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MUST UNIVERSITY

MASTER OF SCIENCE IN EMERGENT TECHNOLOGIES IN EDUCATION

CLAUDENICE LACERDA DOS REIS ANDRADE

AS CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO E


APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL

FLORIDA – USA
2023
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CLAUDENICE LACERDA DOS REIS ANDRADE

AS CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO E


APRENDIZAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão Final apresentado


como requisito parcial para obtenção do título
de MESTRE no Curso de MASTER OF
SCIENCE IN EMERGENT
TECHNOLOGIES IN EDUCATION da
MUST UNIVERSITY – Florida USA.

Orientador (a): Prof. (a) Dr. (a) ELIANE QUINELATO

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BNCC - Base Nacional Comum Curricular


CIEB - Centro de Inovação para a Educação Brasileira
TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação
TDIC - Tecnologia Digital da Informação e Comunicação

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RESUMO

Na sociedade contemporânea é muito comum a utilização da tecnologia em diversas


atividades e situações do dia a dia, desde a criança até o adulto, no qual as crianças já
possuem certo domínio sobre alguns aparelhos tecnológicos, como por exemplo o celular,
tablet. Nesse sentido, o tema se justifica por se tratar de um assunto relevante para o ambiente
escolar, para a educação infantil levando em consideração a realidade global. O estudo tem
como objetivo discorrer sobre as contribuições das tecnologias no ensino e aprendizagem na
educação infantil, com intuito de demonstrar que o uso de tecnologia no processo educativo
infantil acarreta muitos benefícios para o desenvolvimento cognitivo e de habilidades, até pela
curiosidade e motivação que desperta nas crianças, fazendo com que a atividade se torne mais
interessante. Pretende-se ainda demonstrar em cada capítulo a importância da tecnologia, do
docente e da família no processo educativo infantil, considerando ainda a importância do
ambiente alfabetizador proporcionar mecanismos e ferramentas para que o professor consiga
desenvolver atividades por intermédio da tecnologia. A pesquisa teve como amparo a
pesquisa bibliográfica, com estudos da literatura voltadas para o tema proposto, utilizando
como exemplo os autores Garcia (2017), Libâneo (2003), Gil (2008), Moreira (2003), a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96, dentre outros, bem como artigos,
teses e materiais já publicados disponíveis nas plataformas digitais como Scielo e Google
Acadêmico, com intuito de capacitar ainda mais a pesquisa e alcançar os objetivos propostos
para melhor compreensão dos leitores, e demonstrar que a tecnologia tem muito a beneficiar a
educação quando incluída nas praticas pedagógicas, especialmente para o desenvolvimento
cognitivo e habilidades na Educação Infantil.

Palavras-chave: Tecnologia. Educação Infantil. Ensino. Aprendizagem.


Desenvolvimento.

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ABSTRACT

In contemporary society, it is very common to use technology in various day-to-day activities


and situations, from children to adults, in which children already have a certain mastery over
some technological devices, such as cell phones and tablets. In this sense, the theme is
justified because it is a relevant subject for the school environment, for early childhood
education, taking into account the global reality. The study aims to discuss the contributions
of technologies to teaching and learning in early childhood education, with the aim of
demonstrating that the use of technology in the early childhood educational process brings
many benefits to cognitive and skill development, including the curiosity and motivation it
awakens. children, making the activity more interesting. It is also intended to demonstrate in
each chapter the importance of technology, the teacher and the family in the children's
educational process, also considering the importance of the literacy environment to provide
mechanisms and tools so that the teacher can develop activities through technology. The
research was supported by bibliographical research, with literature studies focused on the
proposed theme, such as the authors Garcia (2017), Libâneo (2003), Gil (2008), Moreira
(2003), the Law of Guidelines and Bases of National Education – Law 9,394/96, among
others, as well as articles, theses and materials already published available on digital
platforms such as Scielo and Google Scholar, with the aim of further enabling research and
achieving the proposed objectives for better understanding by readers, and demonstrate that
technology has a lot to benefit education when included in pedagogical practices, especially
for cognitive development and skills in Early Childhood Education.

Keywords: Technology. Child education. Teaching. Learning. Development.

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AS CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA
EDUCAÇÃO INFANTIL

Claudenice Lacerda dos Reis Andrade

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................07

2. METODOLOGIA.......................................................................................................09

3. A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO


INFANTIL...................................................................................................................11
3.1. O Papel do Docente no Processo Da Educação Midiática....................................15
3.2. A Influência da Família.........................................................................................21
3.3. A Integração das TDIC na Base Nacional Comum Curricular.............................23

4. AS TECNOLOGIAS DIGITAIS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO


INFANTIL..................................................................................................................29
4.1. Os Principais Recursos Tecnológicos Utilizados no Processo de Ensino
Aprendizagem.......................................................................................................29
4.1.1 Computador..................................................................................................35
4.1.2 Jogos no Processo de Ensino Aprendizagem...............................................37
4.2 Da Contribuição do Trabalho Lúdico....................................................................40
4.3 Do Papel das Instituições Educacionais................................................................44

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................49

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................51

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1. INTRODUÇÃO

O estudo em tela tem como escopo abordar a influência das Tecnologias no Ensino

Aprendizagem da Educação Infantil, levando em consideração as grandes mudanças ocorridas

ao longo dos tempos, com o frenético avanço tecnológico que veio a alterar o comportamento

humano.

Assim sendo, a tecnologia vem contribuindo consideravelmente para a realidade

vivida por toda a sociedade, alterando também o comportamento e a maneira de o docente

ensinar, e do aluno de aprender, ou seja, alterando a rotina no ambiente educacional.

A presente pesquisa justifica-se por se tratar de um tema importante, levando em

consideração os avanços sofridos no ambiente educacional e social por intermédio da grande

modificação e possibilidades trazidas pela internet e ferramentas tecnológicas, ficando cada

dia mais evidente que o uso das mesmas na vida cotidiana do ser humano, é cada vez mais

presente.

A utilização de recursos midiáticos na Educação Infantil, que compreende a primeira

etapa da Educação Básica, desempenha um papel crucial no processo de ensino-

aprendizagem. Isso se deve ao fato de que muitas crianças já trazem consigo experiências

relacionadas às novas tecnologias em sua bagagem cultural. Dessa forma, a responsabilidade

da escola consiste em proporcionar uma aprendizagem significativa, baseada nas vivências da

criança, estimulando sua criatividade e curiosidade.

É conhecido que a integração de recursos midiáticos na educação tem evoluído desde

a década de 70, emergindo como uma metodologia capaz de satisfazer as demandas tanto do

ensino quanto da aprendizagem.

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Dessa maneira, a autora do trabalho, que atua como docente na educação infantil de

uma escola no município de Bataguassu, Mato Grosso do Sul, tem como intuito trazer um

estudo sobre a utilização das TDIC, como ferramenta auxiliadora para o desenvolvimento

cognitivo dos alunos e uma nova maneira de ensinar, através da utilização de embasamento

teórico, sobre a temática apresentada.

Com a utilização de embasamento teórico, por intermédio de revisão de literatura

sobre o tema, com a proposta de alcançar os resultados almejados, atender os objetivos

elucidados no presente projeto, a fim de aprofundar conhecimentos sobre o tema, embasar

futuras pesquisas acadêmicas e agregar conhecimentos para inovação da prática pedagógica.

O trabalho tem como objetivo geral explanar as contribuições e os benefícios oriundos

da tecnologia para o ensino aprendizagem na educação infantil; e ainda como objetivos

específicos, discutir as contribuições das tecnologias na prática pedagógica para a educação

infantil; conhecer as políticas educacionais direcionadas ao processo de integração da

tecnologia na educação atual; investigar em que medida as tecnologias digitais contribuem

para a motivação do aluno; estudar quais as formas de o docente utilizar a tecnologia como

método de ensino em sala de aula na educação infantil.

Diante das pesquisas realizadas, o projeto que se inicia pretende abordar a seguinte

pergunta: quais as contribuições e os benefícios oriundos da tecnologia para o ensino

aprendizagem na educação infantil?

Optou-se por dividir o trabalho em capítulos para facilitar no desenvolvimento e

compreensão dos leitores, sendo o primeiro capítulo tratando da importância da tecnologia no

ambiente escolar, levantando um estudo sobre a o papel do professor na educação midiática,

bem como qual a influência da família nessa fase de aprendizagem e por fim, um estudo sobre

a integração das TDIC na Base Nacional Comum Curricular.

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No segundo capítulo buscou-se trazer um breve estudo sobre as tecnologias digitais

nas práticas pedagógicas, bem como sobre os principais recursos tecnológicos utilizados no

processo de ensino aprendizagem, da importância e contribuição da ludicidade e por fim,

sobre o papel das Instituições Educacionais.

2. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do estudo proposto optou-se pela utilização da pesquisa

descritiva bibliográfica, partindo da vertente crítico dialética, usando como fundamento o

entendimento de alguns autores da literatura, com intuito de um melhor desenvolvimento da

proposta, bem como fontes bibliográficas publicadas, como jornais, revistas, livros, pesquisas,

monografias, teses e material cartográfico, com propósito de inserir o pesquisador em um

contato direto com outras fontes já conhecidas.

Para Manzo (1971, p. 32), a bibliografia pertinente “oferece meios para definir,

resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os

problemas não se cristalizam suficientemente”, tendo em vista permitir ao cientista, ao

pesquisador e estudiosos, o reforço paralelo na análise para seu desenvolvimento literário.

