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PROMOVENDO A EDUCAÇÃO Resumo: Educação é direito legal que deve contribuir

para formação humana integral e para a construção


PREVIDENCIÁRIA DOS de uma sociedade justa e democrática. O objetivo
desse trabalho é descrever e discutir como desenvolver
TRABALHADORES: ESTRATÉGIAS estratégias que contemplem conteúdos de educação
previdenciária para trabalhadores a fim de contribuir
DE VÍDEOS INFORMATIVOS PARA A para formação crítica e reflexiva. A pesquisa, de
FORMAÇÃO CIDADÃ natureza qualitativa, estabeleceu-se em 4 etapas:
investigação dos conteúdos a serem ensinados,
construção do roteiro de vídeos informativos, sua
produção e apresentação e, avaliação com especialistas.
Os vídeos abordam seguridade social e regime de
PROMOTING WORKERS’ SOCIAL previdência complementar. A avaliação dos vídeos teve
como critérios: qualidade técnica e potencial educativo
SECURITY EDUCATION: INFORMATIVE da ferramenta, e se deu em dois momentos. Conclui-se
que a educação previdenciária ainda se configura como
VIDEOS STRATEGIES FOR CITIZENS importante campo a ser pesquisado para a formação de
trabalhadores na perspectiva da formação integral.
Palavras-chave: Educação Previdenciária. Formação de
trabalhadores. Vídeos educativos.
Cinthia de Andrade Pereira 1 Abstract: Education is a legal right that must contribute
Michele Waltz Comarú 2 to integral human formation and the construction of a
just and democratic society. The objective of this work
is to describe and discuss how to develop strategies
that include social security education content for
workers in order to contribute to critical and reflective
training. The research, of a qualitative nature, was
established in 4 stages: investigation of the contents to
be taught, construction of the informative video script,
its production and presentation and evaluation with
specialists. The videos cover social security and the
supplementary pension scheme. The evaluation of the
videos had as criteria: technical quality and educational
potential of the tool and took place in two moments. It is
concluded that social security education is still configured
as an important field to be researched for the training of
workers from the perspective of comprehensive training.
Keywords: Social Security Education. Training of
workers. Educational videos.

Assistente Social do Colégio Pedro II – campus Realengo I e mestre em 1


Educação Profissional e Tecnológica.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/5923857204276987.
E-mail:cinthiaseso@gmail.com

Docente do Mestrado Profissional em Educação Profissional e 2


Tecnológica (ProfEPT) do Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus
Mesquita.Lattes: http://lattes.cnpq.br/8367583010905346.
E-mail: michele.comaru@ifrj.edu.br
306 Revista Humanidades e Inovação v.8, n.53

