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INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS CUIABÁ CEL. OCTAYDE JORGE DA SILVA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA

LEILA CIMONE TEODORO ALVES

A TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA INCLUSÃO DE PESSOAS


COM DEFICIÊNCIA NO INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO

Cuiabá-MT
2023
LEILA CIMONE TEODORO ALVES

A TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA INCLUSÃO DE PESSOAS


COM DEFICIÊNCIA NO INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO

Dissertação apresentada ao Programa de


Pós-graduação em Educação Profissional
e Tecnológica, ofertado pelo campus
Cuiabá − Cel. Octayde Jorge da Silva do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Mato Grosso, como parte
dos requisitos para a obtenção do título de
Mestre em Educação Profissional e
Tecnológica.

Linha de Pesquisa: Práticas Educativas em


Educação Profissional e Tecnológica.

Orientadora: Profa. Dra. Juliana Saragiotto


Silva

Cuiabá-MT
2023
INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO
Autarquia criada pela Lei n° 11.892 de 29 de dezembro de 2008

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

LEILA CIMONE TEODORO ALVES

A TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA INCLUSÃO DE PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA NO INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


graduação em Educação Profissional e Tecnológica,
ofertado pelo Instituto Federal de Mato Grosso,
como requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Educação Profissional e Tecnológica.

Aprovado em 19 de abril de 2023.


COMISSÃO EXAMINADORA

Profa. Dra. Juliana Saragiotto Silva


Instituto Federal de Mato Grosso
Orientadora
Assinada pela Presidente da Banca, de acordo com a Resolução 018, de 15/04/2020 CONSUP/IFMT
e seu anexo que regula as bancas a distância dos Programas de Pós-Graduação.

Prof. Dr. Cristiano Rocha da Cunha


Instituto Federal de Mato Grosso − IFMT

Profa. Dra. Soraia Silva Prietch


Universidade Federal de Rondonópolis − UFR
INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO
Autarquia criada pela Lei n° 11.892 de 29 de dezembro de 2008

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

LEILA CIMONE TEODORO ALVES

COLETÂNEA DE RECURSOS E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA


ASSISTIVA

Produto Educacional apresentado ao Programa de


Pós-graduação em Educação Profissional e
Tecnológica, ofertado pelo Instituto Federal de Mato
Grosso, como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Educação Profissional e
Tecnológica.

Validado em 19 de abril de 2023.


COMISSÃO EXAMINADORA

Profa. Dra. Juliana Saragiotto Silva


Instituto Federal de Mato Grosso
Orientadora
Assinada pela Presidente da Banca, de acordo com a Resolução 018, de 15/04/2020 CONSUP/IFMT
e seu anexo que regula as bancas a distância dos Programas de Pós-Graduação.

Prof. Dr. Cristiano Rocha da Cunha


Instituto Federal de Mato Grosso − IFMT

Profa. Dra. Soraia Silva Prietch


Universidade Federal de Rondonópolis − UFR
Dedico este trabalho de pesquisa a todas as pessoas que ao longo da minha vida,
contribuíram para minha trajetória acadêmica, para o meu crescimento profissional e
pessoal. Sou eternamente grata a cada um de vocês.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela força e perseverança para


superar todos os desafios durante esta trajetória.
Em especial, a minha orientadora, Profa. Dra. Juliana Saragiotto Silva, pela
dedicação, paciência, por estar disponível para as orientações e compartilhar o seu
conhecimento.
Aos professores do Programa de Mestrado em Educação Profissional e
Tecnológica (ProfEPT) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Mato Grosso (IFMT), por compartilharem seus conhecimentos.
Ao IFMT, agradeço por possibilitar a oferta do programa de mestrado, a
dispensa das atividades laborais para acompanhar as aulas e o desenvolvimento da
pesquisa.
Por fim, agradeço aos meus amigos que, direta ou indiretamente, contribuíram
para a realização deste trabalho.
RESUMO

Ao se analisarem as legislações a respeito da inclusão de pessoas com deficiência na


educação regular, ou mesmo no mundo do trabalho, constata-se a consolidação dos
instrumentos legais, com o objetivo de assegurar a inclusão da pessoa com deficiência
na sociedade. No entanto, apesar desse progresso, ainda é necessário romper
barreiras para a acessibilidade e a inclusão escolar, com a implementação de recursos
e serviços que podem auxiliar nesta inclusão. Diante desse contexto, o objetivo desta
pesquisa foi investigar os recursos e serviços de Tecnologia Assistiva (TA) existentes
e disponíveis, que podem favorecer a inclusão de pessoas com deficiência na
Educação Profissional e Tecnológica, a fim de se elaborar uma coletânea de recursos
e serviços de TA que podem ser utilizados para apoio no processo de ensino-
aprendizagem. Para isso, desenvolveu-se uma pesquisa de campo, de natureza
aplicada, com abordagem majoritariamente qualitativa, buscando descrever desde
informações relacionadas aos aspectos pedagógicos da TA até a apresentação das
legislações voltadas à garantia dos direitos das pessoas com deficiência. A pesquisa
foi realizada em três campi do IFMT (Cuiabá − Cel. Octayde Jorge da Silva, Campo
Novo do Parecis e Avançado de Lucas do Rio Verde), que tiveram estudantes com
deficiência matriculados no período de 2019 a 2021/1, nos cursos técnicos integrados
ao ensino médio. Os participantes da pesquisa nos três campi foram docentes que
ministraram aulas para estudantes com deficiência, membros das equipes do Núcleo
de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas e diretores
gerais. Os resultados evidenciaram que os participantes desta pesquisa possuem
conhecimento da existência de recursos e serviços de Tecnologia Assistiva, da
mesma maneira que indicam quais recursos estão disponíveis nos campi em que
desenvolvem suas atividades. No entanto, enfatizam a falta de profissionais
especializados, bem como a falta de política institucional e de preparação dos
servidores para uma inclusão mais efetiva. Por fim, a partir desta pesquisa, foi
elaborado o Produto Educacional “Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia
Assistiva”, com o objetivo de disponibilizar uma ferramenta de fácil acesso aos
estudantes, servidores e à comunidade externa. Essa coletânea está inserida na linha
de pesquisa Práticas Educativas em Educação Profissional e Tecnológica.

Palavras-chave: Acessibilidade. Educação. Inclusão Escolar. EPT.


ABSTRACT

The analysis of the legislations concerning the inclusion of people with disabilities on
the regular education, as well as, their inclusion in the workplace, present the
consolidation of the legal instruments which aim to guarantee the inclusion of people
with disabilities in the society. Though, in spite of this progress, there is a need of
breaking down barriers to meet accessibility and education inclusion, promoting the
implementation of resources and facilities which may support their inclusion.
Presenting this brief context, this research aims at was investigating the existing and
available Assistive Technology (AT) resources and services, which may help the
inclusion of people with disabilities in the Professional and Technological Education,
in order to elaborate a collection of AT resources and services which to support their
teaching-learning process. Based on this objective, an applied field research of
qualitative approach was carried out. It aimed at gathering and describe the information
related to the pedagogical aspects of AT, as well as, the presentation of legislations
aimed at guaranteeing the rights of people with disabilities. The study was carried out
on the three IFMT’s campi (Cuiabá − Cel. Octayde Jorge da Silva, Campo Novo do
Parecis and Avançado de Lucas do Rio Verde). These three educational institutes
received students with disabilities enrolled in their technical courses integrated to the
high school modality during the school period from 2019 to 2021/1. The research
participants develop their educational activities on the three studied campi. They were
educators who teach classes for students with disabilities, the professionals from the
Centre for Assistance of People with Specific Educational Needs and the principals.
The findings revealed that the participants are aware of the existence of Assistive
Technology resources and services, likewise they indicate which resources are
available on the campi where they perform their activities. However, they emphasized
the lack of specialized professionals, as well as, lack of institutional policies and also
lack of qualification on more effective inclusion for public servants. Lastly this research
contributed to the construction of the Educational Product titled: “Collection of Assistive
Technology Resources and Services”. It was done, aimed at providing an easily
accessible tool for students, employees and the external community. This collection is
part of the research line Educational Practices in the Professional and Technological
Education.

Keywords: Accessibility. Education. School Inclusion. PTE.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - IFMT e seus campi no território de Mato Grosso ..................................... 32


Figura 2 – Categoria de análise temática (1): Tecnologia Assistiva no IFMT ........... 45
Figura 3 - Categoria de análise temática (2): Percepção da Inclusão ...................... 51
Figura 4 – Categoria de análise temática (3): Apoio ao processo de ensino-
aprendizagem............................................................................................................ 53
Figura 5 – Categorias de análise temática (4): Percepção das Equipes dos NAPNEs
.................................................................................................................................. 56
Figura 6 – Esquema das categorias de Tecnologia Assistiva disponíveis na
coletânea ................................................................................................................... 62
Figura 7 – Página inicial da “Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia
Assistiva” ................................................................................................................... 63
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dados dos participantes, população-alvo e amostra da pesquisa – por


campus ...................................................................................................................... 34
Tabela 2 – Quantidade de participantes da pesquisa dos três campi do IFMT ........ 43
Tabela 3 – Quantidade de participantes da avaliação do Produto Educacional ....... 66
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 − Número de matrículas de alunos com deficiência, em classes comuns e


em classes especiais inclusivas no Brasil - 2020 ...................................................... 21
Gráfico 2 – Participantes por segmento e faixa etária .............................................. 46
Gráfico 3 − Conhecimento da existência de recursos de Tecnologia Assistiva aos
docentes .................................................................................................................... 46
Gráfico 4 – Utilização da Tecnologia Assistiva ......................................................... 48
Gráfico 5 – Divulgação e/ou capacitação dos recursos e serviços de Tecnologia
Assistiva existentes e disponíveis ............................................................................. 50
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Alunos matriculados no IFMT, de 2019 a 2021/1, para vagas reservadas


a pessoas com deficiência ........................................................................................ 24
Quadro 2 - Categorias de Tecnologia Assistiva........................................................ 26
Quadro 3 – Questionários utilizados nesta pesquisa ................................................ 38
Quadro 4 – Categorias de análise temática desta pesquisa .................................... 44
Quadro 5 – Categoria de análise temática (1): Tecnologia Assistiva no IFMT
−Subcategoria (1.1) Existência de Recursos de Tecnologia Assistiva ...................... 47
Quadro 6 – Categoria de análise temática (1): Tecnologia Assistiva no IFMT –
Subcategoria (1.2) Utilização da Tecnologia Assistiva .............................................. 49
Quadro 7 – Categoria de análise temática (2): Percepção da Inclusão .................... 51
Quadro 8 – Categoria de análise temática (3): Apoio ao processo de ensino-
aprendizagem............................................................................................................ 54
Quadro 9 – Categoria de análise temática (4) Percepção das equipes dos NAPNEs
.................................................................................................................................. 57
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AACD Associação de Assistência à Criança Deficiente


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AEE Atendimento Educacional Especializado
APAE Associação de Pais e Amigos do Excepcional
ASCOM Assessoria de Comunicação
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior
CEFET Centro Federal de Educação Tecnológica
CEP Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos
CF Constituição Federal
CNCT Catálogo Nacional de Cursos Técnicos
CNE Conselho Nacional de Educação
CNS Conselho Nacional de Saúde
CONSUP Conselho Superior
CRTA Centro de Referência em Tecnologia Assistiva
CTA Centro Tecnológico de Acessibilidade
DPIS Diretoria de Políticas de Ingresso e Seleção
DSAEstudantil Diretoria Sistêmica de Assistência Estudantil, inclusão e
diversidade
DSTI Diretoria Sistêmica de Tecnologia da Informação
EAFC Escola Agrotécnica Federal de Cáceres
EPT Educação Profissional e Tecnológica
FIC Formação Inicial e Continuada
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IFMT Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Mato Grosso
IFRS Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio
Grande do Sul
IFSC Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Santa Catarina
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira
LDB Lei de Diretrizes e Bases
NAPNE Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades
Educacionais Específicas
ONU Organização das Nações Unidas
PCD Pessoa com Deficiência
PDI Plano de Desenvolvimento Institucional
PE Produto Educacional
PIT Plano Individual de Trabalho
PNE Plano Nacional de Educação
ProfEPT Programa de Mestrado em Educação Profissional e
Tecnológica
PROPESSOAS Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas
SUAP Sistema Unificado de Administração Pública
TA Tecnologia Assistiva
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TDAH Transtorno Déficit de Atenção com Hiperatividade
UFLA Universidade Federal de Lavras
UFMT Universidade Federal de Mato Grosso
UFR Universidade Federal de Rondonópolis
UNESP Universidade Estadual Paulista
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 18
2.1 A Educação Inclusiva no Brasil ..................................................................... 18
2.2 O IFMT no Contexto da Educação Inclusiva .................................................... 21
2.3 Tecnologia Assistiva na Educação ................................................................... 25
2.4 Tecnologia Assistiva na Educação Profissional e Tecnológica ......................... 28
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 31
3.1 Caracterização do Tipo da Pesquisa ............................................................ 31
3.2 Local da Pesquisa ........................................................................................ 32
3.3 Participantes da Pesquisa ............................................................................ 33
3.4 Critérios Éticos.............................................................................................. 35
3.5 Instrumentos de Pesquisa ............................................................................ 36
3.6 Metodologia para a Análise de Dados .......................................................... 38
3.7 Recursos de Apoio à Pesquisa ..................................................................... 39
3.8 Etapas da Pesquisa ...................................................................................... 40
3.8.1 Etapa 1 – Revisão da Literatura ............................................................... 40
3.8.2 Etapa 2 – Verificação acerca da compreensão de Docentes, Equipe dos
NAPNEs e Gestores sobre TA ............................................................................... 41
3.8.3 Etapa 3 – Identificação de recursos e serviços de TA existentes e
disponíveis para a elaboração do PE .................................................................... 41
3.8.4 Etapa 4 – Desenvolvimento do Produto Educacional ............................... 42
4 A TECNOLOGIA ASSISTIVA NO IFMT: O QUE REVELAM AS FALAS DOS
PARTICIPANTES DA PESQUISA? ........................................................................... 43
4.1 Tecnologia Assistiva no IFMT .............................................................................. 44
4.2 Percepção da inclusão ........................................................................................ 50
4.3 Apoio ao processo de Ensino-Aprendizagem ...................................................... 53
4.4 Percepção das Equipes dos NAPNEs ................................................................. 55
5 PRODUTO EDUCACIONAL ................................................................................... 59
5.1 A elaboração do Produto Educacional ................................................................. 60
5.2 Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva: construção da página
web no site do IFMT .................................................................................................. 62
5.3 Aplicação e Avaliação do Produto Educacional ................................................... 65
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 73
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – docentes ... 78
APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) - Gestores
(diretores gerais dos campi) ...................................................................................... 80
APÊNDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Equipe dos
NAPNEs .................................................................................................................... 82
APÊNDICE D – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Avaliação do
Produto Educacional – Servidores e Estudantes do IFMT ........................................ 84
APÊNDICE E – Declaração da Pesquisadora ........................................................... 86
APÊNDICE F – Questionário para Coleta de Dados dos Docentes (População-alvo)
.................................................................................................................................. 87
APÊNDICE G - Questionário para Coleta de Dados da Equipe dos NAPNEs
(População-alvo) ....................................................................................................... 90
APÊNDICE H – Questionário para Coleta de Dados dos Diretores Gerais (População-
alvo) .......................................................................................................................... 93
APÊNDICE I – Questionário para Avaliação do Produto Educacional ...................... 96
APÊNDICE J – Folder do Produto Educacional – COLETÂNEA DE RECURSOS E
SERVIÇOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA ............................................................... 98
15

1 INTRODUÇÃO

É fundamental garantir às pessoas com deficiência o acesso à educação,


independentemente de suas limitações, com espaço de interação (estrutura física,
psicológica, didática e pedagógica), convívio e aprendizado. Esse seria o primeiro
passo para a construção de uma sociedade mais igualitária, com tolerância às
diferenças e com oportunidades para todos. Contudo, percebe-se a criação de leis e
projetos para dar “garantias” de acesso à escolarização, sem a devida adequação das
instituições, preparação do corpo docente e equipe pedagógica, para acolhimento,
desenvolvimento e êxito dos estudantes.
É importante destacar que a Constituição Federal (CF) do Brasil de 1988, além
de afirmar o direito público da educação para todos, aduz, no Artigo 208, como dever
do poder público, a garantia do atendimento educacional especializado para pessoas
com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL, 1988). A CF
foi a referência para a publicação de leis e decretos posteriores relacionados à
Educação Inclusiva no Brasil.
Apesar dos avanços tecnológicos nas várias áreas do conhecimento, por meio
do desenvolvimento de ferramentas que contribuem para o ensino, as instituições
(sejam elas federais, estaduais, municipais ou mesmo privadas) deparam-se,
diariamente, com dificuldades em operacionalizar os dispositivos legais para que, de
fato, os estudantes sejam incluídos. A necessidade de maiores recursos
orçamentários, contratação de profissionais especializados e disponibilização de
equipamentos tecnológicos são alguns dos exemplos que limitam ou ainda impedem
a efetiva inclusão.
Partindo desse contexto, o uso de Tecnologia Assistiva — produtos,
equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços
que visam à autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (BRASIL,
2015, p. 25) − apresenta-se como uma alternativa aos desafios da inclusão nas
escolas. Equipamentos como lupas manuais ou eletrônicas, ampliadores de tela, entre
outros, são exemplos de alguns recursos de Tecnologia Assistiva que podem ser
utilizadas por estudantes com deficiência visual, em seu dia a dia, como ferramenta
de apoio ao processo de ensino-aprendizagem.
No desenvolvimento diário das atividades desta pesquisadora, na Diretoria de
Políticas de Ingresso e Seleções do Instituto Federal de Educação, Ciência e
16

Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), no período de 2017 a 2021/1, observou-se que


eram recorrentes os relatos de dificuldades enfrentadas pelos docentes, gestores e
equipes pedagógicas, em relação à falta de recursos de apoio, tais como: aplicativos
para celulares com retorno de voz, computadores para ampliação de textos,
profissionais especializados (intérprete de libras, psicopedagogo), acessibilidade
arquitetônica, dentre outros, para auxiliar os estudantes com deficiência no ambiente
escolar.
Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) apurou a falta de acessibilidade
nas instalações físicas e nos serviços prestados pelo IFMT; desse modo, ajuizou ação
civil pública para que a instituição promova adequações que suprimam todas as
barreiras arquitetônicas que impossibilitam o pleno acesso das pessoas com
deficiência (PcD), nos campi de Confresa, Barra do Garças, Rondonópolis e São
Vicente.
Diante disso, surgem indagações diversas com base não somente em relatos
da comunidade escolar, mas, também, com a realização de um estudo sistemático
que retrate a realidade da instituição quanto à utilização de TA e aponte quais são as
dificuldades encontradas pelos servidores, no que se refere à inclusão de pessoas
com deficiência.
Neste sentido, tem-se como hipótese desta pesquisa que os servidores do
IFMT dispõem de pouco conhecimento sobre os recursos e serviços de TA
disponíveis, os quais poderiam auxiliá-los nas atividades em sala de aula.
Diante desse contexto, o objetivo geral desta pesquisa é investigar os recursos
e serviços de TA disponíveis e que podem contribuir para a inclusão de pessoas com
deficiência, a fim de se elaborar uma coletânea para a utilização em sala de aula como
apoio ao processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: (i)
apresentar e discutir o marco teórico conceitual que fundamentará a pesquisa; (ii)
compreender a percepção dos docentes, equipes do Núcleo de Atendimento às
Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) e gestores dos campi
acerca da TA; (iii) identificar as ferramentas, os serviços e/ou as soluções disponíveis
que podem ser utilizadas pelos docentes e/ou estudantes dos cursos do IFMT; e (iv)
desenvolver um Produto Educacional − uma coletânea de recursos e serviços de
Tecnologia Assistiva existentes e disponíveis.
17

A partir disso, e considerando o direito de todos os cidadãos não somente ao


acesso à educação, como também a permanência e êxito, esta pesquisa se justifica,
visto que discussões sobre a temática podem contribuir para o desenvolvimento de
ações e investimentos na instituição para a inclusão de estudantes.
Assim sendo, esta dissertação está estruturada em seis seções, incluindo esta
introdução. Na segunda seção, traz-se o aporte teórico, que objetiva apresentar e
discutir o marco teórico conceitual da pesquisa, apresentando um breve histórico
sobre Educação Inclusiva no Brasil, na Educação Profissional e Tecnológica, mais
especificamente no IFMT, e os recursos e serviços de Tecnologia Assistiva − que se
apresentam como apoio ao processo de ensino-aprendizagem de pessoas com
deficiência1.
Na sequência, na terceira seção – percurso metodológico −, foram
apresentados os procedimentos de investigação, local da pesquisa e participantes,
bem como os critérios éticos, os instrumentos de coleta de dados, os métodos para
análise, os recursos e as etapas desta pesquisa.
Na quarta seção – análise dos dados −, foram apresentados os resultados dos
relatos dos participantes, tendo em vista as categorias de análise temática. Na quinta
seção, são descritos os procedimentos realizados para a elaboração e avaliação do
Produto Educacional (PE), intitulada de “Coletânea de Recursos e Serviços de
Tecnologia Assistiva”.
Na sexta e última seção − considerações finais −, foram apresentados os
resultados desta pesquisa e que respondem aos objetivos propostos.

