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Montanha do Pico

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Coordenadas:  38° 28' 12" N 28° 24' O

Pico

Ilha do Pico com a Montanha do Pico coberta de neve vista da Fajã


Grande, na Vila da Calheta, ilha de São Jorge

Pico

Localização da Montanha do Pico nos Açores, Portugal

Coordenadas 38° 28' 12" N 28° 24' O

Altitude 2351 m (7713 pés)

Proeminência 2351 m
Cume-pai: nenhum

Isolamento 1 451,28 km

Listas Ponto mais alto de um país


Ultra

Localização Açores, Portugal

Cordilheira Dorsal meso-atlântica

A Montanha do Pico é um estratovulcão que, com 2 351 m de altitude,


constitui a mais alta montanha de Portugal. Fica na ilha do Pico, nos Açores. A
sua altitude é mais do dobro da de qualquer outra montanha dos Açores. É
também o ponto mais alto da dorsal meso-atlântica, embora existam pontos
mais altos em ilhas atlânticas, mas fora da dorsal. Tem um isolamento
topográfico de 1451 km[1], distância a que se encontra do mais elevado Roque
de los Muchachos, nas Canárias. Medido a partir da zona abissal contígua, o
edifício vulcânico tem quase 5 000 metros de altura, quase metade submersa
sob as águas do oceano Atlântico.

Índice

 1Descrição
 2Subida à Montanha do Pico
 3Geomorfologia
 4Flora
 5Fauna
 6Ver também
 7Referências

Descrição
No cimo da montanha que constitui a parte ocidental da ilha do Pico, localiza-
se a cratera do vulcão propriamente dito e dentro dessa cratera,
numa erupção recente do ponto de vista geológico surgiu outra elevação de
menor dimensão a que foi dado o nome de Pico Pequeno ou Piquinho, com
cerca de 70 metros de altura.[2] Na base desta segunda elevação
emanam fumarolas vulcânicas com forte teor de enxofre.
A cratera apresenta-se sensivelmente arredondada, tendo cerca de 700 metros
de perímetro por uma profundidade medida a partir dos bordos de cerca de 30
metros.[2]
A Montanha do Pico foi primeiramente classificada como reserva em março de
1972 para e por diploma datado de 12 de Maio de 1982 [3] lhe ser atribuído o
estatuto de Reserva Natural da Montanha do Pico pelo Decreto Regional
15/82/A.[4] que abarca uma área de aproximadamente 1500 hectares integrando
a parte superior do vulcão e desenvolvendo-se a partir dos 1200 metros até ao
ponto mais alto da ilha.
O Vulcão do Pico é muito recente (aproximadamente 750}}mil anos de idade),
entrando em atividade pela última vez no seu flanco sueste (São João)
no século XVIII.
Montanha do Pico vista do seu sopé

É escalável por trilhos marcados ou por serviço de um guia. Foi considerado


passeio pedestre apesar de ser algo difícil devido às diversas condições
meteorológicas que podem causar com que pessoas "novas" à montanha se
percam do trilho marcado.
No caso de querer escalar a montanha certifique-se que está em boas
condições de saúde, tem equipamento adequado para as mudanças
meteorológicas e que tenha um guia ou alguém que conheça bem a montanha.
Subir a montanha é uma experiência fantástica e disponível a todos os que
estiverem aptos a atividades físicas e que possuam vontade.
Na parte mais baixa das suas encostas encontra-se a Paisagem da Cultura da
Vinha da Ilha do Pico, classificada pela UNESCO como património mundial.
A montanha do Pico alberga uma flora de grande diversidade e raridade,
incluindo espécies endémicas no arquipélago, bem descrita nas obras de Rui
Teles Palhinha, Pierre Allorge, Ilídio Botelho Gonçalves e outros investigadores
que ali herborizaram, contribuindo grandemente para a riqueza da flora e
mesmo da fauna das florestas da laurissilva de altitude típicas da Macaronésia.
A paisagem que circunda a montanha é muito variada e estratificada em
altitude. Desde o ponto mais alto que no Inverno fica coberto de neve e onde a
vegetação é muito escassa, resumindo-se a líquenes e outras entidades do
mesmo nível trófico.
À medida que se desce a montanha a terra praticamente nua de vegetação
começa lentamente a dar lugar a vegetação de maior nível trófico e
rapidamente a pastagens de altitude, locais onde o gado,
principalmente bovino, é pastoreado com um carácter predominantemente
extensivo. Por volta dos 1500 metros de altitude inicia-se uma cobertura
vegetal de carácter arbóreo
A Montanha vista da Lagoa do Capitão
As nuvens galgam a Montanha