Introdução
A educação, a saúde e a previdência social são direitos garantidos por lei com o ob-
jetivo de contribuir para a formação humana integral dos cidadãos e para a construção de
uma sociedade justa, democrática e inclusiva (BACCHA; SCHWARTZMAN, 2011; BRASIL, 1988;
SAVIANI, 1986). No entanto, determinados conceitos, aspectos e reflexões sobre tais direitos,
necessários à formação do trabalhador para que este se torne sujeito consciente de sua condi-
ção social, não fazem parte do currículo da educação formal no Brasil. Dentre esses conceitos,
pode-se destacar a Previdência Social (FREITAS, 2013). Frente a isso, o objetivo desse trabalho
é descrever e discutir como desenvolver estratégias, neste caso vídeos educacionais, que con-
templem os conteúdos de educação financeira e previdenciária para os trabalhadores a fim de
contribuir para sua formação crítica e reflexiva.
Uma “onda reformista” dos sistemas previdenciários se consolidou na América Latina a
partir da década de 1980, e, desde então, mais de uma dezena de países passou por reformas
de seus sistemas começando com o Chile, em 1981 (TAFNER; GIAMBIAGI, 2011). No Brasil, as
reestruturações da seguridade social iniciaram em meados da década de 1990, após a regula-
mentação da Constituição, na contramão do que já havia sido conquistado como direito, ini-
ciando o que Behring e Boschetti chamaram de contrarreforma - “reformas orientadas para o
mercado, num contexto em que os problemas no âmbito do Estado brasileiro eram apontados
como causas centrais da profunda crise econômica e social vivida pelo país desde o início dos
anos 1980”, fenômeno este que retira e/ou modifica direitos trabalhistas e previdenciários.
(BEHRING; BOSCHETTI, 2006, p.148)
Mota apresentou uma análise do processo de reestruturação da seguridade social, como
parte do pacote de reformas neoliberais para enfrentamento da crise econômica, cunhando
o termo “cultura da crise”. A autora construiu a hipótese de que as tendências da seguridade
social brasileira, a partir dos anos 80, expressavam o movimento de formação de uma cultura
política da crise, que é marcada pelo pensamento privatista e pela constituição do “cidadão-
-consumidor” (MOTA, 2007, p. 213).
Muito foi discutido em relação à Reforma da Previdência Social no Brasil até a aprova-
ção da mesma. As opiniões divergiram, uns eram favoráveis, outros mostravam-se contrários.
Dentre outras coisas, a maior divergência girava em torno do suposto déficit previdenciário.
Puty e Gentil (2017), se apresentaram contrários ao discurso do “déficit”. Entendiam que
o problema demográfico existia, mas identificaram pontos de erros nos cálculos da projeção
das receitas e despesas previdenciárias, uma vez que a carga de fatores imprevisíveis tornava
vulnerável o determinismo das projeções elaboradas pelo governo. Destacaram a importância
do acesso à informação de forma transparente para a tomada de decisões num contexto polí-
tico de disputa sobre as bases de uma reforma do sistema previdenciário, que afeta a vida de
todos. Gentil (2019) ainda afirmou que as pessoas precisam de educação financeira para não
serem enganadas pelas administradoras.
O economista Aloisio Araújo defendeu que o governo concentrasse seu capital político
na reforma da Previdência, para reequilibrar as contas públicas, diminuir os gastos com a pre-
vidência, garantir flexibilidade financeira e realizar investimentos em outras áreas, também im-
portantes (ARAÚJO, 2019). Ou seja, a reforma da previdência é justificada pela ideia de que os
custos previdenciários brasileiros têm crescido consistentemente desde o final dos anos 1980,
constituindo-se, no final dos anos 2000, no principal item de despesa do orçamento da União
(TAFNER; GIAMBIAGI, 2011). Mantidas as regras operacionais de nosso sistema, essa situação
tende a se agravar. Por essa razão, diversos pesquisadores têm discutido o tema e proposto
aprimoramentos (FREITAS, 2012, 2013; LOBATO, 2016; TAFNER; GIAMBIAGI, 2011;). Também
no âmbito do governo essa discussão tem sido feita. No entanto, a forma como as informações
sobre essas mudanças chega ao trabalhador se dá ou por meios institucionais (propagandas do
governo) ou por meios não formais das mais variadas fontes – confiáveis ou não-confiáveis –
com fins igualmente duvidosos.
Assim, vídeos instrucionais divulgados em mídias sociais se tornaram importantes ins-
trumentos de disseminação de informações e os ambientes virtuais, campo de debates fre-
quentemente rasos e, com algumas poucas exceções, voltados para defender interesses muito
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diferentes daqueles da classe trabalhadora.

Vídeos como recursos educacionais em redes sociais


Os educadores utilizam diversos recursos visuais para facilitar a compreensão dos estu-
dantes há muito tempo (BELLONI, 2002). Neste sentido, o que mudou foi a inserção da tecnolo-
gia e das redes, não somente na vida cotidiana como também na esfera da educação. Estamos
em uma era digital, na qual a tecnologia está muito presente em nosso dia a dia.
As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação – NTICs
possuem a interatividade como principal característica e por
isso facilitam o processo cognitivo, já que conseguem acelerar
o raciocínio humano através da combinação de dois ou mais
meios de informação. Este e outros incontestáveis atributos
estão transformando os recursos tecnológicos em eficazes
ferramentas pedagógicas. Agregando características como
dinamismo e fácil acesso (OLIVEIRA, 2016, p.2).

