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Otimização da criação de Chrysoperla externa (HAGEN, 1861) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE) visando sua produção em escala comercial View project
Todo o conteúdo desta página foi enviado por Elton Lucio Araújo em 24 de junho de 2014.
NOTA CIENTÍFICA
1Depto de Ciências Vegetais, Univ Federal Rural do Semi-Árido, CP 137, 59625-900 Mossoró, RN, Brasil; carlos.esb@gmail.com;
kmylatavares@hotmail.com; elton@ufersa.edu.br Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
2Grande do Norte, RN 118, Zona Rural, 59508-000 Ipanguaçu, RN, Brasil; luciano.macedo@cefetrn.br 3 Faculdade de Ciências Agrárias
e Veterinárias de Jaboticabal, FCAV/ UNESP, Via de Acesso Prof Paulo Donato Castellane s/ n,
14884-900 Jaboticabal, SP, Brasil; serfre@fcav.unesp.br
RESUMO - Foi realizado um levantamento dos crisopídeos associados ao agroecossistema do melão com o objetivo de incluí-
los no programa de manejo integrado de pragas do melão. Três espécies deste predador foram encontradas: Ceraeochrysa
cubana (Hagen), Chrysoperla externa (Hagen) e Chrysoperla genanigra Freitas. Uma chave para essas espécies é
apresentada.
O município de Mossoró, localizado no semiárido do Rio Grande do rede entomológica e aspirador entomológico. Os espécimes coletados
Norte é um dos maiores produtores e exportadores de melão do Brasil. foram separados em morfoespécies e armazenados em etanol no
Isso torna a produção de melão um dos principais segmentos do Laboratório de Entomologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido
agronegócio no estado (Agrianual 2007). No entanto, a expansão das (UFERSA), Mossoró, RN.
áreas cultivadas trouxe o aumento dos problemas fitossanitários, que se Subsequently, the specimens were identifi ed according to Freitas &
tornaram fatores limitantes à produção. Dentre esses problemas, destacam- Penny (2001) and Freitas (2003) at the Laboratory of Entomology of the
se os insetos-praga e os danos causados à produção de melão (Araujo et Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV/UNESP),
al 2007). As principais pragas do meloeiro no semiárido nordestino são o Jaboticabal, SP. Specimens were deposited at FCAV/UNESP and at
bicho minador Liriomyza trifolii (Burgess) (Diptera: Agromyzidae) e a UFERSA.
mosca-branca Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Foram coletados 315 crisopídeos pertencentes a três espécies:
Aleyrodidae) (Guimarães et al 2008). Em levantamentos recentes de Ceraeochrysa cubana (Hagen), coletada de agosto a setembro,
inimigos naturais na cultura do meloeiro em Mossoró, notou-se a presença Chrysoperla externa (Hagen), de agosto a novembro, e C. genanigra, de
de crisopídeos (Araujo et al 2008). Os crisopídeos são conhecidos por setembro a janeiro. Este último foi descrito em 2003 e até o momento é
sua eficiência predatória, habilidade de suas larvas em busca de alimento, relatado apenas nesta região do Nordeste (Freitas 2003). Chrysoperla
por serem generalistas e por terem uma alta taxa de sobrevivência em genanigra é muito semelhante às demais espécies de Chrysoperla no
agroecossistemas (Canard & Principi 1984). No entanto, o conhecimento Brasil e é a única com mancha preta na gena. Este é o primeiro registro
sobre quais espécies ocorrem na cultura do melão é escasso, de C. cubana e C. externa em Mossoró, RN. A ocorrência de três espécies
principalmente na região Nordeste do Brasil. de crisopídeos na cultura do meloeiro e a presença de pelo menos uma
espécie durante todo o período de cultivo amostrado indica a potencial
utilidade desses predadores em futuros programas de manejo de pragas
do meloeiro.
Apenas duas espécies foram relatadas associadas à cultura do melão no
RN: Ceraeochrysa sanchezi (Navás) em Assu (Freitas & Penny 2001) e
Chrysoperla genanigra Freitas em Mossoró
(Freitas 2003). Este estudo teve como objetivo conhecer e apresentar
uma chave para as espécies de crisopídeos associadas a este Chave para as Espécies de Chrysoperla e
agroecossistema em Mossoró, RN. Ceraeochrysa encontrada em cultivo de melão em
As coletas foram realizadas durante o pico anual da produção de Mossoró, RN
melão, entre agosto de 2007 e janeiro de 2008, na área de Pau-Branco
em Mossoró (4°54'21.61”S e 37°22'1.41”W). As coletas mensais foram 1. Pseudopenis ausente; pronoto sem marcas vermelhas
realizadas com (Chrysoperla)……………………….................................. 2
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b c
Fig 1 Chrysoperla externa (a), Chrysoperla genanigra (b) e Ceraeochrysa cubana (c).
1'. Gonapsis alongada; duas estruturas semelhantes a chifres em Sobrinho R, Guimarães J A, Freitas J A D, Terão D (eds)
gonarcus ou arcessus (Ceraeochrysa)........................................... .......…..3 Produção integrada de melão. Fortaleza, Embrapa, 338p.
2. Gena com mancha preta (Fig. 1b).....Chrysoperla genanigra 2'. Gena
Araujo E L, Fernandes D R R, Geremias L D, Menezes Netto A C,
com mancha vermelha (Fig 1a); Macho arcessus apenas levemente
Filgueira M A (2007) Mosca minadora associada à cultura do
curvado 3. Escapo com listra vermelha escura, fina dorso-lateralmente
meloeiro no semi-árido do Rio Grande do Norte. Rev Caatinga 20:
(Fig. 1c); fl agellum pálido; venação das asas verde com nervuras pretas; 210-212.
gonarcus com projeção dorso-medial; gonosaccus com vários grandes
gonocristae……………Ceraeochrysa cubana Canard M, Principi MM (1984) Histórias de vida e comportamento,
p.57-149. In Canard M, Séméria Y, New TR (eds) Biology of
Chrysopidae. Boston, Haia, W. Junk Publishers, 308p.