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HISTÓRIA GERAL DA ARTE – UNIDADE I

DEFINIÇÃO DE ARTE

Arte é mutável e subjetiva. Pode ser algo plástico (ou não) reconhecido pelo público. Seu termo
surgiu por volta do século 13 (XIII), 1200 D.C. no mundo ocidental.

 Arte pura: Exclusivamente produzida para ser arte;

Ex: Pode ser físico, digital, manifestação, etc.

 Arte aplicada: Reconheço um objeto (ex: vaso grego) que foi feito para o cotidiano,
para fins comuns e atribuo qualidades artísticas a ele;
 Arte como perspectiva estética: Percepção artística individual aplicada sobre aquilo
que a pessoa vê. Não é arte pura (isto é, feita para ser arte), mas adquire uma
concepção artística, um significado, um valor para o observador. Algo estético ou
sentimental.

Há casos em que a arte pura influencia ramos utilitários como a arquitetura.

CLASSICISMO NA GRÉCIA E ROMA – século XV (15, 1400 D.C.)

Surgiu durante a era do Renascimento com uma forte representação do corpo humano.
Nesta época, os escultores gregos faziam propositalmente o uso do deformismo em suas
obras para que houvesse uma estética anatômica mais harmoniosa.

Importante destacar que era comum encontrar cópias de estátuas feitas por romanos, mas
que foram originalmente produzidas pelos gregos e, que foram ocasionalmente extintas.

A arte do antigo Império Romano do Ocidente foi influenciada pela cultura da Grécia antiga
e pelos etruscos, do século VIII a.C. ao século V d.C., porém, notava-se principalmente na
arte romana clássica os seus avanços na arquitetura e nas esculturas.

Resumo:

Classicismo greco-romano

 Influenciou com intensidade a formação do mundo ocidental;


 Privilegiou a representação física com fidelidade ao mundo real;
 Criou um padrão de beleza ideal a partir de uma interpretação do mundo real.

Características do classicismo:

O classicismo carrega elementos clássicos greco-romanos. Neste contexto de época, o


movimento havia acabado de sair da Idade Média (mais restrita, monoteísta) e trouxe
uma maior abordagem politeísta.

 Rigor formal na estética;


 Universalismo;
 Cultura clássica;
 Politeísta.

Crise do Classicismo (476-1453)

Declínio de Roma e uma divisão entre o mundo ocidental e o mundo oriental.

Queda do Império Romano pela conquista dos povos germânicos no ano de 476 e, surgimento
do Império Bizantino (continuação do Império Romano) na antiga Turquia (oriente). Houve uma
ascensão do cristianismo e imposição às antigas crenças (romanas, tribos germânicas). A
aparição desse império foi responsável pela criação de outros movimentos e criações artísticas,
como o mosaico bizantino. Os mosaicos bizantinos eram aplicados no interior das igrejas e
exibiam cores intensas e materiais nobres que refletiam a luz e formavam superfícies lisas.
Eram criados a partir de pequenos pedaços de pedras em cores distintas, compondo um
desenho.

A arte bizantina se diferencia das artes greco-romanas pela forma como escolhiam não expor o
corpo humano por questões religiosas.

Exemplo: Mosaico com imagem de Teodora na Basílica de São Vital, em Ravena (548 AEC).

A queda do Império Bizantino, com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em


1453, marca o fim do período medieval.

Predominando-se, no campo artístico, dos temas da religião cristã. Pode ser dividida em arte
bizantina e arte medieval do Ocidente.

A arte cristã na Europa ocidental medieval

Este período divide-se em três momentos:

 Arte romântica;
 Renascimento carolíngio;
 Arte gótica.

Diferente da arte greco-romana, a arte cristã ocidental costumava representar o corpo humano
de forma simplificada e homogênea, evitando diferenciar corpos masculinos e femininos. Há
uma tentativa em expressar a anatomia humana de forma fiel no renascimento carolíngio.

Ademais, como forma de expressar a relevância hierárquica dos indivíduos a partir dos
tamanhos da pessoa ilustrada na pintura. A santa Maria, por exemplo, seria maior do que
outros santos, bispos, clérigos presentes no quadro.

 Interatividade: D) O conceito de arte depende das convenções estéticas de cada


sociedade e isso muda com o tempo.

O retorno a valores clássicos: O RENASCIMENTO

Saindo do Império Bizantino e entrando na Renascença, começando um movimento na Itália


no século XIV (14, 1300 D.C.). A ideia do termo “renascer” vem do ressurgimento e resgate do
conhecimento científico e da arte da época greco-romana e contrapondo às limitações
teológicas, ciências reduzidas pela Igreja Católica. Os artistas da época retornam aos estudos
do passado clássico greco-romano, e utilizam esse conhecimento para produzir, criar e inovar a
arquitetura e arte.

