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Introdução
Trouxemos mais um assunto para o nosso blog: Manutenção de Juntas. Iremos falar sobre cada uma de suas
classificações e tipos, bem como a recomendação de onde cada uma se adequa melhor. Além disso, falaremos
sobre as recomendações e cuidados que devemos ter com os componentes, bem como quando podemos
reutilizá-los.
Juntas
As juntas podem ser descritas como a conexão de duas barras de trilhos consecutivas, obtida pelo ajustamento e
fixação das talas de junção. Em outras palavras, podemos dizer que a junta é uma seção de união de trilhos. Ela
tem por objetivo manter o nivelamento e alinhamento da seção de ligação. A seguir, será explicado como realizar
a manutenção das juntas.
Componentes:
Trilhos
Talas
Parafusos
Porcas e arruelas
Entre outros.
Componentes das juntas
As juntas são pontos frágeis da via, sendo assim, são um mal necessário. Usadas quando não há possibilidade de
soldagem dos trilhos. As juntas são obrigatórias quando há separação entre seções de bloqueio de linhas
sinalizadas. Além disso, são responsáveis por drenar grande parte do orçamento e outros recursos de
manutenção.
b. De dilatação
c. Isolantes
d. De transição
a. Paralelas
b. Alternadas
a. Apoiadas
b. Em balanço
Tipos de Juntas
De dilatação
As juntas de dilatação possuem pontas bizeladas, permitindo a dilatação térmica dos trilhos. Esse tipo de junta é
muito comum em transição de estruturas como por exemplo nos encontros de pontes metálicas.
Isolantes
Possuem componentes isolantes e são necessárias em linhas sinalizadas para marcar o limite da seção de
bloqueio. Elas ainda podem ser encapsuladas ou coladas
De transição
As juntas de transição promovem a conexão de trilhos de diferentes perfis, como por exemplo a transição de um
perfil TR57 para TR68.
Talas de junção
As talas de junção são os principais componentes da junta e possuem o objetivo de fazer a união de dois trilhos,
garantir rigidez à seção além de resistir minimamente aos esforços longitudinais.
As talas de junção são classificadas de acordo com a quantidade de furos, seção transversal e isolamento elétrico.
Quantidade de furos
Lisas:
Comum em 4 ou 6 furos
Angulares:
Isolamento elétrico
Talas encapsuladas
Componentes:
Plaquetas metálicas
Separador isolante
Porcas e parafusos
Talas coladas
Componentes:
Talas metálicas
Isoladores da tala
Separador isolante
Porcas e parafusos
Estes componentes possuem a função de tracionar a tala contra o trilho, porém não são responsáveis por resistir
aos esforços longitudinais. Sendo assim, são facilmente cisalhados se as talas forem mal instaladas.
A tabela abaixo apresenta o diâmetro dos parafusos para cada perfil de trilho:
Grampos de talas
Os grampos de talas são utilizados em casos de emergência de fratura de trilho para substituição temporária da
furação
4. Aplicação da tala;
O bizelamento do furo é uma atividade importante pois elimina quinas vivas de onde
poderiam se iniciar fissuras que levariam à fratura do trilho.
As talas isoladas ou coladas encapsuladas possuem todos os seus furos circulares, sendo que os encaixes ovais
são dados pelas taletas de reforço.
Deve-se obedecer o local exato demarcado pela equipe de eletroeletrônica para instalação das juntas.
Recomenda-se assentar sempre em tangente para evitar o desgaste prematuro ou fratura da tala devido aos
esforços originados na inscrição das composições nas curvas.
Por concepção de sinalização ferroviária, as juntas isoladas são instaladas paralelas entre si (admite-se defasagem
máxima de 500mm).
Antes da instalação da tala, deve-se limpar a face da mesma e a alma do trilho com escova de aço para eliminar
resíduos que atrapalhem perfeito acoplamento e dano ao revestimento da tala.
Considerações gerais
É recomendável que as juntas metálicas de uso permanente sejam posicionadas em balanço e alternadas.
A defasagem mínima recomendada entre talas é de 3 m para seção de trilho curto (de até 36m).
A defasagem mínima recomendada entre talas em seção de TLS é de L/4, sendo L o comprimento do TLS (acima
de 36m).
Não se deve instalar juntas de transição (mudança de perfil) de uso permanente sobre pontes/viadutos, PN e em
curvas.
Deve-se atentar ao nivelamento e alinhamento dos topos dos trilhos, de forma que não haja quinas e desníveis.
Não se deve utilizar pedaços de trilhos para preenchimento de folga de junta (bacalhau).
Não se deve instalar junta em local que haja solda na região de contato da tala convencional com a alma.
Antes da instalação da tala, deve-se limpar a face da tala e a alma com escova de aço para eliminar resíduos que
atrapalhem perfeito acoplamento.
Caso necessário, deve-se utilizar tensores hidráulicos para aproximação dos trilhos.
Não se recomenda lubrificar os parafusos, pois isto pode levar a um torque excessivo do mesmo, o que reduzirá
sua vida útil.
Na primeira semana de instalação de uma junta, há uma tendência de os parafusos afrouxarem, por isso é
necessário verificar se não houve afrouxamento e, se for o caso, reapertar o parafuso.
Manutenção de juntas
Inspeção visual
Manutenção preventiva
Apertar os parafusos
Manutenção corretiva
Soldagem da junta
Nivelar a junta
Nivelamento
O desnivelamento é o principal problema nas juntas. Este defeito é prejudicial tanto para os componentes da via,
quanto do material rodante e representa um alto risco para a segurança do tráfego, além de consumir grande
parte do orçamento de manutenção.
Reespaçar dormentes
Apertar os parafusos da tala
Se as pontas dos trilhos estiverem empenadas (caimento da ponta), deve-se eliminar a ponta e
executar nova junta ou solda
Bizelamento
O objetivo do bizelamento das pontas dos trilho é eliminar as rebarbas por escoamento do material. Se não
removidas elas provocarão a deterioração da ponta e redução de vida útil do trilho.
Nesta atividade não se deve utilizar máquinas de cortar trilho, pois isto representa uma condição insegura para o
colaborador.
Esmerilhamento
Talas
Conclusão
Chegamos ao final de mais um post, no qual conseguimos entender um pouco mais sobre manutenção de juntas.
Para ficar por dentro de todos os assuntos de via permanente continue acompanhando nosso blog.
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