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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA


Faculdade de Tecnologia de Jundiaí – “Deputado Ary Fossen”
Curso Superior de Tecnologia em Logística

Gabriel de Souza Melo


Nathan Araujo Prado Santos

LOGÍSTICA 4.0: CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS


DA UTILIZAÇÃO NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Jundiaí
2020
ii

Gabriel de Souza Melo


Nathan Araujo Prado Santos

LOGÍSTICA 4.0: CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS


DA UTILIZAÇÃO NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Trabalho de Graduação apresentado à


Faculdade de Tecnologia de Jundiaí -
“Deputado Ary Fossen” como requisito
parcial para a obtenção do título de
Tecnólogo em Logística, sob a orientação
do Professor Esp. António Manuel
Carvalho dos Santos

Jundiaí
2020
iii

Dedicamos este trabalho aos professores e amigos que nos auxiliaram diretamente
e indiretamente na realização do mesmo.
iv

AGRADECIMENTOS

Agradecemos, primeiramente a Deus por ter nos dado forças, paciência e capacidade
de para termos chego até aqui.
Agradecemos também ao nosso Professor e Orientador António Manuel dos Santos
e a Professora Camila Molena de Assis, que foram responsáveis por nos ajudar, nos
guiar e orientar durante todo o processo de criação do trabalho e nos auxiliaram
durante todas as partes durante esse período.
Agradecemos a FATEC Jundiaí por nos disponibilizar este curso e toda a estrutura de
conhecimentos para a elaboração deste trabalho.
E de forma geral, agradecemos a todos que nos ajudaram diretamente ou
indiretamente em tudo que foi necessário durante a realização deste trabalho.
v

Enfrente seus obstáculos e faça alguma coisa em relação a eles. Você


descobrirá que eles não têm metade da força que você pensava que eles
tinham.

Norman Vicent Pealen


vi

MELO, Gabriel de Souza e SANTOS, Nathan Araujo Prado. Logística 4.0:


Características e Vantagens da Utilização no Transporte Rodoviário. 40 f. Trabalho de
Conclusão de Curso de Tecnólogo em Logística. Faculdade de Tecnologia de Jundiaí
- “Deputado Ary Fossen”. Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.
Jundiaí. 2020.

RESUMO

A Indústria 4.0 já se iniciou, e consigo trouxe ferramentas tecnológicas que oferecem


para as organizações formas de se adaptarem as mudanças do mercado. Com todas
essas mudanças a Logística não pôde ficar atrás e se adequou as novas tendências
da era 4.0, em especial no setor de transportes, onde pode demonstrar resultados
melhores com investimentos em processos, transportes, monitoramento,
rastreabilidade com o objetivo de gerar economias, reduzir perdas e otimizar o
processo podendo atender a necessidade do cliente. O trabalho proposto visa
demonstrar e identificar as características e qualidade da utilização da logística 4.0
dentro dos processos de transporte rodoviários demonstrando as vantagens que este
novo momento do mercado trás e as oportunidades que se podem ser alcançadas.
Com tudo, poder mostrar que é a opção do futuro, que as empresas que procuram
continuar concorrendo no mercado e conseguir ganhar espaço devem sim se
desenvolver tecnologicamente.

Palavras-chave: Indústria 4.0. Logística 4.0. Transporte Rodoviário. Tecnologia.


vii

MELO, Gabriel de Souza e SANTOS, Nathan Araujo Prado. Logística 4.0:


Characteristics and Advantages of Use in Road Transport. 40 p. End-of-course paper
in Technologist Degree in Technologist Degree in Logistics. Faculdade de Tecnologia
de Jundiaí - “Deputado Ary Fossen”. Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula
Souza. Jundiaí. 2020.
ABSTRACT

Industry 4.0 has already started, and with it has brought technological tools that offer
organizations ways to adapt to market changes. With all these changes, Logistics
could not be left behind and adapted to the new trends of the 4.0 era, especially in the
transport sector, where it can demonstrate better results with investments in
processes, transport, monitoring, traceability in order to generate savings, reduce
losses and optimize the process and can meet the customer's needs. The proposed
work aims to demonstrate and identify the characteristics and quality of the use of
logistics 4.0 within the road transport processes, demonstrating the advantages that
this new market moment brings and the opportunities that can be achieved. However,
being able to show that it is the option of the future, that companies that seek to
continue competing in the market and succeed in gaining space must develop
technologically.

Keywords: Industry 4.0. Logistics 4.0. Road transport. Technology.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Sistema de Rastreabilidade via Satélite .................................................... 32


ix

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial


ABRALOG Associação Brasileira de Logística
APREPRO Associação Paranaense de Engenharia de Produção
CNI Confederação Nacional da Indústria
EDI Troca Eletrônica de Dados
ERP Enterprise Resourse Planning
GPS Global Position System
GR Gerenciamento de Riscos
IoT Internet of Things
IP Internet Protocol
NFC Near Field Communication
NoSQL Not Only Structured Query Language
PC Personal Computer
RFID Radio Frequency Identification
SAP Sistema, Aplicativos e Produtos
SQL Structured Query Language
TI Tecnologia da Informação
TMS Transport Management System
Wi-Fi Wireless Fidelity
WMS Warehouse Management System
WWW World Wide Web
x

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 12

2.1 Exemplos de Logística 4.0 ........................................................................... 13


2.2 Plano de fundo da logística 4.0 ................................................................... 14
2.2.1 Primeira revolução industrial – Logística 1.0 .................................................. 14
2.2.2 Segunda Revolução industrial – Logística 2.0 ................................................ 16
2.2.3 Terceira Revolução Industrial – Logística 3.0 ................................................. 17

3 INDÚSTRIA 4.0 .............................................................................................. 19

3.1 Logística 4.0: Transporte Rodoviário ......................................................... 20


3.2 Desafios da Logística 4.0 ............................................................................. 23
3.3 Tecnologias da Indústria 4.0 ....................................................................... 24
3.3.1 Internet das Coisas ......................................................................................... 24
3.3.2 Big Data .......................................................................................................... 27
3.3.3 Rastreabilidade ............................................................................................... 30

4 IMPACTOS DA LOGÍSTICA 4.0 NAS EMPRESAS....................................... 33

4.1.1 Transportadoras ............................................................................................. 34


4.1.2 Tecnologia na Economia de combustíveis ..................................................... 35
4.1.3 Transformação digital na era Covid-19 ........................................................... 36

5 ANÁLISES E RESULTADOS ........................................................................ 37

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 38

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 39
11

1 INTRODUÇÃO

Com a constante evolução humana, a utilização de meios de movimentação de


cargas, análise de dados gerados e com as empresas cada vez mais interligadas
umas às outras o que gera, consequentemente, um grande aumento na
competitividade do comércio global (SACOMANO, 2018).
Com o desencadeamento a 4ª revolução industrial, a conectividade é a principal
novidade. A Industria 4.0, como é conhecida mundialmente, trata-se de um conjunto
de tecnologias como robótica, realidade aumentada, inteligência artificial,
nanotecnologia, big data e Internet of Things (Internet das Coisas), que possibilitam a
conexão e interação com outros objetos, máquinas, veículos, infraestrutura tudo mais
o que estiver ao seu redor gerando e transmitindo dados precisos em tempo real para
a central de gerenciamento (SACOMANO, 2018).
A logística 4.0 vêm se desenvolvendo e se implementando nas empresas, com
o intuito de acompanhar o avanço das tendências que estão surgindo pelo mundo. A
troca de informações entre as cadeias está cada vez mais necessária, e essa
transformação, do que é físico em digital, é o novo caminho que as organizações
pretendem seguir nos próximos anos para alcançar as mudanças necessárias nos
seus processos para competirem no mercado de negócios flexíveis do futuro.
O setor de transporte rodoviário, atualmente o mais utilizado no país, já possui
implantações da logística 4.0 que facilitaram grandemente sua execução. Este setor
possui hoje grandes fraquezas onde muito se perde e se desperdiça, desde o tempo
para a movimentação de um material, até mesmo avaria dos produtos durante o
transporte e furtos da carga. Pensando nisso, e nos vários problemas existentes nesta
área, o trabalho presente visa descrever e analisar as características e ferramentas
da Logística 4.0 que podem ser diferenciais para o transporte rodoviário.
12

