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Além dos aspectos mais filosóficos, o pensamento renascentista estendeu-se também à literatura e às
artes. No caso da literatura, este foi o grande veículo de transmissão dos ideais humanistas do
Renascimento. Alguns dos escritores renascentistas que mais se destacam são os italianos Pico della
Mirandola e Baltazar de Castiglione, autores de "Sobre a Dignidade do Homem" e de "O Cortesão",
respectivamente, o inglês Tomas Moro, autor de "Utopia" e finalmente, o mais influente de todos, o
holandês Erasmo de Roterdão, autor de "O Elogio da Loucura". Nas artes, o Renascimento trouxe à
regeição o estilo gótico medieval de profunda inspiração religiosa, substituindo-o por um novo
estilo que faz a fusão entre elementos pagãos de inspiração clássica e elementos religiosos e da vida
quotidiana. Alguns dos principais vultos das artes Renascentistas foram os italianos Leonardo da
Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, Donatello e Botticelli, os flamengos Van Eyck, Jerónimo Bosh e
Brueghel e ainda o espanhol El Greco. Em Portugal destacam-se Nuno Gonçalves (o presumível
autor dos paineis de S. Vicente) e Grão Vasco.
Renascimento
Outros Nomes
Definição
É possível afirmar, sem entrar na discussão dos limites cronológicos do renascimento, que os artistas do
período se orientam por ideais de perfeição, harmonia, equilíbrio e graça - representados com o auxílio
dos sentidos de simetria e proporção das figuras - de acordo com os parâmetros ditados
pelo belo clássico. Algumas obras de Michelangelo Buonarroti (1475-1564) exemplificam a realização do
modelo clássico, seja nos estudos de anatomia para composições maiores (Estudo para uma das
Sibilas no teto da capela Sistina), seja em esculturas, como o célebre Davi (1501/1504). As imagens de
Rafael (1483-1520), por sua vez, dão plena expressão aos valores da arte renascentista, destacando-se
pela beleza projetada segundo os padrões idealizados do universo clássico (A Ninfa Galatéia, ca.1514). O
desenvolvimento das pesquisas científicas, por sua vez, fornecem subsídios para a produção de novos
métodos e técnicas. A perspectiva, impulsionada por Filippo Brunelleschi (1377-1446) e descrita por Leon
Battista Alberti (1404-1472) no tratado Della Pittura (1435), altera de modo radical os modos de
representação e as concepções de espaço. A nova ciência da perspectiva é colocada em prática por uma
série de artistas. Masaccio (1401-1428) é considerado exímio na aplicação das conquistas científicas à
arte da representação. A primeira obra a ele atribuída, o tríptico de San Giovenale (Uffizi, Florença, 1422),
é exemplar de como conseguir criar um sentido coerente de terceira dimensão sobre a superfície
bidimensional.
A cidade de Florença no século XV é tida como berço do movimento, lugar onde se realizam algumas das
obras mais inovadoras do renascimento. Os nomes de Donatello (ca.1386-1466), Leonardo da Vinci
(1452-1519), além dos já mencionados Rafael, Masaccio e Brunelleschi figuram entre os maiores
representantes da arte renascentista. Donatello é um dos responsáveis pela criação do estilo
renascentista escultórico em Florença. Destaca-se, segundo Vasari, pela "força emocional" de seus
trabalhos, como pode ser observado nas figuras feitas para os nichos do Or San Michele e para a
Catedral de Florença. O bronze Davi (ca.1430), de sua autoria, é considerado a primeira figura nua em
tamanho natural feita desde a Antigüidade clássica. Michelangelo, herdeiro de Donatello, conhece a fama
em função de duas esculturas: Baco (Bargello, Florença, ca.1496/1497) e Pietà (S. Pedro, Roma,
1498/1499). Esta última se notabiliza pela solução bela e harmoniosa que o artista encontra para a
imagem trágica do cristo morto deitado no colo da madona. A maestria técnica de Michelangelo pode ser
observada no afresco feito para o forro da Capela Sistina (1508/1512), considerado uma das obras-
primas da arte pictórica.
