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MUST UNIVERSITY

MASTER OF SCIENCE IN EMERGENT TECHNOLOGIES IN EDUCATION

ROSEMAR DOS REIS RODRIGUES

O AUTISMO E A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


– DESAFIOS E PRÁTICAS INCLUSIVAS

FLORIDA – USA
2023

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ROSEMAR DOS REIS RODRIGUES

O AUTISMO E A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


– DESAFIOS E PRÁTICAS INCLUSIVAS

Trabalho de Conclusão Final apresentado como


requisito parcial para obtenção do título de
MESTRE no Curso de MASTER OF SCIENCE
IN EMERGENT TECHNOLOGIES IN
EDUCATION da MUST UNIVERSITY –
Florida USA.

Orientadora: Profa. Dra. MARISA GARBELLINI SENSATO

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2023

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

FGV - Fundação Getúlio Vargas


IA - Inteligência Artificial
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
MEC - Ministério da Educação
OMS - Organização Mundial de Saúde
TA - Tecnologia Assistiva
TEA - Transtorno do Espectro Autista
TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação

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RESUMO

O presente estudo visa discorrer sobre um tema de grande relevância social, tem em vista tratar
do autismo e a tecnologia ne educação infantil, com enfoque nos desafios e práticas inclusivas
dessas crianças no ambiente escolar. É sabido que o espectro autista é caracterizado como sendo
um transtorno, considera uma das deficiências complexas e que acaba ocasionando dúvidas,
especialmente no ambiente escolar. Por esta razão que se justifica a escolha da proposta do
tema, para que assim seja possível compreender sobre o autismo, sobre as práticas inclusivas,
sobre a legislação pertinente, políticas públicas que ampara e apoia a inclusão social e escolar
para as crianças autistas. A pesquisa se deu por intermédio da pesquisa bibliográfica qualitativa,
com amparo em literaturas, legislação vigente, ebooks, sites educacionais on-line, como o
Scielo e Google Acadêmico, no qual foi possível considerar alguns materiais já publicados para
enriquecer ainda mais a pesquisa. Em resumo, podemos afirmar que há um longo caminho a
ser percorrido para que a implementação e efetivação das políticas públicas e dos mecanismos
direcionados à inclusão dos alunos com autismo se concretizem efetivamente nas salas de aula.

Palavras-chave: Espectro Autista. Tecnologia. Inclusão. Desafios. Educação Inclusiva.

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ABSTRACT

The present study aims to disagree on an important issue of extreme social relevance, with a
view to addressing autism and technology in early childhood education, addressing the
challenges and inclusive practices of these children in the school environment. It is known that
the autism spectrum is characterized as a disorder, considered one of the complex disabilities
that ends up causing doubts, especially in the school environment. For this reason, the choice
of the theme proposal is justified, so that it is possible to understand autism, inclusive practices,
relevant legislation, public policies that support and support social and school inclusion for
autistic children. The research was carried out through qualitative bibliographical research,
based on literature, current legislation, ebooks, online educational sites, such as Scielo and
Google Scholar, in which it was possible to consider some already published materials to further
enrich the research. In summary, we can say that there is a long way to go so that the
implementation and effectiveness of public policies and mechanisms aimed at the inclusion of
students with autism are effectively implemented in classrooms.

Keywords: Autism Spectrum. Technology. Inclusion. Challenges. Inclusive education.

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O AUTISMO E A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL – DESAFIOS E
PRÁTICAS INCLUSIVAS

Rosemar dos Reis Rodrigues

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................07

2. METODOLOGIA............................................................................................................09

3. AS TECNOLOGIAS DIGITAIS COMO FORMA DE PRÁTICAS


INCLUSIVAS...................................................................................................................11
3.1. Tecnologia Assistiva – Conceitos Históricos..............................................................13
3.2. Tecnologia Assistiva e a Educação – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.......................................................................................................................16
3.3. A Inclusão e o Planejamento Pedagógico Vigente......................................................20

4. AUTISMO E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA....................................24


4.1. A Criança Autista e a Educação Inclusiva...................................................................31
4.2. Estratégicas Educacionais Inclusivas para Crianças Autistas......................................38
4.3. Atividades Pedagógicas e o Papel do Docente na Efetivação da Educação
Inclusiva.......................................................................................................................42

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................50

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................53

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1. Introdução

Diante de tantas mudanças ocorridas ao longo dos anos, com a crescente utilização da

tecnologia na rotina da vida humana, e as mudanças significativas no ambiente educacional

com a utilização das ferramentas tecnológicas como amparo para o ensino aprendizagem na

educação, é que se considera o tema do presente estudo de suma importância e relevância não

só para os docentes e escolas, mas para o âmbito social que está cada dia mais imerso à

tecnologia e internet.

Tem como objetivo analisar as contribuições da tecnologia como ferramenta no

processo de ensino aprendizagem na educação inclusiva, ou seja, discutir as contribuições das

tecnologias no ensino aprendizagem da educação especial; conhecer as políticas educacionais

direcionadas ao processo de integração da tecnologia no ensino fundamental especial com foco

nos alunos autistas; propor o uso de ferramentas tecnológicas como recurso de ensino-

aprendizagem, à partir da pratica inclusiva dos alunos autistas de acordo com atividades

adequadas à prática pedagógica. Surgindo assim, o questionamento sobre o tema proposto:

quais as contribuições da tecnologia para o ensino aprendizagem da criança autista na educação

inclusiva atual?

A presente pesquisa justifica-se por se tratar de um assunto indispensável e fundamental

para os leitores, sociedade e âmbito educacional, quando se refere às práticas inclusivas na

educação básica com a utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis atualmente para

auxiliar nas atividades pedagógicas e educação inclusiva.

É notório que a tecnologia trouxe inúmeros benefícios para a vida humana, e muitas

mudanças no âmbito social, econômico, e pedagógico, tendo em vista que, o acesso à internet

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possibilita uma infinidade de funcionalidades educacionais para o ensino pedagógico

contemporâneo, contribuindo para uma melhor adaptação dos alunos.

Assim sendo, a pesquisa tem como intuito abordar sobre a inclusão de crianças autistas

na educação infantil atual com amparo na tecnologia.

Tem ainda como escopo demonstrar por intermédio de pesquisa bibliográfica, com

embasamento teórico, utilizando a revisão de literatura sobre o tema, para apontar em que

medida o uso da tecnologia contribui de forma positiva para a motivação dos alunos de ensino

especial, bem como, as maneiras que pode possibilitar e auxiliar para uma inclusão por

intermédio de suas práticas em sala de aula.

De maneira que, com fundamento em toda a pesquisa levantada, espera-se alcançar os

resultados traçados, afim de contribuir para atender os objetivos de aprofundar conhecimentos

sobre o assunto proposto, embasar futuras pesquisas acadêmicas e agregar conhecimentos para

inovação da prática pedagógica, por se tratar de um assunto delicado, de extrema importância

e necessidade.

De maneira que, para facilitar a escrita, desenvolvimento e leitura, a pesquisa foi

subdivida em quatro capítulos, sendo o primeiro estudo sobre as tecnologias digitais como

forma de prática inclusiva, fazendo um levantamento bibliográfico sobre a tecnologia assistiva

e sua conceituação; sobre a tecnologia assistiva com fundamento na Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional e encerrando com o estudo sobre a inclusão e o planeamento pedagógico

vigente.

No terceiro capítulo, aborda sobre o autismo e os desafios da educação inclusiva,

abordando brevemente sobre a criança autista e a educação inclusiva atualmente.

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E por fim, conclui-se com o levantamento das estratégias educacionais inclusivas para

as crianças autistas, elucidando sobre as atividades pedagógicas e o papel do professor na

efetivação da educação inclusiva.

Dessa maneira, o que se espera do presente estudo é contribuir para o entendimento de

outros leitores e estudiosos, de aprofundar conhecimentos sobre o tema, embasar futuras

pesquisas acadêmicas e agregar conhecimentos para inovação da prática pedagógica, a

importância do uso das novas ferramentas tecnológicas no ambiente educacional.

2. Metodologia

Optou-se para realização do presente estudo a utilização da metodologia descritiva

bibliográfica, partindo da vertente critico dialética, usando como fundamento o entendimento

de alguns autores da literatura, com intuito de um melhor desenvolvimento da proposta.

Discorrendo sobre a importância do assunto proposto para a Autismo e a Tecnologia na

educação infantil – Desafios e práticas inclusivas, com investigação de seu percurso histórico,

avanços e mudanças ao longo dos tempos, e quais as suas relações com outros eventos

atualmente, como a tecnologia e a educação em um mesmo ambiente.

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído


principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja
exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas
exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Parte dos estudos exploratórios podem
ser definidos como pesquisas bibliográficas, assim como certo número de pesquisas
desenvolvidas a partir da técnica de análise de conteúdo (Gil, 2008, p.50).

Dessa maneira, buscando a ampliar a compreensão e entendimento do tema proposto e

correlacionados, propiciando um estudo baseado em revisão literária em diversas obras


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abordando a temática, com embasamento em metodologia bibliográfica, fontes secundárias,

revistas, artigos, conteúdos já publicados, ebooks, livros, materiais cujo assunto fosse pertinente

ao tema proposto para agregar à pesquisa.

Em relação a revisão de literatura, foram utilizados variados autores para sustentar a

pesquisa bibliográfica realizada, como exemplo Sassaki (2004), Cunha (2015), Oliveira (2016),

Bridi (2006), Vigotski, (1994), Lopes (2011), Freitas (2006), dentre outros que corroboraram

para o melhor desenvolvimento da pesquisa, afim de alcançar os objetivos propostos.

Além de uma boa literatura, foram utilizadas legislações pertinentes ao assunto, quais

sejam, Lei 9.394/96; Lei 12.764/12; Lei 13.146/15; Lei 10.048/2000; Lei 10.098/2000;

Declaração de Salamanca; Decreto 3298/99; Decreto 5296/04; fontes da OMS, IBGE no que

tange ao número de pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista no país.

