MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
MARANHÃO-CAMPUS CAXIAS
COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

EDITAL Nº 7/2018

Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas

CICLOS DE INDAGAÇÃO: ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS POR

MEIO DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

CAXIAS-MA
2018
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE EXECUÇÃO
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - Campus Caxias.
CNPJ: 10.735.145/0012 – 47 Endereço: Gleba Buriti do Paraíso – Km 02 – MA, 349,
Povoado Lamego - Zona Urbana, Caxias – MA.

IDENTIFICAÇÃO DO COORDENADOR DO PROJETO

Nome: Daniel Silas Veras orcid.org/0000-0002-3317-7721

Cargo: Professor SIAPE: 1955980
Titulo: Mestre em Biodiversidade, Ambiente e Saúde, CESC-UEMA
Instituição: Instituto Federal do Maranhão-Campus Caxias
Endereço: Gleba Buriti do Paraíso – Km 02 – MA, 349, Povoado Lamego - Zona
Urbana, Caxias – MA.
Email: daniel.veras@ifma.edu.br
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8302671059974348
Reseachgate: https://www.researchgate.net/profile/Daniel_Veras3
Telefone de contato: (86)98881-0491

EQUIPE EXECUTORA:
Nome CPF
Daniel Silas Veras Coordenador de área 941.094.863-00
subprojeto bolsista.
Régia Maria Reis Gualter Coordenadora de área 017.674.743-50
regia.gualter@ifma.edu.br subprojeto voluntária
http://lattes.cnpq.br/4447946749519692
Guilherme Santana Lustosa Coordenador de área 013.748.833-52
guilherme.lustosa@ifma.edu.br subprojeto voluntário
http://lattes.cnpq.br/9873911167250003
 3

Sumário
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 5
3. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 6
3.1. OBJETIVO GERAL: ......................................................................................................... 6
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ............................................................................................ 6
4. METODOLOGIA ................................................................................................................... 7
EQUIPE EXECUTORA ............................................................................................................... 7
2.1 RELAÇÃO DAS ESCOLAS ENVOLVIDAS NO SUBPROJETO ................................... 7
2.2 NÚCLEO DE INICIAÇÃO ................................................................................................ 8
3. CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE EDUCACIONAL ............................................. 9
4. METODOLOGIA ................................................................................................................. 11
4.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DIDÁTICAS............................................................ 11
4.2 ACOMPANHAMENTO DOS DISCENTES PELOS COORDENADORES E
PROFESSORES SUPERVISORES ........................................................................................ 11
4.3 PREVISÃO SUCINTA DAS ATIVIDADES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS ......... 12
4.4 REGISTRO DAS ATIVIDADES DISCENTES, AVALIAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO ... 13
5. ORÇAMENTO ...................................................................................................................... 13
6. CRONOGRAMA .................................................................................................................. 14
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 15
 4

1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento científico e tecnológico não tem sido devidamente
acompanhado pelas instituições de ensino brasileira, mesmo com a vinculação da
tecnologia a educação nos documentos oficiais do Ministério da Educação na década de
1990 (SILVEIRA, 2018), esse fato provoca sérios entraves na resolução de problemas
econômicos que perpetuam as desigualdades socioambientais existente na sociedade
brasileira em pleno século XXI, e isso pode ser considerado um anacronismo grave,
considerando que em um mundo repleto de produtos derivados da indagação científica,
seus cidadãos não compreendam as tecnologias que podem promover o bem-estar e uma
sociedade mais justa (CACHAPUZ et al., 2011), tais problemas muitas vezes são o
resultado de erros e ilusões cognitivas que tem fundamental importância no campo
antropológico, político, social e histórico de uma nação que queira se desenvolver de
forma democrática (MORIN, 2011).

