Linguagem Musical - I
Banco de Imagens
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Lista de Ícones
Texto Hiperlinks
Sumário
Lista de Ícones 5
Sumário 6
Apresentação 7
Elementos da Música 10
Música 10
Parâmetros do som 10
O pentagrama 10
Figuras de som 11
Compasso 12
Fórmula de compasso 13
Claves 16
As notas musicais 17
Escala 18
Exercícios de Fixação 19
Escalas Diatônicas, Modo Maior 20
Armadura de Clave 21
Referências 35
Conteúdo de áudio
Esta apostila foi construída com Pré-requisitos:
recursos que possibilitam a
interatividade, tais como hiperlinks e
páginas com hipertexto.
7
Apresentação
E mpreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para
trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o
profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o
profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas
e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse
contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento
de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam a garantir o
desenvolvimento dessas competências.
Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação
profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de
Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos,
nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional
e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção
Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos
Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de
Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e
promoção do empreendedorismo.
Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de
servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando
e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos,
ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.
MÚSICA
Introdução - Instrumentos
Musicais / Violão
C
aro(a) estudante! Esta apostila foi elaborada com base nos trabalhos: Teoria da Música de Buhomil
Med (1996), Treinamento Elementar para Músicos, de Paul Hindemith (1988), Compêndio de Teoria
Elementar da Música, de Oswaldo Lacerda (1967) e Princípios básicos da Música para a juventude
Maria Luiza de Matos Priolli (2006). Com o objetivo de facilitar sua compreensão no que tange à linguagem
musical, sintetizou-se o conteúdo, direcionando-o como material específico ao estudo do violão.
Aos estudantes que quiserem buscar um aprofundamento em teoria musical, as referências apresentadas
ao final da apostila apresentam indicações ao material utilizado para confecção da mesma.
Lembro-lhe que o estudo de música exige disciplina e constância, mais vale o estudo de 15 minutos todos
os dias, do que estudar durante 5 horas, 1 vez por semana.
Portanto, organize um horário, pela manhã ou à noite, para que se possa dedicar à música, adquira um
caderno de música (pautado) para fazer os exercícios de fixação e mãos à obra.
Bons estudos e sucesso na carreira musical!
Profº Srilis Leonel Mourão
9
Perfil profissional
Executa e interpreta músicas do repertório mundial, erudito e
popular, improvisa em músicas do repertório mundial, erudito e
popular. Analisa, arranja e compõe músicas, a partir de técnicas
de harmonia e contraponto, organiza apresentações musicais.
Discorre a respeito de períodos históricos.
Identifica as características dos diversos gêneros musicais,
aplicando os conhecimentos de forma criativa.
Competências
Habilidades
UNIDADE I
Elementos da Música
Música
Parâmetros do som
O pentagrama
As linhas nas quais representamos a música são chamadas de pentagrama, do grego: penta (cinco), e
grama (linha), ou seja, cinco linhas. Elas são conhecidas também por pauta pelo fato de que, antes do período
conhecido como Renascença. A música era registrada, utilizando-se menos linhas.
Temos cinco linhas e quatro espaços no pentagrama, nos quais podemos escrever as notas musicais.
5ª Linha
4ª Espaço
4ª Linha
3ª Linha 3ª Espaço
2ª Linha 2ª Espaço
1ª Espaço
1ª Linha
Se a música superar as cinco linhas do pentagrama, adicionamos linhas e espaços suplementares, tanto para
baixo, quanto para cima.
11
Para definir os limites do pentagrama, utilizamos as barras de compasso para início e meio, Dupla ou
Travessão final para o final da música.
Figuras de som
No pentagrama, escrevemos as notas musicais representadas por signos ou figuras que representam a
duração ou valor de cada uma, e que são:
=
Semibreve:------------ 1 1 Observe
que:
Mínima:--------------- 2 1
Para cada =
2
figura
Semínima:------------ 4 1
4 de som =
temos uma
Colcheia:-------------- 8 1
8 figura de =
silêncio, que
Semicolcheia:-------- 16 1
16
corresponde =
ao mesmo
Fusa:------------------ 32 1
32
valor de sua
=
figura de
Semifusa:------------- 1 som.
64 64 =
12
As figuras de som delimitam a duração do som, conforme o exemplo acima, subdividem-se em partes iguais.
Ou seja, cabem 64 semifusas dentro de uma semibreve.
