Você está na página 1de 6

1

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

Influência do Parque de Ciência e Tecnologia-Guamá no desenvolvimento do estado do


Pará.

FERREIRA, Ian Wendell Costa¹


PACHECO, Laila Brabo ¹
DIAS, Lorena Silva ¹
SOUZA, Murilo Santos de ¹
SILVA, Wellington dos Santos ¹

RESUMO

A influência do Parque de Ciência e Tecnologia – Guamá para o desenvolvimento do


estado do Pará consiste em um processo em curso, neste caso, fatores internos e externos
podem influir nas tomadas de decisão. O estudo no entorno do Parque, principalmente na
Universidade Federal Rural da Amazônia e na Universidade Federal do Pará, trouxe
informações e dados importantes para o desenvolvimento do trabalho. O emprego dos
formulários em docentes e discentes possibilitou a constatação de que a maioria não tem
conhecimento sobre o mesmo. O principal objetivo presente no trabalho é discutir a junção
entre o PCT – Guamá, as universidades, empresas e na comunidade na qual está situado, afim
de que no futuro essas relações ocorram de forma orgânica dentro de um ambiente de
inovação.
Palavras-Chave: Desenvolvimento do estado, planejamento estratégico,
empreendedorismo social e ambientes de inovação.

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA


1 – Graduando em Agronomia
E-Mail: lailabpacheco@gmail.com
2

1. INTRODUÇÃO
O primeiro Parque tecnológico no mundo foi o Vale do Silício, que está situado na
Califórnia, Estados Unidos, região está classificada como pólo industrial e que concentra
diversas empresas de tecnologia da informação, computação entre outras. O local começou a
se desenvolver no ano de 1950, com o objetivo de gerar e fomentar inovações no campo
científico e tecnológico (InforEscola, 2006). O parque tecnológico visa o desenvolvimento da
região na qual está integrado a partir da elaboração de projetos inovadores proporcionando o
crescimento de empresas locais e instalação de novas.
O movimento de parques tecnológicos no contexto brasileiro é bastante jovem, pois é
a partir do início desta década que os parques vêm sendo considerados na formulação das
políticas científica e tecnológica e industrial de forma mais orgânica. O governo federal, tem
apoiado diversas iniciativas espalhadas pelo território nacional, a maioria delas ainda em fase
inicial de desenvolvimento (VEDOVELHO -2006). Em meio a tantos parques em potencial,
há destaque para o Parque Tecnológico - Guamá (PCT-Guamá), o primeiro a entrar em
operação na Amazônia. Desse modo, as áreas estratégicas de atuação do PCT Guamá são
focadas em biotecnologia; tecnologia da informação e comunicação (TIC); energia;
tecnologia ambiental e mineral. É imperioso salientar que o PCT Guamá vai contribuir para o
desenvolvimento das diversas camadas sociais, integrando no processo produtivo, pois irá
agregar valor as matérias primas regionais, gerando emprego e renda para os paraenses.

Acredita-se que um dos fatores que impedem que o PCT venha a se consolidar como
percursor do desenvolvimento na região seja a falta de visibilidade e transparência para as
empresas no estado, sendo assim se não se obtém visibilidade empresas deixam de investir
capital e contar com o apoio do mesmo, pois boa parte da população não tem conhecimento
sobre o mesmo e ainda existem regiões em que essas instituições, são pouco valorizadas por
empresários e cooperativas. Como exemplo, a região norte que é o maior expoente para o
crescimento do agronegócio, os grandes produtores rurais não creem que tal tipo de
instituição venha a beneficia-los.

O objetivo geral do trabalho é analisar a influência do Parque de ciência e Tecnologia


- Guamá em relação ao desenvolvimento de empresas regionais no estado do Pará, assim
como identificar a dimensão do conhecimento sobre o parque e explanar os benefícios e
dificuldades que o mesmo apresenta.
3