Esses erros muito possivelmente estão relacionados a baixa proficiência de

grande parte da população, inclusive de jovens em idade escolar, em habilidades e
competências mínimas em diversas áreas do conhecimento, dentre elas os das ciências da
natureza, esses resultados têm sido apontados por avaliações internacionais realizados nos
últimos anos (PINTO; SILVA; NETO, 2016; PAIVA, 2016). Esse fato é corroborado por
pesquisas que indicam que dentro da própria academia há uma compreensão inapropriada
dos princípios epistemológicos que norteiam a produção do conhecimento científico
(DURBANO, 2012; FERREIRA; MORAIS, 2010; EL-HANI et al., 2004).

Essas deficiências na formação são resultado de uma escola que ao longo do

tempo tem insistido em um ensino predominantemente baseado na memorização de
conteúdo, que é uma estratégia que mobiliza poucas habilidades e competências dos
sujeitos em formação, e leva apenas a fixação de uma pequena proporção do conteúdo
apresentado (SCHOEREDER et al., 2012). E pode-se considerar que essa problemática
tem origem na própria formação inicial de professores da educação básica, haja vista, que
na própria universidade tem sido priorizado o instrucionismo que leva a mera reprodução
do conhecimento (DEMO, 2004).

Considerando, que essa abordagem educacional não tem dado resultado,

evidencia-se a necessidade da aplicação de novas perspectivas para o ensino de ciências
da natureza, e uma das propostas que tem sido bastante discutida é o do ensino por
 5

investigação (AZEVEDO, 2012), que é uma abordagem ativa de construção do

conhecimento, pois exige que os sujeitos participes do processo de ensino-aprendizagem
façam e reflitam sobre o que fazem (SCHOEREDER et al., 2012), esse ensino pode ser
aplicado por diferentes metodologias, sendo que uma das possíveis é a denominada ciclos
de indagação que se baseia no ciclo de pergunta, ação e reflexão (ARANGO; CHAVES;
FEINSINGER, 2009) e se caracteriza como uma pratica da educação em ciência
denominada investigação orientada (CACHAPUZ et al., 2011).

Essa proposta tem por intuito construir um ensino capaz de acompanhar as

mudanças que ocorrem no mundo (SELBACH et al., 2010), e que possibilitem a
apropriação crítica pela população dos conhecimentos científicos e tecnológicos
(DELIZOICOV et al., 2011), principalmente ao possibilitar o re-encantamento dos jovens
pelo estudo da ciências que tem sido perdido atualmente, e assim eles possam valorizar a
cidadania, reforçando a democracia participativa de forma a ajudar o desenvolvimento
da ciência e tecnologia putada em uma linha democrática (CACHAPUZ, 2012).

2. JUSTIFICATIVA
Em um mundo cada vez mais dependente da ciência e da tecnologia, é
fundamental que seus cidadãos sejam capazes de entender os processos que levam a
mudanças na sua vida cotidiana. Apesar dessa constatação o que presenciamos a cada dia
é a incapacidade de compreensão pela população das ferramentas que balizam os mais
diversos processos tecnológicos que ocorrem nos diversos setores produtivos da
sociedade.

Isso em muito se deve a inadequação da compreensão da natureza da ciência

pela população em geral, inclusive de alguns que estão imersos na vida acadêmica, ou
seja, há uma inadequação da concepção das pessoas quanto a lógica de funcionamento
dos processos científicos. A natureza da ciência constituída a partir dos pressupostos
teóricos de Bachelard, Popper, Kuhn, diferem radicalmente da balizada pelos princípios
positivistas, que a compreendiam como uma ciência neutra e constituidoras de um
conhecimento perene, ou seja, não são influenciados pela cultura e pelo momento
histórico em que são construídos, bem como são absolutos e sem possibilidades de ser
constituído por erros epistemológicos.

E esses equívocos construídos nos próprios processos inerentes a ciência, são

potencializados nas instituições de ensino que agravam ainda mais os problemas
 6

derivados de tais erros, principalmente quando os métodos priorizam a memorização em

detrimento do desenvolvimento da capacidade da ação e reflexão sobre as situações do
cotidiano em que os indivíduos estão inseridos.