Para melhor compreensão sobre a maneira definida para elaboração da presente

pesquisa, cita-se o autor abaixo, com a seguinte conceituação, vejamos:

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído


principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja
exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Parte dos estudos exploratórios
podem ser definidos como pesquisas bibliográficas, assim como certo número de
pesquisas desenvolvidas a partir da técnica de análise de conteúdo (Gil, 2008, p.50).

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Portanto, a pesquisa bibliográfica não se resume à simples repetição do que já foi dito

ou escrito sobre um determinado assunto, ou seja, todo material já existente possibilita a

investigação de um tema sob uma nova ótica ou abordagem, culminando em conclusões

inovadoras.

Assim, a maneira encontrada para o desenvolvimento da pesquisa viabiliza uma

melhor forma de estudo, ampliando a compreensão e entendimento do tema proposto,

propiciando um estudo completo e de vasta informações relevantes para o leitor.

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3. A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

O presente capítulo tem como escopo explanar as contribuições e os benefícios

oriundos da tecnologia para o ensino e aprendizagem na educação infantil, discorrendo sobre

o papel do docente no ambiente escolar, bem como abordar sobre a influência da família e

quais são as diretrizes disciplinadas sobre as TDIC na Base Nacional Comum Curricular –

BNCC.

Dessa forma, busca-se a demonstração da evolução e o crescimento da tecnologia no

meio social e também no âmbito educacional, especialmente no que tange ao processo de

desenvolvimento cognitivo, competências e habilidades da criança.

Outro fator importante de levar-se em consideração, é a maneira através da qual se

leciona na sociedade contemporânea. Atualmente, é possível utilizar-se de uma variedade de

ferramentas para auxiliar o docente no processo de ensino e aprendizagem, não somente

pautando-se na metodologia tradicional de ensino, mas utilizando-se de ferramentas

tecnológicas, de ambientes virtuais, computadores, como mecanismo de auxílio para a prática

pedagógica, fazendo com que a aula se torne mais prazerosa e atrativa aos alunos.

Clarividente que os meios de ensino e utilização de tecnologias nas instituições de

ensino públicas e privadas, são distintos. No ensino público, por exemplo, as tecnologias

empregadas atualmente se limitam predominantemente ao uso de televisão, DVD e celulares.

Em contrapartida, as instituições de ensino privados têm uma melhor estrutura no que tange

ao uso da TDIC em sala de aula. (Libâneo, 2003)


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Portanto, é crucial que o educador assegure a integração de todas essas tecnologias na

proposta pedagógica, a fim de potencializar o processo de ensino e aprendizagem. Nesse

sentido, mencionam-se os dizeres do autor abaixo:

[...] as mídias apresentam-se, pedagogicamente, sob três formas: como conteúdo


escolar integrante das várias disciplinas do currículo, portanto, portadoras de
informação, ideias, emoções, valores; como competências e atitudes profissionais; e
como meios tecnológicos de comunicação humana (visuais, cênicos, verbais, sonoros,
audiovisuais) dirigida para ensinar a pensar, ensinar a aprender a aprender,
implicando, portanto, efeitos didáticos como: desenvolvimento de pensamento
autônomo, estratégias cognitivas, autonomia para organizar e dirigir seu próprio
processo de aprendizagem, facilidade de análise e resolução de problemas, etc.
(Libâneo, 2003, p. 70).

É possível afirmar, de acordo com o entendimento de Moran (2005), que as mídias,

tecnologias, internet e variados recursos tecnológicos existentes para uso na educação

desempenham um papel relevante e indispensável, uma vez que, constantemente, transmitem

informações interpretadas, apresentam modelos de comportamento, ensinam linguagens

coloquiais e multimídia, e priorizam certos valores em detrimento de outros.

Como menciona o autor, é fatídico que a mídia e a tecnologia estão cada dia mais

presentes na vida e rotina humana, tornando-se um mecanismo ainda mais célere e

organizado, ou seja, as mídias e tecnologias possibilitam um leque de opções de práticas

pedagógicas ao docente, até mesmo na maneira em que o aluno vai absorver as informações

que lhe forem passadas.

As tecnologias devem ser empregadas com o objetivo de ampliar o conhecimento da

criança, permitindo que sua aprendizagem se desenvolva de maneira envolvente e motivadora.

Esse uso visa despertar o interesse dos alunos, tornar as aulas mais prazerosas e proporcionar
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uma aprendizagem significativa para todos. Portanto, é essencial integrar aos processos

educacionais os novos recursos proporcionados pela tecnologia e internet, sem negligenciar

aqueles indivíduos que enfrentam alguma dificuldade de aprendizagem. (Moran, 2005).

A integração da educação com a tecnologia desempenhará um papel fundamental na

promoção de uma linguagem comunicativa voltada para a exploração de direções e indicações

de horizontes, proporcionando aos educadores ferramentas valiosas para a construção de

novos conceitos.

Essa sinergia entre educação e tecnologia não apenas amplia as possibilidades de

aprendizado, mas também oferece oportunidades inovadoras para aprimorar métodos

pedagógicos, adaptando-se às demandas contemporâneas da sociedade digital.

Ao abraçar essa interconexão, os educadores são capacitados a nutrir ambientes

educacionais dinâmicos, fomentando o desenvolvimento de habilidades essenciais para os

alunos no contexto atual.

De fato, as inovações tecnológicas, por si só, não asseguram inovações pedagógicas

significativas. Essas últimas dependem de um diagnóstico preciso do contexto educacional, da

definição clara de objetivos e prioridades, da seleção cuidadosa de estratégias, do

planejamento metódico e das interações efetivas em contextos reais de aprendizagem.

A tecnologia, quando integrada de maneira consciente e alinhada aos objetivos

educacionais, pode potencializar as experiências de ensino e de aprendizagem. No entanto, é

imperativo que os educadores, juntamente com os as partes interessadas, compreendam as

necessidades específicas do ambiente educacional e adaptem às inovações tecnológicas de

acordo a nova realidade global. (Moreira, 2003).

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A verdadeira transformação pedagógica ocorre quando a tecnologia é aplicada de

forma estratégica para melhorar a qualidade da educação, considerando as nuances do

processo educacional e as dinâmicas das interações humanas.

Dessa forma, é essencial que os educadores proporcionem atividades tecnológicas

lúdicas às crianças, uma vez que o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem

e contribui para o desenvolvimento integral da criança nos âmbitos pessoal, social e cultural.

Essas atividades desempenham um papel crucial não apenas no desenvolvimento cognitivo,

mas também na promoção de uma boa saúde mental e física.

O lúdico, ao ser incorporado ao ambiente educacional, oferece às crianças

oportunidades valiosas para explorar, experimentar e aprender de maneira prazerosa. Além de

fortalecer habilidades cognitivas, como a resolução de problemas e a criatividade, as

atividades lúdicas promovem a interação social, o desenvolvimento emocional e a expressão

individual. (Moran, 2005).

Ao reconhecer a importância do aspecto lúdico na educação, os professores não

apenas enriquecem a experiência de aprendizado, mas também contribuem para a formação de

indivíduos mais equilibrados e saudáveis. Dessa forma, a integração de atividades lúdicas no

currículo escolar pode ser vista como um investimento no desenvolvimento integral das

crianças.

Assim, a função do professor passa por uma transformação significativa, deixando de

ser apenas detentor do conhecimento para se tornar um guia nas investigações dos alunos.

Nesse novo paradigma educacional, o espaço para a troca de conhecimento se expande

consideravelmente, e o processo de comunicação se renova com a integração das tecnologias

em conjunto com as atividades lúdicas.

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O professor assume um papel mais ativo na facilitação do aprendizado, estimulando a

curiosidade, promovendo a autonomia e orientando os estudantes em suas descobertas. A

interação com as tecnologias proporciona novas formas de acesso ao conhecimento,

permitindo que os alunos explorem recursos diversificados e construam suas compreensões de

maneira mais interativa e participativa.

Dessa maneira, a combinação entre tecnologia e atividades lúdicas não apenas

enriquece o ambiente de aprendizagem, mas também promove um engajamento mais

profundo dos alunos, incentivando a criatividade e a colaboração. Nesse contexto, o professor

atua como um facilitador do processo educacional, adaptando-se às necessidades dos alunos e

aproveitando as oportunidades oferecidas pela interconexão entre tecnologia, ludicidade e

ensino.

3.1. O Papel do Docente no Processo da Educação Midiática

Como visto anteriormente, o professor tem um papel fundamental e indispensável em

sala de aula para orientar e mediar o ensino aprendizagem de seus alunos, quer seja através

das inovações tecnológicas ou das práticas e métodos tradicionais de ensino.

Por outro lado, existe a utilização e interligação entre a mídia e o papel do docente no

ambiente educacional, ou seja, a mídia-educação, que pode ser compreendida como um

campo de estudo situado na interface entre dois domínios distintos: educação e comunicação.

Essa abordagem visa explorar e integrar o uso das mídias no contexto educacional,

reconhecendo a influência significativa que as formas de comunicação contemporâneas têm

sobre o aprendizado e o desenvolvimento dos indivíduos. (Fantin, 2006).

Na interseção entre educação e comunicação, a mídia-educação busca entender como

as tecnologias de informação e comunicação (TICs), como a internet, redes sociais, televisão,


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rádio e outros meios, podem ser utilizadas de maneira eficaz e educativa. Esse campo propõe

explorar não apenas o conteúdo transmitido pelas mídias, mas também os processos de

produção, recepção e interpretação. (Garcia, 2017).

