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ANES

TESIO
LOGIA
Apostila de

Anestesiologia
APOSTILA ELABORADA PELOS ACADÊMICOS EM ODONTOLOGIA :
ANTONIO LOPES JUNIOR
GABRIEL RAMOS RÚBIO

COM  OBJETIVO ESTRITAMENTE ACADÊMICO,


VOLTADO PARA A GRADUÇÃO .

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA E ILUSTRATIVA:


@molarazul

SAIS ANESTÉSICOS
Classificação

ÉSTERES
Expansão da membrana

Procaína
Propoxicaína
Tetracaína
Utilizada como ANESTÉSICO TÓPICO na HOF

Benzocaína COM TODAS ESSAS


Anestésico Tópico de uso OPÇÕES, É POSSÍVEL
comum pelos dentistas QUE O PROFISSIONAL
SELECIONE UM
Baixa solubilidade em água
ANESTÉSICO LOCAL
Pouca absorção pelo DE ACORDO COM: O
sistema cardiovascular
PACIENTE A SER
ATENDIDO E O
PROCEDIMENTO A
SER REALIZADO.
AMIDA

Receptor específico

Lidocaína
Mepivacaína
Bupivacaína

Prilocaína
Articaína

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013


GRUPO AMIDA

Lidocaína Mepivacaína

CLASSIFICAÇÃO: Amida CLASSIFICAÇÃO: Amida


METABOLISMO: Fígado METABOLISMO: Fígado
EXCREÇÃO: Rins EXCREÇÃO: Rins
INÍCIO DE AÇÃO : 3 a 5min INÍCIO DE AÇÃO : 3 a 5min
DOSE MÁXIMA: DOSE MÁXIMA:
7,0 mg/kg de peso , sem 6,6 mg/kg ou 3,0 mg/kg de
exceder a dose máxima peso corporal, não devendo
absoluta de 500 mg ultrapassar 400 mg

Prilocaína Articaína

CLASSIFICAÇÃO: Amida CLASSIFICAÇÃO: Amida


(Também possui características de éster)
METABOLISMO: Fígado.
Em menor grau nos rins e nos pulmões METABOLISMO: Plasma e Fígado
EXCREÇÃO: Rins EXCREÇÃO: Rins
INÍCIO DE AÇÃO : 3 a 5min INÍCIO DE AÇÃO : 3 a 5min
DOSE MÁXIMA: DOSE MÁXIMA:
8,0mg/kg de peso corporal 7,0 mg/kg de peso corporal
para adultos, até uma dose para pacientes adultos
máxima de 600mg

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


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TUBETE ANESTÉSICOS
Diafragma de borracha
Cloridrato de Lidocaína 2% com
Tampa de aluminío Epinefrina 1:100.000

Cloridrato de Articaína 4% com


Epinefrina 1:100.000
Colo
Faixa colorida Cloridrato de Mepivacaína 2%
para identificação com Epinefrina 1:100.000
do anestésico
local
Cloridrato de Mepivacaína 3%
sem vasoconstritor

Êmbolo de Cloridrato de Prilocaína 3%


borracha com Felipressina 0,03UI
revestido de
silicone

FATORES QUE AFETAM A AÇÃO DOS


Anestésicos Locais
pKa pka mais baixo - Início de ação mais rápido

Solubilidade Maior lipossolubilidade = Maior potência anestésica

Ligação proteica Maior ligação proteica = Duração aumentada

Vasodilatação Maior vasodilatação = Potência e duração diminuem

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


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TÉCNICAS
anestésicas

Infiltração local

Pequenas terminações nervosas na área do


tratamento odontológico são infiltradas com
solução de anestésico local.

Bloqueio anestésico

O anestésico local é infiltrado próximo aos ramos


nervosos terminais maiores, de modo que a área
anestesiada será circunscrita, impedindo a passagem
de impulsos do dente para sistema nervoso central.