Ou, 32 fusas, dentro de uma semibreve, ou, tendo em vista que a mínima é a metade do valor de uma
semibreve, cabem 16 fusas dentro de uma mínima, e assim por diante, quatro colcheias dentro de uma mínima
e etc.
É apenas uma forma de se registrar a música com mais precisão.
Colchete ou
Bandeirola
As figuras musicais
Haste
podem ser divididas em
até 3 partes: cabeça, haste,
colchete ou bandeirola.
Conforme figura ao lado.
Cabeça
Compasso
O compasso, como o próprio nome diz “com-passo”, é um espaço delimitado pelas barras onde será indicado
um valor de duração sonora e uma quantia destes valores, para uma melhor organização musical. Para tanto,
determinou-se quantias preestabelecidas que se inter-relacionam.
Os compassos podem ser:
SIMPLES E COMPOSTOS
Binário = 2 Binário composto = 6
Ternário = 3 Ternário composto = 9
Quaternário = 4 Quaternário composto = 12
2 = Forte+fraco = F, f.
3 = Forte+fraco+fraco = F,f, f.
4 = Forte+fraco+Meio Forte+fraco =F, f, MF, f.
6 = Forte+fraco+fraco+Meio Forte+fraco+fraco = F,f, f, MF, f, f.
E, assim por diante, o primeiro tempo dos compassos será sempre forte.
Os compassos compostos são aqueles nos quais a unidade de tempo é um valor composto, ou seja,
pontuado, podem ser formados por conjuntos de compassos simples. Portanto, podem ter esta relação de
tempos fortes, fracos, Meio fortes, fracos alterados conforme a fórmula de compasso.
Por exemplo, a combinação de compassos compostos irregulares, ou seja, uma combinação de compassos
simples de diferentes valores, como um compasso quinário. Trata-se da combinação de um compasso binário
simples, com um compasso ternário simples. Então, teremos conforme exemplo acima:
2 = F, f + 3 = F, f, f = 5 = F, f, MF, f, f.
Perceba que o tempo forte do compasso ternário perdeu um pouco de força, isto é para que facilite para
nossa percepção e haja um destaque no tempo forte da música.
É a partir das relações de duração do som e do silêncio que se formam os ritmos, a organização do tempo
musical em um espaço determinado, alternando-se a intensidade, o som e o silêncio.
Fórmula de compasso
F f MF f F f MF f
PENTAGRAMA 01
Observe que a figura de silêncio é correspondente a figura de som que preenche um compasso inteiro, ou
seja, a semibreve ( ).
14
F f MF f F f MF f
PENTAGRAMA 02
No exemplo acima, utilizamos uma figura de silêncio pontuada. O ponto aumenta a metade do valor da nota
a qual ele pontua. Então, na figura acima, temos uma figura de silêncio ou pausa de Mínima ( ), que equivale
a 2 semínimas, necessitando de mais uma semínima para completar o compasso que pede 3 semínimas, assim
utilizamos o ponto de aumento na pausa de mínima para completar o compasso.
Para os compassos compostos, a figura de som será representada acompanhada do ponto, desta forma:
PENTAGRAMA 03
O número 8 representa a figura de colcheia, sendo assim, cada compasso do sistema acima pede 6 colcheias,
ou duas semínimas pontuadas por ser um compasso binário composto.
As fórmulas de compasso podem ser representadas da seguinte maneira:
FIQUE ATENTO
4 ou 3 ou 6 Unidade de compasso (quantia de figuras por compasso).
4 4 8 Unidade de tempo (valor da figura).
Exercícios de Fixação
Copie em seu caderno o exercício a seguir, e dê a fórmula de compasso para os seguintes sistemas:
PENTAGRAMA 04
PENTAGRAMA 05
PENTAGRAMA 06
15
PENTAGRAMA 07
PENTAGRAMA 08
PENTAGRAMA 09
PENTAGRAMA 10
PENTAGRAMA 11
PENTAGRAMA 12
PENTAGRAMA 13
UNIDADE II
Claves
Para facilitar a escrita musical no pentagrama e evitar de se adicionar muitas linhas suplementares, criou-se
claves que delimitam a partir de uma nota as alturas sonoras.
Os sinais que representam as claves foram introduzidos pelo papa Gregório Grande, + ou – por volta de 540 D.C,
chamado de sistema alfabético, e representavam as notas musicais, A = Lá, B= Si, C = Dó, D = Ré, E = Mi, F = Fá, G = Sol.
