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Léo Andrade

O incrível mundo dos

CITIZEN
DEVELOPERS
Hoje é um diferencial.
Amanhã será pré-requisito.
Léo Andrade

O incrível mundo dos

CITIZEN
DEVELOPER

Primeira Edição
2021
Sumário

Introdução
.................................................................................................... 4

1 - Mudando as Regra do Jogo


.................................................................................................... 6

2 - A TI das Trevas
.................................................................................................... 9

3 - A Solução Citizen Development


.................................................................................................. 12

4 - Vantagens para a Empresa


.................................................................................................. 14

5 - Vantagens para o Profissional


.................................................................................................. 17

6 - Vantagens para a T.I.


.................................................................................................. 19

7 - A Cultura Citizen Development


.................................................................................................. 21

8 - Como se Torna um Citizen Developer


.................................................................................................. 23

9 - Mãos a Obra
.................................................................................................. 25
Fala pessoal, Léo Andrade aqui na área!
Tudo bem com vocês? Comigo tá tudo bem.

Imagine um mundo onde qualquer pessoa é capaz de


desenvolver um aplicativo personalizado, um software que
entregue exatamente o que ela precisa. Isso mesmo, pessoas
comuns, advogados, secretárias, telefonistas, engenheiros civis,
profissionais de qualquer área. Viu uma necessidade, foi lá, criou
um aplicativo e resolveu - simples assim.

Pode parecer o enredo de um filme futurista, que se passa


daqui a uns 100 anos, pelo menos. Ou, quem sabe, uma utopia
em que a linguagem de programação é ensinada nas escolas
desde a infância. Nada disso.

Estamos muito mais próximos dessa realidade do que você


imagina.

O que não significa que as pessoas estão aprendendo


programação. Pelo contrário: estamos com um déficit cada vez
maior de desenvolvedores. O que está acontecendo, de fato, é o
surgimento de plataformas que permitem a criação de
aplicativos por pessoas com pouco ou nenhum conhecimento
em programação.

São as chamadas plataformas low-code e no-code.

“Low-code”, em inglês, significa “baixo código”, ou seja, são


plataformas que trazem templates prontos, recursos visuais
de arrastar e soltar, onde você só usa a linguagem de
programação na medida em que quiser personalizar suas
aplicações.

Já “No-Code” significa “sem código”. Como o próprio nome já


diz, são plataformas onde você consegue criar um aplicativo
do zero, sem escrever nem uma linha de código.

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Como é de se esperar, a popularidade dessas ferramentas
não tem atingido apenas o mundo da tecnologia, mas a
economia como um todo. Algumas empresas já estão
aproveitando esses novos recursos para diminuir sua
dependência do departamento de TI, ao menos em tarefas de
pouca complexidade.

A criação de aplicativos é uma habilidade cada vez mais


acessível a profissionais de qualquer ramo. Quem não está
atento a essa tendência pode acabar ficando para trás.

E foi justamente por isso que eu decidi escrever este livro -


para que você não fique para trás, para ajudá-lo a tornar-se um
Citizen Developer.

Citizen Developer (“desenvolvedor cidadão”) é justamente esse


profissional que não é da área de TI, mas que está habilitado a
criar aplicações para os problemas do dia a dia da sua área, por
meio das tecnologias low-code ou no-code.

Este livro também é fundamental para empreendedores que


desejam usar a democratização da tecnologia para aumentar
sua margem de lucro. E, se você já trabalha no setor da
tecnologia, fique atento às próximas páginas: você é a pessoa
responsável por tornar tudo isso possível.

Por incrível que pareça, as empresas que estão adotando


essas novas ferramentas têm resolvido problemas até 10 vezes
mais rápido do que antes. Em contrapartida, se esses recursos
não são aplicados do jeito certo, podem causar um grande
prejuízo para a empresa. Um prejuízo que pode ser evitado, se
tão somente forem seguidas as instruções contidas nesta obra.

Enfim, se você deseja sair na frente no mercado de trabalho,


desenvolver aplicativos para a sua empresa, e fazer isso sem
nenhuma dor de cabeça no meio do caminho, este livro é para
você.