As pesquisas on-line também se deram pela plataforma do Google Acadêmico e Scielo,

no qual disponibilizam uma infinidade de materiais publicados para auxiliar no

desenvolvimento eficiente de um trabalho acadêmico.

A plataforma da Scielo - Scientific Electronic Library Online, nada mais é do que um

projeto consolidado de publicação eletrônica de periódicos científicos seguindo o modelo de

Open Access, que disponibiliza de modo gratuito na internet os textos completos dos artigos de

mais de 290 revistas científicas do Brasil, do Chile, de Cuba, da Espanha, da Venezuela e de

outros países da América Latina.

Nessa perspectiva, acredita-se o alcance da proposta trazida na referida pesquisa,

considerando ser um assunto de bastante importância, necessidade e relevância para todos os

leitores e sociedade contemporânea.

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3. AS TECNOLOGIAS DIGITAIS COMO FORMA DE PRÁTICAS


INCLUSIVA

A presente pesquisa tem como escopo abordar sobre um assunto de extrema importância

e necessidade, sendo relevante não somente para o âmbito educacional de ensino, mas para a

sociedade de modo geral, afim de demonstrar a importância da inclusão de pessoas com

autismo.

De acordo com dados estimados pela Organização Mundial de Saúde (OMS),

aproximadamente 600 milhões de pessoas no mundo inteiro, ou seja, em média de 10% da

população mundial, são portadoras de alguma deficiência.

Em relação aos dados estimados no território nacional, é possível considerar em média

de 24,6 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, em suas variadas formas e

necessidades, de acordo com dados levantados pelo censo no ano de 2000 pelo IBGE, o que

pode ser levado em consideração o aumento desse número pessoas nesses 23 anos.

As pesquisas realizadas visa demonstrar que o número é consideravelmente grande, e

salientar que todas essas pessoas, sofrem com algum tipo de necessidade e carência social, até

mesmo com uma certa dificuldade muitas das vezes de conseguir ter acesso à educação, a saúde,

potencializando ainda mais a dificuldade que já enfrentam diariamente – preconceito, exclusão,

desigualdade em variadas maneiras, sendo cada dia mais necessário a inicialização de políticas

públicas voltadas para inclusão dessas pessoas, especialmente nas escolas, buscando por níveis

de escolarização e informação.

Nesse sentido, vale fazer menção aos ensinamentos do autor abaixo, que discorre sobre

os índices no Brasil, vejamos:

No brasil, a grande maioria dos 17 milhões (24,6 milhões, segundo o censo 2000) de
pessoas com deficiência tem sido excluída de todos os setores da sociedade, sendo-lhes

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negado o acesso aos principais benefícios, bens e oportunidades disponíveis às outras


pessoas em vários tipos de atividades, tais como educação, saúde, mercado de trabalho,
lazer, desporte, turismo, artes e cultura. (Sassaki, 2004, p. 18).

Diante dos dados levantados compreende-se ser desafiadora a construção de uma

sociedade mais inclusiva, de comportamentos menos preconceituosos, com mais empatia, que

garanta o tratamento igualitário para todos, que tenha mais respeito às diferenças existentes

entre as pessoas, pactuando para a valorização da diversidade, sendo sempre garantido o direito

inerente ao ser humano, conforme previsão na Constituição Federal de 1988 e outros diplomas

legais, que garantem direitos, sem barreiras, sem limitações, seja na parte cultural, educacional,

saúde, e afins.

Deve-se mencionar que, como mencionado, no país existe muitas Leis que garantem o

direito do indivíduo a ter assistência, direito a educação, a moradia, a saúde, e, direitos aos

portadores de deficiência, aos espectros autistas, todavia, ainda caminha-se lentamente para a

valorização e garantia real desses direitos.

Para que de fato aconteça uma verdadeira inclusão social e educacional, garantindo e

efetivando o acesso a todos os direitos dispostos na legislação de forma igualitária aos

deficientes, precisa ocorrer mudanças, buscando por soluções eficazes. (Filho, 2003).

É uma realidade triste verificar que no Brasil, em uma sociedade totalmente tecnológica

e desenvolvida, exista ainda tanta exclusão e preconceitos com pessoas portadoras de qualquer

que seja a deficiência, privando muitas pessoas de ter o acesso à saúde, à escola, ainda que

tenha ocorrido mudanças com intuito de inclusão nas instituições de ensino, ainda existe

segregação, ainda existe a exclusão tornando a vida dessas pessoas ainda mais difícil,

especialmente em relação ao acesso à informação e educação básica.

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Ou seja, é possível considerar de acordo com dados da FGV (2003), que pelo menos

21,6% da população portadora de deficiência no Brasil, não tenha tido acesso a escolarização,

nunca conseguiram entrar em uma escola, e muitas vezes não conseguem ter o tratamento

adequado, sendo excluídos por falta de recursos, metodologias qualificadas e eficazes que

supram as necessidades destes, ou seja, sem qualquer acessibilidade. (Sá, Campos, Silva, 2007).

Nesse sentido, vale mencionar o entendimento do autor abaixo, que diz:

[...] a crescente consciência social e os dispositivos legais referentes à inclusão das


pessoas com deficiência em nossa sociedade não tem sido acompanhado de soluções
criativas e eficazes que deem conta dos grandes problemas e obstáculos para a
efetivação dessa inclusão, na imensa maioria dos casos. Ainda é percebida uma ampla
carência de iniciativas e soluções que façam a ponte entre essa sociedade ainda
excludente, mesmo com toda a nova consciência e suas leis, e as pessoas com
deficiência, mesmo com sua maior visibilidade atual. Todas essas dificuldades, os
preconceitos vivenciados e as exclusões sofridas, tornam urgente a construção de novas
possibilidades e caminhos para a redução das desigualdades sociais. Os progressos da
ciência, os novos estudos e descobertas, por outro lado, oferecem pistas e luzes para a
busca de soluções. (Sassaki, 2001, p. 24).

Por todo o explicitado até aqui, e diante do tema proposto na presente pesquisa,

pretende-se demonstrar a realidade em que se vive as pessoas com deficiência, especialmente,

elucidar os desafios encontrados para o autista em uma instituição de ensino, e como é a

utilização da tecnologia assistiva para contribuição do ensino aprendizagem dessas crianças.

3.1. Tecnologia assistiva – conceitos históricos

Levando em consideração a temática proposta no presente estudo, se faz importante

discorrer sobre o que consiste a tecnologia assistiva, qual a sua importância para a educação

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inclusiva, os benefícios trazidos pela utilização dessa metodologia, e como tem sido

fundamental para a prática pedagógica e buscando garantir a inclusão social no ambiente

educacional. (Levy, 1999).

É nesse teor que cita-se o entendimento do autor abaixo, que diz:

[...] é sumamente relevante, para o desenvolvimento humano, o processo de


apropriação, por parte do indivíduo, das experiências presentes em sua cultura. O autor
enfatiza a importância da ação, da linguagem e dos processos interativos, na construção
das estruturas mentais superiores. O acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, pela
cultura, escola, tecnologias, etc., influenciam determinantemente nos processos de
aprendizagem e desenvolvimento da pessoa. Entretanto, as limitações do indivíduo com
deficiência tendem a tornar-se uma barreira e estes processos. Desenvolver recursos de
acessibilidade, a chamada tecnologia Assistiva, seria uma maneira concreta de
neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos ambientes
ricos para a aprendizagem e desenvolvimento, proporcionados pela cultura. (Filho e
Damasceno, 2003, p. 31).

É muito comum atualmente, a relação entre a tecnologia com dispositivos e/ou

equipamentos eletrônicos, que tem como finalidade auxiliar a execução de atividades, por

exemplo, todavia, é sabido que a tecnologia existente no mundo vai muito além, como podemos

observar o que está disciplinado no dicionário Aurélio, que prevê o seguinte significado: [...]

conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos que se aplicam a um

determinando ramo de atividade. (Aurélio, online).

Para melhor compreender um pouco mais sobre a tecnologia no mundo, é possível dizer

que a mesma está presente em todos os aspectos da vida humana, ao longo dos tempos, o que

foi se modificando, se aperfeiçoando, evoluindo e inovando com o passar dos tempos e das

necessidades da sociedade, que não é somente ligado a objetos eletrônicos, celulares,

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computadores, dentre outros, mas também a tecnologia está presente em outros vários objetos,

como na madeira (moletas, lápis, cadeiras, mesas, papel), nos livros, entre outros.

Nesse sentido, vale dizer que a humanidade foi construída e modificada ao longo dos

tempos, por intermédio das relações existente entre os indivíduos, em conjunto com suas

representações culturais, bem como reconhecidos pro suas técnicas, por seus recursos materiais,

que foram elaborando mecanismos de defesa e sobrevivência.

O que leva-se a crer que a tecnologia, nada mais é do que um método independente que

atua, que faz parte da vida humana, com base nas suas culturas, nas suas técnicas, das relações

advindas entre os indivíduos, ou seja, nada mais é do que relações entre os seres humanos que

inventam, utilizam, produzem, interpretam de variadas maneiras as diversidades de técnicas.

Partindo desse entendimento, no que diz respeito a Tecnologia Assistiva para a

sociedade contemporânea, é compreensível que faz parte de uma aérea de conhecimento

importante e necessária, com particularidades interdisciplinares, que compõe recursos,

metodologias, estratégias, serviços, praticas, produtos, ferramentas, e afins, com intuito de

oportunizar uma melhor funcionalidade, com atividades participativas de pessoas com algum

grau de deficiência, mobilidade, incapacidade, possibilitando a elas uma melhor qualidade de

vida, inclusão social, educação, independência e autonomia.

Em alguns diplomas legais no Brasil, não são abrangidos como Tecnologia Assistiva,

mas sim, como Ajudas Técnicas, que tem a mesma finalidade, como por exemplo disciplinado

no Decreto n. 3.298 de 1999, bem como no Decreto n. 5.296 de 2004, ambos regulamentam as

Leis n. 10.048/2000 e n. 10.098/2000.

