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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VIÇOSA - UNIVIÇOSA

ARQ 109 – HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO 2


Profa.: Maressa Fonseca e Souza

FICHA DE LEITURA
Referência bibliográfica: ARGAN, G. C. A História na Metodologia do Projeto. Revista Caramelo, São Paulo, n° 6, p. 156-170, 1993.
Integrantes do grupo:
Ana Carolina Miranda – 22706; André Luís – 22884; Luan Souza – 23134; Maria Eduarda Oliveira – 23035; Nicolly Rodrigues – 22967; Sabrina
Pìmentel - 21662

Ideias centrais (de cada parágrafo) Resumo


01º ao 07º. O projeto, cultura, ideia de projeto x O projeto está presente em todas as artes e é a relação direta entre atividade manual
modelo e modelo x tipo. e atividade intelectual.
08º. Hipóteses e utopia. É no século XVIII, também conhecido como século das luzes, que a cultura/civilização
09º. Síntese das camadas de um projeto: do projeto tem seu maior desenvolvimento, representando o fim da arte clássica e o
Conhecimento histórico, análise, crítica e a início da cultura moderna.
imaginação. São componentes do projeto: análise e crítica do existente, ambos dividem-se em
09°. O conhecimento histórico está relacionado categorias relacionadas a afinidades e características comuns - essa última que
com a história, memória e imaginação. estabelece tipologias: estruturas semelhantes, análogas e variantes.
10°. A trajetória do projeto está relacionada à Projeto é diferente de modelo, já que o segundo é algo limitado, que devemos seguir
trajetória da memória à imaginação. como é, enquanto o projetar é muito mais profundo que reproduzir algo já existente.
10º. Da memória à imaginação - trajetória. Assim como o projeto é diferente de modelo, o tipo também é. Isso porque o tipo te dá
Podemos nós projetar para um futuro que não a possibilidade e necessidade de variantes, sem denominação formal. É uma dedução a
conhecemos e que não estamos inseridos? partir da semelhança.
11°. O projeto é um projetar contínuo. Várias hipóteses podem ser boas, mas sempre terá uma mais realizável e é ela que
12°. Não se pode conceber um projeto sem uma devemos escolher. Por mais que a ideia de uma hipótese utópica chame atenção, a
ideia de valor, não se pode conceber um valor sem viabilidade e a executabilidade são primordiais.
o projeto de alcançá-lo. O conhecimento histórico, a análise, a crítica e a imaginação são essenciais para o
13°. O projeto deixa traços. desenvolvimento de um projeto. Para realizar comparações e adquirir conhecimento
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14°. Haja entre o sujeito e o objeto uma relação de sobre o contexto e a própria história de determinado objeto, precisamos dos
integração. conhecimentos históricos que funcionam como base da imaginação, pois, se histórias
15°. O projeto é um procedimento que tem seu são imagens/ideias/memórias do passado, a imaginação é a história do que sabemos e
valor, sua significação dentro de uma cultura também queremos contar.
racionalista e democrática. O conhecimento histórico se baseia em três pontos: a história, que se liga à memória,
16°. Um projeto é sempre um procedimento de esta, que se conceitua como a imaginação do passado e, por fim, a própria imaginação,
reutilização. que se relaciona à memória da posteridade (futuro).
17°. Nossa tarefa enquanto pessoas que fazem A trajetória do projeto está relacionada à trajetória da memória à imaginação, sendo
projetos(...)é de dar sempre novas atribuições de assim, podemos defini-la como tudo aquilo que lembramos, prevemos e desejamos, na
valor. qual devemos ter atenção ao planejamento e intervenções futuras.
18°. A própria cidade é idealmente uma obra de Se memórias estão ligadas - a imaginação do passado e da posterioridade - podemos
arte. nós determinar como serão os projetos para gerações futuras mais distantes, sendo que
19°. O problema da arquitetura e urbanismo está projetamos no contexto atual?. O que eu projeto hoje não será do jeito que eu imagino,
ligado ao projeto da história. já que projeto no hoje com base na história, no presente e na imaginação da
20°. Todo arquiteto(…)deve procurar relação que posterioridade que também é baseada no passado e no meu presente. Logo, o projetar
dá coerência(…). não é científico, pois seu resultado não é o esperado.
21°. História é conceber o passado como tendo O projeto é um "projetar" contínuo, uma vez que faz parte de um processo de
resolvido contradições do seu tempo. suscetíveis valorizações, onde a ideia de valor é dada a partir de um processo individual.
22°. As condições de equilíbrio não são eternas, Uma coisa só tem valor quando as reconhecemos e atribuímos valores a ela.
pois as condições de equilíbrio não se realizam, O objeto é o resultado de um projeto e o sujeito é basicamente, a explicação ou o
mas podemos sempre eliminar as contradições. propósito pelo qual originou-se o objeto.
23°. A história é a ciência do passado. Nesse caso, uso como exemplo, uma casa e seu morador… Há uma relação de
24°. Projeto pode ser mudado assim como nós integração entre ambos.
mudamos de comportamento a todo tempo. A escola de Gropius e da Bauhaus, foi a maior escola de arquitetura e com estrutura
25°. A tecnologia contemporânea realiza muito democrática, que estabelecia relações democráticas entre mestres e estudantes.
mais rapidamente do que a imaginação. Significa usar o mesmo projeto já existente mas com outra função.
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26°. O problema está inteiramente aberto. É Por exemplo, uma obra de arte que estava em um palácio gerando uma nova atribuição
impossível saber o que se passará nos próximos de valor.
dez, vinte, trinta ou quarenta anos, um século. Quer dizer que a cidade como lugar da vida cotidiana, do coletivo, do fluxo de ações,
dos acontecimentos e temporalidades e da acumulação histórica, oferece reflexão
estética ao converter-se em parte das obras-manifestações de arte.
Com o crescimento da população remove as raízes comuns dos habitantes.
Não tem como ter uma boa arquitetura com um mau contexto urbanístico.
A filosofia da comunicação de massa diz “não é necessário fazer projetos e nem mesmo
ter utopias” ainda que haja recursos tecnológicos, toda criação parte de uma ideia.
A resposta que se dará a está questão irá depender de muitas coisas, a cultura da
racionalidade, onde se preserva a consciência e o bom senso, ou aquelas que chamamos
de a morte da arte, a morte do projeto, a morte da cidade, e sobretudo o que chamamos
de o fim dos valores.

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