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CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ABÍLIO PAULO

FABRÍCIO BAUER PERES

O AVANÇO DO PROCESSO DE LOW-CODE/NO-CODE

CRICIÚMA

2021
FABRÍCIO BAUER PERES

O AVANÇO DO PROCESSO DE LOW-CODE/NO-CODE :


Consequências futuras aos desenvolvedores?

Trabalho apresentado como requisito parcial para


obtenção de nota ao Centro de Educação
Profissional CEDUP Abílio Paulo.

Orientador: Jucemar F. Cândido

FABRÍCIO BAUER PERES


2021
1 INTRODUÇÃO
a

1.1 Objetivos
a

1.1.1 Objetivo Geral


Apresentar o novo jeito de desenvolver aplicações, retratando seus
impactos no mercado atual e na programação futura.

1.1.2 Objetivos Específicos


● Referenciar as principais plataformas dessa técnica;
● Demonstrar o uso das plataformas de no-code/low-code;
● Retratar e exemplificar as funcionalidades da técnica, bem como a
forma de utilização;
● Apontar as aplicações no mercado atual;
● Evidenciar as limitações do processo de no-code/low-code;
● Divulgar os prós e contras da devida utilização;
● Mostrar a importância da programação na íntegra.

1.2 Delimitação do estudo


A área da informática vem em uma ascendência desde os anos 60,
facilitando inúmeros serviços e substituindo práticas antigas de comunicação e
trabalho. Surgiu-se, contudo, a necessidade de armazenar e administrar
informações de uma forma mais prática e inovadora, principalmente devido ao
avanço das indústrias oriundas da revolução industrial. Com isso, se criaram as
chamadas linguagens de programação, estas por sua vez, vêm evoluindo com o
passar dos anos e com as devidas demandas que o mercado implica. Por conta
dessa grande demanda, foi-se procurando maneiras mais ágeis e simplificadas de
criar sistemas e softwares.

A partir disso, criaram-se ferramentas, na qual, seu enfoque principal é


construir softwares de baixo custo e de rápida elaboração, buscando a princípio, a
ausência de complexidade, tornando capaz qualquer indivíduo com baixo
envolvimento em sistemas apto a desenvolver tal produto. Para esses ambientes
damos o nome de ferramentas low-code/no-code. Contudo, James Gosling deixa
claro “Esse tipo de ferramenta não substitui de verdade o trabalho de programação:
o que elas fazem, na verdade é aumentar o nível de abstração”, e é justamente esse
aumento no nível de abstração que fazem dessas ferramentas muito interessantes
para as pequenas empresas, pois, permitem a entrega de softwares muito mais
rápido, em contrapartida, esses ambientes sempre esbarram em limitações. Tais
limitações podem ser irreversíveis, tendo assim, que ser refeito o projeto inicial.

Em alguns casos ainda, não é necessário a reelaboração do projeto,


porém, neste caso é recorrido à programação, e esta etapa não pode ser feita com o
uso de plataformas no-code, além de ser obrigatoriamente a presença de um
profissional da programação. Têm-se então, como desvantagem, a manutenção do
sistema desenvolvido, visto que, sua estrutura é pouco volátil, dificultando que sejam
feitas elaborações. Vê-se, portanto, que o uso dessas ferramentas atende uma
demanda muito específica e simplificada, conclui-se então, que para uma
necessidade maior, precisa-se recorrer a outras plataformas e profissionais, mas
que para pequenos projetos pode atender muito bem sua demanda.

Uma comparação feita por James Gosling exemplifica bem a relação de


programação e de no-code “Você não consegue ser um chef cozinhando cup
noodles”, tal relação não significa dizer que o ‘cup noodles’ não é uma comida, mas
sim que apenas ela não é o suficiente para se considerar um chef, sendo assim ela
serve para algumas pessoas, entretanto não para todo mundo. Da mesma forma
ocorre na parte de desenvolvimento, quando se considera o no-code insuficiente
para ser chamado de programação, uma vez que sozinho ele não atende a todas as
demandas e nem mesmo tem ligação com codificação.

Como citado anteriormente, estes processos estão diretamente ligados ao


nível de abstração, ou seja, quanto maior o nível de abstração, mais próximo de
uma plataforma no-code ela é classificada, podendo assim ser classificada também
como low-code, nesta última é mesclada a programação com um nível médio de
abstração, facilitando a elaboração de projetos, mas sem excluir a programação.
1.3 Hipótesis preliminares

“Introduzir o tópico”

1.3.1 A prática do no-code/low-code pode substituir a programação?

Esse é um questionamento muito frequente entre os profissionais de TI,


entretanto como afirma James Gosling “Esse tipo de ferramenta não substitui de
verdade o trabalho de programação”, até porque, existem inúmeras limitações,
Gabriel Fróes exemplifica uma dessas limitações “Pode-se fazer a instalação e
edição de plugins nessas plataformas, porém não é possível criar plugins”, tal
situação pode se tornar inviável por essa limitação.

