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Maria Inês Tederiche Micichelli

Bióloga CRBio² 71171-2/D


mariainesmiccichelli@gmail.com

Maria Inês Tederiche Micichelli-Bióloga

ESTUDO TÉCNICO
AMBIENTAL-REURB
LEI Nº 13.465, DE 11 DE JULHO DE 2017

Porciúncula-RJ 1
20/06/2022
Maria Inês Tederiche Micichelli
Bióloga CRBio² 71171-2/D
mariainesmiccichelli@gmail.com

ESTUDO TÉCNICO AMBIENTAL

PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELO ESTUDO

Maria Inês Tederiche Micichelli- CRBio71171-2/D

Av. Mauro Alves Ribeiro Júnior, 695, Bairro Balneário

Natividade, RJ

CEP: 28380-000

Cel: (22) 998862224

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Maria Inês Tederiche Micichelli
Bióloga CRBio² 71171-2/D
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Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 7
DA METODOLOGIA ADOTADA ......................................................................................................................... 8
DA APRESENTAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................................................. 8
CONCEITOS E DEFINIÇÕES ............................................................................................................................. 8
1- Floresta: ..................................................................................................................................................... 8
2- Floresta plantada: .................................................................................................................................... 9
3- Topo de Morro .......................................................................................................................................... 9
4- Área de Preservação Permanente....................................................................................................... 9
4.1. Nascentes .................................................................................................................................................. 9
5- Olho d'água ............................................................................................................................................... 9
6- Reserva Legal ......................................................................................................................................... 10
7- Área rural consolidada ......................................................................................................................... 10
8- Várzea de inundação ou planície de inundação ............................................................................ 10
9- Áreas úmidas .......................................................................................................................................... 10
10- Leito regular ........................................................................................................................................ 10

12-  Núcleo urbano ................................................................................................................................. 11


10.1. Núcleo urbano informal ............................................................................................................... 11
10.2. Núcleo urbano informal consolidado ....................................................................................... 11
13-  Pequena propriedade ou posse rural familiar ........................................................................ 11
14- Regularização Fundiária Urbana de interesse social (Reurb-S) ........................................... 11
15- Regularização Fundiária Urbana de Interesse Específico (Reurb-E) .................................. 11
16- Uso alternativo do solo .................................................................................................................... 11
17- Modelo Digital de Elevação (MDE) ................................................................................................ 12
LISTA DAS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES E NORMAS TÉCNICAS FEDERAIS E ESTADUAIS
RELACIONADAS AO TEMA: ................................................................................................................................. 12
ORIGEM DOS ARQUIVOS DE MAPEAMENTO ............................................................................................ 12
1. Arquivos do tipo TIFF: ............................................................................................................................. 12
2. Arquivos Raster ........................................................................................................................................ 13
4. Arquivo kml: .............................................................................................................................................. 13
IMPORTÂNCIA ........................................................................................................................................................ 13
REGRAS DE DELIMITAÇÃO DAS APPS ........................................................................................................... 14
PROTEÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS.................................................................................................... 14

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PROTEÇÃO À ESTABILIDADE GEOLÓGICA ............................................................................................... 19
ÁREAS DE FLORESTA ...................................................................................................................................... 26
INTERESSE SOCIAL NA CRIAÇÃO DE APPS ............................................................................................. 26
ATENDIMENTO À LEI Nº 13.465/2017, ART Art. 11 INCISO 2° ..................................................................... 27
LOCALIZAÇÃO DOS IMÓVEIS........................................................................................................................ 27
1.1. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA A SER REGULARIZADA........ 27
1.1.1. DEFINIÇÃO DE ÁREA URBANA ................................................................................................. 27
5.1.1. LEGISLAÇÃO PERTINENTE: ...................................................................................................... 37
I - CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA A SER REGULARIZADA ............... 38
II - ESPECIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO; .................................................. 38
5.1.2. FMP DO RIO CARANGOLA (Lei 12.651/2012) ......................................................................... 39
5.1.3. ÁREA DE USO RESTRITO ........................................................................................................... 40
5.1.4. USO DO SOLO ................................................................................................................................ 41
5.2. PROPOSIÇÃO DE INTERVENÇÕES PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DE RISCOS
GEOTÉCNICOS E DE INUNDAÇÕES ............................................................................................................ 42
5.2.1. PARCERIA ENTRE A PREFEITURA MUNICIPAL DE PORCIUNCULA E OS MORADORES
CONTEMPLADO PELA REURB ...................................................................................................................... 43
5.2.1.1. PROPOSTAS DE ESPÉCIES PARA PLANTIO .................................................................... 43
5.2.1.2. DISPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES AO LONGO DA FMP ......................................................... 47
5.2.2. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS E DAS OPERAÇÕES DE
CAMPO.49
5.2.1.3. COMPOSIÇÃO: ........................................................................................................................... 49
5.2.1.3. QUANTIDADES DE MUDAS: ................................................................................................... 50
5.2.1.4. METODOLOGIA DE CUIDADOS ............................................................................................. 50
5.2.1.5. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................... 51
5.2.1.6. CRONOGRAMAS........................................................................................................................ 52
5.3. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS E DAQUELAS NÃO PASSÍVEIS DE
REGULARIZAÇÃO ............................................................................................................................................. 54
5.4. COMPROVAÇÃO DA MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE URBANO-
AMBIENTAL, CONSIDERADOS O USO ADEQUADO DOS RECURSOS HÍDRICOS, A NÃO
OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO E A PROTEÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. ..... 54
5.4.1. MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE URBANO-AMBIENTAL ......... 54
5.4.2. CONSIDERADOS O USO ADEQUADO DOS RECURSOS HÍDRICOS ............................... 55
5.4.3. A NÃO OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO .......................................................................... 55
5.4.4. PROTEÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ............................................................... 57

