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ISBN: 978-85-432-1459-7

Ed.3
Ano 1
R$ 24,99
EDITORIAL para você

STREET

FOODS Em um momento de crise econômica no país, boas alternativas de em-


preendedorismo são mais que bem-vindas. Nesse contexto, o comércio de
alimentação sobre rodas – os chamados food trucks – está em pleno cresci-
mento. Muitos pensam que foi apenas um boom que surgiu em meados de
2014 e 2015, mas o negócio continua se reiventando e ganhando, cada vez
mais, as ruas brasileiras. Prova disso é que, atualmente, não existem apenas
os foods trucks, e sim as food bikes e os food tuks.
A primeira sugestão refere-se a caminhões e a veículos maiores, que são
adaptados para oferecer alimentos de qualidade. Sim, eles ocupam mais es-
paço, mas garantem uma estrutura completa e, portanto, precisam de um
investimento maior. Nas páginas deste guia, você vai conhecer a empresa
Truckvan, que produz food trucks e acumula cases de muito sucesso.
Para quem deseja investir menos, porém sem perder a qualidade, uma
boa alternativa são as food bikes, que são charmosas e capazes de oferecer
ótimos produtos a seus clientes. Os food tuks também estão em alta. Lembra
daqueles triciclos bem característicos da Índia? Pois bem, adaptados, eles
são capazes de entrar nesse tipo de comércio de alimentação sobre rodas. No
Capítulo 3, você conhece a empresa Motocar, que customiza esses triciclos,
e confere, em detalhes, quem está tendo sucesso com o empreendimento.
Independentemente do tipo de veículo, o primeiro passo é pesquisar muito
antes de investir capital no negócio. Qual o produto que irá vender? Quais se-
rão os diferenciais desse produto? Qual o público-alvo que pretende atingir?
Quais são as normas de vigilância sanitária que precisam ser cumpridas?
Em média, qual será o capital inicial que deve ser investido e quais são as
possibilidades de retorno? Essas e muitas outras dúvidas são solucionadas
nas páginas a seguir.
Lembre-se: para ter sucesso, é necessário ter o mínimo de conhecimento
em Gastronomia, não ter receio de trabalho árduo (visto que fins de semana
e feriados serão dedicados ao comércio) e ter paixão pelo que faz. Não copie!
Busque sempre o diferencial de sua marca, atendendo às expectativas do
público que quer conquisar. Bons negócios!

Um abraço,

alineribeiro@editoraonline.com.br
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SUMÁRIO

08. Capítulo 01
FOOD TRUCK
Veja como as cozinhas
ambulantes podem ser uma
ótima oportunidade de negócio.
E mais: conheça a Truckvan,
empresa que produz food trucks
para todo o país e já acumula
diversos cases de sucesso

44. Capítulo 02
FOOD BIKE
Para quem deseja ocupar
espaço no mercado de rua com
menor investimento, mas com
muito retorno, as food bikes
são uma ótima oportunidade

78. Capítulo 03
FOOD TUK
Os triciclos – também
conhecidos como
tuk-tuk, são característicos
da Índia, e, atulamente, são a
sensação quando o assunto
é Gastronomia

86. Capítulo 04
É BOM SABER
Antes de abrir seu próprio
negócio, conheça as normas
e as dicas fundamentais para
consolidar seu sucesso

PRESIDENTE: Paulo Roberto Houch • VICE-PRESIDENTE EDITORIAL: Andrea Calmon (redacao@editoraonline. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
com.br) • JORNALISTA RESPONSÁVEL: Andrea Calmon (MTB 47714) • EDITORA: Aline Ribeiro • COLABOROU SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
NESTA EDIÇÃO: Mara Luongo Dias (textos), Shutterstock (fotos) • COORDENADOR DE ARTE: Rubens Martim G971
(diagramacao@editoraonline.com.br) • PROGRAMADOR VISUAL: André Giamoniano, Renato Darim e Rodrigo Silva •
GERENTE COMERCIAL: Elaine Houch (elainehouch@editoraonline.com.br) • SUPERVISOR DE MARKETING: Vinicius Guia meu próprio negócio especial ideias inovadoras : food
truck, food bike e tuk tuk .- - 3. ed. - São Paulo : On Line, 2016.
Fernandes • CANAIS ALTERNATIVOS: Luiz Carlos Sarra • DEP. VENDAS: (11) 3687-0099 (vendaatacado@editoraonline. 100 p. : il. ; 28 cm.
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ADMINISTRATIVA: Jacy Regina Dalle Lucca • Impresso por PROL • Distribuição no Brasil por DINAP • GUIA MEU ISBN 978-85-432-1459-7
PRÓPRIO NEGÓCIO ESPECIAL IDEIAS INOVADORAS - FOOD TRUCK, FOOD BIKE E TUK-TUK é uma publicação do 1. Negócios. 2. Investimentos. 3. Manuais, guias, etc.
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CAPÍTULO 1

FOOD TRUCKCOM A PROPOSTA DE OFERECER COMIDA DE


QUALIDADE A PREÇOS ACESSÍVEIS, AS COZINHAS
AMBULANTES GANHAM CADA VEZ MAIS ESPAÇO NAS
RUAS BRASILEIRAS. SE VOCÊ DESEJA ATUAR NO RAMO,
EXPLICAMOS PASSO A PASSO COMO MONTAR O SEU
PRÓPRIO NEGÓCIO SOBRE RODAS
HISTÓRIA

O INÍCIO
DE TUDO
DAS PRECÁRIAS CARROÇAS AOS ATUAIS CAMINHÕES
ADAPTADOS, CONHEÇA A HISTÓRIA DOS FOOD TRUCKS,
QUE VÊM FAZENDO SUCESSO EM TODO O BRASIL

As carroças utilizadas para servir


comida, conhecidas como chuckwagon,
foram o primeiro modelo de food truck

A cultura da comida de rua procuradas, seja por pessoas Mas nem sempre foi assim.
já existe há alguns anos na de classe mais baixa ou por Originária dos Estados Uni-
Europa e nos Estados Unidos. executivos, por se tratar de dos, a “street food” (comida de
Em Nova Iorque, cidade pio- um serviço rápido que oferece rua) surgiu no Texas, em 1866,
neira dos food trucks, os trai- desde o simples hot dog até os quando Charles Goodnight re-
lers são uma das opções mais pratos mais sofisticados. solveu adaptar um pequeno

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caminhão militar para ser- estabilizando, muitos profis- vistas como um modelo de
vir comida aos vaqueiros que sionais da área de gastrono- negócio – a lei que autoriza
atravessavam o velho oeste e mia perderam a perspectiva de a venda de comida de rua na
tinham muita dificuldade para montar um novo restaurante e capital paulista foi sancionada
encontrar algum lugar para apostaram nos food trucks, que em dezembro de 2013 –, e des-
se alimentar. precisavam de um investimen- de então vêm ganhando cada
Porém, embora Goodnight to menor. Os empreendedores vez mais destaque por ofere-
seja considerado o inventor também enxergaram como cer uma grande variedade de
do food truck, há controver- vantagem poder mudar de lu- pratos com qualidade, higiene
sas. Alguns defendem que a gar de acordo com as necessi- rigorosa e preços acessíveis.
ideia começou em 1872, em dades da população. Assim, as As mudanças na legislação
Provence, também nos Es- cozinhas sobre rodas ganha- paulistana favoreceram outras
tados Unidos, para atender ram um novo conceito, com cidades e se expandiram para
às demandas dos operários comidas requintadas e maior outros estados, que também
das fábricas da cidade. Como diversidade gastronômica. estão criando normas próprias
os trabalhadores buscavam Essa tendência, que tem para a operação dos food tru-
comidas baratas e rápidas, Nova Iorque como modelo, foi cks. Com isso, o País só tende
Walter Scott passou a vender ganhando espaço em cidades a ganhar, uma vez que é um
café, tortas e sanduíches em de todo o mundo, como Lon- tipo de negócio que movimenta
sua carroça. A ideia de Scott dres, Paris, Portugal, Tailândia, e possibilita o crescimento do
foi inovadora e seu modelo de China e Canadá, por ter como mercado, além de se tornar
negócio passou a ser copiado proposta vender comida boa, um atrativo a mais para o tu-
em outras regiões america- barata e rápida para pesso- rismo de cada região.
nas. Na década seguinte, Tho- as que se alimentam cada vez O perfil dos donos de food
mas H. Buckley aprimorou as mais fora de casa e têm pouco truck são, na maioria das ve-
carroças (conhecidas como tempo para fazer as refeições. zes, jovens chefs de cozinha,
chuckwagon) e passou a fa- profissionais graduados em
bricá-las para servir comidas, SUCESSO NO BRASIL gastronomia e pessoas que
equipando-as com refrigera- Os food trucks chegaram sempre gostaram do seg-
dores e até fogões. ao Brasil em 2012, quando os mento, mas nunca tiveram
Quando a Segunda Guerra primeiros furgões ganharam oportunidade de atuar. “O
Mundial terminou, em 1945, as ruas de São Paulo. Porém, empreendedor que vai para
caminhões de comida passa- somente em 2014 as cozinhas o food truck é mais ousado
ram a comercializar alimen- itinerantes passaram a ser e gosta de se arriscar mais”,
tos para os trabalhadores das
Food truck de culinária grega em Nova Iorque, onde atualmente há cerca de
regiões mais pobres. Por cau- quatro mil vendedores de comida de rua
sa disso, até os anos 2000, os
food trucks eram considera-
dos locais de comida barata e
de baixa qualidade.
Entretanto, com a crise eco-
nômica que a terra do Tio Sam
viveu entre 2008 e 2009, muitos
restaurantes renomados fali-
ram, deixando grandes chefs
de cozinha sem emprego. Aos
poucos, conforme o país foi se

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HISTÓRIA

forma de cultura gastronômi-


ca, os caminhões têm ocupa-
do espaços até então esque-
cidos e pouco aproveitados, o
que acaba trazendo melhorias
para as cidades e sendo uma
opção de entretenimento para
O conceito de food truck chegou ao Brasil somente em 2014, após
mudanças nas normas de alimentação de rua na cidade de São Paulo os moradores dessas regiões.
Os restaurantes móveis
revela Karyna Muniz, consul- ter um comércio bacana de são um meio de populari-
tora da área de alimentação, food trucks em São Paulo”, zar a culinária e atingir pes-
do Sebrae-SP. “Muitas pesso- opina Virna Miranda, sócia do soas de diferentes classes
as estão sendo demitidas por Cozinha com Z. sociais com as famosas co-
causa da crise e viram o food O Sebrae ainda não conse- midas gourmet. Além disso,
truck como uma oportunida- gue monitorar o faturamento o modelo de serviço vai ao
de de negócio”, continua. dos food trucks que optaram encontro das tendências de
Quem deseja empreender pelos festivais e parques fe- consumo, em que as pessoas
tem de fazer um plano de ne- chados, mas acredita que o buscam uma refeição prática,
gócios, pois a cozinha itineran- aluguel diário é alto. “E mes- conveniente e relativamen-
te pode ser mais complexa do mo que o caminhão tenha te saudável. “Cada vez mais
que a loja física pela questão sido customizado em uma cansados para sair à noite,
da logística e da distribuição. oficina autorizada, que refor- os brasileiros mudaram seus
Embora a “street food” te- çou o veículo para aguentar o hábitos de vida. Por isso, uma
nha sido inspirada no merca- sobrepeso, são necessárias proposta de negócio mais
do americano, os dois países manutenções preventivas, o descontraída e é informal é
têm características bem dife- que também gera gastos”, interessante para os consu-
rentes. E por se tratar de um opina Muniz. midores”, revela Karyna.
tipo de empreendimento re- As principais queixas dos Outro fator que contribui
lativamente novo, os empre- proprietários de food trucks para o sucesso das cozinhas
sários ainda estão “desbra- são a falta de segurança e itinerantes são os novos hábi-
vando” o setor e criando um a estrutura precária, o que tos de vida dos consumidores.
novo modelo de negócio. Por acontece em todo o Brasil. Por “A filosofia do food truck é ter
isso, planejam criar algumas isso, a ideia é que essa organi- mais contato com o cliente
premissas de funcionamento zação do mercado se estenda e ofertar um produto de alta
e sugestões para solucionar para os outros estados. “Nos qualidade por um preço rela-
os problemas de se trabalhar últimos tempos, esse tipo de tivamente acessível”, finaliza
em via pública. “Como a pro- negócio chegou na Bahia, em a consultora do Sebrae-SP.
posta do food truck é estar Belo Horizonte e em Manaus.
nas ruas, não podemos ficar A gente vê que é um movi- Colaboraram:
reféns de eventos fechados. mento que veio para ficar e Cozinha com Z
Os Food Parks têm um papel que precisa de uma organiza- http://cozinhacomz.com.br
muito importante, até por- ção para que cresça de ma- contato@cozinhacomz.com.br
que o brasileiro adora esses neira saudável”, pontua Virna. Serviço Brasileiro de
eventos, mas precisamos tra- Mesmo com tantos desa- Apoio às Micro e Peque-
balhar para que esse tipo de fios, acredita-se que a cultura nas Empresas (Sebrae):
negócio seja bom para todos dos food trucks não é apenas www.sebrae.com.br
os lados e se consiga, de fato, modismo. Além de ser uma

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sucesso CERTO

DICAS PARA LUCRAR


MEDIDAS PARA VOCÊ GANHAR DINHEIRO COM
SEU NOVO EMPREENDIMENTO
O Brasil está vivendo um mo- despertando o interesse neles nos grandes empresas, que podem
mento de crise econômica, mas seus produtos. ajudar a custear os gastos do seu
o ramo alimentício não é afetado 6. Manuseie os alimentos ade- empreendimento.
efetivamente por falta de deman- quadamente e mantenha a banca- 14. Inclua ou substitua itens do
da. O que pode interferir no fatu- da sempre limpa, pois os clientes seu cardápio sempre que possível.
ramento de um negócio são os acompanharão de perto a higiene Isso atrai o interesse dos comensais.
custos mais elevados, tornando a do seu negócio. 15. Atente-se às dinâmicas do
margem de lucro menor. 7. Quem investe em comi- mercado e mantenha-se sempre
Para alçar voos mais altos na da rápida com novidade soma ao atualizado. Inovar é preciso!
sua cozinha sobre rodas, confira as negócio diferencial em relação à 16. Tenha jogo de cintura e
dicas de especialistas: concorrência. equilíbrio emocional para lidar
8. Avalie o potencial de venda com imprevistos. Desafios podem
1. Encontre um nicho que te- de seus produtos e, se for o caso, acontecer a qualquer momento, e
nha a ver com você e aposte em explore outros horários de refei- você precisa se preparar para en-
uma food bike com cardápio dife- ções, como o café da manhã e o frentá-los.
rente e inovador. lanche da tarde. 17. Escolha bem seus fornece-
2. Pesquise até que seus co- 9. Pesquise os eventos no ca- dores, pois se uma matéria-prima
nhecimentos em gestão e em culi- lendário fixo da cidade em áreas não for de qualidade, poderá inter-
nária tenham o mesmo nível. (em São Paulo, acontecem gran- ferir no resultado final dos seus pro-
3. Determine o público-alvo do des eventos, como Marcha de Je- dutos. Não foque somente no preço
seu negócio. Com o perfil do cliente sus, Orgulho LGBT, entre outros) baixo, pois isso pode trazer conse-
em mãos, você pode estipular quan- com antecedência e procure mar- quências ruins para o seu negócio.
to dinheiro ele pode gastar e quanto car presença. 18. Aceite com bons olhos as
tempo ficará no seu empreendi- 10. Adiante ao máximo os pro- críticas que receber. Por meio de-
mento. Dessa forma, pode elaborar cessos de preparo. Isso garante las, você poderá melhorar o seu
melhor o menu que irá oferecer. operação mais tranquila diante empreendimento e fazê-lo crescer
4. Invista na estrutura e no vi- dos clientes. ainda mais.
sual de sua food bike e inclua um 11. Veja a possibilidade de ofe- 19. Disposição física e men-
contato, como telefone ou página recer os pratos também para via- tal são indispensáveis para quem
do Facebook na lataria. Aprovei- gem, caso o cliente prefira comer deseja trabalhar no ramo. Esta-
te a vantagem de o modelo de em seu trabalho ou residência. beleça metas diárias e pense em
negócio poder circular e cha- 12. Prepare-se para intem- estratégias para conquistá-las.
mar atenção para divulgá-lo por péries. Nos dias de chuva, muito
onde passar. frio ou muito calor, as vendas são
Colaboraram:
5. Use as redes sociais a seu drasticamente reduzidas, e muitas
favor. Divulgue a marca de forma vezes não vale colocar a bike na
Food Truck nas Ruas
inteligente (informando a agenda, rua. Se optar por sair de casa, te- www.foodtrucknasruas.
postando fotos dos pratos e infor- nha alternativas para proteger os com.br
mando valores) e incentive a inte- clientes dos climas desagradáveis. SEBRAE:
ração dos seguidores nas páginas, 13. Busque parcerias com www.sebrae.com.br

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COMO MONTAR um food truck

LUCRE
NAS VIAS PÚBLICAS
TER UM NEGÓCIO SOBRE RODAS É O DESEJO DE
MUITOS EMPREENDEDORES. SAIBA QUAIS SÃO OS
PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS PARA INICIAR UMA
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL DE SUCESSO

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Após o então prefeito de São
Paulo (SP), Fernando Haddad,
regulamentar a Lei Municipal A ORDEM DOS PROCEDIMENTOS E OS PRAZOS
nº 15.947/2013 e depois de o PARA AUTORIZAÇÃO DO COMÉRCIO DE ALIMEN-
Decreto 55.085/2014 ser pu- TOS SÃO OS SEGUINTES:
blicado, definindo as regras da
comercialização de alimentos 1º > Portaria Subprefeitura: 30 dias
nas ruas da cidade, houve um 2º > Pedidos: 15 dias úteis
grande aumento no número 3º > Avaliação (documentação + propostas +
de pessoas interessadas em parecer da CET): 20 úteis
montar um negócio móvel não 4º > Decisão (despacho de deferimento da
só na capital paulista, mas em permissão de uso): 5 dias úteis
todo o Brasil. 5º > Cadastro na Convisa: após emissão,
Isso se deve ao fato de chefs 10 dias para apresentação na Sub
de cozinha e empreendedores 6º > Termo de Permissão de Uso (TPU): 5 dias
enxergarem o nicho como uma úteis
oportunidade de negócio. Há 7º > Inspeção Covisa: 90 + 90 dias
pessoas que possuem experi- Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo
ência na área gastronômica e
veem a possibilidade de cres-
cer trazendo um modelo móvel
para as ruas como extensão do em negócio móvel, que é mais calizar os veículos nas vias de
seu restaurante. Também exis- barato e tem como filosofia diversas cidades brasileiras.
tem muitos empresários que ofertar produtos de alta qua-
desistiram das lojas físicas por lidade por um preço relativa- PRIMEIROS PASSOS
causa dos altos gastos (aluguel mente acessível. São Paulo, Rio de Janeiro e
e IPTU) e da questão da segu- Para quem gosta de gas- Curitiba já têm a lei da comida
rança pública – nos últimos tronomia e tem talento para de rua regulamentada, e a ex-
anos, muitos restaurantes fe- administrar seu próprio negó- pectativa é que outras cidades
charam por falta de movimento cio, investir em uma cozinha tenham o olhar empreendedor
noturno devido aos arrastões móvel é trazer para a realidade e continuem a aprovar esse
que aconteceram em alguns um sonho ou uma expansão mercado Brasil afora.
bairros paulistanos. Dessa for- do seu negócio. “Mas é impor- O primeiro passo do futu-
ma, eles optaram por investir tante lembrar que sonho não ro empreendedor é fazer um
é feito só de coisas boas. Por plano de negócios. Na hora
Cesar Ogata/SECOM

isso, determinação, compro- de montar uma cozinha sobre


metimento e profissionalismo rodas, é importante prever to-
precisam andar sempre juntos dos os riscos, mapear concor-
quando pensar em montar um rentes, fazer o planejamento
food truck. O trabalho é exi- estratégico sobre o retorno do
gente e puxado, mas, quando investimento, estabelecer a ca-
feito com prazer, flui e tende pacidade de produção e de ven-
a gerar ótimos resultados”, das, determinar o ticket médio,
revelam Carla Somose Noval- analisar os prós e os contras, e,
ski e Kelly Martins Ferreira, a partir disso, ver se realmen-
Fernando Haddad regulamentou
a lei de comida de rua sócias-diretoras do site Food te será um negócio viável e se
no fim de 2013 Truck nas Ruas, que ajuda a lo- dará retorno em longo prazo.

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COMO MONTAR um food truck

armazenamento acontece em
um ambiente físico. Somente
NORMAS DE ESTACIONAMENTO a distribuição é feita dentro do
• A instalação de equipamentos em passeios veículo”, continua Muniz.
públicos deverá respeitar a faixa livre de 1,20 m O Sebrae dispõe de con-
• Manter distância mínima de 5 metros de sultores em todo o Brasil para
cruzamentos de vias, faixas de pedestres, rebai- quem deseja iniciar no ramo
xamento para acesso de pessoas com deficiência, e também conta com um pro-
pontos de ônibus e de táxis, equipamentos públi- grama chamado “Receitas de
cos (hidrantes e válvulas de incêndio, orelhões, Sucesso”, que, embora não
cabines telefônicas, tampas de limpeza de bueiros seja específico para o food tru-
e poços de visita) ck, é voltado para a melhoria
• No caso de entradas e saídas de estações de da gestão em negócios de ali-
metrô e de trem, plataformas de embarque, rodo- mentação fora do lar e abran-
viárias, aeroportos, monumentos e bens tomba- ge temas como qualidade de
dos, hospitais, casas de saúde, prontos-socorros atendimento e segurança no
e ambulatórios públicos ou particulares, ginásios processo produtivo. Também
esportivos e estádios de futebol a distância é de, há uma cartilha que fala sobre
no mínimo, 20 metros a nova lei da comida de rua na
• Entradas e saídas de estabelecimentos com capital paulista.
comércio varejista de alimentos e de mercados
municipais que comercializem categorias de pro- REGULARIZE SEU NEGÓCIO
dutos alimentícios, pratos e preparações culiná- O primeiro passo é resolver
rias, incluindo as típicas, iguais ou semelhantes, a as questões jurídicas, que en-
distância mínima é de 25 metros volvem abrir empresa e reco-
• É proibido estacionar em frente a farmácias lher todas as documentações
e guias rebaixadas, bem em portões de acesso a fiscais para a realização da
estabelecimentos de ensino, de edifícios e de re- atividade. Depois disso, é im-
partições físicas portante pesquisar se na cida-
• Ruas estritamente residenciais também não de em que deseja trabalhar as
estão permitidas para esta atividade cozinhas ambulantes são lega-
Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo lizadas. Geralmente, a prefei-
tura local delimita as zonas em
que elas são permitidas. Caso
Diante do planejamento tidor definirá o modelo do carro ainda não estejam liberadas, o
de negócios, é preciso pensar que comporta os equipamen- empreendedor só poderá atuar
na especialidade gastronômi- tos de cozinha necessários e em eventos, festas ou em esta-
ca que será servida. “O fun- quantas pessoas deverão tra- cionamentos privados.
damental para um plano de balhar, uma vez que, quanto Na cidade de São Paulo,
negócios na área de alimen- mais complexo e variado for quem deseja vender comida
tação, independentemente de o menu, o processo produtivo em espaços públicos – o que
ser food truck ou não, é definir também será mais trabalhoso. abrange ruas, praças, calçadas
primeiramente o cardápio”, “Vale lembrar que food truck e parques – precisa retirar uma
orienta Karyna Muniz, consul- é um negócio móvel, mas ele licença chamada Termo de
tora da área de alimentação do precisa de uma estrutura físi- Permissão de Uso (TPU).
Sebrae-SP. ca de produção. O processo de Para isso, os interessados
É a partir disso que o inves- compras, de recebimento e de devem procurar a Subprefei-

16
tura que responde pelo local prorrogável uma única vez por bom faturamento, pois lá tem
eleito para saber sobre a do- igual período, para se instalar, um grande fluxo de clientes
cumentação necessária para realizar inspeção no equipa- passantes”, analisa a consulto-
cada tipo de modelo de negócio. mento junto à Coordenação de ra do Sebrae.
Também é preciso definir quais Vigilância em Saúde (Covisa) Cada empresário deverá
equipamentos serão utilizados, antes de seu efeito funciona- optar por permanecer no pon-
suas dimensões, produtos que mento, além de comprovar a to fixo por, no mínimo, 4 horas
serão manipulados e em quais regularidade das alterações do e, no máximo, 12 horas por dia,
dias e horários deseja trabalhar veículo junto ao órgão de trânsi- mas as Subprefeituras poderão
– é comum dois empreendedo- to quando aplicável (nos casos determinar regras próprias de
res partilharem o mesmo ponto em que o veículo foi adaptado). limites de horário e de frequên-
em períodos ou dias distintos. O TPU emitido não tem prazo cia de funcionamento.
As propostas são avalia- definido para expirar, mas pode O comércio de alimentos
das pelas Subprefeituras, em ser revogado pelo poder público em vias e áreas públicas com-
conjunto com a Companhia de a qualquer momento. preende a venda direta confor-
Engenharia de Tráfego (CET). A lei de comida de rua en- me as seguintes categorias de
Caso haja dois candidatos aptos trou em vigor há pouco mais de equipamentos:
ao mesmo ponto e nos mesmos um ano e já disponibilizou mais Categoria A: alimentos co-
dias e horários, a decisão vai de 800 pontos na cidade de São mercializados em veículos au-
para sorteio. Paulo, sendo que 300 deles são tomotores, assim considerados
Uma vez definido quem muito disputados por ficarem os equipamentos montados
tem direito ao TPU e ao pon- no entorno mais comercial da sobre veículos a motor ou rebo-
to pretendido, a Subprefeitura cidade, como as zonas oeste e cados por estes, desde que re-
deverá publicar todas as espe- sul, a região da Berrini e a Ave- colhidos ao final do expediente.
cificações no Diário Oficial da nida Paulista. “Quem conse- Deve ter o comprimento máxi-
Cidade. Depois disso, o empre- guiu o TPU da Subprefeitura de mo 2,20 m de largura máxima
endedor terá prazo de 90 dias, Pinheiros deve estar com um e de 6,30 m de comprimento,

