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Física Experimental: João Gonçalves Marques Filho Silvio Luiz Rutz Da Silva
Física Experimental: João Gonçalves Marques Filho Silvio Luiz Rutz Da Silva
FÍSICA EXPERIMENTAL
ELETRICIDADE - MAGNETISMO - ÓPTICA
APRESENTAÇÃO
Dessa forma a ação proposta deve ser entendida como consolidadora da competência
Científica e Tecnológica necessária para o desenvolvimento de um instrumental
agregador dos produtos e demandas geradas por essas e outras ações setoriais. Neste
sentido, a filosofia deste Projeto pressupõe trabalhos multidisciplinares que, por meio de
atividades interdisciplinares, possam alcançar competência e total integração no trato
dos assuntos relacionados à aplicação da Física
SUMÁRIO
1 Carga elétrica
21 Amperímetro
24 Voltímetro
26 Ohmímetro
36 Potenciômetro
48 Osciloscópio
60 Capacitores
69 Indutor em regime DC
73 Capacitor em regime AC
76 Indutor em regime AC
91 Efeito Joule
96 Balança de corrente
109 Transformador
119 Prisma
159 Apêndice
BIBLIOGRAFIA
ALBUQUERQUE, R. O.. Análise de Circuitos em Corrente Alternada. 11a. Ed., São Paulo,
Érica, 1998. 142 pp.
ALONSO, M. e FINN, E. J.. Física um Curso Universitário. Vol. I e II. São Paulo, Edgard
Blucher, 1972.
BEVINGTON, P. R.. Data Reduction and Error Analysis for the Physical Sciences. New
York, McGraw-Hill, 1969. 336 pp.
CAVALIN, G. E CERVELIN, S.. Instalações Elétricas Prediais. 9a. Ed., São Paulo, Érica,
1998. 388 pp.
CATELLI, F.. Física Experimental II: Eletricidade, Eletromagnetismo e Ondas. 2a. ed.,
Caxias do sul, EDUCS, 1985. 172 pp.
CRUZ, E. C. A.. Praticando Eletricidade: Circuitos em Corrente Contínua. 7a. Ed., São
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DE LIRA, F. A.. Metrologia na Indústria. 2a. Ed., São Paulo, Érica, 2001. 246 Pp.
GOLDEMBERG, J. Física Geral e Experimental: vol. 1. 3a. ed., São Paulo, Cia. Ed.
Nacional, 1977. 527 pp.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho VI
GOLDEMBERG, J. Física Geral e Experimental: vol. 2. São Paulo, Cia. Ed. Nacional, 1970.
391 pp.
GOLDEMBERG, J. Física Feral e Experimental: vol. 3. São Paulo, Cia. Ed. Nacional, 1973.
220 pp.
GUERRINI, D. P.. Eletricidade para Engenharia. São Paulo, Manole, 2003. 148 pp.
HABER, U. Física: Manual de Experiências vol. I e II. São Paulo, IBECC, 1966. 87 pp.
IRMÃOS MARISTAS. Física: vol I, II e III. 3a. Ed., São Paulo, FTD, 1964.
MARTINS, N.; PAULI, R. U. e MAUAD, F. C.. Física para a Universidade: vol. 1 Análise
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NUSSENZVEIG, H. M.. Física Básica: vol. 1, 2, 3 e 4. São Paulo, Edgard Blucher, 1981.
RESNICK, R. e HALLIDAY, D.. Física: vol. 1, 2, 3 e 4. 4a. Ed., Rio de Janeiro, LTC, 1983.
SEARS, F.; ZEMANSKY, M. W. e YOUNG, H. D.. Física: vol. 1, 2, 3 e 4. 2a. Ed., Rio de
Janeiro, LTC, 1984.
TIPLER, P. A.. Física: vol. 1, 2, 3 e 4. 2a. Ed., Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1985.
CARGA ELÉTRICA
Objetivos
Descobrir quais materiais carregam-se com carga positiva e negativa quando atritados.
Fundamento teórico
Carga elétrica
Qualquer tipo de matéria é formada por átomos. Estes são tão minúsculos que nenhum
microscópio comum permite vê-los. Uma fileira de dez milhões de átomos não chega a
medir um milímetro. Contudo, os átomos não são as menores partículas da matéria:
eles próprios se compõem de partículas ainda menores, chamadas partículas
subatômicas.
No centro de todo átomo existe um conjunto formado por dois tipos de partículas: os
prótons e os nêutrons.
Esse conjunto de partículas é o núcleo do átomo. À volta deste núcleo, como se fossem
satélites, giram os elétrons, partículas em movimento permanente (figura 1). As
trajetórias desses elétrons se organizam em camadas sucessivas chamadas órbitas
eletrônicas.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 2
Figura 1
Os prótons do núcleo e os elétrons das órbitas se atraem entre si. A esta força de
atração recíproca chamamos de força elétrica. É a força elétrica que mantém os
elétrons girando à volta dos prótons do núcleo. Sem ela, os elétrons se perderiam no
espaço e os átomos não existiriam. Os elétrons, entretanto, repelem outros elétrons e
os prótons repelem outros prótons. Dizemos, por isto, que as partículas com carga igual
se repelem e as partículas com carga oposta se atraem (figura 2).
Figura 2
Convencionou-se chamar a carga dos prótons de positiva (+) e as cargas dos elétrons
de negativa (-). Normalmente, cada átomo é eletricamente neutro, em outras palavras,
tem quantidades iguais de carga negativa e positiva, ou seja, há tantos prótons em seu
núcleo, quantos elétrons ao redor, no exterior. Os prótons estão fortemente ligados ao
núcleo dos átomos. Somente os elétrons podem ser transferidos de um corpo para
outro. Podemos dizer que um corpo está eletrizado quando possui excesso ou falta de
elétrons. Se há excesso de elétrons, o corpo está eletrizado negativamente; se há falta
de elétrons, o corpo está eletrizado positivamente.
Eletrização
Condutor e isolante
Processos de eletrização
Atrito
Na eletrização por atrito os corpos atritados adquirem cargas de mesmo módulo, mas
com sinais contrários (figura 3). Ex.: quando se atrita um canudinho e um pedaço de lã
há a transferência de elétrons um para o outro
Figura 3
Contato
Na eletrização por contato os corpos adquirem cargas de mesmo sinal, porém o módulo
vai depender das dimensões do corpo. Se os corpos possuírem dimensões iguais às
cargas se dividiram igualmente. Após um certo tempo de contato, os corpos irão
adquirir cargas iguais e irão se repelir (figura 4).
Figura 4
Indução
Na eletrização por indução usamos três corpos, sendo um neutro (condutor), a terra e
um corpo carregado chamado indutor (figrua5). Aproximamos o corpo indutor ao
condutor, que está ligado à terra por um fio terra.Pelo fio terra descerá (ou subirá
dependendo da situação) elétrons para tentar neutralizar o corpo indutor. Quando se
corta o fio terra e afasta o indutor, o condutor ficará carregado. Não encostamos o
indutor no condutor, tendo essas cargas de sinais contrários.
Figura 5
Polarização
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Figura 6
Eletroscópio
Qualquer dispositivo que permite saber se um objeto está ou não eletrizado se chama
eletroscópio. O eletroscópio geralmente é neutro. Há dois tipos de eletroscópio:
Pêndulo
Ao aproximarmos um corpo próximo ao pêndulo neutro se ele for atraído mostra que
ele está carregado positivamente ou negativamente (figura 7).
Figura 7
Folhas
É usado mais em laboratórios (figura 8). É constituído por uma haste metálica com duas
folhas metálicas na parte inferior e uma esfera metálica na parte superior. Quando
aproximamos um corpo eletrizado para perto da esfera e se as folhas se fecharem é
que o corpo eletrizado tem sinal contrário ao das folhas do eletroscópio.
Figura 8
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Objetivos
Desenhar as linhas de força para vários formatos de eletrodos, tendo como base
experimental a cuba.
Fundamento teórico
Os fenômenos eletrostáticos são conhecidos desde o tempo dos gregos. Naquela época
já se sabia que o âmbar, atritado com um pedaço de lã, era capaz de atrair pequenos
pedaços de fibra vegetal (palha, linho, etc.). E, durante vários séculos o fenômeno foi
considerado apenas como uma curiosidade natural. Mas, em 1600, o médico inglês
William Gilbert publicou o primeiro tratado a respeito da eletricidade, no qual fazia
referência às cargas elétricas geradas por atrito.
Este fato é aproveitado para a construção dos geradores eletrostáticos do tipo Van de
Graff; tendo aparecido em 1930, destinam-se a produzir voltagens muito elevadas para
serem usadas em experiências de física.
Geradores eletrostáticos
Dentre eles, os geradores eletrostáticos por indução que utilizam a fricção, mas
permitem a geração de eletricidade por influência. Enquanto os primeiros modelos
apenas geravam uma forma de eletricidade (positiva ou negativa), outros permitiam
gerar as duas formas.
Em 1785 foi construído um gerador eletrostático capaz de produzir tensões de 300 000
Volt e descargas com 60 cm de comprimento.
No gerador de Van de Graaff, um motor movimenta uma correia isolante que passa por
duas polias, uma delas acionada por um motor elétrico que faz a correia se movimentar.
A segunda polia encontra-se dentro da esfera metálica oca (figura).
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE
Objetivos
o O que medir?
O que medir?
o Corrente;
o Tensão;
o Freqüência;
o Potência;
o Resistência;
o Capacitância;
o Indutância;
o Fator de potência.
A decisão para mudar algo no processamento poderá ser feita manualmente, ou por
intermédio de instrumentos chamados reguladores, que poderão ou não funcionar nos
mesmos princípios dos instrumentos indicadores.
A avaliação por um período mais longo e de valores instantâneos pode ser feita por
intermédio de registradores funcionando ou não nos mesmos princípios dos instrumentos
indicadores.
o Instrumentos indicadores
o Instrumentos reguladores
o Instrumentos registradores
o Instrumentos portáteis
Um instrumento de medida elétrica aproveita a ação de uma corrente para produzir uma
força. Esta faz com que um elemento móvel do instrumento se desloque. Havendo uma
força contrária haverá equilíbrio de forças, fazendo com que este elemento pare em
algum lugar.
Desta maneira é possível a graduação de uma escala para a obtenção dos diversos
pontos de equilíbrio para diversos valores de corrente.
Detalhes construtivos
Componentes principais
o Mostrador
Representa a peça sobre a qual, geralmente sob fundo branco, está inscrita a escala
com as divisões e numerações mediante as quais se pode ler o valor da grandeza
medida.
As divisões da escala não devem ser muito compridas e nem muito espaçadas para a
obtenção de uma boa leitura. Na figura abaixo são mostrados os diferentes tipos de
escalas:
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o Ponteiro
São as peças solidárias ao conjunto ou elemento móvel e que indicam sobre a escala o
valor da grandeza medida. Dependendo do tipo e uso do instrumento o ponteiro pode
ter diversa formas como os representados na figura abaixo.
o Acessórios internos
o Acessórios externos
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Podem ser constituídos pelos cabos de ligação especiais, para conexão do instrumento
de medida a seu acessório, bem como também os resistores série ou derivadores para a
amplificação dos campos de medida. Podem ser:
Circuitos de medição
Aquele pelo qual circula a mesma corrente que atravessa o circuito a ser medido.