2. MATERIAL E MÉTODOS
O projeto de pesquisa foi realizado através de visitas no Parque de Ciência e
Tecnologia-Guamá, na Universidade Federal do Pará e na Universidade Federal Rural da
Amazônia durante o mês de junho a setembro de 2016. Inicialmente para o desenvolvimento
da pesquisa foram implementadas estratégias de investigação. Foi realizado o levantamento e
analise de material bibliográfico sobre os parques tecnológicos e o Parque de Ciência e
Tecnologia – Guamá. Em seguida, foi feita a aplicação de questionários com discentes e
docentes da Universidade Federal do Pará e na Universidade Federal Rural da Amazônia,
além de entrevista com o Coordenador de atividades técnicas do Parque de Ciência e
Tecnologia-Guamá, visando compreender acerca do assunto em questão: entender as relações
do Parque de Ciência e Tecnologia - Guamá com o empreendedorismo, investigar as
facilidades e dificuldades que o PCT Guamá tem para a consolidação na região no qual está
instalado e identificar a dimensão do conhecimento sore o Parque.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Primeiro foi feita uma pergunta principal “Você já ouviu falar no Parque de Ciência e
Tecnologia – Guamá (PCT - Guamá)? ”. Como esperado, concluiu-se a partir da análise das
respostas de todas as pessoas entrevistadas que a maioria tem pouco ou nenhum conhecimento
a respeito do PCT-Guamá. (Gráfico 1). Referente à mesma pergunta, porem analisada
somente entre os discentes e docentes da UFPA (Gráfico 2) e UFRA (Gráfico 3), obtiveram o
mesmo resultado, a maioria tem pouco ou nenhum conhecimento a respeito do Parque.

(Gráfico 1: Inclui discentes e docentes da UFPA e UFRA)


4

(Gráfico 2: Inclui discentes e docentes da UFPA)

(Gráfico 3: Inclui discentes e docentes da UFRA)

Outra análise feita foi a comparação entre discentes e docentes das Universidades, o
qual se esperava que os docentes tivessem maior conhecimento a respeito do parque pois os
docentes estão mais incorporados no meio acadêmico.
5

(Gráfico 4: Inclui discentes da UFPA e da UFRA)

(Gráfico 5: Inclui docentes da UFPA e da UFRA)

A partir da implantação do Parque de ciência e tecnologia na Amazônia as empresas


locais passaram a contar com o apoio da instituição que tem como objetivo a consolidação e
desenvolvimento das mesmas, no entanto, observa-se a falta de conhecimento a respeito das
finalidades do PCT, o que dificulta a interação entre Universidades e Empresas, ponto crucial
para a consolidação e sustentabilidade do mesmo. Segundo (NOVELI-2012) o governo tem
importante papel no que diz respeito a promover políticas que viabilizem essa integração, e
assim, atraindo empresas que atuem em setores dinâmicos e de laboratórios de pesquisas,
fator esse que se torna indispensável para a instalação de uma empresa no Parque de Ciência
de Tecnologia e acaba tornando a vinda de empresas estrangeiras para o estado mais eficaz
por estar situada em uma área amplamente estratégica, próxima a empresas, universidades e
6

outras instituições. O PCT atua de forma mutua com estas empresas promovendo a elaboração
de pesquisas cientificas que visam a sustentabilidade e a inovação, dessa forma agregar valor
à empresa associada e ao Estado do Pará.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Parque Tecnológico Guamá é um verdadeiro mecanismo de inovação tecnológica
que promove o desenvolvimento de empresas a partir da produção e aplicação de ideias
inovadoras, entretanto a falta de visibilidade e publicidade do mesmo acaba freando o
processo de expansão e desenvolvimento do Parque O emprego dos formulários possibilitou
a constatação de que grande parte da população, desde estudantes de instituições de nível
superior, professores, consequentemente pessoas que moram ao redor, não têm acesso à
informação sobre o Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá [PCT Guamá]. A falta de
conhecimento acarreta em uma dificuldade por atrai empresas a se instalarem e com isso a
consolidação do mesmo.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INFORESCOLA, 2006. Vale do Silício. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/informatica/vale-do-silicio/>. Acesso em: 20 set. 2016

NOVELI, M. SEGATTO, A. P. RAI - Revista de Administração e Inovação, São


Paulo, v. 9, n. 1, p. 81-105, jan. /mar. 2012.

PCT – GUAMÁ, 2016. Parque de Ciência e Tecnologia Guamá. Disponível em


<http://pctguama.org.br/index.php/oportunidades/#ei> Acesso em: 26 set. 2016.

VEDOVELHO, C.A. JUDICE, V. M. M. MACULAN, A-M. D. RAI - Revista de


Administração e Inovação, São Paulo, v. 3, n. 2, p. 103-118, 2006.

Você também pode gostar