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COMO MONTAR um food truck

desmontáveis, com área máxi-


ma de 4 m².
A adequação às normas
PRÓS E CONTRAS DE TRABALHAR higiênico-sanitárias e a apura-
COM FOOD TRUCK ção das infrações de natureza
PRÓS: sanitária serão exercidas pela
> Possibilidade de ir até o cliente Covisa e pela Suvis (Supervi-
> Ter uma proposta de cardápio mais enxuta sões de Vigilância em Saúde).
e produzir o que realmente vai vender, o que gera A fiscalização das demais re-
menos desperdício de alimentos e um controle gras, como os deveres e proi-
maior de produção e de venda bições dos comerciantes, será
> Trata-se de um serviço menos formal, que exercida pela Subprefeitura,
tem tudo a ver com as tendências de hábitos de exceto nos casos de comércio
consumo prático e conveniente nos parques municipais, que
> Se estiver alocado em um ponto comercial será fiscalizado pela Secre-
que tem grande fluxo de pessoas, o faturamento taria Municipal do Verde e do
tende a ser mais elevado Meio Ambiente.
> Relacionamento com o público Cada comerciante terá um
> Não ter rotina, já que cada dia estará em um custo anual para a permissão
lugar diferente de uso, que corresponde a 10%
> Trabalhar com o que gosta do valor venal do metro qua-
> Aprender a agregar novas gastronomias e drado da respectiva quadra,
valores para seu negócio conforme consta da Planta
Genérica de Valores, calculado
CONTRAS: por metro quadrado de área
> O ticket médio é mais baixo, pois é um produ- pública efetivamente utilizada
to que tem um custo menor para o cliente, gerando pelo comerciante.
uma menor capacidade de faturamento diário
> Limite de produção, de distribuição e A ESCOLHA DO VEÍCULO
de vendas O investimento inicial mé-
> Turnos de mais de 10 horas de trabalho, de- dio para montar um food truck
pendendo do evento varia de R$ 40 mil a R$ 300 mil.
> Trabalhar sempre aos finais de semana, pois Como essa quantia é alta, mui-
são os dias de maiores e melhores oportunidades tos empreendedores recorrem
> Ter de tomar decisões certas e precisas, já aos empréstimos bancários e
que lida diretamente com o consumidor aos financiamentos para quitar
> Estar disposto a carregar e descarregar o a dívida. Esse valor pode mu-
truck diariamente dar de acordo com o veículo e
a estrutura interna necessária.
Para transformar o veículo
em um restaurante sobre ro-
considerando a soma do com- os equipamentos tracionados, das, é essencial customizar o
primento do veículo e do rebo- impulsionados ou carregados baú de alumínio, obedecendo
que (food truck); pela força humana, com área as medidas estabelecidas pela
Categoria B: alimentos co- máxima de 1m² (food carts); prefeitura da cidade em que
mercializados em carrinhos ou Categoria C: alimentos co- pretende trabalhar.
tabuleiros, assim considerados mercializados em barracas Hoje em dia, existem diver-

18
sas empresas especializadas Devido ao trânsito das tem uma audiência de mais de
em fazer esse tipo de adapta- grandes cidades, o ideal é que 2,5 milhões de acessos, o que
ção, que inclui equipar o ca- ela não seja muito distante da comprova a boa aceitação dos
minhão com pia, fogão e forno região em que você pretende food trucks.
industriais, coifa, geladeira, estacionar. Por isso, a logística A propaganda boca a boca
gerador, sistema hidráulico, também deve ser levada em também tem um grande poder
instalação de gás com sistema conta na hora de montar seu de influência e credibilidade
para evitar vazamento, entre plano de negócios, uma vez para formar opiniões. Portanto,
outros itens que mudam con- que, enquanto está no trajeto, manter os critérios de higiene e
forme a necessidade de cada você deixa de ganhar dinheiro. atender os clientes com simpa-
projeto. Também é essencial Outra questão relevante é tia são essenciais para ganhar
colocar prateleiras para arma- que, por se tratar de um pro- boas recomendações.
zenar os ingredientes, as em- cesso produtivo “quebrado” (o
balagens em que serão servi- ponto de produção fica longe do
das as refeições e os utensílios ponto de distribuição), há a ne-
de cozinha, além de ter espaço cessidade de deslocamento de
suficiente para as pessoas se matéria-prima, o que faz que
movimentarem no ambiente. você tenha menor controle da
A parte externa também segurança alimentar do produ-
requer personalização, pois to por submetê-lo a transporte,
um restaurante sobre rodas ainda que seja acondicionado
necessita de identidade visual, adequadamente.
que é um dos diferenciais des-
se modelo de negócio. DIVULGUE SUA MARCA
Outro ponto fundamental Empresas iniciantes geral-
é redimensionar o sitema de mente não têm verba para in-
freios e a suspensão, além de vestir em agências de marke-
escolher o modelo de pneu ting, mas as redes sociais são
indicado para suportar sobre- uma ótima ferramenta para
peso e rodar com segurança, propagar seu food truck.
já que há muitas imperfeições Divulgue suas páginas para
no asfalto. Para completar, os clientes e procure estar
procure o seguro que melhor sempre em contato com eles,
corresponde às suas necessi- informando a agenda dos lo-
dades. Como seu veículo é a cais em que estacionará o ca-
sua empresa, não dá para eco- minhão, compartilhando fotos
nomizar nesse quesito. e permitindo que eles partici-
Colaboraram:
pem da escolha de novos itens
Food Truck nas Ruas
DEFINA A COZINHA DE APOIO do cardápio, por exemplo.
www.foodtrucknasruas.
Esse investimento é indis- O canal Food Truck nas
com.br
pensável para que todo o pro- Ruas também é uma ótima
Prefeitura de São Paulo
cesso seja executado, uma vez oportunidade de mídia, já que
www.capital.sp.gov.br
que a cozinha de apoio é onde, funciona como um guia de lo-
Serviço Brasileiro de
de fato, serão produzidos e ar- calização das cozinhas itine-
Apoio às Micro e Peque-
mazenados os alimentos, além rantes. Seja pelo site ou pelo
nas Empresas (Sebrae):
de ser o local de compra e re- aplicativo, que pode ser bai-
www.sebrae.com.br
cebimento dos ingredientes. xado gratuitamente, o guia já

www.revistaonline.com.br
TRUCKVAN

SEGURANÇA E
QUALIDADE
SEGUINDO TODAS AS NORMAS DE SEGURANÇA,
VIGILÂNCIA SANITÁRIA E BOAS PRÁTICAS, A
TRUCKVAN – EMPRESA QUE PRODUZ FOOD
TRUCKS PARA TODO O PAÍS – JÁ FATUROU MAIS DE
R$ 6 MILHÕES COM ESTE NICHO DE MERCADO
Por Aline Ribeiro /Fotos Divulgação
TRUCKVAN

“O mercado de food trucks é uma tendência que veio para ficar.”


Alcides Braga, sócio-diretor da Truckvan

Você está pensando em qualquer tipo de vazamento de sa é responsável pela reforma


investir em seu próprio food gás, além da ART (Anotação da kombi do Samuca´s Dog,
truck? Se sim, tem que conhe- de Responsabilidade Técnica), apresentada no quadro Lata
cer a Truckvan, empresa que já que assegura à sociedade Velha, do programa Caldeirão
produziu mais de 70 food trucks que o projeto foi desenvol- do Huck. E não para por aí!
de sucesso. Sinônimo de se- vido por um profissional ha- Em uma ação social, fruto da
gurança e qualidade, já está bilitado, seguindo todas as parceria entre a agência África
no mercado desde 2014, ano normas exigidas. Rio e a ONG Make Them Smile,
que teve a lei que regulariza Não é à toa que a Truckvan disponibilizou sua unidade pró-
o comércio de comida de rua já acumula cases de sucesso. pria para o projeto Feed Truck,
aprovada pela Prefeitura de Além de ter produzido as cozi- levando comida para morado-
São Paulo. nhas móveis que foram usadas res de rua do Rio de Janeiro.
Alguns diferenciais superim- para a disputa da primeira e Para completar, a empresa
portantes são garantidos pela segunda temporadas do reality também transformou um ôni-
empresa, como um sistema show Food Truck – A Batalha, bus inglês original de dois an-
com sensor sonoro que detecta do canal a cabo GNT, a empre- dares, de 1965, único modelo
A Truckvan foi a responsável pela reforma da kombi Samuca´s Dog, apresentada no quadro Lata Velha, do programa
Caldeirão do Huck
TRUCKVAN

no Brasil, em uma lanchonete varia de R$ 50 mil a R$ 90 mil, equipamentos de cozinha.


móvel, o Busger 2. dependendo da solicitação do O prazo de entrega da
Para conhecer mais deta- cliente e do tamanho do veículo. Truckvan é cerca de 60 dias,
lhes do que a Truckvan pode * R$ 50 mil: Kombi após a aprovação do projeto
disponibilizar, confira, a se- * R$ 60 mil: HR Hyundai/ executivo pelo cliente.
guir, um bate-papo com Al- Kia Bongo O cliente ainda precisa
cides Braga, sócio-diretor da * R$ 70 a R$ 90 mil: Iveco comprar o veículo e os equi-
empresa. Daily, Renault Master, Sprinter pamentos de cozinha, então,
Mercedes-Benz o investimento completo em
Qual é o investimento mé- Ressaltando que o trabalho um food truck gira em torno
dio para transformar um car- da Truckvan é produzir o baú de de R$ 200 mil a R$ 250 mil,
ro/kombi/caminhão em um alumínio e customizá-lo como pensando em um veículo ze-
food truck? uma cozinha móvel, fazendo ro-quilômetro.
Alcides Braga: O custo todo revestimento interno e
médio de uma customização instalando o sistema elétri- Em sua concepção, quando
da Truckvan em um food truck co, hidráulico e mecânico e os foi o boom dos Food Trucks?
Alcides Braga: A Truckvan
começou a sentir a onda de
food trucks aumentar a par-
tir de maio de 2014, quando a
lei que regulariza o comércio
de comida de rua foi aprovada
pela prefeitura de São Paulo.

Em 2014, por exemplo, quan-


tas encomendas receberam?
Alcides Braga: Em 2014, a
Truckvan fechou o ano com
20 food trucks e 10 mode-
los em produção, encerran-
do com um faturamento de
R$ 2 milhões só com este nicho
de mercado.

Em 2015, já sentiram um
desaquecimento da demanda
por trucks?
Alcides Braga: Pelo con-
trário, em 2015, sentimos o
mercado de food trucks mais
aquecido do que no ano ante-
rior e aumentamos em 135%
nossa produção, fechando o
ano com 47 restaurantes mó-
veis entregues, 8 modelos em
A Truckvan produziu as cozinhas móveis que foram usadas para a disputa da
produção e faturamento de
primeira e segunda temporadas do reality show Food Truck – A Batalha, do
canal a cabo GNT cerca de R$ 4 milhões.
Já em 2016, percebemos preendedores, recebemos mui- bre rodas, mas não eram
que já está diminuindo con- to mais demanda para trucks necessariamente do ramo
sideravelmente o número de de comida, os chamados food alimentício. Já a partir de
pedidos de empreendedores trucks, sendo em sua maioria 2015 para cá, começamos
da cidade de São Paulo devido para hambúrgueres e massas. a receber mais solicitações
ao elevado número de food tru- Após o sucesso dos food de chefs de cozinha e de
cks espalhados pela capital. trucks, começamos a receber empresários que já tinham
Contudo, temos recebido solicitações de orçamentos de alguma relação com o setor
cada vez mais solicitações de padarias, barbearias, esmal- gastronômico.
empreendedores do interior terias, pet shops, adegas e até A nossa análise é de que
de São Paulo e de outras ca- estúdio de tatuagem. o mercado de food trucks
pitais, em especial Salvador Até o momento, entrega- é uma tendência que veio
(BA) e Recife (PE). mos cinco padarias móveis para ficar, mas que só
Até o fechamento des- para o mesmo cliente, o Sa- quem realmente ama gas-
ta edição, entregamos, em grado Boulangerie, e um salão tronomia está disposto a
2016, 7 food trucks e esta- de maquiagem sobre rodas, o trabalhar mais de 10 horas
mos com cerca de 15 mode- Fashion Truck Hey Pretty. por dia, inclusive aos feria-
los em produção. E acabamos de fechar uma dos, adora o contato direto
venda de mais uma salão de com cliente e oferece uma
Quais os tipos de trucks maquiagem móvel para uma comida de alta qualidade e
que mais receberam demanda empresa de cosméticos, que, preço acessível permane-
(comida, bebida, doces, etc)? além de comercializar produ- cerá no segmento e será
Alcides Braga: Com 24 anos tos destinados à beleza femi- bem-sucedido. Já os aven-
de experiência na customiza- nina, também capacitará pro- tureiros de plantão, que se
ção de veículos, a Truckvan é fissionais da área. empolgam com modismos,
líder brasileira no mercado de já desanimaram devido ao
solução sobre rodas e já fa- “Acreditamos, inclusive, elevado número de concor-
bricou mais de 600 unidades que, agora, teremos um novo rentes e alguns até já ven-
móveis para as áreas de saú- boom e faremos muitas uni- deram seus food trucks.
de, capacitação e treinamento dades móveis para o setor de Outro fator muito posi-
profissional, eventos, serviços beleza (maquiagem, cabelo, tivo que percebemos é que
e defesa e segurança. depilação, manicure e afins)” o sucesso dos food trucks
Desse total, entregamos estimulou novos tipos de
mais de 70 escolas móveis negócios sobre rodas e te-
de capacitação para o Senai Tem sentido alguma di- mos recebido cada vez mais
e mais de 20 unidades para o ferença desde 2015 para cá solicitações de empreende-
programa de qualificação pro- no perfil de quem os con- dores que querem propor-
fissional Via Rápida Emprego, trata para empreender? cionar facilidades e como-
do Governo de São Paulo. Alcides Braga: Temos didade para seus clientes,
Já na área de saúde, produ- percebido uma grande di- além de expor suas marcas
zimos mais de 40 clínicas mé- ferença no perfil do empre- para diversos públicos, es-
dicas itinerantes, que realizam endedor que contrata os tar presentes em feiras e
desde mamografias, ultras- serviços da Truckvan. No eventos e não ter que pa-
sonografias a procedimentos boom dos food trucks, fo- gar o aluguel de estabele-
odontológicos e oftalmológicos. mos mais procurados por cimentos fixos e só precisar
Falando especificamente empresários que queriam de um número reduzido de
em negócios móveis para em- investir em cozinhas so- funcionários para operação.
TRUCKVAN

CASES DE SUCESSO
Desde sua fundação, em janeiro de 1992, a Truckvan acumula experiência
na fabricação de unidades móveis, tornando-se a grande provedora de
soluções sobre rodas do Brasil e referência em customização de veículos.
Aqui, inspire-se em empreendimentos de grande êxito

> GASTRONOMIA

Cozinha-Estúdio Móvel
Desenvolvida pela Truckvan para
o chef de cozinha e apresentador
Edu Guedes levar suas receitas para
todos Brasil, a Cozinha-Estúdio Mó-
vel possui 7 metros de comprimen-
to por 2,40 metros de largura e duas
portas-palco, sendo uma delas com
avanço lateral e outra com varanda
para mesas e cadeiras, totalizando
uma área útil de 40 m².
A unidade móvel está equipa-
da com fogão, forno, micro-ondas,
geladeira, pia, banheiro, gerador de
energia, climatização, iluminação,
distribuição elétrica, armários, área
de convivência, maleiros externos e
outros acessórios. O revestimento
do piso é em manta vinílica, o que
facilita a limpeza e permite total as-
sepsia do ambiente.
Let´s cupcake
O food truck Let’s Cupcake foi por possuir uma plataforma, na qual
desenvolvido sobre o chassi de uma as pessoas têm a possibilidade de su-
Sprinter Mercedes-Benz e se destaca bir e montar seu próprio cupcake.
TRUCKVAN

Do Fundo do Bauru
Do Fundo do Bauru é o primeiro
restaurante sobre rodas de Bauru,
interior de São Paulo. A unidade
móvel pretende agradar a todos
os paladares com o famoso lanche
que leva o nome da cidade, além
de hambúrgueres artesanais e um
cardápio diversificado que mudará
a cada semana. O proprietário do
food truck, Pedro Carvalho, aposta
no visual de seu food truck, pintado
de vermelho e bege com aplicações
de adesivos formando grafismos e
contendo frases motivacionais para
atrair mais clientes. “A nossa co-
zinha móvel se destaca por estar
preparada para se adaptar a cada
público e evento, pois está equipa-
da com char broiler (churrasqueira
a gás com sistema americano de
grelhar), fritadeira, chapa e cerve-
jeira”, destaca Pedro.
> BELEZA

Fashion Truck Hey Pretty


Estudantes de Moda, da FAAP (SP), penteadeira, cadeira e prateleiras de
Victória Romano, 22 anos, e Jonas Mu- exposição, a unidade móvel oferece pro-
niz, 23 anos, decidiram investir em um dutos de fabricação própria destinados à
salão de maquiagem e criaram o Fashion beleza feminina, como maquiagens, cre-
Truck Hey Pretty. Com um visual predo- mes, batons, pigmentos, sombra, rímel,
minantemente pink, tanto na parte ex- hidratantes e diversos itens cujos preços
terna quanto na decoração interna com variam de R$ 32 a R$ 75.
TRUCKVAN

Centro Plástica Capilar Elseve


Batizada de Centro Plástica Capi-
lar Elseve, a unidade móvel foi des-
tinada para avaliar os cabelos com
profissionais dos laboratórios L’Oréal
Paris e mostrar como os produtos da
marca podem solucionar problemas
causados por químicas e outros fato-
res que danificam os fios.
> UTILIDADE PÚBLICA

Agências bancárias móveis


Banco de Poupança e Crédito (BPC) o Banco de Poupança e Crédito (BPC)
de Angola: em 2012, a Truckvan enviou de Angola, em parceria com a empresa
nove agências bancárias móveis para Delf Tecnologies.
TRUCKVAN

Carreta da mulher
Produzida para o Programa Saú-
de Móvel, da Secretaria de Estado da
Saúde do Distrito Federal, cada Car-
reta da Mulher conta com uma equipe
especializada composta por médicos,
enfermeiros e técnicos em enferma-
gem, e é preparada para realizar 50
mamografias, 50 ultrassonografias e
50 coletas de exames preventivos de
câncer do útero por dia, garantindo
agilidade na realização e na entrega
do resultado do exame para detectar a
doença, podendo aumentar em 90% as
chances de cura da paciente.
Unidade Móvel de Tomografia
Com 15 metros de comprimento cia e mobilidade reduzida. A unidade
e, aproximadamente, 60 m² de área conta também com gerador próprio
útil, a carreta tem cinco ambientes, que garante a autonomia da energia do
sendo um com revestimento plumbí- veículo e estabilizador eletrônico de 50
fero (chumbo) para operação do to- kVA para funcionamento do tomógrafo
mógrafo, além de sala de recepção e e um sistema de reuso de água prove-
de espera, sala de preparo, sala de niente do ar-condicionado para limpe-
controle e banheiro. A carreta tem za interna e externa.
três salas de avanço, sendo uma con- “A parceria entre Truckvan e Sie-
vencional e duas com sistema roll-on mens vai unir mobilidade e tecnologia
que permite a abertura em menor em um projeto pioneiro de tomografia
tempo. Essas duas salas de avan- que atenderá a necessidade de milha-
ço estão equipadas com elevadores res de pessoas”, destaca Alcides Braga,
para macas e pessoas com deficiên- sócio-diretor da Truckvan.

Truckvan
(11) 2635-1133
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NEGÓCIO rentável

OUTDOOR
Shutterstock
NOVA FORMA DE
LUCRAR COM OS
FOOD TRUCKS É
EXPONDO NOMES
AMBULANTE
latarias dos veículos. Foi o que perimentação entre os consu-
aconteceu com o Buzina Food midores. Por isso, a parceria
DE EMPRESAS Truck, que tem a Sol Premium com o Buzina é por meio de
NO VEÍCULO e a Cepêra como patrocina- uso dos produtos da marca nos
dores. “Como o Buzina tem caminhões. “O movimento de
Os food trucks foram des- mais de 50 mil seguidores no food trucks cresce vertigino-
bravando o mercado de comi- Facebook, 30 mil no Instagram samente no Brasil, principal-
da de rua até conquistarem o e tem muita mídia, eles viram mente em São Paulo. Então, foi
paladar dos brasileiros. Devido que seríamos um outdoor am- uma oportunidade de apresen-
ao sucesso que esse tipo de bulante que roda de 15 a 20 tar os nossos produtos para
negócio vem fazendo, um ve- localizações semanais. Esse é um público mais jovem, além
ículo que revela bom gosto no o meu ponto de venda”, reve- de criar um vínculo emocio-
design tende a atrair a aten- la Márcio Silva, proprietário de nal e nos posicionarmos como
ção dos clientes e também de um dos primeiros food trucks uma marca contemporânea”,
grandes empresas. do Brasil. Como o Buzina já explica o CEO da empresa, De-
Quando perceberam que as conta com dois caminhões, ele cio Augusto da Costa Filho.
cozinhas móveis são uma for- também tem parceria com a A estratégia deu certo: ge-
ma itinerante de divulgação, Mercedes-Benz. rou um boca a boca espontâneo
marcas renomadas se interes- De acordo com a Cepêra, a para a marca e potencializou as
saram por fazer parceria com ideia de divulgar a marca em mídias sociais, que tiveram um
proprietários dos caminhões, um food truck surgiu como crescimento na base de fãs em
expondo seus logotipos nas uma forma nova de gerar ex- mais de 3.500%. Devido a esse

34
sucesso, a marca fechou par- o retorno maior do que o es- seja recente, a empresa se diz
ceria com outros food trucks e perado. Por conta disso, a em- feliz com o resultado. “Mesmo
estuda patrocinar caminhões presa fez parcerias com outros sem métricas previamente es-
de outras regiões do Brasil. trucks, além de apoiar alguns tabelecidas, está superando as
A Cepêra também montou festivais de comida de rua. expectativas pelo feedback que
um food truck dentro de um recebemos daqueles que ex-
carro Smart. Com o intuito de CONSUMIDORES EM FOCO perimentam os sanduíches e
divulgar a nova linha de produ- Com a estratégia de pro- das manifestações espontâne-
tos, o veículo foi adaptado para porcionar interação com os as que são postadas nas redes
levar todos os ingredientes ne- consumidores por meio de sociais”, revela Colombo.
cessários para servir até 250 uma experiência gastronômica Pensando em reforçar a co-
minilanches de degustação a um preço acessível, além de municação com os consumido-
para frequentadores de Food posicionar a empresa no emer- res, a Ajinomoto® também re-
Park e clientes de supermer- gente mercado de food trucks, solveu investir nos caminhões.
cado. Chapa para preparação, estando presente nos princi- A empresa tem parceria com o
armário para guardar os mate- pais eventos de gastronomia da La Buena Station e com o Te-
riais e balcão para apoio foram cidade de São Paulo, a Tirolez maki Point, e diz que o retorno
alguns dos equipamentos ins- também recorreu à divulga- da divulgação da marca está
talados no pequeno automó- ção de sua marca nas cozinhas dentro das expectativas.
vel, que circulou pelo estado itinerantes. “Com a parceria A empresa planeja ampliar
de São Paulo. queremos trazer um conceito esses patrocínios em breve por
Também patrocinadora do inovador para o segmento, por entender que o segmento de
Buzina Food Truck, a cerveja meio de combinações diferen- food trucks é uma tendência e
Sol Premium tem uma parceria ciadas que vão gerar experi- estabelece relações positivas
de exclusividade no veículo em mentação e aumentar o co- com seus clientes. “Trabalhan-
troca de uma cota de produto nhecimento dos diversos tipos do juntos, temos a oportunida-
gratuita e do logo aparente no de queijo, suas versatilidades de de evoluir juntos e construir
truck. Segundo Carina Hermi- e harmonizações”, explica Ga- soluções cada vez melhores”,
da, gerente de marketing da briela Colombo, gerente de diz o gerente de marketing da
Sol, houve um entrosamento marketing da companhia. Food Service da Ajinomoto do
muito grande entre a empresa A parceria com o food tru- Brasil, Eduardo Bonelli.
e os dois chefs desde o início. ck QG teve início em maio de As parcerias variam de
“Quando tivemos a primeira 2015. A fabricante de queijos acordo com a necessidade
conversa, encontramos mui- fornece seus produtos para o de cada cliente, mas a mar-
ta sinergia entre as marcas. truck, faz divulgação no Fa- ca apoia desde o suprimento
O Márcio e o Jorge se identi- cebook, site e assessoria de de produtos e patrocínios até
ficaram pessoalmente com o imprensa e dá o suporte no o desenvolvimento de menus
‘Espiritu Libre’ da marca Sol, o desenvolvimento de mate- junto à cozinha experimental
que também contribui bastante riais de comunicação, como que possuem. Cada caso é es-
para esse projeto”, explica ela. layout do truck, lousa para a tudado profundamente, visan-
A parceria foi uma aposta divulgação dos sanduíches do proporcionar vantagens e a
para as duas marcas. A mar- que serão vendidos no dia, evolução dos negócios para os
ca de cerveja ainda não estava porta-lanches, entre outros. dois lados. “Acreditamos que a
com o novo “visual” nem o con- Em troca, o QG entra com a parceria de verdade é aquela na
ceito de “liberdade”, e o Buzina divulgação na marca no ca- qual nosso cliente cresce, pois
estava em fase inicial. Porém, minhão e nas mídias sociais. a evolução deles é nossa fonte
ambos se surpreenderam com Embora esse patrocínio de sucesso”, finaliza Bonelli.