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5.5. COMPROVAÇÃO DA MELHORIA DA HABITABILIDADE DOS MORADORES PROPICIADA
PELA REGULARIZAÇÃO PROPOSTA .......................................................................................................... 58
5.6. GARANTIA DE ACESSO PÚBLICO AOS CORPOS D'ÁGUA....................................................... 59
FAIXA MARGINAL PROPOSTA PARA A ÁREA ................................................................................................ 59
Referências ............................................................................................................................................................... 63

Lista de Figuras

Figura 1: largura das FMPs em função da largura das APPs. Imagem da internet. .................................................... 15
Figura 2: Nascentes próximas da área objeto deste estudo. Imagem da autora gerada no Programa QGis. ........... 17
Figura 3: APPs no entorno de nascentes e olhos d'água, conforme Legislação. Imagem da autora. ........................ 18
Figura 4: APps de nascente e seu perímetro em Km. Imagem da autora. ................................................................. 19
Figura 5: Declividade superior a 45º. Imagem da autora. .......................................................................................... 20
Figura 6: APP de topo de morro. Imagem da internet. .............................................................................................. 20
Figura 7: APP de topo de morro e área em hectares em Porciúncula. Imagem da autora gerada pelo programa
QGis. ........................................................................................................................................................................... 21
Figura 8: Área de uso restrito para declividade acima de 25º. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis. ..... 22
Figura 9: Curva de nível em distância de 2m e sua elevação na área objeto deste estudo. Imagem da autora gerada
pelo Programa QGis.................................................................................................................................................... 23
Figura 10: Modelo Digital de Elevação da área objeto deste estudo. Imagem da autora gerada pelo Programa
QGis. ........................................................................................................................................................................... 24
Figura 11. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.: Cotas na área e entorno .............................................. 25
Figura 12: Áreas de floresta/mata próximas da área de interesse. imagem da autora gerada pelo Programa QGis.
.................................................................................................................................................................................... 26
Figura 13: Imagem do Bairro Barra com trechos rodoviários na área. Imagem da autora gerada pelo Programa
QGis com shapefiles GEOINEA. .................................................................................................................................. 28
Figura 14: Sistema Viário no Bairro Barra. Foto de arquivo pessoal. ......................................................................... 29
Figura 15: Divisão do Bairro em quadras e lotes com edificações. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.
.................................................................................................................................................................................... 30
Figura 16: Rua do Bairro com lotes edificados e equipamentos urbanos. Foto de arquivo pessoal. ........................ 31
Figura 17: Canaletas e sarjetas de drenagem pluviais nas vias públicas do Bairro. Foto de arquivo pessoal. .......... 32
Figura 18: Canaletas e sarjetas de drenagem pluviais nas vias públicas do Bairro. Foto de arquivo pessoal. .......... 33
Figura 19: Localização da fossa filtro no Bairro. Foto de arquivo pessoal. ................................................................ 34
Figura 20: Localização de uma fossa filtro no Bairro. Foto de arquivo pessoal. ........................................................ 35
Figura 21: Rede elétrica no Bairro. Foto de arquivo pessoal. .................................................................................... 36
Figura 22: Rede elétrica no Bairro. Foto de arquivo pessoal. .................................................................................... 37
Figura 23: Rio Carangola no Município de Porciúncula. Imagem da autora gerada pelo Programa Google Earth. .. 39
Figura 24: FMP em 50m. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis................................................................. 40
Figura 25: Áreas de uso restrito conforme legislação. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis. .................. 41
Figura 26: Usos do solo na área e seu entorno. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis. ............................ 42
Figura 27: Disposição das espécies ao longo da FMP. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis. ................... 48
Figura 28: Espaçamento a ser adotado no plantio. .................................................................................................... 49
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Figura 29: Imagem do Bairro entre os anos de 2007 e 2008. Imagem da autora gerada pelo Programa Google
Earth. .......................................................................................................................................................................... 55
Figura 30: print da página oficial da prefeitura em 22/01/2021. ............................................................................... 56
Figura 31: Área deste estudo e Unidade de Conservação-APA-existente no Município. Imagem da autora gerada
pelo Programa QGis.................................................................................................................................................... 58
Figura 32: Delimitação de FMP de 15m. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis. ....................................... 60
Figura 33: FMP proposta de 15m com imagem do Google Maps. Imagem da autora gerada pelo programa QGis. 61

Lista de Tabelas

Tabela 1: Larguras das FMPs conforme legislação. .................................................................................................... 15


Tabela 2; Espécies propostas para reflorestamento da FMP. .................................................................................... 43
Tabela 3: Metodologia fases de implantação, manutenção e monitoramento. ........................................................ 50
Tabela 4: Cronograma 1. ............................................................................................................................................ 52
Tabela 5: Cronograma 2. ............................................................................................................................................ 52
Tabela 6: Cronograma Detalhado............................................................................................................................... 53

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Maria Inês Tederiche Micichelli, Bióloga e Especialista em Análise Ambiental, CRBio-02 71171,
realizou Serviço de Consultoria Ambiental, conforme ART nº
2-49779/22-E para fins de atendimento à Lei Nº 13.465, DE 11 DE JULHO DE 2017.