Importante destacar que, apesar do Renascimento se afastar dos dogmas católicos, o


movimento ainda não excluía totalmente os temas religiosos. Como pode-se notar figuras de
santos e elementos cristãos presentes em suas obras e pinturas. O diferencial que os artistas
traziam, foi dar um caráter humano à representação das histórias religiosas.

 Uso da matemática e geometria para elaborar formas arquitetônicas e representações


pictóricas;
 A busca da representação mais semelhante à realidade visível, então houve uma
mudança na forma de representar o corpo humano de forma diferente ao que era visto
nas pinturas do período bizantino. Naquela época, introduziam a reprodução com
fidelidade uma superfície plana com um plano tridimensional.

Exemplo: Masaccio (Tommaso de San Giovanni Valdano) A Santíssima Trindade (1401-


1428) Florença, Itália.

 Enquanto os florentinos buscavam a exatidão da representação da vida real e se


apoiavam no profundo conhecimento da anatomia humana, um artista da região dos
Países Baixos juntava todos esses elementos, porém adicionava o cuidado pelos
detalhes minuciosos de forma mais complexa. Além da aprimoração das texturas dos
tecidos, pelos, vestimentas, materiais etc.

Exemplo: Jan van Eyck, o casal Arnolfini (1434). Londres, Inglaterra.

Leonardo Da Vinci, por muitos considerado como um gênio que explorou e inovou diversas
áreas do conhecimento e da ciência. Em uma das suas obras mais ilustres, Mona Lisa ou La
Gioconda (1503-1507), o pintor utilizou e criou técnicas que seriam muito importantes para o
avanço da pintura realista, entre delas destaca-se: o sfumato.

Uma técnica, muito utilizada até hoje, que consiste em gerar suaves gradientes entre
tonalidades, adicionando mais um senso de profundidade, uma percepção mais detalhista do
corpo humano e a visão mais realista do mundo.
Elementos da Arquitetura Grega

O Maneirismo: clássico e anticlássico. (1400-1500)

Com uma certa de continuidade do Renascimento, mas com uma nova forma de se impor ao
produzir uma obra. Ou seja, criar uma obra à maneira do próprio artista com o uso da
criatividade e capacidades pessoais. A invenção de formas plásticas, mas com uma certa
influência das greco-romanas.

Um exemplo conhecido é o pintor Michelangelo Buonarrotti (1475-1564). Ele fazia também o


uso do estudo renascentista para conhecer a anatomia humana e, ao mesmo tempo, de forma
maneirista (a sua maneira, liberdade de criar). Autor da elaboração da escada de acesso à
Biblioteca Laurenziana (mostrada abaixo), considerada pouco funcional, mas que servia como
uma escultura, com uma estética harmoniosa.
Capela Sistina (Vaticano)

O museu do Vaticano composto por 70 mil obras e 54 galerias, abriga a Capela Sistina, um local
cercado por obras de artistas famosos. Contendo autorias de Michelangelo, Rafael, Sandro
Botticelli e Perugino.
A voluta foi uma invenção do movimento maneirista. Ornamento posicionada na parte
superior da fachada de igrejas, não existente nos passados clássicos.

BARROCO (século XVII – 17, 1600)

Primeiro movimento artístico ocidental reconhecido pelo Brasil. Radicalização do


distanciamento do Renascimento e uma tentativa de predominação da Igreja Católica. É uma
continuidade do Maneirismo, mas com uma valorização do contraste, luzes e sombras.
Presença do panejamento em esculturas e a radicalização na forma de se expressar, a
ambiguidade e o misto de referências do cristianismo e do paganismo.

Panejamento: o movimento do pano sobre o corpo humano feito em estátuas.

Em suas pinturas, houve uma ênfase sobre a luz e a cor dando uma perspectiva de
profundidade; o desprezo pelo equilíbrio simples e a preferência por composições mais
complicadas e fiéis ao realismo (ao contrário dos quadros renascentistas, tais quais, seus
deformismos eram propositais em busca de uma representação esteticamente mais
harmoniosa). Características constantes nas obras de Caravaggio.
A fachada da Igreja II Gesù (cerca de 1564) compõe elementos clássicos de maneira
anticlássica, como uma repaginação das características renascentistas para o barroquismo.

Exemplo: A substituição das colunas greco-romanas para as pilastras, “colunas falsas”


ornamentais.

 Interatividade (Motivo do nome “Renascimento”): C) Porque a principal fonte de


influência da criação plástica, tanto na escultura quanto na pintura e arquitetura, eram
as artes grega e romana antigas.

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