Ao integrar a mídia-educação no ambiente educacional, busca-se desenvolver a

capacidade crítica dos alunos em relação às mensagens midiáticas, promover habilidades de

alfabetização midiática e fomentar o uso construtivo e consciente das tecnologias na busca

pelo conhecimento (Fantin, 2006). Portanto, a mídia-educação desempenha um papel crucial

na preparação dos indivíduos para a sociedade contemporânea, onde a comunicação e o

acesso à informação desempenham um papel central em diversas esferas da vida.

Exatamente, a evolução do papel do professor na era da mídia-educação destaca sua

importância fundamental na construção de novos saberes. Sua responsabilidade aumenta

significativamente, uma vez que ele precisa se adaptar às diversas linguagens proporcionadas

pelas mídias e criar oportunidades que vão além das situações educativas tradicionais,

transcendendo os limites da sala de aula.

O professor, ao incorporar a mídia-educação em sua prática pedagógica, torna-se um

mediador entre os alunos e as múltiplas formas de informação disponíveis. Ele não apenas

transmite conhecimento, mas também orienta os estudantes na análise crítica das mensagens

midiáticas, incentivando a interpretação e a compreensão contextualizada.

Além disso, ao transcender as fronteiras da sala de aula, o professor cria ambientes de

aprendizagem mais dinâmicos e conectados com a realidade dos alunos. Isso implica o

reconhecimento de que o aprendizado não se limita aos espaços formais e que as experiências

fora da sala de aula, podem enriquecer significativamente o processo educacional.

Dessa forma, o professor assume um papel mais aberto, adaptável e ativo, preparando

os alunos não apenas com conhecimentos acadêmicos, mas também com as habilidades

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necessárias para navegar efetivamente em um mundo cada vez mais permeado pela

comunicação midiática.

Levando em consideração os levantamentos bibliográficos literários a respeito do

tema, destacam-se os dizeres de Garcia (2017), que os educadores devem ser incentivados a

buscar novas metodologias e aprofundar seus conhecimentos sobre as ferramentas

tecnológicas emergentes. Além disso, é crucial que se estabeleçam conexões práticas entre

essas ferramentas e os métodos de ensino tradicionais.

Para apoiar os professores nesse processo de atualização, é fundamental proporcionar

oportunidades de formação contínua e desenvolvimento profissional que os capacitem a

integrar efetivamente as tecnologias digitais em suas práticas pedagógicas. Essa formação não

deve apenas fornecer conhecimentos técnicos, mas também promover uma compreensão

aprofundada do potencial educacional das tecnologias digitais.

Ao encorajar os professores a explorar novas abordagens e experimentar com as

tecnologias, estaremos promovendo um ambiente de aprendizado dinâmico e inovador. Isso

implica não apenas usar as tecnologias como ferramentas de transmissão de informações, mas

também como meios para fomentar a criatividade, a colaboração e o pensamento crítico dos

alunos.

Em última análise, auxiliar os professores a se engajarem e se tornarem mediadores

eficazes das tecnologias digitais é uma estratégia fundamental para preparar os alunos para o

mundo digital em constante evolução.

Certamente, a inclusão da educação midiática de forma lúdica na prática pedagógica

pode ter impactos positivos no envolvimento dos alunos e na facilitação da expressão pessoal.

A abordagem lúdica, ao envolver elementos de diversão e jogos, cria um ambiente mais

descontraído e propício para que os alunos se expressem de maneira autêntica.

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[…] podemos dizer que um trabalho executado no computador pode ser


permanentemente resgatado e modificado. Podemos dizer, sem exagero, que o
trabalho com mídias digitais não está nunca terminado, está em processo. Essa
condição interfere nos critérios de avaliação e propõe o exercício de aprendizagem
continuada — a possibilidade de sempre alterar, melhorar e aperfeiçoar uma tarefa
(Costa, 2013, p. 193).

Assim, a preparação e formação do professor desempenham um papel crucial na

criação de práticas pedagógicas mais atraentes e significativas, especialmente quando se trata

da integração de práticas lúdicas e inovadoras aliadas ao uso de recursos digitais e tecnologia

na educação.

A rápida evolução da tecnologia exige que os professores estejam atualizados sobre as

últimas tendências e ferramentas educacionais digitais. A formação contínua permite que eles

adquiram as habilidades necessárias para integrar essas tecnologias de maneira eficaz em sua

prática.

As práticas lúdicas e inovadoras têm o potencial de tornar o ambiente de

aprendizagem mais envolvente para os alunos. A formação do professor pode capacitá-lo a

criar atividades que despertem o interesse dos alunos, promovendo a participação e o

aprendizado ativo.

Além do aspecto técnico, a formação do professor pode incluir estratégias para

desenvolver habilidades sociais e emocionais dos alunos por meio de práticas lúdicas. Isso

contribui para um ambiente escolar mais inclusivo e favorável ao desenvolvimento integral

dos estudantes.

A formação permite que os professores entendam as características e necessidades

específicas de seus alunos, adaptando suas práticas pedagógicas, no qual, é fundamental

quando se trata de integrar tecnologia de maneira personalizada.


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A formação prepara os professores para serem facilitadores da criatividade,

incentivando a concepção e implementação de atividades inovadoras que estimulem a

imaginação e a expressão criativa dos alunos.

Ao compreender como utilizar recursos digitais de maneira personalizada, os

professores podem criar ambientes de aprendizagem que se adequem às diferentes

necessidades e estilos de aprendizado dos alunos.

Portanto, investir na preparação e formação dos professores para incorporar práticas

pedagógicas lúdicas, inovadoras e digitais é fundamental para garantir uma educação mais

eficaz e alinhada às demandas do século XXI. Essa abordagem contribui para a formação de

estudantes mais envolvidos, críticos e preparados para os desafios tecnológicos e sociais

contemporâneos.

De acordo com Libâneo (1998), há um ponto fundamental na prática pedagógica: a

mediação do professor na relação ativa do aluno com os conteúdos, levando em consideração

o conhecimento prévio que o aluno traz para a sala de aula. Esse reconhecimento e respeito

pelo conhecimento de mundo do aluno são princípios essenciais da abordagem construtivista

da aprendizagem.

Ao considerar o conhecimento prévio dos alunos, o professor pode adaptar sua

instrução de maneira a conectar novos conceitos e informações ao que os alunos já sabem.

Esse processo não apenas torna o aprendizado mais significativo, mas também permite que os

alunos construam pontes entre o que já conhecem e o que estão aprendendo, facilitando a

retenção e a aplicação do conhecimento.

Além disso, reconhecer o potencial cognitivo, a capacidade, o interesse e os

procedimentos de pensamento individuais dos alunos é crucial para personalizar a abordagem

de ensino.

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Isso pode envolver a oferta de diferentes modalidades de aprendizado, adaptação de

estratégias de avaliação e a promoção de um ambiente de aprendizagem que respeite a

diversidade de estilos de aprendizado.

Ao mediar essa relação entre o aluno e a matéria, o professor atua como um

facilitador, guiando o processo de construção do conhecimento e proporcionando um

ambiente estimulante para o desenvolvimento intelectual dos alunos. Essa abordagem não

apenas promove um aprendizado mais eficaz, mas também valoriza a singularidade de cada

aluno, contribuindo para um ambiente educacional inclusivo e enriquecedor.

Por fim, o ponto crucial é sobre a necessidade de os professores se adaptarem às

mudanças na área educacional, especialmente diante da inserção das tecnologias. A mudança

não implica abandonar completamente o passado, mas sim integrar as experiências anteriores

de forma significativa na construção de uma nova prática pedagógica (Marinho, 1998).

Adaptar-se ao cenário educacional em constante evolução envolve não apenas a

aquisição de novas habilidades tecnológicas, mas também a reavaliação e o aprimoramento

das práticas pedagógicas tradicionais.

A inclusão de atividades baseadas no lúdico e inovações no mundo digital representa

uma abordagem enriquecedora para envolver os alunos e tornar o aprendizado mais relevante.

Ao integrar o lúdico, os professores podem transformar a sala de aula em um ambiente mais

dinâmico, promovendo a participação ativa dos alunos e estimulando a criatividade. Ao

mesmo tempo, a introdução de inovações no mundo digital pode abrir novas possibilidades de

aprendizado, permitindo que os alunos explorem recursos interativos, colaborativos e

multimídia.

Essa abordagem, que incorpora elementos do passado enquanto abraça as

oportunidades do presente e futuro, contribui para uma prática pedagógica mais holística e

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adaptativa. Os professores desempenham um papel crucial nesse processo de transição,

atuando como facilitadores que orientam os alunos na integração eficaz das tecnologias no

processo educacional, mantendo sempre um olhar crítico sobre como essas mudanças

impactam positivamente a experiência de aprendizado.

3.2. A Influência da Família

Outro fator importante para o desenvolvimento cognitivo da criança é a sua realidade,

o meio em que ela convive, ou seja, as influências que ela carrega observando e convivendo

em seu ambiente familiar.

Assim, de acordo com Freire (2005) é possível dizer que a família tem um papel

importante no desenvolvimento da criança, para as habilidades, formação acadêmica, em

relação a fala, a escrita, bem como um dos fundamentais preceitos de uma vida toda, que é a

formação do caráter dessa criança.

Considerando que a família desde os tempos remotos é a base de todo indivíduo, por

tratar-se do primeiro contato com a humanidade de uma criança, e dali ela constrói seus

conhecimentos e posteriormente com o meio social e com a escola (Freire, 2005)).

A influência da família na dinâmica escolar e na formação da personalidade do aluno é

um fator crucial que tem sido amplamente estudado e reconhecido na literatura acadêmica. A

relação entre o ambiente familiar e o desempenho escolar é complexa, abrangendo vários

aspectos que moldam o desenvolvimento do aluno.

