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Aluna: Anna Victoria Guerra da Silva

PAPER 3 – CONSTRATE DA CIDADE DOS VIVOS E DOS MORTOS

No período neolítico, o homem já demonstrava sua “preocupação”, até mesmo


sentimentalismo, de valorizar a memória de seus entes queridos e próximos
falecidos, através de monumentos feitos de amontoamento de pedras na maioria
das vezes. Os locais que os vivos destinavam aos mortos ficou conhecido como
Necrópoles, o que hoje podemos considerar como um cemitério. Considerando
também como a primeira cidade, já que o homem ainda estava evoluindo em
questão de moradia e ainda não possuía uma moradia fixa, sendo assim as
Necrópoles, cidade dos mortos, como primeiro local fixo que tinha um valor
significativo para o povo daquela época.
O tempo foi passando e com isso o homem também evolui, deixou de ser
nômade para ser sedentário, passou a dominar a agricultura e se desenvolver
em um local. O que deu início as primeiras cidades organizadas, constituídas de
moradias, economia e religião. Formando diferentes civilizações que
guerreavam entre si para garantir sua proteção e moradia.

Posteriormente aos povos Mesopotâmicos, surge os NOMOS, que eram


diversos clãs e diferentes origens que habitaram o Egito Antigo constituído
apenas por um rio, o Nilo. Esses povos passaram pela mesma dificuldade que
os mesopotâmicos, em questão a aprender a domar a natureza para sua
sobrevivência. Já tinham uma civilização formada após a unificação, sociedade
sem mobilidade social. Composta agora por um “Deus vivo” o Faraó, que detinha
o poder centralizado, enquanto haviam duas divisões de ordem, primeira ordem:
sacerdotes, funcionários da monarquia e nobres, enquanto na segunda ordem:
os artesãos, soldados, camponeses e escravos.
As cidades desse novo povo, era totalmente diferente da organização que
aconteceu na Mesopotâmia. Apesar de ter sido desenvolvida em torno de um rio,
a cidade egípcia era baseada em monumentos de pedras, tumbas e templos e
não em estruturas da cidade-palácio e da cidade rural. Nesta nova organização
a cidade era voltada ao rio e sua área fora daquele espaço tinha sua zona
desértica, sem vida. O local de habitação dos vivos não havia grandes estruturas
como os templos e palácios. Moradias simples, feitas de barro seco ao sol que
continham somente o necessário, com espaços divididos da seguinte forma: a
entrada, um adro, uma dispensa, uma sala, um vestíbulo e um depósito.
Ambientes esses compactos e fechados, de adobe e taipas para garantir sombra
e umidade. A cidade dos vivos então, era formada por vilas operarias/ocupação
para a construção de pirâmides que serviam como tumbas para os Faraós, que
acreditavam que após sua morte eles voltariam a vida, por isso seus corpos eram
guardados nas pirâmides juntos com seus pertences para quando voltassem a
vida pudessem usufruir novamente dessas riquezas.
Junto com o faraó, dentro da pirâmide poderia ser guardado o corpo de suas
companheiras e até mesmo os servos que na maioria das vezes eram mortos
após o faraó, para que não fosse revelado as câmaras.

Portanto na civilização egípcia, a cidade organizada pelos povos


mesopotâmicos perdeu relevância. Há uma divisão da cidade dos vivos e dos
mortos, os vivos viviam para exaltar seus deuses, afim de que seriam
recompensados em outras vidas, trabalhando na construção das pirâmides que
posteriormente guardaria o corpo do Faraó com suas riquezas. O Faraó
possuía poder absoluto na sociedade, decidindo sobre a vida política, religiosa,
econômica e militar. Ao mesmo tempo que a cidade dos mortos no Egito,
inicialmente era representada pela construção de túmulos (banco de pedras),
denominadas Mastarbas que continham pintura, imagens e escrituras do
cotidiano. Sua evolução deu lugar as grandes pirâmides feitas de materiais
maciços, com estreitas passagens e falsa porta para um compartimento para a
câmara do rei com vestuário que dava acesso ao poço que levava a uma
câmara subterrânea. Este grande “tumulo” servia de proteção para o corpo do
Faraó e suas riquezas.
Desenvolveram uma arquitetura sofisticada com suas pirâmides, templos e
obeliscos. Templos esses que tinha uma grande entrada que continha esfinges
em ambos lados, com colunas de homenagens antes das portas até o tumulo.

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