No período medieval, a música ainda não era representada da forma convencionada atual, o pentagrama,
por exemplo, iniciou com apenas uma linha na qual se grafava somente os sons agudos, médios
e graves, consecutivamente, acima da linha, na linha e abaixo da linha. Com o tempo, surgiram
outras linhas e as claves do grego Chave (MED, 1996, p.13-16). Para tanto, temos três claves:
PENTAGRAMA 14
Nota Sol
A clave de Dó utiliza-se nas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas.
Clave de Dó Clave de Fá
Como o próprio nome A clave de Fá,
diz, marca a linha da Referência com
nota Dó. A clave de dois pontinhos a
Dó, atualmente, é mais 4ª linha, na qual
usada na terceira linha, será escrita a
conforme figura abaixo. nota Fá.
Nota Dó Nota Fá
As notas musicais
Agora que já conhecemos as claves e suas funções, vamos às notas musicais. Temos
sete notas musicais que foram introduzidas na música como a conhecemos somente
HINO A
a partir do século XI, por Guido D’Arezzo, utilizando-se as primeiras sílabas de um hino
SÃO JOÃO
cantochão dedicado a São João, composto por Paulo Diácono, historiador Lombardo UT queant laxis
do século VIII. REsonare fibris
Conforme o quadro ao lado, depois o UT foi substituído por Dó pela facilidade de MIra gestorum
entonação com a terminação em vogal. Mais informações em:
Famuli tuorum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ut_queant_laxis Acesso em 15/08/2016.
SOLve polluti
Como vimos acima, as sete notas musicais passaram por algumas transformações
Labii reatum
no que diz respeito a sua representação, porém o seu som e suas relações entre notas
Sancte Iohanes
permanecem inalteradas. Na página seguinte, temos a representação de uma escada
na qual temos no primeiro degrau a nota Dó, que vem ser a nossa nota mais grave,
em seguida, nossa escada sobe em direção a outra nota dó uma oitava acima, para a região mais aguda, em
seguida ela desce, retornando à região mais grave. Observe que, ao descer a escada ou escala musical, as notas
se mantém no mesmo lugar, sendo lidas apenas de trás para frente.
18
REGIÃO AGUDA
DO
SI SI
LÁ LÁ
SOL SOL
FÁ FÁ
MI MI
RÉ RÉ
DO DO
ESCALA MUSICAL
Conforme a figura acima, as notas podem ser contadas da região grave para aguda (ordem crescente) e da
região aguda para a região grave (ordem decrescente), como mostra a figura abaixo.
SI SI
ORDEM CRESCENTE LÁ NOTAS LÁ ORDEM DECRESCENTE
SOL AGUDAS SOL
FÁ FÁ
MI NOTAS MI
RÉ GRAVES RÉ
DÓ DÓ
Escala
A escala é uma sequência de notas equidistantes com intervalos de tons e semitons .
A escala diatônica Maior é composta por 5 tons e 2 semitons naturais, ficando dividida assim:
PENTAGRAMA 15
O que é um semitom?
Do Fá para o Sol temos mais um tom. SAIBA MAIS!
Do Sol para o Lá mais um tom.
Um semitom corresponde à
E do Si para o Dó uma oitava a acima, ½ tom ou um semitom metade do valor de uma nota
natural. ou tom. Ou seja, todas as notas
Assim, está composta a estrutura de todas as escalas diatônicas podem ser divididas, exceto, o Mi
e o Si, que são semitons naturais.
maiores, com esta sequência de 2 tons, 1 semitom, 3 tons, 1 semitom.
19
Chamamos oitavas as diversas alturas as quais as notas podem atingir, ou seja, a cada sete notas, atingimos
na oitava nota a repetição da primeira, uma oitava. Para tanto, enumerou-se a nota Dó, para que se possa ser
utilizado como referencial de altura. Então temos Dó 1, depois uma oitava acima Dó 2, mais uma oitava acima
Dó 3 e assim por diante.
Abaixo, vemos a representação do Dó 2 a nota mais grave, depois o Dó 3, também chamado de Dó central
e o Dó 4 na região mais aguda do pentagrama. Temos como referência para as notas mais graves a clave de Fá
e para as notas mais agudas a clave de Sol.