1Será utilizado neste trabalho o termo “pessoa com deficiência” (PCD) por ser a forma oficialmente
definida na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada pela Organização das
Nações Unidas (ONU), no ano de 2006. Assim, termos como “portadores de deficiência”, “portadores
de necessidades especiais”, entre outros, somente aparecerão no decorrer do trabalho quando citados
por autores referenciados ou nas legislações utilizadas.
18

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A seção do referencial teórico é o que fundamenta este estudo. Para tanto,


inicialmente, será exposto um retrospecto acerca da Educação Inclusiva no Brasil, na
Educação Profissional e Tecnológica, considerando a legislação publicada até 2021.
Foi realizada, também, uma abordagem a respeito da Educação Inclusiva no contexto
do IFMT quanto ao atendimento das demandas e da legislação vigente.
Em seguida, são abordados os conceitos e a categorização dos recursos e
serviços de Tecnologia Assistiva (TA), além do uso dessas tecnologias na educação
como auxílio ao desenvolvimento da pessoa com deficiência.

2.1 A Educação Inclusiva no Brasil

Ao logo do século XX, vários documentos internacionais foram criados e


desempenharam papel fundamental na inclusão de pessoas com deficiência no
mundo, em especial a Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela Organização
das Nações Unidas (ONU) (1948); a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989);
a Conferência Mundial de Educação para Todos (1990), com a Declaração Mundial de
Educação para Todos (1990); a Declaração de Salamanca (1994) e a Convenção de
Guatemala (1999).
Esses marcos teóricos internacionais enfatizam a importância da Educação
Inclusiva e tiveram impactos significativos na criação de leis e políticas que visam à
garantia de igualdade de oportunidades e reconhecem os direitos fundamentais das
pessoas com deficiência.
Nesse contexto, é relevante enfatizar que, historicamente no Brasil, o acesso
de pessoas com necessidades específicas ficou restrito ao atendimento prestado
pelas instituições filantrópicas, devido à falta de programas públicos de saúde e
educação.
De acordo com Mazzotta (2011), em 1854, começou oficialmente no Brasil o
atendimento especial aos portadores de necessidades especiais, quando D. Pedro II
fundou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos (atualmente, Instituto Benjamin
Constant), no Rio de Janeiro. Assim, após 8(oito) décadas em 1942, existiam quarenta
escolas públicas regulares, no Brasil, que prestavam atendimento a deficientes
mentais e ainda quatorze, das quais quatro particulares, atendiam alunos com outras
deficiências físicas, auditivas, visuais. Com o passar dos anos, com o auxílio de
19

organizações não governamentais − como a Associação de Assistência à Criança


Deficiente (AACD) e Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE) −, a
questão da deficiência, que antes estava voltada especificamente para a questão da
saúde, passou para o âmbito da educação.
No ano de 1971, houve a publicação da Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971
− Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, que trouxe alterações no
sistema público de ensino. Diferentemente da LDB/1961 (BRASIL, 1961), que não
citava os serviços educacionais para alunos da Educação Especial, a LDB/1971
abordava, em seu artigo 9º, a possibilidade de alunos que apresentassem deficiências
físicas ou mentais receberem tratamento especial.
Na mesma direção, o primeiro marco legal que norteou as demais legislações
foi a Constituição Federal do Brasil de 1988 – CF (BRASIL, 1988), que garantiu, no
Artigo 208, o direito à educação a todos e, no Inciso III, o “atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
ensino” (BRASIL, 1988).
Nessas legislações, ao longo de mais de trinta anos, desde a promulgação da
CF/88 e posterior aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ‒
LDB (BRASIL,1996), diferentes documentos relacionados à Educação Especial foram
publicados, nos quais a Educação Inclusiva se revelou em destaque nas esferas
governamentais.
Em 2001, o Plano Nacional de Educação ‒ PNE (BRASIL, 2001), instituído pela
Lei nº 10.172/2001, trouxe um diagnóstico, delineou diretrizes, objetivos e metas da
Educação Especial no Brasil. Ainda neste contexto, foram publicadas as Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, elaboradas pelo Conselho
Nacional de Educação ‒ CNE (BRASIL, 2001), que abordaram dois grandes temas: a
organização do sistema de ensino para o atendimento ao estudante que apresenta
necessidades educacionais especiais e a formação do professor.
Assim, nas últimas décadas (1988 a 2016), leis, decretos e portarias foram
publicados no Brasil, visando assegurar e promover os direitos das pessoas com
deficiência. Da mesma maneira, surgiram vários estudos, cuja vertente foi a
abordagem da inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular.
20

Observa-se, contudo, que leis para a garantia dos direitos das pessoas com
deficiência não são suficientes para uma efetiva2 inclusão na sociedade ou na escola.
Mantoan (2015, p. 38) chama a atenção para esse fato, esclarecendo que:

Problemas conceituais, desrespeito a preceitos constitucionais,


interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional e preconceitos
distorcem o sentido da inclusão escolar, reduzindo-a unicamente à inserção
de alunos com deficiência no ensino regular.

Aparentemente, os desafios da inclusão vão além da prática de um modelo de


educação que visa apenas inserir o estudante na sala de aula, sem propiciar-lhe a
possibilidade de desenvolvimento no aprendizado. Eles perpassam, mormente, a
superação das divergências dos preceitos legais, a transformação dos espaços
educacionais, do papel do docente e da comunidade.
Por vezes, em função da falta de informação ou da omissão de pais, de
educadores ou, até mesmo, do poder público, milhares de crianças ainda vivem
escondidas em casa ou isoladas em instituições especializadas - situação que priva
as crianças (com ou sem deficiência) de conviver com a diversidade.
Apesar dessas circunstâncias, dados estatísticos do Ministério da Educação
(MEC) apontam que, no Brasil, existe um aumento gradativo no número de estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas habilidades,
matriculados em classes comuns e em classes especiais exclusivas.
Segundo um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira ‒ INEP (BRASIL, 2020), no período de 2016 e 2020,
houve um avanço significativo de estudantes com necessidades especiais
matriculados em todas as etapas de ensino no país:

Em 2016, o percentual de alunos incluídos era de 89,5% e, em 2020, passou


para 93,3%. Esse crescimento foi influenciado especialmente pelo aumento
no percentual de alunos incluídos em classes comuns sem acesso às turmas
de atendimento educacional especializado (AEE), que passou de 50,2% em
2016 para 55,8% em 2020. (BRASIL, 2020, p. 35)

Quando comparados os números apresentados de estudantes com deficiência


matriculados, fica evidente que o maior percentual está na rede municipal de ensino,
ocupando classes comuns e especiais. Contudo, apesar do número reduzido de
estudantes PcD matriculados na rede federal, do total de 5.857, apenas 577 (9,8%)

2A efetividade, na área pública, afere em que medida os resultados de uma ação trazem benefício à
população (CASTRO, 2006).
21

encontram-se matriculados em classes especiais, conforme se pode observar no


Gráfico 1.

Gráfico 1 − Número de matrículas de alunos com deficiência, em classes comuns e em classes


especiais inclusivas no Brasil - 2020

1.152.875

675.677

390.240

156.025
117.295
11.296 26.857 81.101
577 5.857

Total Federal Estadual Municipal Privada

Classe Especial Classe Comum

Fonte: Elaborado pela autora, a partir de INEP (2020).

Nota: Classe Especial – refere-se aos dados coletados de alunos matriculados na educação especial
(classes ou escolas especiais). Classe Comum – refere-se aos dados coletados de alunos matriculados
na educação regular (classes comuns).
Nesse sentido, faz-se necessário aprofundar a análise acerca das principais
legislações e regulamentações sobre a Educação Inclusiva no IFMT – como disposto
na subseção a seguir.

2.2 O IFMT no Contexto da Educação Inclusiva

A inserção escolar de pessoas com deficiência na Educação Profissional e


Tecnológica (EPT) e no mundo do trabalho se apresentava, até a década de 90, de
forma complexa, pois ainda não havia uma legislação que assegurasse o pleno
exercício dos seus direitos.
Assim sendo, a publicação do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999
(BRASIL, 1999), que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência, garantiu o acesso ao trabalho, à EPT e, dessa forma, à
possibilidade de qualificação:
22

O que define a existência humana é exatamente o trabalho. O homem se


constitui como tal, à medida em que necessita produzir continuamente a sua
própria existência. Ajustar a natureza às necessidades, às finalidades
humanas, é o que é feito através do trabalho. Trabalhar não é outra coisa
senão agir sobre a natureza e transformá-la. (SAVIANI, 1989, p. 80)

Desse modo, o trabalho é entendido como o agente transformador que permite


a construção e formação do ser humano. Assim, a Lei nº 13.146, de 6 de julho de
2015 (BRASIL, 2015), que instituiu a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência, trouxe a perspectiva de garantir aos estudantes não somente o direito à
inclusão, mas também ao acesso à Educação Profissional Tecnológica e ao trabalho
em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas. Nessa direção,
Frigotto (2010) descreve que a base do ensino médio integrado é relação entre o
trabalho, a cultura e o mundo científico, essa tríade é essencial na formação e para
entendimento de como se constitui a sociedade humana e suas relações sociais e o
mundo do trabalho.
Nesse contexto, com a criação da Lei nº 13.409, de 28 de dezembro de 2016
(BRASIL, 2016) − que altera a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012 (BRASIL, 2012)
e dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnicos
de nível médio e cursos superiores das instituições federais de ensino −, tornou-se
mais visível a necessidade de regulamentação das políticas de ações afirmativas nas
instituições públicas.
O IFMT percorreu um longo caminho, desde a publicação da Lei nº 12.711
(BRASIL, 2012) até à elaboração do regulamento da política de ações afirmativas de
inclusão socioeconômica, étnico-racial e para pessoas com deficiência, aprovado pela
Resolução nº 035, do Conselho Superior (CONSUP) do IFMT, de 25 de junho de 2018
(IFMT, 2018).
Essa regulamentação alterou a forma de reserva de vagas para pessoas com
deficiência, que, até então, concorriam com os demais candidatos dos processos
seletivos das cotas raciais e sociais. Dessa forma, o estudante passou a ter a
possibilidade de concorrer a vagas exclusivas, desde que comprovada a condição de
deficiência3, respeitando os impedimentos ou as limitações do candidato.

3
A Portaria Normativa nº 9, de 5 de maio de 2017, publicada pelo Ministério da Educação (BRASIL,
2017), estabeleceu as diretrizes para apuração e comprovação da deficiência dos estudantes nas
instituições federais de ensino. Quanto ao grau da deficiência, este é definido nos termos do art. 4º, do
Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 (BRASIL, 1999).
23

É necessário enfatizar que, até a aprovação dessa Resolução, o IFMT já havia


instituído duas regulamentações de reservas de vagas. A primeira, por meio da
Resolução nº 006/2009 (IFMT, 2009), que garantia 50% das vagas ofertadas nos
cursos para estudantes oriundos de escolas públicas, sem definição de vagas raciais
e sociais, e/ou para pessoas com deficiência. A segunda instituiu os critérios de
reserva de vagas, definidos na Lei nº 12.711/2012 (BRASIL, 2012).
Dessa forma, a instituição estabeleceu, a partir do ano de 2013, 50% das vagas
reservadas aos estudantes oriundos de escolas públicas (municipal, estadual ou
federal) – dentre as quais, 50% seriam reservadas para estudantes com renda familiar
bruta inferior a 1,5 salário-mínimo per capita e os outros 50%, para estudantes com
renda familiar bruta superior a 1,5 salário-mínimo per capita. Além disso, para cada
um desses grupos, as vagas eram subdivididas em 62% para os que se
autodeclaravam, no ato da inscrição, pretos, pardos ou indígenas, e 38%, a
candidatos de outras etnias.
Essa forma de ingresso permaneceu vigente até o ano de 2016 e, após
inúmeros questionamentos por parte da sociedade, recomendações dos órgãos de
controle e publicação da Lei nº 13.409, de 20 de dezembro de 2016 (BRASIL, 2016),
o IFMT, a partir dos processos seletivos do ano de 2017, alterou a forma de ingresso,
acrescentado a possibilidade de as pessoas com deficiência concorrerem com os
demais candidatos das vagas reservadas às cotas raciais e sociais. Assim, por não
haver vagas exclusivas, a possibilidade de ingresso de pessoas com deficiência na
instituição era mínima, ou quase nula.
É importante consignar que a Resolução nº 035/2018 (IFMT, 2018) garante o
acesso de pessoas com deficiência às vagas reservadas, nos editais de ingresso do
IFMT. No entanto, quando se fala em inclusão de pessoas com deficiência, não é
somente de acesso às vagas e à estrutura física da instituição, mas, também, de
possibilitar o acesso e permanência do estudante, independe de sua deficiência. Tais
situações devem ser consideradas para garantir a inclusão e o desenvolvimento de
estudantes no ensino regular no IFMT.
Assim, ao analisar os dados fornecidos pela Diretoria de Políticas de Ingresso
e Seleções (DPIS), foi possível identificar que o IFMT teve 115 estudantes
matriculados de 2019 a 2021/1, nos diferentes cursos e modalidades de ensino,
ofertados no IFMT, conforme disposto no Quadro 1.
24

Quadro 1 – Alunos matriculados no IFMT, de 2019 a 2021/1, para vagas reservadas a pessoas com
deficiência

Modalidade Número de estudantes com deficiência


matriculados
Cursos de Graduação 31
Cursos Técnicos Integrados 81
Cursos Técnicos Subsequentes (Pós-médio) 03
Fonte: Elaborado pela autora, a partir dos dados fornecidos pela DPIS/IFMT (2021).

Esses dados mostram que, no lapso temporal da pesquisa, houve a efetivação


de matrículas de estudantes com deficiência em três modalidades de ensino,
demonstrando que a inclusão deve perpassar todos os níveis e modalidades da
Educação Profissional, com o propósito do desenvolvimento integral do estudante.
Nesse cenário, destaca-se a importância do Núcleo de Atendimento às
Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE). Com a finalidade de
apoiar a inclusão de estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades, no ano de 2013, foi publicada a Resolução
CONSUP/IFMT nº 043/2013 (IFMT, 2013), que orienta quanto aos procedimentos para
a implementação na instituição do Núcleo de Atendimento às Pessoas com
Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE). O artigo 3º do documento (IFMT,
2013) dispõe sobre a composição de uma equipe multidisciplinar “envolvendo
gestores, sociólogos, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, orientadores
educacionais, técnicos administrativos, técnicos em assuntos educacionais, docentes,
discentes e pais”.
As equipes dos NAPNEs têm a função de prestar apoio ao atendimento do
aluno com deficiência, declarada no ato da matrícula (pelo próprio aluno) ou
observada pelos professores, durante o convívio escolar. Constata-se a importância
desses profissionais para elaboração e execução de ações que possam promover a
inclusão, o desenvolvimento e a permanência dos estudantes na instituição, conforme
versa o artigo 6º da Resolução CONSUP/IFMT nº 043/2013:

[...] Em conformidade com a legislação vigente, cada Campus deverá


implantar e/ou implementar o Núcleo de Atendimento às Pessoas com
Necessidades Específicas - NAPNE, garantindo ao aluno com necessidades
educacionais específicas e outros grupos de excluídos o acesso e
25

permanência no ensino, com participação, aprendizagem e continuidade nos


diversos níveis de ensino, bem como a sua preparação para o mundo do
trabalho. (IFMT, 2013, p. 5)

Face ao exposto, nota-se que o IFMT percorreu um longo caminho no que


tange à inclusão de pessoas com deficiência. De igual modo, verifica-se como é
relevante garantir a acessibilidade e, dessa forma, contribuir para o desenvolvimento
dos estudantes. Por isso, na próxima subseção, trago uma explanação geral sobre
Tecnologia Assistiva na Educação.

2.3 Tecnologia Assistiva na Educação

Alterações significativas em relação às tecnologias fazem com que o nosso


cotidiano se torne mais simples. Tarefas que antes exigiam muito tempo despendido
para a sua realização, atualmente, são executadas em poucos minutos.
É justamente nesse contexto que surge as Tecnologia Assistiva (TA), como um
recurso adicional de apoio à Educação que pode contribuir no processo de autonomia,
independência e possibilidade de interação do estudante com outras pessoas.
No âmbito da legislação, a Tecnologia Assistiva consta no Decreto nº
5.296/2004 (BRASIL, 2004) com o termo “ajudas técnicas”, ao se referir a produtos,
equipamentos, ferramentas ou tecnologias para pessoas com deficiência, com o
objetivo de trazer-lhes autonomia e potencializar os seus conhecimentos e
desenvolvimento. Os recursos de TA podem possibilitar à pessoa com deficiência uma
vida com maior independência, bem como contribuir para mitigar algumas barreiras
que ela encontra no seu dia a dia.
Existem diversas referências sobre o conceito de Tecnologia Assistiva. No
entanto, para esta pesquisa, será utilizado o conceito apresentado por Bersch (2017,
p. 2):

A TA deve ser entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma


habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função
desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo
envelhecimento.

Dessa maneira, os recursos podem ser uma simples lupa, um software e/ou
hardware especiais (que contemplam questões de acessibilidade), dispositivos para
adequação da postura sentada, recursos para a mobilidade, equipamentos de
comunicação alternativa, auxílios visuais, bem como outros itens confeccionados ou
disponíveis.
26

Foram encontradas ao longo desta pesquisa diferentes classificações de


Tecnologia Assistiva, a depender do autor e objetivos de utilização. Assim, para
Bersch (2017, p. 4), “[o]s recursos de tecnologia assistiva são organizados ou
classificados de acordo com objetivos funcionais a que se destinam”. No Quadro 2,
apresenta-se a classificação das TAs, conforme especificado por Bersch (2017).

Quadro 2 - Categorias de Tecnologia Assistiva

Categorias de TA Exemplos de TA por categoria

Talheres modificados e suportes para utensílios domésticos.


Roupas desenhadas para facilitar o vestir e despir, abotoadores e
1. Vida diária e vida prática
velcro.
Recursos para transferências, barras de apoio e materiais escolares.
Teclados modificados ou virtuais com varredura.
Mouses especiais e acionadores diversos.
Dispositivos de captação de movimentos: (i) cabeça; (ii) olhos; (iii)
ondas cerebrais.
2. Recursos de acessibilidade ao
computador Órteses e ponteiras para digitação.
Softwares: (i) leitores de tela; (ii) leitores de texto impresso através de
reconhecimento óptico de caracteres; (iii) impressoras braile e linha
braile; (iv) impressão em relevo; (v) ajustes de cores e tamanhos
(efeito lupa); e (vi) reconhecimento de voz.
Controle remoto: (i) direto; e (ii) indireto.
3. Sistemas de controle de
ambiente Controles com acionadores: (i) pressão; (ii) tração; (iii) sopro; (iv)
piscar de olhos; e (v) por comando de voz.
Auxílios ópticos, lentes e lupas manuais ou eletrônicas.
Softwares ampliadores de tela.
4. Ampliação visual e recursos
de tradução Material gráfico com texturas e relevos.
Mapas, gráficos táteis e software de reconhecimento óptico de
caracteres.
Equipamentos (infravermelho, Sistema de Frequência Modulada),
aparelhos para surdez e sistemas com alerta táctil-visual.
Celulares com mensagens escritas e chamadas por vibração.
5. Função auditiva e recursos de
Software para celular que transforma em voz o texto digitado, e em
tradução
texto a mensagem falada.
Livros, textos e dicionários digitais em língua de sinais.
Sistema de legendas (close-caption/subtitles) e avatares em libras.
Bengalas, muletas, andadores e carrinhos.
6. Auxílios mobilidade Cadeiras de rodas manuais ou elétricas.
Moto ou outros veículos de locomoção.
7. Esporte e lazer Bola sonora, apoio para segurar cartas, dados dentre outros objetos.
(continua)
27

(conclusão)
Categorias de TA Exemplos de TA por categoria
Prótese para escalada no gelo.
Adaptação de esportes, equipamentos (redes, cestas) e uso de
cadeira de rodas.
8. Mobilidade em veículos Facilitadores de embarque e desembarque.
Serviços de autoescola para pessoas com deficiência.
Pedais (acelerador, freio e embreagem) adaptados.