Boa leitura!

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1

MUDANDO AS
REGRAS DO JOGO

Todos os dias, a tecnologia transforma o modo como fazemos


as coisas. O jeito como trabalhamos, nos comunicamos, nos
locomovemos, nos divertimos, até a maneira como compramos
comida - tudo está muito diferente de como era há pouco
tempo atrás.

Mais do que isso: a tecnologia mudou a maneira como vemos


o mundo. Ela estabeleceu o paradigma de que as coisas sempre
podem ficar mais fáceis, de que os processos sempre podem
ser mais ágeis.

As novas gerações já nascem muito mais predispostas à


mudança. Inovações que há cem anos atrás seriam
consideradas bruxaria, hoje já não nos surpreendem mais.

Quem se dá o luxo de não acompanhar esta corrida pela


inovação corre o risco de tornar-se obsoleto e ser devorado
pela concorrência.

A Tecnologia da Informação parece estar se tornando uma


ciência cada vez mais complexa, um conhecimento cada vez
mais oculto e inacessível aos reles mortais.

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Na era da Artificial Intelligence, da Internet of Things, parecia
que nos seríamos para sempre reféns daqueles profissionais
iluminados que sacrificam a vida em troca destes
conhecimentos.

Entretanto, por maiores que sejam os salários oferecidos a


bons programadores, e mesmo com tanta gente lutando para
ser o próximo Elon Musk, a demanda por esses profissionais
ainda é muito maior do que a oferta.

Estima-se que, em poucos anos, haverá um déficit de mais


de 500 mil programadores só nos Estados Unidos (que é um
país que forma muitos programadores).

E mesmo no Brasil, onde ainda não temos um mercado tão


maduro, a demanda também é alta. Aliás, (justamente por isso) o
que não falta por aqui é espaço para novos desenvolvedores,
para novas ideias, para que novidades sejam trazidas de fora ou
criadas de dentro.

A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. E entre


os poucos trabalhadores que temos, muitos acabam partindo
para suprir as demandas de fora, na tradicional “fuga de
cérebros” tupiniquim.

Com uma demanda tão alta e uma oferta tão baixa, chegou a
hora de convocar os reservistas. Se não conseguimos formar
novos desenvolvedores a toque de caixa, da noite para o dia, a
solução é recrutar profissionais de outras áreas para “tapar o
buraco”.

Sentiu aquele cheirinho de gambiarra? Tem tudo para dar


errado, não tem? De jeito nenhum.

Ninguém conhece melhor os problemas da vida real do que


quem convive com eles diariamente - o usuário!

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Por mais capacitado que seja o desenvolvedor de sofwares,
ele está preso ao briefing. Justamente por ter dedicado a vida à
tecnologia, não tem como conhecer a fundo as especificidades
de cada um dos outros setores.

Depender do departamento de TI para soluções do dia a dia


traz prejuízo a todos. Porque, entre as reais necessidades da
empresa e a criação de novas aplicações, existe um longo
telefone sem fio.

Muitos erros podem ser cometidos no meio do caminho -


erros de interpretação, falhas de comunicação, falta de
repertório. Erros muitas vezes sutis, mas que representam um
grande desperdício no longo prazo.

E quanto ao analista de marketing, ao contador, ao diretor de


RH ou a quem quer que seja - não seria ótimo se eles pudessem
construir aplicações para resolver os seus próprios problemas,
sem depender de ninguém?

Isso era algo inviável até pouco tempo atrás. Afinal, não é
todo mundo que tem tempo sobrando para aprender
programação e continuar se aprimorando em sua própria
carreira ao mesmo tempo. E mesmo que consiga, o tempo para
exercer ambas as atividades continua escasso.

Mas é justamente para isso que a tecnologia serve: para


mudar as regras do jogo quantas vezes for necessário.

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2

A TI DAS
TREVAS
Um dos grandes desafios da tecnologia é estar sempre um
passo à frente. Ou seja, identificar e resolver um problema antes
que ele assuma grandes proporções e cause um enorme
prejuízo.