E é nesse contexto que ao se avaliar o desempenho dos estudantes brasileiros em

competências em leitura, matemática e ciências no Programa Internacional de Avaliação
de Estudantes (PISA), realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), o país tem ficado nas últimas posições com médias abaixo das
demais nações participantes da avaliação (BRASIL, 2016).

Assim, a presente proposta tem fundamental importância para a melhoria do

ensino d ciências, pois buscará desenvolver abordagens de ensino-aprendizagem ativas
que possibilitem aos participantes mobilizar habilidades e competências que levem a
interação do sujeito ao objeto de conhecimento, de forma que o mesmo possa refletir
sobre a natureza do conhecimento de sua aplicação em diversas situações do cotidiano e
busque que os produtos derivados da tecnociência possam ser democraticamente
partilhados e garantam a igualdades de direitos dos cidadãos.

E que dessa forma o sujeito possa compreender a complexidade da condição

humana, e possa enfrentar as desigualdades e incertezas que são impostas a cada dia a sua
condição e existência, de forma a se posicionar na busca de uma sociedade cada vez mais
democrática que respeite a diversidade de sujeitos, culturas e uso das tecnologias para o
bem comum.

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL:

Propiciar a capacitação dos acadêmicos de licenciatura em Ciências Biológicas a realizar
o processo de ensino-aprendizagem de Ciências através da ferramenta “Ciclo de
indagações”.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Incentivar aos acadêmicos da licenciatura em Ciências Biológicas do Campus
Caxias a adotarem metodologias de ensino-aprendizagem ativas;
 Desenvolver as habilidades e competências necessárias para aplicar o ensino
baseado nas práticas e procedimentos da investigação científica;
 Comparar a aprendizagem entre grupos que participaram das metodologias ativas
com grupos que participaram de metodologias tradicionais de ensino;
 7

 Desenvolver materiais didáticos e de divulgação científica para docentes das redes

públicas de ensino;
 Contribuir com a consolidação da Base Nacional Curricular Comum (BNCC),
estabelecendo compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que
envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e
tecnológico), bem como de transformá-lo com base nos aportes teóricos e
processuais das ciências.
 Auxiliar no cumprimento da meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE),
visando melhorar a qualidade do ensino de ciências, bem como elevar a média nas
avaliações do INEP e PISA nas escolas envolvidas no subprojeto.
 Participar de eventos de divulgação científica regionais e nacionais na área de
educação e ensino de ciências;

4. METODOLOGIA

EQUIPE EXECUTORA
Este subprojeto será constituído por um núcleo de iniciação, tendo como equipe
executora 30 alunos (24 bolsistas e 6 voluntários) da primeira metade do curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas do IFMA Campus Caxias, 3 (três) professores
supervisores, que auxiliarão o desenvolvimento das ações propostas nas escolas
selecionadas, e três coordenadores de área, 1 (um) bolsista e 2 (dois) voluntário.

2.1 RELAÇÃO DAS ESCOLAS ENVOLVIDAS NO SUBPROJETO

Colégio: Centro de Ensino Teófilo Dias
Endereço: Av. João Rosa, 365
Bairro: Centro
Cidade: Aldeias Altas - Maranhão
CEP: 65.610-000
Quantidade de alunos matriculados: 900 (Ensino fundamental e EJA)
Colégio: Centro de Ensino Inácio Passarinho
Endereço: Av. General Sampaio
Bairro: Morro do Alecrim
Cidade: Caxias - MA
 8

CEP: 65604-090
Quantidade de alunos matriculados: 1191 (Ensino fundamental e EJA)
Colégio: Escola Monsenhor Clovis Vidigal (Atualmente Colégio Militar Tiradentes IV)
Endereço: Avenida 2 Cohab
Bairro: Nova Caxias
Cidade: Caxias - MA
CEP: 65602-060
Quantidade de alunos matriculados: 1000 (Ensino Fundamental séries finais e
Ensino Médio)