Definições e nomenclaturas
o Instrumento indicador
É aquele que indica em qualquer momento o valor instantâneo efetivo, médio ou de pico
de uma grandeza a ser medida.
o Instrumento registrador
É aquele no qual o elemento móvel fecha e abre contatos quando atinge determinados
valores.
o Instrumento astático
o Multímetro
o Instrumento ferro-móvel
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É aquele que, tendo uma peça móvel de material ferro-magnético, desloca-se quando
submetida a um campo magnético formado por uma corrente que atravessa uma bobina
fixa.
É aquele que tem um imã permanente fixo e uma ou mais bobinas móveis. Seu
funcionamento depende da reação entre a corrente da bobina móvel e o campo
magnético do imã permanente.
É aquele constituído de uma bobina fixa percorrida por uma corrente dentro da qual
giram um ou mais imãs permanentes.
o Instrumento eletrodinâmico
o Instrumentos de indução
É aquele que tem bobinas fixas percorridas por corrente elétrica e de peças condutivas
móveis, que são deslocadas pelas correntes induzidas nelas eletromagneticamente.
o Instrumento de vibração
É aquele que é formado por lâminas vibráteis que entram em ressonância sob a ação de
uma corrente.
o Instrumento eletrostático
É aquele que apresenta peças metálicas fixas e outras móveis sobre as quais agem
forças do campo eletrostático.
o Instrumento bimetálico
É aquele que tem um elemento móvel formado por bimetal que se deforma pela ação
direta ou indireta de uma corrente.
Simbologia
o Erro absoluto
o Erro relativo
É o quociente do erro absoluto pelo valor verdadeiro da grandeza que esta sendo
EA
medida: ER
v (G)
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o Erro percentual
o Variação na indicação
o Exatidão
o Classe de exatidão
0,05 0,05 %
0,1 0,1 %
0,2 0,2 %
0,5 0,5 %
1,0 1,0 %
1,5 1,5 %
2.5 2.5 %
5,0 5,0 %
Pela tabela acima um instrumento da classe 0,5 poderá ter no máximo um erro de r 0,5
%, isto é se o valor no fim de escala do instrumento for 100 V, o erro poderá ser no
máximo de 0,5 V, e isto compreendido dentro de toda a sua escala. Portanto, quando o
instrumento indicar um valor de 50 V, o erro poderá permanecer na faixa 40,5 a 50,5 V.
Uma bobina pivotada de fio fino, conduzindo uma corrente. É defletida pela interação
magnética entre essa corrente e o campo magnético de um imã permanente (figura).
Este torque se opõe ao de uma mola, semelhante a uma mola de relógio de pulso,
torque este proporcional ao deslocamento angular. A deflexão angular da agulha presa à
bobina é diretamente proporcional à corrente na bobina, e o dispositivo pode ser
calibrado para medir corrente. A deflexão máxima para a qual o instrumento é
desenhado, tipicamente 90° a 120°, é chamada deflexão de fundo de escala.
Amperímetro
Mede a corrente, logo não deve alterar seu valor final, portanto a resistência interna
deve ser pequena. Ideal que seja nula.
Por isso a resistência interna deve estar em paralelo e ter um valor baixo. O
amperímetro deve ser sempre colocado em série no circuito.
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Voltímetro
Mede a d.d.p. (tensão ou voltagem) entre dois pontos. Para evitar o equilíbrio entre a
d.d.p. (nula) o instrumento deve ter uma resistência interna elevada e que esteja ligada
em série para eliminar ao máximo a perda de potencial entre os pontos. Ideal que tenha
resistência infinita.
Ohmímetro
Fornece tensão de amplitude variável (numa faixa de zero a vinte volts) permitindo
flexibilidade na construção de circuitos eletromagnéticos.
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Multímetro digital
Via de regra os multímetros possuem três bornes, onde são encaixadas duas ponteiras.
A ponteira preta é encaixada no borne denominado comum; a vermelha ou no borne
indicado à medição de corrente, ou no borne indicado à medição de tensão e resistência.
As cores vermelha e preta, em geral representam, respectivamente, os sinais positivo e
negativo.
Com respeito à escolha da escala adequada, deve-se seguir o princípio de que a melhor
medida é aquela em que o valor medido está mais próximo do valor limite, em relação
às outras escalas. Caso não se tenha idéia da amplitude da grandeza a medir, faz-se
uma primeira medição na maior escala disponível, apenas para definir a escala mais
adequada, e a seguir faz-se a medida nesta escala.
Tensão
Uma tensão é sempre verificada entre dois pontos. Para medir tensão as ponteiras são
encostadas nestes dois pontos. Se o valor apresentado no mostrador do multímetro for
positivo, o ponto em que está encostada a ponteira vermelha corresponde ao pólo
positivo e o ponto em que está encostada a ponteira preta, ao negativo. Caso o valor
apresentado no mostrador seja negativo,vale o oposto. Um multímetro preparado para
medir tensão apresenta elevada resistência elétrica para que sua inserção não altere o
comportamento do circuito (deveria idealmente apresentar resistência infinita).
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Corrente
para um multímetro medir corrente, esta deve circular através do instrumento. Para isto
o circuito deve ser interrompido e aos dois pontos resultantes da interrupção deve ser
conectado o multímetro. Se a corrente entra pela ponteira vermelha (sentido
convencional) um valor positivo de corrente será apresentado no mostrador, e um valor
negativo, caso a corrente entre na ponteira preta. Um multímetro preparado para medir
corrente apresenta resistência elétrica muito baixa para que sua inserção não altere o
comportamento do circuito (deveria idealmente, apresentar resistência nula – curto-
circuito). Muito cuidado deve ser tomado com o multímetro quando pronto para medição
de corrente. Se seus terminais forem conectados aos terminais de uma fonte de tensão,
por exemplo, circulará, uma corrente muito elevada pelo instrumento, o que poderá
danificá-lo. A medição de corrente em várias partes de um circuito é um procedimento
um pouco inconveniente, devido ao risco de provocar curto-circuito em caso de mau
uso, e principalmente, devido à necessidade de alteração do circuito.
Resistência
AMPERÍMETRO
Objetivos
Manuseio do aparelho
Procedimento Experimental
A – Estudo do aparelho
escala
2 – determinar o valor de cada divisão nas diversas escalas: n
0
n divisões
4 – variar a d.d.p.
I - Primeiro método
II - Segundo método
U AB U A 'B '
R AIA R P IP onde IP I IA
R AIA R P (I I A )
(I I A )
R AIA RP
IA
VOLTÍMETRO
Objetivos
Manuseio do aparelho
Fundamento teórico
Procedimento experimental
Figura 1
escala
n
nº divisões
V ni
Medidas da d.d.p.
Escala 1 Escala 2 Escala 3 Escala 4
Figura 2
VBC
e – Calcular a corrente do circiuto: I
R BC
VAB
f – Calcular a resistência equivalente (REQ) entre os pontos A e B: R EQ
I
1 1 1 R EQ R AB
? rv
R EQ R AB rv R AB R EQ
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OHMÍMETRO
Objetivos
Fundamento teórico
Figura 1
Para efetuarmos uma medida, devemos fazer o ajuste de zero, para tanto curto
circuitamos as sua pontas de prova, deflexionando o ponteiro até a região próximo ao
zero da escala de ohms. A seguir movimenta-se o controle de ajuste (: ADJ) até o
ponteiro coincidir com o traço referente ao zero. Esse ajuste deve ser repetido toda vez
que mudamos a posição da chave seletora. Feito o ajuste, colocamos as pontas de prova
em contato com os terminais do componente a ser medido, observando que devemos
escolher uma posição para a chave seletora, de maneira a ter uma leitura em região da
escala com boa definição.
Procedimento experimental
1 - Meça cada resistor e anote os valores na tabela 1. em cada medida, coloque a chave
seletora em todas as posições, escolhendo uma de melhor conveniência para leitura, não
esquecendo de ajustar zero. Leia e anote para cada resistor sua tolerância.
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Objetivos
Procedimento experimental
'V
5 – Calcular o valor de R pelo coeficiente angular da reta: R
'I
R RN
6 - Calcular o erro em relação ao valor nominal: %E u 100
RN
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Objetivos
Procedimento experimental
I – Dependência do comprimento
2 – Medir o diâmetro do fio com auxílio do Palmer e calcular a área de secção por:
S d2
S
4
V
4 – Calcular o valor de R: R
I
R.S
5 – Calcular o valor de U (resistividade): U
L
L
6 – Calcular o valor de R: R U
S
U UT R R1
%E u 100 e %E u 100
UT R1
5 - Repetir o item 3
V.S
6 – Calcular o valor da resistividade: U
I.L
L
7 – Calcular a resistência do fio: R U
S
Objetivos
Determinar a máxima potência dissipada pelo resistor através de suas dimensões físicas
Fundamento teórico
Resistores são componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição á passagem
de corrente elétrica, através de seu material. A essa oposição damos o nome de
resistência elétrica, que possui como unidade o ohm (:).
Os resistores fixos são comumente especificados por três parâmetros: o valor nominal da
resistência elétrica; a tolerância, ou seja, a máxima variação em porcentagem do valor
nominal; e a máxima potência elétrica dissipada.
Resistor de fio
Figura 1
Os resistores de fio são encontrados com valores de resistência de alguns ohms, até
alguns quiloohms, e são aplicados onde se exige altos valores de potência, acima de 5
W, sendo suas especificações impressas no próprio corpo.
Figura 2
Os resistores de filme de carbono são destinados ao uso geral e suas dimensões físicas
determinam a máxima potência que pode dissipar.
Sua estrutura é idêntica ao de filme de carbono, somente que, utiliza uma liga metálica
(níquel-cromo) para formar a película, obtendo valores mais precisos de resistência, com
tolerâncias de 1% e 2%.
Código de cores
Figura 3
MARRON 1 1 1 X 10 r 1%
2
VERMELHO 2 2 2 X 10 r 2%
3
LARANJA 3 3 3 X 10 -------------
4
AMARELO 4 4 4 X 10 -------------
5
VERDE 5 5 5 X 10 -------------
6
AZUL 6 6 6 X 10 -------------
A B C D E
Observações
Para resistores de precisão encontramos cinco faixas onde as três primeiras representam o
primeiro, o segundo e o terceiro algarismos significativos e as demais, respectivamente, fator
multiplicativo e tolerância.
Figura 4
Procedimento experimental
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R7
R8
R9
R10
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POTENCIÔMETRO
Objetivos
Fundamento teórico
Potenciômetro de fio
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Procedimento experimental
CIRCUITO SÉRIE E
Objetivos
Fundamento teórico
Dois ou mais resistores formam uma associação denominada circuito paralelo, quando
ligado um ao outro. Quando alimentado o circuito apresenta as seguintes propriedades:
a tensão é a mesma em todos os resistores e igual ao valor da fonte:
E VR1 VR 2 ... VRN a somatória da corrente nos resistores é igual a corrente
1 1 1 1
...
