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PESQUISA

Análises físico-químicas de dezesseis


marcas de farinhas de trigo tipo
1 enriquecidas, comercializadas no
Distrito Federal.
Andréia Alves Rosa-Campos 
Laboratório de Análise de Alimentos, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária,
Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro, Brasília, DF.

Juliana Evangelista da Silva Rocha


Embrapa Caprinos e Ovinos, Sobral, CE.

Luiz Antônio Borgo


Laboratório de Análise de Alimentos, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária,
Universidade de Brasília, Campus Darcy Ribeiro, Brasília, DF.

 ralves@unb.br

RESUMO bruta, lipídios, cinzas, granulometria lipídios e fibra bruta. Apenas a marca
e proteínas, conforme metodologia E apresentou teor de cinza acima do
A farinha de trigo, muito utilizada oficial do Instituto Adolfo Lutz. permitido para o grupo em que foi
na indústria alimentícia, é o produto Cálcio e magnésio também foram classificada. Os dados revelam que a
elaborado com grãos de trigo. Sua quantificados. Os resultados foram qualidade das farinhas de trigo tipo 1
qualidade pode ser avaliada pela comparados aos valores limites comercializadas no Distrito Federal
composição centesimal, o que é de estabelecidos pela Instrução Norma- não estão em conformidade com a
grande valia, pois a farinha resultante tiva nº 8, de 2 de junho de 2005. A legislação, mostrando que o processo
do processamento do trigo pode ter análise qualitativa de bromato tam- de transformação do trigo em farinha
o seu uso destinado de acordo com bém foi realizada. Todas as marcas não resulta em produto de qualidade
as características que esta apresenta. encontram-se em conformidade com para o consumidor.
Dezesseis marcas de farinhas de trigo a legislação para proteína, ausência
tipo 1 enriquecidas, comercializadas de bromato, acidez graxa, umida- Palavras-chave: Triticum
no Distrito Federal, foram analisadas de. Todas as marcas apresentaram aestivum. Qualidade. Conformidade.
quanto ao teor de umidade, fibra valores inferiores ao padrão para Análise centesimal.

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ABSTRACT ou processos, devendo apresentar-se rança e confiabilidade dos resultados


limpa, seca e isenta de odores ou obtidos. As análises físico-químicas
Wheat flour, widely used in the sabores estranhos ou impróprios ao foram realizadas no Laboratório de
food industry, is a product made​​ produto (BRASIL, 2005a). Análise de Alimentos da Faculdade
with wheat grains. Quality can be A qualidade da farinha pode ser de Agronomia e Medicina Veterinária
measured by percent composition by avaliada por análise da composição da Universidade de Brasília.
laboratory analysis, which is of great centesimal como umidade, matéria As determinações de teor de
value, since the flour resulting from mineral, lipídios e proteínas (PIZZI- umidade em estufa a 105ºC até peso
processing of the wheat may have its NATTO et al, 1996), os quais depen- constante; cinzas, por incineração
intended use in accordance with the dem tanto das etapas do processo de em mufla a 600ºC; fibra bruta, por
characteristics presented in this anal- conversão do grão em farinha, quanto digestão ácida e básica; lipídios, por
ysis. Sixteen brands of enriched wheat das características intrínsecas ao grão extração com solvente em Soxlhet;
flour type 1 marketed in the Federal e do ambiente em que ele foi cultivado granulometria, por peneiração com
District were analyzed for moisture, (PAULY et al, 2010). peneira de abertura de malha de
crude fiber, fat, ash, protein and Por meio de análises de laborató- 250 μm; proteínas, pelo método de
granulometry as official methodol- rio as características do trigo podem semimicro kjeldahl, foram realiza-
ogy of Instituto Adolfo Lutz. Calcium ter sua qualidade quantificada, o que das conforme metodologia oficial
and magnesium were also quantified. é de grande valia, pois a farinha resul- do Instituto Adolfo Lutz (BRASIL,
The results were compared with the tante do processamento do trigo pode 2005b); carboidrato, por diferença
limits established by Instruction No. ter o seu uso destinado de acordo com entre os parâmetros. A análise qua-
8, dated June 2, 2005. Qualitative as características que apresenta nas litativa de bromato também foi rea-
analysis of bromate was also per- análises (SANDERSON et al, 2010). lizada. Na conversão de nitrogênio
formed. All brands are in accordance As farinhas do grupo doméstico são total em proteína foi usado o fator
with the rules for protein, the absence classificadas em tipo 1, 2 ou integral 5,7 (SOEIRO et al, 2010). Os resul-
of bromate, fat acidity and moisture. em função dos limites de umidade, tados foram comparados aos valores
All brands had values b​​ elow the stan- proteína, acidez graxa, cinzas e gra- limites estabelecidos pela Instrução
dard for lipids and crude fiber. Only nulometria (BRASIL, 2005a). Normativa nº 8, de 2 de junho de
E mark presented ash content above Por ser um produto altamente 2005 (BRASIL, 2005a).
allowed for the group that was clas- consumido na alimentação humana, Os resultados foram analisados
sified. The data reveal that the quality independente de classe social, a fari- estatisticamente pelo Programa SAS®
of wheat flour type 1 marketed in the nha de trigo, a partir de 2004, passou (SAS, 1999), sendo realizadas média,
Federal District are not in accordance a ser enriquecida com ácido fólico análises de variância e teste de média
with the law, showing that the process (150 μgx100 g–1 de farinha) e ferro (Tukey) a 5% de probabilidade.
of transformation of wheat into flour (4,2 mgx100 g–1 de farinha) para re-
do not results in quality product for forçar o valor nutritivo e prevenir ou RESULTADOS E DISCUSSÃO
the consumer. corrigir deficiências de um ou vários
nutrientes (ANVISA, 2002). Os resultados das análises físico-
Keywords: Triticum aestivum. O objetivo deste trabalho foi -químicas encontram-se na Tabela 1.
Quality. Compliance. Proximate analysis. avaliar a qualidade centesimal de Existe diferença significativa entre
farinhas de trigo tipo 1 enriquecidas, as marcas para todos os parâmetros
comercializadas no Distrito Federal. estudados. Tais variações se devem
INTRODUÇÃO às diferentes origens dos grãos usados
MATERIAL E MÉTODOS no processo de moagem. A variedade
do trigo interfere na composição da