2.2 NÚCLEO DE INICIAÇÃO

Coordenadores de área
Nome CPF Situação
Daniel Silas Veras dos Santos 941.094.863-00 Bolsista
Guilherme Santana Lustosa 013.748.833-52 Voluntário
Régia Maria Reis Gualter 017.674.743-50 Voluntária
Professores Supervisores
Cristiana da Silva Lima Azevedo 453.289.433-68 Bolsista
Luciane Maria Alves de Moura 002.516.183-07 Bolsista
Suzana Ferreira dos Anjos 010.982.677-96 Bolsista
Discentes selecionados
Adriele de Castro Ferreira 064.343.903-00 Bolsista
Aldecione Sena 019.162.713-59 Bolsista
Angela Maria Leitão de Sousa 206.205.433-53 Bolsista
Clarissa Cristina da Silva e Silva 005.954.053-20 Bolsista
Claudenice Pereira dos Santos 609.446.963-17 Bolsista
Fabiana Fernandes dos Santos 048.353.293-25 Bolsista
Francisca Ianka lopes dos Reis 069.425.693-56 Bolsista
Ingryde Emmanuelle Tavares Pereira 045.400.453-26 Bolsista
Jackson Januario Cunha Gonçalves 069.392.633-30 Bolsista
João Vitor Soares Morais 614.458.883-35 Bolsista
Juliana Karina Oliveira Moura 604.878.533-00 Bolsista
Kaio Felipe de Moura Cruz 609.040.263-02 Bolsista
Maria Helena Ferreira Duarte 068.305.183-00 Bolsista
Mateus dos Santos Silva 619.270.333-73 Bolsista
Mayra Leticia Nascimento Silva 608.727.773-08 Bolsista
Natasha dos Santos Soares 610.485.313-76 Bolsista
Paula Nascimento Alves 618.607.093-03 Bolsista
Paulo Sergio Siqueira da Silva 035.464.443-29 Bolsista
Rafael Rodrigues da Silva Lima 069.436.843-10 Bolsista
 9

Roniclecia Figueredo e Silva 910.717.453-28 Bolsista

Sandrik Marcelo Sousa 611.836.123-11 Bolsista
Sebastiana Kamila de Alencar de Sousa 603.465.683-40 Bolsista
Stefane Ferreira dos Santos 611.465.703-92 Bolsista
Veronilde Lima Oliveira 046.745.573-21 Bolsista
Eduardo Viana da Silva 044.704.741-85 Voluntário
Fabricio de Sousa Vitorino 059.602.753-25 Voluntário
João Carlos de Carvalho Torres 608.627.493-28 Voluntário
João Victor Calixto de Oliveira Santos 045.089.933-03 Voluntário
José de Alencar dos Santos Neto 615.225.143-50 Voluntário
Rafael Alves dos Santos 611.663.713-28 Voluntário

3. CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE EDUCACIONAL

O Centro de Ensino Teófilo Dias que está situado na Av. João Rosa, 365 na
cidade de Aldeias Altas-MA, a 33 km da cidade de Caxias-MA, oferta o Ensino Médio
Regular e o Ensino Médio EJA (Educação de Jovens e Adultos), atende aproximadamente
900 alunos distribuídos nos três turnos de ensino, dispondo de uma estrutura física
composta por oito salas de aula, uma sala de informática, sala dos professores, secretaria,
almoxarifados, cantina, banheiros e pátio.

Desenvolve um trabalho educacional, buscando um ambiente saudável que possa

construir uma sociedade mais justa e igualitária, exigências do novo currículo do Ensino
Médio, que propõe o desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício da
cidadania e enfatiza a formação geral para que o aluno, ao término dessa etapa, possa
continuar estudando e/ou entrar para o mercado de trabalho.

A escola tem recebido nos últimos anos um grande número de concludentes do

ensino fundamental de todo o município, incluindo zona urbana e zona rural, produto da
universalização desta etapa da Educação Básica. É nesse contexto, que estamos inseridos
e somos convidados a desempenhar dia-a-dia um papel fundamental na construção das
novas dimensões da nossa sociedade, tendo que superar desafios dos mais diversos como
a defasagem idade/série, que tem início no Ensino Fundamental; a evasão escolar,
sobretudo por razões de natureza econômica e os processos seletivos e excludentes que
se verificam, ainda, nos ensinos fundamental e médio que têm implicações para a
Educação Superior.