R EQ R1 R 2 RN
Procedimento experimental
Figura 1
R eqM R eq 1 R eqM R eq 2
%E %E
R eqM R eqM
Figura 2
R eqM R eq 1 R eqM R eq 2
%E %E
R eqM R eqM
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Figura 3
R eqM R eq 1 R eqM R eq 2
%E %E
R eqM R eqM
Figura 4
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R eqM R eq 1 R eqM R eq 2
%E %E
R eqM R eqM
Objetivo
Fundamento teórico
Uma fonte de força eletromotriz possui uma resistência interna, cujo valor depende dos
materiais e processos de fabricação e principalmente do uso desta fonte. Suponhamos
uma carga R ligada a uma destas fontes de força eletromotriz (FEM), com uma
resistência interna não nula, tal como visto na figura 1.
Figura 1 Figura 2
Procedimento experimental
Figura 3
V
(volts)
i (mA)
Objetivos
Fundamento teórico
PE V
K% u 100 ou K% u 100
PM H
A figura 1 mostra, num único sistema cartesiano, a curva da potência elétrica fornecida
por um gerador em função da corrente de saída sobreposta á curva característica de
saída do mesmo gerador. Pelo gráfico percebe-se que a máxima transferência de
potência elétrica ( PEMT ) ocorre no ponto Q da curva de saída do gerador de tensão
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onde a corrente de saída (i) é metade da corrente de curto circuito (icc) e a tensão de
icc H
saída (V) é a metade da tensão em aberto do gerador (H): i e V
2 2
Figura 1
Para que a tensão de saída caia pela metade, é necessário que a carga (R) tenha o
mesmo valor da resistência interna do gerador, já que ambas forma um divisor de
tensão, ou seja R M r . Assim é fácil comprovar que na condição de máxima
transferência de potência, tem-se que a potência elétrica máxima e o rendimento do
H2
gerador valem respectivamente: PEMT e K% 50%
4r
Procedimento experimental
Figura 2
V (volts)
I (ampéres)
2 - Traçar a curva do gerador e determinar sua força eletromotriz, sua corrente de curto
circuito, bem como a resistência interna
R (ohms)
OSCILOSCÓPIO
Objetivo
Fundamento teórico
Figura 1
Figura 2
Liga/intensidade
Foco
Posição
Posição
Chave AC/DC/O
Volts/div
Atenuador vertical que gradua cada divisão na tela, na direção vertical, em valores
específicos de tensão.
Tempo/div
Varredura ou base de tempo que gradua cada divisão na tela, na direção horizontal, em
valores específicos de tempo, além disso, possibilita desligar o estágio, dando acesso à
entrada horizontal.
Chave INT/EXT/REDE
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Chave + -
Nível sinc
Cal
Ent vertical
Conector para ligação de ponta de prova, utilizado para o acesso ao estágio horizontal,
ou de sincronismo, conforme posicionamento dos controles de varredura (EXT) ou
sincronismo (EXT).
Procedimento experimental
Objetivos
Fundamento teórico
Tensão contínua
A tensão contínua pode ser contínua constante ou contínua variável. A tensão contínua
constante mantém seu valor em função do tempo, enquanto que, a tensão contínua
variável varia seu valor, mas sem mudar sua polaridade. A tensão contínua variável
pode ser repetitiva ou periódica, ou seja, repetir um ciclo de mesmas características a
cada intervalo de tempo. Para toda função periódica definimos período T como sendo o
número de ciclos em um intervalo de tempo igual a 1 segundo. A unidade de período é o
hertz (Hz).
1
T
f
Tensão alternada
É aquela que muda de polaridade com o tempo. A tensão alternada que nos é fornecida,
através da rede elétrica, é senoidal por questões de geração e distribuição, ou seja,
obedece a uma função do tipo v (t) Vmáx sen(Zt T) , onde v(t) é o valor instantâneo
da tensão, Vmáx é o máximo valor que a tensão pode atingir, também denominada de
2S
amplitude ou tensão de pico. Z é a velocidade angular ( Z 2Sf ou Z ), te um
T
instante qualquer e T é o ângulo de defasagem inicial. A unidade de tensão é expressa
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 52
Além do valor de pico VP temos o valor pico a pico VPP que é igual à variação máxima
entre o ciclo positivo e o negativo, e o valor eficaz Vef, que equivale a uma tensão
contínua a qual aplicada a um elemento resistivo, dissipa a mesma potência que a
VP
alternada em questão. Para tensão alternada senoidal Vef .
2
Gerador de funções
Alguns tipos de tensões podem ser geradas por um instrumento denominado gerador de
funções. Este instrumento gera sinais normalmente senoidais, triangulares e quadrados
com possibilidade de ajustes de freqüência e amplitude, dentro de faixas pré-
estabelecidas.
Figura 1
Escala de freqüência
Multiplicador
Função
Amplitude
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Medindo a tensão
Tensão contínua
Figura 2
Tensão alternada
Injeta-se o sinal à entrada vertical posicionando-o através dos controles para melhor
leitura. Com o estágio da varredura ligado, teremos na tela a forma de onda, onde é
possível medir-se o valor de pico (VP) ou valor pico a pico (VPP), bastando multiplicar o
número de divisões ocupadas pela posição do atenuador vertical como mostra a figura 3.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 54
Figura 3
Para melhor procedimento nas leituras pode-se desligar o estágio de varredura. Não
teremos mais a forma de onda na tela e sim sua variação em amplitude, ou seja, um
traço vertical, suficiente para as medidas de VP e VPP como mostrado na figura 4.
Figura 4
Medindo a freqüência
Figura 5
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 55
Procedimento experimental
Tabela 1
Tabela 2
Onda senoidal
FGERADOR Posição de Número de T (s-1) f (Hz)
varredura divisões
100 Hz
5 Hz
Onda senoidal
FGERADOR Posição de Número de T (s-1) f (Hz)
varredura divisões
250 Hz
1200 Hz
Onda triangular
FGERADOR Posição de Número de T (s-1) f (Hz)
varredura divisões
600 Hz
10 kHz
5 - Ajuste o gerador de sinais para freqüência de 60 Hz, onda senoidal.
Tabela 3
FIGURAS DE LISSAJOUS E
MEDIDAS DE DEFASAGEM
Objetivos
Fundamento teórico
Figura 1
Da figura de Lissajous obtida podemos estabelecer a relação entre dois sinais, conforme
o número de vezes que a figura toca na linha de tangência horizontal e na vertical. No
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 57
exemplo acima a figura na tangência horizontal uma vez e na vertical duas vezes.
F 1
Portanto a relação entre as freqüências será: 1 FH 2 FV ? V .
FH 2
FV NH
Para um caso genérico podemos escrever: .
FH NV
Medida da freqüência
Basta aplicar o sinal a ser medido em uma das entradas do osciloscópio e um outro com
freqüência conhecida na outra entrada. Da Lissajous obtida na tela, determina-se NV e
NH e aplicando-se a relação calcula-se a freqüência descohecida. Um exemplo é
mostrado na figura 2.
Figura 2
Medida da defasagem
Figura 3
a
'T arc sen .
b
2a
'T arc sen .
2b
Procedimento experimental
Figura 4
Tabela 1
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 59
Figura 5
FV NH
5 - Comprove a relação , com os valores indicados na tabela 1
FH NV
Tabela 2
C (PF) R 2a 2b 2a 'T
2b
4,7 :
47 k:
O,1 150 k:
470 k:
1 M:
7 - Calcule a defasagem utilizando os valores da tabela 2 para cada valor do resistor
anotando os resultados na tabela 2
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 60
CAPACITORES
Objetivos
Fundamento teórico
Capacitor – capacitância
No caso de um capacitor de placas planas e paralelas, a sua capacitância será dada por:
HS
C
d
Q
C ou Q CV
V
( nF 10 9 F ) e o picofarad ( pF 10 12 F ).
Consistem de uma folha de alumínio anodizada como armadura positiva (que por um
processo eletrolítico forma uma camada de óxido de alumínio que serve como dielétrico)
e um fluido condutor, o eletrólito que impregnado em um papel poroso, é colocado em
contato com outra folha de alumínio de modo a formar a armadura negativa. O conjunto
é bobinado, sendo a folha de alumínio anodizada, ligada ao terminal positivo e a outra
ligada a uma caneca tubular (que forma o encapsulamento do conjunto) e ao terminal
negativo. Os capacitores eletrolíticos, por apresentarem o dielétrico como uma fina
camada de óxido de alumínio e em uma das armaduras um fluido, constituem uma série
de altos valores de capacitância, mas de valores limitados de tensão de isolação e
terminais polarizados. De forma idêntica encontramos os capacitores eletrolíticos de
tântalo, onde o dielétrico é formado por óxido de tântalo, cuja constante dielétrica faz
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 62
Capacitores cerâmicos
Apresentam como dielétrico um material cerâmico, que é formado por uma camada de
tinta, que contém elemento condutor, formando as armaduras. O conjunto recebe um
revestimento isolante. São capacitores de baixos valores e altas tensões de isolação.
São aqueles cuja capacitância pode ser facilmente mudada. Um dos tipos mais comuns é
o de dielétrico de ar. Para a sintonia de rádios (escolha de estação) normalmente usa-se
este tipo de capacitor.
Código numérico
Código de cores
Encontram-se nas figuras e tabelas a seguir outras formas utilizadas para representar os
valores dos capacitores, incluindo os códigos de cores nos capacitores tipo disco,
tubulares e plásticos.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 64
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 65
Procedimento experimental
De posse de capacitores
Objetivo
Fundamento teórico
Figura 1
E
S do circuito. A corrente neste instante é a máxima do circuito, ou seja, I máx . A
R
partir daí, o capacitor inicia um processo de carga com aumento gradativo da tensão
entre seus terminais (VC) e com uma diminuição da corrente, obedecendo a uma função
exponencial, até atingir o valor zero, quando estiver totalmente carregado. A partir desta
característica podemos equacionar a corrente em função do tempo e dos componentes
do circuito:
t t
E W
i(t) I máx e W ou i( t) e
R
onde: i(t) é o valor da corrente num determinado instante, Imáx é o valor inicial da
corrente no circuito, e é a base do logaritmo neperiano ( e 2,72 ) e W a constante de
tempo do circuito ( W R C ).
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 67
da corrente, teremos: E R i( t) VC
t
Que resulta: VC E(1 e W ) , que é denominada equação de carga do capacitor.
Figura 2
Estando o capacitor carregado podemos montar um circuito para a sua descarga, como
ilustrado na figura 3
Figura 3
Figura 4
t
Equacionando a corrente em função do tempo temos: i(t) I máx e W .
t
No circuito da figura 3 temos: v C v R , onde Vc R i(t) ou VC W
R (I máx e )
t
VC Vcmáx e W que é denominada equação de descarga do capacitor.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 68
Figura 5
Procedimento experimental
Figura 6
VC 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
(V)
t (s)
Figura 7
VC 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
(V)
t (s)
capacitor.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 69
INDUTOR EM REGIME DC
Objetivo
Fundamento teórico
Um fio condutor ao ser percorrido por uma corrente elétrica, cria ao redor de si um
campo magnético. Para melhor aproveitamento deste campo enrola-se o condutor em
forma de espiral, ao redor de um núcleo, constituindo o componente chamado indutor.
