 Higiene ocupacional II
Neste caso temos: C1= 1 hora, C2= 2 horas, C3 = não consideramos níveis abaixo de
80 dB(A), T1 = 1 hora, T2 = 4 horas, T3 = desconsiderar níveis abaixo de 80 dB(A).
1 2
+ = 1 + 0, 5 = 1, 5
4 4
Dose equivalente igual a 1,5 ou 150%.
dB(A)
dB(A)
dB(A)
dB(A)
dB(A)
dB(A)
dB(A)
Esse valor significa que o trabalhador ficou exposto a 87,92 dB(A) durante as 8 horas de
trabalho.
A dose foi superior a 1,0 (ou 100%) e o Lavg maior que 85 dB(A) (para oito
horas de trabalho), sendo assim o limite de tolerância estabelecido pela NR15 foi ultra-
passado.
Conforme visto nas aulas anteriores e nos exemplos, para avaliação do ruído
ocupacional devemos considerar níveis de pressão sonora a partir de 80 dB(A)
(limiar de integração). Mas como saber o máximo permitido para os valores
abaixo de 85 dB(A), se a NR 15 determina os limites de tolerância a partir de 85 dB(A)?
Para isso devemos utilizar a fórmula para encontrar o tempo máximo permitido:
(9)
64 Higiene ocupacional II
No Exemplo 5.4 vamos aprender a calcular o Lavg (projetado para 8 horas) em função de
uma dosimetria realizada por um período menor que 8 horas de trabalho.
Exemplo 5.4.
O técnico de segurança do trabalho realizou a avaliação do ruído ocupacional no
trabalhador utilizando um audiodosímetro. Primeiramente configurou o equipamento
conforme orientação da NHO01 e da NR 15 Anexo 1:
8 horas X
X = 140% ou 1,4
dB(A)
dB(A)
dB(A)
dB(A)
dB(A)
Nível médio de ruído para 8 horas é 87,42 Muitos audiodosímetros já fornecem a dose
dB(A), ou seja, o trabalhador está exposto projetada e o Lavg (ou o Lavgtwa) para oito
horas de trabalho. É preciso verificar na
acima do permitido segundo a NR15.
configuração do equipamento.
66 Higiene ocupacional II
impacto, a avaliação será feita no circuito de resposta rápida (Fast) e na curva de ponde-
ração “C”.
A NHO 01 adota o critério do nível de ação para o ruído de impacto e altera o limite de
tolerância em dB linear e não cita as alternativas na utilização de parâmetros com leitura
em dB(C) e circuito de resposta rápida. Ainda adota o critério Np (nível de pico) que con-
sidera o número de impactos ou impulsos durante a jornada de trabalho. Neste critério
o limite de exposição diária ao ruído de impacto é determinado pela expressão a seguir:
Onde:
Segundo Saliba (2017), os efeitos do ruído na audição podem ser divididos em três cate-
gorias: trauma acústico, mudança temporária do limiar e mudança permanente do limiar
ou Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR).
Segundo Saliba (2015, p. 30) “pode ocorrer a ruptura do tímpano por deslocamento
de ar muito forte, como o resultante de uma explosão ou de outros ruídos de impacto
violento”. A ruptura é devido a variação brusca e acentuada de pressão, e é geralmente
reversível, pois o tímpano pode cicatrizar normalmente.
Segundo Saliba (2015), a surdez permanente por trauma sonoro é devida a destruição
das células sensoriais do órgão de Corti. É irreversível e pode atingir proporções tais a
incapacitar o indivíduo para a comunicação oral.
Os efeitos do ruído sobre as pessoas, no entanto, não se limitam aos efeitos auditivos
como a perda auditiva, zumbido, recrutamento, alterações da discriminação da fala. O
ruído contribui para distúrbios gastrointestinais e distúrbios relacionados com o sistema
nervoso, como exemplo, irritabilidade, nervosismo, vertigens, insônia, etc (SESI, 2007).
68 Higiene ocupacional II
Medidas de controle na exposição ao ruído
Controle na fonte
É a principal medida de controle e que garante maior viabilidade técnica, pois as ações
concentram-se na fonte de geração do risco, neste caso o ruído. Podemos citar a
eliminação ou substituição da fonte de ruído, manutenção adequada de máquinas
e equipamentos, eliminação de fontes de ruído provocadas por desalinhamentos,
desgastes, falta de lubrificação, etc, ou organização do ambiente de trabalho evitando
concentração de máquinas ruidosas ou processos de trabalho com excesso de ruído.