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As três primeiras revoluções industriais ocorreram como resultado da introdução


de mecanização, eletricidade e TI (tecnologia da informação). Atualmente, a
introdução da Internet das Coisas no ambiente industrial desencadeou a quarta
revolução industrial com a visão de “tudo conectado a tudo” (GROUP, 2013).
A demanda por produtos e serviços altamente individualizados está aumentando
continuamente. Portanto, os processos da cadeia de suprimentos (logística de entrada
e logística de saída) precisam adaptar-se a esse ambiente em mudança, pois devido
à crescente complexidade, não podem ser tratados como práticas comuns de
planejamento e controle (MÜLLER et al., 2015).
O estado da arte da logística 4.0 é o uso de sistemas ciber-físicos que monitoram
e controlam os processos físicos, geralmente com loops de feedback onde os
processos físicos afetam os cálculos e vice-versa. Este usa a tecnologia RFID (radio
frequency identification) para identificar, detectar e localizar o item e enviar os dados
para um computador que possa coletar e analisar essas informações relevantes.
Esses sistemas são capazes de se comunicar com outros sistemas ou com humanos
usando a internet como meio de comunicação, para que possam compartilhar dados
em tempo real e os processos podem ser coordenados (HERMAN, PENTEK E OTTO,
2015).
Muitas empresas de transporte e logística estão usando sistemas RFID hoje para
alcançar quase 100% de precisão no envio e recebimento de pedidos, 99,5% de
precisão no inventário, 30% de processamento mais rápido de pedidos e redução de
custos com mão-de-obra. Os sistemas RFID melhoram a visibilidade em toda a cadeia
de suprimentos, pois é uma maneira automatizada de saber o que você tem e onde
está. Atualmente, os sistemas RFID são usados para rastreamento de remessas de
ativos e gerenciamento, gerenciamento de armazém e distribuição e gerenciamento
de pátio, usando internet para conectar sistemas em toda a cadeia de suprimentos e
trocar dados em tempo real (MOTOROLA, 2014).
13

2.1 Exemplos de Logística 4.0

B&R
A B&R é uma das empresas de automação mais inovadoras do mundo, sendo
líder no mercado campo da automação industrial e controle de processos. A empresa
continua investindo em pessoas e serviços e acreditam que a distribuição da lógica
de automação em todos os sistemas de produção - Indústria 4.0 - criou uma
necessidade urgente de redes de comunicação, que proporcionam transparência e
eficiência, sem comprometer a confiabilidade (B&R, 2014).
O último projeto da B&R foi otimizar sua produção de PCs industriais. Os clientes
da B&R configuram os PCs (personal computers) de acordo com as suas
especificações por meio de uma ferramenta online. Ao finalizar, o sistema ERP
(enterprise resourse planning) gera uma fatura com um número de série exclusivo
(B&R, 2014).
“Matematicamente falando, o cliente tem mais de 250 bilhões de configurações
de hardwares diferentes para escolher. Podemos produzir um item único com a
mesma eficiência como um lote de 1000”, afirma Gerald Haas, chefe de
gerenciamento industrial global da B&R. Portanto, pode-se concluir que eles atingiram
o objetivo de “lote único item” (B&R, 2014).
O sistema ERP planeja um cronograma de processamento de pedidos otimizado
e garante que a logística funciona sem problemas. Algumas peças que vêm do
armazém são entregues apenas em tempo. A fábrica em Eggelsberg (Áustria) é
completamente conectada em rede, tanto horizontal quanto verticalmente (B&R,
2014).
“O que temos é uma rede única e homogênea que incorpora todas as máquinas
e todo componente de automação predial e sistema ERP ”, afirma Haas. Isso é o que
permite que o sistema ERP controle os veículos de armazenamento e recuperação
automatizados no compartimento armazém (B&R, 2014).
A comunicação em toda a fábrica funciona em rede em todas as direções.
Quando um módulo atinge a estação totalmente automatizada para montagem, teste
e rotulagem, uma consulta do sistema SAP determina quais são os testes
necessários. Isso é possível porque cada produto possui um número de série
exclusivo lido pelo sistema RFID. A B&R coleta e avalia todos os seus dados de
14

produção usando seu próprio software de sistema de controle de processo (B&R,


2014).

Toll Group

A Toll Global Logistics precisava rastrear de maneira mais eficiente as


mercadorias e remessas na sua instalação em Singapura. Com metas, incluindo a
redução de horas de pessoal, diminuindo a dependência de manual e procedimentos
e aumentando a visibilidade da empresa e seus clientes, a organização implantou um
sistema que etiquetou cada um dos 150.000 pallets do local com etiquetas RFID.
Quando as remessas chegam, os funcionários leem os códigos de barras nas caixas
e use um portal para ler etiquetas RFID nos pallets em que essas caixas são
carregadas (ou tiradas fora de). Os dados de identificação do pallet são então
vinculados e enviados via rede Wi-Fi (wireless fidelity) para o software que armazena
os dados e os disponibiliza a seus usuários e clientes internos. A Toll Global Logistics
estima que o sistema economizará cerca de seis minutos de tempo da equipe por
pallet, resultando em mais de 600 pessoas-dia por ano (MOTOROLA, 2014).

2.2 Plano de fundo da logística 4.0

A produção industrial experimentou uma evolução ao longo do tempo. Nós


podemos dividir essas mudanças da indústria em três períodos principais. Às vezes
tem sido um abrupto mudar e, às vezes, apenas uma melhoria na maneira de
trabalhar. Não é aceito forma de projetar esses períodos de avanço, mas para
simplificá-lo, as versões da indústria e sua logística (1.0, 2.0, 3.0 e 4.0) serão
projetadas.