Figura 1
Os indutores podem ser fixos ou variáveis. Os fixos são constituídos por um fio de cobre
esmaltado, enrolado ao redor de um núcleo que pode ser de ar, de ferro ou de ferrite. O
indutor com núcleo de ar é simplesmente constituído pelo enrolamento e proporciona
baixos valores de indutância. Os de núcleos de ferro e de ferrite proporcionam valores
mais altos de indutância, sendo que o de ferrite, pó de ferro com aglutinante, é aplicado
principalmente em altas freqüências. Os indutores variáveis consistem num sistema onde
o núcleo é móvel podendo a indutância ser ajustada externamente, dentro de uma faixa
pré-estabelecida.
Indutor em regime DC
Energização do indutor
Figura 2
Figura 3
L
circuito e é igual a W .
R
t t
equação da corrente, teremos: E R I máx (1 e W ) VL , que resulta: VL Ee W ,
Figura 4
Desenergização do indutor
Figura 5
Figura 6
t
Equacionando a corrente em função do tempo temos: i(t) I máx e W .
t
No circuito da figura 5 temos: v L v R , onde VL R i(t) ou VL W
R (I máx e )
t
VL VLmáx e W que é denominada equação de descarga do indutor.
Figura 7
Procedimento experimental
1 - Monte o circuito da figura 8. Ajuste o gerador de sinais para onda quadrada, 5 VPP e
freqüência 10 kHz.
Figura 8
3 - Substitua o resistor de 470 : por outro de 1 k:. Meça e anote na tabela a forma de
onda no indutor e no resistor
4 - Substitua o resistor de 1 k: por outro de 2,2 k:. Meça e anote na tabela a forma de
onda no indutor e no resistor
6 - Explique as diferenças entre as formas de onda de tensão no indutor, nos três casos.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 73
CAPACITOR EM REGIME AC
Objetivo
Fundamento teórico
Um capacitor, quando percorrido por uma corrente elétrica alternada oferece uma
oposição à passagem da mesma, imposta por campo elétrico denominada reatância
capacitiva. Essa reatância capacitiva é inversamente proporcional à freqüência da
corrente, ao valor do capacitor e é dada por:
1 1
XC ou X C .
ZC 2SfC
1
Da relação X C podemos traçar o gráfico da reatância capacitiva em função da
2SfC
freqüência indicada na figura 1.
Figura 1
Figura 2
S
Observando a figura 2 notamos que a corrente está adiantada de rad , em relação à
2
tensão, portanto temos que, a corrente obedece à equação:
S , onde I VCmáx
I I máx sen(Zt ) máx .
2 XC
Procedimento experimental
Figura 3
Tabela 1
VRpp (V) 1 2 3 4 5
VRef (V)
Ief (A)
VCpp (V)
VCef (V)
XC (:)
3 - Ajuste o gerador de sinais para 1 Vpp, mantendo-a constante a cada medida. Varie a
freqüência de acordo com a tabela 2. Meça e anote para cada caso o valor da tensão
pico a pico no resistor e no capacitor.
Tabela 2
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 75
f (kHz) VRpp (V) VRef (V) VCpp (V) VCef (V) Ief (A) XC (:)
1
10
VRe f
5 - Calcule I ef , anotando o resultado na tabela 2
R
VCef
6 - Calcule X C , anotando o resultado na tabela 2
I ef
1
7 - Calcule X C e compare com os valores obtidos na tabela 2.
2SfC
INDUTOR EM REGIME AC
Objetivo
Fundamento teórico
Um indutor, quando percorrido por uma corrente elétrica alternada oferece uma
oposição à passagem da mesma, imposta por campo magnético denominada reatância
indutiva. Essa reatância indutiva é diretamente proporcional à freqüência da corrente, ao
valor do indutor e é dada por:
XL ZL ou X L 2SfL .
Sendo a reatância indutiva uma oposição à passagem de corrente, a sua unidade é ohms
(:). Da relação X L 2SfL podemos traçar o gráfico da reatância indutiva em função da
Figura 1
Figura 2
S
Observando a figura 2 notamos que a corrente está atrasada de rad , em relação à
2
tensão, portanto temos que, a corrente obedece à equação:
S , onde I VCmáx
I I máx sen(Zt ) máx .
2 XL
Procedimento experimental
Figura 3
Tabela 1
VRpp (V) 1 2 3 4 5
VRef (V)
Ief (A)
VLpp (V)
VLef (V)
XL (:)
3 - Ajuste o gerador de sinais para 1 Vpp, mantendo-a constante a cada medida. Varie a
freqüência de acordo com a tabela 2. Meça e anote para cada caso o valor da tensão
pico a pico no resistor e no indutor.
Tabela 2
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 78
f (kHz) VRpp (V) VRef (V) VLpp (V) VLef (V) Ief (A) XL (:)
1
10
VRe f
5 - Calcule I ef , anotando o resultado na tabela 2
R
VLef
6 - Calcule X L , anotando o resultado na tabela 2
I ef
Objetivo
Fundamento teórico
Figura 1
Figura 2
Do diagrama temos que, a soma vetorial das tensões do resistor e do capacitor é igual a
da tensão da fonte.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 80
V2 V2 V2
ef Re f Cef
2 2 2
§V · §V · §V ·
¨ ef ¸ ¨ Re f ¸ ¨ Cef ¸
¨ ¸ ¨ ¸ ¨ ¸
¨ I ef ¸ ¨ I ef ¸ ¨ I ef ¸
© ¹ © ¹ © ¹
onde
VCef XC
sen T
Vef Z
VRe f R
cos T
Vef Z
VCef XC
tgT
VRe f R
VR ( t) VRmáx senZt T
§ S·
VC (t ) VCmáx sen¨¨ Zt T ¸¸
© 2¹
Procedimento experimental
1 - Monte o circuito da figura 3. Ajuste o gerador de sinais para 5 Vpp, onda senoidal.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 81
Figura 3
Tabela 1
200
400
600
800
1000
Figura 4
Tabela 2
f (kHz) 2a 2b 'T
100
200
400
600
800
1000
Objetivo
Fundamento teórico
O circuito RL série, composto por um resistor em série com um indutor, é visto na figura
1.
Figura 1
Figura 2
Do diagrama temos que, a soma vetorial das tensões do resistor e do indutor é igual a
da tensão da fonte.
V2 V2 2
VLef
ef Re f
2 2 2
§V · §V · §V ·
¨ ef ¸ ¨ Re f ¸ ¨ Lef ¸
¨ ¸ ¨ ¸ ¨ ¸
¨ I ef ¸ ¨ I ef ¸ ¨ I ef ¸
© ¹ © ¹ © ¹
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 83
onde
VLef XL
sen T
Vef Z
VRe f R
cos T
Vef Z
VLef XL
tgT
VRe f R
§ S·
VL (t) VLmáx sen¨¨ Zt T ¸¸
© 2¹
Procedimento experimental
1 - Monte o circuito da figura 3. Ajuste o gerador de sinais para 5 Vpp, onda senoidal.
Figura 3
Tabela 1
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 84
20
40
60
80
100
Figura 4
Tabela 2
f (kHz) 2a 2b 'T
10
20
40
60
80
100
Objetivo
Fundamento teórico
Figura 1
Figura 2
Observando o diagrama, nota-se que VLef é maior que VCef, portanto temos como
resultante um vetor ( VLef VCef ), determinando um circuito com características
indutivas, ou seja, com corrente atrasada em relação á tensão. No caso de termos VCef
maior que VLef, obteremos um circuito com características capacitivas, ou seja, com a
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 86
Figura 3
Da figura 2, temos que, a soma vetorial da resultante com o resistor é igual a da tensão
da fonte. Assim sendo podemos escrever:
V2 V2 (V VCef ) 2
ef Re f Lef
2 2 2
§V · §V · §V V ·
¨ ef ¸ ¨ Re f ¸ ¨ Lef ¸
¨ ¸ ¨ ¸ ¨ Cef ¸
¨ I ef ¸ ¨ I ef ¸ ¨ I ef I ef ¸
© ¹ © ¹ © ¹
onde
circuito.
VLef VCef XL XC
sen T
Vef Z
VRe f R
cos T
Vef Z
VLef VCef XL XC
tgT
VRe f R
Como o circuito RLC série pode ter comportamento capacitivo ou indutivo, vãos sobrepor
suas reatâncias, construindo o gráfico da figura 4.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 87
Figura 4
Na figura 4 temos que para freqüências menores que fo, XC é maior que XL e o circuito
tem características capacitivas. Para freqüências maiores que fo, XL é maior que XC e o
circuito tem características indutivas. Na freqüência fo, temos que XC é igual a XL, e o
efeito capacitivo é igual ao indutivo. Como esses efeitos são opostos, um anula ao outro,
apresentando o circuito características puramente resistivas. Este fato pode ser
1
fo
2S LC
Figura 5
Figura 6
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 88
Quando no circuito RLC série tivermos o valor da resistência igual ao valor da reatância
equivalente ( X L X C ), podemos afirmar que a tensão no resistor (VR) é igual à tensão
V2 V2 (V VCef ) 2
ef Re f Lef
Vef V
dividindo por R, temos: 2 Re f
R R
Vef
como representa o valor de Io, ou seja, a corrente do circuito na freqüência de
R
VR
ressonância, e a corrente no circuito na situação da reatância equivalente e igual à
R
resistência, podemos relacioná-las:
Io
Io 2 I ou I
2
Esse valor de corrente pode ocorrer em duas freqüências de valores distintos, sendo
denominadas respectivamente de freqüência de corte inferior (fCi) e freqüência de corte
superior (fCs). Na figura 7. é visto o gráfico da corrente em função da freqüência com
esses pontos transpostos.
Figura 7
LB f Cs f Ci .
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 89
Procedimento experimental
1 - Monte o circuito da figura 8. ajuste o gerador de sinais para 5 VPP, onda senoidal.
Figura 8
Tabela 1
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
VRe f
4 -Calcule o valor eficaz das correntes, utilizando I ef1 , completando a tabela 1
R
VRe f
5 - Calcule a impedância para cada caso, utilizando I ef1 , completando a tabela
R
1
Tabela 2
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 90
f (kHz) 2a 2b 'T
2
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
EFEITO JOULE
Objetivos
Fundamento teórico
Efeito joule é o fenômeno pelo qual um condutor se aquece quando atravessado por
uma corrente elétrica.
'E
J , onde J é chamado equivalente mecânico do calor.
'Q
Imaginemos um calorímetro com uma resistência. Façamos passar por ela uma corrente
de intensidade I, durante um tempo t, aplicando uma tensão nos seus terminais. A
energia elétrica absorvida pela resistência durante o tempo t é 'E VIt.
Suponhamos que, no interior do calorímetro, haja uma certa massa m de água, que
devido à energia elétrica sofreu uma variação de temperatura 'T. A quantidade de calor
recebida pela água proveniente da energia elétrica será 'Q m c 'T k ' T .
