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2023/01-3T-TEORIA E HISTÓRIA DA

ARQ E URB 1 E 2

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Aluna:
Marinalva Silva ID: 268556

Prof.ª Arq.ª Me.ª Adriana


Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos
Rodovia BR 153, KM 338,42 - Bairro Água do Cateto - Ourinhos/SP

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Utilizando um papel translúcido (manteiga ou vegetal),ou outro recurso gráfico que
disponibilizar, faça uma análise prévia e gráfica da estrutura do edifício: cúpula,
pórtico, e respectivos apoios (pilares,paredes), tanto para os dois cortes como
para a planta.

CÚPULA

TORRE DE SINO

PILARES

PÓRTICO
FIGURA 01 - Catedral de Santa Maria del Fiore/Catedral de Florença.

NOTA: Os desenhos em papel manteiga da Catedral de Florença, planta baixa,


fachada principal e lateral se encontra em anexos.
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Utilizando um papel translúcido (manteiga ou vegetal), ou outro recurso que


disponibilizar, mostre assinalando por hachuras os seguintes elementos
arquitetônicos: nave principal, nave colateral, transepto, cruzeiro, clerestório,
cúpula, trifório.

CÚPULA

CLERESTÓRIO

TRIFÓRIO

NAVE COLATERAL NAVE COLATERAL


NAVE PRINCIPAL
FIGURA 02 - Catedral de Santa Maria del Fiore/Catedral de Florença.
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TRANSEPTO

FIGURA 03 - Representação esquemática da planta de uma catedral. O transepto é a área colorida.

CRUZEIRO

FIGURA 04 - Representação esquemática de uma planta de catedral. O cruzeiro é a área marcada em rosa.
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FIGURA 05 - Representação esquemática de uma planta de catedral.

Com base nos slides, vídeos e em pesquisas que vocês podem realizar via internet,
identifique diferentes processos construtivos ( materiais, técnicas
construtivas)

OS PRINCIPAIS SISTEMAS CONSTRUTIVOS E SUAS DIFERENÇAS

1. ALVENARIA CONVENCIONAL

A alvenaria convencional, também conhecida como alvenaria de vedação, é


caracterizada pelo sistema construtivo em que toda carga da estrutura é suportado pelas
lajes, vigas, pilares e fundação, tendo também a função de delimitar ou dividir os
espaços. Toda sua estrutura é feita com concreto armado, argamassa para os
assentamentos além de formas metálicas ou de madeiras utilizadas na concretagem.

FIGURA 06 - Método construtivo de alvenaria convencional.


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2. ALVENARIA ESTRUTURAL

A alvenaria estrutural, como o próprio nome já diz, é caracterizada pelas paredes que
exercem uma função de funcionamento todo o peso da estrutura e distribuí-la para a
fundação, sendo assim é desnecessário realizar a construção de vigas e pilares para a
estruturação do projeto .
Além de suportarem as diversas cargas da construção, pois as paredes em alvenaria
estrutural possuem a função de serem isolantes térmicos e acústicos.

FIGURA 07 - Método construtivo de alvenaria convencional.

3. WOOD FRAME

Wood frame (em tradução literal do inglês, significa “quadro de madeira”) é um sistema
construtivo que usa perfis de madeira, formando placas estruturais que conseguem
resistir à carga do telhado e do pavimento, transmitindo as forças para a fundação.
Esse método, que é bastante aplicado na construção civil nos Estados Unidos, é
conhecido por acelerar o processo de edificação, tornando-o mais sustentável.

FIGURA 08 - Método construtivo de alvenaria convencional.


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4. STEEL FRAME

Steel frame, que, traduzido do inglês, significa “estrutura de aço”, é um sistema


construtivo industrializado que usa como base perfis de aço galvanizado, produto
resistente à corrosão.
Nesse caso, a estrutura de aço pode ser fechada com placas de madeira, drywall
(composição de gesso, água e aditivos) e de cimento, por exemplo.

FIGURA 09 - Método construtivo de alvenaria convencional.

Como os construtores da época se valeram de soluções técnicas como elementos


arquitetônicos?
Como construtores da época procuraram diminuir as cargas da estrutura?

BRUNELLESCHI E A CÚPULA DO DUOMO


Um sistema único e nunca mais repetido na história - Duomo de Florença

As grandes obras de catedrais demoravam muito para serem finalizadas naquelas eras.
A Catedral de Florença começou a ser construída em 1296, sob as fundações de uma
antiga igreja e tinha o projeto de Arnolfo di Cambio. Entre paradas e retomadas, os
séculos se sucederam, e a catedral tinha uma aparência imponente, mas sua cúpula
continuava a descoberto. Era um problema de difícil solução na época.
Em plena Florença renascentista, no ano de 1418 é estabelecido um concurso para a
construção da Cúpula da Catedral Santa Maria del Fiore (o Duomo de Florença), com as
medidas de base já pré-existentes vista a abertura sobre o presbitério (espaço que em
uma igreja precede o altar-mor) de 45,50 metros de diâmetro.
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FIGURA 10 - Catedral de Santa Maria del Fiore/Catedral de Florença.