2.2.1 Primeira revolução industrial – Logística 1.0

A primeira mudança que podemos perceber no setor foi uma mudança tão
abrupta que pode ser entendida como uma revolução. Foi a mudança do trabalho
15

manual para a produção de máquinas. Não há um começo ou fim preciso, mas


poderíamos dizer que começou no Reino Unido na segunda metade do século XVII e
foi espalhada para o ocidente, Europa e América do Norte depois de algumas décadas
(REVOLUTION I., 2009).
A partir desse momento, a vida rural se transformou em uma vida de
industrialização, ao trabalhar com ferramentas manuais e força animal para trabalhar
com máquinas de fabricação industrial e transporte de mercadorias e pessoas
(REVOLUTION I., 2009).
O sucesso final desta revolução foi a introdução da máquina a vapor de James
Watt em 1782, que possibilitou um aumento significativo da capacidade de produção
usando a energia fornecida em qualquer local. Mais tarde, o desenvolvimento de
navios e redes ferroviárias, juntamente com a expansão do navio a vapor / aeronave
na segunda metade do século XIX implicou em uma evolução sem precedentes que
aumentou significativamente a capacidade de transporte. Pode-se dizer que foi o
começo da era do transporte de massa. Portanto, este período significou para a
logística a “mecanização do transporte” (REVOLUTION I., 2009).
O gerenciamento da cadeia de suprimentos era operacional local, onde não
existiam redes e os negócios tendiam a estar com fornecedores de localização mais
próximos. A maioria das empresas foi gerenciada por proprietários individuais ou por
parceiros, alguns dos quais frequentemente tinham poucas mãos diárias
responsabilidade de operações (REVOLUTION I., 2009).
O processo de entrega “empurrado” foi usado para a logística de entrada e
saída. Os produtos foram lançados no mercado, do lado da produção até o varejista.
O fabricante define a produção em um nível de acordo com os padrões históricos de
pedidos de varejistas. A cadeia de suprimentos baseada em envio leva mais tempo
para responder às mudanças nas demandas, o que pode resultar em excesso de
estoque ou gargalos e atrasos, níveis de serviço inaceitáveis e obsolescência do
produto (REVOLUTION I., 2009).
O armazém era simplesmente uma sala onde armazenavam os materiais ou os
produtos acabados. A intralogística ou a movimentação de mercadorias dentro da
fábrica era trabalho manual com carrinho dirigido por seres humanos. Os trens e
navios que trabalhavam com motores a vapor realizaram o roteamento logístico ou
transporte de mercadorias (REVOLUTION I., 2009).
16

2.2.2 Segunda Revolução industrial – Logística 2.0

Este segundo período de mudanças é considerado mais uma evolução do que


uma revolução de ponto de vista da tecnologia (REVOLUTION T. S., 2000).
Houve descobertas sobre novos materiais como aço, cobre ou alumínio, que
ganharam muita importância para desenvolver o maquinário. Além disso, a indústria
química sofreu uma expansão sem precedentes e recursos de energia como
eletricidade e petróleo possibilitou os avanços na comunicação e transporte
(REVOLUTION T. S., 2000).
Embora, foi a globalização da indústria que faz uma clara necessidade de
produção. Foi introduzida a divisão do trabalho que finalmente significou uma
revolução na indústria que permite a produção em massa. Estes princípios de
racionalização foram introduzidos por Adam Smith no século 18 e depois foi Frederick
W. Taylor, no início do século 20, que fez um verdadeiro avanço na teoria do trabalho
introduzindo o que entendemos hoje como a divisão do trabalho que estabeleceu o
padrão para a oficina de hoje (THE SECOND INDUSTRIAL REVOLUTION, 2000).
Em relação aos avanços da logística, podemos encontrar a “automação do
manuseio de cargas” na década de 1960. O transporte por ferrovias e navios de
aeronaves já estava se espalhando e com a energia elétrica, a produção em massa
já era uma realidade, portanto era o início do uso de equipamentos de logística, como
triagem automática e armazéns. Além disso, a expansão do navio porta-contêineres
fez com que a mecanização carga portuária uma inovação importante (THE SECOND
INDUSTRIAL REVOLUTION, 2000).
O gerenciamento da cadeia de suprimentos começou a ser global, onde mais
de um fornecedor estava consideração e relações duradouras de fornecimento foram
estabelecidas. Com novos tipos de indústria exigindo experiência em mecânica ou
engenharia, os negócios começaram a contratar profissionais gerentes com a
experiência necessária (REVOLUTION T. S., 2000).
O processo de entrega “puxado” foi usado para a entrada dos materiais foram
reabastecidos quando eles foram consumidos. O armazém começa a ser automático
e operado movendo um aparelho de transferência ao longo de um rack em um
armazém, de modo que um contêiner seja armazenado ou recuperado do rack
(REVOLUTION T. S., 2000).
17

A intralogística ou o movimento de mercadorias dentro da fábrica mudaram


para empilhadeiras com motores elétricos dirigidos por seres humanos. Os veículos
da frota já coordenados realizaram o transporte de produtos acabados e matérias-
primas. Além disso, os processos de entrega dos itens foram gerenciados de acordo
com a previsão de demanda feita antes da produção (REVOLUTION T. S., 2000).

2.2.3 Terceira Revolução Industrial – Logística 3.0

A terceira revolução industrial ocorreu com duas inovações tecnológicas:


• As máquinas numericamente controladas, que proporcionavam a
flexibilidade necessária para uma produção em massa otimizada e
possibilitou terminar com a rigidez no Produção. Essas máquinas
possuem computadores com memória interna e são operacionalmente
programados, portanto, é apenas necessário alterar o programa para
alterar o trabalho da máquina, sendo muito mais rápido do que máquinas
automáticas mecânicas convencionais (ROAL, 2001).
• Os robôs industriais. O primeiro robô industrial foi fabricado nos EUA em
1961 por Joseph F. Engleberger. Em 1968, a empresa Kawasaki, do
Japão, criou um modelo mais refinado e começou a fabricar seus próprios
robôs. E isso foi nos anos 70, quando ocorreu uma melhoria dos
computadores embutidos em os robôs e seu custo foram reduzidos,
tornando mais lucrativo empregar robôs a manufatura do que o trabalho
humano (ROAL, 2001).
Em suma, essa evolução industrial ocorreu com a introdução de computadores
em fabricação (ROAL, 2001).
Em relação à logística, foi desenvolvido o “sistema de gestão logística”. Isso foi
o início de um software importante que hoje em dia é muito difundido como WMS
(Warehouse Management System) e TMS (Transport Management System) e
sistemas de TI. Tudo isso fez um progresso significativo no uso de computadores para
gerenciar e controlar os processos logísticos (ROAL, 2001).
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é totalmente global, onde o melhor
fornecedor dentro de um o mercado global é contratado e as relações mais curtas são
estabelecidas (ROAL, 2001).
18

O software é usado para elaborar um plano com todos os pedidos para os


fornecedores e quando será necessário receber os pedidos. Portanto, a logística de
entrada, bem como o gerenciamento de armazém é preciosamente planejado e
controlado por software (ROAL, 2001).
A intralogística ou a movimentação de mercadorias dentro da fábrica é realizada
com linhas automáticas, empilhadeiras dirigidas por humanos e, como última
tecnologia, robôs com suas rotas programadas (ROAL, 2001).
Veículos de frota com pré-plano e cronograma com rotas otimizadas computadas
por software, realizou o transporte de produtos acabados e matérias-primas. E o
processo de entrega dos itens é gerenciado de acordo com o plano e o cronograma
planejado antes de iniciar a produção (ROAL, 2001).
19