VIt
J
m c 'T k 'T
Procedimento experimental
k m1 0,217
T0 = _________ ºC
P = _______ g.cm-3
Figura 1
J
'E
, onde 'E VAB I t
VAB 2 t e 'Q mH2O c 'T k 'T
'Q R
VAB 2 t
VAB I t R
J ou J
mH2O c 'T k 'T mH2O c 'T k 'T
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 93
MEDIDA DE RESISTÊNCIA E DO
COEFICIENTE DE TEMPERATURA
Objetivo
Fundamento teórico
R R 0 1 DT
Para metais puros a. Para ligas é justamente o oposto, a resistência específica U é alta e
o coeficiente de temperatura D é relativamente baixo.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 94
Método de medida
Figura 1 Figura 2
O método mais preciso de medida de resistência é com a ajuda de uma ponte , onde
duas resistências são comparadas. A ponte de Wheatstone, mostrada na figura 1, é
composta de quatro resistores. Entre A e B uma fonte é conectada e entre Ce D um
instrumento de leitura é conectado. Quando o circuito está em equilíbrio não circula
corrente no galvanômetro. Nesta situação há duas corrente através do circuito: i1 e i2.
Da lei de Ohm obtemos:
R2
R i1 R 1 i2 e R x i1 R 2 i2 o que dá: R R1
Rx
Numa ponte de fio, figura 2, os resistores R1 e R2 são substituídos por um fio. Quando o
cursor é deslocado ao longo do fio o valor da resistência vai se modificando. O
comprimento do fio é proporcional à resistência, portanto podendo substituí-la. Desse
modo:
L
Rx R 2
L1
R X L2
e R L1
V § · §
¨1 R X ¸ ¨1 L 2 ·¸
¨ R ¸ ¨© L1 ¸¹
© ¹
Procedimento experimental
Figura 3
e (mV)
'R (:)
4 - Calcule o valor teórico de R0, tomando a resistividade do fio a partir da Segunda lei
de Ohm:
L
RO U
A
BALANÇA DE CORRENTE
Objetivos
Comprovar que um condutor percorrido por uma corrente quando colocado na presença
de campo magnético fica submetido à ação de uma força de natureza magnética
Fundamento teórico
A figura 1 mostra um arranjo contendo uma bobina retangular (sem que esteja
circulando corrente)e uma balança com um peso preso no braço da direita sendo
equilibrado pelos corpos colocados no prato esquerdo; no momento em que fazemos
circular uma corrente pela bobina, uma força adicional será acrescida á ao peso sobre
bobina, figura 2.
Figura 1 Figura 2
Procedimento experimental
4 - Ligue a fonte e faça circular uma corrente pela bobina; de modo a reequilibrar a
balança.
&
5 - O peso adicionado no prato esquerdo da balança equivale à força magnética Fm
V "
Temos que: i e R U
R A
&
& Fm U
B
VA
&
Ba
bobina quadrada: i onde; P0 = 4.S.10-7 T.m.A-1, N – n° de espiras da bobina e
N P0
a – lado da espira
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 98
Objetivo
Fundamento teórico
Princípio de Seebeck
“ Qualquer diferença de temperatura entre junções dois metais diferentes gera uma
diferença de potencial, isto é, força eletromotriz, entre essas junções ”.
Peltier e Thomson
Proccedimento experimental
3 - Colocar gelo picado misturado com água em dois copos de bequer. Num outro
colocar água a temperatura ambiente.
4 - Colocar a junta de referência e a junta de medição nos copos de bequer com gelo e
com auxílio de um termômetro medir as temperaturas nas duas junções medindo
também a voltagem indicada no milivoltímetro.
TR = TM = mV =
TR = TM = mV =
TR = TM = mV =
TR = TM = mV =
TR = TM = mV =
Objetivo
Fundamento teórico
As linhas de força foram definidas por Faraday com a finalidade de conseguir uma
espécie de visualização do campo elétrico. Também o campo magnético pode ser
representado por linhas de indução, definidas de modo análogo às linhas de força. As
&
linhas de indução são tangentes ao vetor indução magnética ( B ) em cada ponto
&
(normalmente o vetor indução magnética B , é simplesmente chamado de campo
magnético) e são próximas umas das outras nas regiões onde o campo magnético é
mais intenso.
Um condutor quando percorrido por uma corrente elétrica cria ao seu redor um campo
magnético. Este fato foi primeiramente observado por Oersted em 1820. este campo
magnético varia com o inverso da distância segundo a equação (para um condutor
retilíneo e infinitamente comprido)
& Po I
B
2S d
Procedimento experimental
Figura 1
LINHAS DE INDUÇÃO
Objetivos
Fundamento teórico
As linhas de força foram definidas por faraday com a finalidade de conseguir uma
espécie de visualização do campo elétrico. Também o campo magnético pode ser
representado por linhas; as linhas de indução (figura 1). As linhas de indução são
&
tangentes ao vetor indução magnética ( B ) em cada ponto (normalmente o vetor
indução magnética, é simplesmente chamado de campo magnético) e são mais próximas
umas das outras onde o campo magnético é mais intenso.
Figura 1
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 103
Caso empunharmos o fio com os quatro dedos da mão direita de tal forma que o polegar
estendido aponte no sentido da corrente que passa, então os quatro dedos darão a
direção do campo magnético, isto é, a direção da força que age no pólo norte da agulha
magnética. Esta regra chama-se regra da mão direita para o campo magnético.
Procedimento experimental
1 - Coloque limalha de ferro sobre a placa de vidro, bem espalhada como mostra a
figura 2
Figura 2
3 - Reproduza em uma folha de papel a figura geométrica que a limalha de ferro está
formando
Figura 3
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 104
Figura 4
Objetivo
Fundamento teórico
Desde os tempos de Gilbert a terra foi considerada comoum grande imã natural. Este
campo magnético na superfície da terra, varia segundo a região em que é medido, de
uns 0,2 a 0,6 gauss. Para determinadas regiões podem inclusive acontecer anomalias,
com o campo magnético assumindo valores diferentes dos que seria o esperado. Este é
o caso por exemplo de uma extensa região que vai do rio de janeiro ao rio grande do sul
e que apresenta valores inferiores ao que seria de se esperar. Estes valores são de
pouco mais que 0,2 gauss como mostra a figura 1.
Figura 1
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 106
Procedimento experimental
1 - Faça a montagem do circuito como ilustrado na figura 2, tendo o cuidado para que a
espira fique bem alinhada com a agulha da bússola.
Figura 2
* P o i
4 - Determine o valor do campo magnético através da equação B , onde
2R
Po 4 S.10 7 N.A 2
CORRENTES DE FOUCAULT
Objetivos
Fundamento teórico
Figura 1
Este fenômeno pode aparecer também em condutores maciços, como é o caso de uma
chapa metálica como mostra a figura 2.
Figura 2
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 108
Devido ao fato de que um condutor maciço possui resistência elétrica pequena, estas
correntes induzidas, que nestes casos recebem o nome de correntes de Foucault, podem
atingir valores consideráveis. Assim sendo, podem, conseqüentemente aquecer o
condutor. De um modo geral, estas correntes não são desejáveis (como nos núcleos de
transformadores) porque além de desprendimento de calor causam perda de potência.
Deste modo os núcleos de transformadores são normalmente constituídos de barras
laminadas e isoladas eletricamente umas das outras.
Procedimento experimental
Figura 3
3 - Solte-o e marque o tempo que gastará para parar completamente de oscilar. Repita o
procedimento por três vezes determinando o valor médio.
TRANSFORMADOR
Objetivo
Fundamento teórico
Figura 1
VP NP
VS NS
VP IS
PS PP ou VS I S VP IP ?
VS IP
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 110
VP NP IP
VS NS IS
Para evitar correntes de Foucault, o núcleo é constituído por chapas laminadas, isoladas
por um verniz e solidamente agrupadas, enquanto que para diminuir as perdas por
histerese o material destas lâminas é constituído de aço. Para reduzir a dispersão do
fluxo, todo conjunto tem um formato apropriado, onde os enrolamentos primário e
secundário são, através de um carretel, colocados na parte central, concentrando dessa
maneira as linhas de campo magnético.
Figura 2
Rendimento do transformador
PS PS
K ou em porcentagem, K% 100
PP PP
Tipos de transformadores
Figura 3
Procedimento experimental
Figura 4
Figura 5
4 – Com o multímetro na menor escala VDC, ligue e desligue a chave S. Observe e anote
no quadro o que acontece
Comentários
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 112
Comentários
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 113
REFRAÇÃO DA LUZ
Objetivo
Fundamento teórico
Leis da refração
1ª Lei - O raio incidente (i), o raio refratado (r) e a normal (N) à superfície de separação
pertencem ao mesmo plano.
2ª - Lei de Snell-Descartes: para cada par de meios e para cada luz monocromática que
se refrata, é constante o produto do seno do ângulo que o raio forma com a normal e o
índice de refração do meio em que o raio se encontra.
luz no vácuo)
SUBSTÂNCIA n
ar 1
glicerina 1,47
Caracterização da refração
o Incidência obliqua – raio refratado aproxima da normal (r < i) se o meio 2 tem índice de
refração maior que o do meio 1; raio refratado afasta da normal (r > i) se o meio 2 tem
índice de refração menor que o do meio 1.
o Ângulo limite (L) à medida que i o 90° r o L (tende a um valor limite) após o qual
passa a ocorrer reflexão total do feixe incidente.
Procedimento experimental
n2 v1 sen i
n 2,1
n1 v2 sen r
n1 sen r
n1,2
n2 sen i
n1,2 sen L
Objetivos
Fundamento teórico
bc d
Na figura acima no 'abc, temos: sen(i1 r1 ) ? ab (1)
ab sen(i1 r1 )
ap e
no 'abp, temos: cos r1 ? ab (2)
ab cos r1
e [ sen( i r ) ]
igualando (1) e (2) teremos: d
cos r
Procedimento experimental
1 - Colocar a lâmina de faces paralelas sobre uma folha de papel prendendo no anteparo
como na figura.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 117
3 - Tirar a lâmina e a folha do sistema acima. Traçar os raios incidente (I) e emergente
(R) unindo-os. Prolongar o raio incidente (I) com uma linha pontilhada. Traçar a normal
do raio incidente em relação ao ponto de emergência (b). Traçar a normal da face I (N1)
e da face II (N2)
Cálculos
Índice de refração
Se os meios externos são iguais teremos i1 = i2; o raio incidente (I) e o raio emergente
(R) são paralelos.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 118
sen i1
Face I: n1
sen r1
sen i2
Face II: n 2
sen r2
Desvio linear
e [ sen( i r ) ]
d
cos r
dM d
Erro em relação ao desvio linear: %E u 100
dM
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 119
PRISMA
Objetivos
Fundamento teórico
Prisma óptico
Prisma, em óptica, é todo meio transparente limitado por duas faces planas não
paralelas. A intersecção das faces planas chama-se aresta refringente; o ângulo do
diedro das duas faces é o ângulo refringente. A terceira face disposta paralelamente à
aresta refringente é a base do prisma. A base e as arestas perpendiculares Bb e Cc não
têm função óptica.
Fórmulas do prisma
sen i1 n sen r1
sen i2 n sen r2
A r1 r2
' i1 i2 A
O desvio varia com o ângulo de incidência e passa por um mínimo. Quando se realiza o
mínimo de desvio, verifica-se que o feixe luminoso progride no interior do prisma
segundo a direção perpendicular á bissetriz do ângulo A; então os ângulos interiores r1 e
r2 são iguais; portanto também o são i1 e i2.
sen i n sen r
A 2r
' 2i A
Índice de refração
sen 1 ( A ')
da equação: n 2 , portanto para se calcular o índice de refração do prisma
sen 1 A
2
Procedimento experimental
1 - Colocar o prisma sobre uma folha de papel prendendo no anteparo como na figura.