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TÉCNICAS
MAXILARES
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INFILTRATIVA
SUPRAPERIOSTIAL
Curta

2 mm para fora do fórnix acima do ápice


do dente a ser anestesiado. Bisel voltado
para o osso

Polpa, osso/periósteo vestibular e palatino,


mucosa e submucosa vestibular

Grandes ramos terminais do plexo dentário

45 ° com o longo eixo do dente

2/3 a 1 tubete

10 a 15 mm

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INFILTRATIVA
SUBMUCOSA
Curta

1 cm a partir do colo do dente

Mucosa palatina

Terminação nervosa da região escolhida

Inclinação dada pela comissura labial do


lado oposto ; 45° em relação ao osso

1/4 a 1/3 do tubete

5 mm, todo bisel

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013


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BLOQUEIO DO
NERVO ALVEOLAR
SUPERIOR ANTERIOR
Curta

Fundo de vestíbulo, mesial de canino.


Bisel voltado para o osso

Polpas do incisivo central superior até o


canino superior do lado da injeção, lábio
superior do lado da punção, osso,
periósteo e mucosa vestibular.

Nervo alveolar superior anterior

10 a 15 °

1/2 a 2/3 tubete

15 mm

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BLOQUEIO DO
NERVO ALVEOLAR
SUPERIOR MÉDIO
Curta

Fundo de vestíbulo, entre os pré-molares


superiores. Bisel voltado para o osso

Polpas 1° e 2° pré-molares superiores, raiz


mesiovestibular do 1° molar superior, osso,
periósteo, mucosa e submucosa vestibular.

Alveolar superior médio e ramos terminais.

10 a 15 °

1/2 a 2/3 tubete

15 mm

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


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BLOQUEIO DO
NERVO ALVEOLAR
SUPERIOR POSTERIOR
Curta

2 a 3 mm para fora do fundo de vestíbulo,


na distal do 2° molar superior

Polpa do 3º, 2º e 1º molar superior (exceto


a raiz mesiovestibular do 1° molar). Osso,
periósteo, mucosa e submucosa
vestibular.

Alveolar superior posterior e ramos


terminais.

Dupla inclinação. Primeira: 45° em relação


ao longo eixo do dente. Segunda: 45° com
a face distal .

1/2 a 1 tubete

16 mm

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


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TÉCNICA
INFRAORBITÁRIA
Longa

5 mm para fora do fundo de vestíbulo, na


direção do 2° pré molar superior.

Polpa de incisivo central superior até 2° pré


molar superior, e raí́z mesio-vestibular de 1°
molar superior. Periodonto vestibular e osso
dos mesmo dentes; Pálpebra inferior, asa
do nariz e lábio superior.

Alveolar superior anterior, alveolar superior


médio e nervo infraorbital.

A agulha deve ser mantida paralela ao


eixo longitudinal do dente enquanto é
avançada, para evitar contato prematuro
com o osso

1 tubete

15 a 20 mm

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BLOQUEIO DO NERVO
NASOPALATINO
TÉCNICA DE PERFURAÇÕES MÚĹTIPLAS

Curta

1° injeção lateralmente ao freio labial; 2°


injeção no centro da papila entre os
incisivos centrais superiores, 3° injeção
lateralmente a papila incisiva.

Mucosa e submucosa palatina superior, de


canino a canino ( bilateralmente)

Nervo nasopalatino bilateralmente.

1° injeção: 45° em relação ao freio. 2°


injeção: 90° com a papila (posição 12 hrs).
3° injeção: 45° com a papila incisiva,
apoiada na comissura labial oposta.

0,3 ml em cada punção.

1° injeção: 5 a 10 mm (só o bisel).


2° injeção: 5 mm (apenas bisel).
3° injeção: até tocar em osso.

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


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BLOQUEIO DO NERVO
PALATINO MAIOR

Curta

Palato duro, na distal do 2° molar superior,


1 a 2 mm anterior ao forame.

Mucosa palatina, de 1° pré molar superior


até 3° molar superior.

Nervo palatino maior

Carpule apoiada na comissura labial do


lado oposto.