Como alguns podem pensar não se trata de uma esfera, mas de uma cúpula com base
octogonal, igual, inclusive em medida, a planta do Batistério de São João Batista
localizado em frente à Catedral.
Certamente era impossível cobrir uma área tão grande com a técnica medieval da
“centina” usada para a construção de cúpulas com uma estrutura em madeira que
descarregava seu peso no chão e retirada somente após a consolidação da estrutura
muraria realizada para cobrir o vão.

FIGURA 11 - Exemplo de Centina.


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A Opera del Duomo encarrega a Filippo Brunelleschi os trabalhos que terão inicio dois
anos depois. Brunelleschi é o único a propor uma solução diferente das até então vistas:
uma estrutura autoportante com duas calotas formadas por “gomos” ogivais, uma
interna e uma externa, com um espaço intermediário entre elas, sendo a interna
autoportante construída com tijolos em “espinha de peixe” em uma estrutura
complexa formada por costoloni em pedra, vigas em madeira, malta; a externa
somente cobertura.
A construção da cúpula poderia ser executada sem qualquer tipo de armadura de
madeira, mas através da utilização de uma série de concêntricos e autoportantes anéis
em pedras (arenito) reforçados em sua parte externa com correntes de ferro. Desta
forma esses anéis protegeriam a estrutura contra esforços laterais durante a fase de
construção, e também a divisão da cúpula em duas partes. A primeira seria uma cúpula
interna, espessa e em forma de concha, tendo em sua base 2 metros de espessura e em
seu topo 1,5 metros. A segunda, externa, com o intuito de proteção contra o vento, a
água e qualquer tipo de intempéries, menos espessa e com uma forma mais majestosa.
Entre as duas cúpulas, buscando facilitar a inspeção e acerto de reparos, foi construída
uma escadaria curva, hoje muito utilizada para a visitação. Essas cúpulas eram
reforçadas por 24 nervuras de arenito, sendo 8 delas definindo os vértices do octógono
e, as restantes, menores e inseridas na estrutura, duas a duas nos lados do octógono.

FIGURA 12 - “Espinha de peixe”

A técnica da dupla loxodromia (loxodromia é a curva que corta um feixe de planos sob
um ângulo constante) é composta por fileiras de tijolos verticais em espinha de peixe que
espiralam ao redor da cúpula e são preenchidos por tijolos no sentido horizontal.
Efetivamente, cada sequência de tijolos cria um elemento estrutural conhecido como
arco plano, que prende os tijolos internos entre as tampas verticais para distribuir a carga
por toda a estrutura.
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O canteiro de obras se localizava na área do presbitério, ou seja, abaixo


literalmente da cúpula dentro da igreja. Fora do Duomo existia ainda um deposito de
madeira e mármore nas proximidades e sabe-se que Brunelleschi realiza também o
protótipo da cúpula em “muratura”.
Os maquinários utilizados para a construção da cúpula eram já conhecidos, mas a
formação de Brunelleschi em relojoalheria foi fundamental para que ele inventasse
outras maquinas e aprimorasse as existentes, com mecanismos para diminuir a fricção
entre as engrenagens, para substituir os dentes dos cilindros com paus giratórios de
madeira, entre vários outras invenções.

FIGURA 13 - Esquema da área do presbitério.


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A cúpula será finalizada em 25 de março de 1436 e a catedral finalmente será


consagrada pelo Papa Eugenio IV. Alberti em uma de suas citações descreve a obra
prima: “ereta sobre os céus, tão ampla e capaz de cobrir com sua sombra todo o
povo toscano”

CATEDRAL DE FLORENÇA (1296 - 1436).

CHANGE, Arnolfo di Projeto anterior 1296 - 1302


A catedral foi projetada em 1296 por Arnolfo di Cambio em formas gótico-toscanas.

PISANO, Andrea Reforma interior 1334 - 1348


Ele continuou com o projeto de Arnolfo di Cambio, tornando notável sua torre sineira, até
sua morte, deixando a obra inacabada.

TALENTI, Francesco Reforma interior 1355 - 1359


Acabou a torre sineira e ampliou o projeto com a abside e as capelas laterais, sem
alterar o exterior.

LAPO GHINI, Giovanni di Reforma interior 1360 - 1369


Divida a nave central em quatro seções quadradas.

BRUNELLESCHI, Filippo Condicionamento 1417 - 1436


Brunelleschi vence o concurso para a realização da cúpula de Santa Maria del Fiore
junto com Ghiberti. Projeto que o primeiro deles realizará com exclusividade.

ZUCCARO, Federico Reforma interior 1568 - 1579


Giorgio Vasari pintou a cúpula de Santa Maria de la Fiore entre os anos 1568 - 1574, até
sua morte, continuando sua obra de Federico Zuccaro até finalizá-la em 1579.

VASARI, Giorgio Conditioning 1568


Os afrescos da cúpula começam a ser pintados.

FIGURA 14 - Catedral de Santa Maria del Fiore/Catedral de Florença.


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ANEXO - CATEDRAL DE SANTA MARIA DEL FIORE

PLANTA BAIXA - CATEDRAL DE FLORENÇA


s/esc.
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FACHADA PRINCIPAL - CATEDRAL DE FLORENÇA


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FACHADA LATERAL - CATEDRAL DE FLORENÇA


s/esc.

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