A acessibilidade nas instituições de ensino e até mesmo para os profissionais atuantes

na área da educação, vem sendo um caminho vagaroso, não tendo ainda uma estrutura adequada

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e apta para recepcionar os alunos com algum grau de deficiência. Todavia, é uma busca que

está caminhando para um futuro promissor.

Nesse sentido, vale salientar que atualmente existe o denominado Portal de Ajudas

Técnicas, com o intuito de tornar a vida desses alunos mais facilitada, e que se sintam inclusos

no ambiente educacional. Este portal, foi elaborado pelo Ministério da Educação do Brasil, e

existe uma variedade de materiais didáticos para estes alunos, ou seja, um material com

planejamento pedagógico elaborado com adaptações para suprir as necessidades dos alunos

com deficiência.

Nota-se que, a Tecnologia Assistiva tem como escopo proporcionar para os alunos com

deficiência a inclusão social e educacional, que possam aprender, ter acesso à informação e

conhecimento, como todo e qualquer ser humano. Possibilitando melhor qualidade de vida, que

consigam desenvolver suas habilidades e competências, que tenham independência,

desenvolvam sua parte psíquica, motora, afetiva, e que sejam integrados na sociedade, no

mercado de trabalho.

3.2 Tecnologia assistiva e a educação - Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional

É de fato notório os grandes desafios permeados pelas mudanças significativas da

sociedade contemporânea, denominada como a geração digital, que está cada dia mais adepta

ao uso da tecnologia, que está em um avanço e mudanças frenéticas.

Isso faz com que as exigências e possibilidades estejam voltadas para essa nova

realidade global, seja nas relações sociais, econômicas, de informações, conhecimentos, e

profissionais, tornando o mercado cada dia mais exigente. Com todos esses avanços e inovações

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ao longo dos tempos, é importante elucidar que as instituições de ensino e os docentes estejam

qualificados e aptos para essas novas realidades da sociedade contemporânea, tendo em vista

que essas mudanças afetaram também o ambiente educacional.

Atualmente, é difícil não ouvir ou ver alguém que não tenha acesso a alguma ferramenta

tecnológica, ou que não esteja conectado na internet. E essas mudanças acarretaram grandes

transformações no ambiente escolar, com novas ferramentas e recursos para integração,

interação e aprendizagem, dentre eles as ferramentas tecnológicas (TIC), a Inteligência

Artificial (IA), e a Tecnologia Assistiva (TA), que acarretam novas modalidades de

planejamento pedagógico, com novas estruturas e alternativas para o ensino aprendizagem.

Todas as modalidades de tecnologia existentes atualmente, em especial a Tecnologia

Assistiva, se torna cada dia mais indispensável no ambiente educacional, tendo em vista abrir

um leque de possibilidades e vantagens para o processo pedagógico e ensino aprendizagem,

voltada especialmente para o melhor desenvolvimento cognitivo do aluno portador de

deficiência, do grau mais simples aos mais severos.

Nesse sentido, menciona-se os dizeres do autor abaixo, no seguinte teor:

A aplicação da Tecnologia Assistiva na educação vai além de simplesmente auxiliar o

aluno a ‘fazer’ tarefas pretendidas. Nela, encontramos meios de o aluno ‘ser’ e atuar de

forma construtiva no seu processo de desenvolvimento. (Bersch e Tonolli, 2010, p. 92).

Faz-se então importante e necessária a utilização da Tecnologia Assistiva no ambiente

escolar, em se tratando de uma realidade social, e especialmente dos alunos do espectro autista,

sendo responsabilidade social e do Estado, o de inclusão social destes alunos e demais graus de

deficiências no ambiente escolar, para que usufruam do direito de ter acesso a informação e a

educação.

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Importante ainda mencionar, que a TA não está voltada somente para os recursos dentro

de sala de aula, mas sim, em todos os ambientes da instituição de ensino, ou seja, viabilizando

ao aluno autista integração com as demais atividades existentes na escola, fazendo com que ele

se sinta parte de fato, proporcionando um ambiente acolhedor, acessível, e inclusivo,

respeitando, obviamente, os graus de necessidade desse aluno.

Salienta-se ainda, que as tratativas exercidas para utilização das novas ferramentas

tecnológicas no ambiente escolar, em especial a Tecnologia Assistiva são de responsabilidade

da Secretaria da Educação Especial do MEC, bem como, podem ser elaborados projetos

voltados para esses fins, por intermédio do próprio Município, com amparo das Secretarias de

Educação de cada localidade, com base fundamentada na realidade e necessidade dos alunos, e

assim, angariar recursos necessários para a implementação e melhoria da educação com a

Tecnologia Assistiva.

Para as instituições de ensino e para os docentes da atualidade, que se deparam com

todos os avanços tecnológicos, facilitando em alguns aspectos do ensino aprendizagem, é muito

importante a manutenção da Tecnologia Assistiva, tendo em vista ser um mecanismo

facilitador, que possibilita a inclusão desses alunos no ambiente escolar, colaborando para um

melhor desempenho cognitivo, motor e afetivo.

Outro ponto importante da TA no ambiente escolar, é o auxilio para que este estudante

consiga superar as suas dificuldades mediante a realização de algumas determinadas atividades,

considerando ser um método benéfico, tendo em vista colaborar significativamente para o

desenvolvimento de suas habilidades e competências, tornando-o mais dinâmico, e

independente.

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Vale ainda mencionar os direitos garantidos para os alunos que possuem transtorno do

espectro autista, amparados pela Lei n. 12.764 de 27 de dezembro de 2012, bem como a Lei de

Inclusão – Lei n. 13.146 de 06 de julho de 2015.

As referidas Leis são incumbidas de assegurar a proteção da criança e estabelecem que

nenhuma instituição de ensino pode negar a admissão de crianças diagnosticadas com autismo

ou qualquer outra deficiência. Vale destacar que qualquer escola que se recusar a aceitar a

matrícula de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) estará sujeita a sanções,

incluindo uma multa estipulada no intervalo de 3 (três) a 20 (vinte) salários mínimos.

Nesse contexto, é crucial destacar a distinção entre inclusão e integração, termos

frequentemente confundidos por profissionais da educação. A integração refere-se à tentativa

de possibilitar que crianças com algum tipo de deficiência frequentem escolas regulares, que

seguem métodos destinados à crianças consideradas "normais".

A inclusão, por sua vez, refere-se à implementação de métodos pedagógicos adaptados

e direcionados especificamente às crianças com necessidades especiais. Esse processo demanda

a presença de elementos fundamentais, tais como a preparação adequada dos professores, a

criação de salas de aula adaptadas às necessidades individuais de cada aluno e, em certos casos,

ajustes curriculares.

Com efeito, a verdadeira inclusão do aluno está intrinsicamente vinculada a diversas

formas de intervenção. Essas intervenções visam criar caminhos que permitam ao aluno

desenvolver suas potencialidades, possibilitando-lhe atingir autonomia na vida em sociedade.

As crianças autistas, embora não demonstrem diferenças físicas visíveis, enfrentam

desafios significativos nas áreas de interação social, comunicação e exibem padrões repetitivos

de comportamento. Além disso, muitas vezes apresentam atraso na capacidade cognitiva. Essas

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dificuldades podem resultar em problemas de concentração e atenção, bem como na falta de

compreensão de regras e na dificuldade de persistir em tarefas.

Por fim, não há como deixar de mencionar que apesar de todos os benefícios trazidos

para o aluno, torna-se um desafio perdurável para as instituições de ensino e para os professores,

tendo em vista que é um processo dificultoso oportunizar e garantir a igualdade de educação

para todos os alunos, por se tratar de um dever e garantia por parte do Estado, sendo um

processo desafiador para as escolas e corpo docente.

3.2. A inclusão e o planejamento pedagógico vigente

O presente tópico tem como escopo estudar sobre a inclusão para o TEA no contexto da

educação com fundamento na Legislação Educacional, de modo que, percebe-se que, o conceito

de educação é moldado pela dicotomia entre ensino e aprendizagem. Responsável pela evolução

da sociedade, a educação dá vida aos costumes, modos culturais e identidade de uma

comunidade específica.

Profissionais da área e de campos relacionados frequentemente debatem sobre a

educação, buscando proporcionar às pessoas um ambiente educacional cada vez mais

diversificado e acessível. Esse diálogo constante visa promover uma educação que atenda às

necessidades variadas e às mudanças sociais, garantindo um desenvolvimento amplo e

inclusivo.

A Lei nº 9.394/1996, também conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDBEN), estabelece em seu artigo 2º a relevância da educação como dever tanto do

Estado quanto da família, conforme preconizado constitucionalmente. Essa lei destaca a

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importância da educação para o desenvolvimento do educando, ressaltando sua preparação para

o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.

Diante do exposto, importante mencionar o que dispõe o art. 4º, III da LDBEN em

relação a Educação Especial, vejamos:

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a
garantia de:

III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede
regular de ensino; (Brasil, 1996).

Levando em consideração uma breve sinopse histórica, é relevante destacar a

Declaração de Salamanca, datada de 1994, como um dos primeiros marcos legislativos a

expressar preocupação em relação aos métodos diferenciados de aquisição de aprendizagem.

A Declaração de Salamanca destacou a necessidade de adaptações educacionais para

indivíduos que apresentavam necessidades educacionais especiais.

No artigo 11 dessa declaração, é afirmado que: [...] “o planejamento educativo

elaborado pelos governos deverá concentrar-se na educação para todas as pessoas em todas as

regiões do país e em todas as condições econômicas, através de escolas públicas e privadas”.

(1994).

Vale ainda fazer menção aos outros diplomas elaborados para garantir a educação

especial, como exemplo, as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica

(Resolução CNE/CEB 2/2001 e Parecer CNE/CEB 17/2001).