5 - Prolongar os raios incidente (I) e emergente (R) com uma linha pontilhada até que
se cruzem.
6 - Traçar a normal da face I (N1), no ponto de incidência i1, e da face II (N2), no ponto
de emergência i2, de modo que ambas se cruzem.
8 - Com auxílio de um transferidor medir os ângulos i1, i2, r1, r2, A e 'M.
Cálculos
Índice de refração
sen i1
Face I: n1
sen r1
sen i2
Face II: n 2
sen r2
AC r1 r2
A AC
Erro em relação ao ângulo de refringência: %E u 100
A
Desvio linear
'C i1 i2 A
'M ' C
Erro em relação ao desvio linear: %E u 100
'M
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 123
ESPELHOS PLANOS
Objetivo
Fundamento teórico
o Objeto e imagem têm naturezas opostas, isto é: quando o objeto é real, a imagem é
virtual; quando o objeto é virtual, a imagem é real.
Todos os objetos colocados nessa região serão vistos pelo observador. Observe que o
campo visual depende da posição do olho do observador. O Ponto O (olho do
observador) pode pertencer ou não ao campo visual; na figura o observador não
enxerga seu próprio olho por reflexão no espelho.
p1 p1c
p2 pc2
d p 2 p1
x p 2 pc2 p1 p1c
x p 2 p 2 p1 p1
x 2p 2 2p1
x 2p 2 p1
x 2d
Girando o espelho de um ângulo D, ele passa a ocupar a posição E2 e o raio incidente irá
encontrá-lo no ponto M. Queremos determinar uma relação entre o ângulo D e o ângulo
E formado pelos raios refletidos IB (inicial) e MC (final).
o D i ic 0
o D ic i
o 2i 2ic E 0
o E 2ic 2i
o E 2ic i
o E 2D
Se um espelho plano sofre uma rotação de um ângulo D, o raio refletido sofre uma
rotação de 2D. Este método é utilizado para medir pequenos ângulos – Método de
Poggendorf.
Dois espelhos planos com faces refletoras voltadas uma para outra, forma espelhos
angulares.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 126
360q
é um número par: o ponto objeto P pode ficar em qualquer posição entre
D
os dois espelhos;
360q
é um número ímpar: o ponto objeto P está no plano bissetor de D.
D
Procedimento experimental
5 - Determinar a relação entre o ângulo de rotação (D) e o ângulo formado pelos raios
refletidos (E).
6 - Posicionar dois espelhos planos de modo a formarem um ângulo (D) entre si.
9 - Posicionar os espelhos com um ângulo de 120° entre si. Observar a própria reflexão.
Qual a conclusão obtida.
ESPELHOS ESFÉRICOS
Objetivo
Fundamento teórico
Espelhos esféricos
Tipos de espelhos
Elementos
C – centro F – foco
R – raio de curvatura
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 129
Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal emerge passando pelo foco
principal imagem.
Todo raio de luz que incide passando pelo centro de curvatura reflete-se sobre si
mesmo.
Todo raio de luz que incide no vértice do espelho reflete-se simetricamente em relação
ao eixo principal.
Procedimento experimental
7 - Construir o gráfico.
Cálculos
1 1 1
Equação de Newton: FN2 L L ' , Equação de Gauss:
FG P Pc
Cálculo da ampliação
I Pc
A
O P
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 131
LENTES ESFÉRICAS
Objetivos
Fundamento teórico
Lentes esféricas
Tipos
Convergentes
Divergentes
Representação
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 132
Elementos
Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal emerge passando pelo foco
principal imagem.
Todo raio de luz que incide passando pelo foco principal objeto emerge paralelamente
ao eixo principal.
Todo raio de luz que incide passando pelo centro óptico emerge sem desvio.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 133
Procedimento experimental
3 - Medir a distância do objeto à lente (P), anotando seu valor no quadro de trabalho.
4 - Medir a distância da imagem à lente (P’), anotando seu valor no quadro de trabalho.
7 - Construir o gráfico.
Cálculos
1 1 1
Equação de Gauss:
FG P Pc
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 134
Cálculo da ampliação
I Pc
A
O P
Equação de Halley
1 § 1 1 ·
n 1 ¨¨ ¸ ; onde n = 1,5 (índice de refração)
¸
F © R1 R 2 ¹
Método de Bessel
4 - Continuar a deslizar a lente na direção e sentido do anteparo, até obter uma nova
imagem nítida e reduzida.
D 2 d2
7 - Calcular o foco por: FB .
4 D
1 § 1 1 ·
8 - Calcular o raio por: (n 1) ¨¨ ¸.
¸
FB © R1 R 2 ¹
D 2 d2
Lente 1: d Y Y o e F1
4 D
D 2 d2
Lente 2: d Y Y o e F2
4 D
D 2 d2
d Y Y o e F1 2
4 D
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 135
1
1 - Lente 1: C1
F1
1
2 - Lente 2: C 2
F2
1
3 - Associação (lente 1 + lente 2): C1 2 ou por C1 2 C1 C 2
F1 2
MICROSCÓPIO ÓPTICO
Objetivo
Fundamento teórico
As origens do microscópio
A partir do século XIV lentes começaram a ser usadas comumente para corrigir defeitos
de visão e como dispositivos de aumento.
Este uso atingiu seu apogeu com Leeuwenhoek (figura acima), que provavelmente deve
ser considerado o primeiro verdadeiro microscopista. Detentor de uma técnica
extremamente desenvolvida levou o uso do microscópio simples (uma lente ou lupa) ao
seu nível mais alto.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 137
Seus microscópios eram individualmente feitos para cada amostra e alguns de seus
"pequenos animais" são examinados com aumentos de 300 vezes, façanha considerável
mesmo em comparação com alguns instrumentos modernos.
A maioria dos historiadores situa sua origem na Holanda, por volta de 1600 e
mencionam Jansen ou Lippershey como inventores. Convencionemos que a verdadeira
história do microscópio começa em 1625, ano em Giovanni Faber cunhou o termo
microscópio.
Os cem anos entre 1650 e 1750 podem ser considerados como época do
desenvolvimento mecânico do microscópio. Em 1665 surgiu o célebre microscópio de
Hooke.
Microscópio de Hooke
Este é talvez o protótipo do microscópio moderno, não só pela sua construção, mas por
sua íntima ligação com a Micrographia, sem dúvida a mais famosa publicação de
microscopia de sua época.
Microscópio de Cuff.
Microscópio de Adams.
Nos cem anos entre 1800 e 1900 o microscópio finalmente conheceu a maturação ótica
correspondente ao seu desenvolvimento mecânico. Em 1747 Euler desenvolveu a teoria
da correção cromática.
A qualidade óptica final atingiu assim o seu mais alto grau no início do século XX. A
excelente correção das lentes apocromáticas foi extendida por Boegehold a partir de
1938 às lentes planoapocromáticas, cujo grande campo de visão corrigida as tornam
especialmente importantes para a microfotografia e metalografia.
Os princípios da microscopia
Não é isto o que ocorre: existe uma limitação física, relacionada com a radiação
utilizada, para a menor distância entre dois pontos que permite distingui-los
separadamente.
Aberração esférica
A aberração esférica determina que raios axiais que atravessam a lente próximo de seu
eixo ótico são focalizados em um ponto diferente daquele dos raios que passam pela
periferia.
Este defeito é inerente a uma lente esférica, e para uma lente isolada, só pode ser
minimizado através da diminuição de seu diâmetro, ou seja, utilizando apenas raios
paraxiais.
Aberração cromática
Estes defeitos se agravam à medida que usamos uma lente mais "forte", ou seja, com
maiores aumentos.
Foi com o objetivo de minimizar esta dificuldade que surgiu o microscópio composto,
onde, pelo aumento sucessivo de duas lentes, obtemos o mesmo aumento atingido por
uma só lupa. A qualidade da imagem fornecida pelo conjunto, por exemplo, de 5 X x 10
X será muito melhor do que a obtida por uma lente de 50 X.
Estas aberrações podem ser largamente controladas caso utilizemos, ao invés de lentes
simples, combinações de lentes de diversos perfís e com vidros de diferentes índices de
refração.
Existe outro comportamento da luz que não pode ser interpretado pelas leis da ótica
geométrica: é a difração, que exige que consideremos a luz como constituída de ondas
transversais que se propagam no espaço.
Durante o século XIX , procurou-se aumentar o poder de resolução das lentes e dos
microscópios pela construção de lentes cada vez mais perfeitas, na suposição de que isto
levaria a aumentos crescentes, e supostamente, ilimitados.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 141
Em 1880, Abbe demonstrou que na verdade a resolução de uma lente era limitada por
difração, dependendo de sua abertura e do comprimento de onda da luz, segundo d =
0.61 l / n . sen a, onde l é o comprimento de onda da luz, n o índice de refração do
meio, e a o ângulo de abertura da lente.
Este resultado pode ser considerado um dos mais importantes, senão a fórmula
fundamental da microscopia.
É claro que tudo o que vimos até agora resulta da interação entre a luz, objetos e
lentes, e, portanto, com a matéria. No entanto, costuma-se estudar esta interação de
maneira mais geral, analizando o efeito de todo o espectro eletromagnético sobre a
matéria; e por razões que se tornarão aparentes mais adiante, incluímos nesta análise o
efeito de um feixe de elétrons.
Parte mecânica
Pé ou base
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 142
É o local de apoio.
Braço ou coluna
Platina ou mesa
Redonda ou quadrangular, pode ser fixa, móvel ou giratória no plano horizontal. Sobre
ela fica a lâmina com o material a ser observado. Apresenta uma abertura no seu centro
permitindo a passagem dos raios luminosos.
Tubo ou canhão
Nos microscópios monoculares, o tubo representa um cilindro metálico, que pode ser
reto ou oblíquo. Nos microscópios binoculares podem ser inclinados, com ajustes para a
distância entre os olhos de cada observador.
Parafusos
Revólver ou tambor
Fica acima da mesa. As objetivas se encaixam numa peça rotatória e giram sempre no
sentido do menor para o maior aumento.
Charriot
Parte óptica
Lente ocular
Ocular de Huygens – duas lentes convergentes plano convexas, cujas superfícies curvas
estão voltadas para a objetiva, sendo a distância focal da primeira (a do lado da
objetiva) o triplo da distância focal da segunda, sendo a distância entre as lentes o triplo
da distância focal da primeira.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 143
Ocular de Ramsden – duas lentes convergentes plano convexas, cujas faces curvas estão
frente a frente, sendo as distâncias focais iguais e a distância entre elas 2/3 da distância
focal comum.
Lente objetiva
Formada por duas ou mais lentes convergentes pequenas como mesmo eixo principal.
Localizado abaixo da mesa, sua função principal é fornecer bastante luz, indispensável
nas grandes ampliações do material a ser observado. Fecha-se o diafragma quando se
usam objetivas de pouco aumento. Para eliminar os raios laterais. Abre-se o diafragma
na medida em que vão se aumentando as ampliações
Fonte luminosa
Encaixada por baixo do condensador projeta os raios luminosos sobre a amostra com o
objetivo de ilumina-la. Pode ser uma lâmpada ou um espelho que reflete luz natural.