9. Projetos arquitetônicos para Rampas e elevadores de acesso.


acessibilidade Adequações em banheiros e mobiliários.
10. Comunicação aumentativa e Prancha de comunicação impressa e dinâmica no tablet.
alternativa Vocalizadores de mensagens gravadas.
Peças artificiais (próteses).
11. Órteses e próteses
Membros (órteses).
12. Adequação postural Almofadas no leito ou estabilizadores ortostáticos.
Fonte: Elaborado pela autora, a partir das informações de Bersch (2017).

Observa-se que, dentre os recursos de TA descritos no Quadro 2, vários deles


poderiam ser disponibilizados pelas instituições de ensino como ferramenta de apoio
ao estudante e/ou docentes, para a promoção da acessibilidade das pessoas com
deficiência no ambiente escolar.
Quando se fala em acessibilidade escolar, no sentido mais amplo, deve-se
levar em conta as diferentes situações e características de cada pessoa. Uma escola
inclusiva deve ter um ambiente de acessibilidade desde a entrada do portão
(exigências mínimas, de maneira que possam permitir a aproximação de cadeiras de
rodas), até a sala de aula, o espaço destinado ao intervalo para o lanche, a biblioteca,
as calçadas, os edifícios, os mobiliários; enfim, o ambiente escolar precisa ser propício
a atender os estudantes com deficiência.
Para efeito desta pesquisa, os estudos foram centrados nas seguintes
categorias de Tecnologia Assistiva para pessoas com deficiência no ambiente escolar
(Quadro 2): “4. Ampliação visual e recursos de tradução”; “5. Função auditiva e
recursos de tradução”; e “7. Esporte e lazer”.
A definição pelas três categorias se deu por meio da verificação dos tipos de
deficiências dos estudantes matriculados nos campi do IFMT, no período de 2019 a
2021/1. Nesta análise, identificou-se que a maior incidência é de estudantes com
deficiência visual (cegos ou baixa visão), surdos ou com deficiência física.
A partir da contextualização sobre a Tecnologia Assistiva, apresentam-se em
28

seguida, os aspectos legais e de utilização da Tecnologia Assistiva na Educação


Profissional e Tecnológica.

2.4 Tecnologia Assistiva na Educação Profissional e Tecnológica

Dentre os vários aspectos legais no âmbito da Educação Inclusiva, é importante


destacar, nesta pesquisa, a abordagem que enfoca o direito ao acesso à Educação
Profissional e Tecnológica (EPT), previsto na Lei nº 13.409/2016 (BRASIL, 2016), bem
como a função, que é atribuída ao poder público, de “[...] assegurar, criar, desenvolver,
implementar, incentivar, acompanhar e avaliar” inúmeras obrigatoriedades, inclusive
possibilitar pesquisas, disponibilidade e usabilidade de recursos de Tecnologia
Assistiva – como descrito na Lei nº 13.146/2015(BRASIL, 2015).
Nesse contexto, ao se considerarem as 661 unidades (instituídas até o ano de
2021) que englobam a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica − composta pelos Institutos Federais, Centros Federais de Educação
Tecnológica (CEFET), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),
Escolas Técnicas ligadas às Universidades Federais e Colégio Pedro II −, que ofertam
cursos da EPT, faz-se necessário ponderar sobre as demandas relativas à TA como
ferramenta de auxílio aos estudantes e profissionais da EPT.
Assim, ao se analisar os 13 (treze) eixos tecnológicos4 da EPT, e o conjunto
dos 227 (duzentos e vinte e sete) cursos disponíveis no Catálogo Nacional de Cursos
Técnicos (CNCT) – aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE),verifica-se
que é indispensável o desenvolvimento de políticas públicas e investimentos, pelos
órgãos governamentais e instituições de ensino, em infraestrutura e tecnologias para
o atendimento ao aluno com deficiência.
Nesse sentido, faz-se necessário não somente cumprir as exigências legais,
como também considerar as necessidades específicas de cada estudante (no curso
em que está matriculado) e, ainda, a localidade da unidade (se urbana ou rural).
Face ao exposto, a partir da publicação do Decreto nº 5.296/2004 (BRASIL,
2004) e da análise de documentos e projetos governamentais – que indicassem a
existência de investimentos em TA nas instituições públicas federais –, identificou-se

4
Eixos Tecnológicos: (i) Ambiente e Saúde; (ii) Controle e Processos Industriais; (iii) Desenvolvimento
Educacional e Social; (iv) Gestão e Negócios; (v) Informação e Comunicação; (vi) Infraestrutura; (vii)
Produção Alimentícia; (viii) Produção Cultural e Design; (ix) Produção Industrial; (x) Recursos Naturais;
(xi) Segurança; (xii) Turismo, Hospitalidade e Lazer; e (xiii) Militar (BRASIL, 2021).
29

a criação de um projeto colaborativo, em 2006, que reuniu pesquisadores e alunos


bolsistas da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Rio Grande do
Sul (IFRS, 2012). O projeto Acessibilidade Virtual foi instituído pela Secretaria de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Ministério da Educação que tinha
como objetivo disponibilizar soluções digitais para a Rede Federal.
O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) foi um dos participantes desse
projeto e, no ano de 2019, institucionalizou o Centro Tecnológico de Acessibilidade
(CTA − que passou a fazer parte da Pró-Reitoria de Ensino do IFRS), com o objetivo
de propor, orientar e executar ações de acessibilidade na instituição. Além disso, foi
criada a possibilidade de se estender essas ações a outras instituições, por meio de
projetos e/ou programas, conforme aduz a Resolução nº 001, de 03 de março de 2020,
do Conselho Superior do IFRS (IFRS, 2021).
Ao verificar ações ou projetos desenvolvidos nos últimos três anos, por
instituições de ensino público no estado de Mato Grosso sobre recursos e serviços de
TA, notam-se algumas ações importantes que estão sendo desenvolvidas, a exemplo
do Programa de Mestrado em Educação Inclusiva em Rede (PROFEI), com oferta de
vagas para ingresso em duas instituições associadas no estado de Mato Grosso
(Universidade Federal de Mato Grosso e Universidade do Estado de Mato Grosso), o
programa tem por finalidade a formação continuada dos professores da educação
básica, além dos profissionais do atendimento especializado (AEE) e possui uma linha
de pesquisa denominada “Inovação Tecnológica e Tecnologia Assistiva” (UNESP,
2022).
Ainda no tocante a ações desenvolvidas por instituições de ensino público de
Mato Grosso, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) possui um grupo de
pesquisa na área de Ciência da Computação denominado “Laboratório de Ambientes
Virtuais Interativos (LAVI), com destaque para o projeto de pesquisa FATA:
desenvolvimento de Tecnologia Assistiva Personalizadas (UFMT, 2022).
Nessa mesma direção, foi identificada uma iniciativa na Universidade Federal
de Rondonópolis, em 2022, por meio do projeto intitulado “Design Participativo para o
Desenho de Recursos Mediados por Tecnologia para o Processo de Alfabetização de
Estudantes Surdos”, coordenado pela Profa. Dra. Soraia Silva Prietch, com a
participação de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),
Universidade Federal do Rio Grande do SUL (UFRGS), Instituto Federal de Mato
Grosso (IFMT), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade do Estado de
30

Mato Grosso (UNEMAT).


Outra ação, de acordo com Prietch et al. (2021), foi desenvolvida durante cinco
anos (2017 a 2021) uma coletânea de projetos de pesquisa pela Universidade Federal
de Rondonópolis (UFR) em parceria com a UFMT, Universidade do Estado de Mato
Grosso (UNEMAT)/Campus Sinop e Universidade Federal de Lavras (UFLA), com o
intuito de desenvolver e avaliar produtos de Tecnologia Assistiva, considerando-se as
pessoas que irão usá-los, o contexto em que serão utilizados e as atividades que vão
auxiliar.
Partindo de um projeto maior, financiado por órgão de fomento, as instituições
envolvidas implementaram subprojetos. Esses subprojetos foram elaborados de
forma a atender os objetivos tanto do projeto local quanto do global.
Já no que tange às ações desenvolvidas pelo IFMT, destacam-se as palestras,
orientações e oficinas (Conhecendo Libras, Ensino de Exatas para estudantes cegos
e importância da audiodescrição para pessoas cegas) organizadas e promovidas pelo
NAPNE do campus Cuiabá – Cel. Octayde Jorge da Silva no período de 2019 e 2022.
São algumas das atividades desenvolvidas pelo campus e que contribuem para a
inclusão e para o processo ensino-aprendizagem dos estudantes. Tendo como base
a recente expansão da Rede Federal de EPT, instituída pela Lei nº 11.892/2008
(BRASIL, 2008), faz-se necessário um estudo mais aprofundado dos recursos e
serviços de TA na EPT. Assim sendo, esta seção ainda está em construção inicial e
será desenvolvida ao longo desta pesquisa.
Uma vez que foi apresentado, até o momento, o arcabouço conceitual desta
pesquisa, a próxima seção, se dedica a apresentar a organização metodológica
utilizada para a condução dos trabalhos.
31

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Nesta seção, estão descritos os procedimentos metodológicos utilizados para


a realização deste trabalho, desde a caracterização do tipo de pesquisa, locais,
participantes, critérios éticos adotados, instrumentos utilizados para a coleta, análise
dos dados e as etapas propostas para alcance dos objetivos aqui estabelecidos e
construção do Produto Educacional.

3.1 Caracterização do Tipo da Pesquisa

A presente pesquisa apresenta natureza aplicada, uma vez que este estudo “é
movido pela necessidade de conhecer, para aplicação imediata dos resultados”.
(BARROS; LENFELD, 2007, p. 34). Dessa forma, buscou-se investigar os recursos
de TA disponíveis para a inclusão de pessoas com deficiência, a fim de se elaborar
uma coletânea para a utilização em sala de aula como apoio ao processo de ensino-
aprendizagem.
Quanto à forma de abordagem do problema, para a análise dos dados, foi
utilizada majoritariamente a pesquisa qualitativa. No que tange à pesquisa
quantitativa, foram analisados os dados referentes ao número de estudantes com
deficiências matriculados na instituição, número de turmas e docentes que atuam
diretamente com esses discentes, assim como as informações coletadas por meio das
questões fechadas dos questionários.
Já em relação à abordagem qualitativa, considerando o instrumento de
pesquisa utilizado, realizou-se uma análise detalhada acerca do fenômeno
investigado, por meio das respostas das questões abertas dos questionários. Nesse
sentido, a pesquisa qualitativa “[...] pode ser caracterizada como sendo um estudo
detalhado de um determinado fato, objeto, grupo de pessoas ou ator social e
fenômenos da realidade [...]” (OLIVEIRA, 2007, p. 60).
No que tange aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como descritiva, porque
se propõe a verificar a compreensão dos participantes da pesquisa acerca do uso de
TA no processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Oliveira (2007, p. 68):

[...] a pesquisa descritiva vai além do experimento: procura analisar fatos e/ou
fenômenos, fazendo uma descrição detalhada da forma como se apresentam
esses fatos e fenômenos, ou mais precisamente, é uma análise em
profundidade da realidade pesquisada.
32

Por fim, no que diz respeito aos procedimentos, esta pesquisa se caracteriza
como uma pesquisa de campo, pois a investigação foi desenvolvida para atender os
objetivos propostos deste estudo, com foco na comunidade a ser estudada.
Para Barros e Lenfeld (2007, p. 90), “[...] o trabalho de campo se caracteriza
pelo contato direto com o fenômeno de estudo” e, assim, exige do pesquisador a
busca pela informação do estudo diretamente com a população pesquisada”. Para
tanto, pode-se utilizar técnicas de observação, entrevistas e/ou questionários. Nesta
pesquisa, optou-se pela utilização de questionários, como descrito na subseção 3.5
(Instrumentos de Pesquisa).

3.2 Local da Pesquisa

O IFMT foi instituído pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008 (BRASIL,


2008), com a junção de três autarquias existentes no estado de Mato Grosso, sendo:
o Centro Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso (CEFET-MT), o Centro
Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá (CEFET-Cuiabá) e a Escola Agrotécnica
Federal de Cáceres (EAFC). Após um processo de expansão e interiorização, no ano
de 2022, ao completar 14 (quatorze) anos de criação, o IFMT possui 14 (quatorze)
campi, 5 (cinco) campi avançados e 4 (quatro) centros de referência − como disposto
na Figura 1.

Figura 1 - IFMT e seus campi no território de Mato Grosso

Fonte: Ascom (2020), adaptado pela autora (2021).


33

Esses campi abrangem a oferta da EPT, por meio de cursos e programas de


Formação Inicial e Continuada (FIC − para trabalhadores), técnicos de nível médio
(nas formas integrada, subsequente e concomitante), graduação (tecnologia,
licenciaturas e bacharelados) e, ainda, cursos de pós-graduação lato e stricto sensu.
São, aproximadamente, 27 mil estudantes matriculados e um quantitativo de 1.089
docentes efetivos, 179 docentes substitutos e 847 técnicos administrativos (IFMT,
2023).
No que tange à realização da pesquisa, esta abarcou 3 (três) campi do IFMT,
(Cuiabá – Cel. Octayde Jorge da Silva, Campo Novo do Parecis e o campus Avançado
de Lucas do Rio Verde), que tiveram estudantes com deficiência, matriculados no
período de 2019 a 2021/1, nos cursos técnicos integrados ao ensino médio.
A definição por realizar a pesquisa nesses três campi se deu tanto pela sua
localização quanto pelo eixo tecnológico dos cursos ofertados, bem como pela
composição da força de trabalho e estrutura física do campus.
Dentre os campi selecionados, o campus Cuiabá − Cel. Octayde Jorge da Silva
está localizado na capital mato-grossense, oferta sete cursos técnicos integrados ao
ensino médio, com um total de 1.287 alunos regularmente matriculados. Com relação
ao campus Campo Novo do Parecis, localizado geograficamente no médio-norte
mato-grossense, oriundo da primeira expansão da Rede Federal, oferta dois cursos
técnicos integrados ao ensino médio, com 387 alunos regularmente matriculados. Já
o campus Avançado de Lucas do Rio Verde localiza-se na microrregião do Alto Teles
Pires e mesorregião do norte do Mato Grosso; atualmente, oferta um curso técnico
integrado ao ensino médio, com 153 alunos regularmente matriculados (SUAP-Edu,
2023).

3.3 Participantes da Pesquisa

A preocupação compartilhada com a proponente desta pesquisa, enquanto


diretora de políticas de ingresso da instituição em relatos de gestores, docentes e
equipe pedagógica acerca da necessidade de se encontrarem formas de garantir aos
estudantes com deficiência oportunidades de participar ativamente das aulas — e sua
efetiva inclusão − é o que instigou a realização desta pesquisa com os docentes que
atuam diretamente com estudantes com deficiência.
34

Além disso, com o intuito de enriquecer o estudo e responder aos objetivos


propostos, também participaram desta pesquisa os servidores que compõem as
equipes dos Núcleos de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas (NAPNEs) e diretores gerais dos campi locus desta pesquisa. A escolha
dos dirigentes dos campi se deve ao fato de serem servidores que atuam na mediação
direta para aquisição das ferramentas/recursos tecnológicos para a instituição.
Desse modo, os participantes da pesquisa, nos três campi foram: (i) docentes
− que ministraram aulas para os estudantes com deficiência, no período estipulado
para a realização da pesquisa; (ii) servidores que fazem parte da equipe dos NAPNEs
− uma vez que são profissionais de áreas distintas e que atuam diretamente no apoio
aos estudantes com necessidades específicas; e (iii) diretores gerais dos campi.
Dessa forma, apresentam-se na Tabela 1 os campi, os participantes, a
população-alvo e a amostra definidos para esta pesquisa.

Tabela 1 - Dados dos participantes, população-alvo e amostra da pesquisa – por campus


Campus Participantes População-alvo Amostra
Docentes 121 48
Cuiabá - Cel. Octayde Jorge da Silva Equipe do NAPNE 11 11
Diretor Geral 1 1
Docentes 20 8
Campo Novo do Parecis Equipe do NAPNE 4 4
Diretor Geral 1 1
Docentes 18 7
Avançado de Lucas do Rio Verde Equipe do NAPNE 0 0
Diretor Geral 1 1
Total de Participantes 177 81
Fonte: Elaborada pela autora, a partir dos dados fornecidos pela DPIS (IFMT, 2022) e disponíveis nos
PITs publicados no site institucional do IFMT (2021).

Para a definição dos participantes da pesquisa (população-alvo), foi realizado


um recorte, a partir de dados preliminares fornecidos pela Diretoria de Políticas de
Ingresso e Seleções (DPIS) do IFMT, sobre os estudantes aprovados e matriculados
na instituição, de 2019 a 2021/1. Ademais, os dados referentes ao quantitativo de
docentes que ministraram aulas para os respectivos cursos e turmas foram extraídos
do site institucional de cada campus, por meio do Plano Individual de Trabalho (PIT).
Dessa forma, observou-se que, se a pesquisa fosse realizada com o
quantitativo da população-alvo, no total de 159 (cento e cinquenta e nove) docentes,
35

poderia se tornar inexequível, devido a esse número elevado e ao grande volume de


informações obtidas com os instrumentos de coleta de dados.
Por essa razão, optou-se por uma amostra de participação de 40% dos
docentes atuantes nos cursos técnicos integrados ao ensino médio. Para Barros e
Lenfeld (2014, p. 59), “[...] o estudo através de amostra se dá muitas vezes, pois nem
sempre o pesquisador tem tempo e recursos suficientes para trabalhar com todos os
elementos da população ou do universo”.
No que diz respeito aos servidores integrantes da equipe dos NAPNEs, devido
à especificidade de cada cargo (Pedagogo, Tradutor Intérprete de Libras, Técnico em
Assuntos Educacionais e Assistente Social, dentre outros), não houve recorte da
população-alvo, de modo que foram convidados de forma intencional todos os
servidores técnicos administrativos constantes na portaria de designação.
Já com relação ao campus avançado, em razão da sua tipologia, possui menor
número de servidores, não existindo, portanto, designação de servidores para compor
o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas.

3.4 Critérios Éticos

Conforme consignado na Resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de


Saúde, todos os projetos de pesquisas que sejam relativos à participação de seres
humanos, de forma direta ou indireta, devem ser submetidos ao Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) de cada instituição (BRASIL, 1996). Dessa forma, considerando-se
que esta pesquisa foi realizada com servidores da instituição, foi submetida e
aprovada em dezembro de 2021 pelo CEP/IFMT, por meio do protocolo nº
5.103.502/2021.
Atentando aos critérios estabelecidos, foram elaborados os Termos de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLEs), em linguagem acessível e de fácil
entendimento pelos participantes da pesquisa, de forma a garantir a opção de a
pessoa se recursar a responder às perguntas que lhe gerassem desconforto ou, ainda,
retirar a sua participação a qualquer momento da pesquisa.
Nesse sentido, foram elaborados os seguintes documentos: (i) TCLE para os
docentes participantes da pesquisa (Apêndice A); (ii) TCLE para os diretores gerais
dos campi locus da pesquisa (Apêndice B); (iii) TCLE para os servidores das equipes
36

dos NAPNEs (Apêndice C); e (iv) Servidores e Estudantes do IFMT(Apêndice D).


Dessa forma, cada TCLE foi apresentado para a anuência do participante, antes de
ele responder às perguntas, por meio da plataforma Google Forms.
Ademais, com relação aos riscos que poderiam ocorrer aos participantes da
pesquisa, pode-se afirmar que eles foram mínimos. Ainda assim, para sua completa
segurança, foram garantidos: (i) a livre participação; (ii) o anonimato; (iii) a não indução
às respostas; e (iv) a mínima intervenção possível.
Todos os procedimentos para a realização da pesquisa foram elaborados de
forma criteriosa, com o objetivo de evitar qualquer constrangimento ou desconforto do
participante ao responder o questionário. Assim, torna-se importante mencionar que
não houve registro de situações de desconforto ao receber ou responder os
questionários.
Mesmo assim, foi assegurado aos participantes da pesquisa que, caso
houvesse alguma necessidade por danos decorrentes dos riscos da pesquisa,
estabelecidos na Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde ‒ CNS
(BRASIL, 2012), a pesquisadora se responsabiliza pelas providências necessárias,
conforme declaração disposta no Apêndice E.