Montanha do Pico ao pôr-do-sol

Montanha do Pico

A montanha

A montanha em altitude
Próximo do cume

A montanha acima dos 2 000 metros

A montanha acima dos 2 000 metros

Montanha do Pico, cones adventícios de pequena dimensão

Cones adventícios nas encostas da montanha

Açores ilha do Pico

Já na zona de pastagem surgem várias lagoas como é o caso da Lagoa do


Capitão, situada no planalto interior, ou a Lagoa do Caiado, situada esta no
planalto central e integrada num núcleo de lagoas de várias dimensões.
É de salientar que a vegetação predominante destes locais apresentar um
povoamento dominado pela vegetação endémica da floresta laurissilva como
nos contrafortes da própria montanha.
A proteção a toda esta biodiversidade, tanto do ponto da vista da flora como
da fauna e mesmo da própria litosfera, onde predominam abundantes correntes
de lava basáltica por entre gigantescas correntes de bagacina cuja cor é preta
na sua grande maioria, levou à aumentar o nível de proteção já existente
(Reserva Natural da Montanha do Pico) com a criação da Reserva Natural do
Pico, e mais tarde a criação do Parque Natural da Montanha do Pico.[5]
Subir à montanha do Pico não deve ser encarado de ânimo leve e com
irresponsabilidade, dado não só a altitude que se atinge, mas a orografia do
local, o facto de se poder em qualquer altura ficar rodeado
de nuvens ou neblinas cerradas e mesmo por vezes chuvas intensas.
Esta escalada permite ao alpinista o apreciar de uma calma e serenidade que
só se encontra no silêncio das grandes montanhas. No horizonte, onde o mar é
rei e senhor encontra-se um azul inebriante que muda de tom conforme a hora
do dia e a nebulosidade.
A noite, quando a Lua reina nos céus a paisagem é mais estranha, dir-se-ia
esplendorosamente bucólica, no mar iluminado pelo luar nasce uma estrada de
luz que se estende até ao horizonte. Ao redor do alpinista impera o silêncio
aqui e ali entrecortado pelo murmúrio do vento.
O oceano atlântico agiganta-se lá no fundo dos 2.351 metros da montanha com
as ilhas do grupo central dos Açores a pintalga-lo, avista-se logo ali a ilha do
Faial, mais além, a ilha Terceira, a ilha de São Jorge e a ilha Graciosa.
Durante o dia distinguem-se os seus pormenores e recostes, mas à noite
somente a tremeluzente luz artificial da humanidade se mostra.
Subida à Montanha do Pico
A escalada da Montanha do Pico faz parte dos trilhos pedestres da ilha do
Pico, constituindo-se no Trilho Pedestre da Montanha do Pico que se rege
por princípios que devem ser tidos em conta de forma a não por em perigo a
vida a quem ascende à montanha, assim foi criada a Carta de Princípios de
Escalada à Montanha do Pico.
Essa carta aconselha as seguintes medidas e atitudes:
A subida à montanha, embora não seja difícil do ponto de vista da técnica
deverá, preferentemente, ser feita durante os meses de verão e por pessoas
com capacidade para empreender uma caminhada apreciável.
A distância a percorrer a pé desde o início do percurso, se for a partir da casa
da abrigo existente na montanha, ronda os 5 quilómetros, sendo o acesso feito
por veredas e trilhos que, e à exceção da parte inicial, se encontram
devidamente identificados com marcos de madeira com cerca de 1 metro de
altura, marcados com riscas vermelhas e amarelas e que se destinam a guiar o
caminhante. Estes marcos de madeira são de grande importância como
referências do percurso, dado que de um marco pode visualizar-se o marco
seguinte e o antecedente, caso não haja nebulosidade.
Para fazer uma subida em segurança é recomendado o uso de calçado
adequado, que deve ser composto por botas de montanha, ou na falta destas,
por sapatos que permitam uma aderência forte a um caminho que se apresenta
pedregoso, escorregadio e com saliência de terreno.
A roupa a usar deve ser de preferência leve, não sendo no entanto descurar
um agasalho e uma capa para a chuva, dado que tanto esta como o nevoeiro