3 INDÚSTRIA 4.0

A quarta revolução industrial, ou indústria 4.0, é um conceito que se originou


nos últimos anos e tem o principal objetivo de inserir a completa automação as
fabricas, através de sistemas ciberfísicos capacitados para realizar autodiagnostico,
autoavaliações e auto otimização. Tudo segue o embasamento em tecnologias de
ponta como a inteligência artificial, Big Data, IoT (Internet das Coisas) e computação
em nuvem com o intuito de criar uma união entre as redes inteligentes e a cadeia de
suprimentos.
Segundo Silveira (2016), para o desenvolvimento e implantação da indústria
4.0 existem 6 princípios que definem os sistemas de produção inteligentes que
poderão surgir no futuro. São Eles:
Capacidade de Operação em tempo real: É definido como a aquisição e
tratamento de dados de forma instantânea, podendo realizar tomadas de decisões em
tempo real.
Virtualização: A criação e utilização de simulações como sistemas
supervisórios já são utilizados atualmente. A ideia principal é criar uma cópia virtual
da fábrica para que se possa monitorar e acompanhar os processos.
Descentralização: Tornar as tomadas de decisões realizadas através do
sistema cyber físicos referente às necessidades da produção. As máquinas poderão
fornecer informações sobre seu ciclo de trabalho, e não apenas receber comandos.
Orientação a serviços: Utilização de arquiteturas de software orientadas a
serviços aliado ao conceito Internet of Services.
Modularidade: Adequar a produção de acordo com a demanda e oferecer para
alterar as tarefas das máquinas facilmente.
No passado, operadores logísticos, como a DHL, Kuehne, + Nagel, DB
Schenker, UPS e Nippon Express, realizavam seus processos em um mundo estável,
onde a eficiência, a padronização e o baixo custo foram as “portas” para o sucesso no
mercado. No entanto ao passar do tempo, com a digitalização, este foco foi mudado
e consequentemente transformou o mercado. Novas empresas com investimento em
processos digitais, foram capazes de se adaptar ao mercado com agilidade,
centralidade no cliente e a necessidade de inovar constantemente.
20

Segundo o Ministério da Indústria, os impactos da Indústria 4.0 sobre a


produtividade, redução de custos, controle de processo produtivo, customização da
produção, dentre outros, são pontos positivos, que apontam para uma grande
transformação nas plantas fabris. E segundo um levantamento da ABDI (agência
brasileira para o desenvolvimento industrial), a redução de custos industriais do Brasil,
com a implantação do conceito 4.0, será de no mínimo R$ 73 bilhões por ano.
Ainda segundo Silveira (2017), um dos maiores impactos causados pela
integração da cultura 4.0, será uma mudança que afetará todo o mercado, pois irá se
consistir em um novo modelo de negócio, com readaptações e transformações. Outro
ponto a se considerar, será a pesquisa e avanços no setor de segurança em TI,
confiabilidade da produção e interação máquina-máquina. A tecnologia irá se
desenvolver continuamente para que se tenha um retorno positivo na adaptação das
empresas a esta nova cultura organizacional que vem crescendo.

3.1 Logística 4.0: Transporte Rodoviário

As transformações nas indústrias, em razão da quarta revolução industrial, as


tornaram mais enxutas, personalizadas e eficientes, produzindo apenas o que for
necessário para atender o que foi pedido. Com este grande avanço das indústrias os
processos de armazenamento e distribuição destes produtos deveriam evoluir junto,
e com isso entra o conceito de logística 4.0, como uma evolução dos processos
Logísticos tradicionais, gerado pela necessidade de aumento do investimento em
tecnologia com o intuito de crescer no mercado.

A constante evolução tecnológica, traz benefícios e vantagens para os


resultados dos processos logísticos, em qualquer setor aplicado, como por exemplo:

• Redução de perdas: Diminuição de avarias, extravios e diminuição no


impacto alto dos custos.
• Precisão na análise de dados: Aumento na capacidade tecnológica para
obter informações para que os processos logísticos se tornem mais eficientes.
21

• Redução de custos: Reduzir custos e perdas, são fatores que contribuem


para um impacto positivo nos resultados operacionais.
• Satisfação do Cliente: Prestação de um serviço eficiente atendendo a
necessidade do cliente.

A Logística 4.0 passa de uma tendência e atualmente está se tornando uma


realidade necessária as empresas do setor. Para conseguir acompanhar o grande
desenvolvimento do mercado e importante investir em inovações tecnológicas que
visam o desenvolvimento dos processos e potencialização dos resultados.
Segundo a BrasilMaxi Logística, a indústria 4.0 com todo seu avanço
tecnológico está permitindo uma conexão e uma troca de informações entre
máquinas, plantas, redes, transportadores e seres humanos, e para poder
acompanhar esta conexão será exigido que a logística esteja no mesmo ritmo e que
seja conectada, tecnológica, rápida e inteligente.

No modelo “antigo” ou tradicional era aceitável:

• Grandes estoques;
• Perdas gigantescas de inventários;
• Perda de ativos;
• Erros de controle de temperaturas de produtos específicos;
• Lead time estendido;
• Centros de distribuição off-line e obsoleto;
• Desculpas para erros de carregamento e entregas no transporte;
• Concorrência baixa e sem know-how.

No novo momento, moderno e 4.0 o foco é puramente estratégico:

• Estoques zero;
• Lead time curto;
• Alta conectividade;
• Informações em tempo real e ao alcance de um clique;
22

• Virtualização por meio de sistemas de monitoramento dos processos e


operações;
• Centros de distribuição mais inteligentes;
• Eficiência operacional na medida em que a IoT (internet das coisas)
conecta em tempo real os milhões de embarques rastreados e acondicionados;
• Gerenciamento e gestão de armazém com sistema moderno e de
WiFi/LAN;
• Visão integrada da cadeia de suprimentos, foco nos serviços etc.

Com a implantação da logística 4.0, no setor de transportes rodoviários, cria-se


oportunidades de elevar o processo e a operação deste serviço, com o propósito de
gerar reduções de gastos, ganhos no processo de lead time e um maior controle de
tudo que se é movimentado por sua frota.
Segundo Gregório (2017), existem muitas características no investimento em
tecnologias da nova era 4.0, alguns exemplos específicos com esta implantação está
na economia do custo dos combustíveis, com o grande acesso as informações em
tempo real e a capacidade de traçar rotas monitorando as condições de tráfego e
otimizar as frotas, garante também uma redução na perda e danificação do produto,
agregando informações de manuseio, cuidados e características importantes
detectando gargalos e gerando soluções para os problemas. Outra vantagem muito
eficiente que gera para a empresa pontos positivos, é a possiblidade de
rastreabilidade dos seus produtos. Com o auxílio das tecnologias RFID, GPS (global
position system) e outras disponíveis no mercado é possível monitorar todo o
andamento na operação do transporte. No transporte de produtos que necessitam de
cuidados especiais em relação a sua temperatura, e com isso contam com sistemas
que trocam informações em tempo real com sensores dentro do baú do veículo, que
são responsáveis por monitorar que a carga sempre mantenha as condições
adequadas.
Os caminhões inteligentes, são alguma das tendências do mercado tecnológico
que será alvo de investimento neste setor, são caminhões que estão conectados o
tempo todo, com as empresas e outros caminhões, realizando em tempo real troca de
informações de transportes, compartilhamento de imagens através do uso de câmeras
e um sistema de monitoramento embarcado. Outra vantagem de se manter a frota
23

conectada e transmitindo informações em tempo real, é que são gerados dados dos
desgastes dos equipamentos do caminhão, como pneus, freios, ar e motor, que se
tiverem manutenções preventivas para que não gere mais custos com danificação.
A adaptação de Softwares de gerenciamento das frotas, que mesmo existindo
muitas empresas que fornecem este serviço, ainda é pouco utilizado, porém as
características positivas como a eliminação de controles anuais desnecessários, e o
fornecimento de relatórios relacionados a custos e o desempenhos de cada veículo,
com isto se cria dados onde as empresas podem controlar e gerenciar sua frota de
acordo com as suas estratégias operacionais.