INTRODUÇÃO

A sustentabilidade passa por três princípios fundamentais:

O primeiro princípio fundamental visa tornar o desenvolvimento mais sustentável – o


passo a passo do método empodera as pessoas para que implementem ações imediatas, o
que é mais prático, já que muitas atividades não sustentáveis são fáceis de reconhecer e
eliminar (como a conservação de energia). Enquanto essas medidas são implementadas,
prosseguem os esforços paralelos, visando alcançar as metas de desenvolvimento sustentável
no longo prazo.
O segundo princípio fundamental enfatiza que essas políticas precisam passar por
uma análise balanceada e integrada, a partir das três perspectivas do triângulo do
desenvolvimento sustentável: social, econômica e ambiental. A economia está estruturada para
melhorar o bem-estar humano, principalmente através do aumento do consumo de bens e
serviços. O domínio ambiental focaliza a proteção da integridade e da resistência dos sistemas
ecológicos. O domínio social enfatiza o enriquecimento das relações humanas e o alcance das
aspirações de indivíduos e grupos.
O terceiro princípio fundamental nos faz lembrar que precisamos ultrapassar os limites
convencionais impostos pelos valores, disciplinas, espaço, tempo, pontos de vista das partes
interessadas e valores. É essencial que se substitua valores não sustentáveis, como a
ganância, por princípios éticos firmes – esta é uma tarefa de longo prazo e que envolverá a
educação, comunicação e liderança, com foco especialmente nos jovens. Torna-se necessária
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uma análise transdisciplinar, que encontre soluções inovadoras para problemas complexos de
desenvolvimento sustentável e mudança climática, envolvendo disciplinas convencionais. A
análise espacial deve variar de local a global – tipicamente, da comunidade até as escalas
planetária e dos arredores. O horizonte de tempo precisa englobar décadas ou séculos. O
compartilhamento de dados, a transparência e a cooperação entre as partes interessadas
(especialmente a sociedade civil e a comunidade empresarial trabalhando com o governo)
precisam ser reforçadas, promovendo a inclusão, o empoderamento e a participação.
O Município de Porciúncula localiza-se na bacia hidrográfica do Muriaé  Rio Paraíba
do Sul.

A área em questão situa-se às Coordenadas Geográficas:

Coordenadas de Localização:
X min: 807541,720
Y min: 7675960,745
X max: 808719,442
Y max: 7677032,878
DATUM SIRGAS 2000
ZONE 23K
EPSG: 31983

DA METODOLOGIA ADOTADA
Vistoria no local, utilização de GPS Garmin, câmera fotográfica, coordenadas Geográficas,
imagens de satélite.

DA APRESENTAÇÃO DO ESTUDO
Este laudo consta de uma parte comum que é a localização das áreas e de outras partes
distintas, assim como a Fundamentação Legal e o mapeamento

CONCEITOS E DEFINIÇÕES

1- Floresta:

Segundo dados da UNFCCC - United Nations Framework Convention on Climate


Change Acordo de Marrakesh e Declaração de Marrakesh

"Floresta é uma área de no mínimo 0,05-1,0 ha com cobertura de copa (ou


densidade equivalente) de mais de 10-30%, com árvores com o potencial de
atingir a altura mínima de 2-5 metros na maturidade in situ. Uma floresta pode

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consistir tanto de formações florestais fechadas (densas), onde árvores de vários
estratos e suprimidas cobrem uma alta proporção do solo, quanto de florestas
abertas. Povoamentos naturais jovens e todas as plantações que ainda atingirão
densidade de 10-30% e uma altura entre 2 e 5 metros são incluídos como
floresta, assim como áreas que normalmente fazem parte da área florestal e que
estão temporariamente desflorestadas como resultado da intervenção humana,
como a colheita ou causas naturais, mas cuja reversão da floresta é
esperada."(Freitas e Mesquisa Jr, 2018)

2- Floresta plantada:

A FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) assim define uma
floresta plantada: “florestas, predominantemente compostas por árvores (de espécies nativas
ou exóticas) estabelecidas por plantio ou semeadura deliberada” (Oliveira e Oliveira, 2018)

3- Topo de Morro

“Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou


urbanas, para os efeitos desta Lei:[...] IX - no topo de morros, montes,
montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação
média maior que 25º, as áreas delimitadas a partir da curva de nível
correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em
relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por
planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do
ponto de sela mais próximo da elevação;[...]”(Lei nº 12.651/2012).grifos
nossos

4- Área de Preservação Permanente

Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por


vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;
(Lei nº 12.651/2012).

Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a


continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural
em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.(Lei 12.727/2012) (grifos
nossos).

4.1. Nascentes

Afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá início a um


curso d'água (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 3°, XVII);

5- Olho d'água
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Afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente (Lei Federal n°
12.651/2012, art. 3°, XVIII);

6- Reserva Legal

Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural,


delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico
de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a
conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa; (Lei nº 12.651/2012).

7- Área rural consolidada

Área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de julho de 2008,


com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste
último caso, a adoção do regime de pousio (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 3°,
IV)

8- Várzea de inundação ou planície de inundação

Áreas marginais a cursos d’água sujeitas a enchentes e inundações periódicas


(Lei Federal n° 12.651/2012, art. 3°, XXI);

9- Áreas úmidas

Pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica por águas,


cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação adaptadas à
inundação (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 3°, XXV);

10- Leito regular

Calha por onde correm regularmente as águas do curso d'água durante o ano
(Lei Federal n° 12.651/2012, art. 3°, XIX);

11- Área urbana consolidada:


Área urbana consolidada: aquela que atende os seguintes critérios:
a) estar incluída no perímetro urbano ou em zona urbana pelo plano
diretor ou por lei municipal específica;
b) dispor de sistema viário implantado;
c) estar organizada em quadras e lotes predominantemente
edificados;
d) apresentar uso predominantemente urbano, caracterizado pela
existência de edificações residenciais, comerciais, industriais, institucionais,
mistas ou direcionadas à prestação de serviços;
e) dispor de, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de
infraestrutura urbana implantados:
1. drenagem de águas pluviais;
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2. esgotamento sanitário;
3. abastecimento de água potável;
4. distribuição de energia elétrica e iluminação pública; e
5. limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos;
(LEI Nº 14.285, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021, ART. 3º, XXVI)