são frequentes e convém estar prevenido.
Tendo em atenção que a temperatura se reduz com a altitude é frequente que
no cimo da montanha esteja aproximadamente menos 10 °C do que no ponto
onde se inicia a escalada.
O alpinista deve ter também em atenção o facto de ter ou não uma pele
sensível ao sol e ao clima, facto que deverá condicionar o uso de protetor solar.
Dependendo de cada caso é aconselhável levar apoio para a subida e descida:
um cajado ou um bordão poderão ser um precioso auxílio no caminho.
Igualmente devem ser levados alimentos com elevado valor energético, mas de
pouco peso, como barras de chocolate e claro, bastante água. Caso o alpinista
queira passar a noite na montanha deve informar na casa abrigo que pretende
pernoitar e deve levar equipamento adequado, que inclui um saco cama. É
aconselhável nunca utilizar as grutas existentes na montanha para dormir.
O alpinista antes de proceder à subida da montanha deve ter em atenção
alguns fatores de segurança, nomeadamente: Deve preferencialmente fazer-se
acompanhar por um guia devidamente credenciado, deve passar pela casa
abrigo para controle da subida ou, em caso de época baixa, deve informar
o Corpo de Bombeiros Voluntários da Madalena do Pico do número de
caminhantes que vão efetuar a subida e da hora de início da escalada e de
uma hora previsível para a chegada.
Deve igualmente seguir as orientações do já mencionado corpo de bombeiros
da Madalena bem como dos Serviços de Ambiente da ilha do Pico, já que no
caso de o alpinista se perder serem os bombeiros que procedem à busca e no
caso dos Serviços de Ambiente porque estes fornecem importantes
informações sobre as condições atmosféricas.
Tendo em atenção que a Montanha do Pico é constituída numa área de
proteção especial sob as denominações de: Reserva Natural do Pico, Reserva
Natural da Montanha do Pico e de Parque Natural da Montanha do Pico, o
alpinista deve tem em atenção o facto de ter de seguir determinadas
condições.
Assim deve seguir apenas pelas veredas e trilhos existentes ao longo do
Percurso, não deve colher plantas, flores, frutos ou amostras minerais. Não
deve fazer lume dentro dos limites da reserva natural, não deve deitar lixo no
chão, devo-o guardar e transportar até encontrar um recipiente apropriado para
o depositar, tendo no entanto em atenção que só existem recipientes de
recolha de lixo no início do acesso à montanha.
Não deve perturbar a tranquilidade do local. Deve-se sempre respeitar as
indicações dadas pelo guia e cumprir as disposições legais em vigor na reserva
natural.
O alpinista deve ter em atenção que a fragilidade do ecossistema, o desgaste
que a área acusa, bem como o grau de insegurança que oferece, a subida do
Piquinho é proibida.[6]

Geomorfologia
A Montanha do Pico apresenta-se como um vulcão geologicamente recente,
constituído por correntes de lava, onde se encontram
abundantes basaltos e matérias de projeção onde se destacam
abundantes bagacinas na sua grande maioria de cor preta.
As vertentes da Montanha do Pico apresentam declives muito acentuados que
no cimo da montanha terminam nos bordos desmantelados da caldeira
vulcânica, local de onde tem origem o cone do Pico Pequeno ou Piquinho.
Sendo que o sopé da montanha termina no planalto central da ilha excluindo o
local da Ponta da Faca, no concelho da Madalena, próximo ao Farol da Ponta
da Faca, sitio onde se pode afirmar que a montanha encontra o mar.
Termina neste em poderosas correntes de lavas basálticas que
formam baías e promontórios. Na orla costeira basáltica surgem com alguma
frequência grutas de erosão devido à abrasão marinha bem como bocas
de túneis de lava.
Nas vertentes altas da montanha existem abundantes areias e formações
vulcânicas de grande aparato, como são os Algares, os hornitos, vale
cavados e de fortes vertentes, cavernas, cones adventícios laterais à
montanha.