PENTAGRAMA 16
Dó central
PENTAGRAMA 17
Si Lá Sol Fá Mi Ré Dó
Na clave de Fá, as notas estão no sentido descendente, ou seja, do agudo para o grave e, na clave de Sol,
estão no sentido ascendente, ou seja, do grave para o agudo.
Exercícios de Fixação
Copie no seu caderno a clave de Sol, em seguida construa a escala de Dó Maior, do Dó 3 ao Dó
4, de forma ascendente (do grave para o agudo).
PENTAGRAMA 18
Agora, faça a escala de Dó maior na clave de Fá, do Dó 2 ao Dó 3, em figuras de colcheia de forma ascendente.
PENTAGRAMA 19
Dó2
20
PENTAGRAMA 20
Dó4
Para cada nota, temos uma escala ou sequência de tons e semitons. A partir da nota dada, manteremos a
mesma estrutura de tons e semitons da escala de Dó Maior.
Por exemplo, se usarmos a nota Sol como referência teremos:
Tom
Tom
Tom
Tom
Tom
Tom
PENTAGRAMA 21
Si-Dó, semitom Fá-Sol, é um
natural semitom natural?
Não! Então, na escala de Sol Maior, temos que manter a mesma estrutura das escalas diatônicas Maiores,
ou seja, Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom e Semitom.
Veja que de Sol para Lá temos 1 Tom.
De Lá para Si 1 Tom.
Entre Si e Dó temos um Semitom, até agora estamos acompanhando a estrutura das escalas Maiores.
De Dó para Ré temos 1 Tom.
De Ré para Mi também 1 Tom.
Agora, de Mi para Fá é um semitom natural, então temos um problema, como faremos? Já que a regra da
estrutura das escalas maiores pede que tenhamos mais um tom.
Chegou a hora de usarmos o Sustenido e alterar a nota elevando-a meio tom, ou seja, agora o nosso Fá será
Sustenido ou melhor Fá #.
Agora, temos de Mi para Fá# um tom.
E de Fá # para Sol um Semitom diatônico.
Agora sim, nossa escala ficou dentro da estrutura das escalas diatônicas maiores, dessa mesma forma,
faremos para todas as escalas diatônicas maiores.
21
Armadura de Clave
Ao invés de colocar o acidente ou sinal de alteração (# sustenido ou bemol) na nota, vamos colocá-lo na
armadura de clave. Vai ficar assim:
Fá#
PENTAGRAMA 22
O sinal de alteração é colocado ao lado da clave, por esse motivo, é chamado de armadura de clave, ou
seja, local onde serão colocados os acidentes ou alterações (# sustenidos ou bemóis) fixos durante a música.
Então, dizemos que a escala de Sol Maior, tem um sustenido na sua armadura de clave, ou, que tem o Fá #.
Ok! Agora ficou fácil.
Vamos ver as outras escalas maiores.
Escala de Ré Maior, com 2 sustenidos em sua armadura de clave (Fá# e Dó#), em figuras de som de Semibreve.
PENTAGRAMA 23
Escala de Lá Maior, com 3 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#), em figuras de som de
Colcheias. Observe que as figuras ao ultrapassar a linha do meio do pentagrama, ficam com suas hastes
direcionadas para baixo.
PENTAGRAMA 24
Escala de Mi Maior, com 4 sustenidos em sua armadura de clave (Fa#, Dó#, Sol#, Ré#), em
figuras de semínimas.
PENTAGRAMA 25
22
Escala de Si Maior, com 5 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#), em figuras de
Semicolcheias.
PENTAGRAMA 26
Escala de Fá # Maior, com 6 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#, Mi#), em
grupos de colcheias.
PENTAGRAMA 27
Escala de Dó# Maior, com 7 sustenidos em sua armadura de clave (Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#, Mi#, Si#). Em
figuras de semínimas.
PENTAGRAMA 28
E as escalas diatônicas maiores com bemóis. Escala de Fá Maior, com 1 bemol em sua armadura
de clave (Si ). Em figuras de mínimas.
PENTAGRAMA 29
Escala de Si Maior, com 2 bemóis em sua armadura de clave (Si e Mi ). Em figuras de colcheias.
PENTAGRAMA 30
23
Escala de Mi Maior, com 3 bemóis em sua armadura de clave (si , Mi e Lá ). Em figuras de semicolcheias.
PENTAGRAMA 31
PENTAGRAMA 32
Escala de Ré Maior, com 5 bemóis em sua armadura de clave (Si , Mi , Lá , Ré e Sol ). Em figuras
de mínimas.