Se a TI não supre as demandas do mercado,


alguém sempre vai tentar suprir.

Com a crescente popularização das ferramentas e dos


conhecimentos básicos em informática, a proatividade das
equipes pode ser uma grande inimiga da perfeição, por incrível
que pareça.

Acontece mais ou menos assim:

Você está lá trabalhando tranquilamente, quando de repente


se acha envolvido em um processo obsoleto, um trabalho braçal
de escritório em pleno século XXI.

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Seja um relatório que você precisa preencher manualmente,
seja um documento que você precisa atravessar a empresa para
entregar, ou qualquer outro procedimento desses que você
conhece muito bem e que já não fazem nenhum sentido.

Você apresenta ao departamento de TI a ideia de criar um


aplicativo que resolveria esse problema, economizaria horas de
trabalho e potencializaria os resultados da organização. Só que
eles estão sempre envolvidos em uma infinidade de urgências, e
a sua grande ideia se perde naquele limbo conhecido como
Backlog.

Só que você manja muito de Excel, já assistiu alguns tutoriais


no YouTube sobre esta ou aquela ferramenta, e quem sabe já
fez até um curso de informática na adolescência. Você conhece
um jeito de tornar aquele processo mais ágil. Que mal haveria?

Então, sem ninguém saber, você coloca seu plano em ação.


Gasta vários intervalos de almoço na execução do seu projeto
paralelo. Não envolve muitos colegas - afinal, estão todos
sempre muito ocupados. Na verdade, a sua intenção é
justamente surpreender seu chefe com uma grande inovação, o
que de fato acontece.

Passam-se os meses, quem sabe até anos, e o setor inteiro


está muito feliz com a novidade. Você ganhou até um aumento
depois que teve essa ideia. Tudo vai muito bem até que, em um
belo dia, o imprevisível acontece.

O departamento de TI anunciou que o servidor ficaria instável,


mas que tudo voltaria ao normal depois de algumas horas.
Tratava-se de apenas mais uma atualização de rotina - um
procedimento importante que já estava planejado havia muito
tempo. Até aí tudo bem.

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Só que tudo muda assim que o sistema volta ao normal.
Aquela sua solução genial, que foi sendo incrementada durante
todo esse tempo, simplesmente não abre. Ela não é mais
compatível. Os dados que você armazenou não são mais
acessíveis - informações importantes, das quais seus colegas
dependem para trabalhar.

O que parecia uma ideia genial se tornou uma dor de cabeça


colossal (isso enquanto você ainda tem uma cabeça para doer).
Seu chefe está visivelmente arrependido de ter lhe dado aquele
aumento.

Um grande transtorno que poderia ter sido evitado por meio


de uma pequena precaução - mas como você poderia saber?
Afinal, não é seu trabalho.

Esse fenômeno é o que chamamos de Shadow IT - “TI das


Sombras”, em tradução livre. Se preferir: “TI das Trevas”, “TI
Obscura” - processos de TI que simplesmente não deveriam
existir.

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3

A SOLUÇÃO CITIZEN
DEVELOPMENT
Chegamos, portanto, a um dilema.

De um lado, temos uma equipe de engenheiros de software.


As pessoas habilitadas para resolver qualquer problema por
meio de aplicações incríveis.

No entanto, o número de especialistas nunca é suficiente para


digitalizar a empresa inteira. Se isso fosse apenas um problema
local, bastaria contratar mais pessoal - afinal, é um investimento
que se paga rapidamente. Mas a crise na oferta de
desenvolvedores é global, e as projeções indicam que ela está
longe de terminar.

Por outro lado, temos o resto da equipe. Como


“programadores”, são ótimos gerentes, vendedores, analistas,
etc. Eles até sabem algumas fórmulas de Excel, sabem fazer
uma imagem bonita no Canva, às vezes até já criaram um site no
Wix.

Só que o risco é muito alto. Inserir um software (ou um


arquivo que seja) fora dos padrões é mais perigoso quanto mais
complexa é a integração do sistema.

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A resposta que muitas empresas têm adotado - e que está
apresentando excelentes resultados - é a formação de citizen
developers. São os “desenvolvedores cidadãos”.