3.5 Instrumentos de Pesquisa

Nesta seção, apresenta-se a descrição detalhada dos quatro instrumentos


(Quadro 3) que foram utilizados para a realização desta pesquisa e para a análise dos
dados coletados neste percurso metodológico: (i) Questionário 1 − Docentes
(Apêndice F); (ii) Questionário 2 − Membros dos NAPNEs (Apêndice G); (iii)
Questionário 3 − Diretores Gerais dos campi (Apêndice H); e (iv) Questionário 4 –
Servidores e Estudantes do IFMT − para avaliação do PE (Apêndice I).
O Questionário 1 (Apêndice F), voltado aos docentes que ministraram aulas
para estudantes com deficiência, entre 2019 e 2021/1, tem como objetivos: verificar
se os profissionais conhecem os recursos de TA que podem ser ferramentas de apoio
ao processo ensino-aprendizagem; mapear a percepção desses docentes quanto ao
uso da TA em sala de aula e as dificuldades encontradas em seu dia a dia, no tocante
à inclusão de estudantes com deficiência.
37

Do mesmo modo, foi aplicado o Questionário 2 (Apêndice G) à equipe dos


NAPNEs, que atuam no apoio aos estudantes com necessidades educacionais
específicas, nos campi objeto da pesquisa. A partir de então, foi possível verificar o
conhecimento desses servidores acerca das TAs existentes, as dificuldades
encontradas na solicitação/aquisição desses recursos, bem como as sugestões que
podem contribuir para minimizar as barreiras para a inclusão plena desses discentes
no processo de ensino-aprendizagem.
De forma complementar, foi aplicado o Questionário 3 (Apêndice H), destinado
aos diretores gerais dos campi locus da pesquisa — os quais, por vezes, também são
docentes, com atuação em sala de aula — por meio do qual foi possível verificar
questões relativas à importância de investimento da instituição em recursos e serviços
de TA, que podem ser utilizados como apoio complementar ao trabalho docente no
atendimento do estudante com deficiência.
Esses três questionários foram elaborados com perguntas abertas e fechadas,
definidas e organizadas em blocos temáticos. Foram aplicados aos participantes por
meio da plataforma on-line Google Forms, o que possibilitou maior alcance de
participantes e, também, maior viabilidade econômica à pesquisa, por não haver
necessidade de impressão do material e nem mesmo de deslocamento aos campi
pesquisados.
É pertinente mencionar que foi realizada a aplicação de um pré-teste com os
três questionários para um público-alvo com similaridades à amostra da pesquisa,
levando-se em consideração os campi locus da pesquisa, com o intuito de receber
sugestões de ajustes na formulação das questões, identificar inconsistências e, dessa
forma, aperfeiçoar o instrumento de coleta de dados.
Por fim, ainda é importante registrar que foi elaborado um questionário adicional
para a avaliação do Produto Educacional – Questionário 4 (Apêndice I), no formato
on-line, constituído por 5 (cinco) perguntas fechadas com 5 (cinco) alternativas e a
opção de o participante não responder, além da última pergunta, para que o
participante pudesse realizar observações, comentários e sugestões.
38

Quadro 3 – Questionários utilizados nesta pesquisa


Instrumento Objetivo População-alvo Período de Aplicação
Identificar os recursos e Docentes que atuam maio/junho/2022
Questionário 1 serviços de TA existentes nos e/ou atuaram com
campi, bem como verificar a estudantes com
(Apêndice F) percepção acerca da deficiência.
Tecnologia Assistiva.
Identificar os recursos e Membros dos NAPNEs. maio/junho/2022
serviços de TA existentes nos
Questionário 2
campi, bem como verificar a
(Apêndice G)
percepção acerca da
Tecnologia Assistiva.
Identificar os recursos e Diretores Gerais dos maio/junho/2022
serviços de TA existentes nos campi participantes da
Questionário 3
campi, bem como verificar a pesquisa.
(Apêndice H)
percepção acerca da
Tecnologia Assistiva.
Questionário 4 Avaliar a aplicabilidade do Servidores e estudantes fevereiro/2023
(Apêndice I) Produto Educacional. do IFMT.
Fonte: Elaborado pela autora (2023).

Após descrever os instrumentos de pesquisa utilizados neste estudo, na seção


seguinte, será apresentada a metodologia adotada para a análise dos dados obtidos
nesta pesquisa.

3.6 Metodologia para a Análise de Dados

Após o levantamento dos dados da pesquisa, foram adotadas duas técnicas


distintas para análise dos dados, que são descritas a seguir:
A primeira foi a análise quantitativa dos dados coletados nas questões fechadas
dos Questionários 1, 2 e 3 (Apêndices F, G e H), que foram tabulados e tratados para
verificação da incidência das informações dos participantes sobre a Tecnologia
Assistiva.
Já a outra técnica utilizada foi a Análise de Conteúdo, a partir das informações
advindas das respostas discursivas dos participantes, que foram classificadas,
categorizadas e posteriormente interpretadas. Na perspectiva de Ludke e André
(1986, p. 45), “a tarefa de análise implica, num primeiro momento, a organização de
todo o material, dividindo-se em partes, relacionando essas partes e procurando
identificar nele tendências e padrões relevantes”.
39

Assim, os dados coletados foram organizados, para a análise de seu conteúdo


conforme critérios estabelecidos “[...] em torno de três pólos cronológicos: 1) a pré-
análise; 2) a exploração do material; 3) o tratamento dos resultados, a inferência e a
interpretação” (BARDIN, 2021, p. 121).
A pré-análise foi a fase de preparação do material, das informações utilizadas
na pesquisa e que serviram de subsídios para a análise. A segunda fase correspondeu
à atividade de exploração do material por meio das técnicas de decodificação, que
possibilitaram utilizar unidades de registro (palavras/termos) para a análise de
conteúdo. A unidade de registro pode ser identificada pela utilização de um verbo,
tema da pesquisa ou qualquer outra unidade de registro estabelecida pelo
pesquisador, para a codificação das informações.
Por fim, na última fase da técnica de Análise de Conteúdo, ocorreu o tratamento
dessas informações, ou seja, foi determinado o que era cada uma das informações,
as quais foram classificadas de acordo com as categorias e, assim, interpretadas com
base no referencial teórico desta pesquisa, para a confirmação dos achados da
pesquisa.
Após apresentar a metodologia utilizada para a análise dos dados, na seção a
seguir, serão descritos os recursos de apoio ao desenvolvimento desta pesquisa.

3.7 Recursos de Apoio à Pesquisa

Para a realização deste estudo, foram necessários os recursos bibliográficos,


por meio de livros, teses, dissertações e artigos, bem como os dados extraídos dos
sistemas Q-Seleção5, Q-Acadêmico6 e Suap-Edu7 − utilizados na instituição para o
gerenciamento das informações relativas aos estudantes do IFMT (de seleção e
acadêmicas) e às atividades de encargos didáticos de cursos e turmas dos docentes.

5 Q-Seleção é um sistema organizado em módulos, desenvolvido para atender demandas de processos


seletivos, concursos públicos e olimpíadas. Atende as diretrizes de reservas de vagas (cotas)
(QUALIDATA, 2008a).
6 Q-Acadêmico é uma solução que permite ao professor lançar notas e faltas de alunos. O sistema se

encarrega de calcular as médias dos alunos, assim como disponibilizar o planejamento de avaliações,
os materiais de apoio para acesso e download dos alunos, entre outros (QUALIDATA, 2008b).
7 Suap - Edu é o sistema de gestão acadêmica, módulo de administração escolar do Sistema Unificado

de Administração Pública (SUAP), responsável por disponibilizar um conjunto abrangente de funções


relacionadas a docentes, discentes, coordenadores de curso e controle acadêmico (IFSUL, 2021).
40

Também foram imprescindíveis para o desenvolvimento do Produto


Educacional (PE) diversos recursos, tais como: (i) equipamentos eletrônicos
(computadores) – para inserção/edição do conteúdo na página do site do IFMT; (ii)
celulares e câmeras de vídeo − para a gravação e a edição dos vídeos,
disponibilizados no PE. Além disso, houve a colaboração dos seguintes profissionais:
(i) intérprete de libras – para tradução em Libras do conteúdo dos vídeos; (ii) técnico
de tecnologia da informação – para desenvolvimento do layout e edição do conteúdo
da coletânea no site do IFMT; e (iii) técnico em audiovisual – para gravação e edição
dos vídeos.
Em síntese, nesta seção foram descritos os recursos utilizados para o
desenvolvimento deste estudo, cujas etapas são apresentadas a seguir.

3.8 Etapas da Pesquisa

A pesquisa foi desenvolvida em quatro etapas, conforme descrição detalhada


a seguir.

3.8.1 Etapa 1 – Revisão da Literatura

A primeira etapa da pesquisa consistiu no levantamento da bibliografia


pertinente à temática − momento importante para conhecer o que já foi desenvolvido
por outros pesquisadores, assim como para embasar os conceitos na área do estudo.
Dessa forma, a base teórica para a organização e o desenvolvimento desta
pesquisa e do PE teve como fonte livros, artigos, teses e dissertações − disponíveis
em catálogos e repositórios institucionais de universidades. Considerando-se a
constante evolução das tecnologias, tornou-se necessário subsidiar o
desenvolvimento desta pesquisa, por meio de artigos e publicações recentes.
Desse modo, foram realizadas buscas nas bases de dados do Portal de
Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), Biblioteca Digital Scielo (Scientific Eletronic Library online) e Google
Acadêmico. Para tanto, foram utilizados termos que pudessem gerar resultados
pertinentes para o estudo, tais como: “Educação inclusiva”, “Tecnologia Assistiva”,
Tecnologia Assistiva na EPT”, “Tecnologia Assistiva na Educação” e “Tecnologia
Assistiva no Brasil”.
41

De forma complementar, a proponente desta pesquisa utilizou-se de seu acervo


pessoal de livros sobre EPT, Ensino Médio Integrado, Educação Inclusiva e TA, que
pudessem auxiliá-la na pesquisa.

3.8.2 Etapa 2 – Verificação acerca da compreensão de Docentes, Equipe dos


NAPNEs e Gestores sobre TA
Com o propósito de verificar a compreensão dos participantes da pesquisa a
respeito dos recursos e serviços de Tecnologia Assistiva, nesta etapa foi possível
identificar, por meio dos relatos, falas que contribuem para o objetivo geral deste
estudo.
Desse modo, após o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos pelo
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e a aprovação do projeto pelo
CEP/IFMT, foi iniciado o levantamento das informações dos participantes da pesquisa,
disponíveis no módulo Q-Seleção. Para tanto, foram solicitadas à Diretoria de Políticas
de Ingresso e Seleções do IFMT as planilhas com dados, para a verificação dos
estudantes com deficiência, com matrículas efetivas de 2019 a 2021/1.
Já para identificação dos docentes e verificação das informações relativas às
disciplinas que cada um ministrava e às respectivas turmas, nos anos de 2019 a
2021/1, foram acessados os Planos Individuais de Trabalho (PITs) dos docentes
participantes da pesquisa, disponíveis no site institucional de cada campus
pesquisado.
Para identificação das equipes dos NAPNEs, foram verificadas, por meio do
sistema SUAP e boletins de serviços, as portarias relativas à designação dos
membros dos NAPNEs, bem como informações no site de cada campus e aquelas
relativas aos gestores dos campi de realização da pesquisa.
Na sequência, os questionários foram elaborados e aplicados para cada
segmento participante da pesquisa. Finalizado o levantamento, os dados foram
analisados, categorizados e apresentados por meio de quadros, gráficos e discussão
dos resultados.

3.8.3 Etapa 3 – Identificação de recursos e serviços de TA existentes e disponíveis


para a elaboração do PE
42

Esta etapa foi desenvolvida com o objetivo de identificar os recursos e serviços


de Tecnologia Assistiva existentes e disponíveis, para a elaboração de uma coletânea
a ser disponibilizada para a comunidade escolar.
Para tanto, procedeu-se de duas formas distintas para a identificação dos
recursos e serviços de TA. A primeira refere-se às perguntas dos questionários
aplicados aos Docentes, Equipe dos NAPNEs e Gestores dos campi participantes da
pesquisa. Esses questionários abarcavam perguntas para identificar a utilização da
TA, bem como os recursos e serviços disponíveis nos campi.
Conjuntamente, a proponente deste estudo identificou os recursos e serviços
existentes e disponíveis, que poderiam ser utilizados na instituição, considerando as
3 (três) categorias de TA − objeto deste estudo, conforme consta na seção A
Tecnologia Assistiva no IFMT: o que revelam as falas dos participantes da pesquisa.
Na sequência, definiram-se o formato, e as informações que seriam relevantes
para a elaboração do PE, conforme descrito a seguir.

3.8.4 Etapa 4 – Desenvolvimento do Produto Educacional

Baseando-se na identificação dos recursos e serviços de TA disponíveis, a


última etapa desta pesquisa foi o desenvolvimento do PE — coletânea de recursos e
serviços de Tecnologia Assistiva disponíveis para utilização como apoio ao processo
de ensino-aprendizagem.
Para o desenvolvimento desta etapa, foi necessário o auxílio dos profissionais
apresentados na seção 3.7 (Recursos de Apoio à Pesquisa), para definição do layout
da página do site, diagramação das informações, seleção das imagens, produção,
gravação e edição dos vídeos e ainda um profissional tradutor intérprete de Libras. A
coletânea foi elaborada em seções, por categorias, com o objetivo de apresentar o
conteúdo com clareza aos leitores; também estão disponíveis vídeos explicativos
sobre o funcionamento, disponibilização e/ou aquisição da TA. O detalhamento sobre
a elaboração, aplicação e validação da coletânea é apresentado na seção 5 (Produto
Educacional).
Em síntese, nesta seção, foram descritos os procedimentos metodológicos
para a realização desta pesquisa e desenvolvimento do PE. Na próxima seção são
apresentados as discussões e os resultados desta pesquisa.
43

4 A TECNOLOGIA ASSISTIVA NO IFMT: O QUE REVELAM AS FALAS DOS


PARTICIPANTES DA PESQUISA?

Nesta seção, são apresentados os resultados obtidos nesta pesquisa, a partir


da codificação e interpretação dos dados coletados.
Dessa forma, por meio da aplicação do Questionário 1 (Apêndice F),
Questionário 2 (Apêndice G) e Questionário 3 − (Apêndice H), foi possível mapear
percepções dos participantes da pesquisa acerca dos recursos e serviços de
Tecnologia Assistiva disponíveis e que podem ser utilizados.
Os questionários foram enviados aos 81 (oitenta e um) convidados (descritos
na Tabela 2), no período de 05 de maio a 22 de junho 2022. Entretanto, somente 25
(vinte e cinco) respostas foram obtidas com os instrumentos de coleta de dados da
pesquisa.

Tabela 2 – Quantidade de participantes da pesquisa dos três campi do IFMT


Descrição Amostra Participantes
Docentes 63 14
Equipe dos NAPNEs 15 09
Diretores Gerais 3 2
Total 81 25
Percentual de respondentes 30,09%
Fonte: Elaborada pela autora (2022).

É importante destacar que, inicialmente, estipulou-se o período de 30 (trinta)


dias para a coleta de dados; todavia, durante esse período, verificou-se uma menor
participação do segmento docente. Desse modo, além de enviar o formulário
automaticamente pelo Google Forms, também foram enviados e-mails aos
participantes, com as informações e solicitação de participação na pesquisa, bem
como um aviso de prorrogação do período, para que pudessem respondê-lo.
Após a coleta de dados, foi realizada uma leitura minuciosa das respostas, com
o intuito de destacar os pontos convergentes e de relevância para o alcance dos
objetivos propostos por esta pesquisa. A partir de então, as informações foram
classificadas e organizadas com base em Bardin (2021).
Assim sendo, os dados foram classificados e organizados em categorias
temáticas de análise (conforme descrito no Quadro 4), utilizando-se a técnica de
Análise de Conteúdo (BARDIN, 2021).
Registra-se ainda que, considerando-se a população-alvo (docentes, gestores
44

e equipes dos NAPNEs) e a especificidade das atividades desenvolvidas por esses


servidores, assim como os objetivos propostos nesta pesquisa, os instrumentos de
coleta de dados foram elaborados com 4 (quatro) questões comuns a todos,
organizadas em quatro partes: (i) identificação da faixa etária dos participantes; (ii)
recursos de Tecnologia Assistiva existentes no campus em que desenvolve as
atividades; (iii) divulgação dos recursos de TA existentes e disponíveis; (iv) percepção
acerca da inclusão no IFMT.
As demais questões foram elaboradas com a finalidade de compreender
aspectos específicos da função desenvolvida pelos participantes no campus em que
exercem suas atividades.

Quadro 4 – Categorias de análise temática desta pesquisa


Categorias Subcategorias
(1.1) Existência de Tecnologia Assistiva
(1) Tecnologia Assistiva no IFMT (1.2) Utilização da Tecnologia Assistiva
(1.3) Divulgação e/ou capacitação dos recursos e
serviços de Tecnologia Assistiva existentes e disponíveis
(2.1) Ausência de política institucional
(2) Percepção da Inclusão (2.2) Profissionais especializados insuficientes nos campi
(2.3) Falta de preparação de docentes e equipe
pedagógica
(3) Apoio ao Processo de ensino- (3.1) Construção de estratégias de ensino
aprendizagem
(3.2) Ações para auxiliar no desenvolvimento das
atividades pedagógicas
(4.1) Contribuições da Tecnologia Assistiva
(4.2) Capacitação das equipes dos NAPNEs
(4) Percepção das Equipes dos
NAPNEs (4.3) Acessibilidade/inclusão na instituição
Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Desse modo, no decorrer desta análise, serão apresentados trechos de relatos


obtidos nesta pesquisa, utilizando-se a letra S, seguida de um número (S1; S2; S3 e
assim sucessivamente) para representar as contribuições dos servidores participantes
da pesquisa e garantir o seu anonimato.

4.1 Tecnologia Assistiva no IFMT

Em um mundo no qual existem tecnologias para as mais variadas atividades,


45

sejam profissionais, acadêmicas ou de qualquer outra natureza, a utilização de


ferramentas e/ou recursos em sala de aula para auxiliar pessoas com deficiência
torna-se indispensável; “entretanto, existem ainda sérios problemas no país no que se
refere ao acesso, apropriação e uso dos recursos de Tecnologia Assistiva pela
população” (GALVÃO FILHO, 2020, p. 5).
No decurso da análise dos resultados desta pesquisa, acerca da categoria
“Tecnologia Assistiva no IFMT”, verificou-se a presença de três subcategorias, que
evidenciam a percepção dos participantes no tocante à Tecnologia Assistiva na
instituição (dispostas na Figura 2).

Figura 2 – Categoria de análise temática (1): Tecnologia Assistiva no IFMT

Fonte: Elaborada pela autora (2022).

Antes de discorrer acerca da existência de Tecnologia Assistiva no IFMT, é


importante conhecer a faixa etária dos participantes da pesquisa. Observa-se, no
Gráfico 2, que 56% dos participantes da pesquisa (14 servidores) têm idade entre 20
e 40 anos. Esta informação se mostra relevante, pois uma parcela significativa de
participantes faz parte de uma população que, ao longo de sua vida acadêmica e/ou
profissional, e ainda no seu cotidiano, provavelmente teve as tecnologias como aporte
ao desenvolvimento de atividades ou, então, necessitou de alguma capacitação,
devido ao permanente avanço tecnológico.
46

Gráfico 2 – Participantes por segmento e faixa etária

4%
51 a 60 anos
12%

41 a 50 anos 8%
20%
4%
31 a 40 anos 20%
24%

20 a 30 anos 8%

Gestores NAPNEs Docentes


Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Uma vez apresentado o perfil dos participantes da pesquisa e sua relação com
as tecnologias, na seção seguinte são expostos os resultados e discussões sobre a
existência, utilização, divulgação e/ou capacitação dos recursos e serviços de
Tecnologia Assistiva.
Para tanto, foi questionado especificamente aos docentes se tinham
conhecimento da existência de recursos de TA nos respectivos campi de atuação.
Observa-se no Gráfico 3 que apenas 21,43% dos docentes participantes da pesquisa
informaram não ter conhecimento da existência de Tecnologia Assistiva disponível aos
estudantes com deficiência, revelando que os recursos não são desconhecidos por
este grupo de participantes.

Gráfico 3 − Conhecimento da existência de recursos de Tecnologia Assistiva aos docentes

Sim 79%

Não 21%

Não Sim

Fonte: Elaborado pela autora (2022).


47

Quanto à subcategoria de análise temática “1.1 Existência de Tecnologia


Assistiva” disponível na unidade de atuação dos participantes da pesquisa, verifica-se
(Quadro 5) que, das 14 (quatorze) opções de recursos inseridas no instrumento de
coleta de dados, os participantes indicaram a existência de 11(onze) tipos de recursos
disponíveis. Observa-se, ainda, a incidência de resposta quanto à disponibilidade de
sala de recursos multifuncionais ou equipamentos para instalação do local.
Nota-se que, apesar das informações de existência dos recursos de TA nos
campi pesquisados, houve ainda um número considerável de respostas com a
informação de que não existe nenhuma das alternativas indicadas.