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FOOD TRUCK no mundo

TENDÊNCIA
MUNDIAL
PRESENTES EM DIVERSOS PAÍSES, AS COZINHAS MÓVEIS
MOSTRAM QUE VIERAM PARA FICAR E TRANSFORMAR O
CONCEITO DE ALIMENTAÇÃO NAS RUAS
nerantes chegaram há algum
tempo, mas somente há cerca
de um ano ganharam o gosto
dos londrinos. Na Alemanha,
eles surgiram em 2014 e, ape-
sar de ainda serem novida-
de, já fazem muito sucesso.
Em contrapartida, na França,
embora não fossem recentes,
somente em 2014 passaram a
ser vistos como uma boa opção
gastronômica.

CANADÁ
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O sucesso dos food carts em


Vancouver é tão grande que al-
gumas empresas criaram pas-
Diferentemente do Bra- tivos engravatados recorrem a seios para os turistas conhece-
sil, onde só agora está sendo essa modalidade. E por se tra- rem e provarem alguns pratos
criada a cultura de comida de tar de um negócio democrático, servidos nos carrinhos.
rua, os food trucks já estão fir- é comum encontrar pessoas de Por ser uma cidade com
mados em outras metrópoles diferentes classes sociais fre- muitos imigrantes, os cardápios
do mundo. Porém, como cada quentando o mesmo food truck. são bem diversificados. Um dos
país tem um hábito diferente, O Canadá é famoso por suas mais famosos chama-se Japa-
as cozinhas sobre rodas tam- “street foods”. Esse nicho de dog, que, como o próprio nome
bém têm particularidades em mercado é tão consolidado e le- diz, serve uma curiosa combi-
cada região. vado a sério que, em Vancouver, nação de cachorro-quente com
Por questões históricas e acontecem festivais anuais com comida japonesa.
financeiras, os Estados Unidos os melhores food carts – no Na capital, anualmente
foram os primeiros a aderir à país, eles são montados em um acontece um festival chamado
ideia e, especialmente em Nova tipo de carrinho. Food Cart Fest, em que se reú-
Iorque, criou-se o hábito fazer Na Europa, os food tru- nem os 20 melhores carrinhos.
as refeições nos furgões esta- cks também estão em alta,
cionados nas ruas. Na hora do mas nem todos os países são ESTADOS UNIDOS
almoço, nos principais centros veteranos. Em Londres, por Em Nova Iorque, cidade re-
comerciais, até mesmo execu- exemplo, os restaurantes iti- ferência de comida de rua, os

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food trucks oferecem cardápios canal de Esportes ESPN. Todos guer para agradar o paladar
descontraídos, mas de qualida- os cardápios são inspirados nos dos franceses.
de. Há os que servem os lan- pratos mais pedidos nas lan- Atualmente, é possível en-
ches clássicos, como hot dog e chonetes de cada atração, mas contrar as mais variadas comi-
hambúrguer, mas os transeun- têm um toque especial. das, que vão desde os saboro-
tes também encontram uma sos sanduíches até os sushis,
grande variedade de cardápios: ALEMANHA passando pela culinária argen-
comida indiana, churrasquinho Até 2014, Berlim não ti- tina, italiana e asiática. Como
coreano, o famoso arroz com nha o costume de preparar forma de “garantir” a alta qua-
frango e carneiro, waffles, pret- comida em veículos tipo food lidade dos pratos, os empre-
zels, tacos, batata frita belga, truck. Entretanto, o nicho de endedores fazem questão de
entre outros. Os mais cotados negócio chegou à capital ale- reforçar que utilizam somente
costumam ter longas filas. mã, especialmente na Street matéria-prima francesa.
Assim como no Brasil, al- Food Thursday, uma feirinha
guns veículos são gerenciados gastronômica que acontece às INGLATERRA
por chefs renomados, que tro- quintas-feiras que acontece no A comida sobre rodas é tão
caram as lojas físicas por um bairro de Keruzberg. O evento prestigiada na capital britânica
negócio itinerante. O estacio- tem um local reservado para que há um site que dá todas as
namento em locais privados os trailers, que já ganharam o informações e faz avaliações
também não é prioridade. Eles gosto dos alemães com as di- sobre cada um dos empreen-
costumam parar nas principais versas opções de pratos, como dimentos registrados. Embora
vias da cidade diariamente, in- os típicos do país. os restaurantes itinerantes es-
clusive de madrugada. tejam espalhados pela cidade,
Outra modalidade mui- FRANÇA há um endereço (Kerb King’s
to comum na cidade são os Os food trucks dominaram Cross) em que ficam diversos
food carts, que são maiores e as ruas parisienses. O que con- food trucks enfileirados.
têm formato diferente da ver- tribuiu para que a comida de Algumas opções de menu
são brasileira. Eles costumam rua ganhasse espaço foram as são tacos, guiozas, hambúr-
oferecer pratos mais simples, receitas criadas por jovens che- guer, comida indiana, paella,
como sanduíches e sucos. fs de cozinha, que migraram pizza italiana, sorvetes, bolos,
Em Washington DC, a capi- para os restaurantes móveis. entre outros.
tal federal, é possível encontrar O pioneiro na cidade, e res- Merece destaque a Snog,
food trucks de gastronomia de ponsável por filas imensas, é o uma marca de frozen iogurte
várias nações, inclusive do Bra- Le Camion qui fume, que che- que utilizou o famoso e simbóli-
sil. Os furgões geralmente es- gou ao país em 2011. Queijo co ônibus de dois andares para
tacionam em locais específicos, gruyère e molho de vinho en- montar sua sorveteria ambu-
como em praças e em regiões traram na receita do hambúr- lante de forma original.
de bastante movimento.
Orlando também aderiu aos
Shutterstock

restaurantes móveis. Os trucks


costumam ficar em um esta-
cionamento dentro da Disney,
e têm como tema os parques
temáticos: Magic Kingdom, Ep-
cot, Disney’s Hollywood Studios
e Disney’s Animal Kingdom.
Outra opção é o caminhão do

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NOVIDADE

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PEQUENOS INVESTIMENTOS
GRANDES NEGÓCIOS
DIFERENTES MODALIDADES SÃO ALTERNATIVAS PARA
QUEM DESEJA INVESTIR GASTANDO POUCO
Com a incursão dos food novos e customizados ser- de negócio, a bicicleta é su-
trucks, muitos empreende- vem produtos que, até pou- ficiente para carregar e ven-
dores viram a modalidade co tempo atrás, pareciam der os produtos, tornando-a
como uma opção acessível e ser impossíveis de se arma- sustentável. Já nos casos em
rentável de negócio. Porém, zenar e transportar sobre que há necessidade de refri-
como o investimento nesse duas rodas. Porém, com a geração, fogão e uso de ou-
tipo de veículo não é exa- possibilidade de criar com- tros utensílios de cozinha, as
tamente baixo, alternativas partimentos para todos os bikes precisam de um carro
mais econômicas passaram tipos de necessidade, atu- de apoio para se deslocar.
a ser um grande atrativo para almente, há food bikes que Outro tipo de serviço que
quem busca ocupar um espa- atendem a todos os tipos se beneficiou com a invasão
ço nas ruas. de comensais: hambúr- da comida de rua foi o de food
Aquelas bicicletas de guer, café, churros, pudim, carts, aqueles carrinhos que
bairro, que passavam ven- bolos, empanadas, briga- antigamente só eram vistos
dendo pão e pipoca, ganha- deiros, entre inúmeras ou- na praia vendendo picolé.
ram roupagem mais moder- tras variedades. Eles ficaram maiores e foram
na e descolada. Os modelos Dependendo do modelo adaptados pra outros tipos de

38
cardápio, se transformando o faturamento. Por isso, em

Shutterstock
também em uma possibilida- grande parte dos casos, esse
de acessível de comercializa- tipo de negócio é usado para
ção de comida em via pública. complementar renda, princi- Também conhecidos como “tuk-
Também há duas outras palmente com participação tuk”, os triciclos automatizados são
opções que ainda são pouco em festas e eventos fechados uma opção econômica para novos
empreendedores do nicho
vistas, mas que são ótimas aos fins de semana.
alternativas: a moto food – Entretanto, o vantajo-
que tem projeto operacional so desse tipo de negócio é Além disso, atrai olhares por
semelhante à da food bike que, justamente por ser pe- onde passa, sendo uma for-
– e os triciclos motorizados, queno, tem fácil mobilida- ma “gratuita” de divulgação
que também vêm atraindo o de, ocupa pouco espaço e é da marca e do produto.
mercado terem baú isotérmi- mais barato também em re- Saiba mais nos próximos
co embutido, o que permite lação a taxas e manutenção. capítulos deste guia!
a customização.
As pequenas cozinhas mó-
veis têm como desvantagem o
trajeto ser arriscado nas cida-
des em que o trânsito é mais
FORMALIZE SEU NEGÓCIO
Quem deseja operar em um ponto fixo na rua
intenso – porém, nos casos precisa solicitar uma autorização emitida pela
dos municípios que possuem prefeitura da cidade onde pretende atuar. Na ca-
ciclofaixa, o percurso pode ser pital paulista, os empresários que quiserem for-
seguro e rápido. Outro proble- malizar seu negócio para atuar em vias públicas
ma encontrado por esses em- também deverão ter o Termo de Permissão de
preendedores é o pouco espa- Uso (TPU). Para isso, deverão iniciar o procedi-
ço para armazenamento dos mento com o cadastro da empresa em CONVIAS
produtos, o que limita a varie- mediante os seguintes documentos:
dade de produtos e também
> Carta da empresa, em papel timbrado,
requerendo o cadastramento
> Contrato social ou ata de assembleia
> Cartão do CPNJ
> Certidões negativas de débitos, mobiliárias
e imobiliárias, nos âmbitos Federais, Estaduais e
Municipais, FGTS, INSS e Certidão de Débitos Tra-
balhistas (CNDT) obtida no site do Tribunal Supe-
rior do Trabalho
> Termo de permissão, concessão ou autori-
zação para a exploração do serviço público emiti-
do pelo órgão competente
> Procuração outorgando poderes específicos
para requerer, assinar e retirar TPU, aprovação
Shutterstock

de projeto, alvará de instalação e autorização para


início de obras junto à Prefeitura de São Paulo
Os food carts foram reformulados Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo
para servir todos os tipos de
produtos alimentícios

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FAG BRASIL

PRODUÇÃO
AMP L A
UM OLHAR DIVERSIFICADO PARA ATENDER O EMPREENDEDOR
Por Aline Ribeiro /Fotos Divulgação

40
Divulgação
Há nove anos no mercado, veículos, como kombis, vans cesso do empreendimento”.
a Fag Brasil Veículos Espe- e trailers. Tendo essa expe- Atendendo clientes de
cializados tem como missão riência de mercado, Gislene ponta a ponta do país, a Fag
ajudar o empreendedor a re- Viana dá dicas para quem Brasil já perdeu a conta de
alizar o sonho do próprio ne- quer investir nessa área: quantas unidades já foram
gócio “sobre rodas”. “Desen- “Faça um plano de negócio produzidas. Os diferencias
volvemos projetos de maneira definindo a área de atuação de suas produções são a
que o cliente tenha o máximo (por exemplo, o que irá ven- funcionalidade e a segu-
de autonomia possível, ou der?), o tipo de público e a rança dos veículos. “Por ser
seja, não dependa de água e concorrência. Estude tam- um negócio sobre rodas,
energia do local de trabalho, bém a logística do traba- muitos cuidados devem ser
por exemplo”, destaca Gisle- lho, pois, no caso dos food levados em consideração. A
ne Gonçalves Viana, respon- trucks, o alimento deve ser Fag Brasil garante o A.R.T
sável pela empresa ao lado preparado e manuseado, e, (laudo técnico) do gás, o
de Fabricio dos Reis Viana. assim, estar de acordo com A.R.T do sistema elétrico,
Como grande diferen- o que a lei permite. A Fag o manual de instrução na
cial, a Fag Brasil produz não Brasil também mostra as entrega técnica e duas revi-
somente food trucks, como possibilidades de mercado, sões preventivas durante o
também food bikes, food tuks público e outras orienta- ano”, destaca a diretora.
e a adaptação de diversos ções essenciais para o su- Ainda de acordo com Gis-
lene Viana, o retorno do in-
Divulgação

vestimento inicial (veja box


da página ao lado) pode ser
rápido como mais demorado.
Tudo irá depender da área de
atuação do investidor. “Te-
mos casos de retorno em
1 ano a 18 meses. Depen-
de do valor do investimento,
quantos dias foram trabalha-
dos e onde trabalhou. Bons
eventos garantem chances

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FAG BRASIL

onde o público está fazem


que o negócio sobre rodas
Quanto vai gastar? tenha ótimas chances de
De acordo com a Fag Brasil, os valores de in- sucesso”, garante.
vestimento no veículo podem variar de acordo com
as necessidades de cada cliente. “É possível tra- “No início, como
zer o veículo e deixar tudo por nossa conta (adap-
qualquer novidade,
tação + equipamentos + adesivação e outros) ou
trazer os equipamentos”, destaca Giselene Viana. os food trucks
Em suma, o preço médio para a adaptação de veí- viraram modismo,
culos gira em torno de: mas vieram para
Food Bike: de R$ 7 mil a R$ 25 mil
Food Tuk: de R$ 10 mil a R$ 35 mil
ficar! Como em
Food Trailer: de R$ 25 mil até R$ 55 mil (já qualquer negócio,
com o trailer) terá sucesso aqueles
Food Kombi: de R$ 20 mil a R$ 57 mil (o teto
pode ser elevado ou não)
que fizerem a lição
Food Van: de R$ 35 mil a R$ 75 mil de casa certinho.
Food Truck com baú: de R$ 45 mil a R$ 150 Temos espaço ainda
mil (já com baú e depende do tamanho do baú) para crescimento!”
Food truck em microônibus e ônibus: de
R$ 70 mil a R$ 170 mil
Gislene Viana, responsável
pela Fag Brasil

de retorno mais rápido”.


Divulgação

A Fag Brasil também


acredita que o comércio
sobre rodas veio para ficar.
“Crescemos 32% de 2014
para 2015! Porém, confes-
so que, em 2016, não tive-
mos crescimento. Mesmo
assim, temos espaço para
crescer. Hoje, vemos fran-
quias procurando a versão
móvel e temos clientes que
têm restaurante fixo, mas
ampliaram para a versão
móvel. O imediatismo do
público de querer tudo pró-
ximo ajuda esse mercado.
A questão de não pagar
aluguel, de não ter buro-
cracia para consolidar o
espaço físico e de estar
Divulgação

42
CASES DE SUCESSO pois, devido ao grande movi-

Divulgação
DA FAG BRASIL mento, em vez dos clientes
Temakeria Navan ficarem na fila esperando,
Foi o primeiro no Brasil entram no truck – que possui
com verdadeiro conceito rodas sofisticadas, pinturas
Food Truck. Parecidos com estilizadas, reforço de eixo au-
modelos que já existiam tomático e outros acessórios
nos EUA, possui cozinha que fazem a diferença. Não é
com autonomia de água à toa que o Cadilac Burger foi
limpa e os equipamentos o primeiro food truck a ser ex-
funcionam por meio de ba- posto em uma feira.
teriais e placas solares.

La Buena Station
Food truck de comida
mexicana, tem o restau-
rante físico no Tatuapé, em
São Paulo, e ampliou para
versão móvel. Como inicia-
ram o conceito, consegui-
ram mostrar que é possível
ter uma cozinha sobre rodas
bem-equipada para oferecer
um bom alimento.

Food Truck Cadilac Burger


Com uma conceituada
lanchonete na Mooca, em São
Paulo, é ganhador de prêmios
pela Revista Veja. Ampliou na
Divulgação

versão truck para dar supor-


te para a própria lanchonete,

Food Truck Merenda de Rua


À frente do truck está a
chef Brunela Mar, que é ca-
sada com Denis Mota, da
Rádio 89 FM. Escolheu um
veículo antigo, modelo ame-
ricano, para produzir o trailer.
Cresceu na versão contrária:
após o truck, agora também
tem um restaurante.

FAG BRASIL
(11) 2060-0984
fagbrasil.com
CAPÍTULO 2

FOOD
BIKE
O SUCESSO DOS FOOD TRUCKS ABRIU ESPAÇO PARA
AS FOOD BIKES, QUE PASSARAM A SER UM GRANDE
ATRATIVO PARA QUEM QUER OCUPAR ESPAÇO NO
MERCADO DE RUA COM MENOR INVESTIMENTO

44
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O QUE MUDA

AS PARTICULARIDADES DE

CADA VERSÃO CONHEÇA AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE


FOOD TRUCK E FOOD BIKE
A principal dúvida de quem mente em eventos pequenos.
Divulgação

deseja entrar no ramo de comi- No caso do Los Mendozitos,


da de rua itinerante é qual mo- operar com a bike é muito mais
delo de veículo escolher, já que trabalhoso, já que é necessária
esse tipo de negócio não se limi- uma carreta para levar o ma-
ta unicamente aos food trucks. terial até o local do evento. “A
O primeiro ponto a considerar bicicleta precisa de um baú
é que, embora a atividade seja de dois metros para colocar a
a mesma, a operação das duas caixa de taças. Além disso, te-
modalidades é bem diferente. mos de montar e desmontar
Não há dúvidas de que tudo no local. Já no caso do
montar uma food bike requer food truck, é só eu fechá-lo e
um investimento mais baixo, descarregá-lo quando chego à
entretanto, dependendo do minha base”, analisa Fischer.
tipo de alimento que a pessoa Como o trabalho é redobrado,
pretende vender, a versão so- quem contrata a “adega móvel”
O food truck possibilita um maior número
de vendas e cardápio mais extenso bre duas rodas também pode para eventos paga o mesmo valor
ser mais trabalhosa. pelo food truck e pela food bike.
Segundo André Fischer, um “No trailer, geralmente, vou so-
Divulgação

dos proprietários do Los Men- zinho, já que não temos mani-


dozitos, trabalhar com bike pulação de alimentos. Quando
tem uma série de limitações, vamos de bike, precisamos de
tornando-a mais complicada três pessoas, pois preciso de aju-
do que o trailer. Por causa dis- da com a carreta”, revela Fischer.
so, a marca, que vende vinhos, Outro ponto a ser consi-
tem diferenças na operação derado é a questão do clima.
entre as duas versões, como Em dias de chuva, o acesso ao
o cardápio reduzido. “No caso food truck é mais difícil, mas
da bike, não podemos preparar geralmente os caminhões são
coquetéis na hora, então, ofe- equipados com algum tipo de
recemos somente as taças de cobertura, o que impede que
vinho. Também temos menor os clientes se molhem. No
capacidade de venda, já que caso da bicicleta, caso esteja
contamos apenas com uma instalada em um ambiente ex-
A food bike do Los Mendozitos pode adega”, explica ele, que utiliza terno, é importante carregar e
ser estacionada em qualquer lugar, já
o modelo sobre duas rodas so- colocar uma lona para evitar
que ocupa pouco espaço

46
PARA AJUDAR NA HORA DA DECISÃO, DESTACAMOS OS PRÓS
E OS CONTRAS DE TRABALHAR COM A FOOD BIKE
VANTAGENS mercial que tem grande fluxo de pessoas,
> Investimento relativamente baixo o faturamento tende a ser mais elevado
> Fácil mobilidade > Não ter rotina, já que cada dia es-
> Praticidade (dependendo do tipo tará em um lugar diferente
de negócio) > Aprender a agregar novas gastro-
> É sustentável e ecologicamente correta nomias e valores para seu negócio
> Gastos menores com manutenção
> Taxas menores de aluguel em DESVANTAGENS
eventos fechados > Logística
> Pode ser estacionada em qual- > Dificuldade para percorrer gran-
quer lugar des distâncias pedalando
> Possibilidade de preparar os pra- > Exposição ao sol, a ventos fortes
tos na frente do consumidor e à chuva (em caso de eventos externos)
> Mais proximidade com os clientes > Perigos durante o trajeto, já que a
> Nas cidades que contam com ci- maioria dos motoristas não respeita os
clovia, facilidade de locomoção ciclistas
> Por chamar a atenção, a própria > Insegurança (quando a bike fica
bike faz a divulgação da marca estacionada na rua)
> Conhecer diferentes locais > O ticket médio é mais baixo, pois
> Não necessita de combustível (nos é um produto que tem um custo menor
modelos em que há somente a bike) para o cliente, gerando uma menor ca-
> Oportunidade de ir até o cliente pacidade de faturamento diário
> Ter uma proposta de cardápio > Limite de produção, de distribui-
mais enxuta e produzir o que realmente ção e de vendas
vai vender, gerando menos desperdício > Turnos de mais de 10 horas de
de alimentos e um controle maior de trabalho, dependendo do evento
produção e de venda > Trabalhar sempre aos fins de se-
> Trata-se de um serviço informal, o mana, pois são os dias de maiores e
que tem tudo a ver com as tendências de melhores oportunidades
hábitos de consumo prático e conveniente > Estar disposto a carregar e des-
> Se estiver alocado em um ponto co- carregar os produtos diariamente

qualquer tipo de problema. estacionada em qualquer tipo metade do preço. Além disso,
Trabalhar com food bike tem de ambiente, o que facilita na as despesas com manutenção
inúmeras vantagens, e uma de- hora de fechar eventos. também são mais baixas.
las é que é a bicicleta chega a As taxas da food bike tam-
qualquer lugar, diferentemente bém são bem menores do que Colaborarou:
do food truck, que necessita de as dos caminhões. No caso Los Mendozitos
um espaço muito maior. A cozi- dos Food Parks, por exemplo, Facebook: Los Mendozitos
nha sobre duas rodas pode ser o aluguel geralmente custa a (11) 99176-3955

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PLANEJAMENTO de negócios

COMO MONTAR
UMA FOOD BIKE
SAIBA QUAIS SÃO OS
PRIMEIROS PASSOS
PARA COLOCAR SEU
COMÉRCIO SOBRE DUAS
RODAS NAS RUAS

48
Depois que o então pre-
feito de São Paulo (SP),
Fernando Haddad, regula- Em São Paulo, o comércio de alimentos em
mentou a Lei Municipal nº vias e áreas públicas compreende a venda dire-
15.947/2013 e depois de o De- ta conforme as seguintes categorias de equipa-
creto 55.085/2014 ser publi- mentos:
cado, definindo as regras da Categoria A: alimentos comercializados em
comercialização de alimentos veículos automotores, assim considerados os
nas ruas da cidade, houve um equipamentos montados sobre veículos a motor
grande aumento no número ou rebocados por estes, desde que recolhidos ao
de pessoas interessadas em final do expediente. Deve ter o comprimento máxi-
montar um negócio móvel mo 2,20 m de largura máxima e de 6,30 m de com-
não só na capital paulista, primento, considerando a soma do comprimento
mas em todo o Brasil. do veículo e do reboque (food truck);
Essa mudança aconteceu Categoria B: alimentos comercializados em
devido ao fato de chefs de cozi- carrinhos ou tabuleiros, assim considerados os
nha e empreendedores enxer- equipamentos tracionados, impulsionados ou
garem o nicho como uma opor- carregados pela força humana, com área máxi-
tunidade de negócio. Há aquelas ma de 1m² (food carts);
pessoas que possuem experi- Categoria C: alimentos comercializados em
ência na área gastronômica e barracas desmontáveis, com área máxima de 4m²
veem a possibilidade de crescer (barracas).
trazendo um modelo móvel A adequação às normas higiênico-sanitárias
para as ruas como extensão do e a apuração das infrações de natureza sanitária
seu restaurante. Também exis- serão exercidas pela Covisa e pela Suvis (Super-
tem muitos empresários que visões de Vigilância em Saúde). A fiscalização das
desistiram das lojas físicas por demais regras, como os deveres e proibições dos
causa dos altos gastos (aluguel comerciantes, será exercida pela Subprefeitura,
e IPTU) e da questão da segu- exceto nos casos de comércio nos parques muni-
rança pública – ao longo dos cipais, que será fiscalizado pela Secretaria Muni-
últimos anos, muitos restau- cipal do Verde e do Meio Ambiente.
rantes fecharam por falta de Cada comerciante terá um custo anual para a
movimento noturno devido aos permissão de uso, que corresponde a 10% do va-
arrastões que aconteceram em lor venal do metro quadrado da respectiva quadra,
alguns bairros paulistanos. Há, conforme consta da Planta Genérica de Valores,
ainda, aqueles que recorreram calculado por metro quadrado de área pública
ao modelo de negócio como for- efetivamente utilizada pelo comerciante.
ma de aumentar a renda fami-
liar. Dessa forma, eles optaram
por investir em negócio móvel, cio, investir em uma cozinha precisam andar sempre juntos
que é mais barato e tem como móvel é trazer para a realidade quando pensar em montar um
filosofia ofertar produtos de alta um sonho ou uma expansão food truck. O trabalho é exi-
qualidade por um preço relativa- do seu negócio. “Mas é impor- gente e puxado, mas, quando
mente acessível. tante lembrar que sonho não feito com prazer, flui e tende
Para quem gosta de gas- é feito só de coisas boas. Por a gerar ótimos resultados”,
tronomia e tem talento para isso, determinação, compro- revelam Carla Somose Noval-
administrar seu próprio negó- metimento e profissionalismo ski e Kelly Martins Ferreira,

