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Universidade Federal Fluminense.

Disciplina: PESQUISA E PRATICA DE ENSINO I

20 Semestre /2020 Professor: Everardo Paiva de Andrade

Aluna: Marcia Narcizo Borges

Data: 23/03/2021

Tipo de Atividade: Assíncrona- Resumo de Texto

Carga horária: - 3H

Ensino de História: Saberes em lugar de fronteira.1

Os autores do artigo buscam fazer uma discussão teórico-metodológica a


respeito dos saberes docentes e escolares inseridos nas narrativas da história
escolar trazendo esse conhecimento para o campo da pesquisa em ensino de
História. O texto vai focalizar as relações entre os saberes docentes, aqueles
que são constituídos na prática e saberes escolares, produzidos e articulados
na instituição de ensino. As teorias da História e da retórica foram mobilizadas
para ajudar a compreender como esses saberes se cruzam na narrativa da
história escolar, que são as narrativas da História contada pelos professores.

As narrativas históricas são frutos dos saberes que identificam os professores,


os saberes docentes e a história acadêmica-científica. Para construir essa
pesquisa, o plano teórico-metodológico reúne referências que vem tanto do
campo da História quanto do campo pedagógico, por isso surge a questão do
lugar de fronteira, que aparece junto com o estudo da retórica.

Para os autores, a pesquisa sobre o ensino de história constitui-se em lugar de


fronteira, porque articula o conhecimento histórico acadêmico-científico com a
dimensão da pesquisa pedagógica.

1
MONTEIRO, Ana Maria Ferreira da Costa; PENNA, Fernando de Araújo. Ensino de História:
saberes em lugar de fronteira. In: Educação e Realidade, v. 36, nº 1. Porto Alegre – RS:
jan/abr 2011. p. 191-211. Disponível em: http://www.ufrgs.br/edu_realidade.
O artigo foi dividido em 3 partes, e a primeira trata da questão dos saberes e
propõe um balanço entre o saber escolar e o saber docente. A questão da
fronteira foi pensada como uma analogia geopolítica, pois tem uma região do
conhecimento pensando na produção do conhecimento como uma construção
híbrida que comporta vários saberes. Os autores fazem uma vasta revisão
sobre as variações do discurso histórico e reconhecem a narrativa histórica
como estruturante do discurso historiográfico escolar, pois os docentes acabam
explicando enquanto narram para auxiliar os alunos a atribuir sentido aos fatos
e processos em estudo.

A segunda parte, chamada de “Negociando a distâncias na Fronteira” os


autores consideram a relação professor/aluno a partir do uso da retórica como
campo de investigação possível para analisar a redução das distâncias entre
os alunos e os saberes ensinados pelos professores. A fronteira é o local onde
são demarcadas as diferenças, mas também é um campo de aproximação
quando se faz negociação entre os sujeitos a partir da linguagem, ou da teoria
da argumentação. Para quebrar barreiras de comunicação o professor lança
mão de variados recursos e estratégias pedagógicas de modo que se adequem
às características de cada turma.

Por fim, na terceira parte intitulada Ensino de história – saberes em lugar de


fronteira, os autores analisam algumas passagens das aulas de história a partir
das contribuições debatidas em todo artigo.

Na parte final os autores, partir da “leitura” das aulas concluem que o currículo
se constrói em ação como espaços de fronteira de negociação e diferença que
mostra grande complexidade do sistema de ensino.

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