A
farinha de trigo, muito A coleta das dezesseis amostras de farinha, além das características de
utilizada na indústria ali- diferentes marcas de farinha de trigo cultivo como fertilidade do solo, con-
mentícia, é o produto ela- enriquecidas tipo 1 foi realizada em dições climáticas, presença de pragas
borado com grãos de trigo estabelecimentos varejistas do Dis- e insetos (SOEIRO et al, 2010). As
(Triticum aestivum L.) ou outras trito Federal, estando todas dentro do formas de armazenamento, tanto do
espécies de trigo do gênero Triticum, prazo de validade. Nas amostras, fo- grão quanto da farinha pronta, tam-
ou combinações, por meio de tritura- ram realizadas análises em triplicata bém afetam a qualidade do produto
ção ou moagem e outras tecnologias para assim garantir uma maior segu- final (COSTA, 2003).

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Tabela 1 - Composição centesimal de dezesseis marcas de farinhas de trigo tipo 1 enriquecidas, comercializadas no Distrito Federal.

Todas as marcas apresentaram au- analisado em farinha de trigo tem a da partícula pode ser considerado
sência de bromato, estando, portanto, função de classificação, pois indica componente da qualidade da farinha
em conformidade com a legislação. O a presença de sais minerais contidos e está relacionado com a capacidade
bromato de potássio é um aditivo que no pericarpo e nas primeiras camadas de absorção de água (SANDERSON
tem como única função a de melho- do grão de trigo (INMETRO, 2011). et al, 2010). Além disso, a granulo-
rador de farinha; entretanto, seu uso Tal composição é altamente afetada metria é o resultado do processo de
é proibido (ANVISA, 2001) pela sua por condições de cultivo do grão moagem, sendo que 95% do produto
toxicidade. (ORTOLAN, 2006). deve passar pela peneira com abertura
De acordo com a Tabela Brasileira Para farinha de trigo tipo 1, o de malha de 250 μm nas farinhas do
de Composição de Alimentos (NEPA- valor máximo de minerais é 0,8% tipo 1 (BRASIL, 2005a).
-UNICAMP, 2006) a farinha de trigo (BRASIL, 2005a; NEPA-UNICAMP, O teor de proteína mínimo contido
padrão deve apresentar 1,4% de lipí- 2006). Somente a marca E não se na farinha de trigo tipo 1 deve ser
dios e 2,3% de fibra; assim, todas as encontra em conformidade com a de 7,5% (BRASIL, 2005a), mas a
marcas analisadas encontram-se com legislação. Valores elevados de cinzas Tabela Brasileira de Composição de
valores abaixo do padrão. Resultado podem tornar a farinha mais escura, Alimentos (NEPA-UNICAMP, 2006)
semelhante para lipídios foi encontra- com qualidade inferior devido à alta considera que uma farinha de trigo pa-
do por Soeiro et al (2010). extração, com presença de farelo drão deve ter 9,8% de proteína. Nesse
O teor de cinzas é definido pelo (INMETRO, 2011). As amostras aspecto, somente a marca J não está
resíduo inorgânico que permanece com teor elevado de cinzas indicam em conformidade com a legislação. O
após a incineração de matéria orgâ- um processo de extração insuficiente teor de proteína é um parâmetro que
nica de uma determinada amostra, para aquela classificação na qual a caracteriza a farinha em função do
sendo constituída principalmente farinha teria que se enquadrar (SAN- produto a ser elaborado. As farinhas
de macro nutrientes como potássio, DERSON et al, 2010). de trigo de baixo conteúdo proteico
sódio, cálcio e magnésio, e micro- Quanto à granulometria, todas (8% a 11%) são recomendadas para
nutrientes como alumínio, ferro, as marcas encontram-se em confor- produtos de panificação não fermen-
manganês, zinco e traços de argônio, midade com a legislação. Resulta- tados como os biscoitos. Farinhas
iodo, flúor entre outros elementos do semelhante foi encontrado por com 12% a 15% são fundamental-
(PAULY et al, 2010). O teor de cinzas Sanderson et al (2010). O tamanho mente utilizadas na elaboração de