A obra áudio visual promove, com sua interação de imagens, música e texto falado (e
também efeitos sonoros) a formação de unidade expressiva indissolúvel e, assim, o audiovisual
revela uma identidade própria, ou seja, de uma linguagem que o torna singular e extremamen-
te sedutor (SILBIGER, 2005, p. 377). Ainda refletindo sobre tecnologias e recursos, pesquisa-
dores apontam que é possível construir vídeos didáticos que contribuam com o processo de
ensino-aprendizagem, pois os recursos disponíveis nesta linguagem, caráter narrativo e áudio
visual, podem aproximar o aprendiz do conteúdo e cativar sua atenção (BAHIA, 2015). No que
diz respeito ao processo de aprendizado promovido pelo audiovisual, o vídeo pode estimular
uma forma de conhecimento ao acionar operações articuladas de memória, atenção, raciocí-
nio e imaginação (SILBIGER, 2005).
O estudo sobre o uso das redes sociais em contexto educacional é recente, teve início
em meados dos anos 2000 e seu pico de estudos entre 2008 e 2011 (DOCKHORN, 2020). Um
importante aliado no ato de educar através das mídias – ou seja, num contexto não formal - é o
Youtube®, um site/rede social que possibilita a publicação e o compartilhamento de vídeos em
formato digital (OLIVEIRA, 2016). Essa ferramenta permite o acesso e produção de conteúdo,
sendo considerada uma exitosa ferramenta de ensino-aprendizagem (OLIVEIRA, 2016).
Processos educacionais inovadores costumam explorar tecnologias emergentes como
ferramentas novas ou aprimoradas para melhorar a instrução e aprendizagem e, neste contex-
to, redes sociais (por exemplo: Facebook, YouTube, MySpace, Linkedin, TikTok e Twitter) sur-
giram como ambientes prósperos de comunicação pessoal e de aprendizagem. A onipresença
das mídias sociais nas escolas também está transformando as formas com as quais os alunos
se comunicam, colaboram e aprendem (LOPES et. al., 2017; TESS, 2013). Portanto, a disponibi-
lidade de dispositivos como smartphones, junto com o uso de mídias sociais, cria oportunida-
des para promover a aprendizagem colaborativa e permite uma aprendizagem mais dinâmica
(GIKAS; GRANT, 2013; LOPES et al., 2017).

Produzindo vídeos para Educação Previdenciária


A preocupação com a disseminação de informações tendenciosas sobre previdência so-
cial – e sua reforma – nos levou a refletir sobre como nós, educadores, poderíamos contribuir
para a construção de uma legítima e comprometida educação previdenciária, mirando como
alvo os trabalhadores em geral. Assim, definimos usar o YouTube como ambiente de divulga-
ção de um conjunto de vídeos didáticos instrucionais a serem desenvolvidos num ambiente
especializado e com roteiro cuidadosamente validado e credibilizado. Como existem diversos
gêneros de vídeos, cada um com finalidades específicas, elegemos nesse contexto de investi-
gação, animações com uso de elementos gráficos com narração, nos quais se aproveitam as
potencialidades das linguagens visual e sonora. Nesse gênero os elementos gráficos aparecem,
movimentam-se e desaparecem da tela em sincronia com a narração.
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Dividimos o trabalho em 4 etapas metodológicas: (1) Identificação dos conteúdos acerca


de previdência social que poderiam ser apresentados nos roteiros dos vídeos; (2) Construção
de um plano de abordagem considerando os conteúdos elencados de acordo com o referencial
teórico das bases conceituais da Educação Profissional e Tecnológica (EPT)1; (3) Desenvolvi-
mento técnico dos vídeos para ser postado em um canal no YouTube e; (4) Avaliação dos vídeos
por trabalhadores especialistas na área de previdência social (FIGURA 1). Trata-se, portanto, de
uma pesquisa de campo do tipo estudo de caso de abordagem qualitativa (GIL, 2008).

Figura1. Etapas do desenvolvimento da ferramenta (vídeos educacionais) sobre educa-


ção previdenciária

Fonte: Elaborado pelas autoras.