Controle na trajetória
Quando o controle na fonte não for possível ou for insuficiente, recomenda-se a
utilização de técnicas que possibilitem a absorção do som ou que evitem a transmissão
pra outro ambiente. Para a absorção são utilizados materiais porosos como lã de vidro e
cortiça, que podem ser inseridos no teto, paredes e piso ou barreiras na propagação do
som.
Controle no trabalhador
Deve ser utilizada como última alternativa, quando as medidas de controle na
fonte ou na trajetória não forem suficientes para corrigir o problema. Podemos
citar como medida de controle no trabalhador a limitação do tempo de exposi-
ção, o uso de equipamento de proteção auditiva (protetores auriculares), controle
médico (através do exame audiométrico periódico), entre outras medidas cabíveis. Essas
medidas devem fazer parte do Programa de Conservação Auditiva (PCA).
O PCA é um conjunto de ações integradas que têm por objetivo impedir que determi-
nadas condições de trabalho provoquem a deterioração auditiva nos trabalhadores que
estão expostos a níveis de ruído elevado.
Medidas administrativas e de
engenharia para minimizar ou
neutralizar a exposição
Compromisso da administração
em implementar o PCA
Documentação de todas as
atividades para respaldo legal
70 Higiene ocupacional II
Protetores auditivos para a exposição ao
ruído
72 Higiene ocupacional II
Atenuação dos protetores auditivos
Os protetores auditivos devem ser capazes de reduzir a intensidade do ruído abaixo do
limite de tolerância. Quando adquirimos um protetor auditivo observamos em sua em-
balagem a informação da atenuação em dB, chamado de NRRsf (Nível de Redução do
Ruído - Subject Fit - colocação pelo usuário), conhecido como método do ouvido real
(ANSI S12.6 – 1997).
Nesse método, a redução do ruído é obtida em laboratório por meio de um teste feito
com usuários sem treinamento, os quais colocam o protetor considerando apenas as ins-
truções do fabricante (embalagem), e logo após é feito o teste de atenuação. Os dados
obtidos neste teste se aproximariam do desempenho real de campo.
Para saber o valor mínimo do NRRsf que o protetor auditivo deve possuir, consideramos
o nível médio de ruído (Lavg) que o trabalhador está exposto e o nível máximo (NPS –
limite de tolerância) que pode ficar, considerando o tempo de exposição. Para o cálculo
do NRRsf mínimo necessário, utilizamos a seguinte fórmula:
(11)
Onde:
Exemplo 5.5
Na avaliação de um ambiente de trabalho encontrou-se um ruído médio de 94 dB(A). Sa-
bendo que a jornada de trabalho é de 8 horas, qual o valor mínimo do NRRsf do protetor
auditivo que o técnico em segurança deve escolher ?
• Identificando os dados:
Lavg = 94 dB(A)
74 Higiene ocupacional II
II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior os ruídos
com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10151 - Avaliação do
Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade.
A NBR 10.151 dispõe sobre a avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto
da comunidade. Essa norma fixa as condições exigíveis para a avaliação da aceitabilidade
do ruído em comunidades, independentemente da existência de reclamações.
Além da NBR 10.151, tem-se a NBR 10.152, que trata dos níveis de ruídos para conforto
acústico, estabelecendo os limites máximos em decibéis a serem adotados em determi-
nados locais.
(12)
Onde:
Li = é o nível de pressão sonora, em dB(A), lido em resposta rápida (fast) a cada 5 s, du-
rante o tempo de medição do ruído;
Locais dB (A) NC
35 – 45 30 – 40
Hospitais, Apartamentos, Enfermarias, Berçários, Centros
30 – 40 35 – 45
Cirúrgicos Laboratórios, Áreas para uso do público, Serviços
45 – 55 40 – 50
35 – 45 30 – 40
Escolas, Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho, Salas de aula, Laboratórios, Circulação 40 – 50 35 – 45
45 – 55 40 – 50
35 – 45 30 – 40
Hotéis, Apartamentos, Restaurantes, Salas de estar, Portaria, Recepção, Circulação 40 – 50 35 – 45
45 – 55 40 – 50
35 – 45 30 – 40
Residências, Dormitórios, Salas de estar
40 – 50 35 – 45
Auditórios, Salas de concerto, Teatros, Salas de Conferências, Cinemas, Salas de uso múltiplo 30 – 40 25 – 30
35 – 45 30 – 35
Restaurantes 40 – 50 35 – 45
30 – 40 25 – 35
Escritórios, Salas de reunião, Salas de gerência, Salas de projetos e de administração, 35 – 45 30 – 40
Salas de computadores, Salas de mecanografia 45 – 65 40 – 60
50 – 60 45 – 55
Igrejas e Templos 40 – 50 35 – 45
Locais para esportes, Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas 45 – 60 40 – 55
Fonte: NBR 10.152, 1987.