12- Núcleo urbano

Assentamento humano, com uso e características urbanas, constituído por


unidades imobiliárias de área inferior à fração mínima de parcelamento prevista
na Lei Federal n° 5.868/1972, independentemente da propriedade do solo, ainda
que situado em área qualificada ou inscrita como rural (Lei Federal n°
13.465/2017, art. 11, I);

12.1. Núcleo urbano informal

Aquele clandestino, irregular ou no qual não foi possível realizar, por qualquer
modo, a titulação de seus ocupantes, ainda que atendida a legislação vigente à
época de sua implantação ou regularização (Lei Federal n° 13.465/2017, art. 11,
II);

12.2. Núcleo urbano informal consolidado

Aquele de difícil reversão, considerados o tempo da ocupação, a natureza das


edificações, a localização das vias de circulação e a presença de equipamentos
públicos, entre outras circunstâncias a serem avaliadas pelo município (Lei
Federal n° 13.465/2017, art. 11, III);

13-  Pequena propriedade ou posse rural familiar

Aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e


empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma
agrária, e que atenda ao disposto no art. 3º da Lei Federal n° 11.326/2006;

14- Regularização Fundiária Urbana de interesse social (Reurb-S)

Regularização fundiária aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados


predominantemente por população de baixa renda, assim declarados em ato do
Poder Executivo Municipal (Lei Federal n° 13.465/2017, art. 13, I);

15- Regularização Fundiária Urbana de Interesse Específico (Reurb-E)

Regularização fundiária aplicável aos núcleos urbanos informais ocupados por


população não qualificada na hipótese de Reurb-S (Lei Federal n° 13.465/2017,
art. 13, II);

16- Uso alternativo do solo

Substituição de vegetação nativa e formações sucessoras por outras coberturas


do solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão

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de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras
formas de ocupação humana (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 3°, VI);

17- Modelo Digital de Elevação (MDE)

Modelo digital que representa as altitudes da superfície topográfica agregada


aos elementos geográficos existentes sobre ela, como cobertura vegetal e
edificações. (Fonte: IBGE)

LISTA DAS PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES E NORMAS TÉCNICAS FEDERAIS E ESTADUAIS


RELACIONADAS AO TEMA:
 Lei Federal n° 6.938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente;
 Lei Federal n° 9.605/1998 – Sanções derivadas de atividades lesivas ao meio ambiente;
 Lei Federal n° 9.985/2000 – Sistema Nacional de Unidades de Conservação;
 Lei Federal n° 11.326/2006 – Política Nacional da Agricultura Familiar;
 Lei Federal n° 12.651/2012 – Novo Código Florestal Brasileiro;
 Lei Federal n° 13.465/2017 – Regularização fundiária rural e urbana;
 Decreto Federal n° 6.514/2008 – Infrações e sanções administrativas ao meio ambiente;
 Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) n° 302 e 303/2012 e
369/200611 – Parâmetros, definições e limites de APPs; e casos excepcionais de
utilidade pública, interesse social e baixo impacto ambiental em APPs
 LEI Nº 14.285, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2021- Altera as Leis nos 12.651, de 25 de
maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, 11.952, de 25 de junho
de 2009, que dispõe sobre regularização fundiária em terras da União, e 6.766, de 19
de dezembro de 1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, para dispor
sobre as áreas de preservação permanente no entorno de cursos d’água em áreas
urbanas consolidadas.
 Decreto Federal N° 9.310 de 15 de março 2018

ORIGEM DOS ARQUIVOS DE MAPEAMENTO


1. Arquivos do tipo TIFF:

Os arquivos tiff das imagens geradas foram extraídos do site https://earthexplorer.usgs.gov/


que é um portal de dados de sensoriamento remoto, imagens de satélite, Landsat, modelos

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digitais de elevação, DEM, mapas digitais, radar, imagens UAS, fotografia aérea, dados
AVHRR, imagens comerciais de satélite.

Arquivos do tipo TIFF (Tagged Image File Format) é um formato de imagem popular entre
profissionais, por ser muito bom para edição e impressão. Por ter uma baixa ou quase
nenhuma compressão, a imagem não perde em detalhes, como o JPG, porém os arquivos são
bem maiores e, também, mais pesados.

2. Arquivos Raster

São imagens que contêm a descrição de cada pixel, em oposição aos gráficos vetoriais.

3. Arquivo shapefiles

Arquivo shapefile é um formato de armazenamento de dados de vetor da Esri para armazenar


a posição, a forma e os atributos de feições geográficas. É armazenado como um conjunto de
arquivos relacionados e contém uma classe de feição. Os shapefiles normalmente contêm
feições grandes com muitos dados associados e foi historicamente utilizado em aplicativos de
desktop GIS como ArcMap.

Os arquivos shapefiles das apps hídricas foram extraídos do Portal do INEA GEOINEA,
disponível em http://www.inea.rj.gov.br/biodiversidade-territorio/informacoes-geoespaciais/.

4. Arquivo kml:

É um formato de arquivo usado para exibir dados geográficos em um navegador da Terra,


como Google Earth, Google Maps e Google Maps para celular. O KML utiliza uma estrutura de
tags com elementos e atributos aninhados e se baseia no padrão XML.