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Nesse sentido, vale dispor o entendimento do autor abaixo:

De acordo com os PCNs, as manifestações de dificuldades de aprendizagem na


escola apresentam-se como um contínuo, desde situações leves e transitórias que
podem se resolver espontaneamente no curso do trabalho pedagógico até situações
mais graves e persistentes que requerem o uso de recursos especiais para a sua
solução. Atender as demandas de dificuldades contínuas mais graves e persistentes
no contexto escolar, requer respostas educacionais adequadas envolvendo graduais
e progressivas adaptações do currículo (Oliveira, 2016, p. 11).

A partir desses documentos, torna-se relevante discutir a importância da adaptação

curricular no contexto da educação inclusiva. Trata-se de buscar meios para lidar com as

necessidades e dificuldades de aprendizagem percebidas, assegurando que todos os alunos,

independentemente de suas características individuais, tenham acesso a uma educação de

qualidade. A adaptação curricular se mostra como uma estratégia crucial para promover a

equidade e garantir que o ambiente educacional seja inclusivo e acessível a todos.

A abordagem da adaptação curricular na educação inclusiva não implica na criação de

um novo currículo, mas sim em atender às necessidades e peculiaridades dos alunos com

deficiência. (Oliveira, 2015).

Envolve a modificação do currículo regular, incorporando novos métodos de ensino e

requerendo a especialização e adequação dos profissionais de educação em sala de aula. Essa

prática visa assegurar que todos os alunos tenham oportunidades equitativas de aprendizagem,

independentemente de suas características individuais, promovendo assim um ambiente

educacional mais inclusivo.

Outro fator importante de levar-se em consideração, é o previsto no art. 59, da LDBEN,

vejamos:

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Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,


transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para
atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados
para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em
sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de
inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,
bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística,
intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. (Brasil, 1996).

Com efeito, a LDBEN assegura a necessária adaptação curricular, visando receber e


atender de forma específica as necessidades especiais dos alunos. Destaca-se o currículo e a
capacitação profissional apropriada como ferramentas essenciais para garantir a efetivação da
educação inclusiva.
A legislação reforça a importância de estratégias que promovam a igualdade de
oportunidades e o pleno desenvolvimento educacional para todos, independentemente de suas
condições individuais.
Destaca-se, portanto, a importância da escola e da equipe pedagógica na criação de um
ambiente propício e estruturado de ensino, adaptando as atividades para o desenvolvimento e
desempenho de tarefas que visem promover a capacidade de comunicação social dos alunos
com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Isso inclui a implementação de um sistema hierarquizado de ajudas específicas,
proporcionando um suporte efetivo para as necessidades individuais desses alunos,
contribuindo assim para o seu progresso educacional e social.

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4. AUTISMO E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O presente capítulo se faz importante e indispensável, tendo em vista a relevância da

proposta para o ambiente social, familiar e escolar, buscando trazer um entendimento mais

completo das necessidades e desafios no ambiente educacional no que tange à educação

especial, cuidados, e inclusão para a criança autista.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido objeto de extensos estudos, resultando

em inúmeras indagações, pois ainda permanece desconhecido por uma parcela significativa de

profissionais ligados à educação e pela sociedade em geral. Este cenário destaca a importância

de uma maior conscientização, formação e disseminação de informações sobre o TEA, a fim de

promover uma compreensão mais abrangente desse transtorno e melhorar o suporte oferecido

a indivíduos com TEA no ambiente educacional e social.

Diante disso, é importante e relevante destacar o termo Transtorno do Espectro Autista

(TEA) como uma forma de promover o conhecimento e a identificação das diversas

manifestações presentes em um considerável número de crianças afetadas por essa síndrome ao

redor do mundo. Essa compreensão abrangente é essencial para a implementação de estratégias

educacionais e de apoio que atendam às necessidades específicas de cada indivíduo com TEA.

Levando em consideração o estudo realizado sobre o autismo, vale dizer que, o termo

autismo significa "de si mesmo". Ele foi utilizado pela primeira vez no campo da psiquiatria

para descrever indivíduos cujo comportamento humano parecia estar concentrado em si

mesmos, com uma tendência a retornar para o próprio indivíduo. Essa origem etimológica

reflete a característica central do autismo, onde há uma notável atenção voltada para o mundo

interno do indivíduo e uma relativa desconexão com o ambiente social externo. (Cunha, 2015).

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A palavra "autismo" foi introduzida em 1911 pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler.

Inicialmente, ele utilizou o termo para descrever o retraimento interior e a fuga da realidade

observados em pessoas que, na época, eram consideradas como tendo esquizofrenia.

Com o tempo, o conceito evoluiu para designar um conjunto distinto de características

e comportamentos que são agora compreendidos como o Transtorno do Espectro Autista

(TEA). Essa mudança de perspectiva ajudou a distinguir o autismo como uma condição

separada da esquizofrenia.

É importante ressaltar que os estudos pioneiros sobre o autismo remontam a 1943,

quando o psiquiatra austríaco naturalizado americano, Leo Kanner, publicou as primeiras

pesquisas relacionadas ao transtorno. As observações de Kanner foram fundamentais para a

identificação e caracterização do autismo como uma condição distinta, separada de outras

condições psiquiátricas. Seu trabalho contribuiu significativamente para o entendimento inicial

do espectro autista e lançou as bases para pesquisas posteriores na área.

Ressalta-se que, Leo Kanner foi um dos pioneiros a constatar o autismo como um

distúrbio autístico do contato afetivo. Sua observação clínica detalhada, realizada na década de

1940, envolveu crianças que não se encaixavam em nenhuma das classificações existentes na

psiquiatria infantil da época.

A denominação "autismo" foi cunhada por Kanner para descrever essa condição

específica caracterizada pela falta de habilidades sociais, comunicação atípica e

comportamentos repetitivos. Essa contribuição fundamental de Kanner lançou as bases para a

compreensão moderna do autismo.

Diante das peculiaridades e manifestações distintas em cada indivíduo com autismo,

pesquisadores seguiram diferentes vertentes para compreender e classificar o transtorno. Essa

busca por consenso levou a uma compreensão mais abrangente do espectro autista,

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reconhecendo a diversidade de características e necessidades presentes nos indivíduos afetados

por essa condição. O termo "Transtorno do Espectro Autista" (TEA) reflete justamente essa

compreensão mais ampla e inclusiva da condição.

Diante do explicitado, vale ainda dispor do que prevê a Organização Mundial de Saúde

(OMS) referente ao autismo, nos dizeres do autor abaixo, vejamos:

O autismo é definido pela Organização Mundial de Saúde como um distúrbio do


desenvolvimento, sem cura e severamente incapacitante. Sua incidência é de cinco
casos em cada 10.000 nascimentos caso se adote um critério de classificação
rigoroso, e três vezes maior se considerarmos casos correlatados, isto é, que
necessitem do mesmo tipo de atendimento. (Mantoan, 1997, p. 13).

Atualmente, o autismo é definido como um Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma

condição invasiva do desenvolvimento que geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida,

frequentemente antes dos três anos de idade. (Schwartzman, 2013).

As causas do TEA ainda não são completamente compreendidas pela ciência, mas há

uma elevada contribuição de fatores genéticos. A natureza do espectro autista é tal que a

apresentação dos sintomas pode variar amplamente entre os indivíduos, abrangendo diferenças

na comunicação, interação social e comportamento.

A compreensão atual do TEA enfatiza sua diversidade e complexidade, reconhecendo a

influência de fatores genéticos e ambientais na sua etiologia.

O Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, especificamente o Transtorno do Espectro

Autista (TEA), é de fato caracterizado por um conjunto de anormalidades qualitativas nas áreas

de comunicação, interação social e comportamento. A ampla gama de manifestações dentro do

espectro pode incluir diversas características, o que pode tornar o diagnóstico precoce e preciso

desafiador para os profissionais da saúde. (Schwartzman, 2013).

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A variabilidade nos sintomas e na gravidade do TEA pode levar a uma heterogeneidade

de apresentações clínicas, tornando essencial uma abordagem cuidadosa e individualizada na

avaliação diagnóstica. A intervenção precoce e personalizada, muitas vezes envolvendo uma

equipe multidisciplinar, é crucial para melhorar os resultados e promover o desenvolvimento

ótimo em crianças com TEA.

Certamente, os sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem variar

significativamente de uma criança para outra, resultando na dificuldade de traçar um perfil

comum a todas as crianças afetadas. O espectro autista abrange uma ampla diversidade de

manifestações, desde desafios na comunicação e interação social até comportamentos

repetitivos ou restritos. (Facion, 2005).

A individualidade nas características e na gravidade dos sintomas destaca a importância

de uma avaliação detalhada e personalizada para cada criança. Profissionais de saúde,

educadores e familiares desempenham papéis fundamentais na observação e no entendimento

dos comportamentos específicos de cada criança com TEA, possibilitando a implementação de

estratégias de apoio e intervenções adaptadas às suas necessidades particulares.

A Lei 12.764/12, conhecida como a Lei Berenice Piana, classifica o Transtorno do

Espectro Autista (TEA) como uma deficiência persistente e clinicamente significativa da

comunicação e interação social. Isso se manifesta por dificuldades na comunicação verbal e não

verbal, na reciprocidade social e na habilidade de desenvolver e manter relações apropriadas ao

nível de desenvolvimento da pessoa com TEA. Essa definição legal ressalta as características

essenciais do TEA, abordando aspectos fundamentais do funcionamento social e comunicativo

das pessoas afetadas por esse transtorno.

Nesse sentido, a Lei 12.764/12 também destaca os padrões restritivos e repetitivos de

comportamento das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esses padrões podem

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se manifestar através de atividades motoras ou verbais estereotipadas, comportamentos

sensoriais incomuns, apego a rotinas específicas, assim como interesses restritos e fixos.

Esses elementos fazem parte das características centrais do TEA, sendo fundamentais

para compreender a complexidade e a diversidade do transtorno. A legislação ressalta a

importância de reconhecer e abordar esses aspectos na compreensão global do autismo.

