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Agradecimentos

Ao meu neto Gastão que é o Arco Íris da minha


vida e que amo incondicionalmente.
À minha família que são o meu suporte e o meu
abrigo.
Às crianças que são o melhor do mundo.
À ACAPO, que me acolheu e caminhou ao meu
lado neste desafio, porque acreditou no meu sonho
e abraçou as minhas ideias.
Aos patrocinadores:
Fundação Millenium (patrocinador principal).
ANA – Aeroportos de Portugal.
Fundação Montepio.
Magos Irrigation Systems.
EPCA.
Antónia Rodrigues.
O apoio da Vodafone Portugal.
Sem a vossa ajuda não teríamos conseguido
percorrer este caminho.
Muito obrigada.
À amizade.
A todas as pessoas que colaboraram neste
trabalho e que tanto se empenharam, muito
obrigada.
À Ana Carolina Novo pela disponibilidade
demonstrada.
À minha Editora.

As Cores e o Cheiro
Venham comigo…,
Vamos descobrir o mundo das sensações.
Vamos dar cor à vida e abraçar as emoções.
Vamos procurar nesta caminhada, onde as
cores e o cheiro andam de mão dada a Alegria e o
riso que preenchem os nossos corações.

Cores do Arco Íris – Cheiro

Vermelho – melancia, morango, tomate, cereja.


Laranja – tangerina, diospiro, laranja.
Amarelo – limão, banana.
Verde – erva, relva, folhas.
Azul – hortência.
Anil – mirtilos.
Violeta – lírios, uvas.

Outras cores
Castanho – terra, chocolate, canela.
Preto – amoras, azeitonas.
Branco – leite, queijo fresco, malmequer, açúcar.
Cinzento – fumo.
Rosa – rosa.
Incolor, inodoro – água, ar.
Transparente – vidro, gelatina, bago da romã.

Só existimos quando existimos para os outros.


(Mounier).

A Menina que vivia no país azul

Era uma vez… …a Menina que vivia no país azul.


