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Na verdade, a Igreja é, por desejo de Deus, o próprio Corpo do Senhor. Ele a quis
como o Seu Corpo Místico, constituído como o ´´Sacramento universal da
salvação da humanidade´´ (LG,48), isto é, o meio escolhido por Deus para salvar
a todos.
Deus Pai nos criou para Si, para que fossemos a Sua família, destinados a
participar da Sua comunhão íntima e desfrutar da Sua vida bem´aventurada. O
pecado ´ a mais triste realidade ´ rompeu esse belo Plano de amor e ´´dispersou´´
os filhos de Deus, dilacerou a Sua família e feriu o próprio Deus. Por Jesus e pela
Igreja, o Pai quis então refazer a Sua obra e trazer de volta os seus filhos para a
Sua Comunhão. É nesse sentido que o Catecismo da Igreja Católica (CIC), afirma
que :
´´A convocação da Igreja é por assim dizer a reação de Deus ao caos provocado
pelo pecado´´(CIC,761).
Eis por que, desde sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama´o e
ajuda´o a procurá´lo, a conhecê´lo e a amá´lo com todas as suas forças. Convoca
todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família, a Igreja´´
(CIC, 1).
´´Faz isto através do Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os
tempos se cumpriram. Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no
Espírito Santo, seus filhos adotivos, e portanto os herdeiros da sua vida bem
´aventurada´´ (nº 9).
É preciso analisar essas palavras com muita atenção. É pelo Filho que o Pai refaz
a comunhão da humanidade consigo. O Filho se faz a Igreja (Corpo Místico de
Cristo). Pelo Batismo entramos nesse Corpo, e pelo Espírito Santo nos tornamos
filhos adotivos e, como conseqüência, herdeiros, de novo, da vida bem´aventurada
de Deus, que o pecado havia cancelado. Assim, voltaremos ao Paraíso.
Quando Jesus a instituiu sobre Pedro e os Apóstolos, deixou claro que ela lhe
pertence:
Ela é a Esposa de Cristo, que ele ama com um amor eterno. Por ela sofreu a
paixão e derramou o seu sangue. Ele a ama como um Esposo apaixonado:
´´Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por
ela, para santificá´la, purificando´a pela água do batismo, para apresentá´la a si
mesmo toda glorificada, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito
semelhante, mas santa e irrepreensível´´ (Ef 5,25´27).
Essas palavras expressam o amor profundo de Jesus para com a ´´sua´´ Igreja.
Esse amor é tão grande e tão fundamental, que Deus quis que cada casal na
terra, pelo amor mútuo, refletisse na realidade cotidiana do matrimônio, esse
amor. É por isso que São Paulo ao falar aos efésios, do matrimônio, diz que ´´ é
grande esse mistério, quero dizer, com referência a Cristo e a Igreja´´.
O Papa Paulo VI, cujo amor à Igreja era imenso, assim se referiu a ela:
´´A Igreja! Ela é nosso amor constante, nossa solicitude primordial, nosso
pensamento fixo! ...
Não se ama a Cristo se não se ama a Igreja; e não amamos a Igreja se não a
amamos como a amou o Senhor: ´´Amou a Igreja e por ela se entregou´´ (Ef 5,25)
´´.
É preciso destacar o que disse o Papa: ´´Não se ama Cristo se não se ama a
Igreja´´, e podemos ir mais longe ainda e dizer: não se conhece a Cristo, se não
se conhece a Igreja; não se serve a Cristo, se não se serve a Igreja; não se
obedece a Cristo se não se obedece à Igreja; não se sujeita a Cristo, se não se
sujeita à sua Igreja, não está na verdade de Cristo quem não está na verdade da
Igreja...
É preciso termos bem claro que Deus decidiu estabelecer o seu Reino entre nós,
através da Igreja. Ensina´nos a ´´Lumen Gentium´´ que a Igreja tem ´´a missão de
anunciar e estabelecer em todas as gentes o Reino de Cristo e de Deus, e
constitui ela própria na terra o germe e o início deste Reino´´ (LG ,5).