3.2 Desafios da Logística 4.0

Segundo Silva e Kawakame (2019), a mudança cultural na organização é o


principal desafio a ser vencido durante a implantação das inovações 4.0. Modernizar
os centros de distribuição em todas as partes do seu processo é algo que se necessita
de apoio mútuo, criando a integração entre máquina, pessoas, processos e empresas,
precisando que todos tenham acesso as informações e dados atualizados
simultaneamente, para que esta integração ocorra.
Com tudo, todos os elementos teriam uma visão geral de todos os processos e
estágios da cadeia de suprimentos, e com isso surge um outro desafio que é investir
na capacitação da mão de obra qualificada, pois a falta de conhecimento é um ponto
negativo a ser trabalhado no país que as industrias ainda estão iniciando com as
novas inovações.
E por fim, o alto custo gerado na sua implantação, também é um desafio a ser
enfrentado pelas indústrias brasileiras, e com isto, ainda há ausência de
financiamentos e oportunidades para ajudar nesta implantação, porém é uma situação
que vem se transformando e se tornando mais acessível devido a popularização e a
avaliação dos benéficos futuros que a cultura 4.0 possa gerar.
24

3.3 Tecnologias da Indústria 4.0

Segundo o Stefanini Group (2019), a era 4.0 já se iniciou, e as organizações que


desejam se manter no mercado como competitivas, devem se adaptar as
transformações tecnológicas, pois a tecnologia faz uma transformação e desenvolve
o desempenho das empresas positivamente, e isso é um passo positivo para o
sucesso.
A Inovação tecnológica, aumenta o funcionamento da comunicação interna e
permite que a gestão da empresa tenha mais eficiência. Com isto, a indústria 4.0, traz
consigo tecnologias que irão auxiliar em todas estas etapas da gestão, com relação
aos custos, gera um controle eficiente onde se pode reduzir os gastos desnecessários
em diversos processos, e com isto acompanhar o retorno dos investimentos.
Outro ponto que as tecnologias trabalham de forma positiva, é na facilitação da
comunicação com clientes e fornecedores, na troca de informações em tempo real,
com isto tendo acesso as transformações do mercado pensando nas projeções
futuras.

3.3.1 Internet das Coisas

O termo Internet das Coisas chamou a atenção pela primeira vez quando o Auto-
ID Center lançou sua visão inicial da rede EPC para identificar e rastrear
automaticamente o fluxo de mercadorias nas cadeias de suprimentos, em Chicago em
setembro de 2003 (UCKELMANN; HARRISSON; MICHANHELLES, 2011).
A Internet das Coisas é um conceito em que o mundo virtual da tecnologia da
informação se integra perfeitamente ao mundo real das coisas. O mundo real se torna
mais acessível através de computadores e dispositivos de rede nos negócios, bem
como em cenários do cotidiano. Com acesso a informações refinadas, o
gerenciamento pode começar a se mover livremente dos níveis macro para micro e
poderá medir, analisar e agir de acordo. Contudo, a Internet das coisas é mais do que
uma ferramenta de negócios para gerenciar processos de negócios com mais
eficiência e eficácia, também permitirá um modo de vida mais conveniente
(UCKELMANN; HARRISSON; MICHANHELLES, 2011).
25

Desde que os fundadores do Auto-ID Center cunharam o termo 'Internet das


Coisas, ele tem sido amplamente utilizado por pesquisadores e profissionais para
descrever a combinação do mundo real com o mundo virtual da tecnologia da
informação por meio de tecnologias de identificação automática, sistemas de
localização em tempo real, sensores e atuadores. Graças aos recentes avanços da
miniaturização e à queda nos custos de RFID, redes de sensores, NFC (near field
communication), comunicação sem fio, tecnologias e aplicativos, a Internet das Coisas
subitamente se tornou relevante para a indústria e os usuários finais. A detecção do
status físico das coisas através de sensores, juntamente com a coleta e o
processamento de dados detalhados, permite uma resposta imediata às mudanças
no mundo real. Essa rede totalmente interativa e responsiva gera imenso potencial
para cidadãos, consumidores e empresas (UCKELMANN; HARRISSON;
MICHANHELLES, 2011).
Embora essa definição liste os possíveis componentes técnicos da Internet das
Coisas, ainda possui três grandes deficiências. Em primeiro lugar, lista os
componentes que foram mencionados anteriormente em relação a outras visões,
como a computação difundida ou onipresente, e, portanto, é difícil distinguir esses
conceitos. Em segundo lugar, falta uma consideração mais ampla dos
desenvolvimentos atuais e das interações dos usuários na Internet, comumente
referidos como Web 2.0. Semelhante à relação entre a “World Wide Web (WWW) e
a Internet, a adição da funcionalidade da Web 2.0 pode ser vista como uma extensão
centrada no usuário para a Internet das Coisas, e não como parte integrante dela. No
entanto, enquanto o desenvolvimento da Internet começou mais de trinta anos antes
da realização do “www” no início dos anos 90, a Internet das Coisas já está sendo
influenciada pela funcionalidade da Web 2.0 desde o início. Ambos os
desenvolvimentos tecnológicos têm acontecido em paralelo, em vez de serem
executados cordialmente. Em terceiro lugar, não fornece uma razão pela qual ou
como a Internet das Coisas será um conceito autossustentável e bem-sucedido para
o futuro. A auto sustentabilidade abrange a viabilidade, incluindo uma infraestrutura
de rede global dinâmica com recursos de autoconfiguração com base em padrões e
protocolos de comunicação interoperáveis, além de abertura para futuras extensões,
ideias e tecnologias. O sucesso econômico pode nunca ter sido parte de uma
definição para a Internet ou outras infraestruturas técnicas de rede. No entanto,
26

consideramos uma consideração válida dentro de uma abordagem de definição


holística, pois o sucesso e a adoção econômica são tão importantes quanto a
sustentabilidade técnica em uma declaração prospectiva (UCKELMANN;
HARRISSON; MICHANHELLES, 2011).
Outra abordagem para uma definição da Internet das Coisas pode ser derivada
da logística, onde é comum solicitar o produto certo na quantidade certa, no momento
certo, no lugar certo, nas condições e no preço certos. Nesta analogia, o produto certo
se refere a informações precisas e apropriadas sobre um objeto físico identificável
exclusivamente, bem como sua forma, ajuste e função. Isso inclui o uso de Auto-ID e
informações apropriadas do sensor ou qualquer outro tipo de informação vinculada ao
objeto que pode ser acessado através da Internet das Coisas. A quantidade certa e
alcançada através da alta granularidade de informações combinadas com filtragem e
processamento inteligente. A hora certa não significa necessariamente a qualquer
momento, mas mais precisamente 'quando necessário'. Pode ser suficiente receber
informações sobre um objeto apenas uma vez por dia ou apenas no caso de uma
mudança de status. Por conseguinte, o tempo certo não é igual ao tempo real, um
termo mencionado com frequência em relação à Internet das Coisas (UCKELMANN;
HARRISSON; MICHANHELLES, 2011).
Uma abordagem minimalista em relação a uma definição pode incluir nada mais
que coisas, a Internet e uma conexão entre elas. As coisas são qualquer objeto físico
identificável, independente da tecnologia usada para identificar ou fornecer
informações de status dos objetos e de seus arredores. A Internet, neste caso, refere-
se a tudo que vai além de uma extranet, exigindo acesso a informações para mais de
um pequeno grupo de pessoas ou empresas. Um aplicativo de circuito fechado,
consequentemente, deve ser considerado como uma extranet de coisas. A Internet
atua como uma infraestrutura de armazenamento e comunicação que mantém uma
representação virtual de coisas que vinculam informações relevantes ao objeto
(UCKELMANN; HARRISSON; MICHANHELLES, 2011).
Combinando as diferentes abordagens, podemos concluir que a futura Internet
das Coisas vincula coisas identificáveis de forma única a suas representações virtuais
na Internet, contendo ou vinculando informações adicionais sobre sua identidade,
status, local ou qualquer outro negócio, informações sociais ou privadas relevantes
em um resultado financeiro ou não financeiro que exceda os esforços de fornecimento
27

de informações e ofereça acesso a informações para participantes não predefinidos.