Segundo a NBR 10151, para avaliação do ruído ambiental no exterior das edificações,
devem-se seguir os seguintes procedimentos de medição:
Deve-se tomar as precauções técnicas para evitar a influência do vento e demais condi-
ções climáticas, quando relevantes;
76 Higiene ocupacional II
paredes etc (edificação que contém a fonte);
Caso o reclamante indique algum ponto de medição que não atenda às condições ante-
riores, o valor medido neste ponto também deve constar no relatório.
Segundo NBR 10152, para avaliação do ruído ambiental no interior das edificações, de-
vem-se seguir os seguintes procedimentos de medição:
As medições devem ser efetuadas nas condições normais de utilização do ambiente (ja-
nelas abertas ou fechadas conforme indicação do reclamante).
Caso o reclamante indique algum ponto de medição que não atenda às condições ante-
riores, o valor medido neste ponto também deve constar no relatório.
Conclusão da aula
Caro estudante, nesta aula você aprendeu como avaliar o ruído ocupacional e efetuar
os cálculos para a determinação da dose e do nível médio de ruído. Além de apreender
como realizar a avaliação do ruído de impacto, identificar atenuação do ruído pelos
protetores auditivos, estudou sobre a avaliação do ruído ambiental com as normas NBR
10151 e a NBR 10152.
a) 88,8 dB(A)
b) 86,8 dB(A)
c) 85,0 dB(A)
d) 86,8 dB(A)
e) 89,8 dB(A)
2. Qual o NRRsf de um protetor auditivo para uma exposição, no qual a dose obtida
(dB(A), 8 horas) foi de 300% (ou 3,0)?
78 Higiene ocupacional II
Unidade
6 Temperaturas extremas
O excesso de calor e de frio são fatores que causam desconforto para o trabalhador,
aumentando o risco de acidente, podendo provocar danos consideráveis à saúde.
Por isso, é preciso identificar esses riscos no ambiente de trabalho para controlá-los
corretamente.
A termorregulação humana
O homem possui capacidade de manter a temperatura do corpo constante
(aproximadamente 37ºC), mesmo com a variação da temperatura ambiente, isso
porque somos considerados seres homeo-
térmicos. Um dos fatores que possibilita o
corpo manter a temperatura adequada é a
Homeotérmicos
termorregulação, que tem como objetivo São aqueles que possuem a característica de
impedir grandes variações na temperatura manter a temperatura do corpo constante,
ou seja, sem variação. Os mamíferos e as
interna do corpo de maneira que os sistemas vitais aves possuem essa característica.
possam operar adequadamente.
80 Higiene ocupacional II
de irrigação sanguínea (SESI, 2007).
M±C±R–E=Q
Onde:
Para manter o equilíbrio térmico do corpo, o calor acumulado pelo organismo (Q) deve
ser igual à zero (Q=0), ou seja, o calor ganho pelo organismo é igual ao perdido para
o ambiente. Quando há o acúmulo de calor no organismo (Q>0), dizemos que está
em estado de hipertermia ou sobrecarga térmica. Já quando há perda de calor (Q<0),
consideramos estado de hipotermia.
O calor metabólico é o calor gerado pelo organismo em função da atividade física exerci-
da pelo indivíduo. Quanto mais intensa for a atividade, maior será o calor produzido pelo
metabolismo, influenciando no total de calor adquirido pelo organismo (SALIBA, 2017).
Trocas térmicas
82 Higiene ocupacional II
do (ar) mais leve (menos denso). Com isso, surge um movimento, deslocando-se e
recebendo um novo volume de ar frio que o substitui. Exemplo: aquecimento de um
Becker com água.