Percebe-se então, que os processos de no-code e low-code são distintos


da programação, e quem diz isso é o próprio James Gosling ao deixar claro “Não é
programação”, evidenciando que a demanda de programação no mundo, não será
apenas por sistemas de no-code e low-code, portanto a programação se difere
quanto às limitações deles.

2 METODOLOGIA

O tipo de pesquisa realizada neste artigo foi a descritiva, sendo assim,


utilizado artigos acadêmicos, bem como livros e projetos referentes ao tema em
questão. Elaborado por meio de uma abordagem qualitativa e método indutivo, na
qual os dados coletados são observados e analisados de tal forma que os leve a
uma conclusão.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“Introduzir o tópico”

3.1 As linguagens de programação

“Falta fazer esse tópico”

3.2 TI empresarial

Segundo Fernando José Barbin Laurindo, a tecnologia da informação não


se limita apenas aos sistemas de informação ou as tecnologias computacionais, mas
se configura em relações pessoais, bem como em áreas administrativas.

Atualmente a informática é essencial em todos os segmentos da sociedade.


A informática vem adquirindo cada vez mais relevância na vida das pessoas
e das empresas. Sua utilização já é vista como instrumento de
aprendizagem e sua atuação no meio social vem aumentando de forma
rápida. (Diego Bianchi de Oliveira e Carlos Eduardo Malinowski, 2017)

Alberto Luiz Albertin e Rosa Maria de Moura Albertin afirmam: "A


tecnologia de informação (TI) é um dos componentes mais importantes do ambiente
empresarial atual, oferecendo grandes oportunidades para as empresas que têm
sucesso no aproveitamento de seus benefícios”.

Nicholas G. Carr, retrata a forma como o TI passa a ser um requisito das


empresas, “Com a expansão do poder e da presença da TI, o empresariado cada
vez mais a encara como um recurso crucial para o sucesso, um fato nitidamente
refletido em seus hábitos de investimento”. Têm-se com isso, um conectivo com o
que fala Alberto Luiz Albertin e Rosa Maria de Moura Albertim ao citarem:

A contribuição do trabalho é a identificação dos benefícios oferecidos pela


TI, a relação com o desempenho empresarial e a sua aplicação no
gerenciamento de projetos de TI. Além da identificação, a apresentação de
um instrumento não só de análise e avaliação, mas também de orientação
para o tratamento adequado do uso de TI. (Alberto Luiz Albertin e Rosa
Maria de Moura Albertim, 2008)

Informática e empresas se complementam, “Hoje, toda empresa


necessita ser informatizada para se manter no mercado, bem como acompanhar as
novas tecnologias, o computador veio para inovar e facilitar a vida das empresas",
este é o pensamento de Diego Bianchi de Oliveira e Carlos Eduardo Malinowski.

3.2.1 A inovação do no-code/low-code nas empresas

Para Fernando José Barbin Laurindo et all "A TI evoluiu de uma


orientação tradicional de suporte administrativo para um papel estratégico dentro da
organização.”. Evidencia-se que o TI evolui muito no meio empresarial, para tanto
Andréa de Paiva Gonçalves et all demonstram,

O uso de tecnologia da informação (TI) tem crescido visando proporcionar


maior suporte ao controle do negócio, notadamente em função do complexo
ambiente empresarial atual, no qual a governança corporativa nas
empresas tem sido cada vez mais requerida pela sociedade.( Andréa de
Paiva Gonçalves e et all, 2016)

Do ponto de vista de Rodrigo dos Santos Gomes, a revolução tecnológica


do low-code permite que empresas criem seus próprios softwares com um custo
reduzido e com uma maior agilidade, o que provoca um maior investimento por parte
delas nessas plataformas. Rodrigo dos Santos Gomes, diz ainda que não é
necessário conhecimento profundo em programação, ainda que em determinadas
situações possa ser necessário a utilização de códigos.

3.2.2 Principais plataformas low-code no meio empresarial

“Introduzir o tópico”

3.2.2.1 Plataforma Microsoft Power Apps

Na figura abaixo (figura 1), pode-se ver a interface da plataforma


Microsoft Power Apps. Focada em programação web e aparelhos móveis, essa
plataforma dispõe de vários componentes visuais e é escassa de codificação, tendo
um nível de abstração alto, pode ser classificada como uma plataforma low-code,
mas que pode realizar aplicações no-code também.