As informações precisas e apropriadas fornecidas podem ser acessadas na
quantidade e condição corretas, na hora e no local certos, pelo preço certo. A Internet
das Coisas não é sinônimo de computação onipresente generalizada, IP (Internet
Protocol), tecnologia de comunicação, dispositivos incorporados, seus aplicativos, a
Internet das Pessoas ou a Intranet da Extranet das Coisas, pois combina aspectos e
tecnologias de todas essas abordagens (UCKELMANN; HARRISSON;
MICHANHELLES, 2011).

3.3.2 Big Data

3.3.2.1 Ameaças à segurança de big data

A big data penetrou em vários setores e se tornou um tipo de fator de produção


que desempenha um papel importante. No futuro, seria o ponto mais alto da
competição. Com o desenvolvimento da tecnologia de processamento e análise
rápida, as informações em potencial contidas podem capturar rapidamente as
informações valiosas, a fim de fornecer referência para a tomada de decisão. No
entanto, como o big data desencadeia uma onda de produtividade e excedente do
consumidor, o desafio da segurança da informação também está chegando
(HONGJUN et al., 2013).

3.3.2.2 Coleta de dados

A fonte da big data é a diversidade. Portanto, a primeira etapa para processar


big data é coletar dados da origem e do pré-processo, para fornecer um conjunto
uniforme de dados de alta qualidade ao processo subsequente. Como resultado,
devido à inundação da aquisição de dados, os dados grandes tornam-se mais
propensos a serem "descobertos" como um alvo sensível e ganham cada vez mais
atenção. Por um lado, big data não apenas significa grandes quantidades de dados,
mas também dados mais complexos e mais sensíveis. Esses dados atrairiam mais
invasores em potencial e se tornariam um alvo mais atraente. Por outro lado, com os
28

dados reunidos, o hacker pode obter mais dados em um ataque bem-sucedido e


reduzir os custos de ataque do hacker (HONGJUN et al., 2013).
A confidencialidade das informações refere que, de acordo com requisitos
especificados, as informações não podem ser divulgadas a indivíduos, entidades ou
processos não autorizados ou forneceu as características de seu uso. Uma grande
quantidade de coleta de dados inclui um grande número de empresas que operam
dados, informações de clientes, privacidade pessoal e todos os tipos de registros de
comportamento. O armazenamento centralizado desses dados aumenta o risco de
vazamento de dados e a não utilização abusiva desses dados também se torna parte
da segurança pessoal. Não existe uma definição clara de propriedade e direito de uso
de dados confidenciais. E muitas análises baseadas em grandes dados também não
consideraram as questões de privacidade individuais envolvidas (HONGJUN et al.,
2013).
A integridade das informações refere-se a todos os recursos que só podem ser
modificados por pessoas autorizadas ou com a forma de autorização. O objetivo é
impedir que informações sejam modificadas com usuários não autorizados. Devido à
abertura da big data, no processo de transmissão da rede, as informações seriam
danificadas, como hackers interceptados, interrupções, adulterações e falsificações.
A tecnologia de criptografia resolveu os requisitos de confidencialidade dos dados,
além de proteger a integridade dos dados. Mas a criptografia não pode resolver todos
os problemas de segurança (HONGJUN et al., 2013).

3.3.2.3 Armazenamento de dados

A formação da sociedade em rede cria a plataforma e o canal de


compartilhamento de recursos e troca de dados para a big data no campo de vários
setores. A sociedade de rede baseada na computação em nuvem fornece um
ambiente aberto para big data. O acesso à rede e o fluxo de dados fornecem a base
da rápida elasticidade dos recursos e do serviço personalizado. Nos últimos anos, a
partir da reação em cadeia de informações da conta de usuário roubadas na Internet,
pode-se ver que a big data tem maior probabilidade de atrair hackers e, uma vez
atacado, o volume de dados roubados é enorme (HONGJUN et al., 2013).
29

O armazenamento é dividido em banco de dados relacional e servidor de


arquivos. E na big data atual, a diversidade de tipos de dados nos deixa
despreparados. Para mais de 80% dos dados não estruturados, o NoSQL (not only
structured query language) possui as vantagens de escalabilidade e disponibilidade e
fornece uma solução preliminar para armazenamento de big data. Mas o NoSQL ainda
existe os seguintes problemas: um é o relativo ao rigoroso controle de acesso e
gerenciamento de privacidade da tecnologia SQL (structured query language); em
segundo lugar, embora o software NoSQL ganhe experiência com o armazenamento
de dados tradicional, o NoSQL ainda existe todos os tipos de vazamentos (HONGJUN
et al., 2013).

3.3.2.4 Mineração de dados

Com o desenvolvimento da tecnologia de rede de computadores e inteligência


artificial, os equipamentos de rede e o sistema de aplicativos de mineração de dados
são cada vez mais amplamente utilizados, fornecer conveniente para coleta eficiente
automática de big data e análise dinâmica inteligente. Por um lado, o próprio big data
sai do vazamento. O próprio big data pode ser portador de ataques sustentáveis. É
difícil encontrar vírus e código de software malicioso oculto em grandes dados. Por
outro lado, a técnica de ataque melhora. Ao mesmo tempo em que a tecnologia de big
data, como mineração de dados e análise de dados, obtém informações valiosas, o
invasor também usa essas tecnologias de big data, assim como os dois aspectos a
seguir (HONGJUN et al., 2013).
Um grande número de fatos mostra que a falha no tratamento adequado de big
data causará grandes violações à privacidade dos usuários. De acordo com os
diferentes conteúdos que precisam ser protegidos, a proteção da privacidade pode
ser dividida em proteção da privacidade do local, proteção do identificador anônimo,
conexões anônimas e assim por diante. A ameaça que as pessoas enfrentam não é
apenas o vazamento de privacidade pessoal, mas também a previsão e o
comportamento das pessoas com base em big data. De fato, a proteção anônima não
pode proteger muito bem a privacidade. Pesquisas em redes sociais também mostram
que os atributos do usuário podem ser encontrados nos recursos do grupo
(HONGJUN et al., 2013).
30