Após a leitura das duas temperaturas, usamos uma tabela para encontrar a umidade
relativa. Entramos com a temperatura de bulbo seco na vertical, e com a diferença entre
ela (tbs) e a de bulbo úmido (tbu) na horizontal, obtendo a umidade relativa do ar.
84 Higiene ocupacional II
Tabela 6.1: Cálculo da umidade relativa do ar a partir da temperatura do bulbo seco e
bulbo úmido.
Exemplo 6.1.
Em um ambiente de trabalho obtivemos os seguintes valores:
86 Higiene ocupacional II
b) Tipo de atividade: o tipo de atividade realizada pelo trabalhador vai influenciar no
calor metabólico gerado (metabolismo), lembrando que quanto mais intensa a
atividade, maior o metabolismo, como consequência maior o calor ganho pelo
organismo. Para estimar a taxa metabólica do trabalhador, utilizamos tabelas
disponíveis na literatura e na legislação (NR 15 Anexo 3, e NHO 06). Veremos com
mais detalhes na próxima unidade.
Conclusão da aula
Nesta aula você aprendeu sobre as temperaturas extremas (excesso de calor e frio), os
mecanismos e os fatores que influenciam as trocas térmicas.
a) Radiação.
b) Convecção.
c) Condução.
d) Evaporação.
2. Qual desses sintomas não aparecem quando há exposição aos ambientes frios?
a) Vasoconstrição.
88 Higiene ocupacional II
Unidade
7 Avaliação da exposição
ocupacional ao calor
a) Exaustão do calor: com a dilatação dos vasos sanguíneos em resposta ao calor, há in-
suficiência do suprimento de sangue do córtex cerebral, resultando em baixa pressão
artéria. Os principais sintomas são: enjoo, palidez, pele coberta pelo suor e dores de
cabeça.
90 Higiene ocupacional II
f) Edema pelo calor: consiste no inchaço das extremidades, em particular os pés e tor-
nozelos. Ocorre comumente em pessoas não aclimatizadas, sendo muito importante
a manutenção do equilíbrio hídrico-salino.
O IBUTG é definido como um índice de sobrecarga térmica obtido por uma equação
matemática, onde se estabelece uma relação entre as temperaturas de bulbo úmido
natural (tbn), temperatura de bulbo seco (tbs) e a temperatura de globo (tg) e sua
dependência com a existência de carga solar. Suas equações são:
(13)
(14)
Onde:
O equipamento de medição deve possuir os três termômetros (tbn, tg, tbs) para a de-
terminação do IBUTG. A figura 7.1, apresenta o equipamento eletrônico utilizado na
avaliação.
Além disso, precisamos identificar o tipo de atividade (metabolismo) realizada pelo tra-
balhador. A NR 15 Anexo 3, trás um quadro para identificarmos o tipo de atividade rea-
lizada e o gasto energético (Kcal/h).
92 Higiene ocupacional II
Quadro 7.1: Taxas de metabolismo por tipo de ativodade.
TIPO DE ATIVIDADE KCAL/H
Sentado em repouso 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco
(ex.: datilografia). 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas 150
(ex.: dirigir). 150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, princi-
palmente com os braços.
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas.
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com 180
alguma movimentação. 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, 220
com alguma movimentação. 300
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou
empurrar.
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar 440
pesos (ex.: remoção com pá). 550
Trabalho fatigante
A seguir veremos alguns exemplos para avaliação do calor no ambiente de trabalho con-
siderando os parâmetros da NR 15 Anexo 3.
Caso 01: Limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermi-
tente com períodos de descanso no próprio local de trabalho.
Exemplo 7.1
Um trabalhador ao produzir travessas de vidro fica exposto constantemente (trabalho
contínuo) a seguinte situação: tbn= 22ºC e tg= 43ºC. Esse trabalhador executa ativida-
des moderadas de limpeza da matriz. A exposição é insalubre? Em caso afirmativo, qual
a jornada que deve ser recomendada pelo técnico em segurança do trabalho?
ºC
Atividade moderada.
Para uma atividade moderada de modo contínuo, o limite de tolerância do IBUTG é até
26,7ºC (em amarelo no quadro). O IBUTG do trabalhador no exemplo foi de 28,3ºC, por-
tanto acima do permitido. Essa exposição é insalubre, está acima do limite de tolerância.