Leonardo é autor de obra artística e científica, célebre por seus escritos, pelos retratos e pela invenção da
técnica do sfumato, em que se vale da justaposição matizada de tons e cores diferentes, de modo que se
aproximem, "sem limites ou bordas, à maneira da fumaça", nas palavras do próprio artista. Com isso
Leonardo logra suavizar os contornos característicos da pintura do início do século XV, revelando as
potencialidades da tinta a óleo. No período florentino, entre 1500 e 1506, realiza os célebres Mona Lisa, a
pintura mural da Batalha de Anghiari (Pallazio Vecchio, Florença) destruída e preservada em cópias feitas
por outros artistas - que influenciará os pintores de batalhas até o século XIX - e A Virgem e o Menino
com Sant'Ana, tratando de tema que o fascinava na época. O sorriso enigmático, as sombras, o dedo
indicador elevado e as fartas cabeleiras são traços salientes dos retratos de Leonardo, repetidos pelos
seguidores. Rafael sofre influências de Leonardo e Michelangelo. Datam do período florentino, algumas
de suas mais célebres representações da Virgem com o Menino (Madona Sistina, ca.1512-1514). Nestas
imagens, assim como em pinturas da Sagrada Família, exercita sua maestria de composição e
expressão, representando as figuras sagradas como seres humanos. Os retratos de Rafael são
comparados aos de Leonardo, pelo estilo sutil das caracterizações e aos de Ticiano (ca.1488-1576), em
função das cores empregadas. Os ideais renascentistas encontram seguidores por toda a Europa:
Albrecht Dürer (1471-1528), Lucas van Leyden (ca.1494-1533), Quinten Metsys (1466-1530), Jan van
Scorel (1495-1562), entre outros. A expressão máxima da crise dos valores e princípios do renascimento,
segundo algumas leituras, pode ser encontrada no maneirismo.
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?
fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3637 sábado as 23:20
O QUE É RENASCIMENTO
Renascimento (ou Renascença) foi um movimento cultural e simultaneamente um
período da história europeia, considerado como um marco do final da Idade Média e
o início da Idade Moderna. Começou noséculo XIV na Itália e difundiu-se
pelaEuropa no decorrer dos séculos XV e XVI.
Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o Renascimento fez parte de uma
ampla gama de transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas
que caracterizam a transição do Feudalismopara o Capitalismo. Nesse sentido, o
Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural,
com a estrutura medieval.
O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro nas cidades italianas, de onde se
difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou
maior expressão na Itália.
http://historiaeorenascimento.blogspot.com.br/2008/02/o-que-renascimento.html
Sábado as 22: 20
O termo “Renascimento” foi empregado pela primeira vez em 1855, pelo históriador francês
Jules Michelet, para referir-se ao “descobrimento do Mundo e do homem” no século XVI. O
historiador suíço Jakob Burckhardt ampliou este conceito em sua obra A civilização do
renascimento italiano (1860), definindo essa época como o renascimento da humanidade e da
consciência moderna, após um longo período de decadência.
O Renascimento italiano foi, sobretudo, um fenômeno urbano, produto das cidades que
floresceram no centro e no norte da Itália, como Florença, Ferrara, Milão e Veneza, resultado
de um período de grande expansão econômica e demográfica dos séculos XII e XIII.
Uma das mais significativas rupturas renascentistas com as tradições medievais verifica-se no
campo da história. A visão renascentista da história possuía três partes: a Antigüidade, a Idade
Média e a Idade de Ouro ou Renascimento, que estava começando.
A idéia renascentista do humanismo pressupunha uma outra ruptura cultural com a tradição
medieval. Redescobriram-se os Diálogos de Platão, os textos históricos de Heródoto e
Tucídides e as obras dos dramaturgos e poetas gregos. O estudo da literatura antiga, da
história e da filosofia moral tinha por objetivo criar seres humanos livres e civilizados, pessoas
de requinte e julgamento, cidadãos, mais que apenas sacerdotes e monges.
No campo das belas-artes, a ruptura definitiva com a tradição medieval teve lugar em Florença,
por volta de 1420, quando a arte renascentista alcançou o conceito científico da perspectiva
linear, que possibilitou a representação tridimensional do espaço, de forma convincente, numa
superfície plana.