Atualmente, a coleta, o armazenamento, o gerenciamento e o uso de dados do


usuário estão aquém das especificações e regulamentações. Os usuários não podem
determinar o uso de informações de privacidade. No cenário comercial, o usuário deve
ter o direito de decidir como suas informações serão usadas e obter a proteção de
privacidade controlável dos usuários (HONGJUN et al., 2013).
Uma visão geral sobre big data é: os dados em si podem contar tudo, os dados
em si são um fato. De fato, se não forem cuidadosamente selecionados, os dados
podem enganar as pessoas, assim como às vezes as pessoas podem ser enganadas
por seus olhos (HONGJUN et al., 2013).
Uma das ameaças à credibilidade da big data é a falsificação ou a fabricação
deliberada de dados, e os dados errados geralmente levam a conclusões erradas. Se
os cenários de aplicação de dados forem claros, alguém poderia deliberadamente
fabricar dados e criar um "falso perfume", para analistas induzidos chegarem à
conclusão de que estavam do lado deles. Por causa de informações falsas, muitas
vezes escondidas em muitas informações, torna impossível identificar a autenticidade
das informações, de modo a fazer julgamentos errados. Como a produção e a
propagação de informações falsas na comunidade da rede estão se tornando cada
vez mais fáceis, seus efeitos não devem ser subestimados e é impossível usar a
tecnologia de segurança da informação para identificar a autenticidade de todas as
fontes (HONGJUN et al., 2013).

3.3.3 Rastreabilidade

A rastreabilidade é a capacidade que uma organização tem de detalhar o


histórico, a aplicabilidade ou a localidade de um item através de informações
previamente registradas. Para algumas indústrias chega a ser uma exigência legal.
Além disso, é um elemento básico em planos de segurança e de gestão da qualidade
na organização (LIMA, 2020).
Lima (2020), define que estabelecer um bom sistema de rastreabilidade,
mesmo quando os recalls não estão previstos, é uma forma eficiente de reagir diante
dos problemas ocasionados dentro das empresas. Os requisitos de rastreabilidade
definidos garantem o controle total da complexidade de informações e dados que
geram dentro de uma operação.
31

A rastreabilidade está ligada diretamente as demandas estipuladas por clientes,


as normas e legislações vigentes de que todos os produtos colocados no mercado
devem ser adequados à finalidade e não prejudicial à saúde. Os benefícios da
rastreabilidade estão entre:
• Minimizar os custos, e tornar processos eficazes;
• Permitir a ação orientada para prevenir ocorrências;
• Auxiliar no diagnóstico do problema, passando a responsabilidade
quando pertinente;
• Promover confiança do cliente e proteção a marca;

Segundo Castro (2019), o investimento em soluções que resultam em mais


rastreabilidade nos processos logísticos não é só necessário para gerar vantagens
competitivas, mas sim também para manter o controle e a reputação da marca no
mercado inserido.
No geral segundo uma estimativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria),
até 2016 a indústria brasileira gastou cerca de R$ 130 bilhões por não com segurança
privada e com perdas devidos a extravios nas entregas (LIMA, 2020).
Além da importância da segurança, o investimento em rastreabilidade garante
tomadas de decisões mais ágeis e assertivas. Porém para que isso ocorra, todos os
envolvidos da cadeia precisam contar com os dados corretos, nos momentos certos,
para tomar decisões que garantam que o frete chegue com segurança dentro do prazo
e em boas condições (LIMA, 2020).
Os eficientes sistemas de rastreamento contam com tecnologias de captura,
armazenamento e transmissão de dados em toda a cadeia produtiva e logística. Estas
soluções de rastreamento devem ser usadas não apenas para garantir a segurança
da carga, mas também para garantir a qualidade do produto. O principal objetivo é
que a realização do transporte e do armazenamento sejam sempre efetuados em
condições ideais (LIMA, 2020).
32

Figura 1. Sistema de Rastreamento via satélite.

Fonte: Transaragao.com.br (2020)


33

4 IMPACTOS DA LOGÍSTICA 4.0 NAS EMPRESAS

Segundo a Patrus Transportes (2018), o investimento pesado em tecnologia pode


potencializar os resultados das operações com a análise dos recursos gerados pelos
dados e sistemas inteligentes, estas são práticas essenciais da logística 4.0, e
importante para as empresas que desejam estar posicionadas a frente no mercado
concorrente.
A logística 4.0 traz conceitos de ultra conectividade, velocidade, tecnologia e
otimização para as empresas, por isso a necessidade da modificação na cultura
organizacional e o processo de adaptação de todos os envolvidos. O primeiro passo
é a integração, a adoção de sensores e programas que interliguem máquinas,
pessoas, redes, entre vários outros elementos que estão presentes na cadeia de
suprimentos, podendo formar um fluxo operacional autônomo e eficiente.
Com isso a Patrus reafirma, que a logística 4.0 não é mais algo que se espera
futuramente que aconteça, mas sim uma realidade que já está no mercado e sendo
explorada por empresas que buscam alternativas positivas, que maximizem seus
resultados, atinja alta performance e eleve o negócio a níveis globais, se tornando um
processo de inovação imprescindível.
Segundo Buonavoglia (2018), A logística está adentrando em um novo patamar
no mercado de transporte rodoviário de cargas, com o objetivo de minimizar os roubos
de cargas. Pois depois de alguns anos conturbados, gerou-se um novo cenário, em
razão da inovação tecnológica, que cada dia mais surpreende com movimentações
de regulamentação do setor, em função do Marco Regulatório, que possui como
objetivo definir regras e normas para o avanço do seguimento, trouxe dificuldades
para a atuação de empresas e motoristas envolvidos em roubos de cargas.
Com isso, a tecnologia atua em parceria com o Gerenciamento de Riscos,
criando análises situacionais, perfis de condutores, planejamento de viagens,
homologação de postos, corretoras de seguros entre outras. Os avanços tecnológicos
são ferramentas essenciais parra manter o padrão de qualidade da GR, que se
tornaram eficientes graças ao auxílio das ferramentas tecnológicas da indústria 4.0,
em especial o Big Data, que gera um enorme banco de dados, onde se pode mapear
estrategicamente as áreas de risco, confeccionar rotogramas, normatizar regras,
capacitar e gerir pessoas.
34

Algumas tendências de utilização serão aplicativos de monitoramento para


veículos que não possuam instalados, a utilização de drones para análise situacional
das operações, auxilio na recuperação de cargas e entre outros.
Quando uma boa gestão de riscos é realizada, pode-se garantir segurança aos
transportadores, cliente e fornecedores