Embora a legislação, incluindo a Constituição Federal de 1988, conforme prevê o art.

5º, destaque a importância da educação inclusiva como um direito fundamental, a

implementação efetiva ainda enfrenta desafios. A educação inclusiva busca garantir o acesso, a

permanência e o sucesso de todos os alunos, independentemente de suas diferenças, dentro do

sistema educacional regular.

Os desafios podem incluir a falta de estrutura adequada nas escolas, a necessidade de

formação mais abrangente para os profissionais da educação, a falta de recursos específicos

para atender às necessidades individuais dos alunos com deficiência, entre outros. Melhorias

nessas áreas são cruciais para avançar na direção de uma educação inclusiva efetiva, em

consonância com os princípios estabelecidos na legislação brasileira.

A Declaração de Salamanca, elaborada em 1994, foi um marco importante para a

promoção da educação inclusiva em nível global. Essa declaração estabeleceu princípios

fundamentais para orientar as políticas educacionais em direção à inclusão de crianças com

deficiência. Uma das premissas centrais da Declaração de Salamanca é que as crianças com

deficiência devem ser educadas em escolas de ensino regular sempre que possível, em vez de

serem segregadas em escolas especiais.

A ideia subjacente é promover um ambiente educacional inclusivo, onde todas as

crianças, independentemente de suas capacidades ou limitações, tenham a oportunidade de

aprender e se desenvolver juntas. Isso ressalta a importância de adaptar os ambientes escolares,

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fornecer apoios necessários e garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de

qualidade.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996),

a Educação Especial é uma modalidade de educação escolar destinada preferencialmente à rede

regular de ensino. Ela é direcionada para alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

A legislação reforça a importância de incluir alunos com necessidades especiais nas

escolas regulares sempre que possível, proporcionando adaptações e apoios necessários para

garantir a efetiva participação e aprendizado de todos os estudantes. A abordagem inclusiva

busca superar barreiras e promover a equidade na educação.

A Lei 12.764/12, também conhecida como Lei Berenice Piana, foi um avanço

significativo para a proteção dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista

(TEA) no Brasil. Essa lei instituiu a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com

Transtorno do Espectro Autista" e trouxe maior visibilidade e reconhecimento para as

necessidades específicas das pessoas com autismo.

Antes dessa legislação, algumas interpretações poderiam não considerar o autismo como

uma deficiência no contexto das diretrizes de inclusão. A Lei Berenice Piana reforçou a

importância de medidas específicas para garantir os direitos e a inclusão adequada das pessoas

com TEA, promovendo uma conscientização mais ampla sobre as necessidades dessa

comunidade.

A promulgação da Lei 12.764/12, de fato, representou um avanço significativo na luta

pela inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A legislação estabeleceu

direitos específicos para os autistas no âmbito educacional, garantindo o acesso às escolas

regulares, tanto na Educação Básica quanto no Ensino Profissionalizante.

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Além disso, a lei reconhece a necessidade de acompanhamento especializado,

permitindo que os estudantes com autismo solicitem a presença de um acompanhante de acordo

com suas necessidades individuais. Estabelece também que nenhuma escola pode negar a

matrícula a estudantes com autismo, com penalidades definidas para gestores que

descumprirem essa determinação. Isso contribuiu para fortalecer os direitos e a inclusão efetiva

de indivíduos com TEA no ambiente educacional.

Implementar efetivamente uma legislação como a Lei 12.764/12, que promove a

inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), requer não apenas a criação de

normativas, mas também uma mudança cultural na sociedade e nas instituições educacionais.

É essencial que a família, a escola e a sociedade compartilhem uma visão comum e

promovam uma cultura inclusiva. Isso implica em superar resistências, preconceitos e práticas

segregacionistas que podem persistir nas estruturas sociais e educacionais. A conscientização

sobre as necessidades e potenciais das pessoas com TEA é fundamental, assim como a

promoção de ambientes acolhedores, adaptados e acessíveis.

A verdadeira inclusão vai além do cumprimento burocrático da lei; ela demanda uma

mudança profunda nas atitudes, valores e práticas cotidianas. A construção de uma sociedade

mais inclusiva envolve a participação ativa de todos os setores, visando garantir o pleno

exercício dos direitos e o desenvolvimento de cada indivíduo, independentemente de suas

diferenças.

A inclusão, de fato, é sobre aprender e crescer juntos. Ao lidar com crianças autistas, é

crucial reconhecer e vivenciar a individualidade de cada aluno na sala de aula. Promover a

interação e sociabilidade, adaptar abordagens pedagógicas para atender às necessidades

específicas e colocar o foco no processo de aprendizagem são elementos essenciais para criar

um ambiente inclusivo.

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Por fim, evidencia-se que, o sucesso de uma escola inclusiva não é apenas medido pelos

resultados acadêmicos, mas também pela qualidade das interações, pelo desenvolvimento social

e emocional dos alunos e pela construção de uma comunidade educacional que valoriza e

respeita a diversidade. O aprendizado conjunto, onde todos os alunos têm a oportunidade de se

desenvolver plenamente, é o cerne da verdadeira inclusão educacional.

4.1. A Criança Autista e a Educação Inclusiva

Em se tratando de crianças do TEA e a Educação Inclusiva no Brasil, vale salientar que

no cenário atual, existem políticas públicas e diretrizes curriculares que têm a intencionalidade

de promover a inclusão de alunos com autismo no ensino regular. Essas políticas buscam

garantir não apenas o acesso à matrícula, mas também a permanência e a qualidade da educação

para essa clientela, por meio da implementação de práticas pedagógicas diferenciadas.

A legislação, incluindo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e a

Lei Berenice Piana (Lei 12.764/12), destaca a importância da inclusão e estabelece direitos

específicos para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no contexto educacional.

As diretrizes curriculares buscam orientar as práticas pedagógicas de forma a atender às

necessidades individuais dos alunos com autismo, promovendo um ambiente educacional mais

inclusivo e adaptado.

No entanto, a efetiva implementação dessas políticas depende da conscientização,

formação de professores, adaptação de infraestruturas escolares e do comprometimento de toda

a comunidade educacional em criar ambientes inclusivos e acolhedores para todos os alunos,

independentemente de suas diferenças.

A implementação efetiva das leis de inclusão, especialmente no que diz respeito às

crianças diagnosticadas com autismo, muitas vezes encontra dificuldades na prática cotidiana
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das escolas, dos professores e das famílias. Essas dificuldades podem surgir devido à

necessidade de uma abordagem multidisciplinar para atender adequadamente às demandas

específicas dessas crianças.

A inclusão de alunos com autismo requer uma mudança de paradigma no fazer

pedagógico, demandando uma abordagem mais flexível, adaptativa e centrada nas necessidades

individuais.

Além disso, a formação adequada dos professores para lidar com as características

específicas do autismo, a disponibilidade de recursos e apoios especializados, bem como a

colaboração efetiva entre os profissionais da educação e os profissionais de saúde são

fundamentais para uma inclusão bem-sucedida.

Portanto, superar esses desafios envolve um esforço conjunto de todos os envolvidos,

incluindo pais, professores, gestores escolares e profissionais da área da saúde, buscando

promover uma compreensão mais ampla e uma prática mais efetiva da inclusão educacional.

Vale ainda discorrer o entendimento de Bridi (2006), no seguinte teor: “incluir o aluno

autista no ensino regular suscita uma série de adaptações e recursos para viabilizar o processo,

devendo ser realizado de forma criteriosa e bem orientada, variando de acordo com as

possibilidades do sujeito”.

Em muitos casos, a prática escolar diverge do que está estabelecido na legislação

educacional. Nesse contexto, é crucial distinguir entre integração e inclusão. A educação

inclusiva vai além de simplesmente matricular um aluno com necessidades especiais em uma

escola regular, buscando proporcionar uma experiência educacional significativa e adequada a

todos os estudantes.

A definição de inclusão escolar suscita reflexões sobre o seu verdadeiro significado. O

termo transcende a mera admissão do aluno na escola comum; seu propósito é estabelecer um

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ambiente que promova a participação plena do aluno, independentemente de suas

características individuais.

Portanto, é essencial compreender o que se entende por inclusão escolar. A integração

muitas vezes se limita à presença física do aluno na escola regular, enquanto a inclusão visa

proporcionar uma experiência de aprendizado eficaz e enriquecedora, garantindo que o

ambiente educacional seja adaptado para atender às necessidades de todos os estudantes.

Nesse sentido, a inclusão escolar não se resume apenas à presença do aluno nas escolas

convencionais. Em vez disso, busca-se estabelecer uma conexão significativa entre o aluno e o

ambiente educacional, permitindo uma participação ativa e promovendo uma abordagem mais

abrangente e efetiva nas escolas comuns.

Entretanto, é imperativo ponderar que, independentemente das diferenças e limitações,

a igualdade no tratamento dos alunos autistas perante seus colegas é de suma importância. Isso

se justifica pelo fato de que as pessoas com deficiência, incluindo as crianças autistas, detêm os

mesmos direitos que as crianças sem deficiência, com destaque para o direito fundamental de

não serem alvo de discriminação em virtude de suas condições, conforme estabelecido na

Convenção de Guatemala (1999), ratificada no Brasil por meio do Decreto n° 3.956, em 2001.

O princípio da igualdade, consagrado em instrumentos internacionais como a

mencionada convenção, sustenta a necessidade de tratamento equitativo, assegurando que todos

os alunos, independentemente de suas características individuais, desfrutem dos mesmos

direitos educacionais e sociais. No contexto educacional, isso implica não apenas garantir a

presença física do aluno autista na escola regular, mas também criar um ambiente inclusivo que

reconheça e respeite suas necessidades específicas.

Portanto, o compromisso com a igualdade para os alunos autistas vai além da simples

admissão na escola comum; requer a implementação de práticas e políticas que promovam a

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participação plena, o respeito à diversidade e a eliminação de quaisquer formas de

discriminação, assegurando que todos os alunos tenham a oportunidade de alcançar seu pleno

potencial educacional e social.