Outro ponto importante de fazer menção sobre o papel da família e instituições de

ensino, nesse processo de ensino aprendizagem, como abaixo segue:

Sem dúvida instituições como a família, a escola, a religião continuam sendo, em


graus variados, as fontes primárias da educação e da formação moral das crianças.
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Mas a influência da mídia está presente também por meio delas. A televisão, por
exemplo, ocupa uma fatia considerável do tempo das crianças, sobretudo em meios
sociais carentes de fontes alternativas de ocupação e lazer. (Moreira, 2003, p. 1216).

O relacionamento e convívio familiares desempenham um papel significativo na

determinação do sucesso acadêmico de um aluno. A criação de um ambiente de apoio, que

estimula a aprendizagem e valoriza a educação, tende a promover um desempenho mais

positivo. A presença de pais ou responsáveis envolvidos ativamente na vida escolar do aluno,

participando de reuniões, auxiliando nas tarefas e demonstrando interesse nas atividades

educacionais, pode contribuir para um ambiente propício ao aprendizado.

Além disso, os valores familiares, expectativas e as práticas de comunicação dentro de

casa desempenham um papel fundamental na formação da personalidade do aluno. A família

é um dos principais agentes socializadores, influenciando a autoestima, a motivação e a

capacidade de enfrentar desafios. Um ambiente familiar estável, com relações saudáveis e

modelos positivos pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais

e cognitivas.

Por outro lado, a falta de suporte familiar, conflitos no ambiente doméstico ou a

ausência de um ambiente encorajador podem impactar negativamente o desempenho

acadêmico e o desenvolvimento pessoal do aluno. Crianças que enfrentam dificuldades

familiares podem manifestar maior propensão a problemas de comportamento, falta de

motivação e desinteresse pela escola.

Em resumo, a família exerce uma influência substancial na dinâmica escolar e na

formação da personalidade do aluno. O suporte emocional, as expectativas positivas e a

participação ativa dos membros da família são componentes cruciais para promover um

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ambiente propício ao sucesso acadêmico e ao desenvolvimento pessoal saudável do aluno

(Kishimoto, 2000).

A importância da inclusão digital no cotidiano é inegável, mas é fundamental

reconhecer que a família desempenha um papel crucial na formação do indivíduo como ser

social. É através da dinâmica familiar que se adquire uma compreensão dos desafios do

convívio social e dos limites individuais. Assim, é essencial abordar de maneira realista os

recursos tecnológicos, mantendo, sempre que possível, o diálogo e a troca de experiências

com os pais e demais membros da família que também buscam evoluir em relação às

ferramentas digitais.

A família serve como a primeira instituição social a moldar as interações e as relações

interpessoais do indivíduo. Ela oferece a base para o entendimento das normas sociais, ética e

valores, aspectos fundamentais para a integração bem-sucedida na sociedade. Nesse contexto,

a inclusão digital torna-se uma ferramenta valiosa para a participação ativa no mundo

contemporâneo.

No entanto, é importante não perder de vista que o uso responsável e equilibrado das

tecnologias deve ser orientado pela educação familiar. Manter o diálogo aberto e promover a

troca de experiências entre pais e filhos cria um ambiente propício para a compreensão mútua

das potencialidades e desafios associados às ferramentas digitais.

Encarar a realidade dos recursos tecnológicos implica não apenas na capacidade de

utilizá-los, mas também na compreensão crítica de seu impacto na vida cotidiana e nas

relações interpessoais. Portanto, a família desempenha um papel central ao guiar seus

membros na adoção de uma abordagem equilibrada e saudável em relação à tecnologia,

promovendo uma utilização consciente e construtiva desses recursos.

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Assim, ao integrar a inclusão digital com a orientação e suporte familiar, os indivíduos

estão mais bem preparados para enfrentar os desafios sociais, desenvolvendo habilidades

essenciais para uma participação ativa e responsável na sociedade contemporânea.

3.3. A Integração das TDIC na Base Nacional Comum Curricular

Para finalizar o presente capítulo, se faz fundamental o estudo breve sobre a integração

das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) na Base Nacional Comum

Curricular, levando em consideração a utilização, os avanços e o crescimento frenético da

tecnologia no mundo.

Assim, é notório que das últimas décadas até a atualidade, TDIC’s têm desempenhado

um papel transformador em diversos aspectos de nossas vidas, influenciando

significativamente as formas de trabalho, comunicação, relacionamento e aprendizagem.

Na área educacional, as TDICs têm sido integradas às práticas docentes como

instrumento para fomentar aprendizagens mais significativas. O propósito fundamental dessa

integração é apoiar os professores na implementação de metodologias de ensino ativas,

adaptando o processo de ensino-aprendizagem à realidade dos estudantes. Essa abordagem

visa despertar maior interesse e engajamento dos alunos em todas as etapas da Educação

Básica.

No âmbito educacional, as TDICs oferecem uma variedade de recursos e ferramentas

que ampliam as possibilidades pedagógicas. Plataformas online, aplicativos educacionais,

simulações interativas e outras soluções digitais proporcionam oportunidades para

personalizar o aprendizado, atender a diferentes estilos de aprendizagem e explorar conteúdos

de maneira mais dinâmica.

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A utilização dessas tecnologias permite a criação de ambientes virtuais de

aprendizagem, nos quais os estudantes podem interagir, colaborar e acessar informações de

maneira mais flexível.

Além disso, as TDICs proporcionam uma abordagem mais contextualizada,

conectando os conteúdos curriculares à realidade cotidiana dos alunos, o que pode aumentar a

relevância e a aplicabilidade do conhecimento adquirido.

É importante ressaltar que a implementação bem-sucedida das TDICs na educação

demanda não apenas a incorporação de ferramentas tecnológicas, mas também uma

abordagem pedagógica que promova a reflexão crítica, a resolução de problemas e a

construção ativa do conhecimento. Dessa forma, as TDICs podem ser aliadas valiosas no

processo educativo, capacitando alunos e professores a enfrentar os desafios do século XXI.

Diante do aludido, é possível dizer que o uso das tecnologias e recursos digitais para o

processo de ensino e aprendizagem está cada dia mais necessário, por se tratar de uma

realidade mundial, o uso das tecnologias e da internet. Todavia, não se trata apenas de incluir

no ambiente escolar todas essas ferramentas e recursos, é preciso que as instituições assim

como o corpo docente, promovam a alfabetização e o letramento digital para essas crianças,

com intuito de aprimorar os seus conhecimentos, possibilitando a elas a inclusão digital no

ambiente escolar.

De fato, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no Brasil aborda de maneira

abrangente o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao uso crítico e

responsável das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDICs). Essa abordagem

é realizada tanto de forma transversal, permeando todas as áreas do conhecimento, quanto de

forma direcionada, com o intuito específico de desenvolver competências relacionadas ao uso

das tecnologias, recursos e linguagens digitais.

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A BNCC enfatiza a presença das TDICs em diversas disciplinas, integrando-as como

elementos essenciais para a formação dos estudantes. Essa integração é evidente em diferentes

competências e habilidades, utilizando objetos de aprendizagem variados para promover a

aplicação prática dos conhecimentos adquiridos.

Ademais, a BNCC destaca a Competência Geral 5, que se concentra no

desenvolvimento de competências relacionadas à compreensão, uso e criação de TDICs em

diversas práticas sociais. Isso inclui não apenas a capacidade de utilizar tecnologias de

maneira eficaz, mas também a habilidade de analisar criticamente informações digitais,

compreender questões éticas e de segurança online, e participar ativamente na criação de

conteúdo digital.

Essa abordagem reflete o reconhecimento da importância crescente das TDICs na

sociedade contemporânea e a necessidade de preparar os estudantes para interagirem de

maneira crítica e produtiva com as tecnologias em diversos contextos. Dessa forma, a BNCC

busca proporcionar uma base educacional que capacite os alunos a enfrentarem os desafios e

aproveitarem as oportunidades oferecidas pelo ambiente digital em constante evolução.

A competência geral 5, da BNCC diz que:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de


forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva (BNCC, 2018, online).

Destaca-se, dessa maneira, um ponto fundamental ao ressaltar que a incorporação das

tecnologias digitais na educação vai além de simplesmente utilizá-las como meio ou suporte

para promover aprendizagens. A abordagem mais significativa é envolver os alunos

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ativamente no processo, capacitando-os a construir conhecimento por meio e sobre o uso

dessas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs).

Ao adotar essa perspectiva, os educadores não apenas proporcionam aos alunos acesso

a ferramentas tecnológicas, mas também os orientam na exploração crítica e na compreensão

dos aspectos inerentes às TDICs. Isso inclui desenvolver a capacidade dos alunos para

analisar informações online, discernir fontes confiáveis, compreender questões éticas

relacionadas à tecnologia, e utilizar as TDICs de maneira criativa e responsável. (Amadeu,

2016).

A abordagem construtivista, na qual os alunos são incentivados a participar ativamente

da construção do próprio conhecimento, é particularmente relevante nesse contexto. Ao

envolver os alunos em atividades práticas que exigem o uso das TDICs, os educadores

proporcionam oportunidades para a aplicação prática de conceitos e o desenvolvimento de

habilidades necessárias no século XXI. (Valente, 2011).

Portanto, a integração das TDICs na educação não se trata apenas de transmitir

informações através de plataformas digitais, mas sim de empoderar os alunos para que se

tornem participantes críticos, criativos e éticos no ambiente digital. Isso contribui não apenas

para a aquisição de conhecimento, mas também para o desenvolvimento de competências

fundamentais para a vida contemporânea.

Vale ainda salientar, que organizações como o Centro de Inovação para a Educação

Brasileira (Cieb) estão ativamente engajadas na promoção do uso efetivo e crítico das

Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) na educação.