IMPORTÂNCIA
Áreas de preservação permanente são bens de interesse nacional e espaços territoriais
especialmente protegidos, cobertos ou não por vegetação, com a função ambiental de
preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
São caracterizadas, como regra geral, pela intocabilidade e vedação de uso econômico direto
(Resolução CONAMA n° 369/2006). Ressalta-se que as áreas de preservação permanente
estão presentes tanto nas zonas rurais como nas urbanas. Dessa forma, a vegetação nativa é

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bem de interesse comum, resguardado o direito de propriedade. Nesse sentido, ações ou
omissões contrárias à adequada utilização e exploração da vegetação nativa são consideradas
uso irregular da propriedade, com implicações administrativas, civis e penais (Lei Federal n°
12.651/2012, art. 2°, § 1º). A área de preservação permanente deve ser mantida pelo
proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de
direito público ou privado (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 7°). Em caso de supressão de
vegetação nativa em APP, o proprietário é obrigado a promover a recomposição da vegetação,
sendo transmissível ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural
(Lei Federal n° 12.651/2012, art. 7°, § 1º e 2º). Apesar da regra geral de intocabilidade, o
regramento jurídico também prevê possibilidades de intervenções em áreas de preservação
permanente.

REGRAS DE DELIMITAÇÃO DAS APPS


Em zonas rurais ou urbanas, podem ser esquematicamente agrupadas em:

i) Locais de proteção a recursos hídricos (cursos d’aguas – Lei Federal n° 12.651/2012,


art. 4°, I; lagos e lagoas – Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, II e III; nascentes e
olhos d’água – Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, IV; e veredas – Lei Federal n°
12.651/2012, art. 4°, XI);
ii) Locais de proteção à estabilidade geológica (encostas declivosas – Lei Federal n°
12.651/2012, art. 4°, V; bordas de tabuleiros ou chapadas – Lei Federal n°
12.651/2012, art. 4°, VIII; topo de morros – Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, IX; e
elevadas altitudes – Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, X); e
iii) Áreas declaradas de interesse social (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 6°).

PROTEÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS


No caso de cursos hídricos naturais (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, I), a faixa de APP é definida
conforme a largura do leito regular, em zonas rurais ou urbanas, como descrito na Tabela 1 e ilustrado
na Figura 1.

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Tabela 1: Larguras das FMPs conforme legislação.

Largura do curso hídrico (em m) Faixa de APP


Inferior a 10 30m
Entre 10 e 50 50m
Entre 50 e 200 100m
Entre 200 e 600 200m
Superior a 600 500m

Figura 1: largura das FMPs em função da largura das APPs. Imagem da internet.

No caso de lagos e lagoas (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, II e III, e art. 5°), avalia-se
inicialmente se o imóvel está localizado em área rural ou urbana, incluída em plano diretor ou
lei municipal específica, e, em seguida, se o reservatório é natural ou artificial, além de outras
características como área inundada (tamanho do espelho d’água) e finalidade. Reitera-se que
os reservatórios com área inferior a 01 ha, em área rural ou urbana, são dispensados de APP.
Além disso, apenas o entorno de reservatórios artificiais decorrentes de barramento ou
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represamento de cursos d’água naturais possuem APPs, tanto na Lei Federal n° 12.651/2012
(art. 4°, § 4) quanto na Lei Estadual n° 18.104/2013 (art. 9°, § 2). No caso de reservatórios
naturais, a APP é de:

i) 50 metros para reservatórios com área inundada entre 1 e 20 ha e 100 m para


reservatórios com área inundada superior a 20 ha, em áreas rurais; e
ii) 30 m para reservatórios com área inundada maior que 1 ha, em área urbana. Já no
caso de reservatórios artificiais, a regra-geral é que as larguras das faixas de APP
sejam definidas nas respectivas licenças ambientais (Lei Federal n° 12.651/2012, art.
4°, III), sendo que, para reservatórios destinados à geração de energia e
abastecimento público de água, a APP deve ter entre 30 e 100 m em área rural e
entre 15 e 30 m em área urbana.

A imagem a seguir (figura 02) apresenta as nascentes no Município de Porciúncula, próximas


da área objeto deste estudo:

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Figura 2: Nascentes próximas da área objeto deste estudo. Imagem da autora gerada no Programa QGis.

APP no entorno de nascentes e olho d’água perene corresponde a 50 m (Lei Federal n°


12.651/2012, art. 4°, IV), em zona rural ou urbana, conforme a Figura 04 a seguir:

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Figura 3: APPs no entorno de nascentes e olhos d'água, conforme Legislação. Imagem da autora.

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Figura 4: APps de nascente e seu perímetro em Km. Imagem da autora.

PROTEÇÃO À ESTABILIDADE GEOLÓGICA


As encostas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha de maior declive, são
consideradas APPs (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, V), em zona rural ou urbana (Figura 4
a seguir)

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Figura 5: Declividade superior a 45º. Imagem da autora.

Também é considerado APP, o terço superior de elevações de relevo superiores a 100 metros
em relação à base e inclinação média superior a 25° (Lei Federal n° 12.651/2012, art. 4°, IX),
em zona rural ou urbana, conforme detalhado na Figura 7.

Figura 6: APP de topo de morro. Imagem da internet.

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Figura 7: APP de topo de morro e área em hectares em Porciúncula. Imagem da autora gerada pelo programa QGis.

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Figura 8: Área de uso restrito para declividade acima de 25º. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

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Figura 9: Curva de nível em distância de 2m e sua elevação na área objeto deste estudo. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

As curvas de nível da imagem anterior (Figura 9) e da imagem a seguir (figura 10 com modelo digital de elevação)

foram geradas através de arquivos raster extraídos do site https://earthexplorer.usgs.gov/.