1/4 a 1/3 do tubete

5 mm

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013


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TÉCNICAS
MANDIBULARES
@molarazul

BLOQUEIO DO NERVO
ALVEOLAR INFERIOR
E LINGUAL

Longa

1 cm, acima da oclusal dos molares; 2 a 3


mm da rafe pterigomandibular.

Polpa de incisivo central até 3° molar


inferior; osso e periósteo vestibular e
lingual; mucosa lingual de incisivo central
até 3° molar inferior; mucosa vestibular de
incisivo central até 2º pré-molar inferior ;
2/3 anteriores da língua; Metade do lábio
inferior do lado anestesiado

Nervo alveolar inferior, nervo mentual ,


nervo lingual e nervo incisivo.

Seringa apoiada entre os pré molares do


lado oposto

1 tubete

20 a 25mm

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013


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TÉCNICA
MENTONIANA

Curta

3 mm para fora do fundo de vestíbulo na


direção da face distal do 2° pré-molar
inferior, de posterior para anterior; de cima
para baixo. Ficar atrás do paciente

Polpa de Incisivo central inferior até 2° pré-


molar inferior; Osso e Periósteo por vestibular
e lingual; Mucosa e Submucosa vestibular;
Metade do Lábio inferior

Nervo mentual e nervo incisivo

45 ° bisel em direção ao osso

1/2 a 1 tubete

5 a 6mm

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013


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BLOQUEIO DO
NERVO BUCAL

Curta/Longa (caso seja um complemento


do bloqueio do N. Alveolar Inferior).

Fundo de vestíbulo na distal do último


elemento presenta na arcada ou no trígono
retromolar

Mucosa e Submucosa vestibulares dos


Molares Inferiores

Nervo bucal

Agulha paralela as faces vestibulares dos


molares inferiores,

0,3ml (1/6 do tubete anestésico)

5 mm

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


@molarazul

INFILTRATIVA
SUBMUCOSA
LINGUAL

Curta

Ângulo formado entre a gengiva inserida e o


soalho da boca. Penetrar o mais próximo a
esse ângulo

Tecidos moles linguais

Terminação nervosa do nervo lingual

45º

1/2 a 1/3 do tubete

5 mm

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COMPLICAÇÕES
anestésicas

A anestesia local é uma prática muito comum na prática odontológica, com


isso sua execução deve ser com qualidade para garantir boas práticas de
cuidados, bem como conforto e segurança para o paciente.

Várias complicações potenciais estão associadas à administração de


anestésicos locais. Deve-se enfatizar que, com qualquer complicação
associada à administração de anestésico local, deve-se fazer uma anotação
no prontuário odontológico do paciente
@molarazul

FRATURA DE AGULHA
Desde a introdução das agulhas dentais
para anestesia local descartáveis, de aço
inoxidável, a fratura de agulha tornou-se
Causas
uma complicação extremamente rara das Normalmente acontece pelo
movimento súbito inesperado
injeções de anestésicos locais dentais.
do paciente enquanto a agulha
ainda está inserida no tecido
As agulhas dentais que quebram com
maior frequência durante a injeção são as Pelo encurvamento intencional
longas. Entretanto, como é improvável que da agulha pelo dentista antes
uma agulha longa seja introduzida em seu da injeção
comprimento total (aproximadamente 32
mm) no tecido mole, uma porção dela
permanece visível na boca do paciente. A Prevenção
retirada do fragmento com uma pinça
hemostática é fácil de executar. Não usar agulhas curtas para
bloqueio do nervo alveolar
inferior em adultos ou crianças
Problemas maiores.

A fratura de agulha por si não é um Não encurvar agulhas ao


problema importante se a agulha puder inseri-las em tecidos moles.
ser removida sem intervenção cirúrgica. Ter cuidado extra quando
Mas, o fragmento de agulha inserir agulhas em crianças
remanescente no tecido apresenta um mais novas ou em adultos ou
risco de infligir lesão grave aos tecidos crianças com fobia grave.
moles enquanto ali permanecer.