A iniciativa de elaborar e disponibilizar de forma aberta e gratuita o Currículo de

Referência em Tecnologia e Computação (2018) é uma valiosa contribuição para apoiar a

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construção de currículos escolares e propostas pedagógicas que integrem o uso ativo das

TDICs nas escolas.

Ao alinhar os eixos, conceitos e habilidades do Currículo de Referência em

Tecnologia e Computação à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a proposta busca

proporcionar uma estrutura consistente que atenda às necessidades da educação brasileira no

contexto digital. Essa abordagem específica voltada para o desenvolvimento de competências

de exploração e uso das tecnologias nas escolas é crucial para preparar os alunos para

enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Além disso, ao propor uma reflexão sobre os usos das TDICs, o currículo promove

uma visão crítica e reflexiva sobre a tecnologia, indo ao encontro da necessidade de formar

alunos capazes de analisar, questionar e compreender o impacto social, ético e cultural das

tecnologias digitais.

A disponibilização aberta e gratuita desse currículo também contribui para a

democratização do acesso ao conhecimento, permitindo que educadores em todo o país

possam integrar efetivamente as TDICs em seus métodos de ensino, promovendo uma

educação mais alinhada às demandas do século XXI.

Em resumo, a incorporação das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação

(TDICs) nas práticas pedagógicas e no currículo como objeto de aprendizagem exige atenção

especial e não pode mais ser negligenciada pelas escolas. É essencial repensar os projetos

pedagógicos, considerando o uso das tecnologias e recursos digitais tanto como meio de apoio

à implementação de metodologias ativas e à promoção de aprendizagens significativas,

quanto como um fim em si mesmo, visando a democratização do acesso e a inclusão dos

estudantes no mundo digital.

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Para alcançar esse objetivo, é fundamental revisitar a proposta pedagógica da escola,

adequando-a às demandas e possibilidades oferecidas pelas TDICs. Isso implica não apenas

integrar as tecnologias como ferramentas adicionais, mas reconhecer seu potencial

transformador na forma como os alunos aprendem e interagem com o conhecimento.

Além disso, investir na formação continuada dos professores é um passo crucial. Os

educadores precisam estar capacitados não apenas no uso técnico das tecnologias, mas

também na aplicação pedagógica efetiva, desenvolvendo competências digitais que lhes

permitam orientar os alunos na utilização crítica e responsável das TDICs.

Ao adotar essa abordagem, as escolas podem não apenas modernizar suas práticas

educacionais, mas também preparar os alunos para uma participação ativa e consciente na

sociedade digital. A integração das TDICs no currículo e nas metodologias pedagógicas não é

apenas uma adaptação às mudanças tecnológicas, mas uma transformação necessária para

atender às demandas de uma educação contemporânea e inovadora.

4. AS TECNOLOGIAS DIGITAIS E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

O presente capítulo tem como intuito discorrer sobre as TDIC e as práticas

pedagógicas na Educação Infantil na atualidade, com embasamento em pesquisa bibliográfica,

baseando-se nos entendimentos literários de alguns autores como Amadeu (2016), Souza

(2011), Valente (2011), Dizard (1998), entre outros.

Optou-se por subdividir este capítulo em tópicos, a começar estudando sobre os

principais recursos tecnológicos utilizados no processo de ensino e aprendizagem atualmente.

Na sequência serão estudados brevemente os computadores e os jogos no processo de ensino

e aprendizagem.

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Por último, abordar-se-á as contribuições dos trabalhos lúdicos para o

desenvolvimento pedagógico e os melhores resultados no processo de ensino e

aprendizagem, concluindo com o estudo do papel das instituições educacionais nessa

transação e aplicabilidade das TDIC no processo pedagógico atual.

4.1. Os Principais Recursos Tecnológicos Utilizados no Processo de Ensino


Aprendizagem

A observação sobre a importância das tecnologias no ambiente escolar e na vida em

sociedade é bastante relevante. A presença das tecnologias amplia significativamente as

possibilidades de construção e aquisição de conhecimentos, uma vez que o acesso às

informações não está mais restrito a um local ou momento específico, mas pode ocorrer em

qualquer tempo e espaço.

O uso de dispositivos digitais e o acesso à internet proporcionam aos estudantes e

professores a capacidade de explorar uma vasta gama de recursos educacionais, promovendo

a aprendizagem de forma mais dinâmica e personalizada. As tecnologias permitem que os

alunos acessem materiais multimídia, participem de atividades interativas, colaborem em

projetos online e busquem informações em tempo real, tornando o processo educativo mais

envolvente e adaptado às necessidades individuais.

Além disso, as tecnologias contribuem para a quebra de barreiras geográficas,

possibilitando a conexão entre estudantes, professores e recursos educacionais de diferentes

partes do mundo. Essa interconectividade enriquece a experiência de aprendizagem,

proporcionando uma visão mais global e diversificada dos conteúdos abordados.

No contexto da sociedade contemporânea, as habilidades relacionadas ao uso efetivo e

crítico das tecnologias tornaram-se fundamentais. Ao integrar essas habilidades no ambiente

escolar, os educadores preparam os alunos não apenas para absorverem conhecimentos, mas
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também para se tornarem cidadãos capacitados a navegar de maneira consciente e ética na era

digital.

Assim, a presença das tecnologias no ambiente escolar não apenas amplia as

possibilidades de aprendizagem, mas também prepara os estudantes para enfrentarem os

desafios e tirarem proveito das oportunidades oferecidas por uma sociedade cada vez mais

digitalizada.

Evidente que, atualmente, a observação de que é o momento de a escola repensar sua

prática pedagógica e currículos, incorporando as novas tecnologias em seu ambiente, é

extremamente pertinente. Antes de tudo, é crucial conceituar a cultura digital como parte

desse processo de transformação educacional.

A cultura digital refere-se à integração significativa das tecnologias digitais na vida

cotidiana, na comunicação, no trabalho e, claro, na educação. Ela não se limita apenas ao uso

de dispositivos e softwares, mas engloba uma mentalidade que reconhece a importância das

competências digitais na formação de cidadãos aptos a participarem de maneira ativa e crítica

na sociedade contemporânea. (Souza, et al, 2011).

Ao repensar a prática pedagógica e os currículos considerando a cultura digital,

algumas abordagens podem ser exploradas: integração curricular, que nada mais é do que

identificar oportunidades para integrar as tecnologias de maneira transversal no currículo,

conectando os conteúdos às ferramentas digitais relevantes; Metodologias Ativas, que se trata

de adotar metodologias ativas que incentivem a participação ativa dos alunos, o trabalho

colaborativo e o uso criativo das tecnologias para a construção do conhecimento; o

desenvolvimento de competências digitais, ou seja, incluir o desenvolvimento de

competências digitais como parte essencial do currículo, abrangendo desde o uso básico de

ferramentas até a compreensão crítica de informações online; a promoção da alfabetização

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digital garantindo que os alunos saibam não apenas como usar as tecnologias, mas também

como avaliar, criar e compartilhar conteúdo de forma ética e responsável; a formação

continuada dos docentes, investir em programas de formação continuada para capacitar os

professores no uso efetivo das tecnologias, incentivando uma abordagem pedagógica centrada

no aluno; e por fim, avaliação formativa, com a utilização de métodos de avaliação formativa

que permitam acompanhar o progresso dos alunos de forma mais dinâmica, incorporando a

avaliação das competências digitais. (Valente, 2011).

Ao conceituar e incorporar a cultura digital, a escola estará melhor preparada para

proporcionar uma educação mais alinhada às necessidades da sociedade atual, capacitando os

estudantes a navegarem de maneira crítica e produtiva no mundo digital em constante

evolução.

Por um lado, a cultura digital pode ser vista como um conjunto de pequenas

totalidades, expressando significados, práticas e valores específicos associados às interações

digitais e tecnológicas. Por outro lado, ela é desprovida de fluxos contínuos, conhecimentos e

criações que fundamentam e dão identidade às organizações que emergem dessa cultura.

(Amadeu, 2016).

Essa dualidade reflete a complexidade da cultura digital, que, por um lado, é composta

por uma infinidade de comunidades, subculturas e expressões individuais que contribuem

para a diversidade e a riqueza da cultura digital. Por outro lado, a cultura digital também está

sujeita a fluxos rápidos de informações, mudanças tecnológicas e novas tendências, o que

pode tornar desafiador manter uma identidade coesa e duradoura.

As organizações que se constituem na cultura digital muitas vezes precisam equilibrar

a adaptação às mudanças rápidas com a construção de uma identidade sólida e significativa.

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Isso envolve a incorporação e a interpretação criativa de novos conhecimentos, práticas e

criações, bem como a capacidade de se adaptar às dinâmicas fluidas da cultura digital.

Nesse contexto, a compreensão da cultura digital não pode ser estática, pois ela está

constantemente evoluindo. As organizações, incluindo as escolas, que desejam incorporar a

cultura digital em seus valores e práticas devem estar abertas à inovação, à colaboração e à

aprendizagem contínua. Isso não apenas fortalecerá a identidade digital da organização, mas

também permitirá que ela permaneça relevante em um ambiente digital em constante

transformação.

Dessa maneira, a incorporação de recursos tecnológicos na Educação Infantil pode

oferecer uma gama de oportunidades para enriquecer as experiências pedagógicas das

crianças nessa fase crucial do desenvolvimento.

Os recursos como computador, DVD, televisão e retroprojetor podem ser utilizados de

maneira criativa e educativa para apoiar o trabalho dos professores. Aqui estão algumas

considerações sobre esses recursos de acordo com Dizard (1998, p. 58):

1. Computador:

 Softwares Educativos: Aplicativos e programas educativos

projetados especificamente para crianças podem ajudar no desenvolvimento de

habilidades cognitivas, motoras e sociais.