A resposta foi afirmativa. Agora, para sabermos o tempo de trabalho mais adequado,
basta conferir no Quadro 7.2, em qual jornada o valor de 28,3°C se enquadra para as
faixas de IBUTG fornecidas para a atividade moderada.
Como este valor está entre 28,1 e 29,4 (em azul no quadro), o regime de trabalho ne-
cessário para não acarretar em insalubridade é de 30 minutos de trabalho e 30 minutos
de descanso.
Caso 02: Limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermi-
tente com períodos de descanso em outro local (local de descanso).
Neste caso, devemos considerar como local de descanso aquele ambiente termicamente
mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo uma atividade leve. Para fins
legais, esse tempo de descanso é considerado exercício do trabalho.
94 Higiene ocupacional II
A diferença para este caso com relação ao anterior está no fato de considerar o descanso
como uma situação térmica na qual devem ser aferidas as temperaturas no ambiente e
classificar o metabolismo identificando suas taxas. Depois, calcular uma média pondera-
da para o IBUTG e o metabolismo.
Exemplo 7.2
Um operador de forno demora 4 minutos para carregar o forno, a seguir aguarda o
aquecimento por 5 minutos, fazendo anotações em um local distante do forno, para
depois descarregá-lo durante 6 minutos. Sabendo que esse ciclo se repete até o fim da
jornada de trabalho, verifique se há insalubridade. Na avaliação da exposição, tivemos a
informação de que as temperaturas são:
Solução
• Primeiramente definimos o ciclo de trabalho e descanso:
Note que para este exercício o somatório dos tempos das atividades é de 15 minutos.
Como na avaliação do calor o estudo deve ser feito com base em 60 minutos, e ainda
temos a informação de que o ciclo se repete, devemos considerar dois ciclos para resultar
em 60 minutos de jornada. Ou seja, teremos para a avaliação os tempos:
(15)
Onde:
= metabolismo médio
= metabolismo médio = metabolismo de trabalho
= metabolismo de trabalho = metabolismo de descanso
= metabolismo de descanso = tempo de trabalho
= tempo de trabalho = tempo de descanso
= tempo de descanso
- Metabo
- Metabolismo médio do ciclo de trabalho
trabalho
• Agora, parte-se para os cálculos do IBUTG (do local de descanso e do trabalho) e
depois, para a estimativa da média ponderada para 60 minutos.
16,8 + 16,5
ºC (IBUTG do ambiente de trabalho)
É preciso achar a média ponderada do IBUTG:
IBUTG=IBUTGt.Tt+IBUTGd.Td
Tt+Td (16)
96 Higiene ocupacional II
Onde:
= IBUTG médio
= IBUTG de trabalho
= IBUTG de descanso
= tempo de trabalho
= tempo de descanso
I𝐵UTG = 33,3.40+23,5.20
40+20
IBUTG = 1332+470
60
IBUTG = 1802
60
IBUTG = 30,0º C
Com os valores das médias ponderas calculado, entramos com o valor médio do metabo-
lismo (). No quadro 7.3, veremos que está na faixa entre 200-250 kcal/h. Então, adota-se
o valor de 250 kcal/h por ser o valor maior para a obtenção do máximo IBUTG admissível.
Para esse gasto metabólico, o valor máximo do IBUTG (limite de tolerância) é de 28,5°C.
Vale ressaltar que o anexo 3 da NR15 deixa algumas lacunas devido a falta de atualiza-
ções. Para preencher essas lacunas, podemos utilizar alguns dados fornecidos pela NHO
06, que auxiliam na avaliação do calor.
98 Higiene ocupacional II
Quadro 7.4: Taxa metabólica por tipo de atividade NHO 06.
ATIVIDADE TAXA METABÓLICA
3 Km/h 217
4 Km/h 255
5 Km/h 309
Em pé, em movimento
Subindo rampa (3 Km/h)
A 5º de inclinação 302
A10º de inclinação 425
A 15º de inclinação 603
Descendo rampa (5 Km/h)
A 5º de inclinação 201
A 10º de inclinação 178
A 15º de inclinação 186
Subindo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17m) 681
Subindo escada com carga moderada 725
Descendo escada (80 degraus por minuto – altura do degrau de 0,17m) 240
Trabalho moderado de braços (ex: varrer, trabalho em almoxarifado) 275
Trabalho moderado de levantar e empurrar 300
Trabalho de empurrar carrinho de mão, em nível, com carga 335
Trabalho de carregar pesos ou movimentos vigorosos com braços (ex:
425
trabalho com foice)
Trabalho pesado de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex: remoção com
450
pá, abertura de valas)
Transportando carga, no plano (4 Km/h)
Peso de 10 kg 286,1
Peso de 30 kg 386,6
Peso de 50 kg 556,7
Correndo
9 Km/h 675
12 Km/h 750
15 km/h 850
Fonte: FUNDACENTRO, 2002.