A resposta é, que foi o próprio Jesus quem quis a Igreja como prolongamento de
sua presença salvadora no meio dos homens. Ele nos deu a Igreja e o seu Credo,
como garantia de que não estamos seguindo apenas o nosso bom senso, ou uma
religiosidade amorfa, mas estamos seguindo o caminho de Deus.
Quem pergunta: ´´Por que a Igreja?´´, incorre no mesmo erro de quem pergunta:
´´Por que Cristo?´´ Cristo veio do Pai e deixou a Igreja. O Pai enviou Jesus para a
salvação do mundo, e Cristo enviou a Igreja.
Muitos hoje querem a Igreja na forma de uma ´´democracia moderna´´, onde tudo
se decida pela vontade da maioria. Ela seria então como um grande Clube
religioso, de normas ´´flexíveis´´, mais assimiláveis. A conseqüência disso ´ e o
grande engano ´ é que neste caso o homem seria guiado unicamente por si
mesmo, e não por Deus. Não seria mais ´´a Igreja de Deus´´ (1Tm3,15).
Pelo fato da Igreja ter a sua vida guiada pela Tradição que vem de Cristo e dos
Apóstolos, dá´nos a garantia de que é o próprio Jesus, presente nela, que a
conduz.
Num Cristianismo sem a Igreja instituída por Cristo (Mt 16,16s) sobre Pedro e os
Apóstolos, o próprio Cristo ficaria mutilado, como que degolado...
´´O Senhor Jesus dotou a Sua comunidade de uma estrutura que permanecerá
até a plena consumação do Reino´´(nº761).
Jesus tinha consciência de que a Sua Igreja teria uma longa duração sobre a face
da terra até cumprir a missão de trazer para Deus toda a humanidade. As
parábolas sobre a Igreja mostram isso. A do joio e do trigo (Mt 13,1´30) nos
mostra que os bons e os pecadores vão conviver na Igreja, juntos, até o fim do
mundo. Jesus, ao explicar a parábola para os discípulos, diz´lhes que:
´´A colheita é o fim do mundo´´(Mt 13,40); e que só então ´´o Filho do homem
enviará seus anjos que retirarão do reino todos os escândalos e todos os que
fazem o mal... Então no reino do seu Pai, os justos resplandecerão como o sol´´
(vs 41´42).
´´Assim será no fim do mundo: os anjos virào separar os maus do meio dos justos,
e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes´´.
Por tudo isso, os cristãos dos primeiros tempos não tinham dúvidas em afirmar
que :
´´Assim como a vontade de Deus é um ato e se chama mundo, assim também sua
intenção é a salvação dos homens, e se chama Igreja´´(CIC,760).
Esta é a Santa Igreja do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, que São Paulo gosta
de chamar de ´´a Igreja de Deus´´(1Tm3,15; At20,28).
Muitos e muitos filhos dessa querida Mãe souberam ser´lhe fiel até o fim. Em
1988, Monsenhor Ignatius Ong Pin´Mei, Bispo de Shangai, no dia seguinte de sua
libertação, depois de passar 30 longos anos nas prisões da China, por amor a
Cristo e fidelidade à Igreja Católica, declarou:
´´Eu fiquei fiel à Igreja Católica Romana. Trinta anos de prisão não me mudaram.
Eu guardei a fé. Eu estou pronto amanhã a voltar novamente à prisão para
defender minha fé´´(PR).
´´Digo sempre uma coisa: quem trabalha pelo Reino de Deus faz muito; quem
reza, faz mais; quem sofre, faz tudo. Este tudo é exatamente o pouco que se faz
entre nós na Tchecoslováquia´´( IL Sabato 8,14/06/85, p.11),( PR,n.284, jan86).
É bom recordar aqui que, alguns anos depois, em 1989, o comunismo começava a
desmoronar em toda a Cortina de Ferro...
Na verdade, a Igreja é, por desejo de Deus, o próprio Corpo do Senhor. Ele a quis
como o Seu Corpo Místico, constituído como o ´´Sacramento universal da
salvação da humanidade´´ (LG,48), isto é, o meio escolhido por Deus para salvar
a todos.