Para definirmos quais seriam os primeiros tópicos a serem abordados na produção dos
vídeos foi realizada uma coleta de dados junto a trabalhadores especialistas da área de pre-
vidência social. A escolha foi direcionada por uma perspectiva de que empresas (públicas ou
privadas) de previdência lidam constantemente com dúvidas dos trabalhadores/participan-
tes/aposentados e, portanto, poderiam nos informar de forma mais direta aqueles tópicos
cuja ênfase seria não só importante como também esclarecedora e útil. Assim selecionamos
6 (seis) profissionais2 do SERPROS Fundo Multipatrocinado, uma Entidade Fechada de Pre-
vidência Complementar sem fins lucrativos, autorizada a funcionar pela PREVIC - autarquia
vinculada ao Ministério da Economia – e com a finalidade de administrar planos de benefícios
previdenciários (SERPROS, 2019).
Os profissionais em questão atuam em diversas gerências da instituição. Dois na Ge-
rência de Relacionamento e os demais nas seguintes: Gerência de Pessoas, Gerência Adminis-
trativa, Gerência de Comunicação Institucional e Gerência de Benefícios Atuarial. A ideia era
de que a coleta de dados nos ajudasse a compreender quais são os principais déficits de in-
formação/conteúdo que os participantes e potenciais participantes dos Planos de Previdência
Complementares administrados pelo SERPROS Fundo Multipatrocinado têm acerca de direito
previdenciário e educação financeira.
Assim, em reunião virtual (em função do cenário pandêmico vivido no momento histó-
rico do desenvolvimento desse estudo) foi interrogado: Quais temas vocês consideram funda-
mentais para serem apresentados por meio de vídeo aos participantes dos planos oferecidos
pelo SERPROS?
Os participantes destacaram as seguintes dúvidas como fundamentais para serem ex-
ploradas nos vídeos: (a) Quais as principais diferenças da previdência complementar aberta e
fechada; (b) Como utilizar o simulador para saber o valor da contribuição e o benefício estima-
do; (c) Quais as vantagens de aderir ao plano de previdência; (d) O que é paridade contributiva;
(e) Como posso aumentar a minha contribuição.

1 Chamamos aqui Bases conceituais da EPT o conceito de Formação Cidadã de Paulo Freire (FREIRE, 2002, p.21),
o conceito de Educação pelo trabalho e o pensamento histórico-dialético de Demerval Saviani (SAVIANI, 2007) e
o conceito de Educação Integral proposto por Marise Ramos (2014), Gaudêncio Frigotto e Maria Ciavatta (2012).
2 Todos os procedimentos éticos foram realizados, incluindo consentimento livre e esclarecido dos sujeitos por
meio de instrumento de autorização. Essa pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa do Instituto
Federal do Rio de Janeiro (número do parecer 3.628.268).
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Diante disto, considerando os objetivos desta pesquisa, realizamos análise de conteúdo