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Figura 10: Modelo Digital de Elevação da área objeto deste estudo. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

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Figura 11. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.: Cotas na área e entorno

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ÁREAS DE FLORESTA

Figura 12: Áreas de floresta/mata próximas da área de interesse. imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

INTERESSE SOCIAL NA CRIAÇÃO DE APPS

Podem ainda ser consideradas APPs, locais cobertos por florestas ou outras formas de
vegetação e declarados de interesse social por ato do Poder Executivo (Lei Federal n°
12.651/2012, art. 6°), desde que destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades:

i) Contenção de erosão do solo e mitigação de risco de enchentes e deslizamentos de


terra e de rocha;
ii) Proteção de restingas ou veredas;
iii) Proteção de várzeas;
iv) Abrigo de fauna ou flora ameaçados de extinção;
v) Proteção de sítios de excepcional beleza ou valor científico, cultural ou histórico;

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vi) Proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
vii) Condições de bem-estar público;
viii) Defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; e
ix) Proteção de áreas úmidas, especialmente as de importância nacional.

ATENDIMENTO À LEI Nº 13.465/2017, ART Art. 11 INCISO 2°

LOCALIZAÇÃO DOS IMÓVEIS

Perímetro Urbano, Bairro Barra de São Jorge, Porciúncula, RJ.


1.1. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA A SER REGULARIZADA

Trata-se de área localizada na margem direita do Rio Carangola, em perímetro


urbanizado, com residências.

1.1.1. DEFINIÇÃO DE ÁREA URBANA

A Lei Nº 14.285 de 29 de dezembro de 2021, em seu Art. 3º, altera o Art. 2º da Lei 12.651/2012
(Código Florestal) que passa a vigorar com as seguintes alterações, conforme abaixo, in
verbis:

Art. 3º

XXVI_ área urbana consolidada: aquela que atende os seguintes critérios:

a) estar incluída no perímetro urbano ou em zona urbana pelo plano diretor ou por
lei municipal específica;

b) dispor de sistema viário implantado;

c) estar organizada em quadras e lotes predominantemente edificados;

d) apresentar uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de


edificações residenciais, comerciais, industriais, institucionais, mistas ou direcionadas à
prestação de serviços;

e) dispor de, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura


urbana implantados:

1. drenagem de águas pluviais;

2. esgotamento sanitário;

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3. abastecimento de água potável;

4. distribuição de energia elétrica e iluminação pública; e

5. limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos;

Quanto aos critérios acima estabelecidos:

Item b: dispor de sistema viário implantado:

A imagem (figura 13) abaixo apresenta (setas brancas) os trechos rodoviários existentes na
área. O arquivo da imagem de mapeamento foi extraído do Portal GEOINEA, com link
informado ao longo deste estudo. E a imagem da figura 14 apresenta uma rua do Bairro Barra
com equipamentos urbanos:

Figura 13: Imagem do Bairro Barra com trechos rodoviários na área. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis com shapefiles
GEOINEA.

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Figura 14: Sistema Viário no Bairro Barra. Foto de arquivo pessoal.

Como pode ser observado todo o bairro é atendido por mais de um trecho rodoviário. Ou seja,
o item “b” é amplamente atendido.

Item c: estar organizada em quadras e lotes predominantemente edificados;

A imagem abaixo (Figura 15) apresenta o Bairro na sua totalidade, com a maioria das quadras
e lotes com residências edificadas e a figura 16 apresenta uma das ruas do Bairro com lote e
edificações.

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Figura 15: Divisão do Bairro em quadras e lotes com edificações. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

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Figura 16: Rua do Bairro com lotes edificados e equipamentos urbanos. Foto de arquivo pessoal.

Item d) apresentar uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de


edificações residenciais, comerciais, industriais, institucionais, mistas ou direcionadas à
prestação de serviços;

A imagem anterior (Figura 16) já atende a este item

e) Dispor de, no mínimo, 2 (dois) dos seguintes equipamentos de infraestrutura urbana


implantados:

1. Drenagem de águas pluviais:

As imagens a seguir (Figuras 17 e 18) apresentam os sistemas de canaletas e sarjetas das


vias públicas do Bairro

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Figura 17: Canaletas e sarjetas de drenagem pluviais nas vias públicas do Bairro. Foto de arquivo pessoal.

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Figura 18: Canaletas e sarjetas de drenagem pluviais nas vias públicas do Bairro. Foto de arquivo pessoal.

2. Esgotamento sanitário:

O Bairro é dotado de um sistema de fossa filtro. As imagens a seguir (Figuras 19 e 20)


apresentam o local e uma das fossas filtros de atendimento ao Bairro.

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Figura 19: Localização da fossa filtro no Bairro. Foto de arquivo pessoal.

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Figura 20: Localização de uma fossa filtro no Bairro. Foto de arquivo pessoal.

3. Abastecimento de água potável:

O Bairro é atendido pela Concessionária CEDAE

4. Distribuição de energia elétrica e iluminação pública;

As imagens a seguir (Figuras 21 e 22) apresentam as ruas com rede de iluminação pública e
residencial.

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Figura 21: Rede elétrica no Bairro. Foto de arquivo pessoal.

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Figura 22: Rede elétrica no Bairro. Foto de arquivo pessoal.