Não se trata de “cidadania” no sentido em que estamos


acostumados a ouvir. Não é um desenvolvedor que separa o lixo
seco do orgânico ou que respeita a sinalização de trânsito.

Trata-se de um profissional “nativo” de qualquer setor fora da


TI. São gestores, atendentes, designers, colaboradores
preparados para desenvolver aplicações em consonância com
padrões técnicos da organização.

Isso não seria possível se não fosse pelo advento das


plataformas low-code e no-code. São ferramentas de
desenvolvimento de softwares que (como o próprio nome já diz)
exigem pouco ou nenhum conhecimento em linguagem de
programação.

Assim, com um layout intuitivo, templates prontos e recursos


de "arrastar e soltar”, a empresa onde você trabalha já pode ter
um exército de desenvolvedores espalhados por todos os
departamentos, suprindo demandas do dia a dia que jamais
seriam prioridade para a TI. Você já deve vislumbrar as
vantagens que isso pode trazer.

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4

VANTAGENS PARA
A EMPRESA

Desde que implementado da maneira correta, todo mundo sai


ganhando com o citizen development: a empresa, o profissional
e o próprio setor de tecnologia.

Para a empresa, as vantagens são muitas. Particularmente, eu


não acho caro manter um programador; na verdade, acho que
deveria ganhar até mais (mas eu sou suspeito para falar). De
qualquer maneira, contratar profissionais de tecnologia sempre
compromete uma boa fatia da receita da empresa,
especialmente se for de pequeno porte.

Com a formação de citizen developers, as pequenas


demandas do dia a dia deixam de ser atribuição da TI. Isso não
significa que a empresa contratará menos programadores, mas
que eles poderão dedicar seu tempo a atividades mais
complexas, possibilitando à organização um crescimento
estrutural de longo prazo, sem deixar atrás de si aquele vasto
cemitério de tarefas em backlog.

O Citizen Development não é uma força tarefa para desviar


colegas de suas funções originais para dar uma forcinha na TI.

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Estamos falando de uma transformação cultural: fazer da
criação de aplicativos uma competência básica para qualquer
cargo, um pré-requisito.

Pode parecer intimidador em um primeiro momento, mas eu


garanto que a praticidade das ferramentas low-code e no-code
tornam as coisas muito mais simples.

Intimidador ou não, este é o futuro - e você precisa estar


preparado para ele.

Por mais que sejam treinados a desenvolver todo tipo de


aplicação, os programadores (como em qualquer outra carreira)
dedicam a vida a assimilar os aspectos técnicos do seu próprio
trabalho.

Programadores não têm a visão do que possa ser útil a outro


setor simplesmente porque não trabalham lá, não conhecem as
complexidades de cada processo, não convivem diariamente
com seus desafios.

Esta é a maior vantagem em formar citizen developers: são


pontes entre o mundo da tecnologia e o “mundo real”. São
pessoas com experiência prática no mercado. Se um processo é
obsoleto, são eles que passam a vida carregando esse peso
morto nas costas.

Se um aplicativo pode economizar uma hora do trabalho de


design todos os dias, isso não passa de mais um dado para o
programador. Para o designer, porém, são mais de 200 horas por
ano que ele poderia estar fazendo alguma coisa melhor da sua
vida. Esse aplicativo acaba ocupando uma posição um pouco
mais privilegiada na sua agenda.

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Os citizen developers são os principais interessados em
otimizar o próprio trabalho, e em entregar mais resultado com
menos esforço. Logo, o caminho para isso é dominar
instrumentos que lhes permitam criar aplicações, atendendo a
suas próprias demandas e a demandas da equipe (sem
precisarem voltar à faculdade para isso).

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VANTAGENS PARA
O PROFISSIONAL
O citizen developer é o principal interessado em desenvolver
suas próprias habilidades - porque ele também é o maior
beneficiado.

Afinal, não se trata apenas do volume de resultado que ele


entrega para esta ou aquela empresa, mas do peso que esse
conhecimento traz ao seu currículo. Na medida em que o
mercado assimilar essa nova tendência, a posição dos citizen
developers será cada vez mais valorizada.