PENTAGRAMA 33
Escala de Sol Maior, com 6 bemóis em sua armadura de clave (Si , Mi , Lá , Ré , Sol e Dó ).
Em figuras de colcheia.
PENTAGRAMA 34
24
PENTAGRAMA 35
Como vimos, os Sustenidos e os bemóis tem uma sequência que se repete em todas as escalas. As escalas
de Dó# Maior, contém a sequência de Sustenidos e a escala de e Dó Maior contém a sequência de bemóis.
A sequência de sustenidos é: Fá, Dó, Sol, Ré, La, Mi, Si.
A Sequência de bemóis é a mesma de sustenidos anterior para frente: Si, Mi, Lá, Ré, Sol, Dó, Fá.
Para se identificar a escala pela armadura de clave, quando temos sustenidos, fica assim: Uma nota à frente
da última alteração da sequência de sustenidos, por exemplo:
PENTAGRAMA 36
A nota é o Fá#, logo a escala será de Sol Maior, ou sua relativa menor que veremos mais à frente, pois para
cada escala Maior temos uma relativa menor.
Para as escalas com bemóis, a regra muda, ficando a alteração anterior ao último bemol da sequência, por
exemplo:
PENTAGRAMA 37
No pentagrama, acima temos a sequência de alterações: Si, Mi, Lá e Ré bemól. A nota Ré é a última
alteração, então nossa escala será de Lá Maior, ou sua relativa menor, que veremos mais à frente.
Leve seu caderno para o professor regente avaliar nas aulas presenciais.
25
UNIDADE III
Intervalos melódicos da
escala diatônica Maior
Temos as distâncias entre uma nota e outra, as quais chamamos de intervalos, como já vimos anteriormente,
os intervalos podem ser:
PENTAGRAMA 38
2ª Maior
No próximo sistema, teremos um intervalo de 3ª Maior, ou seja, uma distância de 2 Tons.
Grau disjunto, simples, ascendente, melódico.
* PENTAGRAMA 39
3ª Maior
No sistema abaixo, temos um intervalo de 4ª justa, ou seja, uma distância de 2 tons e 1
semitom, justo, simples, em grau disjunto, ascendente, melódico. Daqui por diante, os intervalos
serão classificados da mesma forma do anterior.
Mi Fá Semitom natural
PENTAGRAMA 40
4ª Justa
26
Neste próximo sistema, temos um intervalo de 5ª justa, com uma sequência de: 2 tons, 1
semitom e mais 1 tom, ou, 3 tons e 1 semitom .
Mi Fá Semitom natural
PENTAGRAMA 41
5ª justa
Todos estes intervalos são importantes para melhor compreender o campo harmônico, e, a
formação de tríades ou acordes.
Abaixo, temos um intervalo de sexta Maior, com 4 tons e 1 semitom.
Semitom
PENTAGRAMA 42
6ª Maior
Semitom natural
PENTAGRAMA 42
7ª maior
E o intervalo de 8ª justa, com 5 tons e 2 semitons .
Semitom natural
PENTAGRAMA 43
8ª Justa
SAIBA MAIS!
Lembrando
que as notas em negro são apenas
5 tons e 2 semitons de distância referenciais pois, classifica-se o
intervalo entre uma nota e outra,
mesmo que não estejam grafadas as
intermediárias da escala. Conforme
figura ao lado.
PENTAGRAMA 44
8ª Justa
27
Os intervalos compostos são aqueles que excedem uma oitava ou mais. Para se formar um intervalo
composto adiciona-se uma oitava ou mais ao intervalo simples, por exemplo:
Ré4
Ré3
PENTAGRAMA 45
2ª Maior
Na figura acima, temos o Dó3 como fundamental, e depois de Ré3 a Ré4 uma oitava, se contarmos a partir
do Dó3 teremos um intervalo de 9ª, para classificá-lo se é Maior, menor ou Justo, retiramos sete notas de
cima para baixo e somamos a partir da fundamental ou seja a nota mais grave, no exemplo acima, temos
de Dó3 a Ré3 uma segunda Maior então teremos de Dó3 até o Ré4 um Intervalo de 9ª Maior. Conforme o
exemplo abaixo em figuras de colcheias:
PENTAGRAMA 46
PENTAGRAMA 47
Intervalo de 11ª Justa, ou retirando sete notas de cima para baixo, 4ª Justa, em figuras de fusas.