do material registrado durante a reunião e leitura de um documento disponibilizado pelos
especialistas3. Identificamos que três objetivos específicos do referido documento estavam
em consonância com a pesquisa aqui proposta. São eles: Difundir os conceitos da previdência
complementar, promovendo o fomento da cultura previdenciária; orientar participantes du-
rante o período contributivo e de recebimento de benefício, garantindo resultados positivos
na renda futura e qualidade de vida pessoal e familiar e; Educar financeiramente para que as
famílias melhorem sua saúde financeira.
Considerando as recentes alterações geradas pela Reforma da Previdência na Seguri-
dade Social, além da dificuldade de acesso e compreensão das informações, definimos que
abordaríamos Seguridade Social e Regime de Previdência Complementar (RPC) como temas
centrais dos vídeos a serem produzidos. A decisão é importante, pois, conforme apresenta-
do por Furlaneyo (2019), para Morin “resistir às incertezas é parte da educação”. Além disso,
tendo como referência Gadotti (2009), a educação deve ser integral e integrada a realidade e
Saviani (2007) que afirma que a relação entre educação e trabalho é histórica, os temas defini-
dos estão diretamente ligados ao trabalho e a formação integral, uma vez podem contribuir na
perspectiva do efetivo exercício da cidadania.
Construímos os roteiros dos vídeos, com base no “VÍDEO DIDÁTICO: um guia para o pro-
fessor” de Ana Beatriz Bahia. Segundo Bahia (2015), além da definição de gênero do produto,
é preciso escrever uma síntese, de até duas laudas e construir um roteiro descrevendo cada
detalhe, figura e movimento da animação.
O Programador Visual Ronald Souza e o radialista e locutor Ruy Jobim foram contratados
para a parte técnica de elaboração e produção dos vídeos. Para a construção da síntese e do
roteiro, foi necessário o aprofundamento teórico e de conteúdo dos dois temas selecionados.
Desenvolvemos os dois instrumentos, síntese e o roteiro, resumindo conceitos, apontando
situações concretas, buscando estabelecer relação com a realidade, utilizando linguagem sim-
ples e tomando cuidado com o tempo do vídeo e entre as “telas”. Segundo Bahia (2015), os
vídeos podem ter no máximo 8 minutos de duração, porque a atenção de quem está assistindo
diminui à medida que o mesmo se prolonga. Também é ressaltada por Bahia (2015) a impor-
tância do cuidado com o ritmo da narração, o que justificou a contratação de um radialista.
Enviamos a síntese do conteúdo e os dois roteiros, compostos por duas laudas cada,
para o Programador Visual. Durante o período de produção dos vídeos, cerca de 45 dias cor-
ridos, foram realizados contatos frequentes com o profissional, objetivando identificar as ilus-
trações que comporiam o vídeo e esclarecer dúvidas no que tange ao alinhamento de figuras
e conteúdo.
A decisão pela técnica e ferramentas utilizadas foi realizada acatando a sugestão do pro-
gramador gráfico. Os vídeos foram criados com a técnica motion graphics, em português signi-
fica grafismo em movimento – trata-se de uma técnica de design gráfico que mescla princípios
de design, animação, vídeo e cinema, gerando um grande impacto visual. Em geral, engloba
movimento, rotação ou dimensionamento de imagens, vídeo e texto ao longo do tempo na
tela, geralmente acompanhados por uma trilha sonora (SOARES, 2019).
As ilustrações foram feitas no software Adobe Illustrator com desenhos vetoriais, que
se baseiam em expressões matemáticas. São desenhos criados a partir do uso de pontos, li-
nhas, curvas e formas ou polígonos. Algumas ilustrações foram vetorizadas em cima de ima-
gens preexistentes com ou sem alterações em relação ao original (ESTRELLA, 2014).
Para a animação do vídeo, foi utilizado o software Adobe After Effects e técnica Keyfra-
mes são os momentos mais importantes de uma animação. É através desses momentos que se
apresentam as mudanças nas ações de um personagem, por exemplo. Em Motion Graphics, ou
na Animação Digital, eles atuam da mesma maneira — os keyframes determinam o que muda
em relação à pose ou momento anterior, e é neles que a animação é realmente construída
(SILVEIRA, 2017).

3 Trata-se de um esboço da proposta de Programa de Educação Financeira e Previdenciária do próprio SERPROS


(o que demonstra como a educação previdenciária dos trabalhadores é um assunto em voga e visto como
fundamental também para as empresas que lidam com previdência).
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Vídeos educativos produzidos e sua avaliação


O primeiro vídeo produzido tem duração de 2 minutos e 57 segundos. Ao longo dele
apresentamos o que é Seguridade Social, abordando de forma breve três pilares que a com-
põe: saúde, assistência social e previdência social. Em seguida, exemplificamos previdência
social com informações sobre pensão por morte, auxílio doença, auxílio acidente e licença ma-
ternidade. Além disso, apresentamos as principais mudanças proporcionadas pela Reforma da
Previdência em relação cálculo desses benefícios e detalhamos as que modificaram os critérios
para a aposentadoria, como aumento da idade mínima para mulher e tempo de contribuição
mínima para homens, além do aumento para todos os que desejarem se aposentar com o teto
do INSS. Todas as informações contidas nos roteiros foram cuidadosamente selecionadas de
fontes que trazem confiabilidade e compromisso com o real cenário da reforma previdenci-
ária brasileira (AFNER; GIAMBIAGI, 2011; BASHA; SCHWARTZMAN, 2011; BOSCHETTI, 2006;
BRASIL – Ministério da Previdência Social, 2018; GENTIL, 2019). Ao final, buscamos estimular a
participação de quem assistiu ao vídeo sugerindo que curta, comente e/ou compartilhe o link.
VÍDEO 1: http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/599070.
O segundo vídeo tem duração de 2 minutos e 17 segundos. Retoma brevemente as mu-
danças ocorridas com a Reforma da Previdência e apresenta, de forma sucinta e clara, informa-
ções sobre a Previdência Complementar, buscando esclarecer algumas dúvidas levantadas pe-
los profissionais do SERPROS durante reunião descrita anteriormente. Apontamos que existem
formas de investimento a curto, médio e longo prazos. Apresentamos as principais diferenças
entre RPC Fechado e RPC aberto. Em seguida, exemplificamos os resultados de quem poupa
a curto, médio e longo prazos no RPC, relacionando o tempo ao acúmulo de investimento. Ao
final, assim como no primeiro vídeo, buscamos estimular a participação de quem assistiu ao
vídeo sugerindo que curta, comente e/ou compartilhe o link. VÍDEO 2: http://educapes.capes.
gov.br/handle/capes/599073.
Os dois vídeos ainda em fase de protótipo foram apresentados aos profissionais do
SERPROS em uma reunião virtual em duas exibições consecutivas. Buscou-se nesse momen-
to identificar as características necessárias para o aprimoramento e para atingir o objetivo
pré-definido. Considerando que os participantes da reunião já produziram diversos materiais
informativos em relação aos planos de previdência complementar administrados pelo SER-
PROS. Ao final da apresentação os seguintes comentários/sugestões acerca dos vídeos foram
registrados (Quadro 1):