Para resolver esse problema, a NHO 06 fornece uma tabela com os valores de menor
intervalo, facilitando a verificação de conformidade com dados obtidos com maior exati-
dão. O quadro 7.5 apresenta esses valores:
Como medidas de controle na fonte podemos citar: a blindagem das fontes radiantes, a
redução da área de exposição ao calor (quanto menor a área exposta da fonte radiante,
menor a emissão para o ambiente), a redução das temperaturas de trabalho (quanto me-
nor a temperatura da fonte, menor a emissão), e a eliminação de toda perda ou geração
desnecessária de calor para o ambiente.
As medidas de controle na trajetória podem ser feitas com barreiras refletivas entre a
fonte e o trabalhador, maximizando a distância entre a fonte e o trabalhador (diminui-
ção da irradiação infravermelha) e aumentando a velocidade do ar sobre o trabalhador.
Outra solução é afastar todas as rotinas possíveis das fontes mais intensas, pois muitas
tarefas são feitas próximas às fontes de calor, desnecessariamente.
Aclimatação
Conclusão da aula É a adaptação do organismo a um ambiente
quente.
Caro estudante, nesta aula você estudou sobre
os efeitos do calor no organismo, os parâmetros
utilizados nos procedimentos técnicos para a avaliação do calor ocupacional, utilizando
os critérios legais do Anexo 3 da Norma Regulamentadora nº 15 e da NHO 06, além de
conhecer algumas medidas de controle para o calor.
tbs = 26º C
tbn = 25º C
tg = 30º C
8 Avaliação da exposição
ocupacional ao frio
Efeitos no organismo
Na exposição ao frio, assim como na exposição ao calor, deve-se tomar o cuidado de
manter a temperatura do corpo em torno de 37° C para garantir as funções vitais
do organismo. Quando isso não ocorre, em razão da exposição ao frio excessivo, o
organismo resfria-se, perdendo calor para o meio externo que depende da
temperatura e da velocidade do ar (vento), resultando em uma hipotermia (ver
unidade 6).
Critérios de avaliação
O anexo 9 da NR15, estabelece que “as atividades ou operações executadas no
interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições
similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local
de trabalho”. Entende-se como proteção adequada os equipamentos de proteção
individual (EPI) ou vestimentas adequados ao frio.
Além da NR 15, outro dispositivo legal relativo à exposição ao frio é estabelecido no Art.
253 da CLT, que diz respeito a jornada de trabalho, conforme a transcrição a seguir:
Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que
movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa,
depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegura-
do um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de
trabalho efetivo.
De acordo com o Quadro 8.2, em temperaturas mais baixas o tempo de pausa é maior.
Porém, nas temperaturas até -17º C a pausa é a mesma do art. 253 da CLT. Devemos
considerar que o risco de exposição ocupacional a -17º C é maior que, por exemplo, a
uma temperatura de 15º C.
Já a atividade física é um pouco mais difícil de ser medida em campo, porém pode ser
A ACGIH determina que a avaliação ocupacional ao frio seja feita com base na Tempe-
ratura Equivalente de Resfriamento (TER). Este parâmetro é disponibilizado como uma
tolerância que estima a temperatura na qual tem a combinação da velocidade do ar e da
temperatura de bulbo seco, fornecendo como resultado um valor semelhante ao resfria-
mento provocado por baixas temperaturas e pela circulação do ar interno.
Por exemplo, se no interior de uma câmara fria a temperatura de bulbo seco é de 4°C, e
o técnico em segurança efetuou a medição da velocidade do vento (ar) com o anemôme-
tro indicando uma velocidade do vento de 16 Km/h. Para este caso, consultando a Figura
8.1, teríamos uma temperatura equivalente de resfriamento de -2°C.
-40º a
30 min 5
-42º
<= -43º APENAS TRABALHO DE EMERGÊNCIA
FONTE: ACGIH, 2014.