Pode ser uma previsão meio ousada, mas é provável que, no


futuro, os profissionais se dividam em dois grupos:

De um lado, teremos pessoas que imaginam como seria


bom se houvesse um aplicativo para agilizar seus processos
e otimizar seus resultados. Mas serão prisioneiras da boa
vontade, digo, da disponibilidade dos programadores.
Basicamente, pessoas que dependem dos outros para
resolver seus próprios problemas, e para tornar seu trabalho
eficiente.

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Por outro lado, teremos solucionadores de problemas,
trabalhadores preparados para criar aplicações, sem deixar
de ser especialistas em suas áreas. Profissionais com o olhar
treinado para detectar e eliminar gargalos com as próprias
mãos.

Você percebe a diferença entre os dois?

Para o primeiro, a única maneira de não perpetuar processos


obsoletos é dar trabalho à equipe da sala ao lado. Um trabalho
que provavelmente não será executado - enquanto ele próprio
mergulha, aos poucos, na obsolescência.

Já para o segundo, a inovação é seu modus operandi. Ele não


bate na porta dos outros setores, ele resolve o problema; é
capaz de multiplicar sua produtividade por toda a equipe.

Qual destes profissionais você será?

Mesmo que você não conheça nenhuma empresa que esteja


procurando por citizen developers, esta ainda é uma
oportunidade de passar na frente e se destacar no mercado. É a
sua chance de inaugurar uma nova cultura na empresa onde
trabalha.

Você também pode, inclusive, apresentar esta proposta em


uma entrevista de emprego. Você pode ser aquele que sobe a
régua da organização, fixando um novo padrão de produtividade
a partir do seu conhecimento em plataformas low-code e no-
code.

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VANTAGENS PARA
A T.I.
Finalmente, se você é um profissional da área de TI, essa
tendência pode parecer uma ameaça à primeira vista. Talvez até
uma concorrência desleal. Essa história de citizen developers
parece aquela velha ideia maravilhosa de chamar o sobrinho
que “mexe em Photoshop” para fazer o marketing.

Estamos diante do próximo passo na especialização da


mão de obra e na divisão do trabalho.

A tecnologia está cada vez mais integrada à vida de todo


mundo. Assim como o mercado abandonou a datilografia e
colocou um PC na frente de cada funcionário; assim como o
pacote Office tornou-se habilidade fundamental em qualquer
profissão; o próximo passo é saber desenvolver um software
simples e funcional, arrastando e soltando blocos coloridos na
tela do computador.

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Isso é uma ótima notícia para o setor de TI, pois significa que o
seu trabalho será muito melhor aproveitado. Em vez de
gastarem tempo criando uma integração de WhatsApp para o
departamento de vendas, ou um app para reservar horários na
sala de reuniões, os programadores poderão dedicar-se
exclusivamente às demandas mais complexas, a uma
transformação tecnológica mais abrangente.

Passarão a exercer uma função muito mais estratégica:

administrando o ambiente onde seus colegas desenvolverão


aplicações;
estabelecendo os padrões de integração;
e treinando os colegas, de modo que o time desenvolva
“maturidade tecnológica” para andar com as próprias pernas.

A TI é justamente o departamento que torna tudo isso


possível, quem mantém essa estrutura funcionando. Parece que,
em vez de lhes “tirar poderes”, o citizen development na
verdade está colocando os programadores em uma posição de
liderança no mundo corporativo.

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A CULTURA CITIZEN
DEVELOPMENT
Existem alguns procedimentos a serem tomados se você
deseja tornar-se um citizen development ou adotar esta prática
em sua organização.

Mas antes de entrarmos no “passo a passo”, é importante


definir que o citizen development não é apenas uma habilidade
que os colaboradores adquirem, ou mais uma ferramenta de
gestão que entrou em moda. O citizen development é uma
cultura e uma mentalidade.

Cada uma das partes precisa entender seu papel neste


processo e estar predisposta a executá-lo: os gestores, a equipe
de TI, e os candidatos a citizen developers.