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produtos de panificação, enquanto (olho nu) sem auxílio de instrumentos COSTA, M. das G. da; Qualidade funcio-
que para massas alimentícias são ópticos (BRASIL, 2005a) e caracte- nal da farinha obtida do grão
preferencialmente utilizadas farinhas rizam processamento inadequado. de trigo nacional e importado.
com 15% ou mais de proteína (GU- Nenhum material com tais caracte- Recife: Centro de Ciências da Saúde,
TKOSKI et al., 2003). Teor de proteí- rísticas foi encontrado nas farinhas Departamento de Nutrição, Universidade
na é um fator altamente afetado pelas analisadas. Federal de Pernambuco, 2003, p. 59.
condições ambientais de cultivo do Dissertação de Mestrado.
trigo, mas também pelo seu genótipo CONCLUSÃO FARONI, L. R. D. Qualidade da farinha ob-
(ORTOLAN, 2006). tida de grãos de trigo fumigados com
A acidez graxa é oriunda da degra- Todas as marcas encontram-se dióxido de carbono e fosfina. Rev.
dação dos lipídeos da farinha de trigo em conformidade com a legislação Bras. Engenharia Agrícola
que sofrem alterações dependendo para proteína, ausência de bromato, Ambiental,Campina Grande, v. 6, n.
das condições do produto e do arma- acidez graxa, umidade; entretanto, 2, p. 115-119, 2007.
zenamento, tendo o valor máximo para lipídios e fibra bruta, todas se INMETRO. Portal do consumidor. Disponível
de 50 mg de KOH/100g (BRASIL, encontram com valores inferiores ao em: http://www.inmetro.gov.br/consumi-
2005a). O teor de umidade da farinha padrão. Apenas a marca E apresentou dor/ produtos/farinha.asp#conclusoes.
e a temperatura no local de estocagem teor de cinzas acima do permitido Acesso em 15 de agosto de 2012.
são os principais fatores que aceleram para o grupo em que foi classificada. GUTKOSKI, L. C., NODAKI, M. L., NETO, R,
sua degradação, tornando o produto Os dados revelam que a qualidade J., Avaliação de farinha de trigo cultivada
rançoso, o que indica má qualidade das farinhas de trigo tipo 1 comercia- no Rio Grande do Sul na produção de
(INMETRO, 2012). Todas as marcas lizadas no Distrito Federal não estão biscoitos. Ciênc. Tecnol. Aliment.,
se encontram em conformidade com em conformidade com a legislação, v. 23, Campinas, Dezembro 2003.
a legislação. mostrando que o processo de extração NEPA-UNICAMP. Tabela brasileira
De acordo com a Instrução Nor- da farinha de trigo não resulta em pro- de composição de alimentos
mativa nº 8, independente do tipo de duto de qualidade para o consumidor. / Versão II. -- 2. ed. -- Campinas, SP:
farinha, o teor de água no produto NEPA-UNICAMP, 2006. 113p.
não pode ultrapassar 15% (BRASIL, REFERÊNCIAS ORTOLAN, F. Genótipos de trigo do
2005a), mas a Tabela Brasileira de Paraná – safra 2004: caracte-
Composição de Alimentos (NEPA- ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sa- rização e fatores relacionados
-UNICAMP, 2006) considera padrão nitária. Resolução – RDC nº 344, de 13 à alteração de cor da farinha.
a umidade inferior a 13%. Todas as de dezembro de 2002. Regulamento Santa Maria: Centro de Ciências Rurais,
marcas se encontram em conformi- Técnico para a Fortificação Universidade Federal de Santa Maria,
dade com a legislação, coincidindo das Farinhas de Trigo e das 2006, p. 140, Dissertação de Mestrado.
com resultados obtidos no Paraná Farinhas de Milho com Ferro PAULY, T.; VIECILI, A. A.; MENEGUSSO, F.
por Pauly et al (2010) e Souza et al e Ácido Fólico, Brasília: p. 4, 2002. J.; FERREIRA, D. T. L. AVALIAÇÃO
(2012). ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sa- DA CONFORMIDADE FÍSICO-
O teor de umidade afeta direta- nitária. Lei nº 10.273, de 5 de setembro -QUÍMICA DE 10 MARCAS DE
mente as características do grão e da de 2001 Dispõe sobre o uso do FARINHA DE TRIGO COMER-
farinha, e interfere significativamente bromato de potássio na farinha CIALIZADAS NO ESTADO DO
na sua qualidade (PAULY et al, 2010), e nos produtos de panificação, PARANÁ/BRASIL. 4° Congresso
na sua conservação durante a estoca- Brasília, 2001. Internacional de Bioprocessos na Indústria
gem comercial (SOUZA et al, 2012) BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e de Alimentos e X Encontro Regional Sul
e na associação de micro-organismos Abastecimento. Instrução Normativa n°8, de Ciências e Tecnologia de Alimentos,
(VIEIRA et al, 1999). Grãos de trigo de 2 de junho de 2005. Regulamento 2010. Disponível em: http://www.fag.edu.
com umidade menor que 13% são Técnico de Identidade e Quali- br/trigo/ artigos%202010/curitiba/2.pdf.
recomendados tecnicamente sobre a dade da Farinha de Trigo, Brasília: Acesso em 15 de julho de 2012.
premissa de assegurar a conservação, p. 3, 2005a. PIZZINATTO, A.; MAGNO, C. P. R. S.; CAMPAG-
o empacotamento e armazenamento BRASIL, Ministério da Saúde. Agência de Vigi- NOLLI, D. M. F. Avaliação e controle
satisfatórios (FARONI, 2007). lância Sanitária (ANVISA). Instituto Adolfo de qualidade da farinha de trigo.
São consideradas matérias ma- Lutz. Métodos Físico-Químicos Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL,
croscópicas àquelas que podem ser para Análise de Alimentos. Brasil: Centro de Pesquisa e Tecnologia de Cereais
detectadas por observação direta Ministério da Saúde, p. 819-877, 2005b. - CEPEC, Campinas, p. 67, 1996.