5. Limpeza urbana, coleta e manejo de resíduos sólidos.

As imagens apresentadas anteriormente (Figuras 14, 16, 19, 21 e 22) apresentam as ruas
limpas e sem resíduos. O Bairro é atendido pelo sistema de varrição e coleta de resíduos pela
Prefeitura Municipal

5.1.1. LEGISLAÇÃO PERTINENTE:

O Código Florestal em seus artigos 64 (Reurb-S) e 65 (Reurb-E), permite a regularização


fundiária de núcleos urbanos informais existentes em APPs por meio de apresentação de
projeto técnico para a regularização fundiária ainda na Lei federal n°13.465/2017:

Art. 4°
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§ 5º Na Reurb de Interesse Social - Reurb-S, quando houver estudo técnico ambiental, este
deverá comprovar que as intervenções da regularização fundiária implicam a melhoria das
condições ambientais em relação à situação de ocupação informal anterior com a adoção das
medidas nele preconizadas e deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos previstos no
art. 64 da Lei nº 12.651, de 2012:

I - CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA A SER REGULARIZADA

O local apresenta características de área urbana consolidada, pois já se encontra implantado


ali, pelo menos quatro equipamentos de infraestrutura urbana como: Malha viária com
canalização de águas pluviais, rede de abastecimento de água, distribuição de energia elétrica
e iluminação pública, recolhimento de resíduos sólidos urbanos.

Foi verificada no local estudado, que próxima à margem do Rio Carangola, existe uma grande
parcela de área ciliar com cobertura florestal remanescente, em estágio inicial e ou médio de
regeneração , com a presença de várias árvores de maior porte em alguns lotes,

II - ESPECIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO;

i. O local é provido de fornecimento de água potável e coleta de esgoto e de uma fossa


filtro localizado no lote de n° da quadra 01.
ii. A área demarcada para regularização fundiária (Quadra 01 e 02), segundo plantas e
estudo de desconformidades é provida do fornecimento de água potável e de sistema de
tratamento e coleta de esgoto através de uma fossa filtro localizado no lote nº 18 da
quadra 01.
iii. O órgão responsável pelos serviços de Drenagem Urbana e Esgotamento Sanitário é
Secretaria de Obras do município. Todas as atividades voltadas a operação e
manutenção destes sistemas estão sob sua responsabilidade.
iv. Em um cenário de urbanização local, há projeção para futuras construções,
recomendamos então a construção de uma nova fossa filtro para suprir toda a demanda
do bairro.
v. O Bairro será contemplado com a construção de uma fossa no final da rua JUAREZ
Roberto Silva.

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5.1.2. FMP DO RIO CARANGOLA (Lei 12.651/2012)

Considerando:

 A FMP para rios com largura de até 50m segundo a Lei 12.651/2012 em seu Art. 4º,
alínea I, inciso “b” conforme abaixo, in verbis:
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50
(cinquenta) metros de largura; (grifos nossos)
 Que a largura máxima na área de estudo é de 37,4m (trinta e sete metros e quatro
centímetros) o que podemos levar para uma aproximação para uma faixa de erro de até
10 (dez) metros podemos levar em conta 48 (quarenta e oito metros), conforme imagem
a seguir (Figura 23):

Figura 23: Rio Carangola no Município de Porciúncula. Imagem da autora gerada pelo Programa Google Earth.

Desta forma, ao aplicarmos a Lei 12.651/2012 para a Faixa Marginal do Rio Carangola
em 50 (cinquenta metros), conforme apresentado na imagem a seguir (Figura 24):

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Figura 24: FMP em 50m. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

5.1.3. ÁREA DE USO RESTRITO

As áreas de uso restrito são assim definidas pela Lei 12.651/2012, em seu Art.11, conforme
abaixo, in verbis:

Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25º e 45º , serão permitidos o manejo florestal
sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutenção da
infraestrutura física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas
práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as
hipóteses de utilidade pública e interesse social.

A imagem a seguir (figura 25) apresenta as áreas com declividade entre 25 e 45º na área de
estudo.

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Figura 25: Áreas de uso restrito conforme legislação. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

5.1.4. USO DO SOLO

Conforme dados apresentados pelo site GEOINEA, a área de estudo encontra-se


inserida em área de pastagem, fora de área de floresta ou de qualquer outra forma d cobertura
vegetal. A figura a seguir, com shapefiles extraídos dos arquivos do GEOINEA, apresentam os
usos do solo na área e seu entorno:

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Figura 26: Usos do solo na área e seu entorno. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

5.2. PROPOSIÇÃO DE INTERVENÇÕES PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DE


RISCOS GEOTÉCNICOS E DE INUNDAÇÕES

A área não apresenta risco geotécnico de enxurradas, deslizamentos de encosta ou


desmoronamento, por tratar-se de área plana, com declividade plana, conforme apresentado
na figura 10 com curvas de nível em cotas de 185 e 188 de elevação.

Entretanto, a baixa declividade pode apresentar riscos de inundações na área, além da


perda de solo pelo carreamento de partículas pelo aumento do volume e velocidade da água.

Para diminuir tais riscos, propõe-se o reflorestamento da FMP de 15 metros, com


espécies nativas toleráveis a inundações. A proposta é apresentada no Projeto abaixo:

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5.2.1. PARCERIA ENTRE A PREFEITURA MUNICIPAL DE PORCIUNCULA E OS
MORADORES CONTEMPLADO PELA REURB

A proposta de parceria entre a Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de


Meio Ambiente e os moradores inseridos na FMP está relacionada abaixo:

Fundamentado na Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. - Seção II - Do Regime de


Proteção das Áreas de Preservação Permanente.

Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente


deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer
título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

§ 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de


Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a
qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação,
ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei.

 Caberá ao proprietário do lote manter a faixa de 15 metros demarcada e preservada, e


quando necessário, realizar o plantio das mudas de árvores que deverão ser doadas
pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
 A nova Área de Preservação Permanente com afastamento de 15 metros deverá ser
demarcada e reflorestada pelo proprietário do lote, quando necessário.
 As mudas utilizadas serão doadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

 Na APP demarcada com faixa de 15 metros são proibidas novas edificações, edículas
ou qualquer tipo de construção.