Vale ainda dispor o entendimento do autor abaixo:

O princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da


comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós
abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir
para o mundo (Kunc, 1992 Apud Cândido, 2009).

De fato, sob uma perspectiva autêntica de inclusão, conforme preconizado pelos

documentos legais, a integração do aluno autista na rotina escolar demanda a implementação

de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais diversos, tais como professores,

pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e outros especialistas. Essa abordagem é essencial para

assegurar um processo de ensino-aprendizagem e inclusão de alta qualidade.

A presença de uma equipe multidisciplinar revela-se crucial para atender às

necessidades específicas do aluno autista. Os professores desempenham um papel central na

adaptação de métodos de ensino e na criação de ambientes inclusivos, enquanto os pedagogos

contribuem para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas que atendam às particularidades

do aluno.

A presença do fonoaudiólogo é fundamental para trabalhar questões relacionadas à

comunicação, linguagem e interação social. O apoio psicológico desempenha um papel

significativo no suporte emocional do aluno e na promoção do bem-estar psicológico,

contribuindo para a construção de relações saudáveis dentro do ambiente escolar.

Além disso, outros especialistas podem ser convocados, conforme necessário, para

abordar áreas específicas de dificuldade que o aluno possa enfrentar. Essa colaboração entre

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diferentes profissionais visa proporcionar uma abordagem holística e personalizada, garantindo

que o aluno autista receba suporte abrangente em sua jornada educacional.

Dessa forma, a construção de uma equipe multidisciplinar comprometida e colaborativa

é essencial para criar um ambiente educacional verdadeiramente inclusivo, onde cada aluno,

independentemente de suas necessidades individuais, tenha a oportunidade de participar

plenamente do processo educativo com qualidade e equidade.

A educação de crianças autistas, de fato, exige um comprometimento e dedicação

significativos por parte de todos os envolvidos. Nesse contexto, a participação ativa da família

e dos professores desempenha um papel crucial para superar os desafios e promover avanços

nas áreas comportamentais, sociais e no desenvolvimento de habilidades acadêmicas dessas

crianças.

A colaboração entre a família e os professores é essencial para criar um ambiente de

apoio consistente. A compreensão das necessidades individuais da criança autista permite que

sejam estabelecidas estratégias personalizadas, priorizando tanto os aspectos comportamentais

quanto sociais. Além disso, é fundamental promover a aquisição de habilidades acadêmicas de

maneira adaptada, levando em consideração as características específicas do aluno.

A escola e os professores desempenham um papel ativo na busca por alternativas

inovadoras que favoreçam o crescimento da criança autista. Isso inclui a adaptação de materiais

de estudo, brinquedos, acessórios e instrumentos, a fim de proporcionar um ambiente de

aprendizado que seja inclusivo e acessível. Essas adaptações contribuem para que as crianças

autistas possam absorver conhecimento da mesma forma que seus colegas e acompanhar o

currículo escolar de maneira integral.

Em suma, a parceria entre a família, a escola e os professores são fundamentais para

criar um ambiente educacional que atenda às necessidades específicas das crianças autistas,

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promovendo não apenas o desenvolvimento acadêmico, mas também o crescimento global

desses alunos em todos os aspectos da vida.

Nesse sentido, a respeito do aspecto a autora Werneck (1997, p. 58) destaca que, "Incluir

não é favor, mas troca. Quem sai ganhando nesta troca somos todos nós em igual medida.

Conviver com as diferenças humanas é direito do pequeno cidadão, deficiente ou não."

Com certeza, a inserção do aluno autista na escola regular demanda uma reflexão

profunda sobre vários aspectos. Como ponto de partida, torna-se imperativo que a escola possua

projetos pedagógicos claramente definidos e estruturados. Essa abordagem exige um

planejamento minucioso, com objetivos bem estabelecidos e metas a serem alcançadas em

prazos determinados.

A elaboração de projetos pedagógicos específicos para incluir alunos autistas implica

considerar cuidadosamente as necessidades individuais desses estudantes, bem como as

estratégias educacionais mais eficazes para promover seu desenvolvimento integral. O

planejamento deve abranger tanto os aspectos acadêmicos quanto os comportamentais e sociais,

visando criar um ambiente inclusivo que atenda às diversidades presentes na sala de aula.

Além disso, é crucial que a equipe escolar esteja capacitada e sensibilizada para lidar

com a diversidade e as demandas específicas dos alunos autistas. Isso inclui a formação de

professores, coordenadores e demais profissionais envolvidos, a fim de garantir que todos

estejam preparados para oferecer o suporte necessário.

O repensar desses elementos no contexto educacional não apenas beneficia diretamente

o aluno autista, mas também contribui para a construção de uma escola mais inclusiva e

acolhedora. Portanto, o investimento no planejamento e na implementação de projetos

pedagógicos inclusivos é fundamental para proporcionar uma educação de qualidade a todos os

estudantes, independentemente de suas características individuais.

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Sem dúvida, a formação continuada destinada aos professores deve ir além de uma mera

exigência legal, tornando-se um guia fundamental para aprimorar suas práticas educacionais.

Em primeiro lugar, é crucial que essa formação proporcione as ferramentas necessárias para a

elaboração de materiais inclusivos, não apenas como uma obrigação legal, mas como um

referencial orientador de suas práticas pedagógicas.

A capacitação continuada deve capacitar os professores a desenvolverem materiais que

atendam às necessidades específicas dos alunos, incluindo aqueles com autismo. Isso não só

promove uma abordagem inclusiva, mas também fortalece a eficácia do ensino, adaptando-o de

acordo com as características individuais de cada estudante.

Além disso, tão importante quanto o primeiro aspecto, é essencial que a formação

continue permita aos professores conhecerem e compreenderem as características comuns aos

alunos com autismo. É imprescindível que os educadores se familiarizem não apenas com

características gerais do espectro autista, mas também com as particularidades específicas dos

alunos que estão sob sua responsabilidade.

Ao entender as necessidades individuais, preferências e desafios dos alunos com

autismo, os professores podem personalizar suas abordagens pedagógicas, adaptando o

ambiente de aprendizado e implementando estratégias que facilitem a participação ativa e

significativa desses estudantes.

Em resumo, a formação continuada para os professores não deve apenas abordar

questões legais, mas também se concentrar na capacitação para a prática inclusiva, promovendo

o conhecimento e a compreensão das características do autismo para otimizar o processo de

ensino e aprendizagem para todos os alunos.

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4.2. Estratégicas Educacionais Inclusivas para Crianças Autistas

A transformação da escola em um ambiente educacional inclusivo, pautado no respeito

às diferenças dos educandos, representa atualmente um dos desafios mais significativos para

todos os profissionais da educação, destacando-se especialmente para os professores.

A educação é um processo dinâmico e contínuo, demandando esforços conjuntos de

todos os profissionais envolvidos. Isso implica uma verdadeira reorganização do sistema

educacional, com o propósito de efetivar a inclusão e evitar a exclusão dos alunos.

A concretização de uma educação inclusiva vai além da simples admissão de alunos

com necessidades especiais na escola regular. Requer uma reestruturação profunda nos métodos

de ensino, na abordagem pedagógica, e na cultura escolar como um todo. Os professores

desempenham um papel central nesse processo, pois são agentes fundamentais para a

implementação efetiva de práticas inclusivas.

Isso implica não apenas na adaptação de materiais didáticos, mas também na promoção

de uma mentalidade inclusiva, na compreensão das necessidades individuais de cada aluno e

no estabelecimento de estratégias pedagógicas que permitam a participação plena de todos,

independentemente de suas diferenças.

A inclusão na educação não é apenas uma questão de atender às normativas legais, mas

sim de reconhecer e respeitar a diversidade como um valor enriquecedor para todo o ambiente

educacional. Portanto, a transformação em um ambiente verdadeiramente inclusivo exige uma

mudança de mentalidade, um comprometimento coletivo e a disposição contínua para aprender

e se adaptar. Este desafio é crucial para garantir que todos os alunos tenham oportunidades

iguais e recebam uma educação de qualidade, independentemente de suas características

individuais.

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Assim sendo, vale mencionar os dizeres de Kupfer (2000, p. 114), no seguinte teor: “a

reformulação da escola para incluir os excluídos precisa ser uma revolução que a ponha do

avesso em seu ideário político-ideológico. É necessário muito mais do que uma reformulação

do espaço físico, de conteúdo programático ou de ritmos de aprendizagem, ou de maior

preparação do professor”.

Para garantir o atendimento adequado a todas as crianças autistas nas turmas de ensino

regulares, é necessário romper com o modelo tradicional de educação. Isso implica na busca

por proporcionar aprendizagem efetiva aos alunos, demandando uma revisão das práticas e

estratégias por parte das escolas e dos profissionais da educação. Para tanto, torna-se imperativo

ajustar tais abordagens à realidade de cada aluno, considerando suas peculiaridades e graus de

comprometimento.

Essa abordagem mais flexível e individualizada visa criar um ambiente inclusivo, onde

as necessidades específicas das crianças autistas sejam reconhecidas e atendidas de maneira

eficaz. Além disso, incentiva uma postura mais reflexiva por parte dos educadores, que

precisam estar dispostos a adaptar suas metodologias de ensino para garantir uma experiência

educacional enriquecedora para todos os alunos, independentemente de suas características

individuais.

Como ponto inicial, é crucial estabelecer um vínculo afetivo com o aluno, visando

promover uma aceitação mais efetiva por parte do educando. Esse processo se inicia com a

formação de hábitos e atitudes socialmente aceitos, avançando para a efetivação da

comunicação, mesmo que não verbal, e culminando na introdução da aprendizagem acadêmica

propriamente dita. (Freitas, 2006).