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PLANEJAMENTO de negócios

sócias-diretoras do site Food apostaram nas bikes como for- um veículo pequeno, ele é muito
Truck nas Ruas, que ajuda a lo- ma de comércio surgiram em versátil e, depois de customiza-
calizar os veículos nas ruas de 2014, com a consolidação e a do, possibilita que se trabalhe
diversas cidades brasileiras. expansão das cozinhas móveis. com os mais variados produ-
Por ser uma opção finan- Desde então, é possível cruzar tos, ainda que o espaço seja um
ceiramente acessível para com modelos variados nas pouco mais limitado. O aumento
quem não dispõe do capital ruas das principais cidades, da malha cicloviária e os preços
necessário para investir em em feirinhas gastronômicas e acessíveis também servem de
algo grandioso, os empreen- eventos fechados. chamariz, o que contribui para
dimentos sobre duas rodas Embora sejam relativamente a boa fama dos pequenos negó-
estão se tornando uma opção “novas”, as food bikes já se tor- cios itinerantes.
viável para pessoas que dese- naram tendência e vêm ganhan-
jam montar o próprio negócio. do espaço no mercado de comi- ENTENDA SEU
Os primeiros empresários que da de rua. Apesar de se tratar de EMPREENDIMENTO
Embora as food bikes se-
jam adaptadas para todas as
necessidades, é importante
DEFINIÇÕES FINAIS lembrar que, diferentemente
A escolha da bike varia com o tipo de produto do food truck, a bicicleta tem
que você deseja trabalhar e quais equipamentos menos espaço, o que limi-
serão necessários para viabilizar essa operação. ta o cardápio. Receitas muito
Os valores da customização de uma bicicleta po- sofisticadas, que exigem um
dem variar de R$ 2.500 a R$ 30 mil. preparo de mais horas, não
O visual da food bike também é essencial, pois costumam ser indicadas para
o veículo é o seu cartão de visitas e também o seu esse tipo de veículo. Por isso,
meio de divulgar a marca. Cores chamativas, mo- o ideal é apostar nas refeições
delos vintage ou diferenciados, além de um logo- rápidas, mas sem abrir mão da
tipo criativo, são maneiras de atrair a atenção do criatividade para o seu negócio
cliente. Invista nisso! se destacar em meio à grande
E para conquistar um público fiel, aposte nas oferta de produtos.
redes sociais, como Facebook, Instagram e Twit-
ter. Hoje, elas são consideradas a melhor forma PLANO DE NEGÓCIOS
de comunicação, pois atinge os mais variados Assim como acontece com
públicos. Portanto, divulgue suas páginas para qualquer outro tipo de negócio,
os clientes e procure estar sempre em conta- o primeiro passo é fazer um
to com eles, informando a agenda dos locais em plano de negócios. É impor-
que estará. tante o futuro empreendedor
O canal Food Truck nas Ruas é uma ótima opor- prever todos os riscos, fazer o
tunidade de mídia, já que funciona como um guia planejamento estratégico so-
de localização das cozinhas itinerantes e pode ser bre o retorno do investimento,
acessado pelo site ou pelo aplicativo. estabelecer a capacidade de
A propaganda boca a boca também tem um produção e de vendas, deter-
grande poder de influência e credibilidade para minar o ticket médio, analisar
formar opiniões. Por isso, manter os critérios de os prós e os contras, e, a partir
higiene e atender os clientes com simpatia são disso, ver se realmente será
essenciais para ganhar boas recomendações. um negócio viável e se dará re-
torno em longo prazo.

50
Diante do planejamento de
negócios, é preciso pensar na
especialidade gastronômica
que será servida. “O funda-
mental para um plano de ne-
gócios na área de alimentação,
independentemente da moda-
lidade, é definir primeiramen-
te o cardápio”, orienta Karyna
Muniz, consultora da área de
alimentação do Sebrae-SP.
Tendo essas informações
em mãos, o investidor definirá
quais equipamentos deverão gócio permitidos no município requerendo o cadastramento
ser instalados em sua bike em que deseja atuar, pois cada * Contrato social ou ata
para atender às suas necessi- cidade tem uma legislação pró- de assembleia
dades. Vale lembrar que, quan- pria – ainda não há legislação * Cartão do CPNJ
to mais complexo e variado for regulamentando a atividade em * Certidões negativas de
o menu, o processo produtivo âmbito nacional. Na capital pau- débitos, mobiliárias e imobi-
também será mais trabalhoso. lista, para operar em um ponto liárias, nos âmbitos Federais,
Por isso, é fundamental ter um fixo na rua, os empresários que Estaduais e Municipais, FGTS,
cardápio enxuto e de fácil pre- quiserem formalizar seu negó- INSS e Certidão de Débitos
paro, porém, diferenciados. cio para atuar em vias públicas Trabalhistas (CNDT) obtida
O Sebrae dispõe de consulto- deverão ter o Termo de Permis- no site do Tribunal Superior
res em todo o Brasil para quem são de Uso (TPU). do Trabalho
deseja iniciar no ramo e tam- Para isso, deverão dirigir- * Termo de permissão,
bém conta com um programa -se à Subprefeitura que res- concessão ou autorização
chamado “Receitas de Suces- ponde pelo local eleito para para a exploração do serviço
so”, que, embora não seja espe- saber sobre a documentação público emitido pelo órgão
cífico para o food bike, é voltado necessária para cada tipo de competente
para a melhoria da gestão em modelo de negócio (veja ao * Procuração outorgando
negócios de alimentação fora do lado). Também é preciso defi- poderes específicos para re-
lar, então abrange temas como nir quais equipamentos serão querer, assinar e retirar TPU,
qualidade de atendimento e se- utilizados, suas dimensões, aprovação de projeto, alvará
gurança no processo produtivo. produtos que serão manipula- de instalação e autorização
Também há uma cartilha que dos e em quais dias e horários. para início de obras junto à
fala sobre a nova lei da comida O TPU emitido não tem pra- Prefeitura de São Paulo.
de rua na capital paulista. zo definido para expirar, mas
Colaboraram:
pode ser revogado pelo poder
Food Truck nas Ruas
REGULARIZE SUA EMPRESA público a qualquer momento.
www.foodtrucknasruas.com.br
Uma alternativa é atuar em Os procedimento com
Prefeitura de São Paulo
eventos fechados, como Food o cadastro da empresa em
www.capital.sp.gov.br
Parks, estacionamento de co- CONVIAS são realizados me-
Serviço Brasileiro de
mércio e eventos particulares. diante à apresentação dos
Apoio às Micro e
Para quem planeja trabalhar seguintes documentos:
Pequenas Empresas (Sebrae):
em espaço público, é funda- * Carta da empresa, em
www.sebrae.com.br
mental conhecer os tipos de ne- papel timbrado da empresa,

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REFERÊNCIA pelo mundo

GRANDES
INSPIRAÇÕES
MODELOS DE NEGÓCIOS DE OUTROS PAÍSES
PARA VOCÊ FATURAR MUITO
Não é só no Brasil que as food bikes es- negócios itinerantes que podem ser boas
tão ocupando espaço nas ruas. Em diversos referências na hora de montar a sua cozinha
outros países, há uma grande variedade de sobre duas rodas.

Divulgação

Divulgação
O Le Tricycle, primeiro food bike vegetariano de Paris, Com modelo totalmente inovador, a marca italiana
produz hot dogs com salsicha vegetariana e variados Tirakkina serve pizzas de diversos sabores em formato
recheios para complementar a receita. Conheça mais em diferenciado de tiras compridas. Saiba mais em http://
http://www.letricycle.fr www.tirakkina.it
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Este fascinante modelo é, na verdade, uma bike que faz um


city tour de duas horas por Berlim enquanto os turistas
A food bike Wheelys Hot Coffee funciona com energia solar provam as cervejas locais. O veículo acomoda até 16
e utiliza café orgânico. O sucesso da marca é tão grande que pessoas e possui um balcão de madeira com torneira de
ela já atua em dez países, como Estados Unidos e França. cerveja. Conheça o projeto em http://www.berlincitytours.
Para mais informações, acesse http://wheelyscafe.com com/beer-bike-tours-of-berlin.html

52
A food bike da Califórnia, nos Estados Unidos,
vende picolés dos mais variados sabores. Uma
das opções é o de iogurte grego com frutas. Saiba
mais em http://www.thepopcyclecali.com

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Maid Marian Muffins é uma food bike de


modelo simples, mas criativo. A marca
produz bolinhos de sabor variados em
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Brooklyn, distrito americano. Acesse http://


www.maidmarianmuffins.com e saiba mais!
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La Cheminambule é um modelo de food bike genial


criado pela design francesa Amandine Lagut. Em
menos de três minutos a bike se transforma em
um espaço coberto com lona e chaminé, onde são
preparados churrascos. Conheça o projeto em
http://www.amandinelagut.com

A Pompon Cakes, do Japão, produz


diariamente bolos americanos com
ingredientes orgânicos e sem conservantes.
Saiba mais em http://pomponcakes.com

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REFERÊNCIA pelo mundo

Este modelo simples e criativo foi


criado pela americana Hopworks
Urban Brewery. A bike bar foi
alongada e, no centro dela, ficam
os barris e a torneira de chopp, que
garantem a bebida sempre gelada.
Se quiser mais informações,
acesse http://hopworksbeer.com

A marca BabycakesNYC apostou em


uma bike food para combinar com a
proposta saudável dos doces, que levam

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ingredientes orgânicos e naturais.
Conheça melhor os produtos seguindo
a página da doceria no Twitter:
BabycakesNYC
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A marca inglesa Jolly Nice é famosa


por seus sorvetes. A empresa aluga
a food bike para eventos, como
casamentos e aniversários.
No link http://www.harrietsjollynice.
co.uk há mais informações sobre
o produto
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Divulgação

A cafeteria móvel
americana The Coffee
Registry vende a bebida
pronta e também o pó
produzido por eles.
Uma grande sacada!
Saiba mais em http://
thecoffeeregistry.com/

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A marca Coffee-Bike é uma
franquia europeia. Na food
bike, estão acomodados todos
os utensílios necessários para
a produção de café espresso.
Para mais informações, acesse
https://coffee-bike.com

Outra food bike que trabalha com produtos Divulgação


vegetarianos é a Veggie Velo, da Austrália. No veículo,
são preparados hambúrgueres enormes sanduíches
sem proteína animal. Para conhecer os produtos,
visite a página http://veggievelo.blogspot.com.au Divulgação

Divulgação

Fazendo trocadilho com baklava, nome


de um doce de massa folhada muito
popular na Grécia e na Turquia, a Bikelava A food bike belga Taco Guy
produz doces tradicionalmente gregos em produz os famosos tacos
Seattle. Conheça mais sobre a marca em mexicanos de sabores
sua página do Facebook: Bikelava variados, sendo uma ótima
opção de negócio. Para
conhecer melhor, acesse
http://thetacoguy.weebly.com

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QUEM procurar

MOOVE BIKES
TRABALHANDO COM MATERIAIS DE QUALIDADE E SEMPRE
SE PREOCUPANDO COM AS NORMAS A SEREM CUMPRIDAS,
A EMPRESA É REFERÊNCIA NA PRODUÇÃO DE FOOD BIKES
Por Aline Ribeiro /Fotos Divulgação

Após trabalhar como food


biker, Mery Lunelli observou
que o mercado de fabricantes
especializados em montagens
e adaptações de triciclos para
food bikes era muito caren-
te. Dessa observação, ela fez
uma ótima oportunidade de
negócio. Hoje, há dois anos
como diretora geral da Moove
Bikes, já produziu mais de 100
unidades de food bikes. “Nós
não trabalhamos com adap-
tações, nós fazemos tudo do
zero. Não temos nada pron-
to, tudo é sob encomenda, de
acordo com a necessidade do
cliente”, salienta Mery.
Se está interessado em
entrar nesse tipo de negó-
cio, saiba que o investimento
médio necessário depende
do tamanho, do modelo e se
a food bike será personaliza-
da para vender determinado
tipo de alimento. Atualmen-
te, segundo Mery Lunelli, há
projetos de R$ 3.500 a R$ 25
mil. Vale a pena conferir mais
detalhes na entrevista abaixo:

Quais são os princípios da


Divulgação

Moove Bikes?
Mery Lunelli: Nosso inte-

56
Divulgação
food truck e etc, fiz uma busca
de palavras-chaves e comprei
todos os domínios relaciona-
dos. É uma técnica de marke-
ting digital que utilizei como
estratégia de marketing para
minha empresa. Antes de ser
empreendedora, sou formada
em publicidade e pós-graduada
em marketing. Foi algo que
me ajudou muito sim, prin-
cipalmente a me rankear na
busca orgânica do google.
No entanto, o sucesso de-
pende também da qualidade
do seu produto, do seu aten-
dimento, enfim, é um con-
resse não é de apenas sair fa- planejamento, das alternati- junto de fatores.
bricando food bikes, mas sim vas que existem para ele con-
ajudar esse pequeno empre- seguir se destacar da concor- Quais são os diferenciais que
endedor a entrar no merca- rência e etc. Nós já ajudamos um food bike proporciona
do e a se estabelecer. Muitas muitos clientes a entrarem que um food truck não con-
empresas só querem saber no mercado, e aqueles que se segue garantir?
de vender seu produto, com o planejaram e nos ouviram es- Mery Lunelli: Os diferen-
preço lá embaixo, e enganan- tão aí até hoje. cias estão nas estruturas e no
do esse "cliente-futuro pa- charme de uma bike. A food
trão" de que ele está fazendo A Moove Bikes comprou bike é mais delicada, peque-
um ótimo negócio, que o mo- o domínio do termo "food na, além de transmitir vários
mento é agora, que as food bike"? Como isso aconteceu? conceitos como modernida-
bikes são a salvação (ainda E é responsável pelo sucesso de, saúde, sustentabilidade
mais em momento de crise) também da empresa? e etc. Com certeza há mais
e que ele vai ficar rico! Des- Mery Lunelli: Sim, logo no economia também: uma food
culpe, mas não é assim que início que começou a falar em bike chega a custar 80% mais
funciona. Nós somos muito food bike, em comida de rua, barato que um food truck e
transparentes com nossos
clientes. Primeiro que foca-
mos na qualidade do produto,
o cliente vai pagar mais por
isso, mas ele vai ter um bem
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durável, dentro das normas


da vigilância e um produto
personalizado. Segundo que
damos toda uma assessoria
para o cliente sem cobrar
nada por isso. Falamos sobre
a realidade do mercado, da
importância de se fazer um

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QUEM procurar

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consegue ter a mesma capa- cisa fazer o curso de manipu- cliente irá servir um alimen-
cidade de produção, mesmo lação de alimentos ofertado to que não vai fazer o cliente
muita gente não acreditando pela COVISA (Coordenação dele passar mal, ao contrário
nisso ainda. de Vigilância em Saúde da daquele que prepara um lan-
Secretaria Municipal Saúde che em cima de uma mesa de
Existem normas de vigilân- de São Paulo) gratuitamente madeira, contendo um bilhão
cia sanitária que devem ser e fazer os exames de san- de bactérias.
cumpridas pelos food bikes? gue. Nós, da Moove, levamos
Como a Moove Bikes se pre- isso muito à sério e nos pre-
ocupa com isso? ocupamos com isso, porque
Mery Lunelli: Fazer uma eu já trabalhei na rua, já fui
food bike hoje é muito fácil, food biker e sei como fun-
mas dentro das normas não ciona. Somente fazemos food
é. Isso porque ninguém co- bikes dentro das normas. Por
nhece, ninguém cumpre e não exemplo, se você vai manipu-
existe fiscalização suficiente lar alimento na hora, é obri-
para isso. As normas da vigi- gatório, pelo menos, a mesa
lância que são cobradas para ser de aço inox, e não de ma-
os food trucks são as mesmas deira como estão fazendo por
cobradas para as food bikes. aí para baratear custo. É por
Toda e qualquer pessoa que isso que meu produto custa
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trabalha com alimentação R$ 10 mil a R$ 14 mil, porém


(até mesmo o fabricante) pre- está dentro das normas. Meu

58
Considera que o negócio
"Food Bike" veio para ficar
ou pode ser um modismo?
Mery Lunelli: Eu ainda
acredito que veio para ficar,
mas vai depender de vários
fatores: do empreendedor
(precisa se preparar e se
planejar), do governo (preci-
sa enxergar que esse é um
novo mercado em potencial,
que pode nos ajudar a sair da
crise e, por isso, precisa abrir
portas) e dos comerciantes
(de não nos ver como um con-
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corrente, mas sim como mais


uma opção de alimentação
para as pessoas e que há es-
paço para todo mundo). CASES DE SUCESSO e, segundo ela, está tendo um
DA MOOVE BIKES bom retorno. Conheça mais:
Hambúrguer, café e até bri- Coffee Time @coffeetimefoodbike
gadeiros podem ser encon- A responsável Fabiana
trados rodando nas ruas do Baptista procurou a Moo- Autêntico Hamburgueria
Brasil. Quais são outros ni- ve Bike para um projeto de Originário de Campos dos
chos de sucesso que um food uma food bike de café. De- Goytacazes, Rafael Campos
bike pode atuar? pois de várias reuniões, con- procurou a Moove Bike para
Mery Lunelli: Nossa, são seguimos chegar no projeto seu projeto de hambúrguer.
vários! Eu já fiz bike até de que ela queria. Atualmente, Depois de algumas semanas,
churrasco e de roupas! Só pos- ela está focando em feiras e enviamos para ele o projeto e
so dizer que o céu é o limite! eventos dentro de pavilhões foi superaprovado. O que deu
um toque final na bike do Rafa-
el foi o design. A arte do baú fi-
cou sensacional a ponto do baú
parecer de madeira rústica (e
não é, é apenas adesivo!). É um
cliente que está sempre fazen-
do evento, correndo atrás, está
aproveitando todas as oportuni-
dades, além do que lá, na cida-
de dele, isso é novidade. E isso
tudo conta no retorno do inves-
timento.Conheça mais:
@autenticoburguer

MOOVE BIKES
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(11) 5087-6609
www.moovebikes.com.br

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SUCOS FEITOS NA HORA


COM CARDÁPIO DE SUCOS DE FRUTAS NATURAIS,
FOOD BIKE LUCRA ATÉ R$ 6.500 EM MENOS DE
SEIS MESES DE FUNCIONAMENTO

60
A estudante de Letras e uma vez por semana, já que
empresária, Fernanda Farias, é preciso encher o pneu da
ingressou por acaso no mun- bike, consertar o gerador e
do das bikes. A ideia surgiu trocar as lâmpadas. “A juice
quando seu antigo sócio pa- bike já se paga. No primei-
rou de tomar refrigerante e ro mês, não restou nada no
percebeu a dificuldade de en- caixa, porém, nos meses se-
contrar locais que vendessem guintes, todos os gastos já
sucos preparados na hora, estavam previstos. Não tirei
atendendo as preferências nada do bolso desde a aber-
do cliente. Como ele sempre tura da juice bike”, revela. Todas as frutas ficam expostas na
food bike para o cliente escolher a
teve vontade de montar um Fernanda tem um ponto combinação que preferir
negócio no ramo de sucos, os fixo no Parque da Jaqueira,

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dois se uniram e abriram uma em Recife, local em que as
barraca no mesmo ponto em pessoas praticam atividades
que o avô de Fernanda havia físicas. Próximo dali há cur-
trabalhado muitos anos an- sinhos, lojas, colégios, facul-
tes. “Unimos a necessidade dade e comércio em geral, o
e a homenagem para montar que garante uma boa cliente-
nosso ponto fixo”, conta ela. la para o negócio. Além disso,
Como o avô de Fernanda ela faz eventos particulares
também vendia sucos, ela se nos horários em que não está
inspirou nele para montar a no ponto fixo. A food bike funciona de
food bike. Assim, em março Os preços dos sucos va- terça a domingo, e a empre-
de 2015, ela criou a marca riam de R$ 3,50 a R$ 5,50, sária possui um estoque de
Sucos 110% Natural, primei- e, segundo a empresária, é frutas em casa, onde arma-
ra juice bike. O investimento possível fazer mais de 4.500 zena tudo. A cada dois dias,
no veículo foi entre R$ 12 mil combinações de sucos, to- ela faz as compras, higieniza
e R$ 15 mil, e, com menos dos com frutas naturais. as frutas e vai utilizando de
de seis meses de funciona- Para Fernanda, a parte acordo com a necessidade.
mento, o faturamento mensal mais complicada de traba- No dia a dia, ela leva frutas
gira em torno de R$ 5 mil a lhar com bike é necessitar dentro de coolers, gelo, água
R$ 6.500. de gerador, já que não tem mineral e utensílios para o
A manutenção do veí- onde captar energia. Outro preparo dos sucos. Como o
culo acontece, no mínimo, problema é que, em dias de antigo sócio tinha outros pla-
chuva, as vendas diminuem nos para a sua carreira, ela
CARACTERÍSTICAS consideravelmente, além do passou a tomar conta sozinha
DO VEÍCULO fato de a bike ser pesada, o do negócio, cuidando da par-
• Valor investido que dificulta a locomoção. te administrativa, financeira
R$ 12 mil a 15 mil Porém, os pontos positi- e operacional.
• Equipamentos instalados vos são que esse tipo de co-
liquidificador e espreme- mércio é diferente e inovador,
dor de frutas Colaborou:
não há a necessidade de pa-
• Capacidade de Sucos 110% Natural
gar aluguel, um funcionário é
estoque do veículo Facebook: sucos110natural
suficiente para trabalhar e a
frutas para produzir, no Instagram: sucos110natural
bike chama bastante atenção,
mínimo, 100 litros de suco (81) 99844-7697
promovendo o negócio.