Deus Pai nos criou para Si, para que fossemos a Sua família, destinados a
participar da Sua comunhão íntima e desfrutar da Sua vida bem´aventurada. O
pecado ´ a mais triste realidade ´ rompeu esse belo Plano de amor e ´´dispersou´´
os filhos de Deus, dilacerou a Sua família e feriu o próprio Deus. Por Jesus e pela
Igreja, o Pai quis então refazer a Sua obra e trazer de volta os seus filhos para a
Sua Comunhão. É nesse sentido que o Catecismo da Igreja Católica (CIC), afirma
que :
´´A convocação da Igreja é por assim dizer a reação de Deus ao caos provocado
pelo pecado´´(CIC,761).
Eis por que, desde sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama´o e
ajuda´o a procurá´lo, a conhecê´lo e a amá´lo com todas as suas forças. Convoca
todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família, a Igreja´´
(CIC, 1).
´´Faz isto através do Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os
tempos se cumpriram. Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no
Espírito Santo, seus filhos adotivos, e portanto os herdeiros da sua vida bem
´aventurada´´ (nº 9).
É preciso analisar essas palavras com muita atenção. É pelo Filho que o Pai refaz
a comunhão da humanidade consigo. O Filho se faz a Igreja (Corpo Místico de
Cristo). Pelo Batismo entramos nesse Corpo, e pelo Espírito Santo nos tornamos
filhos adotivos e, como conseqüência, herdeiros, de novo, da vida bem´aventurada
de Deus, que o pecado havia cancelado. Assim, voltaremos ao Paraíso.
Quando Jesus a instituiu sobre Pedro e os Apóstolos, deixou claro que ela lhe
pertence:
Ela é a Esposa de Cristo, que ele ama com um amor eterno. Por ela sofreu a
paixão e derramou o seu sangue. Ele a ama como um Esposo apaixonado:
´´Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por
ela, para santificá´la, purificando´a pela água do batismo, para apresentá´la a si
mesmo toda glorificada, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito
semelhante, mas santa e irrepreensível´´ (Ef 5,25´27).
Essas palavras expressam o amor profundo de Jesus para com a ´´sua´´ Igreja.
Esse amor é tão grande e tão fundamental, que Deus quis que cada casal na
terra, pelo amor mútuo, refletisse na realidade cotidiana do matrimônio, esse
amor. É por isso que São Paulo ao falar aos efésios, do matrimônio, diz que ´´ é
grande esse mistério, quero dizer, com referência a Cristo e a Igreja´´.
O Papa Paulo VI, cujo amor à Igreja era imenso, assim se referiu a ela:
´´A Igreja! Ela é nosso amor constante, nossa solicitude primordial, nosso
pensamento fixo! ...
Não se ama a Cristo se não se ama a Igreja; e não amamos a Igreja se não a
amamos como a amou o Senhor: ´´Amou a Igreja e por ela se entregou´´ (Ef 5,25)
´´.
É preciso destacar o que disse o Papa: ´´Não se ama Cristo se não se ama a
Igreja´´, e podemos ir mais longe ainda e dizer: não se conhece a Cristo, se não
se conhece a Igreja; não se serve a Cristo, se não se serve a Igreja; não se
obedece a Cristo se não se obedece à Igreja; não se sujeita a Cristo, se não se
sujeita à sua Igreja, não está na verdade de Cristo quem não está na verdade da
Igreja...
É preciso termos bem claro que Deus decidiu estabelecer o seu Reino entre nós,
através da Igreja. Ensina´nos a ´´Lumen Gentium´´ que a Igreja tem ´´a missão de
anunciar e estabelecer em todas as gentes o Reino de Cristo e de Deus, e
constitui ela própria na terra o germe e o início deste Reino´´ (LG ,5).
´´A Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a
remissão dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo. É
nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados´´.
A resposta é, que foi o próprio Jesus quem quis a Igreja como prolongamento de
sua presença salvadora no meio dos homens. Ele nos deu a Igreja e o seu Credo,
como garantia de que não estamos seguindo apenas o nosso bom senso, ou uma
religiosidade amorfa, mas estamos seguindo o caminho de Deus.