 Acesso à Internet Controlado: Quando apropriado, a internet

pode ser uma fonte de informações adicionais. No entanto, é essencial garantir

que o acesso seja seguro e supervisionado.

2. DVD e Televisão:

 Vídeos Educacionais: Conteúdos audiovisuais podem ser

valiosos para apresentar conceitos de maneira visual e envolvente. Animações,

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documentários educativos e programas desenvolvidos para crianças pequenas

podem ser utilizados com propósitos pedagógicos.

 Controle do Tempo de Exposição: É importante monitorar e

controlar o tempo de exposição à televisão e vídeos, garantindo um equilíbrio

saudável com outras atividades.

3. Retroprojetor:

 Apresentações Visuais: O retroprojetor pode ser usado para

exibir imagens, histórias ilustradas e outros recursos visuais que

complementam as atividades educativas.

 Interatividade: Algumas versões mais avançadas permitem a

interatividade por meio de toque, possibilitando uma participação mais direta

das crianças nas apresentações.

Ao utilizar esses recursos, os professores na Educação Infantil têm a oportunidade de

criar ambientes de aprendizagem estimulantes e adaptados ao desenvolvimento das crianças.

No entanto, é crucial que o uso dessas tecnologias seja pensado de forma pedagogicamente

significativa, levando em consideração as características e necessidades específicas dessa

faixa etária. O equilíbrio entre o uso de tecnologia e outras práticas pedagógicas tradicionais é

essencial para garantir uma abordagem holística e eficaz no ensino infantil.

Nesse teor, menciona-se o entendimento do autor:

Desse modo, é de se esperar que a escola, tenha que “se reinventar”, se desejar
sobreviver como instituição educacional. É essencial que o professor se aproprie de
gama de saberes advindos com a presença das tecnologias digitais da informação e da
comunicação para que estes possam ser sistematizadas em sua prática pedagógica. A
aplicação e mediação que o docente faz em sua prática pedagógica do computador e
das ferramentas multimídia em sala de aula, depende, em parte, de como ele entende
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esse processo de transformação e de como ele se sente em relação a isso, se ele vê


todo esse processo como algo benéfico, que pode ser favorável ao seu trabalho, ou se
ele se sente ameaçado e acuado por essas mudanças. (Souza, et. al., 2011, p.20).

De outro ponto, leciona o autor abaixo:

[...] a questão da aprendizagem efetiva, relevante e condizente com a realidade atual


configuração social se resume na composição de duas concepções: a informação que
deve ser acessada e o conhecimento que deve ser construído pelo aprendiz (Valente,
2011, p. 14).

Por fim, salienta-se a importância da sala de aula como um espaço ideal para a

aprendizagem efetiva com as novas tecnologias. A integração de tecnologias na sala de aula

não apenas oferece oportunidades para tornar o ensino mais prazeroso e eficiente, mas

também amplia significativamente o escopo da aprendizagem ao explorar novos conceitos,

linguagens e expressões.

Alguns pontos-chave sobre o uso das tecnologias na sala de aula, quais sejam, a

inovação pedagógica com uso adequado das tecnologias pode promover inovação pedagógica,

proporcionando novas abordagens para a apresentação de conceitos, a interação dos alunos e a

avaliação do aprendizado; o engajamento dos discentes, com as tecnologias, pois têm o

potencial de aumentar o engajamento dos alunos, tornando o processo de aprendizagem mais

interativo e adaptado.

Às diversas formas de aprendizado; acesso aos recursos digitais, tendo em vista que a

sala de aula conectada permite o acesso a uma ampla variedade de recursos educacionais,

como vídeos, simulações interativas, jogos educativos e material on-line, enriquecendo a

experiência de aprendizagem; planejamento e controle com uso efetivo das tecnologias requer

um planejamento cuidadoso e um controle adequado.

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Os professores precisam selecionar as ferramentas e recursos tecnológicos de maneira

alinhada aos objetivos pedagógicos, garantindo que o uso seja significativo e eficaz.

Portanto, ao reconhecer a sala de aula como um espaço vital para a incorporação das

novas tecnologias, é fundamental adotar uma abordagem equilibrada que valorize a inovação,

a participação ativa dos alunos e o planejamento estratégico para garantir que o uso das

tecnologias contribua positivamente para a experiência educacional.

4.1.1. Computadores

É notório que a presença do computador na sociedade contemporânea tem alterado

significativamente a maneira como lemos, escrevemos e aprendemos. A transição para a era

digital transformou a escrita em uma atividade coletiva e colaborativa, facilitando a

construção social do conhecimento. Nas escolas, essa transformação é evidenciada pelo

crescente uso do computador como ferramenta no processo educativo, tanto por parte dos

professores quanto dos alunos. (Valente, 1998).

O computador possibilita novas formas de interação e colaboração, permitindo que os

alunos trabalhem em projetos conjuntos, compartilhem ideias e contribuam para a construção

coletiva do conhecimento. Plataformas online, aplicativos colaborativos e ambientes virtuais

de aprendizagem são recursos que potencializam essa abordagem, promovendo a participação

ativa dos estudantes no desenvolvimento de competências essenciais para o século XXI, como

o trabalho em equipe, a comunicação eficaz e a resolução colaborativa de problemas. (Dizard,

1998).

Além disso, o uso do computador na educação oferece a oportunidade de

personalização do aprendizado, permitindo que os alunos acessem recursos digitais

diversificados, adequados ao seu ritmo e estilo de aprendizagem. Essa flexibilidade contribui

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para a individualização do processo educativo, atendendo às necessidades específicas de cada

estudante. (Silva, 1989).

Para os professores, o computador torna-se uma ferramenta valiosa para o

planejamento de aulas, a criação de materiais didáticos interativos e a avaliação do progresso

dos alunos. A integração das tecnologias no ambiente escolar não se trata apenas de substituir

métodos tradicionais, mas de enriquecer as práticas pedagógicas, proporcionando novas

oportunidades de aprendizagem. (Almeida, 2003).

Portanto, a presença do computador nas escolas representa uma mudança significativa

na dinâmica educacional, promovendo a colaboração, a personalização do aprendizado e a

preparação dos alunos para enfrentarem os desafios de uma sociedade digitalizada.

A introdução do computador no contexto educacional realmente transformou a

dinâmica da comunicação e do processo de ensino e aprendizagem. Como mencionado por

Moran (2005), o uso das mídias e a integração de tecnologias como o computador requerem

um entendimento profundo dos alunos, incluindo seus interesses, formação prévia e

perspectivas para o futuro, como o acesso à informação; a personalização da aprendizagem; o

relacionamento dos alunos e professores; integração de mídias; adaptação a novas

metodologias de ensino aprendizagem.

Assim, o uso do computador na educação vai além da simples obtenção de

informações; envolve a criação de ambientes de aprendizagem dinâmicos e personalizados,

onde a relação entre educadores e alunos desempenha um papel crucial no sucesso

pedagógico. Essa abordagem centrada no aluno e na adaptação às características individuais

contribui para um processo de ensino e aprendizagem eficazes.

A inclusão efetiva das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ambiente

educacional requer não apenas uma adaptação superficial, mas sim um amplo processo de

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revisão curricular. Esse desafio envolve mudanças tanto culturais quanto estruturais nas

escolas.

4.1.2. Jogos no Processo de Ensino Aprendizagem

Fazer uma analogia entre o jogo e o processo de aprendizagem infantil é bastante

perspicaz. Ao considerar o jogo como um compromisso ativo, você destaca a natureza

dinâmica e envolvente da aprendizagem na infância. (Dinello, 2013).

Como por exemplo, cabe ao docente tornar as atividades constantes, assim, como um

jogador está constantemente envolvido em atividades físicas e mentais para aprimorar suas

habilidades, a criança está constantemente ativa em seu processo de aprendizagem. Cada

experiência, interação e descoberta contribuem para o desenvolvimento contínuo.

Além do que, os jogos incluídos no processo de ensino e aprendizagem das crianças, é

são considerados um exercício e também um aperfeiçoamento, da mesma forma que um

jogador se exercita para melhorar seu desempenho, a criança se envolve em atividades e

brincadeiras que a desafiam a desenvolver habilidades cognitivas, sociais, emocionais e

motoras. Cada novo desafio representa uma oportunidade de aperfeiçoamento. (Oliveira,

2008).

O jogo, assim como a aprendizagem infantil, envolve engajamento ativo e

participação, tendo em vista que a criança se envolve naturalmente em atividades que

despertam seu interesse, explorando o ambiente ao seu redor e interagindo com outras

crianças e adultos.

Considerado o jogo para educação infantil uma abordagem lúdica na aprendizagem,

sendo reconhecida a importância do jogo na construção do conhecimento. Através de

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atividades lúdicas, a criança experimenta, questiona e internaliza conceitos de maneira mais

significativa. (Oliveira, 2008).

Assim como o jogo contribui para o desenvolvimento físico, mental cognitivo e

emocional de um jogador, a aprendizagem na infância também promove um desenvolvimento

holístico. Cada interação e experiência molda diversos aspectos do crescimento infantil.

Tanto no jogo quanto na aprendizagem, a criança é estimulada a ser inovadora e

criativa. A resolução de problemas, a experimentação e a expressão criativa são elementos

intrínsecos a ambas as atividades.