Expectativa do Gestor
 10

“Acreditamos que educação de qualidade é aquela que permite ao cidadão o

acesso, a compreensão e uso das possibilidades a ele concedidas pelo conhecimento, de
forma crítica, cidadã, ética e fraterna, capaz de oferecer possibilidades reais de progresso
dentro do contexto social, econômico e político em que estão inseridos. Com isso, a
realização desse projeto representa o desafio que a comunidade do Centro de Ensino
Teófilo Dias se propõe a desenvolver junto à comunidade escolar, visando a melhoria da
qualidade de ensino”.

O Centro de Ensino Inácio Passarinho é uma escola com uma proposta pedagógica
pautada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) e nas Diretrizes
Curriculares para o Ensino Médio e é centrada no principal sujeito de educação – o aluno
- e em suas interações sociais e sua participação ativa no processo de ensino-
aprendizagem. A missão da escola é formar cidadãos críticos e participativos para atuar
na sociedade.
A escola pertence a rede pública estadual, atende uma clientela de 1191 alunos,
funciona nos três turnos com 83 professores, atende o ensino médio na modalidade
regular e EJA. Seu público alvo são alunos na faixa etária entre 16 e 25 anos, a maioria
deles vivendo nas proximidades da escola, mas também assiste cerca de 100 alunos, no
turno vespertino, oriundos da zona rural. Em sua maioria, são oriundos de famílias de
baixa renda. Os professores são especialistas e mestres com formação específica na área
de atuação.

Expectativa do Gestor
“A Escola já trabalhou com bolsista do PIBID. Um trabalho muito bem
desenvolvido que muito engrandeceu nosso ensino. A expectativa da escola com essa
nova parceria é formar e orientar os educandos de forma que eles estejam aptos a serem
agentes de transformação. O PIBID é uma iniciação científica de grande valor pois
objetiva trabalhar essa base nos educandos”.

O Colégio Militar Tiradentes IV busca promover educação básica de excelência

aos dependentes de policiais militares e assemelhados, bem como a alunos oriundos da
comunidade em geral, através de metodologias pedagógicas inovadoras e efetivas, através
de ações éticas, segundo valores, costumes e tradições cívico-militares, objetivando: 1.
Permitir ao discente desenvolver atitudes e incorporar valores familiares, sociais cívicos
que lhe assegurem um futuro como cidadão consciente de seus direitos, deveres e
responsabilidades, qualquer que seja seu futuro campo de atuação profissional; 2.
Desenvolver no discente a visão crítica dos fenômenos políticos, históricos, sociais,
 11

econômicos e científico-tecnológicos, ensinando-os e preparando-os para refletir e

compreender os fenômenos e não, meramente, memoriza-los; e 3. Estimular a saudável
prática de atividades físicas, buscando o desenvolvimento físico do discente e
incentivando a prática habitual de esportes.

Expectativa do Gestor
“Esperamos que o desenvolvimento das atividades do PIBID possa ajudar a
consolidar nossos objetivos, de forma a efetivar a formação de cidadãos comprometidos
com a sociedade, e que possam ajudar a melhorar a formação dos futuros profissionais da
educação”.

4. METODOLOGIA

4.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DIDÁTICAS

As atividades didáticas desenvolvidas pelos acadêmicos de Licenciatura em

Ciências Biológicas deverão contemplar metodologias de ensino-aprendizagem ativas,
nesse sentido os bolsistas deverão participar de oficinas para construção de habilidades e
competências que visem a aplicação da ferramenta denominada “Ciclos de indagação”,
que consiste numa metodologia na qual o sujeito é levado a elaborar uma pergunta que
tenha por característica ser respondível, simples, direta e capaz de comparação, ou seja,
pode ser testada empiricamente. Que leve a uma fase de planejamento que permita obter
as informações necessárias para responder a pergunta e que possa ser refletida através da
reflexão a partir da literatura científica sobre o tema (ARANGO; CHAVES;
FEINSINGER, 2009). Para elaboração dos problemas serão levados em consideração as
unidades temáticas das ciências da natureza para os anos finais do ensino fundamental
constantes na Base Nacional Comum Curricular-BNCC (BRASIL, 2017).