Flora
Tendo em atenção a altitude da montanha e que é muito frequente a queda
de neve durante o inverno e chuvas abundantes não só no inverno mas
praticamente durante todo o ano, associado a estas condições climatológicas é
de mencionar a presença frequente, principalmente em altitude,
de nevoeiros frentes.
Estas características climáticas especificas, em associação com
o solo vulcânico da montanha, estão na origem a uma cobertura vegetal
bastante especifica e adaptada ao local e estratificada em altitude.
Assim, surge em locais mais abrigados, e entre as altitudes dos 1200 e dos
1400 metros um tipo de bosque arbustivo onde predominam as espécies
do Ilex perado ssp. Azorica (azevinho), do Juniperus brevifolia (cedro do mato),
o vaccinium cylindraceum (rosmaninho), ou a Erica azorica, entre muitas
outras espécies típicas das florestas da Laurissilva características
da Macaronésia.
Como com o fator altitude as condições climáticas tendem a ser mais adversas,
surge uma vegetação rasteira adaptada a essas condições. Assim surgem
plantas como a Daboecia azorica, a Calluna vulgaris, vulgarmente conhecida
como queiró, o Thymus caespititius, vulgarmente denominado por tomilho
bravo, por entre outras espécies igualmente adaptadas, como é o caso
das Polygala e Silene vulgaris cratericola, sendo
oqkue esta para além de ser uma rara endémica é também restrita apenas a
esta montanha, só sendo possível de observar a sua presença acima dos
2 200 metros de altitude.
Na cota dos 1 800 metros a presença vegetal começa rapidamente a diminuir
surgindo mais frequentemente apenas em locais menos expostos as agrestes
condições climáticas. Nesta cota de altitude, e devido à praticamente ausente
cobertura vegetal resta uma zona agreste onde predominam fortes correntes
de lava, grandes depósitos de cascalhos, areais e outras formações geológicas
de grande efeito cénico.

Fauna
A avifauna existente nesta montanha, e tendo sempre em atenção as cotas de
altitude, não se apresenta muito variada nem muito abundante, facto que se
deve as rudes condições do habitat. Varia no entanto, tanto em quantidade
como em abundância conforme as estações do ano, tendo grande diferença
principalmente entre o Inverno e o Verão.
Na época estival é muito comum a presença de aves como o Serinus
Canaria (canário), a Fringila coelebs (tentilhão), o Sturnus Vulgaris (estorninho)
e o Buteo buteo (milhafre), o Nyctalus azoreum), (morcego-dos-açores), é
muito visto nesta área. Principalmente devido à falta de comida.
Nesta montanha são pouquíssimas as espécies de aves que se reproduzem na
época fria, principalmente devido a escassez de comida, tendo entretanto em
atenção que as que o fazem, fazem-no devido à alimentação especifica desta
altura do ano.[7][8][9]

Ver também
 Montanhas dos Açores
 Lista das lagoas dos Açores

Referências
1. ↑ Peakbagger.com. «Montanha do Pico». Consultado em
16 de abril de 2018
2. ↑ Ir para:a b Rádio Pico – Informação turística
3. ↑ Azoresdigital[ligação inativa]
4. ↑ «Diploma da criação do Parque Natural da Ilha do Pico».
Consultado em 17 de agosto de 2010. Arquivado
do original em 9 de março de 2016
5. ↑ O Guia da Boa Vida
6. ↑ «Pico Açores». Consultado em 17 de novembro de 2010.
Arquivado do original em 7 de janeiro de 2010
7. ↑ «A Montanha do Pico». Consultado em 19 de novembro
de 2010. Arquivado do original em 13 de julho de 2012
8. ↑ Azores Bioportal
9. ↑ Guia da Cidade - Subida do Pico

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Montanha do Pico

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