O gerenciamento de fratura de agulha dental


envolve encaminhamento imediato do
paciente a um especialista apropriado (p. ex.,
um cirurgião bucomaxilofacial) para
avaliação e possível tentativa de retirada.

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


Imagem: Dr. Thiago Santana - BMF
@molarazul

PARESTESIA OU
ANESTESIA PROLONGADA
Problemas
"Anestesia persistente ou sensação
alterada muito além da duração Pode ocasionar lesões nos
esperada da anestesia" tecidos moles autoinflingida

Quando o nervo lingual está


Quando a anestesia persistir por dias,
envolvido, o sentido do
semanas ou meses, eleva-se o potencial
paladar pode ficar
para desenvolvimento de problemas. A
prejudicado
parestesia ou anestesia persistente é
uma complicação perturbadora, ainda
que muitas vezes imprevisível, da Prevenção
administração de anes-
A adesão estrita ao
tesia local. O paciente experimenta tanto
protocolo para injeção,
dor quanto adormecimento.
MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2005.
Entretanto, casos de

parestesia ainda ocorrerão,


apesar dos cuidados
Causas
tomados durante a injeção.
O trauma em qualquer nervo pode
levar à parestesia.

A injeção de uma solução de anestesia


local contaminada

Neurotóxicidade de alguns anestésicos


@molarazul

DOR Á INJEÇÃO
A dor à injeção de um anestésico local pode ser mais bem prevenida por
meio de adesão cuidadosa ao protocolo básico de injeção atraumática.

Causas Problemas
A técnica descuidada de injeção
e a atitude rígida Aumenta a ansiedade do
paciente
Motivação negativa: " isso vai doer
um pouco" Pode ocasionar movimentos
súbitos , levando a fratura da
agulha ou lesão ao paciente e
A deposição rápida da solução
profissional.
anestésica local pode causar
lesão tecidual.

Agulhas com farpas (após se Prevenção


travar no osso) podem produzir
dor quando forem retiradas do Siga as técnicas apropriadas
tecido. de injeção, tanto anatômicas
quanto psicológicas.

Use anestésico tópico


apropriadamente antes da
injeção.

Injete os anestésicos locais


lentamente.

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013


TRISMO
Problemas
Dor

Limitação do movimento

"Traumatismo muscular, levando


a limitação da abertura bucal"
Prevenção
Pratique inserção e técnica de
injeção atraumáticas.
Causas
Conheça a anatomia e a técnica
Múltiplas punções no
apropriada, a fim de evitar
mesmo local, gerando
injeções e inserções múltiplas na
farpas.
mesma área.
A injeção de uma solução
de anestesia local
Use os volumes mínimos eficazes
contaminada
de anestésico local.
Hemorragia - grande
quantidade de sangue
extravascular

Volumes excessivos de
solução anestésica local
depositados em uma área
restrita produzem distensão
dos tecidos,

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.


LESÕES AOS TECIDOS MOLES


O trauma autoinfligido nos lábios e
língua frequentemente é causado por
mordida ou mastigação inadvertida Prevenção
desses tecidos enquanto ainda
anestesiados Deve-se selecionar um
anestésico local de duração
O trauma ocorre mais frequentemente apropriada se os tratamentos
em crianças pequenas, em crianças dentários forem curtos.
ou adultos física ou mentalmente
incapazes e em pacientes muito Advirta o paciente e o
idosos; entretanto, ele pode ocorrer responsável para não comer,
em pacientes de todas as idades. ingerir bebidas quentes e
morder lábios e língua para
testar a anestesia.
Causas
Anestesia dos tecidos moles dura
significativamente mais que a O gerenciamento do paciente
anestesia pulpar. com lesão de tecidos moles
autoinfligida secundária a
Problemas mordida de língua ou lábios é
sintomático:
O trauma em tecidos anestesiados
pode provocar edema e dor
Analgésicos para dor, conforme
significativos quando acabarem os
necessário.
efeitos anestésicos.

MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013


@molarazul

REFERÊNCIA
MALAMED, Stanley F. Manual de anestesia local. Elsevier Brasil, 2013.

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