A construção desse vínculo afetivo não apenas cria um ambiente mais receptivo para o

aluno autista, mas também estabelece as bases para uma relação de confiança entre o educador

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e o estudante. Essa abordagem gradual, que prioriza a aceitação mútua e a comunicação eficaz,

é essencial para criar um ambiente propício ao desenvolvimento integral do aluno, tanto em

aspectos sociais quanto acadêmicos.

Incluir a criança autista não apenas na escola, mas em todos os contextos sociais, exige

a superação de valores e paradigmas arraigados, incluindo a desconstrução da ideia de

incapacidade e improdutividade associada às pessoas com deficiência. Isso implica desafiar as

expectativas da sociedade, que muitas vezes rotula essa parcela da população como anormal.

(Vigotski, 1994).

Essa mudança de perspectiva demanda uma abordagem mais inclusiva, que reconheça

e valorize as habilidades individuais de cada criança autista. Ao desvincular a deficiência de

estigmas negativos e ao reconhecer a diversidade de capacidades dentro desse grupo, é possível

criar um ambiente mais igualitário e propício ao pleno desenvolvimento de cada indivíduo.

A inclusão efetiva não se limita ao acesso físico, mas estende-se à promoção de uma

mentalidade inclusiva na sociedade, que compreende e respeita a singularidade de cada pessoa,

independentemente de suas características individuais. Essa mudança cultural é fundamental

para construir uma sociedade mais justa e equitativa para todos.

Dessa forma, as leis que contemplam e priorizam a inclusão de crianças autistas nas

salas de aulas regulares do sistema educacional brasileiro representam um rompimento com

visões preconceituosas e distorcidas em relação a essa clientela. Contrariando teorias

ultrapassadas, essas leis reconhecem que as crianças autistas são tão aptas à aprendizagem

quanto qualquer outra criança considerada "normal". Para alcançar esse potencial, é necessário

apenas a adequação e otimização de estratégias de inclusão que atendam às suas necessidades

educacionais específicas.

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Ao proporcionar a inclusão efetiva, essas leis buscam criar ambientes educacionais mais

diversos e acessíveis, nos quais cada aluno, independente de suas características individuais,

tenha a oportunidade de prosperar. A ênfase na personalização das estratégias pedagógicas,

considerando as particularidades dos alunos autistas, reflete um avanço significativo na

promoção da igualdade de oportunidades educacionais.

Portanto, ao reconhecer e abraçar a diversidade, as leis de inclusão buscam não apenas

quebrar estigmas, mas também garantir que cada criança, independentemente de suas

características, tenha a chance de desenvolver seu potencial máximo no ambiente escolar.

Em 11 de setembro de 2001, o Conselho Nacional de Educação promulgou a Resolução

CNE/CEB Nº 02, instituindo o desafio da construção de sistemas educacionais inclusivos. Essa

resolução apresenta uma nova proposta para a democratização do ensino, notadamente

destacada em seu artigo 8, alínea III, que garante:

Flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e


instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos
diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto
pedagógico da escola. (Brasil, 2001a, p.2).

No contexto da Resolução CNE/CEB Nº 02, de 11/09/2001, é assegurado às pessoas

com necessidades educacionais especiais o direito de se beneficiarem de um currículo regular,

com adaptações que atendam às suas condições físicas e ao seu ritmo de aprendizado. Essa

abordagem reflete um compromisso com a inclusão, reconhecendo a diversidade de habilidades

e necessidades dentro do ambiente educacional.

Ao garantir o acesso a um currículo regular, a resolução busca promover a participação

plena dos estudantes com necessidades educacionais especiais no ensino regular. As adaptações

são essenciais para proporcionar um ambiente de aprendizado que seja acessível e que atenda
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às características individuais de cada aluno, considerando suas condições físicas e ritmo de

aprendizado.

Essa iniciativa não apenas reforça a ideia de igualdade de oportunidades, mas também

representa um passo significativo na construção de sistemas educacionais inclusivos, onde cada

estudante, independentemente de suas necessidades específicas, tem a oportunidade de

desenvolver seu potencial máximo.

A responsabilidade recai sobre nós, educadores, que precisamos promover e ampliar a

discussão sobre modelos e as melhores formas de educar essas crianças. Para alcançar esse

objetivo, é fundamental que os profissionais da educação possuam um conhecimento

aprofundado sobre o transtorno e suas particularidades, bem como compreendam as

características individuais do sujeito, permitindo assim o planejamento de ações e estratégias

facilitadoras de inclusão.

Dessa maneira, ao compreender as necessidades específicas das crianças com autismo,

os educadores podem desenvolver abordagens pedagógicas mais eficazes e inclusivas. Isso não

apenas contribui para o sucesso acadêmico desses alunos, mas também para a criação de um

ambiente escolar mais diversificado e acolhedor. A conscientização e capacitação contínua dos

profissionais da educação desempenham, portanto, um papel fundamental no progresso da

inclusão e na promoção de uma sociedade mais igualitária.

4.3 Atividades Pedagógicas e o Papel do Docente na Efetivação Da Educação


Inclusiva

Neste último tópico estuda-se sobre as atividades pedagógicas realizadas em sala de

aula, bem como o papel do docente na efetivação da educação inclusiva no ambiente escolar,

atualmente.
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A Constituição de 1988 estabelece que a educação é um direito de todos, sem exceção,

abrangendo, portanto, todas as crianças autistas. Este direito não só garante a inclusão dessas

crianças no sistema educacional, mas também propicia a interação com a sociedade e o

desenvolvimento de suas capacidades motoras, cognitivas e linguísticas. Através da educação,

busca-se transmitir valores e práticas sociais essenciais para o pleno exercício da cidadania.

Dentro desse contexto, a escola não é apenas um local de aprendizado acadêmico, mas

também um espaço para o desenvolvimento integral do indivíduo. Para as crianças autistas, a

educação desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão social, na estimulação

de habilidades e na preparação para uma participação ativa na sociedade.

Assim, a garantia do direito à educação para todas as crianças, incluindo aquelas com

autismo, não apenas reflete um compromisso com os princípios constitucionais, mas também

contribui para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, onde cada indivíduo tem

a oportunidade de atingir seu pleno potencial.

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida

e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

(Brasil, 1988).

De fato, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em seus artigos 29 e 30,

assegura que a Educação Infantil, como a primeira etapa da educação básica, deve ser oferecida

em creches e pré-escolas, abrangendo crianças de 0 a 3 anos de idade. Essa disposição

normativa visa garantir a inserção de todas as crianças na escola, em consonância com o que

preconiza a Constituição Federal.

Ao reconhecer a importância dos primeiros anos de vida na formação integral do

indivíduo, a legislação brasileira destaca a necessidade de proporcionar um ambiente

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educacional desde a mais tenra idade. A oferta de Educação Infantil em creches e pré-escolas

não apenas atende à demanda por cuidados e educação nesse período crucial, mas também

contribui para o cumprimento do direito constitucional à educação para todas as crianças,

promovendo, assim, uma base sólida para o desenvolvimento futuro.

Conforme segue abaixo, os artigos supracitados da LDB, vejamos:

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade
o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade. (Brasil,
1996).

Assim sendo, a perspectiva da educação como um direito para todos é garantida em

diversos documentos legais do Brasil. No entanto, para que a inclusão ocorra efetiva e

legalmente, é necessária a implementação de políticas públicas específicas, como previsto na

Lei 10.172 de 09 de janeiro de 2001.

Essa legislação estabelece que a inclusão de pessoas com deficiência deve ocorrer no

sistema regular de ensino, destacando a importância de construir uma escola inclusiva capaz de

atender à diversidade humana.

A implementação de políticas públicas inclusivas é fundamental para garantir que todos

os indivíduos, independentemente de suas diferenças e características, tenham acesso

igualitário à educação. A ênfase na construção de uma escola inclusiva destaca o compromisso

com a promoção da diversidade e a aceitação de que cada aluno possui necessidades únicas.

Assim, a legislação que respalda a educação inclusiva não apenas reforça o direito de

todos à educação, mas também enfatiza a importância de criar ambientes educacionais que se

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adaptem às necessidades variadas dos estudantes, contribuindo para uma sociedade mais justa

e igualitária.

Certamente, a adequação no currículo escolar é essencial para que os professores e a

escola possam efetivamente exercer a inclusão, conforme preconizam as leis. De acordo com

Eugênio Cunha (2015), é indispensável que o currículo vá além das concepções de déficit e

torne a prática pedagógica rica em experiências educativas nas relações humanas.

A necessidade de adaptação curricular surge da compreensão de que cada aluno é único,

com suas próprias habilidades, desafios e estilos de aprendizagem. A inclusão no verdadeiro

sentido da palavra implica reconhecer e valorizar a diversidade, adaptando o ensino para atender

às necessidades individuais de cada estudante.

Ao extrapolar as concepções de déficit, o currículo pode ser concebido de maneira a

promover a participação ativa de todos os alunos, independentemente de suas características.

Isso não apenas beneficia os estudantes com necessidades especiais, mas também enriquece a

experiência educativa para toda a comunidade escolar, fomentando um ambiente de

aprendizagem mais inclusivo, respeitoso e enriquecedor.

Nesse sentido, compreende-se que, a verdadeira inclusão na escola vai além da simples

presença física do aluno. Para ser genuinamente inclusiva, a escola precisa estar preparada e

capacitada para receber e apoiar todos os estudantes, independentemente de suas diferenças.

Essa preparação envolve não apenas a adaptação do ambiente físico, mas também o

desenvolvimento de uma abordagem pedagógica que reconheça e respeite a diversidade.

A capacitação de todos os funcionários, a compreensão das potencialidades e desafios

individuais de cada aluno, a criação de estratégias educacionais adaptadas e a promoção de um

ambiente acolhedor são componentes cruciais da inclusão efetiva. Além disso, é essencial

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envolver as famílias nesse processo, estabelecendo uma relação recíproca de crescimento e

aprendizado.