Quadro 5 – Categoria de análise temática (1): Tecnologia Assistiva no IFMT −Subcategoria (1.1)
Existência de Recursos de Tecnologia Assistiva

Recursos de Tecnologia Assistiva Incidência de resposta


Cadeira de transporte 3
Caderno para escrita ampliada 1
Computador com programa para aluno com Deficiência Auditiva ou 6
surdez
Computador com programa para aluno com Deficiência Visual ou cego 5
Dispositivos de ampliação óptica 3
Lupa eletrônica 8
Máquinas e impressoras em Braile 1
Monitores sensíveis ao toque 1
Mouses e emuladores de mouse -
Notebook com programas para alunos com deficiência física 1
Recursos pedagógicos adaptados para leitura e escrita 4
Softwares para criação de pranchas de comunicação -
Softwares para alunos com deficiência visual 4
Teclados alternativos (expandidos, reduzidos) -
Nenhuma das alternativas 8
Outros (Sala de Recursos Multifuncionais) 4
Outros (não tenho essa informação) 1
Prefiro não responder 2
Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Esse resultado denota que os recursos existem nos campi pesquisados, no


entanto, podem ser desconhecidos para os participantes da pesquisa. Nesta
perspectiva, Castro, Souza e Santos (2012, p. 311) afirmam que, “diante desse
panorama de ínfimo e/ou total desconhecimento a respeito da TA, observamos que,
48

mesmo nas escolas que dispõem de recursos tecnológicos, estes são subutilizados
enquanto Tecnologia Assistiva”.
Para corroborar com esta pesquisa, foi questionado aos docentes e membros
das equipes dos NAPNEs se, no cotidiano em sala de aula, já tinham utilizado ou
utilizavam algum recurso de TA. Dessa forma, definiu-se a subcategoria de análise
temática “1.2 Utilização da Tecnologia Assistiva”. Verifica-se que os participantes, em
sua maioria (Gráfico 4), declararam que não utilizam os recursos.
Percebe-se que, mesmo com a informação declarada pelos participantes
(docentes, gestores e equipe dos NAPNEs) sobre a existência de 14 (quatorze) tipos
de recursos de TA, nos campi em que desenvolvem suas atividades (Quadro 5).
Os participantes (docentes e equipe dos NAPNEs) ao serem questionados
sobre quais recursos utilizam como apoio pedagógico, revelaram o uso de poucos
recursos (Quadro 6) em comparação com os que revelaram existir.

Gráfico 4 – Utilização da Tecnologia Assistiva

13,04%
Sim
17,39%

13,04%
Prefiro não responder

13,04%
Não
43,48%

NAPNEs Docentes

Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Esse resultado demonstra o descompasso entre os recursos que os


participantes informam existir na instituição e os que estão sendo utilizados pelos
servidores que atuam diretamente com os estudantes com deficiência.
Para Bersch (2009, p. 22), “fazer TA na escola é buscar, com criatividade, uma
alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma
estratégia para que ele possa ‘fazer’ de outro jeito.”
No que se refere aos servidores do NAPNE, observa-se que apenas 13,04%
informaram que utilizam recursos de TA. No entanto, cabe salientar que o NAPNE é
49

um núcleo multidisciplinar, por vezes composto por Pedagogos, Psicólogos, Técnicos


em Assuntos Educacionais, Tradutores Intérpretes de Libras, dentre outros
profissionais, sendo responsáveis por contribuir e acompanhar atividades para
atendimento das pessoas com necessidades específicas. De acordo com o art. 11, da
Resolução nº 043/2013 (IFMT, 2013), compete ao NAPNE “articular os diversos
setores da instituição nas atividades relativas à inclusão, definindo prioridades e todo
o material didático-pedagógico a ser utilizado [...]”.
Diante dos dados apresentados em relação à existência e utilização de
recursos de Tecnologia Assistiva, nota-se que a instituição precisa de um trabalho
conjunto (entre docentes e a equipe dos NAPNEs), para troca de experiências e
conhecimentos, que poderão contribuir para novos aprendizados acerca dos recursos
e serviços existentes e disponíveis (não somente na instituição), que possam ser
utilizadas por alunos e servidores.
Esse cenário pode ser confirmado a partir das falas dos participantes,
conforme detalhado no Quadro 6.
Quadro 6 – Categoria de análise temática (1): Tecnologia Assistiva no IFMT – Subcategoria (1.2)
Utilização da Tecnologia Assistiva

Subcategoria Exemplos de respostas


“Máquina de Braile.” (S5)
“Lupa, máquina de Braile.” (S9)
“Lupa eletrônica.” (S10)
“Máquinas em Braile, lupa eletrônica, mas não
tenho certeza se pertenciam ao aluno ou ao
Campus.” (S14)
1.2 Utilização da Tecnologia Assistiva
“Programa de computador para aluno com
deficiência auditiva.” (S19)
“Dispositivo eletrônico para conversação em
Libras por vídeo. Aplicativo de acessibilidade em
Libras - Tradutor Intérprete virtual, entre outros.”
(S21)
“Leitor de tela e do amplificador.” (S22)
Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Já no tocante à subcategoria “1.3 Divulgação e/ou capacitação dos recursos e


serviços de TA existentes e disponíveis” (Gráfico 5), verifica-se que 52% (13
participantes) citaram que essa divulgação/capacitação ocorre no início do ano letivo,
ou uma vez por semestre ou sempre que aprovado pela equipe do NAPNE.
50

Gráfico 5 – Divulgação e/ou capacitação dos recursos e serviços de Tecnologia Assistiva existentes e
disponíveis

8%
Sim, uma vez por semestre 4%

Sim, sempre que aprovado pela equipe do


16%
NAPNE 12%

Sim, no início do ano letivo


12%

Prefiro não responder


4%

Não 16%
12%

Não me lembro
16%
Gestores NAPNEs Docentes

Fonte: Elaborado pela autora (2022).

De modo geral, as respostas indicam quão importante é que toda a


comunidade escolar perceba a relevância dessa formação e se criem estratégias para
a divulgação/capacitação sobre a TA, bem como estímulo à participação de todos os
servidores nas formações que a instituição oferece sobre esta temática.
Destaca-se que dois campi, dentre os três participantes desta pesquisa,
possuem processo seletivo para o ingresso de estudantes, semestralmente. Assim,
pode-se inferir que a divulgação dos recursos e serviços de TA, quando realizada uma
ou duas vezes por ano, ou apenas com a aprovação da equipe dos NAPNEs, fica
prejudicada, uma vez que podem ingressar novos estudantes ou servidores que não
tenham conhecimentos desses recursos.
Nesse contexto, Bersch (2009, p. 21) afirma que “o conhecimento e a aplicação
da tecnologia assistiva no contexto educacional é um dos fatores que contribuem para
a inclusão escolar”.
Após demonstrados os dados e discussões acerca da existência, utilização e
divulgação dos recursos de TA, na próxima subseção, apresenta-se a percepção
sobre a inclusão no IFMT, no ponto de vista dos participantes, considerando as
subcategorias geradas.

4.2 Percepção da inclusão


Compreender a percepção dos docentes, equipes dos NAPNEs e gestores dos
51

campi acerca da Tecnologia Assistiva é um dos objetivos desta pesquisa. Todavia, faz-
se necessário, inicialmente verificar a percepção desses profissionais no que se refere
à inclusão no IFMT. Dessa forma, foi realizada a seguinte indagação aos participantes
da pesquisa: Como você percebe a inclusão de pessoas com deficiência no IFMT?
As respostas foram organizadas em três subcategorias de análise, dispostas
na Figura 3.

Figura 3 - Categoria de análise temática (2): Percepção da Inclusão

Fonte: Elaborada pela autora (2022).

Os participantes relataram situações em relação à inclusão de pessoas com


deficiência na instituição, como a ausência de servidores, preparação dos docentes,
e de planejamento, ações isoladas nos campi, dentre outras, conforme evidenciado
no Quadro 7.

Quadro 7 – Categoria de análise temática (2): Percepção da Inclusão

Subcategorias de Exemplos de respostas


análise temática

“As iniciativas de inclusão são louváveis, mas me parece que cada


campus está um pouco ‘sozinho’ na implementação delas. Sinto falta de
uma política institucional mais ampla e fortalecida para a preparação
dos professores.” (S2)
“Na minha experiência, percebo que há uma preocupação da Instituição
no sentido de organizar, gerar alternativas que visem dar atendimento aos
2.1 Ausência de discentes nessas necessidades específicas, porém, penso que ainda
Política institucional precisamos avançar, porque a inclusão é necessária, mas, além de
equipamentos, deve-se construir uma política de preparação
pedagógica de docentes e de toda a equipe da Unidade Escolar.” (S9)
“Incipiente.” (S24)
“Apenas nos processos de seleção. Em termos de infraestrutura,
principalmente no interior, precisa melhorar muito.” (S25)
(continua)
52

(conclusão)
Subcategorias de Exemplos de respostas
análise temática
“Percebo que a instituição se preocupa com esse público, no entanto, tem
dificuldades em incluí-las de forma adequada em nossa instituição, às
vezes por falta de recurso e outras por falta de profissionais nos campi.”
(S4)
“Sabemos que o quantitativo de servidores impacta diretamente no
atendimento a alunos com deficiência. Hoje não temos uma equipe em
cada campus para pensar, estudar, planejar a educação inclusiva.
2.2 Profissionais Mesmo quando temos equipes multiprofissionais completas, o foco acaba
especializados sendo a demanda no atendimento dos demais discentes, aqueles que
insuficientes nos não são público-alvo da educação inclusiva.” (S10)
campi “[...] não temos em nosso quadro efetivo o cargo de Psicopedagogo, ou
professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) −
profissional essencial para o atendimento desses discentes.” (S15)
“Não tenho uma visão tão ampliada com relação à realidade de todos os
demais campi da Rede Federal de Mato Grosso, mas percebo que há
comprometimento e disposição para tornar a educação mais acessível e
inclusiva, mesmo com a falta de profissionais e recursos para auxiliar
nesse processo [...].” (S18)
“[...], mas, além de equipamentos, deve-se construir uma política de
preparação pedagógica de docentes e para toda a equipe da Unidade
2.3 Falta de Escolar. Todos(as) devem ser preparados, para planejar e gerar ações
preparação de que possam trazer uma inclusão realmente significativa ao discente, que
docentes e equipe lhe permita experienciar um processo de aprendizagem e participação em
pedagógica todas as etapas da construção do conhecimento [...]” (S14)
“Em sala de aula, os professores tentam adaptar da melhor forma os
seus conteúdos, assim como variar as formas de avaliação [...]” (S23)
Fonte: Elaborado pela autora (2022).

A respeito da subcategoria “2.1 Ausência de Política Institucional”, percebe-se


que o IFMT ainda tem um longo caminho a percorrer quando se trata de inclusão de
pessoas com deficiência.
A descrição do participante S25 (Quadro 7) deixa evidente a necessidade de
uma política institucional, ao relatar que percebe a inclusão apenas nos processos de
seleção. No entanto, o processo seletivo é apenas a primeira etapa, aquela que
possibilita o ingresso do estudante na instituição. Na perspectiva de Santos (2012, p.
448), “é importante destacar ainda, que uma política institucional se estabelece por
meio da vontade e do envolvimento permanente dos diferentes atores educacionais e
sociais em um trabalho integrado e compartilhado”.
Nos demais trechos apresentados, da subcategoria “2.2 Profissionais
especializados insuficientes nos campi,” verifica-se que os participantes percebem a
53

preocupação e os avanços da instituição para desenvolver ações de inclusão das


pessoas com deficiência. Ademais, reconhecem que a inclusão deve ocorrer, contudo
mencionam que existem dificuldades ao trabalhar com pessoas com deficiência. E
destacam, ainda, a necessidade de profissionais com formação na área pedagógica,
além de equipe com profissionais especializados, para atuarem no planejamento das
ações e atividades que serão desenvolvidas com os estudantes.
Já no que concerne à subcategoria “2.3 Falta de preparação de docentes e
equipe pedagógica”, nota-se nos relatos a inquietação quanto à necessidade de
inclusão dos estudantes com deficiência, para um processo de ensino-aprendizagem
que contribua significativamente para a formação dos indivíduos.
Em suma, percebe-se que esse processo pode ser desenvolvido por meio da
adoção de práticas pedagógicas, voltadas para uma escola que atenda às
necessidades de aprendizagem dos estudantes. Para tanto, é necessário interação
entre pais, gestores da instituição, profissionais da equipe do NAPNE, professores e
alunos. Esse trabalho colaborativo impactará diretamente no apoio ao processo de
ensino-aprendizagem descrito na subseção a seguir.

4.3 Apoio ao processo de Ensino-Aprendizagem


Espera-se que as instituições de ensino sejam preparadas para promover o
desenvolvimento e acolher todos, sem distinção ou barreiras que impeçam o convívio
em ambiente comum, além de oferecer recursos e serviços a todos que necessitam.
Nesse sentido, a partir dos relatos dos participantes, foram criadas duas
subcategorias de análise temática, apresentadas na Figura 4.

Figura 4 – Categoria de análise temática (3): Apoio ao processo de ensino-aprendizagem

Fonte: Elaborada pela autora (2022).

Após definidas as categorias de análise, os relatos dos participantes foram


organizados e detalhados no Quadro 8, apresentado a seguir.
54

Quadro 8 – Categoria de análise temática (3): Apoio ao processo de ensino-aprendizagem


Subcategorias de Exemplos de respostas
análise temática

“[...] acredito que um acompanhamento de profissionais


especializados no ensino aprendizagem no campus é fundamental
para conhecermos metodologias de ensino que atendam às
3.1 Construção de
necessidades desses alunos.” (S6)
estratégias de ensino
“[...] turmas reduzidas e habilidades: vivência e cursos práticos.” (S7)
“Conhecer e entender a abrangência das limitações.” (S13)
“[...] que todos os envolvidos possam conhecer o plano de trabalho do
Docente e a partir de então, gerar ações para um trabalho
3.2 Ações para auxiliar colaborativo, inclusive com avaliação diagnóstica permanente.” (S14)
no desenvolvimento
“Além dos equipamentos e materiais uma capacitação detalhada para
das atividades
docentes.” (S24)
pedagógicas
“Criar as salas de recursos multifuncionais equipadas em todos os
campi” (S25)
Fonte: Elaborado pela autora (2022).

A partir desta análise dos relatos da subcategoria “3.1 Construção de


estratégias de ensino”, foi possível constatar que os participantes citam (Quadro 8) a
necessidade de elaborar estratégias de ensino, para o atendimento aos alunos com
deficiência, que perpassam desde o acompanhamento de profissionais
especializados até salas com menor número de estudantes.
Dessa forma, percebe-se que a instituição ainda tem muito a avançar, quando
se fala em inclusão. No entanto, isso não depende apenas da gestão da instituição,
mas também da participação dos professores e demais profissionais que atuam com
os alunos com deficiência. Segundo Mantoan (2015, p. 59),

[...] temos de combater a descrença e o pessimismo dos acomodados e


mostrar que a inclusão é uma grande oportunidade para que alunos, pais e
educadores demonstrem as suas competências, os seus poderes e as suas
responsabilidades educacionais.

Nesta perspectiva, é importante enfatizar que soluções para transpor as


barreiras no processo de ensino-aprendizagem são debatidas, continuamente, por
especialistas, mas ainda estão longe de serem sanadas e dependem de uma
constante construção, pois cada deficiência possui diferentes características.
Neste sentido, os profissionais da educação podem pensar e propor modelos
de ensino e práticas pedagógicas para atendimento à diversidade existente em sala
de aula.
Ainda na categoria “3. Apoio ao Processo de ensino-aprendizagem”,
55

destaquem-se as percepções dos respondentes acerca da ausência de “3.2 Ações


para auxiliar no desenvolvimento das atividades pedagógicas.”
Os participantes citam a necessidade de que a instituição esteja preparada em
sua organização para o atendimento do estudante com deficiência, por meio de
aquisição de equipamentos, salas de recursos multifuncionais, articulação para ações
integradas e colaborativas. Para Mendes e Malheiro (2012, p. 360):

O trabalho colaborativo no contexto escolar tem sido visto como uma


estratégia em ascensão, tanto para solucionar problemas relacionados ao
processo de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades
educacionais especiais, como para promover o desenvolvimento pessoal e
profissional dos educadores.

Nesse contexto, faz-se necessária a realização de ações conjuntas de


docentes, equipe pedagógica e equipe dos NAPNEs, para compartilhar os
conhecimentos com os demais profissionais, de forma a colaborar com ações que
promovam o desenvolvimento dos estudantes.
Uma vez apresentados os relatos dos participantes da pesquisa acerca do
apoio ao processo de ensino-aprendizagem, na próxima subseção, retratam a
percepção dos profissionais que atuam nesse núcleo, a respeito de Tecnologia
Assistiva, no contexto de utilização, capacitação e inclusão no IFMT.

4.4 Percepção das Equipes dos NAPNEs

As atividades desenvolvidas pela equipe do NAPNE nos campi do IFMT


ocupam lugar de destaque quando se referem à inclusão de pessoas com deficiência
na EPT. Esse núcleo possui a incumbência de elaborar e promover ações e projetos
que visem à inclusão de pessoas com necessidades específicas. Em razão disso, a
participação desses servidores nesta pesquisa foi primordial para verificar a
“Percepção das equipes dos NAPNEs” (categoria de análise temática 4) acerca dos
recursos de TA para alunos com deficiência – como apresentado na Figura 5.
56

Figura 5 – Categorias de análise temática (4): Percepção das Equipes dos NAPNEs

Fonte: Elaborada pela autora (2022).

Quando questionados sobre as “Contribuições da utilização da Tecnologia


Assistiva” (subcategoria de análise temática 4.1) para o desenvolvimento e a
aprendizagem do estudante com deficiência, dos nove servidores participantes da
pesquisa, 67% (6) relataram que se trata de uma ferramenta facilitadora do processo
de ensino-aprendizagem, que contribui para a autonomia do estudante.
Ainda nesse sentido, com o propósito de conhecer as “capacitações realizadas
pelas equipes dos NAPNEs” (subcategoria de análise temática 4.2), para divulgação
dos recursos de TA, os participantes da pesquisa (4) relataram que realizam essas
atividades (Quadro 8), por meio de orientações, formações e reuniões. No entanto,
percebe-se a necessidade de ações permanentes desses profissionais nos campi,
apresentando os diferentes recursos ou serviços de TA, através de capacitações,
cursos, demonstrações, parcerias com outros profissionais e/ou instituições.
Por fim, quando os membros dos NAPNEs foram questionados sobre a
“Acessibilidade/Inclusão na instituição” (subcategoria de análise temática 4.3), se
consideravam o campus em que desenvolvem suas atividades acessível (quanto a
equipamentos e infraestrutura) e inclusivo, relatam que existe esforço em relação à
acessibilidade e revelam as dificuldades encontradas, pela ausência de equipamentos
e profissionais para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Exemplos de
algumas falas destes participantes podem ser observadas no Quadro 9.
57

Quadro 9 – Categoria de análise temática (4) Percepção das equipes dos NAPNEs
Subcategorias de análise Exemplos de respostas
temática

“Quando ofertada, contribui dentre outros fatores com a


autonomia das pessoas com deficiência no seu processo de ensino-
aprendizagem.” (S15)
“A utilização de TA faz toda a diferença na aprendizagem dos
estudantes com deficiências, desde possibilitar as condições
básicas para o acesso aos materiais e avaliações (como aplicativos
específicos para ampliação de tela, leitor de tela e arquivos PDF;
agenda interativa para dislexia, autismo e TDAH, dentre outras), até
favorecer a aprendizagem (como o multiplano, ábaco, globo tátil
4.1 Contribuições da etc.).” (S16)
Tecnologia Assistiva
“Melhorar o processo ensino-aprendizagem.” (S19)
“Contribui como uma das ferramentas de ensino-aprendizagem.”
(S21)
“A utilização da TA é facilitadora e, com certeza de grande riqueza
e otimização no processo de ensino-aprendizagem dos
estudantes com deficiência.” (S22)
“Na diminuição de barreiras e ampliação de suas habilidades
acadêmicas dos estudantes” (S23)

“A capacitação dos recursos de TA é geralmente ofertada nos


encontros pedagógicos ou a qualquer tempo, no decorrer do ano
letivo, quando é identificada a necessidade ou solicitado por
docentes a formação com determinado material ou equipamento
assistivo (por exemplo, foi ofertada formação para uso do multiplano
nas aulas de Matemática, aos professores de Exatas no I Fórum de
4.2 Capacitações Educação Inclusiva).” (S16)
realizadas pelas equipes
dos NAPNEs “Por meio de formação/capacitação/reunião.” (S20)

“Há orientações aos docentes e coordenadores de curso no início


do semestre letivo e quando há necessidade específica.” (S21)

“Divulgadas por meio de reuniões, encontros e na troca de


informações com os pares.” (S23)

“Melhoramos muito nossa estrutura física(prédio) no que se refere à


acessibilidade, contudo ainda não estamos prontos. Quanto aos
equipamentos, ferramentas e recursos, não temos nem dez por
cento daquilo que seria necessário. Não considero meu campus
acessível e inclusivo. Compreendo que atendemos algumas
situações conforme a demanda. Mas não temos uma periodicidade
4.3 Acessibilidade/inclusão de ações, não temos procedimentos estabelecidos. Acredito que com
na instituição recente criação da coordenação de assistência estudantil e inclusão
isso tende mudar.” (S15)
“O campus dispõe de equipamentos, infraestrutura e oferta
regularmente formação à comunidade escolar, porém, a inclusão é
um processo. E nesse sentido, posso dizer que o campus está
direcionado, pedagógica e fisicamente, para a inclusão.” (S16)
(continua)
58

(conclusão)
Exemplos de respostas
Subcategorias de análise
temática
“[...] precisamos de muito mais para sermos inclusivo[...]” (S17)

“Pouco inclusivo, pois percebo que procuramos realizar o


4.3 Acessibilidade/inclusão
na instituição planejamento e as ações quando o atendimento já era para estar
ocorrendo.” (S19)
“Sim. Há equipamentos, recursos disponíveis em biblioteca,
laboratórios.” (S20)

“Com relação à infraestrutura, sim (para cadeirantes, temos uma


estrutura adequada, desde ‘rampas’, portas mais largas, mesas
adaptadas; também temos o ‘piso tátil’ para deficientes visuais). Com
relação às tecnologias/equipamentos, não possuímos. E até o
momento não temos um profissional de AEE, apenas um Intérprete
de Libras para auxiliar nosso aluno surdo.” (S23)
Fonte: Elaborado pela autora (2022).