Essa plataforma disponibiliza 30 dias de uso gratuitos para testes, após


esse período é necessário adquirir o produto, que disponibiliza pacotes de
usuário/mês, usuário/ano ou por aplicativo.
figura 1 - Plataforma Microsoft Power Apps Fonte:https://www.appnove.com/2296/desenvolvimento-
low-code-e-no-code-sao-imprescindiveis-para-pequenas-e-medias-empresas/

3.2.2.2 Plataforma SalesForce


Na figura abaixo (figura 2), é apresentada a plataforma SalesForce. Esta
plataforma se destaca pelo seu CRM (Customer Relationship Management) que
aproxima o cliente da empresa, facilitando o entendimento do que o cliente procura.
Classificada como low-code também, ela representa umas das mais antigas
plataformas low-code do mercado.

Ela oferece dois planos de aquisição, um chamado Sales Cloud


Essentials e o Service Cloud Essentials. Ambos dispõem de um período de teste
gratuito.
figura 2 - Plataforma Sales Force Fonte:https://www.salesforce.com/blog/lightning-platform-mobile-
app-development/

3.2.2.3 Plataforma Mendix


Na figura que segue (figura 3) é apresentada a plataforma Mendix, que
segundo Rodrigo dos Santos Gomes, “esta plataforma é uma das poucas que
permite o trabalho de profissionais e de cidadãos, não vinculados a um ambiente
empresarial”. Isso porque ele afirma ainda, ”O Mendix usa microsserviços que
permitem criação desde simples aplicações até as mais complexas, que podem
apresentar nível de criticidade alto.”. Percebe-se que esta desfruta de um leque mais
diversificado de usuários, uma vez que, não é específico apenas para empresas,
mas sim para novos atuantes da área, que não dispõem de uma demanda muito
grande. Sendo classificada como low-code, mas que permite desenvolver projetos
no-code.

Tendo isso em vista, o Mendix disponibiliza uma versão gratuita, uma


versão de teste gratuita e uma versão paga que engloba todas as funcionalidades
da plataforma.
figura 3 - Plataforma Mendix Fonte:https://www.ibm.com/us-en/marketplace/mendix-
platform

3.2.2.4 Plataforma Cronapp


A figura abaixo (figura 4) , representa a plataforma Cronapp. Uma
plataforma de desenvolvimento web e mobile, que trabalha com a prática do low-
code e do no-code. Disponibiliza uma grande variedade de blocos pré-programados
para o desenvolvimento de sistemas, o que faz dela ser uma das principais
plataformas de no-code do mercado. Outro diferencial desta plataforma é a
possibilidade de realizar cursos por meio dela, gerando como público alvo os
estudantes e até programadores experientes (Cronapp, 2021).

Além disso, essa plataforma se destaca pela sua licença gratuita que
engloba diversas funcionalidades, porém limitada a 1 (um) desenvolvedor. Para
tanto, é oferecido outros planos, sendo eles: Standard (3 desenvolvedores inclusos),
Enterprise (5 desenvolvedores inclusos) e Corporate (10 desenvolvedores inclusos).
Eles ainda se diferem pelas suas integrações com outras plataformas e pelo seu
desempenho (Cronapp, 2021).
figura 4 - Plataforma Cronapp
Fonte:https://docs.cronapp.io/display/CRON2/Tour+pelo+Cronapp

3.2.2.5 Plataforma OutSystems


Na seguinte figura (figura 5), é expresso o ambiente de desenvolvimento
da plataforma OutSystems. Possuidora de inúmeras bibliotecas, a OutSystems é
referência no ramo do desenvolvimento low-code/no-code, com enfoque ao mobile e
a web. Trabalha tanto na parte de front-end quanto no back-end, com integrações ao
JavaScript, Json, Bootstrap, Excel nativo entre outros.

No que diz respeito às licenças dessa plataforma, ela dispõe de três


pacotes: Gratuita, crie seu primeiro aplicativo para até 100 usuários finais; Standard,
“crie e execute vários aplicativos para seus funcionários, clientes e parceiros”;
Enterprise, versão master da plataforma. O principal problema dessa plataforma é o
preço, para recém atuantes na área o valor pode ser alto. Entretanto, a versão
Enterprise oferece uma proposta customizada o que pode beneficiar grandes
empresas (OutSystems, 2021).
figura 5 - Plataforma OutSystems
Fonte:https://wkrh.com.br/outsystems/

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