Potência do microscópio
hc
Sendo g o aumento linear da objetiva expresso por g e g´o aumento linear da
h
hcc
ocular expressa por gc , podemos escrever que G g gc .
hc
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 145
Objetivo
Fundamento teórico
Dispersão Da Luz
c
n
v
Procedimento experimental
Figura 1
4 - Afaste ou aproxime o anteparo de modo a obter como maior nitidez esse espectro
6 - Coloque a lente condensadora entre o prisma e o anteparo, numa posição tal que
desapareça o espectro obtido anteriormente
Objetivo
Fundamento teórico
Fenômenos de interferência
Desde o tempo de Newton até ao princípio do século XIX, a maioria dos físicos defendia
a teoria corpuscular. No entanto, no princípio desse século o físico inglês Thomas Young
mostrou que a luz apresentava fenômenos de interferência, logo tinha características
ondulatórias. Este fenômeno verifica-se quando interagem, no mesmo ponto do espaço,
pelo menos, duas radiações correspondentes a duas ondas com a mesma freqüência e
diferença de fase " M " que não varia com o tempo.
Esta constância da diferença de fase exprime a coerência das vibrações que interferem.
Observam-se , na região do espaço, onde se propagam as duas ou mais ondas, zonas
onde as amplitudes se reforçam e outras onde essas amplitudes se anulam.
Aplicações
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 148
Procedimento experimental
Figura 2
2 - Posicione a lâmpada da fonte (com lentes condensadoras) de tal modo que o feixe
de luz obtido seja paralelo
DIFRAÇÃO DA LUZ
Objetivo
Fundamento teórico
Difração da luz
Procedimento experimental
Figura 2
5 - O que se observa?
6 - Justifique o observado
LEI DE YOUNG
Objetivo
Fundamento teórico
Incidamos um feixe de luz sobre uma rede de difração como mostra a figura 1.
Figura 1
Y r Yd
O 2BQ ~ O1 O 2R r
D d D
Yd 2Yd
Fazendo r x 2 x 1 , temos x 2 x 1 , então O .
D ND
Lembremos que, se
Procedimento experimental
Figura 2
4 - Desloque o anteparo próximo à rede até obter dois espectros bem nítidos
2Y = _______ Y = ________
1 mm
7 - Determine a distância entre duas linhas da rede: d
número de linhas
Yd
8 - Determine O aplicando a expressão O
D
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 153
Objetivo
Fundamento teórico
As ondas eletromagnéticas são formadas por campos elétricos e magnéticos que vibram
em condições de perpendicularismo mútuo. Não estão definidos os limites de
abrangência do espectro eletromagnético. Suas manifestações alcançam desde ondas de
rádio com O na ordem de 106 m até raios gama, com O na ordem de 10-14 m. apenas
uma fração deste espectro é capaz de sensibilizar o olho humano (3 x 10-7 d O d 7 x 10-7
m). a esta estreita faixa das ondas eletromagnéticas chamamos luz.
Para uma fonte de luz não polarizada, figura 1, as direções de vibração do campo
elétrico são aleatórias. Se esta luz atravessar um dispositivo especial, denominado
polaróide, a vibração do campo terá uma direção característica determinada pelo
polaróide, resultando em luz polarizada.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 154
Figura 1
Lei de Malus
&
Se E M representa a amplitude da luz plano polarizada, determinada pelo primeiro
Figura 2
& &
A luz transmitida pelo analisador terá amplitude dada por E E M cos T . A intensidade (I)
&
do feixe luminoso é proporcional ao quadrado da amplitude E . Assim, a intensidade I da
luz transmitida pelo analisador está relacionada com a intensidade da luz transmitida
aplicações sucessivas da lei de Malus será dada por: I I M [(cos T cos(90 T)]2 .
IM
Utilizando as relações trigonométricas obtém-se I sen 2 (2T) .
4
Procedimento experimental
1 - Coloque sobre o banco óptico, alinhados e encostados uns aos outros a lâmpada,
dois polaróides e a fotocélula de selênio (coberta), conforme o esquema da figura 3.
Figura 3
Tabela 1
I I M cos 2 T
Tabela 2
Objetivo
Fundamento teórico
Após ocorrer reflexão da luz por uma superfície plana, a luz refletida fica parcialmente
polarizada. O grau de polarização depende do ângulo de incidência e do índice de
refração do material refletor da luz. Sir David Brewster, em 1812, constatou
experimentalmente que o grau de polarização da luz refletida é máximo quando o raio
refletido e o raio refratado forma entre si um ângulo de 90°, como mostra a figura 1.
Figura 1
Na figura 1 tem-se luz não polarizada incidindo sobre um bloco de vidro, de índice de
refração n2, com um ângulo de incidência TP. Como o feixe é perpendicular ao feixe
refletido T P T r 90q . Por aplicação da lei de Snell ( n1 sen T P n 2 sen T r ), resulta
n2
a lei de Brewster tgT P .
n1
Procedimento experimental
Figura 2
4 - Com a lâmpada e a mascara da fenda vertical, produza um raio luminoso que incida
sobre o centro do semicilindro, deixando bem visíveis, sobre o disco os raios incidente,
refletido e refratado
5 - Observe e anote o que acontece com a intensidade do feixe incidindo sobre a tela
translúcida, quando interpõe um polaróide entre o feixe refletido e a tela, para ângulos
de incidência variando de 0° a 90°, nas seguintes situações: polaróide a 0° e polaróide a
90°
APÊNDICE
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 160
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Objetivo
Familiarização com uma teoria que permita expressar resultados experimentais, a partir
de um tratamento estatístico de dados experimentais.
Exercícios
K L (cm)
1 2,21
2 2,26
3 2,24
4 2,22
5 2,27
K T (s)
1 3,2
2 3,1
3 3,3
4 3,4
5 3,2
6 3,3
7 3,1
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 161
A - Régua milimetrada;
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
M = 82373 h; GM = 28 h ___________________________________________
ANÁLISE DIMENSIONAL
Objetivos
Exercícios
A - Área
B - Volume
C - Pressão hidrostática
D - Peso especifico
E - Freqüência
F - Quantidade de movimento
G - Momento de inércia
J - Módulo de Young
L - Tensão superficial
M - Quantidade de calor
N - Calor especifico
O - Capacidade térmica
P - Carga elétrica
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 164
Q - Tensão elétrica
R - Campo elétrico
S - Resistência elétrica
gt 2
A- h
2
mv 2
B - Ec
2
2h
C- t
g
mv 2
D - Fcp
r
E - 'p Ugh
F- v at 2
1 M
G -h 3
3 'p
FV
H- h S
W
4 - As equações a seguir são equações de estado propostas para gases reais onde p é
- 1 - 2
pressão (ML T , V é volume especifico (L3M - 1
) e t é temperatura absoluta (T).
Determinar a equação dimensional no SI das constantes: a, b, c, A, B e K.
§ a ·¸
A - Equação de Van der Waals: ¨¨ p ¸ V b Kt
© V2 ¹
Kt c
B - Equação de Clausius: p
Va t ( V b) 2
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 165
§ a ·¸
C - Equação de Berthelot: ¨¨ p ¸ ( V b) Kt
© tV 2 ¹
Kt c a
D - Equação de Wohl: p
V b V( V b) V 2
a
Kt
E - Equação de Dieterici: p (e) KtV
Vb
F - Equação de Beattie-Bridgman:
§ c ·¸
Kt ¨¨1 ¸
© Vt 3 ¹ ª § b ·º A § a·
p « V B¨¨1 ¸¸ » ¨¨1 ¸¸
2 ¬ © V ¹¼ V © 2 V¹
V
6 - A força F que se deve aplicar a uma partícula para que descreva uma circunferência,
com velocidade escalar constante é função da sua massa m, do raio r da circunferência e
da velocidade angular Z. Determinar a equação que dá esta dependência.
9 - Calcular a velocidade escalar v com a qual uma onda longitudinal se propaga num
meio elástico contínuo, cuja massa específica é P e cujo módulo de Young é E. sabe-se
que v depende apenas de P e E e que o fator adimensional que relaciona P e E tem valor
igual a 1.
11 - A pressão na superfície interna de uma bolha gasosa é maior que a pressão sobre a
superfície externa. Obter a expressão de cálculo da diferença entre as pressões interna e
externa 'p, sabendo-se que tal diferença depende apenas do raio da bolha e da tensão
superficial V do líquido que constitui a película da bolha. O fator de proporcionalidade
entre 'p, r e V é 4.
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 166
m Z2
12 - Na fórmula: F A , f indica força, Z a velocidade angular, m a massa, r o
r
raio; determinar a equação dimensional de A.
3 3 2
13 - Uma grandeza tem por dimensão L 2 M 4 T 3 . Qual é sua dimensão num
sistema em que as unidades fundamentais são V (velocidade), W (trabalho) e S
(superfície)?
3 5
14 - Demonstrar que: P k g 2 h 2 P , sendo k uma constante adimensional, P o
m v2
v 2 J e e da força centrifuga: F
R
Objetivo
Fundamento teórico
a inclinação da curva.
marcados.Módulo de escala
L
O módulo de escala é obtido através da relação: O X OY , onde L é comprimento
G
disponível para traçar o eixo e G o maior valor da grandeza a ser graficada.
O passo seguinte diz respeito à obtenção dos valores a serem usados para plotar as
variáveis: d = O . G
Deve-se identificar cada ponto experimental por um sinal que não deixe dúvidas.Cada
ponto experimental deve vir acompanhado da barra de erro correspondente.A partir da
linearização pode-se determinar não só o valor das constantes relacionadas com os
__________________________________________________________________
Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 169
¦ y bN a ¦ x
® , onde N é número de medidas.
¯ ¦ x y b ¦ x a ¦ x 2
Procedimento experimental
Tabela I – v f (t )
Tabela II - F f (t)
FUNÇÕES EXPONENCIAIS
Objetivo
Fundamento teórico
Em geral, a relação entre duas grandezas físicas não é linear e é fundamental descobrir
de que tipo é e quais são os parâmetros que a caracterizam.
Quando se sabe que a relação não é linear, pode-se linearizá-la através de uma
mudança de variáveis, ou então fazer essa linearização graficamente, usando um tipo de
papel cujas escalas não sejam lineares.
O tipo mais útil de escala é a escala logarítmica, onde em vez de a distância entre
marcas sucessivas das escalas ser constante, ela varia logaritmicamente.
Uma escala linear é construída de tal modo que a distância entre 1 e 2 é proporcional a
(2 - 1); a distância entre 2 e 3 é proporcional a (3 - 2) e assim por diante, por isso as
distâncias entre marcas sucessivas nas escalas são iguais.
Um tipo de relação entre duas grandezas físicas muito comum e bem simples é a
exponencial: y a e bx .
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 171
Outra possibilidade é utilizar um papel onde um dos eixos tem escala logarítmica e o
outro linear, o chamado papel monolog (figura abaixo).
Note-se que a escala logarítmica está em uma base qualquer, não é porque estamos
lidando com exponencial que a escala logarítmica está na base e.
Temos então que log y log§¨ a e bx ·¸ log a b x log e log a b log e x equivale a
© ¹
Y A Bx , que é a equação de uma reta.