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SANDERSON, K.; ORIENTE, A.; FERREIRA, Principais (PCA). Ciênc. Tecnol. quisa/SICTRIGO4.pdf. Acesso em 15 de
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presenças de aflatoxinas nas farinhas de 618-624, 2010. STATISTICAL ANALYSIS SYSTEM – SAS.
trigo comerciais da cidade de Cascavel, SOUZA, M. de; CHIARELLO, A. S. G.; ZARO- User’s guide: Statistics. Version 8.0,
PR. Cultivando o saber. Cascavel, NI, E. F. FARHAT, L. P.; NEVES, K. A. E. Cary: 1999.
v.3, n.3, p.57-63, 2010. Avaliação da qualidade físico- VIEIRA, A. P.; BADIALE-FURLONG, E.; OLIVEI-
SOEIRO, B. T.; BOEN, T. R.; PEREIRA-FILHO, -química de farinha de trigo RA, M. L. M.. Ocorrência de micotoxinas e
E. R.; LIMA-PALLONE, J. A. Investigação comercializada no município características físico-químicas em farinhas
da qualidade de farinhas enriquecidas de Cascavel-PR. Disponível em: comerciais. Ciênc. Tecnol. Aliment.,
utilizando Análise por Componentes http://www.fag.edu.br/trigo/artigopes- Campinas, v. 19, n. 2, 1999. v

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO DE LEITE EM MINAS GERAIS DEVE ATINGIR R$ 6,7 BILHÕES

O Valor Bruto da Produção (VBP) de leite, em Minas Gerais, deve atingir a cifra de R$ 6,7 bilhões em 2014,
um aumento de 4,8% em relação à soma registrada em 2013, segundo dados do Ministério de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). O VBP é o resultado da multiplicação do volume produzido pelo preço
médio do produto.

De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e


Abastecimento (Seapa), Minas Gerais é a principal
bacia leiteira do país, respondendo por 27,5% do total
produzido no Brasil. O secretário André Merlo explica
que “esse cenário é garantido pelos números crescentes
do setor, sendo mais expressivos os dados dos últimos
dez anos, quando a produção apresentou uma taxa de
crescimento anual de 3,9%”.

Ele destaca que, apesar de períodos de oscilação na


remuneração dos produtores, os comparativos de
preços do Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo
mostram acréscimos nas cotações do litro no primeiro
quadrimestre de 2014 em relação a idêntico período
de 2013.

“As cotações alcançadas neste ano evoluíram de R$ 1,00 para R$ 1,12 o litro, expansão de 12%.
Historicamente, a cotação do mercado de leite é maior no segundo semestre e com isso a atividade pode
possibilitar maior rentabilidade nesse período”, ressalta o secretário. (Belo Horizonte, MG, 19/05/2014.)

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