Quadro 1. Apontamentos feitos pelos participantes sobre os vídeos

Avaliação do protótipo de produto educacional

A necessidade de incluir uma música de fundo para dar mais “movimento” ao vídeo. Neste
item, a profissional da Coordenação de Comunicação Institucional do SERPROS sugeriu duas músicas
gratuitas (uma para cada vídeo), disponíveis no Youtube Library®, que poderiam ser utilizadas.
A substituição do termo poupança por investimento.
A necessidade de melhorar as informações em relação à rentabilidade da Previdência Comple-
mentar.
A necessidade de atentar para os gráficos que informam valores, pois os mesmos não estavam
complementando a informação de forma adequada.
A importância de repensar a apresentação da acumulação ao longo do tempo na Previdência
Complementar.
Fonte: Elaborado pelas autoras.

Além disso, foi pontuada uma dúvida sobre auxílio doença e auxílio acidente, por apa-
rentemente serem a mesma coisa. Foi refeita a pesquisa de conteúdo, objetivando a certi-
ficação da veracidade das informações contidas no vídeo. Confirmamos que são benefícios
distintos, o primeiro, pago ao segurado do INSS que está temporariamente incapaz para o
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trabalho em decorrência de doença ou acidente. O segundo, de caráter indenizatório, pago ao


segurando quando, por motivo de acidente, o mesmo fica com alguma sequela permanente
que reduz a sua capacidade para o trabalho.
Metade dos participantes considerou o vídeo muito bom, a outra metade considerou
o vídeo excelente. Todos informaram que indicariam os vídeos. Todos consideraram que os
vídeos ajudaram a compreender melhor o Plano de RPC. Foram reforçadas as sugestões dadas
na reunião e não foi apresentada dúvida, questionamento ou sugestão de tema para serem
trabalhados nos próximos vídeos.
Após a avaliação feita pelos participantes, foram realizadas as modificações conforme
as sugestões apontadas e, com a conclusão da versão final dos vídeos, iniciou-se a etapa de
avaliação/validação dos vídeos produzidos que foi feita através de um questionário e de uma
roda de conversa.
Em nova reunião virtual apresentamos os dois vídeos e, posteriormente, foi enviado
um link para o questionário de avaliação, prontamente respondido por todos os participantes.
O questionário, composto por 6 perguntas fechadas e abertas (Quadro 2), foi construído no
Google Forms, para que pudesse ser respondido por escrito, formalmente e individualmente.

Quadro 2. Questionário aberto aplicado junto aos profissionais do SERPROS para valida-
ção dos vídeos construídos

PERGUNTA OBJETIVO

1) O vídeo permite compreensão geral so-


bre seguridade social e previdência complemen-
tar? Se não, quais informações seriam necessárias? Compreender se o vídeo está claro e coeren-
2) Há alguma informação incorreta ou in- te quanto às informações (CONTEÚDO) sobre segu-
compatível sobre seguridade social e previdência ridade social e previdência complementar.
complementar? Se sim, qual informação estaria
incorreta ou incompatível?

3) Você considera que o tempo, as imagens


e a linguagem usada nos vídeos são adequadas à Compreender se a qualidade técnica do ví-
potencialidade instrutiva dos vídeos? Caso haja deo atende às necessidades do expectador
discordância, em qual aspecto poderia ser melhor?