No campo do direito, procurou-se substituir o abstrato método dialético dos juristas medievais
por uma interpretação filológica e histórica das fontes do direito romano. Os renascentistas
afirmaram que a missão central do governante era manter a segurança e a paz. Maquiavel
sustentava que a virtú (a força criativa) do governante era a chave para a manutenção da sua
posição e o bem-estar dos súditos.
O clero renascentista ajustou seu comportamento à ética e aos costumes de uma sociedade
laica. As atividades dos papas, cardeais e bispos somente se diferenciavam das usuais entre
os mercadores e políticos da época. Ao mesmo tempo, a cristandade manteve-se como um
elemento vital e essencial da cultura renascentista. A aproximação humanista com a teologia e
as Escrituras é observada tanto no poeta italiano Petrarca como no holandês Erasmo de
Rotterdam, fato que gerou um poderoso impacto entre os católicos e protestantes.
Galileu
O físico e astrônomo italiano Galileu afirmava que a Terra girava ao redor do Sol, contra as
crenças da Igreja Católica, segundo a qual a Terra era o centro do Universo. Negou-se a
retratar-se, apesar das ordens de Roma, e foi sentenciado à prisão perpétua.
Lourenço de Medici, O Magnífico
O político e banqueiro italiano Lourenço de Medici (1449-1492) foi um influente mecenas das
humanidades durante o Renascimento. A família Medici governou Florença, desde meados do
século XV até 1737, dominando a vida política, social e cultural da cidade. O próprio Lourenço
foi poeta, construiu bibliotecas em Florença e patrocinou artistas e literatos, tais como o pintor
Michelangelo e o poeta e humanista Angelo Poliziano.
HISTÓRIA GERAL
Estude o Renascimento sem precisar da "decoreba"
Silvio Adega Pera*
Uma das formas mais ricas para se mergulhar neste assunto é através das obras produzidas
pelos artistas e intelectuais da época. Filmes, passeios a museus e viagens pela internet
podem ser um bom caminho para isso. Vão aqui algumas sugestões:
Literatura
A melhor maneira de conhecer a literatura produzida no Renascimento é ler suas obras, sendo
que as principais são publicadas por várias editoras e facilmente encontrada em bibliotecas e
livrarias. Dom Quixote , de Miguel de Cervantes (1547 - 1616) conta a história do famoso
cavaleiro de La Mancha em um aventura errante pela Espanha para fazer uma crítica aos
valores da época medieval, que já não mais serviam nesse novo mundo. Shakespeare (1564 -
1616) foi um escritor de enorme popularidade em sua época e suas peças eram assistidas por
milhares de pessoas, em geral gente do povo da cidade, que lotavam a platéia do Globe ou do
Rose, os dois teatros mais importantes de Londres naqueles tempos. Seus textos também
podem ser documentos fundamentais para se entender a Inglaterra do século XVI, além de
serem leituras maravilhosas. A Edições de Ouro lançou recentemente a obra completa de
Shakespeare em 3 volumes e bastante acessíveis. Além disso procure saber se alguns desses
textos não estão sendo encenados no momento. Numa cidade como São Paulo, por exemplo,
que tem uma atividade teatral muito rica, é raro que não haja uma ou mais de suas peças em
cartaz. Convide alguém e vá ao teatro!
Cinema
Algumas sugestões cinematográficas que estão disponíveis em vídeo-cassete: Há diversas
versões cinematográficas da obra de Shakespeare e o ator Laurence Olivier é um especialista
nelas: Henrique V (1944), Hamlet (1948), Ricardo III (1956), Otelo (1965),entre outras foram
estreladas por ele e você pode encontrá-las nas boas video-locadoras. Outro especialista em
filmes a partir das obras de Shakespeare é o ator/diretor inglês Kenneth Branagah que dirigiu
Henrique V(1989), Muito Barulho por Nada (1991), Hamlet (1995) e Sonhos de Uma Noite de
Verão(1999). Vale a pena conferir! Há ainda o famoso Romeu e Julieta (Franco Zefirelli.1968)
que faz uma bela reconstituição de época da Verona medieval onde se passa a história, mas
também há uma versão modernosa, de 1997, com Leonardo di Caprio e Claire Danes, que
mantém todo o texto original. Veja também: Shakespeare Apaixonado (John Madden. 1998),
uma fantasia em torno do processo de criação da tragédia Romeu e Julieta e a vida sentimental
de William Shakespeare, ao final do século XVI, quando o governo inglês proibia que mulheres
trabalhassem no teatro.