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CHURROS ESPANHÓIS
MANTENDO RECEITA ORIGINAL DE SUA AVÓ, EMPRESÁRIA
FATURA R$ 35 MIL POR MÊS NA REGIÃO DE CAMPINAS

62
Rosália Checone Cruz apos-
tou na ideia dos filhos, João
Paulo e Luiz Fernando, de mon-
tar o próprio negócio, já que eles
estavam cansados da rotina de
trabalhar em shopping. Então,
inspirada na receita de churros
que sua mãe, Jozépha Pelegri-
ne, trouxe da Espanha, em 1918,
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ela resolveu comercializar esse


tipo de quitute.
Animados com a tendência
da comida de rua no Brasil, os Criada em Campinas, a
sócios optaram pela food bike, Churros da Vó Zépha trabalha na
que necessitava de investimen- região em eventos e em portas
to mais baixo do que o de uma de lojas fazendo lançamentos
loja física ou de um food truck, de coleções. “Procuramos fazer
além de oferecer grande mobili- os eventos com as produtoras
dade, já que pode ser estaciona- mais conhecidas neste tipo de
da em qualquer lugar. Também organização. Já nas portas de
ganhou pontos o fato de ser um lojas, procuramos selecionar as
veículo corretamente ecológico. de grifes famosas ou multimar-
Visando ter uma food bike cas”, explica a empresária.
charmosa e atrativa, Rosália in- A porção com oito minichur-
vestiu R$ 15 mil no modelo, e o ros gourmet recheados com
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valor foi recuperado apenas em doce de leite – e um adicional


dois meses, trabalhando todos de doce de leite para a pessoa
os fins de semana. Atualmen- “molhar” a guloseima – custam
te, o faturamento mensal é de, R$ 10. Os doces são preparados postos ao sol forte, ao frio e à
aproximadamente, R$ 35 mil. semanalmente por Rosária, já chuva. Porém, o baixo inves-
Os gastos com manutenção pre- que aos fins de semana a família timento inicial, a fácil mobili-
ventiva, que englobam troca de vai para a rua. dade e o valor dos Food Parks
lâmpadas, tomadas e adesivos, Também é durante a sema- (as food bikes pagam metade
são de cerca de R$ 150. na que são feitas as compras da taxa de aluguel) compen-
de ingredientes e de insumos, sam. “Depois que comecei a
a montagem das embalagens, ir aos eventos me sinto muito
CARACTERÍSTICAS
a checagem da parte elétrica melhor e mais útil, pois antes
DO VEÍCULO
da bike e dos equipamentos, eu era somente dona de casa.
• Valor investido
além dos contatos para agen- Por isso, digo que não existe
R$ 15 mil
dar novos eventos. idade para empreender”, re-
• Equipamentos instalados
Assim como outras pes- vela ela, que tem 64 anos.
três fritadeiras, uma estu-
soas que trabalham na rua,
fa, uma doceira, uma caixa
Rosália acredita que os pon-
térmica e um guarda-sol Colaborou:
tos negativos desse tipo de
• Capacidade de Churros Vó Zépha
negócio são as adversidades
estoque do veículo http://churrosvozepha.com.br
meteorológicas, uma vez que
500 porções por dia (19) 3256-1997/ 97404-9193
eles ficam vulneráveis e ex-

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TAPIOCA GOURMET
DE COMPLEMENTO DE RENDA À ATIVIDADE PRINCIPAL,
A CANTINHO DA AVÓ SUPERA AS EXPECTATIVAS DE
FATURAMENTO EM POUCO TEMPO DE MERCADO
A jornalista Raquel Ziskind Como se conheceram em que possui.
Estácio, juntamente com o um grupo de pedal, eles se Por estarem há pouco tem-
marido, Alex, teve a ideia de apaixonaram pela ideia de po nas ruas, ainda não tiveram
montar uma food bike para montar um negócio sobre duas o retorno total da quantia, mas
contribuir com a renda men- rodas, pois tinha tudo a ver esperam recuperar tudo em
sal da família. Embora não ti- com o início do relacionamento até seis meses. Também pelo
vessem experiência na área de deles. Assim, com um investi- pouco no mercado, ainda não
alimentação, ela se inspirou no mento de, aproximadamente, têm um faturamento médio
mercadinho que sua mãe teve R$ 30 mil, montaram a food estabelecido, mas afirmam
alguns anos antes. bike com todos os acessórios que o valor já vem superando

64
as expectativas. Quanto à ma- Eles preferem estar em dife-
nutenção, como na bike o custo rentes eventos gastronômi-
é reduzido, esta despesa gira cos para conhecer diversos
em torno de R$ 300 por mês. públicos. Além disso, o foco
Inspirado no nome da avó deles é desenvolver a marcar
materna da jornalista, o Canti- e atuar em eventos corporati-
nho da Avó Ana oferece tapio- vos, formaturas, casamentos
cas gourmet doces e salgadas, e demais comemorações que
como carne-louca, carne seca, combinem com o ar mais des-
Nutella® com M&M’s®. Os pojado da bicicleta, que tam-
preços variam de R$ 12 a R$ bém serve como decoração.
15. “Nós decidimos começar a A empresária procura sair
trabalhar com um produto de diariamente com a bike, mas
valor acessível”, explica a em- reserva um dia da semana
presária. Entretanto, segundo para abastecer as mercadorias
ela, seu negócio é bem versátil, e produzir os recheios, que es-
possibilitando criar cardápios tão sempre fresquinhos. Tudo
de acordo com a necessidade é embalado e pesado em por-
de cada cliente, como mesa de ções, pois, além de ser mais
doces, bem-casados, café com higiênico, garante que todas
bolo, buffet de massa, estação as receitas tenham a mesma
de sorvete, oficina de cupcakes quantidade de ingredientes.
e mesa de sobremesas. “Nas tapiocas doces eu mimo
Justamente por terem pro- bastante o cliente e deixo que
curado um negócio móvel, o faça o sabor que quiser. Na mi-
casal não tem um ponto fixo. nha food bike ninguém passa
vontade”, brinca ela.
Na opinião de Raquel, são
CARACTERÍSTICAS
inúmeros os pontos positivos
DO VEÍCULO
de se trabalhar sobre duas ro-
• Valor investido
das, como a possibilidade de
R$ 30 mil (aproximadamente)
conhecer vários lugares, fazer
• Equipamentos instalados
amizades e ter contato direto
Três caixas de plástico para
com os consumidores – prin- Raquel e o marido se conheceram
levar os objetos necessários por meio da bicicleta e resolveram
cipalmente por eles ficarem
para o dia de trabalho, quatro transformá-la em negócio
satisfeitos com o produto ofe-
fogões de indução, máquina meçou com a ideia de incre-
recido. Já nos dias de chuva a
de café espresso, geladeira mentar o orçamento familiar,
venda é um pouco prejudicada,
embutida na caixa da bike, mas se tornou minha atividade
mas eles criaram uma tenda
luzes para o período notur- principal”, finaliza.
que protege a bicicleta e toda a
no e um painel elétrico que
sua estrutura, o que é um dife-
permite a instalação da bike
rencial da marca. Colaborou:
com qualquer fonte de ener-
Realizada e otimista com o Cantinho da Vó Ana
gia elétrica disponível
Cantinho da Vó Ana, a empre- http://www.cantinhodavoa-
• Capacidade de
sária tem planos de expandir na.com.br
estoque do veículo
o negócio para atender outras (11) 98016-3140
120 tapiocas por dia
frentes de trabalho. “Tudo co-

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MAGRELLA FOOD BIKE


COM RECEITA PRÓPRIA DE PIZZA, EMPRESÁRIOS ENTRAM NO
RAMO COM EXPECTATIVA DE FATURAMENTO DE R$ 15 MIL
Quando foi morar sozinho, uma de suas receitas, tiveram várias feiras de empreendedo-
o advogado Ivens Lamartine o insight de fazer uma pizzaria rismo e, em uma delas, conhe-
passou a gastar muito dinheiro sobre rodas. cemos o Danilo (proprietário
com comida delivery. Pensando Como Ivens tem talento da Bike Burger), que nos deu
em economizar, ele resolveu para cozinhar e Bruno possui algumas dicas iniciais e que foi
preparar pizzas em casa, que experiência em gestão e ad- o start para o nosso projeto”,
acabaram fazendo sucesso en- ministração de empresas, os relembra Ivens.
tre seus amigos e familiares. sócios resolveram apostar na Depois de muita pesquisa,
Apesar dos elogios que recebia ideia e foram em busca de food de desenvolvimento de projeto,
e da vontade que tinha de mon- trucks, que já estavam em alta de marca e de identidade visual,
tar o próprio negócio, ele nunca em São Paulo. Porém, como o e de plano de marketing, em ju-
tinha pensado em trabalhar no valor para montar um cami- nho de 2015 os sócios colocaram
ramo de alimentação. Até que nhão estava muito acima do a Magrella Food Bike pela pri-
um dia, enquanto ele e um ami- que tinham para investir, eles meira vez na rua. “Inauguramos
go, Bruno Anderi, saboreavam desistiram da ideia. “Visitamos no dia 28, quando foi inaugurada

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66
a Ciclofaixa em São Paulo, com
cerca de 50 mil pessoas no local.
Começamos com o pé direito!”,
revela o empresário.
Entre estrutura, identi-
dade visual, matéria-prima,
maquinário de pré-produção
(triturador, ralador industrial
etc), embalagens, utensílios e Sócios investiram R$ 12.500 em uma bike completa e personalizada
demais itens, os sócios inves- R$ 15 mil. De acordo com o às terças, tiram o dia de folga.
tiram R$ 12.500. “Nossa bike plano de negócios e com o re- Na opinião de Ivens, os con-
é a maior que conhecemos, torno que tiveram até agora, os tras da food bike é a demora
com 3,10 m de comprimento sócios preveem que em menos da montagem e da desmonta-
e 1,25 m de largura. O proje- de um ano recuperarão o valor gem, já que eles levam cerca
to foi totalmente desenvolvido total investido. As despesas de 30 a 45 minutos para colo-
por nós”, explica. Porém, para com manutenção da bike e o car toldo, utensílios e todo o
que a cozinha sobre duas ro- carro de apoio são periódicas e material que necessitarão na
das pudesse se deslocar para custam cerca de R$ 1 mil. operação. Outro problema é o
vários lugares diferentes, eles Por ainda não ter a TPU, a du- que o tamanho reduzido limita
tiveram de adquirir um carro pla tem trabalhado em eventos a produção. No entanto, ele vê
de apoio (utilitário) e uma car- fechados, feiras e Food Parks, como ponto positivo poder esta-
retinha para levar a bicicleta, além de fazer parceria com lo- cionar em qualquer lugar, o bai-
totalizando R$ 45 mil iniciais. jas, escolas e outros comércios. xo custo de manutenção e poder
Embora estejam há pouco “Fizemos um mapeamento da trabalhar em locais em que o
tempo no mercado, o fatura- cidade, que nos orienta bastante uso de GLP (gás) é proibido.
mento mensal bruto da bike na escolha dos locais de funcio- Àqueles que se interessam
gira em torno de R$ 12 mil a namento”, revela Lamartine. em ingressar no ramo, Ivens
A food bike é especializada acredita que nada é impossível,
CARACTERÍSTICAS
em pizza, e atualmente traba- embora certos tipos de prepa-
DO VEÍCULO
lha com 34 sabores, entre do- ro sejam mais difíceis de ser
• Valor investido
ces e salgadas. Porém, como executados em uma bicicleta.
R$ 12.500
espaço é reduzido, eles ofere- Porém, ele reforça que o plano
• Equipamentos instalados
cem oitos opções de recheios de negócios é essencial para o
Quatro fritadeiras, uma ge-
diferentes por dia, que custam desenvolvimento e estudo de
ladeira industrial, cuba lava-
entre R$ 13 e R$ 25. viabilidade de qualquer proje-
tória (com reservatório para
Já que vão para as ruas de to. “Uma dica é não começar
40 litros e dispenser de 50
quinta a domingo – quando o um projeto de food bikes com
litros), nove placas refrigera-
fluxo de pessoas é maior nos doces, pois o mercado já está
das, estrutura de iluminação
locais em que trabalham –, eles saturado”, aconselha.
e som, estrutura de caixa
preparam a maior parte dos ali-
(com máquina de cartão e
mentos às quartas-feiras. Po-
caixa para dinheiro) e uma
rém, para garantir a qualidade Colaborou:
geladeira para bebidas
dos ingredientes, o restante é Magrella Food Bike
• Capacidade de
preparado no dia do evento. Às Facebook: Magrellafoodbike
estoque do veículo
segundas-feiras, eles se reú- Intagram: Magrellafoodbike
250 a 400 pizzas, depen-
nem para reuniões, fechamen- (11) 97621-6336
dendo dos sabores
tos e agendamento de datas, e

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PROPOSTA SAUDÁVEL
COM INVESTIMENTO INICIAL DE R$ 600, EMPRESÁRIA FATURA
ATÉ R$ 5 MIL POR MÊS COM CARDÁPIO FITNESS
Tatiana Rodrigues sempre fissões, ela viu que sua paixão ces e, no exterior, atuou como
gostou de cozinhar e, não por sempre falava mais alto. Então, ajudante de cozinha em alguns
acaso, uma de suas formações trabalhou em restaurantes, fez estabelecimentos. Depois de di-
é como cozinheira. Embora te- cursos profissionalizantes de versas experiências e já de volta
nha se arriscado em outras pro- culinária, de confeitaria e de do- ao Brasil, iniciou a faculdade de

68
nutrição e passou a cozinhar de
forma mais saudável.
A ideia de montar uma food
bike surgiu por acaso. Ela viu
uma reportagem sobre a mo-
dalidade e simpatizou com a
proposta. Porém, como não
tinha condições financeiras
para comprar uma bicicleta
customizada, resolveu adaptar
a magrela que tinha em casa.
Para isso, reforçou as rodas,
colocou garupa e adaptou uma
cesta, dando vida à Bike Fit. O
Divulgação

investimento inicial foi de R$


600. “Como fui eu mesma que
fiz tudo, fui gastando aos pou- A Bike Fit serve comidas saudáveis, veganas, sem glúten e sem lactose
cos. Recentemente, coloquei
uma pequena carreta, mas foi tre 18 e 45 anos que treinam, 6h da manhã, e Tatiana sempre
patrocínio”, revela ela. além de famílias que buscam prepara uma opção de doce e de
Como ela fez um investimen- ter uma alimentação mais salgado. Ela também atende as
to enxuto, o retorno do capital foi regrada. “Minha food bike é encomendas diárias de clientes
rápido. E para evitar dívidas, ela diferente pelo fato de servir fixos na região de Guarulhos,
investia em melhorias conforme comidas saudáveis, opções ve- onde opera seu negócio.
vendia os produtos. ganas, sem glúten e sem lac- Para Rodrigues, um dos
Embora seja oscilante, o tose”, conta a empresária. pontos que influencia negati-
faturamento da empresa varia Rodrigues trabalha nas vamente quem trabalha com
entre R$ 3 mil e R$ 5 mil por ruas todos os dias e aos fins bike é o tempo. “Quando cho-
mês. Os gastos com manuten- de semana participa de alguns ve, fico impedida de sair e isso
ção não são fixos, só aconte- eventos. “Não tenho ponto fixo, tem impacto direto no fim do
cem quando há necessidade. o que também é um dos meus mês”, relata. Outro problema
Por se tratar de uma pro- diferenciais. Geralmente, vou são os motoristas, que muitas
posta diferente da maioria das até os meus clientes em lojas, vezes não respeitam o ciclista.
food bikes, os clientes de Tatia- academias, escolas e onde me Entretanto, o ponto positivo é
na são homens e mulheres en- requisitam”, explica ela. ter mais mobilidade e chegar
O cardápio conta com bolos mais rápido aos lugares.
CARACTERÍSTICAS integrais, disponíveis também Devido ao sucesso de seu
DO VEÍCULO na opção sem glúten, quiches negócio, Tatiana planeja au-
• Valor investido salgadas sem glúten, pães in- mentar 20% de suas vendas
R$ 600 tegrais, geleia sem açúcar e até o fim do ano e, em 2016,
• Equipamentos instalados outras receitas que a cozinheira pretende vender seus produtos
Garupa, cestinha e bolsa cria diariamente. Os valores dos também on-line.
térmica produtos variam de R$ 4 a R$
• Capacidade de 25, e ela também prepara bolos Colaborou:
estoque do veículo recheados light por R$ 50. Bike Fit
30 porções de bolo e de A produção dos pratos é re- Facebook: Bike Fit
salgados por dia alizada diariamente a partir das (11) 95163-9245

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SEGREDO DE SUCESSO
ROLLI ROTTI FATURA ATÉ R$ 4 MIL REAIS POR DIA COM
RECEITA SECRETA DE BATATA FRITA
Moacir Henrique Rabelo, isso, como o mercado de ves- gastronômica. Sua receita de
proprietário de negócios de tuário ficou ruim, ele acabou hambúrguer agradou tanto a
moda em Belo Horizonte, só transformando seu hobby em clientela que ele passou a ser
cozinhava entre amigos, mas, uma de suas fontes de renda. chamado para diversos even-
quando começou a aprender a Como o empresário já tinha tos. Porém, devido ao espaço
técnica, passou a se interessar um espaço gourmet, foi convi- limitado, preparar hambúrguer
mais pelo assunto. Associado a dado a participar de uma feira se tornou inviável e ele decidiu

70
criar uma receita “secreta” de
batata frita para substituir o
lanche. Depois dessa mudan-
ça, as vendas cresceram 30%.
Devido à grande procura
por sua batata, Moacir não ti-
nha como armazenar mais
produto dentro da tenda. En-
tão, Rabelo teve a ideia de
montar uma food bike com a
mesma tecnologia da barraca.
Para isso, desembolsou cerca
de R$ 8 mil, que foram recupe-
rados em apenas três eventos.
O faturamento diário gira
em torno de R$ 3 mil a R$ 4
mil reais. Os gastos englobam
a manutenção mensal do veí-
Divulgação

culo e o aluguel da carretinha


para transportar a bike.
Além da food bike, Moacir
montou um food truck, onde
pode servir as batatas fritas
e os hambúrgueres. “Com a
bicicleta, você recupera o in-
vestimento mais rápido, mas
o food truck tem um fatura-
mento maior”, compara ele.
O espaço gourmet passou a Com food bike adaptada, ele frita na hora as batatas
que fazem o maior sucesso na capital mineira
ser utilizado, na maior parte
do tempo, como cozinha base tão o empresário só pode atuar ruim de trabalhar com food bike
para o preparo das receitas. em eventos fechados. Embora o é que, por não ter regulamenta-
Em Belo Horizonte ainda não food truck seja liberado, ele pre- ção, ele perde alguns eventos.
foi regularizada a atividade em fere levar o caminhão também Além disso, quando trabalha em
veículo de tração humana, en- para esse tipo de evento. locais pequenos, ele paga caro
Geralmente, é Moacir quem para participar e tem chances de
prepara diariamente as fritas – sair perdendo. “No meu caso, se
CARACTERÍSTICAS
exceto quando participam de eu não vender tudo no dia, não
DO VEÍCULO
eventos maiores, que ele conta posso armazenar. Assim, perco
• Valor investido
com a ajuda de funcionários. o produto e tenho prejuízo”, ex-
R$ 8 mil
Em cada evento, Moacir vende plica o empresário.
• Equipamentos instalados
cerca de 400 porções de fritas.
Geladeira, fritadeira
Não por acaso, em dois meses Colaborou:
e molheira
de inauguração da food bike, Rolli Rotti
• Capacidade de
foram consumidas duas tone- www.rollirotti.com.br
estoque do veículo
ladas de batatas. (31) 9218-9000
400 porções por dia
Segundo Rabelo, o ponto

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CHOPERIA MÓVEL
COM INVESTIMENTO DE R$ 18 MIL, CHOPP BIKE PREVÊ
RECUPERAR CAPITAL EM SEIS MESES DE OPERAÇÃO

72
A administradora de empre-
sas Nadia R. Oliveira sempre
gostou de inovar. Na época em
que existiam as locadoras de
vídeo, ela teve a ideia de vender
trufas, pães de mel e docinhos
no caixa para os clientes. Depois,
expandiu a ideia para padarias Divulgação
e bancas de jornal, chegando a
vender milhares de unidades das
guloseimas por semana. A Chopp Bike é pioneira no segmento. Foram investidos R$ 18 mil no projeto da marca
Pensando em fazer algo

Divulgação
novo, Nadia viu um carrinho de bimestrais, no valor de R$ 300.
chopp e teve a ideia de lançar Nadia trabalha nas ruas e
uma bike de chopp. Depois de também em eventos fechados.
pesquisar, não encontrou nada Segundo ela, nos Food Parks,
no Brasil, então conversou com todos os empresários são mui-
amigos que já tinham feito uma to unidos, o que assegura um
bicicleta customizada e contou faturamento maior. “Os espa-
seu projeto para eles. Seis me- ços têm de ter um propósito
ses depois, a Chopp Bike esta- em que todos ganham, por
va nas ruas. A bike possui uma isso, geralmente, tem um ou,
chopeira com duas torneiras ita- no máximo, dois trucks e bikes
lianas para extração do chopp. do mesmo segmento”, conta.
O investimento inicial foi Como o próprio nome diz, a
de R$ 18 mil, porém, como a especialidade da food bike são
marca está há pouco tempo os chopps, que são vendidos
no mercado, ainda não é pos- em copos de três tamanhos
sível prever o faturamento. diferentes e custam entre R$
Entretanto, nos quatro even- 8 e R$ 15. Por se tratar de um
tos iniciais, faturou R$ 5 mil. produto pronto, Nadia con-
A estimativa da empresária é segue fazer eventos de terça mazenado em tonel.
recuperar o capital investido a domingo. “Tenho estoque O diferencial da marca é que
em seis meses. Os gastos com para quando precisar. Porém, a espuma é formada por com-
manutenção da chopeira são como tem validade, preciso ponentes do lúpulo, proteínas
me programar para não ven- e açúcares, dando um aroma
cer tudo”, revela a empresária. especial à bebida. Além disso,
CARACTERÍSTICAS
Para ela, o ponto negativo ela ajuda a manter a tempera-
DO VEÍCULO
de trabalhar com food bike é a tura do líquido no copo e evita
• Valor investido
logística, mas ser um veículo o contato do chopp com o ar,
R$ 18 mil
que entra em qualquer lugar e a minimizando sua oxidação.
• Equipamentos instalados
possibilidade de contato com os
caixa de fibra básica, chopei-
clientes tornam a atividade mui- Colaborou:
ra, cilindro e válvula extratora
to vantajosa. Outro fator que a Chopp Bike
• Capacidade de
beneficia é que, por se tratar de www.choppbike.com.br
estoque do veículo
um food bike de bebida, ela pode (11) 5092-3245/ 97477-4415
no mínimo, 100 litros
servir tudo que seja que seja ar-

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NOVOS empreendedores

Divulgação

APOSTA CERTEIRA
COM CRIATIVIDADE E DETERMINAÇÃO, PÃO DE MEL DA GEMA
FATURA R$ 35 MIL POR MÊS
Em 2008, a publicitária responsável pela parte de pelos clientes da Saboreatta:
Priscilla do Vale Baeta, jun- marketing da marca e atuava o pão de mel. Dessa forma, foi
tamente com sua mãe, He- como sócia investidora. criada uma nova marca, com
lena Baeta, e sua irmã, Ca- No fim de 2014, com o fim novo enfoque e diferente es-
milla Baeta, resolveram criar do contrato na empresa em tratégia de negócio. Então, em
a Saboreatta, empresa de que trabalhava, a publicitária fevereiro de 2015, surgiu a Pão
chocolates finos. Como Pris- decidiu investir em um dos de Mel da Gema, uma empre-
cilla trabalhava fora, ficou produtos mais bem aceitos sa familiar focada na produ-

74
ção de pão de mel artesanal. No momento, a Pão de Mel
A ideia de montar uma food da Gema só participa de even-
bike se deu porque Priscilla tos fechados, que geralmente
começou a pesquisar possibili- acontecem aos fins de sema-
dades que tivessem a ver com na. Então, às sextas, elas se
a nova proposta da empresa. dedicam à montagem da bike
Quando cruzou com uma bike no local e só desmontam tudo
musical de uma rádio local, no domingo à noite. A marca
a publicitária teve certeza de vende pão de mel em diversas
O modelo mais moderno, que conta
que aquela era a melhor op- formas, como tradicional re- com um minifreezer de 70 litros,
ção – sem imaginar que em cheado (R$ 5), pão de mel no custou R$ 25 mil
São Paulo essa modalidade já pote (R$ 15), bolo de pão de
estava bem aquecida. “Achei a mel (R$ 20) e sorvete de pão
cara do nosso negócio sair com de mel (R$ 8 cada bola).
uma bicicleta estilosa cheia de No início da semana, elas
pães de mel pelas ruas do Rio iniciam a produção dos pro-
de Janeiro”, relembra. dutos para os eventos e os
A primeira bike custou, pedidos de outros clientes.
aproximadamente, R$ 6 mil. Paralelamente, existe a regu-
Porém, para a fabricação do lamentação para participação
segundo veículo, com um mo- nos eventos junto à SEFAZ e à
delo mais moderno, as sócias Vigilância Sanitária, que ocor-
tiveram de fazer um investi- re também semanalmente.
mento inicial de R$ 25 mil. Com Devido a isso, elas têm uma Além da versão tradicional, a
faturamento médio mensal de rotina de trabalho pratica- marca oferece pão de mel no
pote, que custa R$ 15
R$ 35 mil, o capital foi recu- mente sem folga.
perado antes de a empresa Para a empresária, os con-
completar um ano. Como é tras de se trabalhar com bike de qualidade, pois os consumi-
comum rasgar pneu, danificar são o alto custo com frete, a dores estão cada vez mais exi-
adesivos e fazer outros pe- montagem e a desmontagem gentes e ávidos por novidades.
quenos reparos, elas desem- em todos os eventos, estar sus- “A partir disso, é preciso investir
bolsam cerca de R$ 150 para cetível a mudanças climáticas também na estrutura de produ-
quaisquer manutenções que e a participação em eventos ção. Um dos grandes erros que
sejam necessárias. que têm pouco movimento. Em vemos nesse mercado é o in-
contrapartida, mobilidade para vestimento em uma superbike
CARACTERÍSTICAS ir atrás do público, visibilida- sem fazer, paralelamente, os
DO VEÍCULO de da marca, parcerias e não investimentos necessários na
• Valor investido precisar pagar aluguel contam estrutura produtiva, o que acar-
R$ 6 mil muitos pontos a favor. reta falta de suprimento para
• Equipamentos instalados Aos que buscam novos ru- atender à demanda”, conclui.
minifreezer de 70 litros com mos, Priscilla afirma que a food
capacidade para 20 litros de bike é uma excelente forma de Colaborou:
sorvete e duas caixas térmi- se iniciar no mercado de gas- Pão de Mel da Gema
cas para armazenar os doces tronomia, visto que seu inves- www.paodemeldagema.com.br
• Capacidade de timento inicial é baixo. Porém, Facebook: Pão de Mel da Gema
estoque do veículo o mais importante é a pessoa, (21) 2608-2457
560 pães de mel antes de tudo, ter um produto

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NOVOS empreendedores

INSPIRAÇÃO ARGENTINA
LET’S ALFAJOR CHEGA AO MERCADO COM DOCE TRADICIONAL
E NA VERSÃO EM POTE E CONQUISTA CAPITAL MINEIRA

76
Quando ainda estava na comprou uma bike antiga e
escola, aos 16 anos, a mineira mandou reformar. “Minha mãe
Camila Rodrigues Valentim co- custou a aceitar, pois tinha
meçou a vender alfajor para os medo de ser alguma besteira
amigos. Já na época, o produto minha”, conta a empresária.
tinha uma boa aceitação, o que Porém, o empreendimento
fez ela acreditar que algum dia deu tão certo que elas já estão

Divulgação
montaria algo no ramo. com duas bicicletas nas ruas.
Depois de se formar no co- O investimento inicial na
O modelo mais moderno, que conta
légio, Valentim começou a fa- primeira bike foi de R$ 1 mil, com um minifreezer de 70 litros,
zer cursinho preparatório para dinheiro que já foi recupera- custou R$ 25 mil
o vestibular de Medicina, o do. Atualmente, elas fatu-
maior sonho de sua vida. Para ram, em média, de R$ 9 mil a