O resultado que os gestores alcançarão no fim deste


processo precisa estar muito claro para eles desde o
princípio.

Eles precisam manter diante dos olhos este ambiente a ser


construído, especialmente enquanto ainda não há nenhum
indício dele. É essa atitude que motivará a equipe a construir o
cenário.

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Como em toda transição cultural, os gestores devem ser os
primeiros a levantar a bandeira, a espalhar a mensagem e a
celebrar os primeiros casos de sucesso.

Os profissionais de TI, por sua vez, possuem 3 atribuições:

Estipular padrões sobre os quais os citizen developers


trabalharão - definir as ferramentas que utilizarão, os locais
onde armazenarão dados, os formatos em que salvarão
arquivos, etc.

Ou seja, construir uma estrada plana para que os colegas


possam criar suas aplicações de modo ágil, seguro e
intuitivo.

Treinar os futuros citizen developers, para que aprendam a


utilizar as ferramentas dentro dos padrões. Assim, eles
poderão desenvolver e incrementar suas aplicações com
liberdade e autonomia, sem ferir a integração do sistema.

E quando o sistema estiver em pleno funcionamento, caberá


ao departamento de TI oferecer suporte aos envolvidos.

Os citizen developers têm, por definição, um conhecimento


parcial em tecnologia. Isso não é um problema - pelo contrário,
é o que torna o processo ágil. Ao mesmo tempo, significa que o
departamento de TI continuará sendo solicitado, só que agora
como consultores, e não como operários.

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8

COMO SE TORNAR UM
CITIZEN DEVELOPER

Finalmente, os mais envolvidos no processo também são


aqueles que carregam as maiores responsabilidades. Cabe aos
citizen developers, em primeiro lugar, buscar a formação
necessária para desenvolver a função.

O citizen developer é um profissional que equilibra


conhecimentos em duas áreas distintas, que são a sua própria
especialidade e a tecnologia. Um servo de dois senhores, a
própria encarnação do trade off. Quanto mais se dedica a uma
especialidade, menos se dedica à outra.

A resposta está nas ferramentas.

As plataformas low-code e no-code foram criadas justamente


para que qualquer pessoa possa construir um aplicativo
funcional do zero, sem precisar aprender linguagem de
programação.

Não se espera do citizen developer qualquer conhecimento


prévio em tecnologia além dos padrões estabelecidos pela TI.

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Ao mesmo tempo, espera-se que ele seja um verdadeiro
especialista nas ferramentas e metodologias definidas pela
organização.

Você não precisa saber tudo sobre tecnologia, mas precisa


saber tudo sobre as plataformas que vai utilizar. Elas são,
doravante, suas ferramentas de trabalho.

Ao tornar-se um citizen developer, você assume uma posição


de destaque em sua área de atuação. Se já domina as técnicas
da sua profissão, só lhe falta dominar as plataformas low-code
ou no-code.

Mais do que um protocolo, estas serão suas habilidades


pessoais, serão parte do seu currículo, parte da sua história. O
conhecimento dessas ferramentas agregará um grande valor à
sua força de trabalho.

Em posse das habilidades, você passa a ter nas mãos um


poder que seus colegas provavelmente não terão tão cedo. Isso
é um privilégio e também uma responsabilidade.

Você passa a ocupar uma posição de liderança dentro da


equipe - ou seja, uma posição de serviço. Identificar as
demandas do seu setor e encontrar soluções para cada uma
delas passa a ser atribuição sua.

Quais problemas podem ser solucionados?


Quais procedimentos podem ser automatizados?
Quais processos podem ser otimizados?
Como as informações podem ser melhor integradas?

Em resumo: como as coisas podem ser mais fáceis para o seu


setor de modo a trazer para a empresa mais resultados em
menos tempo? Sua missão a partir de então será responder a
cada uma dessas perguntas.

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MÃOS À OBRA

Você acabou de dar um passo importante em direção ao


futuro.

Daqui a um ou dois anos, o citizen development já estará em


um estágio muito mais avançado no Brasil; você olhará para trás
e se lembrará desta leitura. Se vai lembrar-se dela com orgulho
ou com arrependimento, isso você decide agora.