4) Você considera que os vídeos contribui-


rão para esclarecer pontos relacionados a direito
previdenciário? Se não, tem sugestão sobre um ou
mais pontos? Compreender se o vídeo funciona como es-
5) Você considera que os vídeos contribui- tratégia de ensino.
rão para esclarecer pontos relacionados a educa-
ção financeira? Se não, tem sugestão sobre um ou
mais pontos?
6) Você considera que os vídeos produzidos Compreender se os vídeos atendem aos ob-
podem ser empregados pelo SERPROS como estra- jetivos do SERPROS quanto à formação dos contri-
tégia educacional institucional? buintes. E se há potencial de uso.
Fonte: Elaborado pelas autoras.

Entre os resultados obtidos apontamos:


a) Todos avaliaram que o vídeo permite a compreensão geral sobre seguridade social e
previdência complementar;
b) Nenhum deles considerou que havia informação incorreta ou incompatível; e
c) Do ponto de vista técnico, todos consideraram que os vídeos têm tempo, imagens e
linguagem adequados e com potencialidade instrutiva.
Apenas um participante considerou que o primeiro vídeo não esclarecia pontos rela-
cionados ao direito previdenciário, justificando que o tema era muito abrangente. Um partici-
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pante preferiu não responder se considerava que o segundo vídeo contribuiria para esclarecer
pontos relacionados à educação financeira. Em relação ao potencial de uso, apenas um parti-
cipante informou não saber dizer se considera que os vídeos produzidos poderiam ser empre-
gados pelo SERPROS como estratégia educacional institucional.
Além disso, foram realizadas duas sugestões para os vídeos:
a) Na parte onde aparecem os gráficos, faria distinção na altura da barra para diferenciar
as idades de 62 anos e 65 anos e no tempo de 35 e 40 anos, para ficar claro que para homens
precisam de mais tempo;
b) No exemplo de complemento do INSS, usaria o benefício de aposentadoria programa-
da, pois é o mais comum. Na roda de conversa os participantes realizaram comentários livres.
No que diz respeito a abrangência dos temas, buscamos selecionar e relacionar o co-
nhecimento com situações do cotidiano, deixando as informações mais leves para facilitar a
assimilação. Segundo Marandino (2019, p. 97 apud CHEVALLARD, 1991), o ensino de determi-
nado conteúdo só é possível se passar por algumas mudanças que transformam o objeto de
saber em objeto de ensino, o que ele chama de transposição didática.
Para fins de aprendizagem, modifica-se o saber, e isso pode
ser feito de uma forma simplista de transposição didática –
suprimindo a dificuldade quando ela aparece – ou através de
uma reorganização do saber, de uma verdadeira refundação
dos conjuntos de conteúdos (MARANDINO, 2019, p. 97 apud
CHEVALLARD, 1991)

A profissional da área de relacionamentos afirmou ter gostado muito dos dois vídeos
e ponderou que: “Esse tipo de vídeo e didática são importantes para que, desde o início, o
participante vá convivendo com essas informações”. A ponderação da participante confirma
o que Silbiger e Pires (2005) afirmam em relação ao potencial dos vídeos como ferramenta
educacional.
Em relação ao processo de aprendizado promovido por
uma exibição audiovisual, Moraes (2001) afirma que “tanto
o cinema quanto o vídeo podem estimular uma forma de
conhecimento ao acionar operações articuladas de memória,
atenção, raciocínio e imaginação”. Daí sua eficácia no processo
que conduz à aprendizagem significativa, em contraposição à
memorização (SILBIGER, 2005, p. 377).

Segundo Pires (2010) o vídeo constitui uma ferramenta e um dispositivo pedagógico


importante por sua ludicidade e tecnicidade. Vivemos em um espaço midiatizado, no qual as
mídias eletrônicas constituem um complexo ecossistema comunicativo, atua na construção
da realidade social. A mídia é, então, estruturadora de percepções e cognições, atuando
sobre as identidades culturais, a educação, o mundo do trabalho, o exercício de cidadania e a
percepção do tempo.
Outro profissional da área de relacionamentos, afirmou que também gostou muito dos
vídeos e considerou que:
[...] pelo tempo dedicado aos vídeos, são vídeos curtos, eles
atingiram o seu propósito [...] O grande desafio foi colocar
uma coisa complexa e grande em um vídeo curto [...]. Os
vídeos dão um panorama geral para o participante [...] Os
vídeos despertam o interesse, porque o que se tem na parte
de planejamento previdenciário é maior, [...] mas despertam
o interesse para que a pessoa vá futucar. (PROFISSIONAL DE
RELACIONAMENTO, grifo nosso).