No país azul só havia duas cores, o azul escuro
e o azul claro, assim podiam-se distinguir as
diferentes formas de tudo o que lá existia.
Mas muito longe no céu azul morava o Sol que
brilhava e aquecia o seu país a amarelo e muitas,
muitas estrelas todas amarelas que o visitavam à
noite. A Menina sonhava todas as noites que
conseguia chegar ao Sol e pedir-lhe um pouquinho
de amarelo, para pintar pintainhos, frutos e muitas
mais coisas, ou até trazer uma estrela porque há
tantas no céu…, o céu que é tão grande mas todo
azul e azul já era o seu país.
Com estas duas cores, o azul e o amarelo podia
fazer uma outra, pensava ela, o verde e pintava as
copas das árvores, os montes, as folhas e até os
legumes da horta e o seu país já seria bem mais
colorido. Todas as manhãs ao acordar a Menina ia
logo à janela ver o seu país…, mas ainda continuava
todo azul.
Olhava para o Sol amarelo e deixava cair uma
lágrima porque não passava dum sonho.
Uma certa manhã o Sol sorriu-lhe, piscou-lhe o
olho e falou-lhe:
- Eu, o Vento e uma Nuvem preparámos uma
grande surpresa para ti. – Corre até ao cimo da
montanha e o Vento vai ajudar-te a saltares para
aquela Nuvem que já está à tua espera.
Curiosa, a Menina perguntou-lhe:
- Vais dar-me amarelo ou tens uma estrela para
mim?
- Nada disso, respondeu o Sol.
- Vou dar-te uma pista, – é multicolorido e
aparece no céu quando a minha luz brilha sobre
gotas de água, já descobriste?
- É o Arco Íris, e ele tem tantas cores…, disse a
Menina numa grande alegria.
E o Vento no seu mais melodioso assobio
ajudou-a a viajar naquela Nuvem branca e macia a
grande altura no céu ao encontro do Arco Íris.
E como por magia a nuvem deixou cair gotas de
água, o sol brilhou sobre elas e o Arco Íris apareceu
no céu e falou à Menina. E todos, até o Vento que
não para quieto que está sempre a soprar e a
assobiar, parou e escutaram atentamente o Arco Íris.
- Tenho sete cores, vermelho, laranja, amarelo,
verde, azul, anil e violeta.
- Podes levar de todas elas, mas antes vou
ensinar-te um jogo de magia que o truque das cores.
Com este jogo aprendes a fazer com as minhas
cores muitas e muitas mais para pintares o teu país.
- Uahu!!!! – vou aprender magia, vou ser a
mágica das cores, disse a Menina. E saltou, e
pulou…, e bateu palmas em cima daquela Nuvem
branca e macia.
- Sosssssega…, primeiro tens que aprender as
regras do jogo, misturas sempre duas ou mais cores,
e terás que ser muito cuidadosa a usá-las e como
resultado desta magia irá aparecer uma nova cor.
- Estás pronta? Podemos começar? –
experimenta a mistura do vermelho com o azul,
disse o Arco Íris.
- É o violeta, já posso pintar os lírios do campo.
- Continua – disse o Arco Íris.
- Agora vou misturar o vermelho e o amarelo…,
é o laranja, já posso pintar frutos, cenouras para os
coelhinhos e até o pôr do Sol. – Mas Arco Íris, e o
castanho? Como é que pinto o tronco das árvores?
A terra onde as sementes dormem em segredo
durante o Inverno? E o branco para pintar a neve? E
o preto para pintar a pantera negra que é o meu
animal favorito? Tu não tens essas cores – observou
a Menina.
- Por isso é que o jogo é mágico, porque
consegues transformar as minhas cores em cores
diferentes…, – deixa-me ajudar-te.
- Vamos começar pelo preto que é a magia mais
difícil de fazer, precisas de vermelho, amarelo e azul
e em quantidades iguais e dessa mistura resulta o
preto. – Agora que já tens o preto mistura-o com o
vermelho ou com o amarelo e descobre qual é a cor,
disse o Arco Íris.
- É o castanho – disse a Menina.
Mas a sua curiosidade continua…, – é que
sabes preciso do rosa para pintar o meu lacinho…,
os meus vestidos e pintar flores, e do cinzento para
pintar coelhinhos e o fumo dos comboios…, disse a
Menina.
- É muito simples, juntas ao vermelho um
pouquinho de branco e aparece o rosa, ao preto
juntas branco e aparece a cor cinzenta.
- Boa, – com o preto e o branco já posso pintar
zebras, mas tens que me ensinar o truque do
branco, não estás esquecido, pois não? perguntou a
Menina.
- Ouve o Sol e o que ele tem para te contar,
disse o Arco Íris.
E o sol perguntou-lhe?
- O que é que acontece quando a minha luz não
brilha no teu país?
- cai a noite, fica escuro eu não vejo nada,
respondeu a Menina.
- Acertaste, sem luz não há cores, porque a
minha luz é necessária para distinguirmos as cores,
– e tu sabes porque é que eu nunca te dei amarelo?
Perguntou o Sol.
- Não ainda não me contaste, respondeu a
Menina.
- Porque a minha luz é branca, no entanto
quando me desenham é de amarelo, porque as
folhas são brancas e assim conseguem-me
distinguir, podes levar a minha cor – disse o Sol. E a
noite aproximava-se devagarinho e começava a
abraçar o país azul.
Feliz e com muitas cores a Menina despediu-se
e agradeceu aos seus amigos.
No regresso e já cansada, naquela Nuvem
branca e macia que a aninhou ternamente, acabou
por adormecer e sonhou com a magia das cores…
com a certeza que o seu país se ia vestir de festa.
Autora e coordenação Editorial: Antónia Rodrigues.
Capa e contracapa: Think Higt.
Impressão Braille/Relevos: ACAPO (Associação dos
Cegos e Amblíopes de Portugal).
Impressão a tinta: Think Higt
Autora do texto, das Ilustrações (pintadas a lápis de
cor), e dos brinquedos: Antónia Rodrigues.

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