Conforto térmico
Muitas vezes, o calor e o frio não constituem um risco nos ambientes de trabalho
(hipertermia e hipotermia), no entanto, podem gerar desconforto especialmente em
ambientes onde desenvolvem-se trabalhos intelectuais como escritórios, laboratórios,
entre outros.
O índice de temperatura efetiva combina em um único valor a influência dos fatores cli-
máticos, tais como: velocidade do ar, temperatura de bulbo seco e umidade relativa do ar
na sensação térmica humana. Para estimar esse índice, é necessário medir a temperatura
do ar ambiente (termômetro de bulbo seco), medir a temperatura de bulbo úmido e a
velocidade do ar (vento), inserirmos esses valores em um ábaco que nos fornece a Tem-
peratura Efetiva (ver Figura 8.2).
Esse ábaco é constituído de uma escala vertical à esquerda, onde encontramos a tem-
peratura de bulbo seco (tbs). Na direita do ábaco, temos uma escala vertical com as
temperaturas de bulbo úmido (tbu). Unindo esses dois valores, obtemos uma reta e, na
interseção desta reta com a curva de velocidade do ar, obtemos a Temperatura Efetiva.
Solução:
b) Marque no mesmo o valor da temperatura de bulbo seco (30ºC ponto no lado es-
querdo).
c) Construa uma reta que una os pontos mencionados acima e localize a curva referente
a velocidade do ar de 1,5 m/s.
Para o exemplo, podemos concluir que o ambiente não está termicamente confortável,
pois seu índice de temperatura efetiva está acima da faixa indicada pela NR 17 (20 e
23°C).
Conclusão da aula
Caro estudante, nesta aula você aprendeu sobre a avaliação ocupacional do frio, os pa-
râmetros a serem considerados, as medidas de controle, além de ter estudado sobre o
conforto térmico no ambiente de trabalho.
Pratique
1. Quais desses fatores não dificultam a aclimatização?
a) Desnutrição.
b) Obesidade.
d) Uso de drogas.
g) TE.
h) TGU.
i) IBUTG.
(17)
Onde:
a = aceleração avaliada
ao = aceleração de referência (10-6 m/s²)
As vibrações de corpo inteiro são aquelas em que todo o corpo ou grande parte dele
está exposto a movimentos vibratórios, e ocorre mais intensamente em veículos e
equipamentos móveis, em que há um posto de operação (em geral um assento) e a
vibração do rolamento do veículo ou equipamento é transmitida ao operador/motorista
(SESI, 2007). Observam-se ainda em superfícies, pisos, plataformas industriais etc, que
podem transmitir vibração ao homem, na maior parte dos casos, têm menor importância
ocupacional. A Figura 9.1, apresenta as direções ou eixos de medição das vibrações de
corpo inteiro.
Todos estes eixos, em cada posição, indicam sempre para a mesma direção, sendo atri-
buídos os seguintes sentidos: o eixo “z” aponta no sentido dos pés a cabeça; o eixo “x”
aponta das costas para o peito; e o eixo “y” aponta da direita para a esquerda.
Medidas de Controle
As principais formas de controle para a exposição à vibração de corpo inteiro e mãos e
braços são:
Critério Legal
Para avaliação ocupacional de vibrações de corpo inteiro e de mãos e braços, é preciso
considerar os critérios do Anexo 8 da NR 15, alterado pela Portaria MTE n.º 1.297, de
13 de agosto de 2014. Que estabeleceu limites de exposição ocupacional diária para
VCI e VMB, e determinou que os procedimentos de avaliação quantitativa seja feita de
acordo com as normas da FUNDACENTRO, ou seja, a NHO09 - Avaliação da exposição
ocupacional a vibrações de corpo inteiro, e a NHO 10 - Avaliação da exposição
ocupacional a vibrações em mãos e braços.
A norma estabelece também os itens que devem conter no laudo técnico para a
caracterização da insalubridade, incluindo a avaliação preliminar de acordo com o anexo
I da NR 09. Segue trecho do Anexo 8 da NR 15:
2.5 A caracterização da exposição deve ser objeto de laudo técnico que contemple,
no mínimo, os seguintes itens:
h) Conclusão
Conclusão da aula
Caro estudante, nesta aula você estudou sobre o agente físico vibração, os tipos de
vibração, os danos à saúde, as medidas de controle e o critério legal para a avaliação de
vibrações de corpo inteiro e de mãos e braços.
a) Sistema reprodutivo.
b) Problemas renais.
c) Problemas gastrointestinais.