Ao logo desta pesquisa, e após a análise dos dados, nota-se nos relatos dos
participantes, que, quando se trata de utilização de Tecnologia Assistiva como apoio
ao processo de ensino-aprendizagem e à inclusão de pessoas com deficiência, pode-
se dizer que ainda é incipiente no IFMT. Por isso, faz-se necessário não só garantir o
acesso ao ensino regular, como também a permanência das pessoas com
necessidades específicas. Isso se dá eliminando todos os tipos de barreiras que estão
relacionadas às pessoas com deficiência.
Em síntese, após descritas as etapas de análise de dados e discussão dos
resultados, na próxima seção, apresenta-se o caminho percorrido para a elaboração
do Produto Educacional.
59

5 PRODUTO EDUCACIONAL

De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES, 2016, p. 15), “[o] mestrando deve desenvolver um processo ou
produto educativo e utilizá-lo em condições reais de sala de aula ou outros espaços
de ensino, em formato artesanal ou em protótipo”. Logo, observa-se que o Produto
Educacional é requisito obrigatório para a conclusão do Mestrado Profissional, como
o Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT).
Diante dessa necessidade, o Produto Educacional desenvolvido nesta
pesquisa foi uma “Coletânea de recursos e serviços de Tecnologia Assistiva” em
formato digital – disponibilizada por meio de uma página web, no site oficial do IFMT.
Esta coletânea compreende um conjunto de ferramentas, recursos ou serviços
disponíveis, com a possibilidade de contribuir com a autonomia do estudante com
deficiência do IFMT e, dessa forma, auxiliá-lo no seu processo de desenvolvimento
em sala de aula.
Quanto à classificação e tipologia de Produtos Educacionais definida pela
CAPES, esta coletânea corresponde a Mídias Educativas, que incluem “vídeos,
simulações, animações, videoaulas, experimentos virtuais, áudios, objetos de
aprendizagem, ambientes de aprendizagem, páginas de internet e blogs, jogos
educacionais de mesa ou virtuais e afins” (CAPES, 2016, p. 19, grifo nosso).
Já em relação à linha de pesquisa do mestrado ProfEPT, insere-se em “Práticas
Educativas em Educação Profissional e Tecnológica (EPT)”, macroprojeto 2 −
Inclusão e diversidade em espaços formais e não formais de ensino na EPT (IFES,
2018).
É importante ressaltar que a elaboração deste Produto Educacional tem o
propósito de disponibilizar informações dos recursos e serviços de Tecnologia
Assistiva, para facilitar o acesso de servidores e estudantes e, assim, propiciar
conhecimentos de recursos tecnológicos que podem auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem.
Dessa forma, esta seção tem por objetivo apresentar os procedimentos
utilizados na elaboração e aplicação do Produto Educacional, assim como os
resultados da avaliação da coletânea – realizada pelos servidores e gestores do IFMT
participantes da pesquisa.
60

5.1 A elaboração do Produto Educacional

A elaboração desta Coletânea se deu a partir da perspectiva desta


pesquisadora de apresentar à comunidade acadêmica recursos e serviços de TA, em
uma única ferramenta e com informações objetivas.
Nesse contexto, buscou-se, inicialmente, um formato que fosse adequado e
tivesse maior alcance para a comunidade interna e externa, além de possibilitar
manutenção/inserção de novos recursos. Então, optou-se por disponibilizar o
conteúdo da coletânea em uma página de web, dentro do site oficial do IFMT.
A partir disso, iniciou-se o esboço da referida página web com a identificação
dos recursos de TA das três categorias definidas para a elaboração desta pesquisa –
dentre aquelas especificadas por Bersch (2017): (i) Ampliação Visual e Recursos de
Tradução; (ii) Função Auditiva e Recursos de Tradução; e (iii) Esporte e Lazer. Sobre
isso, ressalta-se que a definição pelas três categorias para o desenvolvimento do PE
se deu por meio da verificação dos tipos de deficiências dos estudantes matriculados
nos campi do IFMT.
Assim, após constatar a inviabilidade de desenvolver o PE com todos os
recursos e serviços das três categorias, optou-se por elencar os recursos e serviços
de Tecnologia Assistiva disponibilizadas de forma gratuita, que estão acessíveis nos
campi participantes da pesquisa e, ainda, as que poderiam ser utilizadas pelos
estudantes com deficiência matriculados na instituição.
A partir de então, verificou-se o funcionamento dos recursos e serviços de TA
selecionados, para posterior descrição das ferramentas/recursos de forma sintetizada,
com conteúdo simples, para que estudantes, servidores e a comunidade externa
tenham acesso às informações de maneira célere. Em alguns itens, além da
descrição, foram inseridos figuras e vídeos, com a preocupação de garantir o direito
de imagem e do autor, ainda que este PE tenha fins educacionais e não comerciais.
Antes de delinear o layout da página, para disponibilizar a coletânea, foi
necessário definir o endereço eletrônico no qual a página seria hospedada. O site do
IFMT possui um layout de várias páginas (home — página principal; banners; notícias;
páginas dos campi; contatos; menu de busca; Pró-Reitorias, entre outras).
Desse modo, a definição do local para a inserção da página influenciará
diretamente o acesso ao conteúdo, tornando-a visível e de fácil navegação.
61

Diante disso, após reunião com a Diretoria Sistêmica de Tecnologia da


Informação (DSTI) do IFMT, a opção inicial foi pela criação do menu denominado
“Acessibilidade” na página principal, para todas as publicações da instituição acerca
da temática.
No entanto, considerando a criação, em 2021, da Diretoria Sistêmica de
Assistência Estudantil, Inclusão e Diversidade (DSAEstudantil), na instituição – com o
compromisso de atuar para as políticas institucionais voltadas à promoção do respeito
à diversidade e promoção da inclusão, bem como a garantia dos direitos dos
estudantes e ainda a, reunião realizada com a Coordenação de Assistência Estudantil
e Inclusão – setor subordinado à DSAEstudantil –, optou-se pela inserção na página
https://dsaestudantil.ifmt.edu.br/, no menu Tecnologia Assistiva. Ainda na etapa de
validação do PE pela banca de defesa, em abril de 2023, a coletânea foi hospedada,
provisoriamente no seguinte endereço:
https://propessoas.ifmt.edu.br/conteudo/pagina/tecnologias-assistivas/.
É importante salientar que a disponibilização do Produto Educacional de uma
página web no site institucional tem a intenção de apresentar um conteúdo com
informações simples, de fácil acesso, que possibilitem a eliminação de barreiras ao
conteúdo disponibilizado por meio de textos e/ou vídeos. Não se tem a pretensão de
adentrar os conhecimentos específicos das tecnologias digitais, de programação ou
sistemas web, mas, sim, de disponibilizar um conteúdo orientativo sobre o uso de
alguns recursos e serviços de TA.
Como forma de organização dos conteúdos disponibilizados na coletânea,
elaborou-se um esquema (Figura 6) para facilitar a sequência da construção das
seções do PE, com foco na descrição dos recursos e serviços.
62

Figura 6 – Esquema das categorias de Tecnologia Assistiva disponíveis na coletânea

Fonte: Elaborado pela autora (2022).


Por fim, é importante mencionar que o desenvolvimento dessa página web foi
possível a partir de uma parceria da pesquisadora com um membro da DSTI, em
função da necessidade de se ter auxílio de um profissional com habilidades em
códigos de programação, bem como acesso ao ambiente de desenvolvimento do site
do IFMT. Já o material disponibilizado é de autoria da pesquisadora e existem alguns
links complementares, com a menção do(s) autor(es).
Detalhes adicionais sobre o Produto Educacional desenvolvido “Coletânea de
Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva” estão descritos a seguir.

5.2 Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva: construção da


página web no site do IFMT

O portal institucional, apesar de ser um site com inúmeras páginas, é limitado


quanto ao layout para a disponibilização de conteúdo. Por isso, foi necessário realizar
testes para a construção de um ambiente que permitisse a exposição harmônica das
informações e não alterasse o padrão já utilizado pelo IFMT (cores e fonte).
Nesse sentido, a disposição do conteúdo da coletânea foi pensada para facilitar
o acesso aos usuários. Assim, as informações de apresentação foram inseridas em
página única (Figura 7), que traz o objetivo da coletânea e os links de acesso às três
categorias de Tecnologia Assistiva pesquisadas: “Ampliação Visual e Recursos de
Tradução”, “ Função Auditiva e Recursos de Tradução” e “Esporte e Lazer” – as quais
63

estão disponíveis no rodapé da página web, por meio dos botões na cor cinza, com
escrita na cor azul.
A “Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva” foi hospedada,
temporariamente, na área da Pró-Reitoria de Pessoas (local de trabalho da
pesquisadora), no site do IFMT. E, após a sua validação pela banca de defesa, foi
publicada no endereço: https://dsaestudantil.ifmt.edu.br/conteudo/pagina/tecnologias-
assistivas/, da Diretoria de Assistência Estudantil, Inclusão e Diversidade.
Na validação do PE, foi sugerido pela banca de defesa que a página do site
fosse traduzida para o inglês, a fim de oferecer uma opção bilíngue à comunidade e
dessa forma, aumentar a visibilidade do PE.

Figura 7 – Página inicial da “Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva”

Fonte: Elaborado pela autora (2022).


64

As fotos dispostas à direita da página inicial (Figura 7) fazem parte do acervo


do Departamento de Comunicação do IFMT; são fotos de alunos da instituição em
aulas e/ou eventos. Já a imagem utilizada no texto representa diferentes símbolos de
acessibilidade e foi extraída de um banco de imagens que pode ser utilizado de forma
gratuita, sem a necessidade de atribuir crédito aos autores.
Assim, em cada categoria de TA disponível na coletânea, foram inseridos
imagens e/ou vídeos ao assunto relacionado, permitindo ao usuário um design
agradável, com o intuito de despertar interesse pela informação.
Tendo em vista que a produção de um vídeo exige algumas etapas para garantir
qualidade e atender aos objetivos, para alguns recursos e serviços de TA foram
elaborados vídeos explicativos, detalhando o seu funcionamento. Primeiramente,
definiram-se quais recursos teriam vídeos gravados pela pesquisadora; no segundo
momento, verificaram-se outros profissionais que poderiam realizar as apresentações,
interpretação, como também a gravação e edição. A partir disso, o responsável pela
gravação solicitou informações dos equipamentos necessários para gravação, tais
como: câmeras, tripés, celulares (utilização do gravador de tela) para gravar o tutorial,
microfones de lapela e equipamento de iluminação.
Nesse momento, foram definidas as possíveis datas para captação das
imagens e gravação dos áudios. Posteriormente, os vídeos foram gravados, editados,
inserindo locuções, e enviados a um profissional para a tradução em Língua Brasileira
de Sinais – garantindo a inclusão de pessoas surdas. Após essa etapa da produção,
foram inseridos nos vídeos os efeitos visuais, trilha sonora e legenda.
Após a conclusão desse processo, os vídeos foram disponibilizados no canal
do YouTube da pesquisadora, para acesso público, e inseridos diretamente na página
da coletânea. Esses procedimentos permitem aumentar a rapidez de circulação da
informação, em formato digital, ampliando a possibilidade de acesso ao conhecimento.
É importante mencionar, ainda, que a interface gráfica do site institucional é
responsiva, pois adapta o tamanho de suas páginas ao tamanho da tela do dispositivo
que o usuário acessar (celular, tablet, computador, entre outros). Além disso, permite
que o conteúdo seja compartilhado via Facebook, Google + e Twitter.
Outra informação relevante é a de que foi desenvolvido um folder do PE para
auxiliar no processo de divulgação desta coletânea na comunidade escolar e demais
instituições de ensino. Assim, detalhes adicionais sobre a Produção Técnica e outras
65

informações disponíveis na coletânea podem ser consultadas no Apêndice J (folder


do Produto Educacional).
Uma vez que já se tenha conhecimento da coletânea desenvolvida, faz-se
necessário, a partir de agora, explanar o processo de aplicação e avaliação do Produto
Educacional.

5.3 Aplicação e Avaliação do Produto Educacional

A etapa de aplicação e avaliação do Produto Educacional é importante, por


compreender o momento em que é disponibilizado o resultado da pesquisa para
conhecimento do público-alvo.
Dessa forma, após finalizada a construção da “Coletânea de Recursos e
Serviços de Tecnologia Assistiva”, foi enviado um e-mail às pessoas convidadas a
avaliar o Produto Educacional, contendo um link para acesso à coletânea e outro para
acesso ao questionário de avaliação (Apêndice I). Esta avaliação foi realizada entre
os dias 04 e 15 de fevereiro de 2023.
Conforme disposto na Tabela 3, o convite foi enviado para uma amostra de 7
(sete) técnicos administrativos que possuem atividades de apoio ao ensino (Tradutor
Intérprete de Libras, Assistente de Aluno, Pedagogo, Assistente em Administração); 7
(sete) docentes com atuação em sala de aula em cursos de nível médio e graduação,
e ainda 7 (sete) discentes dos diferentes cursos e campi do IFMT. No entanto, houve
retorno de 11 (onze) participantes, dos quais 10(dez) responderam ao questionário,
sendo que 1 (um) dos convidados informou não ter interesse em participar da
avaliação do Produto Educacional.
A seleção dos servidores participantes foi intencional, levando em consideração
dois critérios específicos: o cargo/atuação nos respectivos campi e a participação de
servidores que tenham ingressado na instituição como pessoa com deficiência. Ao
envolver servidores com deficiência na pesquisa, é possível obter perspectivas
valiosas sobre como o PE pode ser adaptado para melhor atender às necessidades
das pessoas com deficiência. Eles podem trazer uma compreensão dos desafios que
enfrentam diariamente no ambiente profissional e podem contribuir para a
disponibilização de um PE mais inclusivo e para utilização de todos.
66

Tabela 3 – Quantidade de participantes da avaliação do Produto Educacional


Descrição Amostra Participantes
Docentes 07 04
Técnicos Administrativos 07 07
Discentes 07 0
Total 21 11
Percentual de respondentes 52%
Fonte: Elaborada pela autora (2023).

Com o propósito de identificar a aplicabilidade do Produto Educacional, o


questionário de avaliação (Apêndice I) foi estruturado com 6 (seis) perguntas, das
quais 5 (cinco) eram fechadas e a última, aberta − para que os participantes pudessem
registrar observações, comentários e sugestões, se assim desejassem.
A primeira pergunta foi elaborada de modo que os participantes pudessem
verificar a apresentação (o aspecto visual) do PE. Dessa forma, de acordo com as
respostas obtidas, 50% dos avaliadores (5) descreveram a apresentação da coletânea
como “Excelente”, 40% (4) como “Muito boa” e 10% (1) como “Boa”.
Além disso, 100% dos participantes (10) “concordaram plenamente” que o PE
apresentava clareza nas informações, escrita e disponibilidade dos vídeos, de forma
que facilitassem o entendimento dos estudantes e docentes.
Já na terceira questão, com a finalidade de confirmar se a Coletânea
favoreceria a disseminação da Tecnologia Assistiva na comunidade escolar, 90% (9)
respondentes “concordam plenamente” com a afirmação e 10% (1) “concordaram
parcialmente” – o que fortalece a importância de se disponibilizar um Produto
Educacional sobre esta temática.
De forma complementar, a quarta questão teve a intenção de verificar se a
coletânea facilitou o acesso às ferramentas/recursos de Tecnologia Assistiva. A essa
questão, 70% (7) dos participantes afirmaram que “concordam plenamente” e 30%
“concordam parcialmente”. Mais uma vez, isso confirma a necessidade da
apresentação e divulgação desta coletânea à comunidade escolar interna e externa.
Ademais, 100% (10) dos avaliadores “concordam plenamente” que o Produto
Educacional contribuirá para a divulgação e utilização dos recursos e serviços de TA
em sala de aula. As respostas corroboram que a elaboração e divulgação da
“Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva” podem contribuir na
utilização de recursos/ferramentas de TA pelos estudantes e servidores do IFMT.
Finalmente, a última questão (que era aberta) foi um espaço para os
67

participantes inserirem comentários, observações e sugestões sobre a coletânea, de


forma espontânea. Dentre os respondentes, 50% (5) optaram por deixar seus
comentários, conforme apresentados a seguir:
Excelente trabalho, parabéns! (A1)

O Produto Educacional contribuirá para a divulgação e utilização das


Tecnologias Assistivas em sala de aula, isso vai facilitar o trabalho em sala
de aula. (A3)

A coletânea configura-se como uma iniciativa de grande relevância


pedagógica e de inclusão, uma vez que reúne e disponibilize diversos
recursos para facilitar o trabalho dos educadores. Desenvolvido com uma
linguagem clara, direta e sintética facilita a localização, entendimento e
aplicabilidade. Ao se configurar como um trabalho de mestrado, apresenta
grande relevância acadêmica e social. Excelente trabalho! (A5)

A ideia proposta pelo Produto Educacional é muito boa, porém, acredito que
a forma de acesso/disponibilização é um ponto importante a ser pensando.
Onde a coletânea estará disponível? Hoje (ainda com a proposta de produto
não finalizado, entendo isso com clareza), está dentro da aba <omitido o
endereço>, mas onde será o espaço de acesso oficial quando o produto for
avaliado, finalizado e disponibilizado para a comunidade? Na minha visão, o
site do IFMT ainda não possui algumas funcionalidades (documentos,
formulários, link para sistemas) de fácil acesso, nossos alunos/servidores,
não sabem e não conseguem aproveitar as funcionalidades dentro do site.
Muitas vezes, por não saber onde encontrá-las. Desta forma, isto me
preocupa, onde a coletânea estará disponível? Acredito, que até pela
excelente variedade de ferramentas, a coletânea deveria ter uma área de
destaque (de fácil visualização), dentro do site do IFMT, além de, buscarmos
outros mecanismos de divulgação, como por exemplo, Banners/Folders de
divulgação por QRCode, que podem ser fixados em espaços comuns, como
bibliotecas, laboratórios de computação, salas de estudos, dentre outros,
havendo assim, a necessidade do enfoque na divulgação do produto, uma
vez que uma ferramenta escondida, não pode ser usada. (A7)

Bem organizada a apresentação disponibilizada no site para a apresentação


aos membros da instituição. Porém, acredito que trabalhar a comunicação
visual chamaria mais a atenção. Experimentei sair da página e tentar
encontrá-la no site, sem o link de acesso, não consegui. (A11)