PENTAGRAMA 48
28
Intervalo de 12ª Justa, ou retirando sete notas de cima para baixo, 5ª justa, em figuras de fusas.
PENTAGRAMA 49
Intervalo de 13ª Maior, ou retirando sete notas de cima para baixo, 6ª maior, em figuras de fusas.
PENTAGRAMA 50
Intervalo de 14ª diminuta, ou retirando sete notas de cima para baixo, 7ª diminuta, em figuras de semi fusas.
PENTAGRAMA 51
Leve seu caderno para o professor regente avaliar nas aulas presenciais.
Campo Harmônico
Para entendermos o campo harmônico, precisamos conhecer a série harmônica. A série harmônica é o
efeito produzido por um corpo vibrante, ou seja, ao se tocar uma nota, temos o som fundamental, e, os sons
harmônicos que acompanham o som fundamental. O som fundamental, é o mais perceptível aos ouvidos,
embora não seja o único a ressoar.
A série harmônica consiste no conjunto de sons que ocorrem simultaneamente ao som fundamental, cada
nota tem o seu próprio campo harmônico. Abaixo, a série harmônica da nota Dó.
29
Sol
Mi PENTAGRAMA 52
Dó central
PENTAGRAMA 53
ARPEJO
Intervalos Harmônicos
Agora, vamos trabalhar com essas relações de terças, maiores e menores para formar as tríades ou acordes,
a música em seu aspecto vertical (harmonia), que chamamos de intervalos harmônicos.
Conforme a terça mais grave, teremos um acorde maior ou menor, sendo que a nota mais grave, a fundamental,
é quem dá o nome ao acorde. Por exemplo, a tríade abaixo, temos no 1º grau da escala, a nota Dó, a tônica (por ser
a nota que dá o nome a escala) e, neste caso, a fundamental do acorde (por ser também a que dá nome ao acorde),
em seguida temos, o 3ºgrau da escala, a nota Mi, e em seguida, o 5º grau da escala, a nota Sol. Observe que estas
notas são as mesmas que compõem o arpejo de Dó Maior, o qual falamos acima no estudo do campo harmônico.
PENTAGRAMA 54
30
De Dó a Mi temos 2 tons, ou seja, uma terça maior, e a segunda terça, de Mi a Sol, 1 tom e ½ uma terça
menor, lembrando que Mi é um semitom natural. Este acorde é de Dó Maior, classificado como um acorde
Perfeito Maior, por ter duas terças, uma Maior e uma menor.
Agora, vamos para o 2º grau da escala a nota Ré, a fundamental do acorde (que dá nome ao acorde).
Vamos ver como é que fica este acorde?
PENTAGRAMA 55
PENTAGRAMA 56
Nessa tríade, temos de Mi para Sol, 1 tom e ½, uma terça menor, e de Sol para Si, 2 tons, uma terça Maior,
formando um acorde de Mi menor, classificado como um acorde Perfeito menor.
Abaixo, a tríade a partir da nota Fá, 4º grau da escala, a nossa fundamental para este acorde.
PENTAGRAMA 57
Temos de Fá a Lá, 2 tons, uma terça Maior, de Lá a Dó, 1 tom e ½, uma terça menor, logo um
acorde de Fá Maior, classificado como um acorde Perfeito Maior.
Opa! Chegamos ao acorde de 5º grau, conhecido também como acorde de dominante, mais a frente
estudaremos mais este acorde. Nesse caso, a fundamental é a nota Sol. Vamos à nota Sol.
PENTAGRAMA 58
Nesta tríade, temos 2 tons de Sol a Si, uma terça Maior, e 1 tom e ½, de Si a Ré, pois de Sí,
para Dó é um semitom natural, então temos uma terça menor. Logo, temos um acorde de Sol
Maior, classificado como um acorde Perfeito Maior.
31
Chegamos ao 6º grau da escala de Dó Maior, a nota Lá. A nossa nota fundamental do acorde.
PENTAGRAMA 59
Esta tríade fica assim, de Lá a Dó temos 1tom e ½, portanto, uma terça menor, e de Dó a Mi temos 2 tons,
uma terça Maior, formando um acorde de Lá menor, ou seja, um acorde Perfeito menor.
PENTAGRAMA 60
Este acorde tem uma característica muito particular, pois é composto por duas terças menores. Vejamos de
Si a Ré, temos um tom e ½, e de Ré a Fá, mais um tom e ½, o chamado trítono. Então, temos um acorde de Si
Diminuto ou de 5ª diminuta.