Muitos querem hoje dizer Sim à Cristo, e Não à Igreja; mas isto afeta a própria
identidade do Cristianismo. A Igreja, instituída por vontade de Cristo, com suas
normas, como prolongamento da Encarnação do Verbo de Deus, se tornou o lugar
privilegiado do encontro dos homens com Cristo e com o Pai.
Quem pergunta: ´´Por que a Igreja?´´, incorre no mesmo erro de quem pergunta:
´´Por que Cristo?´´ Cristo veio do Pai e deixou a Igreja. O Pai enviou Jesus para a
salvação do mundo, e Cristo enviou a Igreja.
Muitos hoje querem a Igreja na forma de uma ´´democracia moderna´´, onde tudo
se decida pela vontade da maioria. Ela seria então como um grande Clube
religioso, de normas ´´flexíveis´´, mais assimiláveis. A conseqüência disso ´ e o
grande engano ´ é que neste caso o homem seria guiado unicamente por si
mesmo, e não por Deus. Não seria mais ´´a Igreja de Deus´´ (1Tm3,15).
Pelo fato da Igreja ter a sua vida guiada pela Tradição que vem de Cristo e dos
Apóstolos, dá´nos a garantia de que é o próprio Jesus, presente nela, que a
conduz.
Num Cristianismo sem a Igreja instituída por Cristo (Mt 16,16s) sobre Pedro e os
Apóstolos, o próprio Cristo ficaria mutilado, como que degolado...
´´O Senhor Jesus dotou a Sua comunidade de uma estrutura que permanecerá
até a plena consumação do Reino´´(nº761).
Jesus tinha consciência de que a Sua Igreja teria uma longa duração sobre a face
da terra até cumprir a missão de trazer para Deus toda a humanidade. As
parábolas sobre a Igreja mostram isso. A do joio e do trigo (Mt 13,1´30) nos
mostra que os bons e os pecadores vão conviver na Igreja, juntos, até o fim do
mundo. Jesus, ao explicar a parábola para os discípulos, diz´lhes que:
´´A colheita é o fim do mundo´´(Mt 13,40); e que só então ´´o Filho do homem
enviará seus anjos que retirarão do reino todos os escândalos e todos os que
fazem o mal... Então no reino do seu Pai, os justos resplandecerão como o sol´´
(vs 41´42).
´´Assim será no fim do mundo: os anjos virào separar os maus do meio dos justos,
e os arrojarão na fornalha, onde haverá choro e ranger de dentes´´.
Por tudo isso, os cristãos dos primeiros tempos não tinham dúvidas em afirmar
que :
´´Assim como a vontade de Deus é um ato e se chama mundo, assim também sua
intenção é a salvação dos homens, e se chama Igreja´´(CIC,760).
Esta é a Santa Igreja do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, que São Paulo gosta
de chamar de ´´a Igreja de Deus´´(1Tm3,15; At20,28).
Muitos e muitos filhos dessa querida Mãe souberam ser´lhe fiel até o fim. Em
1988, Monsenhor Ignatius Ong Pin´Mei, Bispo de Shangai, no dia seguinte de sua
libertação, depois de passar 30 longos anos nas prisões da China, por amor a
Cristo e fidelidade à Igreja Católica, declarou:
´´Eu fiquei fiel à Igreja Católica Romana. Trinta anos de prisão não me mudaram.
Eu guardei a fé. Eu estou pronto amanhã a voltar novamente à prisão para
defender minha fé´´(PR).
´´Digo sempre uma coisa: quem trabalha pelo Reino de Deus faz muito; quem
reza, faz mais; quem sofre, faz tudo. Este tudo é exatamente o pouco que se faz
entre nós na Tchecoslováquia´´( IL Sabato 8,14/06/85, p.11),( PR,n.284, jan86).
É bom recordar aqui que, alguns anos depois, em 1989, o comunismo começava a
desmoronar em toda a Cortina de Ferro...
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