Ao reconhecer a aprendizagem como um processo ativo e constante, semelhante ao

compromisso de um jogador em se aperfeiçoar, podendo promover abordagens educacionais

mais centradas na criança, valorizando a curiosidade natural e a sede de descoberta que

caracterizam essa fase crucial do desenvolvimento.

Em suma, as atividades de jogo e brincadeira são fundamentais para o

desenvolvimento infantil, pois não apenas proporcionam diversão, mas também

desempenham um papel crucial na formação da percepção da realidade, no desenvolvimento

cognitivo e na expressão criativa das crianças. Esses momentos lúdicos contribuem

significativamente para a construção de uma base sólida para o crescimento e aprendizado ao

longo da vida.

É verdadeiro e crucial o ponto que o Oliveira (2008, p. 230) destaca sobre a

importância de utilizar brincadeiras e jogos na Educação Infantil de maneira adequada e

consciente.

Conforme demonstra-se algumas considerações importantes para os educadores em

relação a isso:

Muitas propostas pedagógicas para creches e pré-escolas baseiam-se na brincadeira. O


jogo infantil tem sido defendido na educação infantil como recurso para a
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aprendizagem e o desenvolvimento das crianças. O modo como ele é concebido e


apropriado pelos professores infantis, todavia, revela alguns equívocos.

Ao abordar as brincadeiras e jogos com uma abordagem pedagógica reflexiva e

integrada, os educadores podem maximizar o potencial educativo dessas atividades,

proporcionando experiências de aprendizagem ricas e significativas para as crianças na

Educação Infantil.

Definir objetivos didáticos claros é essencial. Cada brincadeira ou jogo deve ser

escolhido e adaptado com base nos objetivos de aprendizagem específicos que se deseja

alcançar.

As situações de aprendizagem devem ser cuidadosamente articuladas, integrando os

conhecimentos trazidos pelas crianças aos conceitos que o educador planeja transmitir. Isso

cria uma ponte entre as experiências da criança e os objetivos educacionais.

Embora os objetivos didáticos sejam importantes, é crucial respeitar a livre expressão

e a autonomia da criança durante as brincadeiras. Isso permite que ela desenvolva

criatividade, imaginação e habilidades sociais.

Como o exemplo de jogo, pode-se citar a amarelinha. É válido permitir que a criança

realize a brincadeira livremente, mas é igualmente importante estabelecer e garantir o respeito

às regras do jogo. Isso promove a compreensão das normas sociais e a prática da cooperação.

Ao organizar as brincadeiras, o professor deve garantir a inclusão e participação de

todas as crianças. Isso cria um ambiente de aprendizagem mais colaborativo, onde cada

criança contribui e se beneficia da interação com os colegas.

Durante as brincadeiras, a avaliação formativa desempenha um papel importante. Os

educadores podem observar como as crianças aplicam conceitos, interagem entre si e superam

desafios, fornecendo feedback construtivo conforme necessário.

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Manter uma abordagem flexível é crucial. Os educadores devem adaptar suas

estratégias pedagógicas com base nas necessidades e interesses emergentes das crianças,

permitindo uma resposta dinâmica ao processo de aprendizagem. Ao integrar os jogos e

brincadeiras de maneira intencional e reflexiva no ambiente educacional, os educadores

podem criar experiências significativas que promovem o desenvolvimento global das crianças

na Educação Infantil. Isso inclui não apenas o crescimento cognitivo, mas também o social,

emocional e motor, contribuindo para uma educação integral. (Vygotsky, 1987)

A aprendizagem por meio de experiências lúdicas tende a ser mais memorável. A

conexão emocional com as atividades contribui para uma retenção mais eficaz dos conceitos

aprendidos.

Em resumo, o trabalho com o lúdico em sala de aula não apenas enriquece o ambiente

educacional, mas também oferece uma abordagem eficaz para promover o desenvolvimento

integral da criança. A combinação de diversão, interação social e aprendizado significativo

torna essa prática uma ferramenta valiosa para os educadores que buscam proporcionar

experiências educativas positivas e enriquecedoras.

4.2. Da Contribuição do Trabalho Lúdico

A ludicidade é realmente uma necessidade fundamental ao longo de toda a vida, e seu

valor vai muito além de proporcionar apenas momentos de diversão e prazer.

As atividades lúdicas estimulam o raciocínio, a resolução de problemas e o

desenvolvimento de habilidades cognitivas. Jogos e brincadeiras desafiam a mente,

promovendo a aprendizagem de forma envolvente. (Almeida, 1994).

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Atividades lúdicas frequentemente envolvem movimento e ação física, contribuindo

para o desenvolvimento da coordenação motora e das habilidades físicas. Isso é relevante em

todas as fases da vida, desde a infância até a idade adulta.

O lúdico estimula a criatividade e a inovação. Ao explorar novas formas de brincar ou

participar de jogos desafiadores, as pessoas desenvolvem a capacidade de pensar de maneira

criativa e encontrar soluções originais para problemas.

A ludicidade é um meio poderoso de promover a socialização. Participar de atividades

lúdicas em grupo incentiva a interação social, a cooperação, a comunicação eficaz e o

desenvolvimento de habilidades sociais essenciais, bem como, oferece uma pausa das

demandas diárias, permitindo que as pessoas relaxem, se divirtam e liberem o estresse. Essa

dimensão emocional é vital para o bem-estar e a saúde mental em todas as idades.

Portanto, ao reconhecer a ludicidade como uma necessidade essencial em todas as

fases da vida, possibilitando criar ambientes que promovam o desenvolvimento integral, a

satisfação pessoal e a qualidade de vida ao longo do tempo.

Vale ainda salientar uma visão abrangente e acertada sobre os benefícios do ato de

brincar, destacando como ele está intrinsicamente ligado ao desenvolvimento da memória,

linguagem e processos psíquicos, como por exemplo, o ato de brincar envolve a criação de

narrativas, regras e personagens, estimulando a memória de curto e longo prazo. As

experiências lúdicas contribuem para o desenvolvimento da capacidade de recordação e

organização das informações.

Brincadeiras frequentemente envolvem comunicação verbal e não verbal, promovendo

o desenvolvimento da linguagem. O uso de palavras, expressões e gestos durante o brincar

contribui para o aprimoramento das habilidades linguísticas.

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As brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento pessoal e social. Elas

permitem que a criança pratique habilidades sociais, como cooperação, negociação, respeito

às regras e empatia, contribuindo para a formação de relações interpessoais saudáveis. Ou

seja, brincar favorece a criação de conexões cognitivas ao integrar aspectos sensoriais,

motores e cognitivos. Isso é especialmente importante no desenvolvimento infantil, pois

contribui para uma compreensão mais holística do mundo ao redor.

A ludicidade estimula a curiosidade natural da criança e alimenta sua imaginação. O

processo de criação de cenários, personagens e situações durante o brincar desenvolve a

capacidade de pensar de forma inventiva.

Dessa forma, fica evidenciado que o ato de brincar é uma ferramenta poderosa para o

desenvolvimento infantil em diversos aspectos, promovendo uma base sólida para a

aprendizagem, o bem-estar emocional e a integração social. Ao reconhecer e fomentar essa

dimensão lúdica, podemos contribuir significativamente para o florescimento global da

criança.

Conforme afirma o autor abaixo:

O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantido, se o


educador estiver preparado para realizá-lo. O educador deve intervir de forma
adequada, deixando que o aluno adquira conhecimentos e habilidades (Almeida,
1994, p. 35).

Ainda nesse teor, importante mencionar o entendimento e conceito fundamental de

Lev Vygotsky (1988), psicólogo e teórico da educação cujas ideias são altamente influentes

no campo da psicologia e da pedagogia. A ideia da "zona de desenvolvimento proximal"

destaca a importância das interações sociais e da colaboração no processo de aprendizagem da

criança.

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Para o autor, a zona de desenvolvimento próximal é a distância entre o que a criança é

capaz de fazer independentemente e o que ela pode alcançar com a ajuda de um parceiro mais

capaz. Vygotsky (1988) argumenta que o aprendizado efetivo ocorre na ZDP, onde a criança é

desafiada a realizar atividades que estão um pouco além de seu nível atual de habilidade.

Vygotsky (1988) enfatiza que o aprendizado é profundamente enraizado na interação

social. A colaboração com outros alunos, professores ou parceiros mais experientes é vista

como crucial para o desenvolvimento cognitivo.

O processo de internalização ocorre quando as crianças absorvem conhecimentos,

habilidades e estratégias oferecidas pelo ambiente social e cultural. À medida que esses

elementos são internalizados, a criança pode aplicá-los de maneira independente.

A abordagem de Vygotsky (1988) destaca a importância do contexto cultural e social

na aprendizagem. Ele argumenta que a educação deve levar em consideração as características

culturais e sociais do aluno para ser eficaz, e ainda, que o conceito de zona de

desenvolvimento proximal destaca a interdependência entre aprendizado e desenvolvimento,

enfatizando a importância das interações sociais, da mediação cultural e do suporte

colaborativo para promover o crescimento cognitivo e o avanço das habilidades da criança.

O uso de jogos como meio didático na escola implica uma intencionalidade

pedagógica, em que o jogo é uma ferramenta motivadora para facilitar a aprendizagem de

determinados conceitos e habilidades (Dinello, 2007).

Além dos objetivos acadêmicos, os jogos na escola também podem ser utilizados para

desenvolver competências sociais, como colaboração, comunicação e trabalho em equipe.

Ficou explicitado nos tópicos anteriores, a importância e benefícios do trabalho com

jogos no contexto educacional, especialmente para o desenvolvimento de habilidades

fundamentais, como leitura, escrita, cálculos e raciocínio lógico.