DICAS
Agora, vamos ver como fica nossa escala de Dó Maior com todos as suas tríades montadas. Vamos utilizar
a abreviatura PM, para acorde perfeito Maior. Pm, para acorde perfeito menor e 5ªdim, para 5ª diminuta
32
PENTAGRAMA 61
PM Pm Pm PM PM Pm 5º Dim
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º grau
Da mesma forma que as escalas possuem uma sequência determinada, as tríades mantêm um padrão para
todas as escalas maiores conforme o grau. Na figura acima, podemos perceber essa sequência, temos o 1º
grau, o 4º grau e o 5º grau, formando acordes perfeitos Maiores. O 2º grau, o 3º grau e o 6º grau, formando
acordes perfeitos menores. O 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º graus são acordes consonantes. O 7º grau, é um acorde
diminuto e, portanto, dissonante.
RELEMBRAR
Podemos distinguir o acorde se é perfeito Maior, ou, perfeito menor, conforme a terça a
partir da nota fundamental, se for uma terça Maior, ele será Maior. Se for uma terça menor,
ele será menor. Se a tríade for composta por duas terças menores, será diminuto.
Acordes Cifrados
As tríades podem ser representadas através de cifras, uma forma muito utilizada para registro de
harmonias em piano e violão. Então, as tríades de nossa escala ficarão representadas da seguinte maneira:
C Dm Em F G Am B (-5) ou B (5 )
PENTAGRAMA 62
PM Pm Pm PM PM Pm 5º Dim
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º grau
Leve seu caderno para o professor regente avaliar nas aulas presenciais.
33
Revisão do módulo I
Vimos que para a música ser escrita necessitamos do pentagrama, para que possamos registrar as alturas
das notas.
As claves, para definir uma extensão ou tessitura musical adequada à escrita de vozes:
GRAVE MÉDIA AGUDA
Semibreve
Mínima
Semínima
Colcheia
Semicolcheia
Também aprendemos que foram criadas figuras de som para que se pudessem ser registradas as músicas
de forma mais precisa. E que estas figuras se subdividem de forma igual.
34
Os compassos servem para dividir e organizar o ritmo da música em tempos iguais, sendo que temos
compassos simples e compostos, também que utilizamos a fórmula de compasso para definir o tempo forte
da música.
PENTAGRAMA 63
As notas musicais são sete, contando mais sete a partir de cada nota, temos as escalas, e que as mesmas
precisam manter a forma de 2 tons, 1 semitom, 3 tons, 1 semitom, para isso, precisamos utilizar os acidentes
ou sinais de alteração: # sustenido ou bemol, sendo que os mesmos são colocados na armadura de clave para
servirem de alteração fixa na música conforme a escala.
PENTAGRAMA 64
Aprendemos que a série harmônica fornece as relações harmônicas entre as notas. Utilizamos como
exemplo o arpejo, quando sobreposto, forma o acorde, que também podemos chamar de tríades.
Também vimos que podemos classificar os intervalos musicais tanto melódicos (sentido horizontal da
música), quanto harmônicos (sentido vertical da música), os mesmos quando sobrepostos em terças formam
acordes maiores ou menores conforme a terça da nota fundamental.
E, por fim, aprendemos que assim como nas escalas maiores que temos uma sequência definida de tons
e semitons, os acordes também mantêm uma sequência definida de acordes Perfeitos Maiores, acordes
perfeitos menores e o acorde diminuto.
Bons estudos e até o próximo conteúdo!
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Referências
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LACERDA, Oswaldo. Compêndio de teoria elementar da música. Ricordi Brasileira. São Paulo, 1967.
MED, Buhomil. Ritmo- 3ª edição ampliada. Musimed; Brasília, 1984.
MED, Buhomil. Teoria da música- 4ª edição ampliada. Musimed; Brasília, 1996.
PRIOLLI, Maria Luiza de Matos. Princípios básicos da Música para a juventude. 1º volume, 48ª edição revisada
e atualizada, Casa Oliveira de Músicas; Rio de Janeiro, 2006.
VASCONSELOS, Yuri. O que é o“som do diabo?”. Mundo Estranho, <http://mundoestranho.abril.com.br/mate-
ria/o-que-e-o-som-do-diabo-> Acesso em: 05/08/2016)