A escala está em uma base m qualquer, vamos fazer a mudança para a base e:
ln y
logm y . Usando essa relação na expressão para b dada acima temos
ln m
§ ln y 2 ln y 1 ·
¨¨ ¸
© ln m ln m ¸¹ ln y 2 ln y 1
b
§ ln e · x 2 x1
¨¨ ln m ¸¸ x 2 x 1
© ¹
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 172
1
Pode-se tomar y2 = e e y1= 1, aí teremos b , onde xe é o valor de x quando
x e x1
y = e, e x1 é o valor de x quando y = 1.
Procedimento experimental
FUNÇÕES QUADRÁTICAS
Objetivo
Fundamento teórico
reta. Ou seja, podemos transformar uma relação tipo potência em uma relação linear
aplicando o logaritmo.
Se em um papel milimetrado fizermos o gráfico não de (x,y) mas de log(y) e log(x), nós
teremos uma reta. Nesse caso, estaremos colocando em uma escala linear segmentos
que são proporcionais não a x e y, mas sim aos logaritmos de x e y, calculados um a
um.
Para facilitar esse trabalho (não havia calculadoras na época) foi impresso um papel com
as divisões proporcionais às diferenças entre os logaritmos das variáveis e não às
diferenças entre as variáveis: é o papel dilog.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 174
Trabalho experimental
R (:) 73,1 61,1 51,0 42,6 32,5 20,7 14,5 11,0 9,2
Introdução
Histórico
O sistema decimal de unidades foi concebido no século XVI, quando era grande a
confusão das unidades de pesos e medidas. A partir de 1790, a Assembléia Nacional
Francesa solicitou que a Academia Francesa de Ciências desenvolvesse um sistema de
unidades que fosse adequado para uso internacional. Este sistema, baseado no metro
como unidade de comprimento e no grama como unidade de massa, foi adotado
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 176
A 10a. CGPM, em 1954, decidiu adotar como base deste "sistema prático de unidades",
as unidades das grandezas de comprimento, massa, tempo, intensidade de corrente
elétrica, temperatura termodinâmica e intensidade luminosa.
A 11a. CGPM, em 1960, através de sua Resolução n. 12, adotou finalmente o nome
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES, com abreviação internacional SI para o
sistema prático de unidades, e instituiu regras para os prefixos, para as unidades
derivadas e as unidades suplementares, além de outras indicações, estabelecendo uma
regulamentação para as unidades de medidas. A definição de Quantidade de Matéria
(mol) foi introduzida posteriormente em 1969 e adotada pela 14a. CGPM, em 1971.
Até 1862 o Brasil utilizava as unidades e medidas de Portugal (ex: vara , braça
(extensão), quintal (massa), etc), mas estas medidas nunca foram rigorosamente
cumpridas. Em 1862 o Sistema Métrico francês foi adotado em todo o Império, mas
somente em 1872 foi aprovado o Regulamento do Sistema adotado.
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 177
São sete unidades bem definidas que, por convenção, são tidas como dimensionalmente
independentes:
comprimento metro m
massa quilograma kg
tempo segundo s
Metro (m)
É o caminho percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo de tempo de 1/299 792
458 de um segundo. [17a. CGPM (1983)]
Quilograma (kg)
É igual à massa do protótipo internacional, feito com uma liga platina - irídio, dentro dos
padrões de precisão e confiabilidade que a ciência permite. [ 1a. CGPM (1889) ;
ratificada na 3a. CGPM (1901)].
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Segundo (s)
Ampére (A)
Kelvin (K)
Mol (mol)
Comentários:
Quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser especificadas, podendo ser
átomos, moléculas, íons, elétrons ou outras partículas ou agrupamentos de tais
partículas.
Candela (cd)
Unidades suplementares
Considerando que o ângulo plano é geralmente expresso como a razão entre dois
comprimentos e o ângulo sólido como a razão entre uma área e o quadrado de um
comprimento e com o intuito de manter a coerência do Sistema Internacional baseado
apenas em sete unidades de base, o CIPM especificou em 1980 que, no Sistema
Internacional, as unidades suplementares deveriam ser consideradas unidades derivadas
adimensionais.
Unidades derivadas
Os símbolos para as unidades derivadas são obtidos por meio dos sinais matemáticos de
multiplicação e divisão e o uso de expoentes. Algumas unidades SI derivadas têm nomes
e símbolos especiais.
a
Esta unidade e seu símbolo, l, foram adotados pelo CIPM em 1879. O símbolo
alternativo, L, foi adotado pela 16a. CGPM em 1979, de modo a evitar o risco de
confusão entre a letra l e o número 1.
b
Em países de língua inglesa esta unidade é chamada de "tonelada métrica".
a
O elétronvolt é a energia cinética adquirida por um elétron ao passar através de um
potencial de 1 volt, no vácuo.
b
A unidade unificada de massa atômica é igual a (1/12) da massa de um átomo do
nuclídeo 12C.
Prefixos
Convenções e estilos
Os princípios gerais relativos à escrita de símbolos das unidades foram adotadas pela 9a.
CGPM, em 1948 (Resolução n. 7). Alguns comentários são apresentados a seguir:
As unidades derivadas de nomes próprios devem ser escritas com a primeira letra em
maiúsculo, enquanto que as outras devem ser apresentadas em minúsculo [ex: newton,
N; pascal, Pa, metro, m], exceto o litro, que pode ser escrito em minúsculo ou maiúsculo
( l ou L ).
símbolo da unidade é geralmente descrito pela primeira letra do nome da unidade [ex:
grama, g e não gm; segundo, s e não seg ou sec], com algumas exceções [ex: mol, cd e
Hz]. Também, o símbolo da unidade não deve ser seguido por um ponto e o seu plural
não é seguido de "s" [ex: 3 kg e não 3 kg. ou 3 kgs].
A palavra "grau" e seu símbolo "°" devem ser omitidos da unidade de temperatura
termodinâmica, T [isto é, usa-se apenas kelvin ou K e não Kelvin ou °K], mas são retidos
quando se quer designar temperatura Celsius, t [ex: graus Celsius ou °C].
Os símbolos dos prefixos que representam grandezas maiores ou iguais a 106 são
escritos em maiúsculo, enquanto que todas os outros são escritos em minúsculo [ex:
mega, M; hecto, h].
Um prefixo nunca deve ser usado sozinho [ex: 106/m3, mas não M/m3].
Não deve ser colocado espaço entre o prefixo e a unidade e prefixos compostos devem
ser evitados [ex: 1 pF, e não 1 p F ou 1 μμF; 1 nm, e não 1mμm].
incluindo o seu prefixo [ex: 1 cm3 = (10-2 m)3 = 10-6 m3; 1 cm-1 = (10-2 m) -1
= 102 m-1;
1μs-1= (10-6 s) -1
= 106 s-1; 1 V/cm = (1 V)/(10-2 m) = 102 V/m].
quilograma é a única unidade de base cujo nome, por razões históricas, contém um
prefixo. Seus múltiplos e submúltiplos são formados adicionando-se os prefixos à palavra
"grama" [ex: 10-6 kg = 1 mg = 1 miligrama e não 1 microquilograma ou 1μkg].
A divisão pode ser indicada tanto pelo uso de uma barra inclinada, de uma barra de
m,
fração horizontal ou por um expoente negativo [ex: m , ou , ou m.s 1 ], mas o uso
s s
repetido da barra inclinada não é permitido [ex: m / s 2 , mas não m/s/s; m kg/(s3.A),
mas não m kg/s3/A]. Para se evitar má interpretação, quando mais de uma unidade
aparece no denominador, deve-se utilizar parêntesis ou expoentes negativos [ex: W/(m2
K4) ou W m-2 K-4].
Os nomes das unidades não devem ser misturados com os símbolos das operações
matemáticas [ex: pode-se escrever "metro por segundo", mas não metro/segundo ou
metro segundo-1].
Números com mais de quatro dígitos devem ser separados por um espaço a cada grupo
de três dígitos. Nunca utilizar pontos ou vírgulas nas separações, para evitar confusões
com as marcações de decimais [ex: 299 792 458, mas não 299.792.458 ou
299,792,458]. Esta convenção é também aplicada à direita do marcador de decimais
[ex: 22,989 8].
valor numérico e o símbolo da unidade devem ser separados por um espaço, mesmo
quando usados como um adjetivo [ex: 35 mm, mas não 35mm ou 35-mm].
Deve-se colocar um zero antes do marcador de frações decimais [ex: 0,3 J ou 0.3 J ao
invés de ,3 J ou .3 J].
Sempre que possível, o prefixo de uma unidade deve ser escolhido dentro de um
intervalo adequado, geralmente entre 0,1 e 1000 [ ex: 250 kN; 0,6 mA].
unidades compostas, cujo uso deve ser restrito a casos especiais [ex: concentração:
mol/L].
Observação:
Estes valores foram publicados pelo Committee on Data for Science and Technology
(CODATA) em 1986 e referem-se a dados derivados de ajustes por mínimos quadrados
envolvendo mais de 200 medidas. Os dígitos entre parênteses indicam a incerteza do
desvio padrão nos últimos dígitos do valor citado.
Unidades em desuso
Muitas unidades, de uso comum antigamente, já não são mais usadas e devem ser
evitadas. Dentre elas temos as unidades do sistema CGS (cujas unidades de base eram
centímetro, grama e segundo), tais como: erg, poise, dina, gauss, oersted, maxwell,
etc., além de outras.
Unidade Conversão
fermi 1 fermi = 1 fm = 10-15 m
torr 1 torr = (101 325/760) Pa
atmosfera padrão (atm) 1 atm = 101 325 Pa
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Física Experimental - Silvio Luiz Rutz da Silva & João Gonçalves Marques Filho 185
Vantagens do SI
Unicidade:
Existe uma e apenas uma unidade para cada quantidade física [ex: o metro para
comprimento, o quilograma para massa, o segundo para tempo, e assim por diante]. É a
partir destas unidades, chamadas fundamentais, que todas as outras são derivadas.
Uniformidade:
Coerência:
As unidades SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por meio de
símbolos. Exemplos:
Nome
Formação do plural
A Resolução CONMETRO 12/88 estabelece regras para a formação do plural dos nomes
das unidades de medir.
Pronúncia correta
Símbolo
Não é abreviatura
Certo Errado
Segundo s s. ; seg.
Metro m m. ; mtr.
Quilograma kg kg. ; kgr.
Hora H h. ; hr.
Não é expoente
Certo Errado
250 m 250m
10 g 10g
2 mg 2mg
Certo Errado
cinco metros 5m 5ms
dois quilogramas 2kg 2kgs
oito horas 8h 8hs
Toda vez que você se refere a um valor ligado a uma unidade de medir, significa que, de
algum modo, você realizou uma medição. O que você expressa é, portanto, o resultado
da medição, que apresenta as seguintes características básicas:
Unidade composta
Certo Errado
Quilômetro por hora km/h quilômetro/h km/hora
metro por segundo m/s metro/s m/segundo
O grama
O prefixo quilo
O prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está multiplicada por mil, portanto não
pode ser usado sozinho.
Certo Errado
quilograma; kg quilo; k
Certo Errado
quilômetro kilômetro
quilograma kilograma
quilolitro kilolitro
Medidas de tempo
Ao escrever as medidas de tempo, observe o uso correto dos símbolos para hora,
minuto e segundo.
Certo Errado