Agonia e Êxtase (de Carol Reed. 1965) O papa Julio II contratou Michelangelo em 1505 para
pintar o teto da Capela Sistina, no Vaticano. O filme mostra os conflitos entre o papa e o artista
que cercaram a execução a execução da obra.
http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/historia-geral/estude-o-renascimento-sem-
precisar-da-decoreba.jhtm
1. Conceito
* Renascimento cultural foi um movimento artístico-intelectual que, a partir do séc. XV, recusou o
pensamento religioso medieval, colocando o ser humano no centro de todos os interesses.
2. Antecedentes
3. Características
* O Renascimento Cultural foi um movimento com características próprias. Uma delas foi o
retorno à cultura greco-romana, pois os renascentistas achavam que gregos e romanos tinham
um conhecimento mais amplo da vida.
* Outra característica foi o humanismo e o antropocentrismo , pois o homem passou a ser o
centro de todas as atenções – até então situado nas coisas divinas.
* Além disso, foi caracterizado pelo hedonismo e individualismo , considerando a intensa
preocupação como o prazer e a liberdade do indivíduo.
* Foi marcado também pelo racionalismo e valorização da natureza, uma vez que os
renascentistas passaram a adotar métodos experimentais e de observação da natureza.
* Vale ressaltar que estas características faziam um contraponto aos valores medievais,
marcado, geralmente, pelo teocentrismo , pela negação dos desejos humanos e pelo
conhecimento marcado pela fé.
* A Itália foi o berço do Renascimento cultural. Um dos motivos foi o fato da Itália ter sido
herdeira direta do Império Romano. Assim, havia um contato constante com resquícios da
cultura romana
* Além disso, o forte desenvolvimento econômico das cidades italianas possibilitou que os
comerciantes financiassem os artistas.
* O período de maior produção renascentista, na Itália, foi de 1450 a 1550. No restante da
Europa, ele ocorreu durante todo o século XVI.
* Os pensadores, escritores do Renascimento eram conhecidos como humanistas, ou seja,
grandes conhecedores da cultura clássica.
* Boa parte destes representantes do Renascimento se destacou na Itália, especialmente na
pintura e na escultura. Outros, tiveram destaque fora da Itália, principalmente na literatura e na
filosofia.
* Leonardo da Vinci (1452-1519): foi pintor, arquiteto, escultor, físico, engenheiro, entre outros. É
autor, entre outras obras, da Mona Lisa e A Última Ceia.
* Michelângelo Buonarroti (1475-1564): foi arquiteto, escultor e pintor. É autor de obras como,
Pietá, Davi, Moisés e pinturas da Capela Sistina.
* Nicolau Maquiavel (1469-1527): historiador e diplomata, é considerado o fundador do
pensamento e da ciência política moderna.
* Sandro Botticelli (1444-1510): também pintou um grande número de madonas, além de
quadros de inspiração religiosa e pagã, como A Primavera e O Nascimento de Vênus.
* Galileu Galilei (1564-1642): matemático, físico e astrônomo, foi um dos primeiros estudiosos a
usar o método experimental para estudar a natureza e comprovar suas teorias. Construiu a
primeira luneta astronômica, por meio da qual demonstrou que o centro do universo é o sol e não
a terra.
6. Os mecenas
* O comércio intenso com o Oriente, fez algumas cidades italianas acumularem grandes
fortunas.
* Com isso, dispunham de condições materiais para financiar a produção artística de escultores,
pintores, arquitetos, músicos, entre outros.
* Os próprios governantes e papas passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e
intelectuais. Era, em outras palavras, uma espécie de patrocínio.
* Este patrocínio era denominado mecenato e, os patrocinadores, eram chamados de mecenas.
Em linhas gerais, o mecenato visava tornar o poder central mais popular.
* Assim, os donos do poder se valiam dos artistas para se tornarem conhecidos através de
estátuas, pinturas, obras escritas e canções.