A fala do participante reafirma o que Bahia (2015) defende em dois aspectos. No que
diz respeito a potencialidade dos vídeos, seu caráter narrativo e áudio visual, em aproximar o
aluno do conteúdo e cativar sua atenção. E, em relação ao tempo dos vídeos, que devem ser
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curtos, não mais que 8 minutos, a fim de que o público não perca o interesse e continue atento
às informações.
Em relação “ao desafio de colocar uma coisa complexa e grande em um vídeo curto”,
recorremos novamente ao conceito de transposição didática. Segundo Marandino (2019, p. 97
apud CHEVALLARD, 1991), um determinado conhecimento seja ensinado, necessita passar por
transformação, uma transformação de conhecimento científico em objeto de conhecimento,
adequando-o às possibilidades cognitivas.
No que diz respeito ao potencial de informação e sobre educação previdenciária e fi-
nanceira foi considerado que há potencial. Segundo a profissional da área de Comunicação
Institucional “têm muito mais vídeos falando sobre Previdência Complementar Aberta, então
falta esse tipo de informação, principalmente, para quem nunca ouviu falar de previdência”.
Em relação ao desconhecimento em relação a previdência, Magalhães (2019) afirma
que o que se observa é que a população ainda carece de muita informação em relação à se-
guridade social, necessitando o desenvolvimento de novas ações e materiais que possam
contribuir na melhoria da divulgação dos seus direitos. Nesse contexto, pensar em ações de
educação previdenciária é fundamental para a inclusão social, uma vez que possibilita o aces-
so ao conhecimento, aos direitos e a proteção previdenciária quanto aos eventos de doença,
invalidez, morte e idade avançada.
Identificou-se também diferença entre os vídeos facilmente encontrados no Youtube®,
em geral de cunho publicitário, em relação aos vídeos desenvolvidos neste projeto. Isso pode
ser um reflexo do que Motta (2007) aponta como uma política privatista e assistencialista. E
autoras Behring e Boschetti (2006) definem como uma estratégia, uma vez que, com o recru-
descimento de direitos e a precarização dos serviços sociais, o cidadão é empurrado para o
mercado. Favorecendo as instituições privadas que lucram com as previdências de comple-
mentares e, por isso, investem em propaganda (BEHRING; BOSCHETTI, 2006).
Foi sugerido pelos participantes que, havendo a possibilidade de produção de novos
vídeos, os mesmos poderiam abordar os Planos Família do Regime de Previdência Comple-
mentar, suas características e vantagens.
Portanto, de forma geral, foi considerado que a ferramenta educacional construída tem
potencial para ajudar na compreensão de detalhes controversos sobre previdência.

Considerações Finais
Entendemos que, dar transparência às discussões acerca da reforma da previdência e
criar estratégias de acesso ao conjunto de saberes que compõe a educação previdenciária,
direitos e obrigações, é fundamental para a formação humana integral e, consequentemente,
o exercício da cidadania.
Assim, a construção dessa ferramenta educacional pode contribuir para a formação do
trabalhador de forma a possibilitar o acesso à informação e à reflexão crítica, para além da
formação profissional estritamente técnica, contribuindo para a formação de trabalhadores
mais conscientes de sua condição e papel social. Considerando os resultados de avaliação aqui
apresentados, futuras pesquisas podem se debruçar sobre eles, esmiuçando, no que tange
à Seguridade, alguns direitos, através de conceitos como: teto previdenciário, qualidade de
segurado, salário de contribuição, carência, entre outros que não conseguirmos incorporar.
Os vídeos foram construídos como a finalidade de proporcionar o acesso à informação
de forma crítica, autônoma e significativa para trabalhadores participantes de Planos de Pre-
vidência Complementares e para interessados no assunto. Assim esse artigo, por relatar de
forma cuidadosa as etapas de desenvolvimento e avaliação dos vídeos educacionais, também
pode contribuir para orientar outros pesquisadores que voltem suas investigações para o mes-
mo fim.
314 Revista Humanidades e Inovação v.8, n.53

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Recebido em 05 de julho de 2021.


Aceito em 28 de julho de 2021.

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