4.2 ACOMPANHAMENTO DOS DISCENTES PELOS COORDENADORES E

PROFESSORES SUPERVISORES

As unidades didáticas para aplicação bimestral elaboradas pelos discentes

deverão ser apresentadas em reunião aos coordenadores e professores supervisores para
as devidas discussões e adequações. A aplicação das unidades será acompanhada pelo
professor supervisor através de uma ficha padronizada, a partir do qual deve ser elaborado
um relatório mensal para avaliação das atividades aplicadas. Ao final do bimestre será
realizada nova reunião com todos os participantes do projeto para avaliar os processos de
ensino-aprendizagem realizados ao longo do bimestre, nessa atividade deverão ser
 12

debatidos os pontos positivos e negativos do processo desenvolvido, para nortear novas

estratégias a serem utilizadas para as próximas unidades, tais reuniões devem ser
registradas em ata.

4.3 PREVISÃO SUCINTA DAS ATIVIDADES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS

As ações previstas para os licenciandos em Ciências Biológicas participantes
deste subprojeto, consistem em oportunizar o desenvolvimento da docência e elevar a
capacidade de dos acadêmicos a uma práxis educacional capaz de desenvolver um
ensino-aprendizagem que atenda as demandas da sociedade contemporânea. Desta
forma, prevê-se as seguintes atividades:
1. Conhecer a escola nos aspectos estruturais e administrativos como: calendário
escolar, horário das aulas, regimento escolar, projeto político pedagógico, organização
curricular, quadro de professores, sistema de avaliação e aprendizagem e recursos
didáticos disponíveis.
2. Determinar o espaço físico para atividades do PIBID.
3. Conhecer a dinâmica de sala de aula com o professor supervisor.
3.1. Preparar plano de disciplina;
3.2. Preparar o plano de aula;
3.3.Conhecer o conteúdo ministrado;
3.4. Observação das aulas, especialmente da metodologia utilizada, objetivando a
identificação dos principais problemas a serem enfrentados no ensino de ciências;
3.5. Elaborar aulas expositivas e/ou práticas que atendam as unidades temáticas da
BNCC;
3.6. Confeccionar materiais didáticos/experimentos para o ensino de ciências.
4. Atuar em salas de Monitoria.
4.1. Utilizar o método dos ciclos de indagação para desenvolver atividades propostas;
4.2.Auxiliar os alunos nas atividades extraclasses;
4.3. Preparar material didático alternativo.
5. Avaliar a aprendizagem e sua prática pedagógica.
5.1. Preparar avaliações;
5.2. Corrigir avaliações;
5.3. Realizar análise comparativa de notas.
6. Ensinar através de troca de experiências.
7. Relatar as atividades realizadas.
 13

8. Atuar na recuperação dos alunos.

9. Elaborar Mini-curso e/ou Oficinas em ensino de ciências.
10. Participar das reuniões da coordenação do subprojeto.
11. Divulgar o conhecimento que foi adquirido durante o PIBID em eventos de caráter
científico e cultural.
12. Elaboração de relatórios.

4.4 REGISTRO DAS ATIVIDADES DISCENTES, AVALIAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO

Os discentes deverão a cada aula fazer os devidos registros fotográficos e/ou

audiovisuais para produção de portfolios ou vídeos de divulgação de atividades didáticas
para apresentar em páginas da internet voltadas para a divulgação científica. A avaliação
deverá ser realizada de forma processual verificando-se o desenvolvimento das
habilidades e competências estipuladas para cada fase das atividades aplicadas na escola-
campo. A socialização dos resultados será realizada através de páginas da internet
construídas com objetivo especifico de divulgação, pela organização de evento para
compartilhar as atividades realizadas junto a comunidade escolar (gestores, professores e
pais de alunos, acadêmicos) e de participação em eventos acadêmicos regionais e/ou
nacionais na área de educação e ensino de ciências.