III – A exposição por tempos elevados pode causar a necrose da pele, chamada de acro-
cianose.
b) Apenas IV é falsa.
3. Quanto às vibrações de corpo inteiro, quando a exposição é severa, qual desses efei-
tos não é causado pela vibração?
a) Sistema reprodutivo.
c) Problemas gastrointestinais.
III – A exposição por tempos elevados pode causar a necrose da pele, chamada de acro-
cianose.
b) Apenas IV é falsa.
10 Avaliação da Vibração
m/s² (18)
Onde:
are= aceleração resultante da exposição, quando a jornada for 8 horas are = aren
ax = aceleração ponderada para o eixo ortogonal “x”.
ay = aceleração ponderada para o eixo ortogonal “y”.
az = aceleração ponderada para o eixo ortogonal “z”.
m/s1,75 (19)
Onde:
Exemplo 10.1
Em uma avaliação ocupacional de VCI realizada em um operador de empilhadeira foram
encontradas as seguintes vibrações nos eixos ortogonais: ax= 0,14 m/s² ay= 0,16 m/s²
az= 0,21 m/s². Sabendo que a exposição dura 4 horas, determine a Aceleração Resultan-
te de Exposição Normalizada (aren).
Solução:
Como a exposição é diferente de 8 horas, segundo a NHO 09, devemos calcular a Acele-
ração resultante de exposição normali-
zada (aren*).
Aceleração resultante de exposição
normalizada (aren):
Corresponde à aceleração resultante de exposição
(are) convertida para uma jornada diária padrão de 8
horas, determinada pela seguinte expressão:
aren=are√(T/) m/s²
Onde:
are = aceleração resultante de exposição;
T = tempo de duração da jornada diária de trabalho
expresso em horas ou minutos;
To = 8 horas ou 480 minutos.
Exemplo 10.2
Para a mesma avaliação ocupacional do exemplo 10.1, foram encontrados os seguintes
valores para VDV (Valor de dose da Vibração) para cada eixo ortogonal: VDVex = 3,0 m/
s² ; VDVey = 4,0 m/s²; VDVez = 7,0 m/s² . Calcule o Valor de Dose de Vibração Resultante
(VDVR).
Solução:
Exemplo 10.3
Verifique se a exposição ocupacional a vibração de corpo inteiro, demonstrada no exem-
plo 10.1 e 10.2, atende os critério legais do Anexo 8 da NR15 e da NHO 09.
• Solução:
Para essa exposição temos: aren = 0,25 m/s² e VDVR = 7,8 m/s².
Por mais que os dois valores (aren e VDVR) estejam abaixo do limite de exposição ocupa-
cional, ou seja, é aceitável. Recomenda-se no mínimo manutenção da condição existen-
te, para evitar o aumento da vibração gerada pelo equipamento (empilhadeira).
m/s² (20)
Onde:
are = aceleração resultante da exposição, quando a jornada for 8 horas are = aren
ax = aceleração ponderada para o eixo ortogonal “x”.
ay = aceleração ponderada para o eixo ortogonal “y”.
az = aceleração ponderada para o eixo ortogonal “z”.
Solução:
Exemplo 10.5
Verifique se a exposição ocupacional a vibração de mãos e braços, demonstrada no
exemplo 10.4, atende os critério legais do Anexo 8 da NR15 e da NHO 10.
• Solução:
Para essa exposição temos aren = 9,7 m/s² acima do limite de exposição ocupa-
cional. Portanto, essa exposição é insalubre.
Neste caso o valor da aren (9,7m/s²) encontra-se acima do limite de exposição ocupacio-
nal. Recomenda-se adoção imediata de medidas corretivas.
m/s² (21)
Onde:
Exemplo 10.6
Solução:
• Cálculo do aren:
Conclusão da aula
Caro estudante, nesta aula você aprendeu a realizar a avaliação ocupacional para vibra-
ção de corpo inteiro e mãos e braços, além de identificar os parâmetros legais do anexo
8 da NR15 , da NHO 09 e da NHO 10.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10151: Avaliação do ruído em áreas
habitadas, visando o conforto da comunidade – Procedimento. Rio de Janeiro, 2000.
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Currículo da autora
Beatriz Colodel
135