Divulgação
ajudar com a mensalidade e R$ 10 mil com os dois veícu-
pagar suas despesas pessoais, los. Os gastos com a manu-
ela passou a vender a gulosei- tenção da bicicleta ficam em
ma também no cursinho. torno de R$ 60 por mês.
Após cinco anos de tentati- Além dos eventos fechados,
vas de passar no vestibular, ela a Let’s Alfajor também funcio-
resolveu que precisava mudar na na rua. Os pontos são esco-
de ares por um tempo. Assim, lhidos de acordo com o movi-
teve a ideia de montar uma mento e com o poder aquisitivo
food bike – modelo de negócio do bairro. A bike é utilizada
que ela já conhecia por meio somente para vender os pro-
da internet e que estava fa- dutos, pois o trajeto é feito em
zendo o maior sucesso em São um carro, no qual a magrela é
Paulo. Aliado a isso, a mãe da levada. A marca trabalha com Além da versão tradicional, a
empresária estava passando alfajor tradicional e a versão no marca oferece pão de mel no
pote, que custa R$ 15
por dificuldades financeiras, e pote, que custam R$ 5 e R$ 10,
ela viu na modalidade a solu- respectivamente. ajuda no preparo da receita.
ção para ajudar a família. Para a empresária, o lado A bicicleta vai para as ruas de
Com o dinheiro que arre- positivo de trabalhar com bi- quarta a sábado, e, eventual-
cadou com a venda de ovos de cicleta é que você pode ir até mente, aos domingos.
chocolate na Páscoa, Cami- o cliente, o que é muito bom, Embora esteja gostando
la, em sociedade com a mãe, já que há a possibilidade de e satisfeita com o ramo, os
alcançar um público maior. planos de Camila são divul-
O ponto negativo é que, como gar ainda mais a marca, es-
CARACTERÍSTICAS não tem licença na capital truturar a empresa e, futura-
DO VEÍCULO mineira, Camila fica insegura mente, deixá-la nos mãos da
• Valor investido em relação à fiscalização. mãe, pois pretende realizar o
R$ 1 mil Os doces são produzidos sonho de cursar Medicina.
• Equipamentos instalados diariamente, pois elas também
não há nenhum equipa- têm encomendas de ataca-
mento instalado Colaborou:
do, além de revenderem para Let’s Alfajor
• Capacidade de faculdades, igrejas e outros
estoque do veículo Facebook: Let’s Alfajor
clientes. Devido à demanda, de (31) 9469-3171
350 doces terça a sexta, uma funcionária

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CAPÍTULO 3

78
FOOD TUK
MUITO CONHECIDO NA ÍNDIA,
O TRICICLO VIROU FEBRE NO
COMÉRCIO DE RUA. MAIS ECONÔMICO
E COM GRANDES POSSIBILIDADES,
CONQUISTA EMPREENDEDORES
POR TODO O PAÍS

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PRODUÇÃO de qualidade

MOTOCAR
A EMPRESA FABRICANTE DE TRICICLOS JÁ
COMERCIALIZOU MAIS DE 2.500 UNIDADES E FATURA
ANUALMENTE 30 MILHÕES DE REAIS. O SEGREDO DE
TAMANHO SUCESSO ESTÁ NA QUALIDADE E SEGURANÇA
DE SEUS VEÍCULOS
Por Aline Ribeiro / Fotos Divulgação

80
O triciclo – também co- brasileiro. Contribuímos com explicam os diretores.
nhecido como tuk-tuk, é um o desenvolvimento urbano e Diante disso, o Food Tuk é
dos meios de transporte mais econômico, oferecendo com a nova opção para quem quer
comuns de países asiáticos, qualidade uma alternativa de montar algo completo com
principalmente na Índia. O transporte que possui o melhor baixo investimento. “O inves-
veículo mistura caracterís- custo-beneficio ao consumidor, timento fica a partir de 20 mil
ticas de motos, como baixo tudo de maneira sustentável e reais em um triciclo básico,
consumo de combustível, e a segura para o negócio”. podendo variar até 55 mil em
proteção típica dos automó- E por que em vez de inves- uma adaptação mais elabora-
veis. Levando em conta esses tir em um food truck ou em da”, destaca Carlos Araújo.
benefícios, a Motocar vende um food bike, o food tuk seria A Motocar já comerciali-
os tuks-tuks como uma ótima uma boa opção? “Com rela- zou mais de 2.500 unidades
oportunidade de empreende- ção ao Food Bike, o Food Tuk de tuk-tuk e estima-se que,
dorismo a seus clientes. possui uma estrutura mais dessas 2.500 unidades comer-
Há quatro anos atuando no confortável, com maior capa- cializadas, 100 já foram trans-
desenvolvimento de produtos cidade de carga, e consegue formadas em Food Truks por
e há dois anos comercialmente acomodar mais itens – como empresas especializadas em
no mercado, a empresa pau- chapa, forno, pia e sistema adaptação de triciclos. O resul-
lista consolida seu sucesso elétrico. Além disso, é possí- tado é um faturamento anual
garantindo segurança e credi- vel se locomover para lugares de 30 milhões e um crescimen-
bilidade. Carlos Araújo, diretor mais distantes com agilidade to de 80% de 2014 para 2015.
comercial da empresa, e Fabio e conforto. Já em relação aos Além de atender o nicho
Di Gregorio, diretor insitucional, Food Truks, os Food Tuks são de alimentação, os triciclos
destacam a fórmula do suces- bem mais econômicos, desde possuem outras finalidades.
so: “Somos a empresa líder o valor de compra do veículo à “Hoje, no mercado, existem tri-
em triciclos no Brasil, inovan- manutenção e o combustível. ciclos adaptados para pet shop
do na oferta de novas opções Também possuem um valor com divisórias para transpor-
de transporte de carga e pas- menor para adaptação e são tar animais e até lava-rápido
sageiros para o consumidor mais fáceis de estacionar”, delivery. Com os triciclos Mo-
tocar, a criatividade do empre-
endedor não tem limite”, asse-
gura Fabio Di Gregório.
Se ficou interessado em
adquirir um tuk-tuk com a
Motocar, a empresa aten-
de todo o Brasil por meio de
suas concessionárias. E, para
encontrar a mais próxima de
você e solicitar um orçamen-
to, basta ligar no SAC 0800
092 3468 ou acessar o site
www.triciclosmotocar.com.br

MOTOCAR
(11) 3862-1054
http://www.triciclosmotocar.
com.br/

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PRODUÇÃO de qualidade

“O Food Tuk veio para ficar, inclusive países da Europa já adotaram esse
conceito há alguns anos. É a nova forma econômica de empreender”
Carlos Araújo e Fabio di Gregorio, diretores da Motocar

CASES DE SUCESSO ta de seus tamanhos. Conse-


DA MOTOCAR guimos atender bem desde
food parks, estabelecimentos
COXINHA E CO. parceiros e feiras até locais
O primeiro tuk-tuk do Bra- que possuem menor espaço,
sil especializado em coxinhas como shoppings, casas notur-
surgiu em outubro de 2015. De nas e eventos com espaços li-
lá para cá, os sócios Francisco mitados”, garantem os sócios.
De Souza Ferreira Neto e Caio Com a ideia do empreen-
Fellipe Mieza, ambos jovens dimento em mãos, Francisco
de 29 anos, só colhem o su- e Caio adquiriram o tuk-tuk
cesso do empreendimento. “O com a Motocar. “Entre as op-
Coxinha e Co nasceu quando ções que encontramos, era a
unimos o principal quitute dos única empresa que possuía
brasileiros com o conceito de fabricação nacional, facilitando
tuk-tuk, pois percebemos as qualquer tipo de manutenção
dificuldades que alguns food no tuk-tuk e que, além disso, tivo em seus triciclos”, aponta
trucks apresentavam por con- apresentava um design cria- Francisco Ferreira.
O valor do investimento ini-
cial foi de R$ 85 mil, resgatados,
segundo os sócios, em apenas
6 meses. Atualmente, contam
com um retorno médio men-
sal de R$ 10 mil a R$ 20 mil,
dependendo dos eventos que
participam. Tamanho retorno
traduz trabalho árduo regado a
muito amor. Prova disso é que
os sócios sempre gostaram de
cozinhar: Francisco Ferreira de
forma mais casual, seguindo
os passos de suas avós, e Caio
Mieza com sua paixão e conhe-
cimentos técnicos adquiridos
ao estudar Gastronomia. Para
o empreendimento ter ainda
mais sucesso, “costumamos
postar nossas agendas nas
redes sociais e estar sempre
atentos às datas comemora-
tivas e aos acontecimentos do

82
COXINHA E CO.
Valor inicial investido:
R$ 85 mil
Rendimento mensal:
R$ 10 mil a R$ 20 mil
Princípios da empresa:
1. Servir um produto
da mais alta qualidade,
buscando a satisfação
total do cliente e dos de-
mais envolvidos em todo
o processo, criando vín-
culo e confiança.
2. Possuir um rela-
cionamento transparente
mundo, fazendo com que te- selham: “1. Estude o mercado com nossos fornecedo-
nhamos uma interação com o para o produto escolhido. 2. res, clientes e colabo-
público”, destaca Caio. Faça um produto de qualida- radores, de modo que
Ao serem questionados se de. 3. Não tenha preguiça de todos tenham suas ex-
a onda dos “foods truck, bike trabalhar, pois você trabalhará pectativas atendidas.
e tuk” traduz um modismo ou enquanto outros estarão se di- 3. Atender com cor-
se veio para ficar, os sócios vertindo. 4. Tenha algum dife- dialidade, profissionalis-
são categóricos: “Acreditamos rencial dos outros food trucks mo, agilidade e alegria.
que o food tuk veio para ficar. do mercado”.
São Paulo é uma cidade mui-
to movimentada, e as pessoas
gostam de comida de quali-
dade de forma descontraída e
que se encaixa na correria do
dia a dia. O grande problema é
a legislação que dificulta muito
que os trucks parem nas ruas.
São Paulo é uma cidade que
nunca dorme e temos inúme-
ros eventos durante 24 horas
por dia”. Para que tudo dê cer-
to, seguir as orientações regi-
das pela vigilância sanitária é
fundamental. “Com todas as
leis e normas, sempre segui-
mos todos os pré-requisitos
que a vigilância sanitária de-
termina”, afirmam.
E para aquele empreende-
dor que pretende investir em
um food tuk, os sócios acon-

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PRODUÇÃO de qualidade

TUK BURGER
Fundada no final de 2014, a
Tuk Burger é pioneira no setor
de Food Tuk no país. Com um
investimento inicial de cerca
de R$ 50 mil, atualmente, fa-
tura em média R$ 45 mil ao
mês. Tamanho sucesso não
surgiu da noite para o dia. Mui-
to trabalho, estudo, empenho
e amor foram as bases para
a consolidação do sucesso da
marca. “Eu e meu sócio Freddy
ja tínhamos uma empresa de
catering, onde fazíamos desde
jantares a eventos particula-
res e para empresas. Com a
onda de Food Trucks em São
Paulo, vimos a oportunidade to parecida com o triciclo que atendimento e pela forma de
de um novo ramo para a nossa encontramos no Brasil. Assim, pagamento oferecida. Além
empresa. Estudamos projetos tivemos a ideia de montar algo disso, por ser uma empresa
de food trucks e vimos que o parecido por aqui”, explica nacional, a manutenção do
custo era muito alto, quase Gustavo Cassins, sócio-pro- tuk-tuk é muito mais fácil”,
um investimento de um es- prietário da Tuk Burger. destaca Gustavo, que com-
paço fisico. Lembrei-me que, Para adquirir o tuk-tuk, os pleta: “Começamos dentro de
quando morei na Europa, vi um sócios entraram em contato casa e, hoje em dia, temos uma
Food Truck montado em cima com a Motocar. “Valeu muito cozinha de produção e vamos
de uma moto italiana, mui- a pena, principalmente pelo investir em uma loja física.

84
Graças a boas oportunidades
que tivemos, conseguimos re-
cuperar o investimento inicial
em torno de 6 a 8 meses”.
Para quem está interessado
em investir no ramo, Gustavo
dá algumas dicas: “Tome muito
cuidado com as oportunidades
que aparecem, nem sempre
são aquilo que nos vendem.
Já batemos muito com a cara
no muro. Várias furadas! Pro-
cure seu público, corra atrás
das oportunidades de uma boa
venda e faça boas parcerias.
Além disso, não copie, reinven-
te e crie! Veja as boas ideias
e tenha-as como rascunho, rio para a segurança tanto de para saberem quem procu-
aperfeiçoando e trabalhando nossos clientes como de nos- rar, quando precisarem”.
duro”. Outro cuidado essencial sos funcionários”, orienta Gus- Com um quadro de três
é ficar de olho nas normas da tavo Cassins. funcionários, a Tuk Burger
vigilância sanitária. “Para isso, Formado em Gastronomia ainda conta com funcioná-
fui atrás de uma empresa de pelo SENAC, Gustavo sem- rios extras em vários eventos.
consultoria nutritiva para nos pre teve afinidade com esse “Elaboro nosso calendário com
auxiliar nessa documentação. ramo, seja dentro da cozinha, os eventos que vão surgindo,
Foi um investimento de custo na produção de alum evento sempre respeitando a folga e
médio/alto, porém é necessá- e até na área administrativa. as leis trabalhistas. Ao traba-
Para divulgar ainda mais seu lhar nesse ramo, é importante
trabalho, ele conta com as saber que não existem finais
mídias sociais. “Dessa ma- de semanas e feriados. Para
neira, conseguimos ter uma nós, a segunda-feira é sagra-
relação mais próximas com da! Conseguimos nos revezar
os nossos clientes. Também para curtir alguns finais de se-
sempre envio nossa apresen- mana, porém, quando temos
tação para agências e empre- eventos, é preciso trabalhar”,
sas que cuidam de eventos conta aos risos.

TUK BURGER
Valor inicial investido: R$ 50 mil
Rendimento mensal: R$ 45 mil
Dicas para quem quer investir no ramo:
1. Tome muito cuidado com as oportunidades que apa-
recem, nem sempre são aquilo que nos vendem.
2. Procure seu público, corra atrás das oportunidades
de uma boa venda e faça boas parcerias.
3. Não copie, reinvente e crie! Veja as boas ideias e te-
nha-as como rascunho, aperfeiçoando e trabalhando duro.

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CAPÍTULO 4

86
É BOM
SABER
ANTES DE INVESTIR
EM UM NEGÓCIO,
É IMPORTANTE
FICAR ATENTO ÀS
ORIENTAÇÕES DA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA,
ALÉM DE OUTRAS
DICAS ESSENCIAIS DE
EMPREENDIMENTO.
TOME NOTA!

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ENTREVISTA Sergio Molinari

COMIDA
SAIBA QUAL É
O CENÁRIO DESTE
NICHO DE MERCADO
Divulgação

DE RUA
mercado tem sido impactado MPN – Muitos empreende-
de alguma forma com a crise dores viram o food truck como
financeira do Brasil? uma opção acessível e rentável
Sergio Molinari – A alimen- de negócio. Esta é uma boa al-
tação fora do lar é um mercado ternativa para quem deseja en-
enorme, que movimenta mais de trar no ramo?
R$ 300 bilhões por ano em vendas SM – Sim e não. Se compa-
ao consumidor. Desde que este rarmos exclusivamente temas
mercado é acompanhado no Bra- como o investimento inicial e os
sil, tivemos crescimento em todos custos fixos, é verdade que os
os anos, fruto especialmente de food trucks são mais acessíveis
cinco fatores: ampliação da popu- do que um estabelecimento lo-
Sergio Molinari, formado em lação de classes A, B e C, aumento calizado fisicamente em um en-
Administração pela PUC-SP,
especialista em alimentos do número de mulheres no mer- dereço. Mas a análise não para
cado de trabalho, deslocamento aí, pois há muitas situações que
Muitos empreendedores de população rural para cidades colocam em risco o faturamento
apos­tam no setor alimentício e ampliação de renda e empre- e a rentabilidade dos food trucks:
por acreditarem ser uma área go. Os três primeiros motivos não a variação de demanda é grande
rentável. Porém, os efeitos da sofrem retração no período de re- (por exemplo, compare os esta-
crise financeira têm causado cessão que o País atravessa, mas belecimentos físicos e os trucks
receio em quem deseja mon- os últimos dois (renda e emprego) em dias de chuva); a alta exigên-
tar o próprio negócio. sofrem bastante. Por conta disso, cia e expectativa de novidades
Sergio Molinari, consultor e além das expectativas negativas e por parte do consumidor; a de-
palestrante para empresas na da preocupação do consumidor, pendência de festivais, parcerias
área de alimentos e varejo e só- projetamos dois anos de alguma promocionais e localização ade-
cio fundador da Food Consulting, retração do mercado: 5 a 10% quada (como food parks); os re-
faz um panorama do mercado de retração em 2015, e de esta- quisitos de segurança e qualida-
de comida de rua, destacando os bilidade ou pequena queda em de alimentar são importantes,
segmentos mais promissores e 2016. Porém, destaco que queda entre outros. Ou seja, como um
apontando o que um empreen- do mercado não significa queda negócio de alimentação, em um
dedor deve considerar na hora de de todas as empresas. Temos mercado competitivo e exigente,
investir em uma cozinha móvel. inúmeros exemplos de empresas é um nicho que requer atuação
prosperando em meio à recessão, realmente profissional. Há gen-
Meu Próprio Negócio – Qual aquelas que já vinham fazendo a te se dando muito bem ramo e,
é o cenário atual da alimenta- lição de casa em sua gestão e atu- sem dúvida, são os mais profis-
ção fora de casa? Este nicho de alizando sua forma de atuar. sionais.

88
MPN – Outra tendência que MPN – De que forma o pro- rapidamente. Não vemos a co-
vem ganhando espaço nas ruas prietário de uma "cozinha so- mida de rua e o que chamamos
são as food bikes. Qual é a sua bre duas rodas" pode aumentar de “Foodservice móvel” (os food
opinião sobre este modelo de seus lucros e evitar prejuízos? trucks e as food bikes) como
negócio? SM – Sugiro que tenham um formato que desaparece-
SM – Pensando de forma “uma razão para existir”: pro- rá, muito pelo contrário. Vemos
genérica, as food bikes são dutos e preparos diferentes, que ainda há muito crescimento
bastante interessantes, espe- boa qualidade e apelo à sau- pela frente, mas não entende-
cialmente para alimentos mais dabilidade ou à sensorialidade. mos que venha a ser um mer-
“portáteis” e rápidos, que de- Não aposto e incentivo a criação cado para milhares de estabe-
mandam baixíssimo nível de destes formatos móveis para lecimentos pelas ruas do Brasil,
elaboração e processamento. simplesmente fazer “mais do competindo em quantidade de
A análise sobre a mobilidade mesmo”, pois isso normalmen- pontos com bares, lanchonetes
do negócio, a capacidade de te resulta em insucesso. e restaurantes rápidos. Vemos
estar em locais pequenos e como um formato que promo-
de difícil acesso, além da fle- MPN – Quando a lei da comi- ve inovação, novidades, experi-
xibilidade de horários, é muito da de rua foi regulamentada, al- mentação, mas com limitação
bacana. Mas acho fundamen- guns restaurantes se sentiram do número de empresários,
tal que, da mesma forma que "ameaçados" pelos food trucks. com um papel fundamental de
falamos sobre os food trucks, Um serviço interfere no fatura- ampliar a cultura de alimenta-
seja entendido que alimento é mento do outro? ção do brasileiro.
uma coisa muito delicada e que SM – A interferência é muito
exige cuidados reais. E, sem dú- menor do que se imaginava, a MPN – Qual conselho você dá
vida, temos de avaliar também começar pela certa “proteção” para os pequenos empresários
a questão regulatória e legal, e baixa concorrência nos locais do setor alimentício driblarem a
que é complicadíssima no Bra- em que os trucks e bikes são en- crise que o Brasil está vivendo?
sil – temos visto no País vários contrados. Há concorrência mais SM – Entender melhor
exemplos bacanas de food bikes incômoda e desleal com operado- seus consumidores (do que
(e também de food trucks) atu- res ilegais e informais, que exis- gostam, o que consomem, o
ando de forma informal, à beira tem há anos. E, acima de tudo, que valorizam, a que horas
da legalidade. Assim, se por um acredito muito que os food trucks consomem etc) e aprimorar o
lado este formato parece bas- e food bikes têm um papel funda- que entregam a eles; conhe-
tante adequado e moderno, é mental de estimular o consumo e cer melhor seus números, a
fundamental avaliar sua viabi- a cultura alimentar, o que acaba começar por seus custos, e
lidade à luz das legislações vi- ajudando todo o mercado. cuidar de perto dos seus ingre-
gentes, com destaque para se- dientes principais em termos de
gurança e qualidade alimentar. MPN – A fama dos restau- qualidade e custo; bem como
rantes itinerantes é passageira praticar excelência nos serviços
MPN – Quais são os nichos ou considera uma cultura que em todos os sentidos.
de alimentação mais promisso- veio para ficar?
res no segmento de comida de SM – Ótima pergunta! Tenho
Colaborou:
rua? falado muito sobre “modas gas-
Sergio Molinari
SM – Alimentos saudáveis, tronômicas” e como algumas
Food Consulting
sem dúvida; comida mais natu- delas têm “prazo de validade”,
www.foodconsulting.com.br
ral e “de verdade”; cafés e ou- ou seja, são claramente cíclicos
contato@foodconsulting.
tras bebidas quentes; cozinhas e, da mesma forma que surgem
com.br
étnicas. rapidamente, também se vão

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VARIAÇÕES

OUTRAS
MODALIDADES
SUGESTÕES
ECONÔMICAS
PARA QUEM Além dos food trucks, food de protótipos do modelo de food
DESEJA ENTRAR bikes e food tuks, outro tipo de cart, que requer menos gastos.
NO RAMO serviço que se beneficiou com O Salch&Pão se destaca por seu
Fotos: divulgação
a invasão da comida de rua foi o design inspirado nos dinners e
de food carts, aqueles carrinhos fast foods americanos.
que antigamente só eram vistos Para quem se interessa em
na praia vendendo picolé. Eles investir no negócio, os custos
ficaram maiores e foram adap- ficam em torno de R$ 60 mil,
tados pra outros tipos de cardá- que, de acordo com o empresá-
pio, se transformando também rio, podem ser recuperados em
em uma possibilidade acessível menos de um ano. “Se o ponto
de comercialização de comida de venda for um local razoável, a
em via pública. pessoa poderá faturar, em mé-
Também há outra opção dia, R$ 1.200 por dia”, continua.
que ainda é pouco vista, mas O franqueado recebe treina-
promete ganhar espaço aos mento e acompanhamento.
poucos: a moto food. Ela tem No cardápio, há três opções
projeto operacional semelhan- de hot dog, que têm como dife-
te à da food bike e também rencial os ingredientes de alta
permite customização. qualidade, assim como as op-
ções de molho, a cebola crispy,
CACHORRO-QUENTE bacon e mel. Para divulgar a
GOURMET empresa, as primeiras unidades
Gonçalo Cunha Ferreira móveis foram instaladas dentro
O food cart em forma de hot dog foi
criado pelo dono da marca
criou a marca Salch&Pão, em de shopping centers, mas aos
1988, em Portugal. O negócio, poucos a marca foi ganhando
totalmente inovador para a épo- espaço e passou a ser solicita-
CARACTERÍSTICAS
ca, virou referência entre os lu- da para participar de eventos e
DO VEÍCULO
sitanos e cresceu rapidamente. campanhas de promoção.
• Modelo
Alguns anos depois, já no
Food cart
Brasil, atento ao crescimen- PICOLÉ ARTESANAL
• Equipamentos instalados
to dos food trucks, ele trouxe a Juliana Namura e Suzi Silva
geladeira e banho-maria
empresa ao País, lançando a estudaram juntas desde a infân-
• Capacidade de
franquia, em 2014. Com o ob- cia, e embora suas vidas profis-
estoque do veículo
jetivo de expandir ainda mais a sionais tenham tomado rumos
250 hot dogs
marca e produzir carrinhos em diferentes por um tempo, am-
Autonomia de energia
grande escala, a empresa in- bas tinham o desejo de traba-
Corrente elétrica ou gerador
vestiu em design e na produção lhar na área de gastronomia.

90
mensais. O food cart é utiliza- diferentes, ir atrás do cliente e
do em feiras gastronômicas e o baixo custo fixo. Porém, ele
eventos na capital. Para elas, o ressalta que a alta concorrên-
mais difícil de estar nas ruas é cia, o estoque e a capacidade
o tempo, pois as vendas dimi- de produção são bem reduzi-
nuem bastante quando chove dos se comparados às outras
ou faz frio. Entretanto, é esse modalidades de franquia.
modelo de negócio que permi-
te que elas alcancem um nú-
Suzi Silva apresenta o food
mero maior de pessoas e propa-
cart recriado para ir às ruas
guem a marca.