5. ORÇAMENTO
VALOR VALOR VALOR
TIPOS DE
QUANT. UNITÁRIO TOTAL TOTAL GERAL
BOLSAS
(R$) MENSAL (R$) (R$)
Bolsa de iniciação
à docência 24 9.600,00 172.800,00
400,00
referente a 18
meses
Bolsa de
Supervisores de 3 2.295,00 41.310,00
765,00
área referente a 18
meses
Bolsa do
Coordenador de 1 1.400,00 25.200,00
1.400,00
área referente a 18
meses
TOTAL GERAL 239.310,00
 14

6. CRONOGRAMA
Atividades
Meses

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13° 14° 15° 16° 17° 18°

A X X X X X X X X X X X X X X X X X X

B X X X

C X

D X X X X X X X X X X X X X X X X

E X X X X X

F X X X

G X X X X X X X X X X X X X X X X X X

H X X

Detalhamento das atividades

Atividade A – Revisão de literatura - levantamento bibliográfico relacionados a pesquisa
proposta – (01/08/2018 a 31/01/2019);
Atividade B – Treinamento dos licenciandos e supervisores e envio dos planos de
atividades de do núcleo de iniciação (31/08/2018); Confecção de material didático
atendendo as unidades temáticas estabelecidas pela BNCC – (01/08/2018 a 31/10/2018);
Atividade C – Observação das aulas de ciências nas escolas pelos alunos de licenciatura
– (01/08/2018 a 31/08/2018);
Atividade D – Desenvolvimento da metodologia proposta com atuação dos licenciandos:
problematização por ciclos de indagação – (03/09/2018 a 20/12/2019);
Atividade E: Realização de estudo comparativo com as notas atuais e anteriores dos
alunos das escolas participantes e entrevista mediante questionário – (15/12/2018 a
28/02/2019);

Atividade F: Elaboração de relatórios semestrais e final (01/06/2019 a 30/06/2019;

01/12/2019 a 20/12/2019; 01/06/2020), resumos para submissão em eventos científicos e
 15

elaboração de artigos com os resultados da execução do projeto serão realizados de acordo

com as demandas de eventos de divulgação na área.

Atividade G: Entrega de relatório mensal ao coordenador institucional – (31/08/2018 a

31/01/2020.1);

Atividade H: Realização de palestras e minicursos a comunidade escolar – (15/11/2019

a 15/12/2019).

REFERÊNCIAS
ARANGO, N.; CHAVES, M. E.; FEINSINGER, P. Principios y práctica de la
enseñanza de ecologia em el pátio de la escuela. Instituto de Ecología y
Biodiversidad-Fundación Senda Darwin: Santiago, 2009. Acesso em: 19 mar. 2018.
Disponível em: http://www.sendadarwin.cl/espanol/wp-
content/uploads/2010/01/ensenanza-de-la-ecologia-en-el-patio-de-la-escuela-eepe1.pdf
AZEVEDO, M. C. P. S. Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala
de aula. p. 19-33. IN: CARVALHO, A. M. P. et al. Ensino de ciências: unindo
pesquisa e prática. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Acesso em: 19 mar. 2018. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
BRASIL. Avaliação internacional: Resultado do Pisa de 2015 é tragédia para o futuro dos
jovens brasileiros. BRASÍLIA, dez. 2016. Disponível em: <
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=42741>. Acesso em: 20 mar.
2018.
CACHAPUZ, A. Do ensino de ciências: seis coisas que aprendi. P. 11-32. IN:
CARVALHO, A. M. P. et al. Ensino das ciências como compromisso científico e
social: os caminhos que percorremos. São Paulo: Cortez, 2012.
CACHAPUZ, A. et al. A necessária renovação do ensino e ciências. 2. ed. São Paulo:
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