Não é todo dia que temos a oportunidade de ser pioneiros em


uma nova tendência de mercado. É como se você tivesse nas
mãos informações privilegiadas sobre uma ação da bolsa de
valores que está prestes a subir vertiginosamente.

Qual seria a sua reação?

Aprender a desenvolver aplicações em plataformas low-code


ou no-code não tem nada a ver com gostar ou não de
tecnologia. Você pode odiar esse tipo de assunto e ainda assim
usá-lo para dar-se muito bem no seu próprio ramo. Mas se você
chegou até aqui, acho que este não é o seu caso.

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Estamos falando sobre uma tendência que vai afetar a
sua carreira mais cedo ou mais tarde, qualquer que
seja a sua área de atuação.

Ainda dá tempo de decidir como você será afetado. Você


pode ficar para trás e ser pego de surpresa quando isso
começar a ser exigido. Você pode também ficar assistindo à
distância os salários subindo cada vez mais para os citizen
developers da sua área.

Ou então, você pode dar um passo à frente e ser um dos


pioneiros dessa nova tendência no país. Ainda dá tempo de
chegar antes e garantir a maior fatia do bolo.

Ao longo destes 12 anos como programador, eu já vi todo tipo


de tendência no mercado de tecnologia. Aos poucos, é possível
identificar o que não passa de modismo e o que realmente tem
potencial. Por isso, eu posso lhe assegurar: o citizen
development está chegando para ficar.

Não é à toa que nos últimos anos eu busquei me aprofundar


em cada uma das plataformas low-code e no-code que já foram
lançadas no mercado.

Um ebook não me dá espaço suficiente para compartilhar tudo


o que eu descobri sobre esse mercado. Se você me acompanha
pelas redes sociais, sabe que eu tenho distribuído esse
conhecimento gratuitamente no YouTube, alcançando mais de
35 mil pessoas todos os meses. Portanto, se você quiser saber
mais sobre o assunto, inscreva-se no meu canal.

Agora, pode ser que você realmente tenha entendido a


dimensão dessa oportunidade e esteja interessado em
acrescentar essa habilidade ao seu currículo.

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Para pessoas como você, que querem estar sempre um passo
à frente, eu criei uma comunidade exclusiva, onde compartilho
sistematicamente tudo o que eu sei sobre o mercado de citizen
developent - especialmente sobre plataformas low-code e no-
code.

Diferente deste ebook ou do meu canal no YouTube, no Clube


Léo Andrade eu tenho liberdade para organizar o conteúdo de
uma forma muito mais didática, com uma série de minicursos
completos sobre cada assunto, lives, entrevistas com
especialistas de diversas áreas afins, e uma comunidade onde
você pode interagir com profissionais do Brasil e do mundo,
todos com objetivos semelhantes.

(para saber mais sobre o Clube Léo Andrade, clique aqui)

QUERO CONHECER O CLUBE LÉO ANDRADE

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O Clube Léo Andrade é um escola virtual de programação
com ênfase em plataformas low-code e no-code, onde são
publicados conteúdos inéditos e exclusivos toda semana.

Diferente de um curso fechado que corre o risco de ficar


ultrapassado logo após o lançamento, no Clube Léo Andrade
você recebe semanalmente um conteúdo fresquinho, atualizado
quase em tempo real com as últimas tendências do mercado,
além de ganhar acesso a todo o acervo de conhecimentos que
vem sendo construído ao longo do tempo.

E para você que leu este livro até o fim, eu deixo um convite:

Entre no Clube Léo Andrade e consuma todo o conteúdo


durante 7 dias, sem compromisso. Se, dentro deste prazo,
preferir não continuar conosco, você pode ir embora e levar
consigo seu investimento e o conhecimento que tiver adquirido,
como se nada tivesse acontecido.

Eu tenho mais coisas importantes para lhe dizer. Para


continuarmos nossa conversa, clique no botão abaixo:

CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS

Eu estou esperando por você lá dentro do Clube, até breve!

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