CARACTERÍSTICAS CREPE NA GARUPA


DO VEÍCULO Rodrigo Cataldi Santoro Gui-
• Modelo marães, sócio fundador da mar-
Food cart ca Creps, teve a ideia de montar
• Equipamentos instalados uma moto food devido à neces-
Nenhum sidade de atingir um franquea-
• Capacidade de do com capital mais baixo para A ideia é que a moto food mantenha
estoque do veículo investimento inicial. Além disso, as características das lojas da marca
120 picolés a ideia também era atingir cida-
Autonomia de energia des pequenas e menos populo- CARACTERÍSTICAS
Nâo utiliza sas, que não demandariam uma DO VEÍCULO
loja de rua ou de shopping. • Modelo
Então, em busca de realização Para investir no Creps versão Moto food
profissional, decidiram montar moto food, o empreendedor terá • Equipamentos instalados
um negócio juntas. de desembolsar entre R$ 60 mil Chapa de crepe e refrigerador
Na época em que começa- a 90 mil e uma taxa de franquia • Capacidade de
ram, todos os segmentos pare- de R$ 15 mil. Com faturamento estoque do veículo
ciam saturados e sem persona- médio mensal de R$ 20 mil, o 200 crepes
lidade. Por isso, elas pensaram tempo previsto para recuperar a Autonomia de energia
em produzir picolés artesanais quantia é de 12 meses. Gerador
– que até então era um produ- Quando criou a moto food,
to pouco explorado e que tinha Guimarães idealizou uma re-
muito mercado para elas traba- dução do modelo do food truck, Colaboraram:
lharem. Aliaram, assim, o os ge- que é uma loja móvel que per- Creps
lados comestíveis à confeitaria, mite atingir clientes nas regi- http://creps.com.br
dando início à Picoleteria. ões movimentadas da cidade. creps@creps.com.br
Os carrinhos de sorvete, que Pensando nisso, ele adaptou (31) 3261-5354
eram utilizados na praia e em o serviço para o modelo sobre Picoleteria
eventos, foram substituídos por duas rodas, mantendo a apa- www.picoleteria.com
modelos maiores, podendo ser rência e as características das sac@picoleteria.com
usados também e em feiras lojas da marca. (11) 2091-3567
gastronômicas. Para isso, de- Na opinião do empresário, Salch&Pão Brasil
sembolsaram R$ 10 mil. os prós de se atuar em uma http://salchipaobrasil.com.br
O faturamento é equivalen- moto food é a possibilidade de contato@salchipaobrasil.
te ao valor investido: R$ 10 mil estar presente em vários locais com.br

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DECRETO regulamentação

CONHEÇA O DECRETO QUE REGULAMENTA A VENDA DE COMIDAS DE RUA


Para entender as regras, os empreendedores devem ler atentamente o Decreto 55.085/2014, que permite às pessoas
jurídicas ou aos microempreendedores individuais (MEI) vender alimentos perecíveis ou não, frescos, semipreparados,
industrializados ou prontos para o consumo em ruas, praças e parques municipais. É nele estão relacionados todas as
exigências para que uma operação não tenha seu pedido de permissão de uso de locais públicos negado.

DISPOSIÇÕES GERAIS públicas compreende a venda direta, em cará- cumprimento das boas práticas nas atividades
Art. 1º O comércio e a doação de alimentos em vias ter permanente ou eventual, sempre de modo relacionadas com alimentos, equipamentos e
e áreas públicas no Município de São Paulo obede- estacionário, conforme as seguintes catego- utensílios mínimos para a comercialização de
cerão ao disposto na Lei nº 15.947, de 26 de dezem- rias de equipamentos: alimentos com segurança sanitária.
bro de 2013, e às disposições deste decreto. I - categoria A: alimentos comercializados em
veículos automotores, assim considerados os Seção III
Parágrafo único. As disposições da Lei nº 15.947, equipamentos montados sobre veículos a motor Dos pontos para o exercício do comércio
de 2013, e deste decreto não se aplicam ao co- ou rebocados por estes, desde que recolhidos ao Art. 8º Poderão ser objeto de permissão de uso as
mércio de alimentos em feiras livres nem a quais- final do expediente, com o comprimento máximo vias e logradouros públicos, largos, praças e par-
quer outras atividades previstas em legislação de 6,30m (seis metros e trinta centímetros), con- ques municipais previamente definidos pela Admi-
específica. siderada a soma do comprimento do veículo e do nistração Municipal, nos termos deste decreto.
reboque, e com a largura máxima de 2,20m (dois § 1º Para efeitos de identificação do ponto, serão
Art. 2º O comércio de alimentos em vias e áreas metros e vinte centímetros); utilizados, além do nome oficial e número de ins-
públicas será exercido mediante permissão de II - categoria B: alimentos comercializados em crição no Cadastro de Logradouro - CODLOG da
uso, a título precário, oneroso, pessoal e intrans- carrinhos ou tabuleiros, assim considerados os via constante do Termo de Permissão de Uso -
ferível, podendo ser revogada a qualquer tempo, equipamentos tracionados, impulsionados ou TPU, os nomes oficiais e CODLOG das vias que
sem que assista ao permissionário qualquer di- carregados pela força humana, com área máxi- delimitam o quarteirão e os nomes constantes do
reito à indenização. ma de 1m² (um metro quadrado); Mapa Oficial da Cidade.
III - categoria C: alimentos comercializados em § 2º Um mesmo ponto poderá ser objeto de ou-
§ 1º Incumbe às Subprefeituras e à Secretaria barracas desmontáveis, com área máxima de torga de permissão de uso a permissionários di-
Municipal do Verde e do Meio Ambiente, no âm- 4m² (quatro metros quadrados). ferentes, desde que exerçam suas atividades em
bito das respectivas atribuições, estabelecer o nú- Parágrafo único. Os equipamentos das catego- dias ou períodos distintos.
mero de permissões de uso a serem outorgadas rias B e C não estão autorizados a permanecer
nas vias e áreas públicas sob sua administração, na via de rolamento. Art. 9º É vedada a instalação de equipamentos
mediante portaria a ser publicada no prazo de 30 de qualquer categoria nas Zonas Estritamente
(trinta) dias a contar da data da publicação deste Seção II Residenciais - ZER e em vagas especiais de es-
decreto, devendo nela indicar os pontos passíveis Dos alimentos tacionamento.
de outorga de permissão de uso. Art. 5º Poderão ser comercializados nas vias e áre-
§ 2º A divulgação dos pontos de que trata o § 1º as públicas alimentos preparados e produtos ali- Art. 10. A instalação de equipamentos em pas-
deste artigo será acompanhada de chamamento mentícios industrializados prontos para consumo, seios públicos deverá respeitar a faixa livre de
público para apresentação dos requerimentos por sejam estes produtos perecíveis ou não perecíveis. 1,20m (um metro e vinte centímetros).
eventuais interessados. § 1º O Subprefeito poderá estabelecer, por por-
§ 3º A indicação dos pontos passíveis de outorga de taria, a lista de produtos que não poderão ser Parágrafo único. A Subprefeitura poderá estabe-
permissão de uso e o chamamento previsto neste comercializados em cada via ou área de atuação, lecer uma faixa livre maior do que a prevista no
artigo serão divulgados anualmente ou, quando de acordo com as normas estabelecidas pela “caput” deste artigo, considerando as normas e
houver disponibilidade de locais, em periodicidade Coordenação de Vigilância Sanitária em Saú- diretrizes fixadas pelo Departamento de Opera-
menor, a critério da autoridade responsável. de – COVISA e pela Supervisão de Vigilância em ção do Sistema Viário e pela Companhia de En-
Saúde – SUVIS. genharia de Tráfego.
Art. 3º Para fins deste decreto, consideram-se: § 2º Somente será permitida a comercialização
I - produto ou alimento perecível: produto alimen- de produtos ou alimentos perecíveis mediante a Art. 11. A definição dos pontos para o exercício
tício, “in natura”, semi-preparado, industrializado disponibilização de equipamentos específicos, de comércio deverá observar os seguintes limites
ou preparado pronto para o consumo que, pela em número suficiente, que garantam as condi- mínimos e condições:
sua natureza ou composição, necessita de con- ções especiais de conservação dos alimentos I – distância mínima de 5m (cinco metros) de:
dições especiais de temperatura para sua con- resfriados, congelados ou aquecidos. a) cruzamento de vias;
servação (refrigeração, congelamento ou aqueci- § 3º Fica vedada a comercialização de bebidas b) faixas de pedestres;
mento), tais como bebidas e alimentos à base de alcoólicas em equipamentos das categorias A, c) rebaixamento para acesso de pessoas com
leite, produtos lácteos, ovos, carne, aves, pesca- B e C, exceto na hipótese prevista no Capítulo VI deficiência;
dos, mariscos ou outros ingredientes; deste decreto. d) pontos de ônibus e de táxis;
II - produto ou alimento não perecível: produto ali- Art. 6º O armazenamento, o transporte, a mani- e) equipamentos públicos, hidrantes e válvulas
mentício que, pela sua natureza e composição, pode pulação e a venda de alimentos deverão observar de incêndio, orelhões e cabines telefônicas, tam-
ser mantido em temperatura ambiente até seu a legislação sanitária vigente no âmbito federal, pas de limpeza de bueiros e poços de visita;
consumo e não necessita de condições especiais estadual e municipal. II – distância mínima de 20m (vinte metros) de:
de conservação (refrigeração, congelamento ou a) entradas e saídas de estações de metrô e de
aquecimento), desde que observadas as condições Parágrafo único. Todos os equipamentos deverão trem, e de plataformas de embarque, rodoviárias
de conservação e armazenamento adequadas, as ter depósito de captação dos resíduos líquidos gera- e aeroportos;
características intrínsecas dos alimentos e bebidas dos para posterior descarte de acordo com a legis- b) monumentos e bens tombados, medida a par-
e o tempo de vida útil e o prazo de validade. lação em vigor, vedado o descarte na rede pluvial. tir do ponto de contato mais próximo;
c) hospitais, casas de saúde, prontos-socorros e
CAPÍTULO II Art. 7º A Coordenação de Vigilância em Saúde ambulatórios públicos ou particulares, medida a
DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS – COVISA e as Supervisões de Vigilâncias em partir do ponto de contato mais próximo;
Seção I Saúde – SUVIS poderão aplicar, além do disposto d) ginásios esportivos e estádios de futebol, me-
Dos equipamentos neste decreto, outras normas vigentes que as- dida a partir do ponto de contato mais próximo;
Art. 4º O comércio de alimentos em vias e áreas segurem as condições higiênico-sanitárias e o III – distância mínima de 25m (vinte e cinco metros)

92
de entradas e saídas de estabelecimentos com Veículos – CRLV em nome do permissionário § 3º O resultado da seleção de propostas será pu-
comércio varejista de alimentos e de mercados para os equipamentos da categoria A; blicado no Diário Oficial da Cidade e no Portal da
municipais que comercializem categorias de pro- XIII - declaração de que não é detentor de outro Prefeitura do Município de São Paulo na Internet.
dutos alimentícios, pratos e preparações culinárias, Termo de Permissão de Uso - TPU para comér-
incluindo as típicas, iguais ou semelhantes; cio de alimentos em vias e áreas públicas. Seção IV
IV – não estar em frente a guias rebaixadas; § 2º O solicitante poderá indicar mais de um pon- Da permissão de uso
V – não estar em frente a portões de acesso a es- to para exercício do comércio de comida de ali- Art. 16. Definida a proposta vencedora, no prazo
tabelecimentos de ensino, farmácias, portões de mentos em vias e áreas públicas, desde que to- de 5 (cinco) dias úteis, o Subprefeito ou o Secre-
acesso a edifícios e repartições públicas. dos os pontos pretendidos estejam localizados no tário Municipal do Verde e do Meio Ambiente,
território administrativo da Subprefeitura compe- conforme o caso, procederá à análise final da
CAPÍTULO III tente e não sejam utilizados concomitantemente. documentação apresentada e, constatada sua
DO PROCEDIMENTO § 3º O modelo de formulário e a lista de docu- regularidade, proferirá despacho de deferimento
Seção I mentos necessários para a instrução do pedido da permissão de uso.
Do Pedido serão disponibilizados no Portal da Prefeitura do Parágrafo único. O despacho de deferimento da
Art. 12. No prazo de 15 (quinze) dias úteis con- Município de São Paulo na Internet. permissão de uso conterá o nome do permissio-
tados da divulgação dos pontos passíveis de ou- Art. 13. Os pedidos de permissão de uso para o nário, a categoria do equipamento, a descrição
torga de permissão de uso, o interessado deverá exercício do comércio de alimentos em parques do ponto, os alimentos a serem comercializados
formalizar o pedido mediante preenchimento de municipais serão apresentados perante a Secre- e os dias e períodos de atividade, e será publicado
formulário próprio dirigido à respectiva Subpre- taria Municipal do Verde e do Meio Ambiente – no Diário Oficial da Cidade.
feitura ou à Secretaria Municipal do Verde e Meio SVMA, instruídos com os documentos indicados Art. 17. Após a publicação do despacho de defe-
Ambiente, conforme o caso, indicando: no artigo 12 deste decreto. rimento da permissão de uso, o permissionário
I - a categoria do equipamento a ser utilizado; dos equipamentos das categorias A, B e C deverá
II - os alimentos a serem comercializados; Seção II requerer inscrição no Cadastro Municipal de Vi-
III - os dias e os períodos requeridos para o fun- Da análise preliminar das condições de viabili- gilância em Saúde
cionamento. dade do pedido § 1º A inscrição no Cadastro Municipal de Vigilân-
§ 1º O pedido deverá ser instruído com os seguin- Art. 14. A análise da viabilidade do pedido de per- cia em Saúde publicada no Diário Oficial da Cida-
tes documentos: missão de uso para determinado ponto levará em de deverá ser apresentada pelo permissionário à
I - cópia do contrato social da pessoa jurídica so- consideração os seguintes requisitos: Subprefeitura, ou à Secretária Municipal do Verde e
licitante,devidamente registrado, ou Certificado I - a compatibilidade entre o equipamento e o do Meio Ambiente, conforme o caso, em até 10 (dez)
da Condição de Microempreendedor Individual local pretendido, considerando as normas de dias contados da publicação, para instrução do pro-
- CCMEI, emitido pela Receita Federal do Brasil; trânsito, o fluxo seguro de pedestres, automóveis cesso e emissão do Termo de Permissão de Uso,
II - cópia do documento de identidade e do CPF e demais veículos, as regras de uso e ocupação que deverá ocorrer no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
dos sócios da pessoa jurídica; do solo e as normas de acessibilidade; § 2º Após a publicação do Cadastro Municipal de
III - comprovante de residência atualizado em II - a qualidade técnica da proposta; Vigilância em Saúde no Diário Oficial da Cidade, a
nome do requerente ou de pessoa da família, III - a adequação do equipamento quanto às nor- Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA e
desde que comprovado o parentesco, ou no mas sanitárias e de segurança do alimento tendo as Supervisões de Vigilância em Saúde – SUVIS,
nome do locador, mediante apresentação do em vista os alimentos comercializados, nos ter- terão o prazo de 90 (noventa) dias, prorrogáveis
contrato de locação; mos dos §§ 2º e 3º do artigo 5º deste decreto; uma vez por igual período, para realizar a inspe-
IV - comprovante de inscrição no Cadastro Na- IV - o número de permissões já expedidas para ção sanitária do equipamento.
cional de Pessoas Jurídicas – CNPJ; os dias e períodos pretendidos; Art. 18. O Termo de Permissão de Uso – TPU
V - comprovante de inscrição no CCM – Cadastro V - as eventuais incomodidades que poderão ser para comércio de alimentos constitui documento
de Contribuintes Mobiliários; geradas pela atividade pretendida. indispensável para a instalação dos equipamen-
VI - comprovante do Cadastro Informativo Mu- § 1º Para os pedidos relativos aos equipamentos tos nas vias e áreas públicas, bem como para o
nicipal – CADIN em nome da pessoa jurídica da categoria A, o processo administrativo será início da atividade, devendo conter todos os dados
requerente; submetido à análise da Companhia de Engenha- necessários à qualificação do permissionário,
VII - identificação do ponto pretendido, contendo ria de Tráfego – CET, que, no prazo de 5 (cinco) identificação da permissão e do equipamento.
os seguintes itens: dias úteis, emitirá parecer técnico sobre a sua Parágrafo único. Não será concedido mais de
a) definição do período e dias da semana em que viabilidade. um Termo de Permissão de Uso – TPU à mesma
pretende exercer a atividade, não podendo ser in- § 2º O pedido será indeferido quando constatada pessoa jurídica nem àquela composta por um ou
ferior a 4 (quatro) nem superior a 12 (doze) horas a inadequação do ponto pretendido ou a incom- mais sócios de pessoa jurídica já detentora de
por dia; patibilidade entre o ponto, o equipamento a ser permissão de uso para comércio de alimentos
b) croqui do local de instalação, que deverá con- utilizado, os dias e horários pretendidos e os ali- em vias e áreas públicas.
ter o layout e o dimensionamento da área a ser mentos a serem comercializados. Art. 19. Os pedidos de permissão de uso para o
ocupada, com indicação do posicionamento do exercício do comércio de alimentos em parques
equipamento e das mesas, bancos, cadeiras e Seção III municipais serão analisados pelo respectivo
toldos retráteis ou fixos, se o caso; Da seleção técnica Conselho Gestor e submetidos à decisão do Di-
VIII - descrição da categoria e dos equipamentos Art. 15. Concluída a análise preliminar de viabi- retor do Departamento de Parques e Áreas Ver-
que serão utilizados de modo a atender às condi- lidade do pedido e havendo mais de um interes- des - DEPAVE.
ções técnicas necessárias em conformidade com sado no ponto indicado no edital, as propostas § 1º Poderá o Diretor negar, motivadamente, a
a legislação sanitária, de higiene e segurança do apresentadas serão selecionadas, com base nos emissão de Termo de Permissão de Uso - TPU,
alimento, controle de geração de odores e fumaça critérios estabelecidos no artigo 14 deste decreto, sendo-lhe vedada a emissão do documento sem
IX - indicação dos alimentos que pretende co- por Comissão de Avaliação constituída no âmbito parecer favorável do Conselho Gestor.
mercializar; da Subprefeitura. § 2º Aos pedidos de outorga de permissão de uso
X - indicação dos auxiliares, com o respectivo § 1º As sessões de seleção serão divulgadas no em parques municipais aplicam-se todos os pro-
documento de identidade, Cadastro de Pessoa Diário Oficial da Cidade e deverão ocorrer na cedimentos e prazos previstos neste decreto, no
Física - CPF e atestado médico de aptidão para sede da Subprefeitura, sendo aberto ao acompa- que for pertinente.
o exercício da atividade; nhamento dos interessados. Art. 20. Os pedidos de permissão de uso que inci-
XI - certificado de realização de curso de boas § 2º Em caso de empate, a proposta vencedora dam sobre vias e áreas públicas limítrofes a par-
práticas de manipulação de alimentos em nome será escolhida por meio de sorteio, que ocorre- ques municipais serão analisados e decididos,
dos sócios da pessoa jurídica e dos auxiliares; rá na própria sessão de seleção prevista no § 1º conjuntamente, pelo Subprefeito e pelo Diretor
XII - certificado de Registro e Licenciamento de deste artigo. do Departamento de Parques e Áreas Verdes -

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DECRETO regulamentação

DEPAVE. consertos que se fizerem necessários; XIV - jogar lixo ou detritos, provenientes de seu
Parágrafo único. As Secretarias Municipais de Co- XI - manter cópia do certificado de curso de boas comércio ou de outra origem, nas vias ou áreas
ordenação das Subprefeituras e do Verde e do Meio práticas realizado pelo sócio da pessoa jurídica públicas;
Ambiente editarão portaria intersecretarial para permissionária e por seus auxiliares, com carga XV - utilizar a via ou área pública para colocação de
estabelecer o fluxo de análise dos pedidos de per- horária mínima de 8h (oito horas), promovido pe- quaisquer elementos do tipo cerca, parede, divisó-
missão de uso de que trata o “caput” deste artigo. los órgãos competentes do Sistema Municipal de ria, grade, tapume, barreira, caixas, vasos, vegeta-
Art. 21. Na hipótese de qualquer solicitação de in- Vigilância em Saúde, ou apresentar certificado de ção ou outros que caracterizem o isolamento do
tervenção por parte da Prefeitura, obras na via ou curso de capacitação promovido por entidade de local de manipulação e comercialização;
implantação de desvios de tráfego, restrição total ou ensino reconhecida por órgãos vinculados ao Mi- XVI - manipular e comercializar os produtos de
parcial ao estacionamento no lado da via, implan- nistério da Educação – MEC, à Secretaria da Edu- forma que o vendedor, o manipulador, o consu-
tação de faixa exclusiva de ônibus, bem como em cação do Estado de São Paulo ou outras entida- midor e as demais pessoas envolvidas na ativida-
qualquer outra hipótese de interesse público, o per- des com profissionais devidamente habilitados; de permaneçam na pista de rolamento;
missionário será notificado pela Prefeitura quanto à XII - atender as disposições do Decreto nº 36.996, XVII – transferir, a qualquer título, o Termo de
suspensão da permissão de uso. de 11 de agosto de 1997, no que for pertinente; Permissão de Uso.
§ 1º No caso de serviços ou obras emergenciais, XIII - obter autorização prévia da autoridade que
a permissão de uso será suspensa sem prévio expediu o Termo de Permissão de Uso – TPU para CAPÍTULO V
aviso. quaisquer alterações nos equipamentos utilizados DA DOAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
§ 2º O permissionário cuja permissão de uso te- e, em se tratando de equipamentos da categoria A, DE ALIMENTOS
nha sido suspensa nos termos do “caput” deste o processo administrativo deverá ser instruído com Art. 27. Fica autorizada a doação e a distribuição
artigo poderá requerer sua transferência para novo parecer técnico do DSV e da CET. gratuita, em vias e áreas públicas, de alimentos
um raio de até 50m (cinquenta metros) do ponto Art. 24. O estacionamento do veículo do equi- manipulados e preparados para consumo imediato,
atual. pamento da categoria A nas vias públicas de- condicionada a prévia autorização da Subprefeitura
§ 3º Não havendo local adequado para realo- verá obedecer às regras previstas no Código de competente, dispensados o procedimento de sele-
cação do permissionário dentro do raio de 50m Trânsito Brasileiro - CTB e nas resoluções do ção técnica, a obtenção de Termo de Permissão de
(cinquenta metros), a permissão será revogada, Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, bem Uso - TPU e o pagamento de preço público.
podendo o permissionário fazer novo pedido para como à regulamentação estabelecida pelo órgão § 1º O pedido de que trata o “caput” deste artigo
outro local. executivo municipal de trânsito. deverá vir acompanhado de descrição do equipa-
Art. 22. Ao permissionário é facultado solicitar, Parágrafo único. O órgão executivo municipal mento a ser utilizado na doação ou distribuição,
a qualquer tempo, o cancelamento de sua per- de trânsito poderá regulamentar mediante por- comprovação do atendimento das normas de
missão, respondendo pelos débitos relativos ao taria específica o estacionamento de que trata o higiene e segurança do alimento, do registro do
preço público. “caput” deste artigo. local de produção junto à autoridade competente,
Art. 25. Caberá ao permissionário obter a neces- se cabível, e a indicação do local, dias e períodos
CAPÍTULO IV sária ligação elétrica perante a empresa conces- pretendidos para a doação e distribuição.
DAS OBRIGAÇÕES DO PERMISSIONÁRIO sionária de eletricidade. § 2º Fica dispensada de autorização a distribui-
Art. 23. O permissionário fica obrigado a: Art. 26. Fica proibido ao permissionário: ção de produtos industrializados devidamente
I - apresentar-se pessoalmente durante o perío- I - alterar o equipamento, sem prévia autorização regularizados perante os órgãos de vigilância
do de comercialização, munido dos documentos da autoridade que expediu o Termo de Permissão sanitária e que não dependam de manipulação
necessários à sua identificação, exigência que se de Uso – TPU; para preparo.
aplica também aos auxiliares; II - manter ou ceder equipamentos ou mercado- § 3º O interessado deverá observar, no que cou-
II - responder, perante a Administração Muni- rias para terceiros; ber, as obrigações e vedações previstas nos arti-
cipal, por seus atos e pelos atos praticados por III - manter ou comercializar mercadorias não gos 23 e 26 deste decreto.
seus auxiliares quanto à observância das obriga- autorizadas ou alimentos em desconformidade
ções decorrentes de sua permissão e dos termos com a sua permissão IV - depositar caixas ou CAPÍTULO VI
da Lei nº 15.947, de 2013, e deste decreto; qualquer outro objeto em áreas públicas e em DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS DURANTE A
III - comunicar previamente à Subprefeitura as desconformidade com o Termo de Permissão de REALIZAÇÃO DE EVENTOS
mudanças de auxiliar, acompanhadas da docu- Uso – TPU; Art. 28. A comercialização de alimentos e bebi-
mentação indicada no inciso X do artigo 12 deste V - causar dano ao bem público ou particular no das alcóolicas em evento organizado por pessoa
decreto; exercício de sua atividade; jurídica de direito privado que ocorra em vias e
IV - pagar o preço público e os demais encargos VI - permitir a permanência de animais na área áreas públicas, independentemente da lotação
devidos em razão do exercício da atividade; abrangida pelo respectivo equipamento; ou área ocupada, depende da obtenção de au-
V - afixar, em lugar visível e durante todo o perí- VII - montar seu equipamento fora dos limites torização prévia do Subprefeito ou da Secretaria
odo de comercialização, o seu Termo de Permis- estabelecidos para o ponto; Municipal do Verde e do Meio Ambiente, confor-
são de Uso - TPU; VIII - estacionar o equipamento da categoria A me o caso.
VI - armazenar, transportar, manipular e comercia- em desacordo com a regulamentação expedida § 1º O responsável pela organização do evento
lizar apenas os alimentos aos quais está autorizado; pelo órgão executivo municipal de trânsito; deverá solicitar uma única autorização contem-
VII - manter permanentemente limpa a área ocu- IX - utilizar postes, árvores, gradis, bancos, can- plando a relação de todas as pessoas jurídicas
pada pelo equipamento, bem como o seu entorno, teiros e edificações para a montagem do equipa- participantes, bem como a indicação de respon-
instalando recipientes apropriados para receber o mento e exposição das mercadorias; sável pelo controle de qualidade, segurança e
lixo produzido, que deverá ser acondicionado em X - perfurar ou de qualquer forma danificar cal- higiene dos alimentos a serem comercializados.
saco plástico resistente e colocado na calçada, ob- çadas, áreas e bens públicos com a finalidade de § 2º O requerimento deverá ser instruído com a
servando-se os horários de coleta, bem como cum- fixar seu equipamento; documentação prevista nos incisos I a VI do § 1º
prir, no que for aplicável, o disposto na Lei nº 13.478, XI - comercializar ou manter em seu equipa- do artigo 12 deste decreto, bem como:
de 30 de dezembro de 2002; mento produtos em desacordo com a legislação I - identificação do local da realização do even-
VIII - coletar e armazenar todos os resíduos sóli- sanitária aplicável; to, contendo a completa identificação da via ou
dos e líquidos para posterior descarte de acordo XII - fazer uso de muros, passeios, árvores, pos- área pública;
com a legislação em vigor, vedado o descarte na tes, banco, caixotes, tábuas, encerados ou toldos, II - indicação do dia e horário do evento ou calen-
rede pluvial; com o propósito de ampliar os limites do equipa- dário de eventos;
IX - manter higiene pessoal e do vestuário, bem mento ou de alterar os termos de sua permissão; III - croqui do local com o layout e o dimensiona-
como assim exigir e zelar pela de seus auxiliares; XIII - apregoar suas atividades através de quais- mento da área a ser ocupada, indicação do posi-
X - manter o equipamento em estado de conser- quer meios de divulgação sonora ou utilizar qual- cionamento do equipamento e das mesas, ban-
vação e higiene adequados, providenciando os quer tipo de equipamento sonoro; cos, cadeiras e toldos retráteis ou fixos, se o caso;