Observam-se nos comentários os aspectos positivos acerca do Produto


Educacional e de sua aplicabilidade; entretanto, alguns avaliadores também
demonstram a preocupação quanto à disponibilização para o acesso da comunidade
escolar e outras formas de divulgação do Produto Educacional − considerando que o
site institucional ainda não possui layout que facilite o acesso da comunidade. A
sugestão de desenvolvimento de um instrumento de apoio à divulgação da coletânea,
como já mencionado na subseção 5.2, foi elaborado um folder, com as informações e
para acesso ao PE, por meio do QRCode − corroborando a sugestão do avaliador.
Cabe destacar ainda que, dentre o público selecionado para a avaliação do PE,
inicialmente não houve resposta dos discentes (Tabela 3). Dessa forma, após a
68

validação do PE pela banca de defesa, o questionário de avaliação do PE foi enviado


novamente para 25 (vinte e cinco) estudantes de dois campi distintos, juntamente com
as informações gerais sobre a pesquisa e o link do Produto Educacional.
Com o reenvio, buscou-se garantir a participação desse público na avaliação
final do PE, uma vez que os discentes são os principais beneficiários desta coletânea.
Essa participação teve como objetivo verificar os ajustes necessários no conteúdo,
para torná-lo mais relevante, além de identificar os pontos fortes e as fragilidades.
Desse modo, dos 25 estudantes convidados, 8 responderam ao questionário.
E assim, foi possível realizar a análise das respostas, conforme descrito a seguir.
De acordo com as respostas obtidas na primeira questão, 37,5% (3)
avaliadores descreveram a apresentação da coletânea como “Muito boa”, 25% (2)
como “Boa”, 25% (2) como “Razoável” e 12,5% (1) como “Excelente”.
Já com relação à questão 2, 62,5% (5) participantes “concordaram plenamente”
e 37,5% (3) “concordaram parcialmente” com a apresentação do PE, clareza nas
informações, escrita e disponibilidade dos vídeos. De forma complementar, na terceira
questão, elaborada com o objetivo de verificar se a coletânea favorece a disseminação
da Tecnologia Assistiva na comunidade escolar, dentre os participantes, 50% (4)
“concordaram plenamente” e 25% (2) “concordaram parcialmente”; no entanto, é
importante mencionar que 25% (2) dos participantes “discordaram parcialmente”.
No que se refere à quarta questão, elaborada com o propósito de averiguar se
a coletânea facilitou o acesso às ferramentas/recursos de Tecnologia Assistiva, 50%
(4) “concordaram plenamente”, enquanto 37,5% (3) “concordaram parcialmente” e
12,5% (1) “discordou plenamente”.
Quanto à questão 5, para os participantes avaliarem se o PE contribuirá para a
divulgação e utilização dos recursos e serviços de TA em sala de aula, 87,5% (7) dos
avaliadores “concordaram plenamente”, enquanto 12,5% (1) “concordou
parcialmente”.
Por fim, na questão aberta (última questão), 3 participantes deixaram seus
comentários, conforme apresentados a seguir:
Acredito que pode ser interessante palestras, projetos e didáticas mais
práticas, voltado para essa área. (E2)

Eu acho que está bom assim. (E4)


A coletânea está ótima. (E6)
69

É importante destacar que as respostas apresentadas pelos estudantes


refletem a diversidade de opiniões e experiências. Algumas pessoas possuem maior
facilidade com a tecnologia, adaptam-se facilmente aos novos produtos e inovações,
enquanto outras enfrentam inúmeros desafios. Dessa forma, a avaliação do PE pelos
estudantes foi crucial, pois eles são os usuários finais; por isso, o feedback busca
contribuir para o desenvolvimento de um PE que seja compreensível para todos.
Salienta-se que este Produto Educacional não pretende solucionar as
dificuldades encontradas pela ausência de conhecimento da Tecnologia Assistiva,
mas espera-se que possa ser um instrumento que estudantes, servidores e toda a
comunidade escolar tenham disponível para conhecer os recursos e serviços
existentes e disponíveis.
Finalizada a apresentação das etapas de elaboração, aplicação e avaliação do
Produto Educacional, a próxima seção compõe as considerações finais desta
pesquisa.
70

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta dissertação é o resultado do caminho percorrido pela pesquisadora no


ProfEPT, dos relatos de servidores recebidos enquanto gestora na Diretoria de
Políticas de Ingresso e Seleções.
Dessa forma, o desenvolvimento desta pesquisa teve como objetivo investigar
os recursos e serviços de TA disponíveis para a inclusão de pessoas com deficiência
que possam ser utilizados como auxílio no desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.
Para tanto, foram definidos os seguintes objetivos específicos: (i) apresentar e
discutir os referenciais teóricos relacionados à Educação Inclusiva, Educação
Profissional e Tecnológica e Tecnologia Assistiva (Cf. seção 2); (ii) compreender a
percepção dos docentes, equipes dos NAPNEs e gestores dos campi acerca da TA
(Cf. seção 4); (iii) identificar as ferramentas, os serviços e/ou as soluções disponíveis
que podem ser utilizados pelos docentes e/ou estudantes dos cursos do IFMT(Cf.
seção 4); e (iv) desenvolver um Produto Educacional — uma coletânea de recursos e
serviços de TA disponíveis (Cf. seção 5).
Nesse sentido, optou-se por uma pesquisa de campo, majoritariamente
qualitativa sobre a percepção dos seus participantes acerca do uso da TA no
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. Além disso,
foram verificados os tipos de recursos e serviços existentes e disponíveis na
instituição.
No entanto, antes de apresentar os resultados desta pesquisa, faz-se
necessário retomar as etapas realizadas ao longo do seu desenvolvimento.
Assim, no que tange ao aporte teórico, buscou-se apresentar os aspectos
históricos e da legislação da Educação Inclusiva no Brasil. Observou-se que, nas
últimas décadas (1988 a 2016), a inclusão de pessoas com deficiência no ensino
regular encontra-se respaldada legislação vigente. Isso ficou evidenciado ao se
constatar os dados apresentados pelos órgãos governamentais demonstram aumento
significativo de estudantes com deficiência matriculados no ensino regular.
Outra temática abordada relaciona-se à Educação Inclusiva no contexto do
IFMT. Foram apresentados os aspectos legais que dizem respeito à inclusão de
estudantes com deficiência na EPT, bem como a garantia de acesso ao trabalho.
Discutiu-se o caminho percorrido pelo IFMT em relação à elaboração do regramento
71

que assegurou o direito à reserva de vagas às pessoas com deficiência em processos


seletivos em todos os cursos ofertados pela instituição.
Posteriormente, o tema abordado foi a Tecnologia Assistiva na educação e sua
classificação em categorias, conforme apresentado na bibliografia. Ainda nessa
direção, foi explanado sobre a Tecnologia Assistiva na Educação Profissional e
Tecnológica, com destaque para alguns marcos importantes, como a Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência − Lei nº 13.146/2015 – e o Decreto nº 5.296/2004
(BRASIL, 2004). Também foram discutidas as primeiras iniciativas para
desenvolvimento e utilização de recursos de Tecnologia Assistiva na EPT, na
concepção de uma formação integral do estudante.
Com o propósito de responder aos objetivos específicos desta pesquisa,
identificou-se, primeiramente, o perfil dos seus participantes no que concerne à faixa
etária. Esse resultado evidenciou que 56% dos participantes da pesquisa (14
servidores) têm idade de 20 a 40 anos.
Posteriormente, realizada a análise das respostas dos participantes acerca dos
recursos e serviços de Tecnologia Assistiva. Esses dados foram elencados em 7
(sete) categorias temáticas de análise e 11(onze) subcategorias, a partir das quais
foram realizadas interpretações e inferências sobre os resultados.
Sendo assim, os dados apresentados evidenciaram que os servidores possuem
conhecimento da existência de recursos e serviços de Tecnologia Assistiva; da
mesma maneira, eles indicaram quais recursos estão disponíveis no campus em que
desenvolvem suas atividades. No entanto, constatou-se a utilização de poucos
recursos no desenvolvimento das atividades com os estudantes com deficiência.
Outro ponto enfatizado pelos participantes foram os relatos acerca da falta de
profissionais especializados, de uma política institucional e de preparação dos
servidores. Alguns respondentes demonstraram compreender as iniciativas
institucionais, contudo salientaram a importância de uma instituição se preparar para
o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
Além disso, verificou-se a necessidade de divulgação permanente dos recursos
e serviços existentes e disponíveis, já que os dados apresentados demonstram que a
divulgação ocorre uma ou duas vezes por ano. Esses dados foram confirmados
também pelas equipes dos NAPNEs, ao serem indagadas sobre a realização de
capacitações para divulgação dos recursos e serviços de Tecnologia Assistiva.
72

Ademais, é importante destacar à percepção das equipes dos NAPNEs a


respeito das contribuições da Tecnologia Assistiva. Em sua maioria, os participantes
relataram a importância dos recursos de TA para o processo ensino-aprendizagem.
Em suma, os dados apresentados nesta pesquisa demonstram que, apesar de
os servidores terem conhecimentos da existência dos recursos e serviços de
Tecnologia Assistiva, sua divulgação ainda não é contínua e sua utilização não é
contemplada pela maioria dos servidores. Em razão disso, verifica-se a relevância da
divulgação na comunidade escolar.
Dessa forma, como resultado desta pesquisa, foi criado o Produto Educacional,
intitulado “Coletânea de Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva”, com o qual se
buscou disponibilizar uma ferramenta simples, de acesso fácil, que possa ser utilizada
tanto pela comunidade acadêmica do IFMT como também pela comunidade externa.
Pretende-se, ainda, fomentar a discussão acerca da Educação Inclusiva na
instituição com vistas à criação do Núcleo de Ações Inclusivas (ou outras instâncias,
dentro da instituição) para incentivar o desenvolvimento e a utilização dos recursos e
serviços de TA, para apoio ao processo de ensino-aprendizagem.
Por fim, a partir do desenvolvimento dessa coletânea, espera-se oferecer ao
docente do IFMT e de outras instituições uma série de possibilidades para encontrar
ferramentas de auxílio ao desenvolvimento de suas atividades em sala de aula, de
forma a contribuir diretamente no desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem dos alunos com deficiência. Com isso, será possível auxiliar a inclusão
dos estudantes com deficiência, que terão nos recursos de TA uma forma de interação
e participação. E, por se tratar de uma página web, disponível no site oficial do IFMT,
poderá ser atualizada sempre que houver novas ferramentas e/ou novos serviços.
73

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que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de
dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
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78

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – docentes

Você está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) da pesquisa


intitulada “Tecnologia Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto
Federal de Mato Grosso”, que será conduzida pela discente do Programa do Mestrado
em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), Leila Cimone Teodoro Alves —
pesquisadora responsável pela pesquisa.
O estudo se destina a investigar os recursos e serviços de Tecnologia Assistiva
(TA) disponíveis para a inclusão de pessoas com deficiência, a fim de se elaborar uma
coletânea de TA para a utilização em sala de aula, como ferramentas de apoio ao
processo de Ensino-aprendizagem. Nesta pesquisa, pretende-se verificar a
percepção de docentes, gestores e equipe dos Núcleos de Atendimento às Pessoas
com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEs), quanto aos aspectos
pedagógicos da TA, identificando legislações voltadas à garantia dos direitos das
pessoas com deficiência.
Você foi convidado a participar desta pesquisa por ter ministrado aulas para
estudantes com deficiência, no Campus, entre o período de 2019 e 2021/1. Sua
participação consistirá em responder a um questionário semiestruturado on-line, por
meio da plataforma Google Forms, que será enviado ao seu e-mail. Dessa forma, você
não terá gastos nem receberá vantagens financeiras, ao participar da pesquisa.
Além disso, a qualquer tempo, você poderá retirar seu consentimento de
participar da pesquisa e isso não lhe trará qualquer penalidade e nem prejudicará a
forma com que é atendido(a) pela pesquisadora ou com a instituição.
Considerando que todas as pesquisas contêm riscos, é importante esclarecer
que nesta pesquisa, os incômodos e possíveis riscos à sua saúde física e/ou mental
são classificados como de gradação mínima, pois podem trazer/ocasionar algum
cansaço ou constrangimento ao responder a alguma pergunta do questionário. Nesse
sentido, para minimização deste risco, lhe será garantido: (i) a livre participação; (ii) o
anonimato; (iii) a não indução às respostas; e (iv) a mínima intervenção possível.
Em caso de eventual necessidade por danos decorrentes dos riscos da
pesquisa, a pesquisadora assumirá a responsabilidade em disponibilizar a assistência
psicológica de um profissional da área de acordo com as recomendações
estabelecidas na Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde.
79

Este Termo será apresentado para sua anuência antes de responder às


perguntas do questionário, por meio da plataforma Google Forms, e também será
disponibilizado em formato PDF, para que você possa guardar em seus arquivos uma
cópia deste TCLE eletrônico.
Por fim, é importante mencionar que esta pesquisa atende às normas éticas de
pesquisa com seres humanos e teve sua submissão aprovada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso
(CEP/IFMT), sob o parecer nº 5.103.502/2021.
Em caso de dúvidas ou esclarecimentos quanto às questões éticas desta
pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do IFMT
(CEP/IFMT), conforme as informações a seguir:
Telefone: (65) 3616-4180
E-mail: cep@ifmt.edu.br
Horário de atendimento da secretaria do CEP/IFMT: segunda a sexta-feira,
das 8h às 12h
Local de atendimento: Av. Senador Filinto Muller, nº 963, 1º andar – Bairro
Quilombo – Cuiabá/MT.

Também estão disponíveis, para os esclarecimentos que se fizerem


necessários, o endereço e o telefone da pesquisadora responsável pela pesquisa:
Nome da pesquisadora responsável: Leila Cimone Teodoro Alves
Telefone: <omitido para publicação>
E-mail: leila.alves@ifmt.edu.br
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato
Grosso (IFMT)
Endereço institucional: Av. Senador Filinto Muller, nº 963 – Bairro Quilombo
– Cuiabá/MT.

DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO

Declaro que fiz a leitura deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e


que concordo em participar desta pesquisa. Confirmo, ainda, ter compreendido todas
as informações constantes no documento e estar ciente de que sou livre para me
retirar da pesquisa a qualquer tempo, sem que haja quaisquer penalidades.

( ) Sim ( ) Não
_________________, ____ de_____________, de ____.
80

APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) - Gestores


(diretores gerais dos campi)

Você está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) da pesquisa


intitulada “Tecnologia Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto
Federal de Mato Grosso”, que será conduzida pela discente do Programa do Mestrado
em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), Leila Cimone Teodoro Alves —
pesquisadora responsável pela pesquisa.
O estudo se destina a investigar os recursos e serviços de Tecnologia Assistiva
(TA) disponíveis para a inclusão de pessoas com deficiência, a fim de se elaborar uma
coletânea de TA para a utilização em sala de aula, como ferramentas de apoio ao
processo de Ensino-aprendizagem. Nesta pesquisa, pretende-se verificar a
percepção de docentes, gestores e equipe dos Núcleos de Atendimento às Pessoas
com Necessidades Específicas (NAPNEs), quanto aos aspectos pedagógicos da TA,
identificando legislações voltadas à garantia dos direitos das pessoas com deficiência.
Você foi convidado a participar desta pesquisa por ser um gestor de um campus
que tem estudantes com deficiência, matriculados entre o período de 2019 e 2021/1.
Sua participação consistirá em responder a um questionário semiestruturado on-line,
por meio da plataforma Google Forms, que será enviado ao seu e-mail. Dessa forma,
você não terá gastos nem receberá vantagens financeiras, ao participar da pesquisa.
Além disso, a qualquer tempo, você poderá retirar seu consentimento de
participar da pesquisa e isso não lhe trará qualquer penalidade e nem prejudicará a
relação e/ou forma com que é atendido(a) pela pesquisadora ou com a instituição.
Considerando que todas as pesquisas contêm riscos, é importante esclarecer
que nesta pesquisa, os incômodos e possíveis riscos à sua saúde física e/ou mental
são classificados como de gradação mínima, pois podem trazer/ocasionar algum
cansaço ou constrangimento ao responder a alguma pergunta do questionário. Nesse
sentido, para minimização deste risco, lhe será garantido: (i) a livre participação; (ii) o
anonimato; (iii) a não indução às respostas; e (iv) a mínima intervenção possível.
Em caso de eventual necessidade por danos decorrentes dos riscos da
pesquisa, a pesquisadora responsável assumirá a responsabilidade em disponibilizar
a assistência psicológica de um profissional da área de acordo com as
recomendações estabelecidas na Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de
Saúde.
81

Este Termo será apresentado para sua anuência antes de responder às


perguntas do questionário, por meio da plataforma Google Forms, e também será
disponibilizado em formato PDF, para que você possa guardar em seus arquivos uma
cópia deste TCLE eletrônico. Por fim, é importante mencionar que esta pesquisa
atende às normas éticas de pesquisa com seres humanos e teve sua submissão
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Mato Grosso (CEP/IFMT), sob o parecer nº 5.103.502/2021.
Em caso de dúvidas ou esclarecimentos quanto às questões éticas desta
pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do IFMT
(CEP/IFMT), conforme as informações a seguir:
Telefone: (65) 3616-4180
E-mail: cep@ifmt.edu.br
Horário de atendimento da secretaria do CEP/IFMT: segunda a sexta-feira,
das 8h às 12h
Local de atendimento: Av. Senador Filinto Muller, nº 963, 1º andar – Bairro
Quilombo – Cuiabá/MT.

Também estão disponíveis, para os esclarecimentos que se fizerem


necessários, o endereço e o telefone da pesquisadora responsável pela pesquisa:
Nome da pesquisadora responsável: Leila Cimone Teodoro Alves
Telefone: <omitido para publicação>
E-mail: leila.alves@ifmt.edu.br
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato
Grosso (IFMT)
Endereço institucional: Av. Senador Filinto Muller, nº 963 – Bairro Quilombo
– Cuiabá/MT.

DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO

Declaro que fiz a leitura deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e


que concordo em participar desta pesquisa. Confirmo, ainda, ter compreendido todas
as informações constantes no documento e estar ciente de que sou livre para me
retirar da pesquisa a qualquer tempo, sem que haja quaisquer penalidades.

( ) Sim ( ) Não
_________________, ____ de_____________, de _____.
82

APÊNDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Equipe


dos NAPNEs

Você está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) da pesquisa


intitulada “Tecnologia Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto
Federal de Mato Grosso”, que será conduzida pela discente do Programa do Mestrado
em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), Leila Cimone Teodoro Alves —
pesquisadora responsável pela pesquisa.
O estudo se destina a investigar os recursos e serviços de Tecnologia Assistiva
(TA) disponíveis para a inclusão de pessoas com deficiência, a fim de se elaborar uma
coletânea de TA para a utilização em sala de aula, como ferramentas de apoio ao
processo de ensino-aprendizagem. Nesta pesquisa, pretende-se verificar a percepção
de docentes, gestores e equipe dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com
Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEs), quanto aos aspectos
pedagógicos da TA, identificando legislações voltadas à garantia dos direitos das
pessoas com deficiência.
Você foi convidado a participar desta pesquisa por ser servidor da equipe do
NAPNE de um Campus com estudantes com deficiência, matriculados entre o período
de 2019 e 2021/1. Sua participação consistirá em responder a um questionário
semiestruturado on-line, por meio da plataforma Google Forms, que será enviado ao
seu e-mail. Dessa forma, você não terá gastos nem receberá vantagens financeiras,
ao participar da pesquisa.
Além disso, a qualquer tempo, você poderá retirar seu consentimento de
participar da pesquisa e isso não lhe trará qualquer penalidade e nem prejudicará a
relação e/ou forma com que é atendido(a) pela pesquisadora ou com a instituição.
Considerando que todas as pesquisas contêm riscos, é importante esclarecer
que nesta pesquisa, os incômodos e possíveis riscos à sua saúde física e/ou mental
são classificados como de gradação mínima, pois podem trazer/ocasionar algum
cansaço ou constrangimento ao responder a alguma pergunta do questionário. Nesse
sentido, para minimização deste risco, lhe será garantido: (i) a livre participação; (ii) o
anonimato; (iii) a não indução às respostas; e (iv) a mínima intervenção possível.
Em caso de eventual necessidade por danos decorrentes dos riscos da
pesquisa, a pesquisadora responsável assumirá a responsabilidade em disponibilizar
a assistência psicológica de um profissional da área de acordo com as
83

recomendações estabelecidas na Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de


Saúde.
Este Termo será apresentado para sua anuência antes de responder às
perguntas do questionário, por meio da plataforma Google Forms, e também será
disponibilizado em formato PDF, para que você possa guardar em seus arquivos uma
cópia deste TCLE eletrônico.
Por fim, é importante mencionar que esta pesquisa atende às normas éticas de
pesquisa com seres humanos e teve sua submissão aprovada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso
(CEP/IFMT), sob o parecer nº 5.103.502/2021.
Em caso de dúvidas ou esclarecimentos quanto às questões éticas desta
pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do IFMT
(CEP/IFMT), conforme as informações a seguir:
Telefone: (65) 3616-4180
E-mail: cep@ifmt.edu.br
Horário de atendimento da secretaria do CEP/IFMT: segunda a sexta-feira, das
8h às 12h
Local de atendimento: Av. Senador Filinto Muller, nº 963, 1º andar – Bairro
Quilombo – Cuiabá/MT.

Também estão disponíveis, para os esclarecimentos que se fizerem


necessários, o endereço e o telefone da pesquisadora responsável pela pesquisa:
Nome da pesquisadora responsável: Leila Cimone Teodoro Alves
Telefone: <omitido para publicação>
E-mail: leila.alves@ifmt.edu.br
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato
Grosso (IFMT)
Endereço institucional: Av. Senador Filinto Muller, nº 963 – Bairro Quilombo
– Cuiabá/MT.