4.1.1 Transportadoras
A indústria 4.0 não é apenas uma tendência, mas a atual realidade. Segundo
Cunha (2019), para que as transportadoras consigam ganhar sua fatia nesse novo
mercado tecnológico e sair na frente da concorrência, é necessário o investimento em
novos recursos que desenvolvam os processos e equipes com alto poder analítico.
Se faz essência a adoção do Big Data e sistemas de armazenamento em nuvem para
aumenta a coleta dos dados e com isso elevar a eficiência e os diferenciais
competitivos.
Se antigamente o acúmulo dos grandes estoques e os risco de sofrer perdas
por conta de atrasos era normal, para a logística 4.0 o objetivo é uma mudança total,
com a aplicação da gestão inteligente de estoques. Com isto deve-se seguir alguns
passos:
Mapear e revisar os processos: A realização da mudança organizacional da
empresa, a transformação de processos manuais e analógicos para processos
automatizados de gestão.
Comunicação: Aposta em tecnologias como EDI (Troca Eletrônica de Dados),
Webservices, que são capazes de integrar os embarcadores, transportadoras, clientes
e os demais parceiros, evitando retrabalho, reduzindo custos, eliminando os erros e
acelerado a operação.
Software de Gestão de Transporte (TMS): A implantação de um TMS garante
aos gestores uma ampla visualização de todo o processo, evitando retrabalhos,
aproveitando as informações geradas durante as operações e as integrando com seus
clientes e parceiros em tempo real. Um software de gerenciamento das frotas, elimina
os processos manuais utilizados, onde tudo é feito na ponta do lápis ou utilizando
planilhas, ele tema capacidade de gerar informações que podem ser analisadas no
tempo necessário, como abastecimento, onde empresas parceiras, postos de
35

gasolinas, realizam o abastecimento automaticamente no momento agendado pelos


gestores, sem perda de tempo, sem digitações e sem erros.
Conexão Frota X Motoristas: O monitoramento dos trajetos planejado pelos
gestores pode ser controlado, caso seja necessária alguma mudança,
automaticamente pode-se conectar aos motoristas e informar as restrições de alguns
trajetos e novamente os redirecionar por um caminho que continue atendendo as
necessidades. Com isso os sistemas de gestão possibilita avaliar as informações dos
veículos em tempo real, podendo se definir manutenções preventivas antes que se
aconteça algo inesperado, e mesmo que ocorra uma falha mecânica, extravio de
carga entre outras situações, tudo se é notificado as empresas que atuam na
resolução do problema.
Mobilidade a favor da Empresas: Integrar aplicativos ao sistema de gestão de
frotas, pode ser uma vantagem competitiva de análise das ocorrências, os motorista
irão utilizar os aplicativos e registrar todas as atividades durante o transporte de um
devido material, e com isto os ciente serão informados sobre cada evento que esteja
ocorrendo, E com isso as empresas obterão dados para analisar e nas próximas
situações criar estratégias para evitar que se ocorra novamente.
Formalização de uma rotina através dos dados: As novas tecnologias irão gerar
um grande volume de dados de tudo que foi coletado durante o seu uso. Com isto
surge para os gestores responsáveis a análise de toda a empresa de diversos
aspectos diferentes ao mesmo tempo, a partir disso podem se tomar decisões, reduzir
custos, melhorar prazos de entrega e conseguir atender com mais excelência seus
clientes.

4.1.2 Tecnologia na Economia de combustíveis


A otimização logística é tudo, quando se trata de economia de recursos.
Segundo Santos (2018), o replanejamento de rotas utilizando um controle por meio
da geolocalização é uma iniciativa que auxilia e acompanha de perto as atividades do
motoristas, porém, a utilização de tecnologia que realizam roteirização são recursos
úteis para mensurar gastos de combustíveis e gastos do veículo. Segundo dados da
pesquisa Visão Geral de Fretes realizada pela ABRALOG (Associação Brasileira de
Logística), as empresas optam por ter mais tecnologias, incluindo ferramentas da era
4.0, recebem um retorno do investimento, automaticamente. Conseguindo ter um total
36

controle da frota, mais economia da combustível e efetividade nas entregas. Um


impacto no meio de um setor que influenciado pela inflação se torna um verdadeiro
inimigo da área logística.

4.1.3 Transformação digital na era Covid-19

Grandes empresas já buscam investimento em transformação digital há muito


tempo, com a utilização de plataformas online para realizar vendas, onde ganham
impulso em datas comemorativas onde consumidores procuram acompanhar as
promoções e lançamentos. A transformação digital está trabalhando em meio a isto,
para superar as dificuldades enfrentadas pelo mercado, e mostra o quanto a gestão
eficiente da logística pode ser uma chave fundamental para superar os desafios
(BENETTI, 2020).
Muitas empresas entenderam que para efetivar e implantar uma transformação
digital foi necessário entender dos processos de sua área. As que conseguiram
entender e se adequar, conseguiram iniciar muito antes da pandemia do Covid-19, e
hoje diante de uma crise imprevisível, e com uma economia estável, muitas
organizações estão conseguindo se superar e usar as novas adaptações tecnológicas
para manter seu funcionamento.
Ainda Segundo Benetti (2020), Os impactos causados pelo Covid-19 afearam
o e-commerce, que desde Março já se obteve um aumento de 180% em transações,
e nisto muitas empresas redefiniram os processos e as formas de se trabalhar,
independente do ramo em que se está atuando. Quem já estava desde o início dentro
do processo de implantação supera quem não havia se preparado logisticamente e
tecnologicamente, porém o marcado está cheio de oportunidades para que todos que
estiverem atentos consigam se adaptar.
37

5 ANÁLISES E RESULTADOS

Com tudo o que foi apresentado, as tecnologias e a aplicação da logística 4.0


no setor rodoviário são as principais vantagens mercadológica que as empresas que
possuem por objetivo se tornarem competitivas na nova era tecnológica que está
surgindo poderia se investir.
Pode-se analisar que este investimento de agregar as tecnologias da logística
4.0 dentro do transporte rodoviário, pode ser muito vantajoso estrategicamente, pois
garante vantagens em relação as empresas que utilizam grande parte do controle do
processo por meio de procedimentos manuais.
A aceleração da troca de informações, a diminuição do tempo, a visibilidade
geral em tempo real do processo, a análise dos resultados gerados e a tomada de
decisão sendo realiza de acorda com dados eficazes são pontos positivos que levam
ao investimento na era 4.0.
A eficiência da tecnologia é comprovada, mesmo que os primeiros
investimentos possam ser um pouco altos, visando um retorno a longo prazo, e tendo
que transformar toda a cultura organizacional da empresa para a implantação de
processos digitais e automáticos, a capacitação da mão-de-obra, será sim benéfico, e
consequentemente irá render resultados melhores para as empresas, com o aumento
dos lucros, em razão da redução de custos, a diminuição de perdas, o maior controle
do processo e a conclusão do serviço gerando a satisfação do cliente.
É uma tendência que nos próximos anos se tornará essencial para o mercado
de trabalho, a adequação antecipada desses processos garante vantagem
mercadológica e uma infraestrutura estável em relação aos concorrentes, pois torna
a empresa estabilizada e gera experiência na utilização das tecnologias
38

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante esse estudo, foi possível compreender o que é a logística 4.0, como
chegamos até esse momento e quais as principais e mais importantes tecnologias que
a compõem e devem ser aplicadas. Algumas vantagens que podem ser observadas
são a agilidade do trabalho, automatização de trabalhos e reduções de custos.
Como uma tendência futura, a logística 4.0 está entrando cada vez mais rápido
nas empresas. Isso se deve, pois, a coleta de dados automática nas empresas
proporciona aos gestores melhores ferramentas a análise geral do processo e
resultados influenciando diretamente nas tomadas de decisões. Possui também
vantagens econômicas, uma vez que contribui diretamente no aumento dos lucros e
na redução de despesas decorrentes de perdas, acidentes, extravios, entre outros
fatores, aumentando assim a satisfação dos clientes e, assim aumentando a
competitividade da empresa em relação as empresas que utilizam processos manuais
de trabalho.
E, somente depois, apresentar as conclusões e sugestões.
Fica como sugestão de pesquisa futura a quantificação do aumento da
eficiência e da redução de custos da aplicação de um sistema de logística 4.0 em uma
empresa de transportes.
39

REFERÊNCIAS

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