94
IV - descrição da categoria e dos equipamentos prejuízo das de natureza civil e penal: guintes infrações:
que serão utilizados de modo a atender às condi- I - advertência; I - deixar de pagar o preço público devido em ra-
ções técnicas necessárias em conformidade com II - multa no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais); zão do exercício da atividade;
a legislação sanitária, de higiene e segurança do III - apreensão de equipamentos e mercadorias; II - jogar lixo ou detritos provenientes de seu comércio
alimento, controle de geração de odores e fumaça; IV - suspensão da atividade; ou de outra origem nas vias e logradouros públicos;
V - indicação dos alimentos a serem comer- V - cassação do Termo de Permissão de Uso - TPU. III - deixar de destinar os resíduos líquidos em
cializados. § 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, caixas de armazenamento e, posteriormente,
Art. 29. A autorização de que trata o artigo 28 duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, descartá-los na rede de esgoto;
deste decreto será concedida pelo Subprefeito cumulativamente, as sanções a elas cominadas. IV - utilizar na via ou área pública quaisquer ele-
ou pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio § 2º Para efeito de aplicação das penalidades mentos que caracterizem o isolamento do local
Ambiente juntamente com a autorização de uso previstas neste artigo, considera-se reincidência de manipulação e comercialização;
do bem público para a realização do evento, a prática da mesma infração, em período igual ou V - não manter o equipamento em perfeito estado
quando for o caso. inferior a 1 (um) ano. de conservação e higiene, bem como deixar de pro-
Art. 30. A autorização de que trata o artigo 28 deste § 3º O valor da multa de que trata o inciso II do videnciar os consertos que se fizerem necessários;
decreto não dispensa o interessado da obtenção, se “caput” deste artigo será atualizado anualmen- VI - descumprir as ordens emanadas das autori-
o caso, do competente Alvará de Autorização para te pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo dades municipais competentes;
eventos públicos e temporários de que trata o artigo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Ge- VII - apregoar suas atividades através de qual-
5º do Decreto nº 49.969, de 28 de agosto de 2008, ografia e Estatística – IBGE ou outro que venha quer meio de divulgação sonora;
que tem por objeto a análise das condições de se- a substituí-lo. VIII - efetuar alterações físicas nas vias e logra-
gurança do evento a ser realizado. Art. 35. A advertência será aplicada quando o per- douros públicos; IX - manter ou ceder equipa-
Art. 31. O comércio de alimentos e bebidas alco- missionário cometer uma das seguintes infrações: mentos ou mercadorias para terceiros;
ólicas em eventos organizados pela Administra- I - deixar de afixar, em lugar visível e durante X - alterar o seu equipamento sem prévia ciência
ção Municipal dependerá de autorização prévia e todo o período de comercialização, o seu Termo e autorização do órgão competente.
específica das entidades ou dos órgãos públicos de Permissão de Uso - TPU; § 1º Será aplicada pena de suspensão de 10 (dez)
promotores do evento. II - deixar de portar cópia do certificado de reali- dias para as infrações descritas nos incisos I, VI e
Art. 32. Aplica-se o disposto neste Capítulo à re- zação do curso de boas práticas de manipulação VII do “caput” deste artigo.
alização de feiras gastronômicas. de alimentos. § 2º Será aplicada pena de suspensão de 30 (trin-
Parágrafo único. O comércio de alimentos em Art. 36. A multa será aplicada, de imediato, sem- ta) dias para as infrações descritas nos incisos II,
feiras gastronômicas será incentivado por órgãos pre que o permissionário: III, IV e V do “caput” deste artigo.
e entidades da Administração Municipal. I - não estiver munido dos documentos necessá- § 3º Será aplicada pena de suspensão de 90 (no-
rios à sua identificação e à de seu comércio; venta) dias para as infrações descritas nos inci-
CAPÍTULO VII II - descumprir com sua obrigação de manter sos VIII, IX e X do “caput” deste artigo.
DA COMISSÃO PERMANENTE DE limpa a área ocupada pelo equipamento, bem § 4º Será aplicada a pena de suspensão das ati-
COMIDA DE RUA como seu entorno, deixar de instalar recipientes vidades, pelo prazo de 30 (trinta) dias, em caso de
Art. 33. Fica criada a Comissão Permanente de apropriados para receber o lixo produzido, ou reincidência das infrações punidas com multa.
Comida de Rua, com caráter consultivo e pari- deixar de acondicioná-lo e destiná-lo nos termos Art. 38. A apreensão de equipamentos e mer-
tário, que se reunirá bimestralmente para apre- das normas aplicáveis; cadorias deverá ser feita mediante a lavratura
sentação de propostas e discussão das questões III - deixar de manter higiene pessoal e do vestu- do respectivo auto de apreensão e ocorrerá nos
relativas ao comércio de comida de rua na Cidade ário, bem como exigi-las de seus auxiliares; seguintes casos:
de São Paulo, cujos membros serão designados IV - deixar de comparecer e permanecer, ao me- I - comercializar ou manter em seu equipamento
mediante portaria do Prefeito. nos um dos sócios, no local da atividade durante produtos sem inspeção, sem procedência, alte-
§ 1º A Comissão será presidida pelo Secretário todo o período constante de sua permissão; rados, adulterados, fraudados e com prazo de
Municipal de Coordenação das Subprefeituras ou V - colocar caixas e equipamentos em áreas par- validade vencido;
por servidor por ele indicado, que proferirá voto ticulares e áreas públicas ajardinadas; II - utilizar equipamento sem a devida permissão ou
de desempate. VI - causar dano a bem público ou particular no modificar as condições de uso determinados pela
§ 2º A Comissão será constituída por 2 (dois) mem- exercício de sua atividade; lei ou aquelas fixadas pela vigilância sanitária;
bros de entidades representativas do comércio VII - montar seu equipamento ou mobiliário fora III - utilizar equipamento que não esteja cadas-
estabelecido, 2 (dois) membros de entidades repre- do local determinado; trado no Cadastro Municipal de Vigilância em
sentativas do comércio de alimento de rua, 1 (um) VIII - utilizar postes, árvores, grades, bancos, Saúde - CMVS.
membro da sociedade civil e por 5 (cinco) membros canteiros e residências ou imóveis públicos ou Art. 39. O Termo de Permissão de Uso – TPU
da Administração Municipal, dentre servidores da particulares para a montagem do equipamento será cassado por ato do Subprefeito, ou do Dire-
Coordenação de Vigilância Sanitária em Saúde e exposição de mercadoria; tor do DEPAVE, nas seguintes hipóteses:
– COVISA, Companhia de Engenharia de Tráfego IX - permitir a presença de animais na área abran- I - reincidência em infrações de apreensão ou
– CET e das Secretarias Municipais do Verde e do gida pelo respectivo equipamento e mobiliário; suspensão;
Meio Ambiente, de Segurança Urbana e de Coorde- X - fazer uso de muros, passeios, árvores, postes, II - transferência do Termo de Permissão de Uso
nação das Subprefeituras. bancos, caixotes, tábuas, encerados, toldos ou - TPU ou alteração do quadro societário da em-
§ 3º Sempre que entender necessário, o Subpre- outros equipamentos, com o propósito de am- presa permissionária em desacordo com a Lei nº
feito poderá solicitar, fundamentadamente, que a pliar os limites do equipamento e que venham a 15.947, de 2013, e com este decreto;
Comissão se reúna para a apreciação de questão alterar sua padronização; III - armazenamento, transporte, manipulação e
estratégica relacionada à comida de rua ou de XI - expor mercadorias ou volumes além do limi- comercialização de bens, produtos ou alimentos
questão relevante surgida por ocasião da outorga te ou capacidade do equipamento; diversos em desacordo com a permissão de uso.
de determinada permissão de uso. XII - colocar na calçada qualquer tipo de carpete, Parágrafo único. A cassação do Termo de Per-
§ 4º Os membros da Comissão serão designados tapete, forração, assoalho, piso frio ou outros que missão de Uso – TPU impede a outorga de nova
no prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação caracterizem a delimitação do local de manipula- permissão à mesma pessoa jurídica ou àquela
deste decreto. ção e comercialização dos produtos; composta por um ou mais sócios do permis-
XIII - perfurar calçadas ou vias públicas com a sionário cujo Termo foi cassado, pelo prazo de 2
CAPÍTULO VIII finalidade de fixar equipamento. (dois) anos, a contar da desocupação do ponto.
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS Parágrafo único. Será aplicada multa em caso de rein- Art. 40. O Auto de Infração e Auto de Multa será
Art. 34. As infrações às disposições da Lei nº 15.947, cidência das infrações punidas com advertência. lavrado em nome do permissionário, podendo ser
de 2013, e deste decreto ficam sujeitas, conforme o Art. 37. A suspensão da atividade será aplicada recebido ou encaminhado ao seu representante le-
caso, às seguintes sanções administrativas, sem quando o permissionário cometer uma das se- gal, assim considerados os seus auxiliares.

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DECRETO regulamentação

Parágrafo único. Presumir-se-á o recebimento § 4º Nos anos subseqüentes, o preço público po- mentárias próprias, suplementadas se necessário.
do Auto de Infração e Auto de Multa quando en- derá ser pago de uma só vez, ou em até 4 (quatro)
caminhado ao endereço constante do Cadastro parcelas com vencimento até o último dia útil de Art. 48. Este decreto entrará em vigor na data da
Nacional da Pessoa Jurídica do permissionário. cada trimestre. sua publicação.
Art. 41. Contra a aplicação das penalidades pre- § 5º Caso o Termo de Permissão de Uso – TPU PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos
vistas no artigo 34 deste decreto, caberá apresen- permita a instalação do permissionário em
6 de maio de 2014, 461º da fundação de São Paulo.
tação de defesa, com efeito suspensivo, dirigida diversos pontos correspondentes a diferentes
FERNANDO HADDAD, PREFEITO
ao Supervisor de Fiscalização da Subprefeitura, quadras fiscais, o cálculo do preço público de-
no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do verá levar em consideração a média aritmética RICARDO TEIXEIRA, Secretário Municipal de Co-
recebimento do Auto de Infração e Imposição de dos correspondentes valores constantes da ordenação das Subprefeituras
Penalidade – AIIP. Planta Genérica de Valores. WANDERLEY MEIRA DO NASCIMENTO, Secre-
§ 1º Contra o despacho decisório que rejeitar a § 6º O preço público devido em razão da rea- tário Municipal do Verde e do Meio Ambiente
defesa, caberá recurso, com efeito suspensivo, lização do evento de que trata o artigo 28 deste PAULO DE TARSO PUCCINI, Secretário Munici-
dirigido ao Subprefeito, no prazo de 30 (trinta) decreto deverá ser pago de uma só vez e corres- pal da Saúde - Substituto
dias contado da data da publicação da decisão no ponderá a 12% (doze por cento) do valor venal do JILMAR AUGUSTINHO TATTO, Secretário Muni-
Diário Oficial da Cidade, excluído o dia do início e metro quadrado da respectiva quadra, constan- cipal de Transportes FRANCISCO MACENA DA
incluído o dia do fim. te da Planta Genérica de Valores, calculado por SILVA, Secretário do Governo Municipal
§ 2º A decisão do recurso encerra a instância metro quadrado de área pública efetivamente
administrativa. utilizada pelo evento, calculado de forma propor-
Publicado na Secretaria do Governo Municipal,
§ 3º O permissionário de áreas situadas em par- cional ao período de sua realização, devendo ser
ques deverá apresentar defesa ao Diretor do De- calculado de acordo com a seguinte fórmula: em 6 de maio de 2014.
partamento de Parques e Áreas Verdes – DEPA- P = a (x) PGV (x) 0,12 dividido por 365 (x) D, onde: DECRETO Nº 55.086, DE 6 DE MAIO DE 2014
VE e interpor recurso ao Secretário Municipal do P = preço público; Estende a denominação da Rua Mouquim.
Verde e do Meio Ambiente, observados os prazos a = área pública total ocupada pelo evento; FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de São
e demais procedimentos previstos neste artigo. PGV = valor do metro quadrado da respectiva qua- Paulo, no uso da atribuição conferida pelo inciso XI
dra, de acordo com a Planta Genérica de Valores; do artigo 70 da Lei Orgânica do Município de São
CAPÍTULO IX 0,12 = 12% (doze por cento); Paulo e à vista do que consta do processo adminis-
DA FISCALIZAÇÃO 365 = número de dias do ano civil; trativo nº 2014–0.065.425–0, D E C R E T A:
Art. 42. A fiscalização das normas higiênico-sa- D = número de dias de realização do evento.
Art. 1º Fica estendida a denominação da Rua
nitárias e a apuração das infrações de natureza § 7º Caso o local de realização do evento englo-
Mouquim, CODLOG 30.469-7, conferida pelo De-
sanitária serão exercidas pela Coordenação de be diversos valores de metro quadrado cons-
Vigilância em Saúde - COVISA e pelas Super- tante da Planta Genérica de Valores, o cálculo creto nº 15.504, de 4 de dezembro de 1978, situ-
visões de Vigilância em Saúde - SUVIS, com deverá levar em consideração a corresponden- ada no Distrito de Capão Redondo, Subprefeitura
base nas disposições do Código Sanitário do te média aritmética. do Campo Limpo, ao logradouro conhecido pelo
Município, podendo incidir sobre o equipamento Art. 45. Fica estabelecido o prazo de 6 (seis) mesmo nome, que constitui seu prolongamento
utilizado para o exercício do comércio e sobre o meses, a contar da publicação deste decreto, natural (setor 184 – quadra 203), passando a via
estabelecimento usado pelo permissionário para para que os permissionários de que trata Lei nº a ter os seguintes pontos de referência: Início:
preparação ou manipulação do alimento a ser 12.736, de 16 de setembro de 1998, procedam à Rua Almada Negreiros; Término: Rua Francesco
comercializado em vias e áreas públicas. compatibilização de seus Termos de Permis- Martini (setor 184 – quadra 203).
Art. 43. A fiscalização das demais regras atinentes são de Uso – TPU com as disposições da Lei nº
à permissão de uso será exercida pela Subprefei- 15.947, de 2013, e deste decreto.
Art. 2º As despesas com a execução deste de-
tura competente, com apoio da Guarda Civil Metro- Parágrafo único. As Secretarias Municipais de
creto correrão por conta das dotações orçamen-
politana, com exceção dos Termos de Permissão Coordenação das Subprefeituras e de Transpor-
de Uso emitidos pelo Departamento de Parques e tes editarão portaria intersecretarial para estabe- tárias próprias.
Áreas Verdes, que serão fiscalizados pela Secretaria lecer os procedimentos para compatibilização do
Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Termo de Permissão de Uso – TPU do “dogueiro Art. 3º Este decreto entrará em vigor na data de
motorizado” com as disposições da Lei nº 15.947, sua publicação.
CAPÍTULO X de 2013, e deste decreto.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO,
Art. 44. O preço público anual pela permissão de Art. 46. Aqueles que comprovadamente exerce- aos 6 de maio de 2014, 461º da fundação de São
uso corresponderá a 10% (dez por cento) do valor ram atividade em determinada área de permis- Paulo.
venal do metro quadrado da respectiva quadra, são, de modo contínuo e regular, nos últimos 2
FERNANDO HADDAD, PREFEITO PAULA MARIA
constante da Planta Genérica de Valores, calcula- (dois) anos antes da entrada em vigor da Lei nº
MOTTA LARA, Secretária Municipal de Licencia-
do por metro quadrado de área pública aprovada 15.947, de 2013, terão o prazo de 6 (seis) meses,
para uso pelo permissionário. a contar da publicação deste decreto, para solici- mento FRANCISCO MACENA DA SILVA, Secretá-
§ 1º O preço público deverá ser recolhido pelo per- tar a permanência na área de permissão, ficando rio do Governo Municipal
missionário de acordo com a seguinte fórmula: dispensada a seleção de propostas, desde que Publicado na Secretaria do Governo Municipal,
P = a (x) PGV (x) 0,10, onde: atendidos os requisitos constantes no artigo 12 em 6 de maio de 2014.
P = preço público por ano; deste decreto.
a = área pública total ocupada pelo permissio- Parágrafo único. O permissionário do comércio PORTARIAS
nário; ambulante de que trata a Lei nº 11.039, de 23 de PORTARIA 203, DE 6 DE MAIO DE 2014
PGV = valor do metro quadrado da respectiva qua- agosto de 1991, poderá comprovar o exercício da FERNANDO HADDAD, Prefeito do Município de
dra, de acordo com a Planta Genérica de Valores; atividade mediante a apresentação do Termo de São Paulo, usando das atribuições que lhe são
0,10 = 10% (dez por cento). Permissão de Uso – TPU outorgado pela Prefeitura
conferidas por lei, RESOLVE:
§ 2º O preço público resultante da aplicação da fór- do Município de São Paulo, acompanhado de cópia
I – Alterar a composição do Conselho Técnico de
mula prevista neste artigo terá, no mínimo, o valor da decisão judicial que autorizou sua permanência
estabelecido pelo item 18.2.1 da Tabela integrante na área de permissão, se cabível, observados os Análise de Projetos e Obras - CTAPO, vinculado
do Decreto nº 54.730, de 27 de dezembro de 2013. prazos previstos no “caput” deste artigo. ao Departamento de Controle de Uso de Vias Pú-
§ 3º No primeiro ano de concessão, o preço pú- blicas, da Secretaria Municipal de Infraestrutura
blico será pago de uma só vez por ocasião da ou- Art. 47. As despesas decorrentes da execução des- Urbana e Obras, de acordo com o disposto no
torga do Termo de Permissãode Uso – TPU. te decreto correrão por conta das dotações orça- artigo 4º da Lei 13.614, de 02 de julho de 2003.

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sucesso ITINERANTE

A CHAVE DO
SUCESSO 21 DICAS PARA VOCÊ
DRIBLAR A CRISE
ECONÔMICA E TER ÊXITO
COMO PROPRIETÁRIO DE
EMPRESA ITINERANTE

Embora o cenário do Bra- ção, organização, qualidade o perfil do cliente em mãos,


sil não esteja em um bom e profissionalismo – assim você pode estipular quanto
momento, o ramo alimen- como em qualquer negócio. dinheiro ele pode gastar e
tício não é afetado efetiva- “No food truck, você fala quanto tempo ficará no seu
mente em tempos de crise direto com o público, o for- empreendimento. Dessa for-
por falta de demanda, pois mador de opinião. Por isso, ma, pode elaborar melhor o
ninguém deixa de se alimen- respeito, experiência, aten- menu que irá oferecer.
tar. O que pode interferir no dimento e simpatia farão 4. Invista na estrutura e no
faturamento de um negócio diferença. O maior trabalho visual do seu food truck e in-
são os custos mais eleva- é conquistar e formar sua clua um contato, como telefo-
dos, tornando a margem de clientela”, explicam Car- ne ou página do Facebook na
lucro menor. “O brasileiro la Somose Novalski e Kelly lataria. Aproveite a vantagem
faz 1.3 refeição fora de casa, Martins Ferreira, sócias-di- de o modelo de negócio poder
e os indicadores são posi- retoras do site Food Truck circular para divulgá-lo por
tivos para o segmento da nas Ruas. onde passar.
alimentação. Na verdade, 5. Use as redes sociais a
os clientes podem passar a SEGREDOS PARA LUCRAR seu favor. Divulgue a marca
frequentar lugares mais ba- COM SEU NEGÓCIO de forma inteligente (infor-
ratos, mas não vão deixar de INTINERANTE mando a agenda, postando
comer”, relata Karyna Mu- 1. Encontre um nicho que fotos dos pratos e informando
niz, consultora da área de tenha a ver com você e aposte valores) e incentive a intera-
alimentação, do Sebrae-SP. em um food truck com cardá- ção dos seguidores nas pági-
Apesar de ser uma área pio diferente e inovador. nas, despertando o interes-
em constante movimento, 2. Pesquise até que seus se neles nos seus produtos.
ter uma cozinha móvel não conhecimentos em gestão Esse tipo de relacionamen-
é sinônimo de sucesso. Para e em culinária tenham o to é muito importante para
alçar voos mais altos é ne- mesmo nível. manter um elo entre o cliente
cessário pesquisar e se pla- 3. Determine o público- e você.
nejar, além de ter dedica- -alvo do seu negócio. Com 6. Manuseie os alimentos

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SUCESSO itinerante

adequadamente e mantenha não vale colocar o caminhão gar e descarregar caminhão


a sua cozinha sempre lim- na rua. Se optar por sair de e para trabalhar muitas ho-
pas, pois os clientes acom- casa, tenha alternativas para ras por dia.
panharão de perto a higiene proteger os clientes dos cli-
do ambiente. mas desagradáveis.
7. Quem investe em comi- 14. Busque parcerias com
da rápida com novidade soma grandes empresas, que po-
ao negócio diferencial em re- dem ajudar a custear os gas-
lação à concorrência. tos do seu empreendimento.
8. Avalie o potencial de ven- 15. Inclua ou substitua
da de seus produtos e, se for o itens do seu cardápio sempre
caso, explore outros horários que possível. Isso atrai o inte-
de refeições, como o café da resse dos comensais.
manhã e o lanche da tarde. 16. Atente-se às dinâmi-
9. Pesquise, com antece- cas do mercado e mantenha-
dência, os eventos em área -se sempre atualizado. Inovar
livre no calendário fixo da cida- é preciso!
de (em São Paulo, acontecem 17. Tenha jogo de cintura
grandes eventos, como Mar- e equilíbrio emocional para
cha de Jesus, Orgulho LGBT, lidar com imprevistos. De-
entre outros) e procure marcar safios podem acontecer a
presença em todos eles. qualquer momento, e você
10. Adiante ao máximo os precisa se preparar para en-
processos de preparo antes frentá-los.
de acomodá-los no caminhão. 18. Escolha bem seus
Isso garante agilidade na hora fornecedores, pois se uma
de atender os clientes. matéria-prima não for de
11. Forneça embalagens qualidade, poderá interferir
para viagem, para o caso de no resultado final dos seus
o consumidor preferir levar a produtos. Não foque somente
iguaria para comer em outro no preço baixo, pois isso pode
lugar, como seu trabalho ou trazer consequências ruins
sua residência. para o seu negócio.
12. Tenha em mente que 19. Aceite com bons olhos
os clientes, especialmente os as críticas que receber. Por
mais jovens, veem seu food meio delas, você poderá me-
truck como um local de ali- lhorar o seu empreendimento
mentação e também de en- e fazê-lo crescer ainda mais.
tretenimento. Por isso, invista 20. Disposição mental é in-
Colaboraram:
em mesas, cadeiras, música dispensável para quem deseja
Food Truck nas Ruas
e, se possível, TV para acom- trabalhar no ramo. Estabeleça
www.foodtrucknasruas.
panhar shows e jogos. metas diárias e pense em es-
com.br
13. Prepare-se para in- tratégias para conquistá-las.
Serviço Brasileiro de
tempéries. Nos dias de chu- 21. Livre-se da pregui-
Apoio às Micro e Peque-
va, muito frio ou muito calor, ça! Quem trabalha com food
nas Empresas (Sebrae):
as vendas são drasticamen- truck tem de estar prepara-
www.sebrae.com.br
te reduzidas, e muitas vezes do para a batalha de carre-

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GUIA MEU PRÓPRIO NEGÓCIO ESPECIAL IDEIAS INOVADORAS - FOOD TRUCK, FOOD BIKE E TUK-TUK ON LINE EDITORA
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