DECLARAÇÃO DE CONSENTIMENTO

Declaro que fiz a leitura deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e


que concordo em participar desta pesquisa. Confirmo, ainda, ter compreendido todas
as informações constantes no documento e estar ciente de que sou livre para me
retirar da pesquisa a qualquer tempo, sem que haja quaisquer penalidades.
( ) Sim ( ) Não
_________________, ____ de_____________, de ____.
84

APÊNDICE D – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Avaliação


do Produto Educacional – Servidores e Estudantes do IFMT

Você está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) da pesquisa


intitulada “Tecnologia Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto
Federal de Mato Grosso”, que será conduzida pela discente do Programa do Mestrado
em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), que será conduzido pela
pesquisadora Leila Cimone Teodoro Alves.
Esta pesquisa tem como objetivo investigar a Tecnologia Assistiva (TA)
disponíveis para a inclusão de pessoas com deficiência. Ademais, a partir desta
pesquisa foi desenvolvido o Produto Educacional — Coletânea de Recursos e
Serviços de Tecnologia Assistiva disponíveis para a utilização como apoio ao
processo de Ensino Aprendizagem. Isto posto, sua participação consistirá em acessar
a página do site com a coletânea e responder ao questionário para avaliação que
servirá para verificar a aplicabilidade do Produto Educacional.
Além disso, a qualquer tempo, você poderá retirar seu consentimento de
participar da pesquisa e isso não lhe trará qualquer penalidade e nem prejudicará a
relação e/ou forma com que é atendido(a) pela pesquisadora ou com a instituição.
Considerando que todas as pesquisas contêm riscos, é importante esclarecer
que nesta pesquisa, os incômodos e possíveis riscos à sua saúde física e/ou mental
são classificados como de gradação mínima, pois podem trazer/ocasionar algum
cansaço ou constrangimento ao responder a alguma pergunta do questionário. Nesse
sentido, para minimização deste risco, lhe será garantido: (i) a livre participação; (ii) o
anonimato; (iii) a não indução às respostas; e (iv) a mínima intervenção possível.
Em caso de eventual necessidade por danos decorrentes dos riscos da
pesquisa, a pesquisadora responsável assumirá a responsabilidade em disponibilizar
a assistência psicológica de um profissional da área de acordo com as
recomendações estabelecidas na Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de
Saúde.
Este Termo será apresentado para sua anuência antes de responder às
perguntas do questionário, por meio da plataforma on-line.
Por fim, é importante mencionar que esta pesquisa atende às normas éticas de
pesquisa com seres humanos e teve sua submissão aprovada pelo Comitê de Ética
85

em Pesquisa do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso


(CEP/IFMT), sob o parecer nº 5.103.502/2021
Em caso de dúvidas ou esclarecimentos quanto às questões éticas desta pesquisa,
você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do IFMT
(CEP/IFMT), conforme as informações a seguir:
Telefone: (65) 3616-4180
E-mail: cep@ifmt.edu.br
Horário de atendimento da secretaria do CEP/IFMT: segunda a sexta-feira,
das 8h às 12h.
Local de atendimento: Av. Senador Filinto Muller, nº 963, 1º andar – Bairro
Quilombo – Cuiabá/MT.
Também estão disponíveis, para os esclarecimentos que se fizerem
necessários, o endereço e o telefone da pesquisadora responsável pela pesquisa:
Nome da pesquisadora responsável: Leila Cimone Teodoro Alves
Telefone: <omitido para publicação>
E-mail: leila.alves@ifmt.edu.br
Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato
Grosso (IFMT).
Endereço Institucional: Av. Senador Filinto Muller, nº 963 – Bairro Quilombo
– Cuiabá/MT.

CONSENTIMENTO, APÓS ESCLARECIMENTO

Declaro que fiz a leitura deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e


que concordo em participar desta pesquisa. Confirmo, ainda, ter compreendido todas
as informações constantes no documento e estar ciente de que sou livre para me
retirar da pesquisa a qualquer tempo, sem que haja quaisquer penalidades.
Você consente em participar da pesquisa?

( ) Sim, eu consinto em participar da pesquisa.

( ) Não, concordo em participar da pesquisa.


86

APÊNDICE E – Declaração da Pesquisadora

Declaração da Pesquisadora

Eu, Leila Cimone Teodoro Alves, mestranda Programa de Pós-Graduação em


Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), ofertado pelo Instituto de Educação
Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – IFMT, declaro que, caso seja necessário, me
responsabilizo em assegurar os direitos dos participantes da pesquisa intitulada, “
Tecnologia Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto Federal de
Mato Grosso”, conforme previsto na Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional
de Saúde, no que se refere aos possíveis danos decorrentes da pesquisa.

Cuiabá - MT, 03 de novembro de 2021.

Leila Cimone Teodoro Alves


87

APÊNDICE F – Questionário para Coleta de Dados dos Docentes (População-


alvo)

Prezado(a) docente do IFMT,

Gostaria de convidá-lo(a) a participar da pesquisa intitulada “Tecnologia


Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto Federal de Mato
Grosso”, desenvolvida pela acadêmica Leila Cimone Teodoro Alves, do Programa do
Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), do Instituto Federal de
Mato Grosso, sob a orientação da Prof. Dra. Juliana Saragiotto Silva.
A pesquisa propõe-se a verificar a percepção de docentes, gestores e equipe
dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas (NAPNEs), quanto aos aspectos pedagógicos da Tecnologia Assistiva
(TA) no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes com deficiência.
Este questionário é composto por 10 (dez) perguntas, dessa forma, o seu
preenchimento terá duração de, no máximo, 15 minutos.
As informações desta pesquisa são de suma importância para identificação de
TA que estão sendo utilizadas no campus, bem como a produção de uma coletânea
de TA disponíveis e que podem ser utilizadas com o apoio no processo de ensino-
aprendizagem dos estudantes com deficiência da Educação Profissional e
Tecnológica.

1. Marque a opção que corresponde a sua faixa etária:


( ) 20 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( ) 41 a 50 anos
( ) 51 a 60 anos
( ) acima de 60 anos
( ) Prefiro não responder

2. Você tem conhecimento que existem recursos de Tecnologia Assistiva disponíveis


aos estudantes com deficiência?
( ) Sim
( ) Não
88

( ) Prefiro não responder

3. Quais os recursos de Tecnologia Assistiva estão disponíveis no Campus que você


exerce suas atividades? (pode marcar mais de uma opção).
( ) Cadeira de transporte.
( ) Caderno para escrita ampliada.
( ) Computador com programa para aluno com Deficiência Auditiva ou surdez.
( ) Computador com programa para aluno com Deficiência Visual ou cego.
( ) Dispositivos de ampliação óptica.
( ) Lupa eletrônica.
( ) Máquinas e impressoras em Braile.
( ) Monitores sensíveis ao toque.
( ) Mouses e emuladores de mouse.
( ) Notebook com programas para alunos com deficiência física.
( ) Recursos pedagógicos adaptados para leitura e escrita.
( ) Software para criação de pranchas de comunicação.
( ) Softwares para alunos com deficiência visual.
( ) Teclados alternativos (expandidos, reduzidos).
( ) Nenhuma das alternativas.
( ) Outros. ____________________________________________________
( ) Prefiro não responder.

4. No seu cotidiano, em sala de aula, você ou algum estudante utiliza (ou já utilizou)
algum recurso de TAs?
( ) Sim
( ) Não
( ) Prefiro não responder

4.1 Caso tenha respondido “Sim” na questão anterior, quais recursos vocês
utilizam/utilizaram?
_________________________________________________________________
( ) Prefiro não responder.
5. Como você percebe a inclusão de pessoas com deficiência no IFMT?
89

Caso prefira não responder, deixe a questão em branco.

6. Existe no Campus atividades para divulgação/capacitação das TAs existentes e


disponíveis, aos docentes e coordenadores de curso?
( ) Sim, no início do ano letivo;
( ) Sim, uma vez por semestre;
( ) Sim, sempre que aprovado pela equipe do NAPNE;
( ) Não
( ) Não me lembro
( ) Prefiro não responder

7. Quais habilidades ou recursos você considera essenciais para apoio ao processo


de Ensino-aprendizagem de estudantes com deficiência?
_________________________________________________________________
Caso prefira não responder, deixe a questão em branco.

Obrigada pela sua colaboração!


90

APÊNDICE G - Questionário para Coleta de Dados da Equipe dos NAPNEs


(População-alvo)

Prezado(a) participante,
Gostaria de convidá-lo(a) a participar da pesquisa intitulada “Tecnologia
Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto Federal de Mato
Grosso”, desenvolvida pela discente Leila Cimone Teodoro Alves, do Programa do
Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), do Instituto Federal de
Mato Grosso, sob a orientação da Prof. Dra. Juliana Saragiotto Silva.
A pesquisa propõe-se a verificar a percepção de docentes, gestores e equipe
dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas (NAPNEs), quanto aos aspectos pedagógicos da Tecnologia Assistiva
(TA) no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes com deficiência.
Este questionário é composto por 10 (dez) perguntas, dessa forma, o seu
preenchimento terá duração de, no máximo, 15 minutos.
As informações desta pesquisa são de suma importância para identificação dos
recursos de TA que estão sendo utilizadas no campus, bem como a produção de uma
coletânea de TA disponíveis e que podem ser utilizadas com o apoio no processo de
ensino-aprendizagem dos estudantes com deficiência da Educação Profissional e
Tecnológica.

1. Marque a opção que corresponde a sua faixa etária:


( ) 20 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( ) 41 a 50 anos
( ) 51 a 60 anos
( ) acima de 60 anos
( ) Prefiro não responder

2. Quais os recursos de Tecnologia Assistiva estão disponíveis no Campus que


exerce suas atividades? (pode marcar mais de uma opção).
( ) Cadeira de transporte.
( ) Caderno para escrita ampliada.
( ) Computador com programa para aluno com Deficiência Auditiva ou surdez.
91

( ) Computador com programa para aluno com Deficiência Visual ou cego.


( ) Dispositivos de ampliação óptica.
( ) Lupa eletrônica.
( ) Máquinas e impressoras em Braile.
( ) Monitores sensíveis ao toque.
( ) Mouses e emuladores de mouse.
( ) Notebook com programas para alunos com deficiência física.
( ) Recursos pedagógicos adaptados para leitura e escrita.
( ) Software para criação de pranchas de comunicação.
( ) Softwares para alunos com deficiência visual.
( ) Teclados alternativos (expandidos, reduzidos).
( ) Nenhuma das alternativas.
( ) Outros. ____________________________________________________
( ) Prefiro não responder.

3. Para o atendimento e acompanhamento do estudante com deficiência, a equipe


do NAPNE utiliza (ou já utilizou) algum recurso de TA?
( ) Sim
( ) Não
( ) Prefiro não responder

3.1 Caso tenha respondido “Sim” na questão anterior, quais recursos vocês
utilizam/utilizaram?
_________________________________________________________________
( ) Prefiro não responder.

4. Na sua opinião, que contribuições a utilização da TA pode trazer para o


desenvolvimento e aprendizagem do estudante com deficiência? Caso prefira não
responder, deixe a questão em branco.
( ) Sim
( ) Não
( ) Prefiro não responder
5. Como você percebe a inclusão de pessoas com deficiência no IFMT? Caso prefira
não responder, deixe a questão em branco.
92

6. Considerando que um dos objetivos do NAPNE é promover a inclusão de pessoas


com necessidades Educacionais específicas no IFMT e no mundo do trabalho, existe
no Campus, atividades do NAPNE para divulgação/capacitação dos recursos de TA
existentes e disponíveis, aos docentes e coordenadores de curso?
( ) Sim, no início do ano letivo;
( ) Sim, uma vez por semestre;
( ) Sim, sempre que aprovado pela equipe do NAPNE;
( ) Não
( ) Prefiro não responder

7. Caso a equipe do NAPNE realize atividades para divulgação/capacitação das TAs


existentes e disponíveis, aos docentes e coordenadores de curso, como estas são
realizadas?

( ) Prefiro não responder.

8. A instituição já promoveu cursos ou possibilitou aos servidores do NAPNE a


realizarem cursos de capacitação referente aos recursos e serviços de TA?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não me lembro
( ) Prefiro não responder

9. Considerando que a Tecnologia Assistiva caracteriza-se por equipamentos,


ferramentas, serviços e recursos, com intuito de minimizar as dificuldades cotidianas
de pessoas com deficiência, inclusive no ambiente escolar. Neste contexto, você
considera que o Campus a qual desenvolve suas atividades, é acessível
(equipamentos e infraestrutura) e inclusivo? Justifique. Caso prefira não responder,
deixe a questão em branco.
_________________________________________________________________
( ) Prefiro não responder

Obrigada pela sua colaboração!


93

APÊNDICE H – Questionário para Coleta de Dados dos Diretores Gerais


(População-alvo)

Prezado(a) Diretor Geral,

Gostaria de convidá-lo(a) a participar da pesquisa intitulada “Tecnologia


Assistiva para inclusão de pessoas com deficiência no Instituto Federal de Mato
Grosso”, desenvolvida pela discente Leila Cimone Teodoro Alves, do Programa do
Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), do Instituto Federal de
Mato Grosso, sob a orientação da Prof. Dra. Juliana Saragiotto Silva.
A pesquisa propõe-se a verificar a percepção de docentes, gestores e equipe
dos Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas (NAPNEs), quanto aos aspectos pedagógicos da Tecnologia Assistiva no
processo ensino e aprendizagem dos estudantes com deficiência.
Este questionário é composto por 10 (dez) perguntas, dessa forma, o seu
preenchimento terá duração de, no máximo, 15 minutos.
As informações desta pesquisa são de suma importância para identificação dos
recursos e serviços de TA que estão sendo utilizadas no campus, bem como a
produção de uma coletânea de TA disponíveis e que podem ser utilizadas com o apoio
no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes com deficiência da Educação
Profissional e Tecnológica.

1. Marque a opção que corresponde a sua faixa etária:


( ) 20 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( ) 41 a 50 anos
( ) 51 a 60 anos
( ) acima de 60 anos
( ) Prefiro não responder

2. Como você percebe a inclusão de pessoas com deficiência no IFMT? Caso prefira
não responder, deixe a questão em branco.
________________________________________________________________
94

3. Na sua opinião, que contribuições a utilização da TA pode trazer para o o


desenvolvimento do estudante com deficiência? Caso prefira não responder, deixe a
questão em branco.
( ) Não
( ) Algumas vezes
( ) Frequentemente
( ) Sempre
( ) Prefiro não responder

4. Quais os recursos de Tecnologia Assistiva estão disponíveis no Campus para


utilização de docentes e estudantes como apoio pedagógico as atividades? (pode
marcar mais de uma opção)
( ) Cadeira de transporte.
( ) Caderno para escrita ampliada.
( ) Computador com programa para aluno com Deficiência Auditiva ou surdez.
( ) Computador com programa para aluno com Deficiência Visual ou cego.
( ) Dispositivos de ampliação óptica.
( ) Lupa eletrônica.
( ) Máquinas e impressoras em Braile.
( ) Monitores sensíveis ao toque.
( ) Mouses e emuladores de mouse.
( ) Notebook com programas para alunos com deficiência física.
( ) Recursos pedagógicos adaptados para leitura e escrita.
( ) Software para criação de pranchas de comunicação.
( ) Softwares para alunos com deficiência visual.
( ) Teclados alternativos (expandidos, reduzidos).
( ) Nenhuma das alternativas.
( ) Prefiro não responder.
( ) Outros. ____________________________________________________

5. Existe no Campus atividades para divulgação/capacitação das TAs existentes e


disponíveis, aos docentes e coordenadores de curso?
( ) Sim, no início do ano letivo;
( ) Sim, uma vez por semestre;
95

( ) Sim, sempre que aprovado pela equipe do NAPNE;


( ) Não
( ) Não me lembro
( ) Prefiro não responder

6. Quais recursos você considera essenciais para que a instituição possa realizar uma
inclusão efetiva dos estudantes com deficiência? Caso prefira não responder, deixe
a questão em branco.
_________________________________________________________________

7. Após a aprovação da Resolução nº 035 de 25 de junho de 2018, que garante a


reserva de vagas a pessoas com deficiência nos cursos do IFMT, que tipos de
investimentos o campus realizou para a aquisição de TA para o atendimento às
pessoas com deficiência? Caso prefira não responder, deixe a questão em branco.
_______________________________________________________________

8. Considerando que a Tecnologia Assistiva caracteriza-se por equipamentos,


ferramentas, serviços e recursos, com intuito de minimizar os problemas cotidianos
de pessoas com deficiência, inclusive no ambiente escolar. Neste contexto, você
considera que o Campus a qual desenvolve suas atividades, é acessível
(equipamentos e infraestrutura) e inclusivo? Justifique. Caso prefira não responder,
deixe a questão em branco.
_________________________________________________________________
( ) Prefiro não responder

Obrigada pela sua colaboração!


96

APÊNDICE I – Questionário para Avaliação do Produto Educacional

Questionário para avaliação do Produto Educacional denominado “Coletânea


de Recursos e Serviços de Tecnologia Assistiva” disponíveis para a utilização
como apoio ao processo de Ensino-Aprendizagem vinculada à pesquisa do Mestrado
em Educação Profissional e Tecnológica, intitulada “Tecnologia Assistiva para
inclusão de pessoas com deficiência no Instituto Federal de Mato Grosso”, sob
responsabilidade da discente Leila Cimone Teodoro Alves.
O Produto Educacional foi desenvolvido em formato de página de site, com
intuito de disponibilizar a comunidade escolar uma ferramenta de fácil acesso,
divulgação e utilização. Assim, a finalidade deste instrumento, composto por 6 (seis)
questões é, avaliar a aplicabilidade desta coletânea.

A sua participação não é obrigatória, porém muito importante!

1) No que se refere a apresentação, aspecto visual da coletânea, a forma de


encontrar as informações, você considera?
( ) Excelente
( ) Muito boa
( ) Boa
( ) Razoável
( ) Ruim
( ) Não quero responder

2) No quesito clareza das informações, escrita e disponibilidade de vídeos, pode-se


afirmar que facilita o entendimento dos estudantes e docentes?
( ) Concordo plenamente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo plenamente
( ) Discordo parcialmente
( ) Não concordo e nem discordo
( ) Não quero responder
97

3) A proposta suscitada pela coletânea favorece a disseminação dos recursos e


serviços de Tecnologia Assistiva na comunidade escolar?
( ) Concordo plenamente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo plenamente
( ) Discordo parcialmente
( ) Não concordo e nem discordo
( ) Não quero responder

4) A coletânea facilitou o acesso as ferramentas/recursos de Tecnologia Assistiva?


( ) Concordo plenamente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo plenamente
( ) Discordo parcialmente
( ) Não concordo e nem discordo
( ) Não quero responder

5) Pode-se concluir que, este Produto Educacional contribuirá para a divulgação e


utilização da Tecnologia Assistiva em sala de aula?
( ) Concordo plenamente
( ) Concordo parcialmente
( ) Discordo plenamente
( ) Discordo parcialmente
( ) Não concordo e nem discordo
( ) Não quero responder

6) Espaço para que você faça comentários ou sugestões de melhorias da Coletânea,


que julgue necessário.

O presente questionário foi adaptado de:


OLIVEIRA, F. A. C. A evasão escolar no ensino médio Técnico Profissionalizante:
um estudo de caso do Instituto Federal Goiano − Ceres 2019. Dissertação (Mestrado
em Educação Profissional e Tecnológico). Instituto Federal Goiano, Morrinhos.
98

APÊNDICE J – Folder do Produto Educacional – COLETÂNEA DE RECURSOS E


SERVIÇOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
Coletânea de Recursos e Serviços
d e Te c n o l o g i a A s s i s t i va

AMPLIAÇÃO VISUAL
E RECURSOS DE
TRADUÇÃO

TECNOLOGIAS ABORDADAS

Lupa Eletrônica Digital Software para celular que


Portátil - auxílio baixa visão transforma o texto digitado

Software ampliador de tela Livros, e-books e HQs com


tradução em Libras
FUNÇÃO AUDITIVA
E RECURSOS DE Material gráfico com texturas, Acessibilidade linguística
relevos e outras ferramentas e comunicacional
TRADUÇÃO
Software leitor de tela O Tradutor e intérprete de
Libras no IFMT

Material gráfico com texturas, Jogo de xadrez tátil, jogo de


relevos e outras ferramentas dama e trilha adaptados

Teclado para baixa visão Adaptação de esportes

Ca teg o ria d o Prod uto Edu ca cional:


Míd ias Educa cio n a is
Au tores:
Leila Cim on e Teod oro A lves (Me stran da)
Profa. Dra. Juliana Sara g iotto Silva (Orie n ta do ra )
Este Produto Educacional está vinculado à dissertação do
Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT),
intitulada “A Tecnologia Assistiva para a inclusão de pessoas
ESPORTE E LAZER com deficiência no Instituto Federal de Mato Grosso”.

Co la b ora ç ã o na e s tr u tu ra çã o d a pá g i n a
WEB d a cole t â n ea:
Samue l O live ira S i l va B i a n ch

Pro d u ç ã o e Ed iç ã o d e v í d e o :
An de rs o n O ly m p io U m b e l i n o d e L i m a Para mais informações

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