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A natureza lúdica dos jogos intriga e motiva as crianças intrinsecamente. O desejo de

vencer, resolver desafios e explorar novas possibilidades impulsiona o engajamento ativo no

processo de aprendizagem.

Ao integrar estrategicamente jogos no ambiente educacional, os educadores podem

criar experiências de aprendizado envolventes que não apenas abordam objetivos acadêmicos,

mas também promovem o desenvolvimento global das crianças. Essa abordagem alinhada ao

lúdico pode contribuir significativamente para uma educação mais eficaz e estimulante.

4.3. Do Papel das Instituições Educacionais

Para concluir o presente estudo, de acordo com os tópicos relacionados, importante

descatacar também o papel das instituições de Ensino, com todos os avanços e atribuições do

uso de tecnologias e recursos digitais como método de Ensino aprendizagem na Educação

Infantil.

De maneira que, levando em consideração que a educação desempenha um papel

fundamental na construção de uma sociedade democrática, tanto em suas dimensões social,

ética quanto política, é imperativo considerar que a escola não deve se limitar a ser apenas

uma transmissora de conhecimento. Em vez disso, ela deve atuar como um instrumento

essencial de conscientização do cidadão.

A função da escola não se restringe à simples disseminação de informações; ao

contrário, ela deve engajar-se em uma ação social direcionada à formação do senso crítico do

indivíduo. Este engajamento implica em ir além dos limites tradicionais da educação,

buscando tornar-se um agente catalisador na intervenção e mudança da realidade social.

Ao transcender a concepção convencional de ensino, a escola torna-se um espaço

propício para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e a promoção do pensamento

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crítico. Este último, por sua vez, é essencial para capacitar os cidadãos a analisar, questionar e

compreender as dinâmicas sociais de maneira profunda.

A conscientização proporcionada pela escola não se restringe apenas ao conhecimento

teórico; ela deve ser direcionada para a prática, incentivando os alunos a se tornarem agentes

ativos na transformação da sociedade. A educação, nesse contexto, emerge como uma força

motriz capaz de moldar não apenas indivíduos bem informados, mas também cidadãos

responsáveis e comprometidos com a construção de uma comunidade mais justa e equitativa.

Em síntese, a escola desempenha um papel crucial na promoção da democracia ao ir

além da simples transmissão de conhecimento, tornando-se um agente ativo na formação de

cidadãos críticos e engajados. Esse enfoque não apenas fortalece as bases da sociedade

democrática, mas também contribui para a construção de uma realidade social mais justa e

igualitária.

Segundo Libâneo (2007):

[...] seus objetivos dirigem-se para a educação e a formação de pessoas; seu processo
de trabalho tem uma natureza eminentemente interativa, com forte presença das
relações interpessoais; o desempenho das práticas educativas implica uma ação
coletiva de profissionais; o grupo de profissionais tem níveis muito semelhantes de
qualificação, perdendo relevância as relações hierárquicas; os resultados do processo
educativo são de natureza muito mais qualitativa que quantitativa; os alunos são ao
mesmo tempo, usuários de um serviço e membros da organização escola (Libâneo et
al, 2007, p. 315).

Quando aborda-se sobre a formação de indivíduos, a relevância da missão de cada

escola torna-se ainda mais preponderante, especialmente ao considerarmos o que é estipulado

pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, conforme delineado em seu artigo 2º. Neste

dispositivo legal, destaca-se que "a missão de cada Escola, de cada gestor, de cada professor,

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é promover o pleno desenvolvimento do educando, preparando-o para a cidadania e

qualificando-o para o trabalho." (Brasil, 1996).

Essa afirmação legislativa ressalta a responsabilidade intrínseca de cada instituição de

ensino, gestor e educador na condução de um processo educacional abrangente e significativo.

O objetivo primordial é promover o desenvolvimento integral do educando, indo além da

mera transmissão de conhecimentos acadêmicos.

Ao oferecer uma educação que considere não apenas o aspecto intelectual, mas

também o emocional, social e ético, as escolas contribuem para a formação de cidadãos

plenos e conscientes de seu papel na sociedade. (Branden, 1998).

Além disso, a preparação para a cidadania indica um compromisso com a construção

de valores, ética e senso de responsabilidade social nos educandos. A escola, ao assumir essa

missão, torna-se um espaço propício para o desenvolvimento de habilidades críticas e

reflexivas, capacitando os alunos a participarem ativamente na vida democrática e a

contribuírem para o bem comum.

A qualificação para o trabalho, por sua vez, destaca a importância de proporcionar aos

educandos as competências necessárias para enfrentar os desafios profissionais do mundo

contemporâneo. Isso envolve não apenas a aquisição de conhecimentos técnicos, mas também

o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe, comunicação eficaz e

pensamento criativo.

Assim, a missão delineada pela legislação ressalta que as escolas desempenham um

papel crucial na formação de cidadãos completos e preparados para os desafios da sociedade,

reforçando a importância do comprometimento de gestores e educadores nesse processo.

Atualmente, observa-se um esforço por parte das escolas em transformar o paradigma

da educação, mobilizando seus colaboradores para atuarem como agentes de mudança.

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A escola, longe de se limitar ao papel de mera transmissora de conhecimento, emerge

como um instrumento vital de conscientização do cidadão. Nesse contexto, ela se engaja em

uma ação social direcionada à formação do senso crítico, almejando a intervenção e mudança

na realidade social.

Essa abordagem contemporânea reconhece que a educação vai além da simples

acumulação de informações, buscando instigar nos alunos a capacidade de análise,

questionamento e compreensão mais profunda das dinâmicas sociais. A escola, ao adotar esse

enfoque, visa cultivar não apenas indivíduos bem informados, mas também cidadãos ativos e

críticos.

O compromisso da escola com a formação do senso crítico não apenas promove a

capacidade de pensar de forma independente, mas também incentiva os alunos a se tornarem

participantes ativos na sociedade. Essa ação social direcionada não se limita ao ambiente

escolar, mas estende-se ao âmbito mais amplo da comunidade, visando a contribuição positiva

para a transformação da realidade social.

Assim, a escola assume um papel dinâmico na construção de uma sociedade mais

consciente e engajada, onde a educação não é apenas um fim em si mesma, mas um meio para

capacitar os cidadãos a compreenderem, questionarem e influenciarem ativamente o mundo

ao seu redor. Essa abordagem reflete uma evolução no entendimento do papel da educação na

sociedade contemporânea, reconhecendo-a como um catalisador fundamental para a mudança

e o progresso social.

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5. Considerações Finais

Durante a pesquisa, foi realizada uma reflexão profunda sobre a influência das

Tecnologias no Ensino Aprendizagem da Educação Infantil, como parte integrante do

conhecimento educacional. A hipótese levantada foi confirmada: torna-se imprescindível

expandir nosso entendimento sobre as diversas formas de desenvolvimento da criança na

escola, especialmente por meio de atividades lúdicas.


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O reconhecimento da influência das tecnologias na educação infantil destaca-se como

um posto chave, no sentido de que, ao compreendermos como as ferramentas digitais podem

ser integradas de maneira construtiva no ambiente escolar, conseguimos potencializar o

processo de aprendizagem das crianças. Isso implica não apenas em utilizar tecnologias como

uma ferramenta isolada, mas em incorporá-las de maneira sinérgica com métodos lúdicos e

atividades que promovam o desenvolvimento holístico da criança.

A ênfase nas atividades lúdicas reforça a compreensão de que o aprendizado eficaz

não se restringe apenas à assimilação de informações, mas também à experiência, à

experimentação e à exploração. O lúdico não apenas torna o processo de aprendizagem mais

envolvente e prazeroso, mas também propicia um ambiente propício para o desenvolvimento

cognitivo, social e emocional da criança.

A aceitação das tecnologias como atividades lúdicas representa um avanço na

compreensão do seu papel na educação infantil. Ao considerá-las não apenas como

instrumentos de ensino, mas como elementos integrados às experiências lúdicas das crianças,

os educadores têm a oportunidade de criar ambientes de aprendizagem mais dinâmicos e

engajadores.

A perspectiva de que as tecnologias são constituídas pelas crianças como forma de

conhecimento destaca a importância de uma abordagem mais participativa. Isso implica não

apenas em oferecer acesso às tecnologias, mas também em incentivar a exploração ativa, o

questionamento e a criação, permitindo que as crianças se apropriem dessas ferramentas de

maneira significativa.

Além disso, ao considerar o desenvolvimento de habilidades nos domínios da

linguagem, cognição, valores e sociabilidade, reconhece-se que a integração das tecnologias

na educação não se limita apenas ao aspecto técnico. Elas se tornam ferramentas que

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contribuem para o desenvolvimento integral da criança, enriquecendo as dimensões

cognitivas, emocionais e sociais.

É evidente, a partir da literatura pesquisada, que o principal objetivo da investigação

foi alcançado ao discutir a influência das tecnologias em sala de aula. Fica claro que há

inúmeras possibilidades de incorporar as tecnologias no processo de aprendizagem, no sentido

de que a abordagem educacional deve ir além do tradicional, incorporando a tecnologia de

forma consciente e integrando atividades lúdicas como parte essencial do processo de ensino.

Em resumo, ao integrar de maneira mais efetiva as tecnologias em nossas práticas

educacionais, estará não apenas acompanhando o mundo digital em constante evolução, mas

também proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento holístico das crianças,

onde o aprendizado é uma jornada prazerosa e significativa.

Portanto, a incorporação de recursos tecnológicos nas práticas pedagógicas não apenas

acompanha as demandas da sociedade digital, mas também contribui para a formação de

crianças mais conectadas, curiosas e preparadas para enfrentar os desafios do mundo

contemporâneo.

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