Uma escola inclusiva não apenas garante o acesso inicial do aluno por meio da

matrícula, mas também cria meios para que ele continue acessando o ensino de maneira efetiva,

com suporte necessário para alcançar o sucesso escolar. Essa abordagem holística é vital para

criar um ambiente educacional que promova o desenvolvimento pleno de cada aluno,

independentemente de suas características individuais.

Vale mencionar o entendimento do autor abaixo:

Professores, orientadores, supervisores, direção escolar, demais funcionários, famílias


e alunos precisam estar conscientes dessa singularidade de todos os estudantes e suas
demandas específicas. Essa tomada de consciência pode tornar a escola um espaço onde
os processos de ensino e aprendizagem estão disponíveis e ao alcance de todos e onde
diferentes conhecimentos e culturas são mediados de formas diversas por todos os
integrantes da comunidade escolar, tornando a escola um espaço compreensível e
inclusivo. (Lopes, 2011, p. 16).

Certamente, a tarefa do professor na promoção da inclusão não é simples, pois requer

uma abordagem diferenciada para crianças típicas e autistas. É essencial que o professor

promova o avanço de todas as crianças em sua sala de aula, garantindo que a criança autista

seja respeitada e valorizada. Isso envolve uma mediação adequada, que priorize inicialmente

sua integração social, para, em seguida, concentrar-se em sua formação acadêmica.

A integração social é um passo crucial, pois contribui para o desenvolvimento das

habilidades sociais e emocionais da criança autista. Através de estratégias de mediação, como

o estímulo ao trabalho em grupo, o estímulo à comunicação e a criação de um ambiente

inclusivo, o professor desempenha um papel fundamental na promoção do respeito mútuo e na

construção de relações positivas entre todos os alunos. (Santos, 2008).

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Posteriormente, a atenção à formação acadêmica é essencial para garantir que a criança

autista tenha as habilidades necessárias para uma participação plena na sociedade, incluindo a

possibilidade de desenvolver sua independência pessoal e se inserir no mercado de trabalho. O

professor, ao adotar estratégias pedagógicas inclusivas e adaptativas, contribui para que cada

aluno alcance seu potencial máximo, independentemente de suas diferenças individuais.

Com certeza, a inclusão de alunos com autismo no ensino regular demanda uma sólida

estrutura pedagógica e a presença de profissionais capacitados para lidar com possíveis

disparidades decorrentes do comportamento dessas crianças. O papel desempenhado pelos

professores nas instituições de ensino, no acompanhamento de pessoas com autismo, exige uma

profunda reflexão, pois pode impactar significativamente tanto o sucesso quanto o fracasso nos

processos de inclusão social e educacional desses alunos. (Vasquez, 2008).

Uma estrutura pedagógica eficaz inclui não apenas adaptações curriculares, mas

também abordagens pedagógicas que levem em consideração as características individuais dos

alunos autistas. Profissionais capacitados têm a capacidade de compreender as necessidades

específicas desses alunos, adotando estratégias de ensino diferenciadas, promovendo ambientes

inclusivos e atendendo de maneira adequada a eventuais desafios comportamentais. (Felício,

2007).

A reflexão profunda sobre o papel do professor na inclusão de alunos com autismo

implica um constante aprimoramento de práticas pedagógicas, uma maior sensibilidade às

características individuais de cada aluno e uma abertura para a colaboração com profissionais

de apoio e familiares.

O sucesso na inclusão desses alunos depende, em grande parte, da habilidade dos

professores em criar ambientes educacionais acolhedores, que permitam o desenvolvimento

integral de cada estudante, independentemente de suas diferenças.

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Clarividente que a formação do professor vai muito além da graduação e inclui a própria

formação cultural, uma vez que essa formação influencia diretamente a prática pedagógica em

relação às crianças autistas. Na dinâmica de ensino-aprendizagem, o fator humano e afetivo

desempenha um papel crucial no avanço ou na dificuldade enfrentada pela criança, pois muitas

experiências são construídas ao longo do processo, nas situações vivenciadas em sala de aula.

A formação do professor deve abranger não apenas aspectos técnicos e metodológicos,

mas também uma compreensão profunda das diversas formas de aprendizagem e das

necessidades específicas dos alunos, especialmente daqueles com autismo. A empatia, a

paciência e a capacidade de adaptação tornam-se ferramentas essenciais para lidar com as

situações que podem surgir durante o processo de ensino.

A relação entre professor e aluno autista é marcada por uma troca constante de

experiências, demandando do educador uma postura aberta à compreensão das singularidades

de cada criança. A prática eficaz é construída no dia a dia da sala de aula, onde o professor

desempenha um papel ativo na promoção do aprendizado, no estímulo ao desenvolvimento

social e emocional, e na construção de um ambiente inclusivo que valoriza a diversidade.

Dessa maneira, a promoção da inclusão efetiva e a obtenção de resultados satisfatórios

demandam uma abordagem cuidadosa e embasada na compreensão do autismo. Tanto o

professor quanto a escola como um todo devem ter propriedade nas práticas aplicadas,

alicerçadas em um currículo estruturado, e possuir um conhecimento pleno sobre o autismo.

É crucial que o professor invista na formação continuada para adquirir conhecimentos

atualizados sobre as características e necessidades específicas dos alunos autistas. Esse

conhecimento não apenas facilita a implementação de estratégias pedagógicas eficazes, mas

também contribui para a criação de um ambiente inclusivo que respeita a diversidade.

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Além disso, o desenvolvimento da sensibilidade e serenidade por parte do professor é

fundamental. Ao cultivar uma consciência de atos inclusivos em sala de aula, o educador

contribui significativamente para o processo de ensino-aprendizagem da clientela autista. Essa

abordagem não apenas favorece o desenvolvimento acadêmico, mas também promove a

integração social e emocional, proporcionando uma experiência educacional enriquecedora

para todos os alunos.

Em resumo, a educação inclusiva requer um comprometimento constante com a

formação, a compreensão e a implementação de práticas pedagógicas que atendam às

necessidades individuais de cada estudante, especialmente aqueles com autismo. Essa

abordagem contribui não apenas para a aprendizagem, mas para a construção de uma sociedade

mais justa e inclusiva.

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5. Considerações Finais

Diante de todo aludido, ficou explicitado o intuito da pesquisa, no qual foi discorrer

sobre o trabalho desenvolvido com crianças autistas e sua inclusão em salas de aula regulares

é, de fato, um desafio que demanda uma abordagem diferenciada e conhecimentos específicos

para uma intervenção eficaz.

A inclusão de crianças autistas envolve não apenas a adaptação do ambiente escolar,

mas também a compreensão das características individuais de cada aluno. Professores e

profissionais da educação precisam estar preparados para implementar estratégias pedagógicas

que atendam às necessidades específicas dessas crianças, promovendo não apenas o

aprendizado acadêmico, mas também o desenvolvimento social e emocional.

Além disso, a organização do trabalho na sala de aula requer uma abordagem flexível e

adaptável, considerando as singularidades de cada criança autista. A formação contínua, o

diálogo aberto entre professores, pais e profissionais de apoio, e a criação de um ambiente

inclusivo são elementos essenciais para enfrentar esse desafio de forma eficaz.

Ao enfrentar esse desafio com uma abordagem sensível e bem informada, a escola pode

proporcionar experiências educacionais significativas para as crianças autistas, contribuindo

para seu desenvolvimento integral e para a construção de uma sociedade mais inclusiva. O

compromisso contínuo com a aprendizagem e a adaptação é fundamental para atender às

demandas únicas desses alunos e garantir sua plena participação no ambiente educacional.

Com certeza, a inclusão efetiva de crianças autistas em salas de aula regulares requer

um enquadre sistêmico para alcançar o sucesso. Isso significa que a escola e os profissionais da

educação como um todo devem estar preparados para atender a essa clientela, possuindo amplo

conhecimento sobre o transtorno e compreendendo as leis relacionadas à inclusão de pessoas

com autismo no ensino regular do país.


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A preparação dos profissionais não se limita apenas ao conhecimento teórico sobre o

autismo, mas também à prática de estratégias pedagógicas inclusivas e à capacidade de

adaptação às necessidades específicas de cada criança autista. A formação contínua é crucial

para manter os educadores atualizados e capacitados para enfrentar os desafios que possam

surgir no ambiente escolar.

Além disso, a colaboração e complementaridade multidisciplinar entre diferentes

profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros especialistas,

são fundamentais para oferecer um suporte integral e personalizado aos alunos autistas. A troca

de informações e o trabalho em equipe contribuem para a criação de um ambiente educacional

mais inclusivo e eficaz.

Portanto, a inclusão de crianças autistas no ensino regular exige uma abordagem

integrada e colaborativa, onde todos os envolvidos na educação estejam alinhados com os

princípios inclusivos e empenhados em proporcionar um ambiente de aprendizado acolhedor e

enriquecedor para todos.

Na conclusão, percebemos que persiste uma significativa lacuna no conhecimento

acerca da inclusão de alunos com transtornos do espectro do autismo no ambiente escolar. Essa

falta de compreensão reflete-se na prática educacional e destaca a importância de adquirir

conhecimentos específicos nessa área. Quando os educadores possuem esse entendimento,

podem formular hipóteses explicativas sobre o comportamento desses alunos, promovendo o

desenvolvimento de estratégias eficazes.

A melhoria na prática inclusiva nas escolas requer um comprometimento contínuo com

a formação dos profissionais da educação. O conhecimento aprofundado sobre o transtorno do

espectro do autismo não apenas enriquece a compreensão dos educadores, mas também facilita

a implementação de abordagens pedagógicas mais eficazes.

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Investir na capacitação dos profissionais é crucial para preencher essa lacuna,

promovendo um ambiente escolar mais inclusivo, onde cada aluno, independentemente de suas

características, tenha a oportunidade de participar plenamente e desenvolver seu potencial

máximo. Portanto, a busca por uma educação mais inclusiva deve ser contínua e baseada em

conhecimentos especializados para assegurar o sucesso e o bem-estar de todos os educandos.

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