5.2.1.1. PROPOSTAS DE ESPÉCIES PARA PLANTIO

Tabela 2; Espécies propostas para reflorestamento da FMP.

Família Nome Nome Vulgar Ecologia Local onde Altu Floração Local para
Científico é ra Plantio
encontrada

Leguminoseae Bauhinia Unha de Pioneira Encontrad Até Outubro a Suporta


Caesalpinoideae forficata Link vaca a no 12 janeiro- alagados/
fragmento m
florestal da
Mata de
São
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Vicente e
Morro da
Torre, no
município
de
Natividade

Leguminoseae Peltophorum Farinha seca Pioneira Encontrad Até Dezembro/Fev Ocorre em


Caesalpinoideae dubium a com 25m ereiro solos
(Sperng.) frequência argilosos
Taub. nos úmidos e
fragmento profundos de
s florestais beira Rio-
da região.

Cecropiaceae Cecropia Embaúva, Pioneira Encontrad 4a Setembro/Outu Pode ser


pachystachya Embaúba, e rústica a nas 8m bro encontrada
Trc Imbaúba Matas da em capoeiras
região novas, junto
as vertentes
ou cursos
d’água ou a
terrenos
baixos com
lençol
freático
superficial.

Bignoniaceae Tabebuia Pau caixeta, Pioneira Encontrad 6 Julho a Terrenos


cassinoides Tabebuia do a nos a12 Janeiro alagadiços.
DC brejo (RJ) fragmento m
s florestais Nas APPs do
da região Cursos
d’água,
próximo à
áreas de
alagamentos

Leguminoseae Inga Ingá Pioneira Encontrad Até Agosto/Novem Apresenta


Mimosideae uruguensis a com 10m bro nítida
Hook. & Arn frequência preferência
nos por solos
fragmento bastante
s florestais úmidos e até
da região. brejosos.
Margens dos
ribeirões,
áreas de
alagamentos

Moraceae Ficus insipida Figueira do Secundá Encontrad Até Julho a Na mata


Wild brejo ria a com 20m Setembro pluvial
freqüência atlântica
nos ocorre nas
fragmento encostas
s florestais úmidas,
da região porém

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preferencialm
ente em
várzeas
muito úmidas
e alagadiças.
Margem da
APP

Melastomataceae Tibouchina Manacá-da Pioneira Nativa de Até Novembro Encosta


mutabilis serra Mata 12m /Fevereiro úmida. APP
Atlântica,
desde o
Rio de
Janeiro até
Santa
Catarina.

Leguminoseae Melanoxylon br Braúna Secundá Encontrad Até Fevereiro a Prefere


Caesalpinioidae aúna Schott ria a com 25 Abril encostas e
certa m topos de
frequência morros onde
na região, a drenagem é
porém são rápida.
árvores Partes altas
muito ao longo do
velhas PRAD

Leguminoseae- Machaerirum Marmeleiro Secundá Árvore Até Fevereiro/Abril Solos férteis


Papilonoideae stipitatum do mato, ria nativa de 20 úmidos.
(DC) Voge sapuvinha Mata m Margem do
Atlântica, Rio
principalm
ente
encontrada
no RJ

Phytolaccaceae Seguieria Pau d’alho Secundá Encontrad 8a Setembro/Outu Terrenos


langsdorffii ria a com 16 bro profundos,
Moq. frequência m úmidos e de
nos alta
fragmento fertilidade.
s florestais Margem do
da região, Rio
como na
Mata de
São
Vicente,
Natividade

Meliaceae Cedrela fissilis Cedro, Cedro Secundá Encontrad 20 a Agosto/Setem Preferencial


Vell Rosa ria a com 30m bro mente em
pouca solos úmidos
freqüência e profundos
nas matas
da região,
porém em
vários

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pontos.

Bombacaceae Chorisia Paineira-rosa Secundá Do Rio de 15 a Dezembro até Seletiva


speciosa ST. ria Janeiro ao 30m abril higrófita de
Hil Paraná terrenos
férteis de
planícies.
Área do Rio

Leguminoseae/Caesalpi Caesalpinea Pau ferro, Secund Mata Até Novembro a Várzeas


noideae férrea Mart. Ex Jucá ária Atlântica 15 Janeiro úmidas e
Tul var ferrea m fundo de
vale. Ao
longo das
áreas úmidas

Lecythidaceae Cariniana Jequitibá Clímax Encontrad Até Outubro/Deze Prefere solos


estrellensis a com 45m mbro úmidos e
(Raddi) kuntze frequência profundos
nos (planta
fragmento seletiva
s florestais higrófita).
da região. Nas margens
das APPs

Lauraceae Cryptocariya Canela Clímax Encontrad Até Agosto- Frequente ao


aschersoniana branca a com 25 outubro longo de rios
Mez bastante m e planícies
frequência aluviais-
nos Marem do
fragmento Rio
s florestais
da região,
como a
Mata de
São
Vicente,
Natividade.

Leguminoseae/Caesalpi Caesalpinea Pau ferro Clímax Encontrada 20 a Novembro a Ocorre em


noideae férrea Mart. Ex nos 30 fevereiro várzeas e
Tul fragmentos m fundo de vale
leiostachya florestais da onde o solo é
Benth região fresco e
úmido. Ao
longo das
áreas úmidas

Leguminosae - Hymenaea Jatobá Oportuni Ocorrência 40m Período de


Caesalpinoideae courbaril sta em matas seca
ciliares da
região, MG

Tiliaceae Luehea Açoita Oportuni Ba, ES, RJ, Até Dezembro/feve Ocorre ao
divaricata Mart. cavalo/caiboti sta SP, MG, 25 reiro longo de ríos/
/pau de GO m Margens do

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canga Rio

5.2.1.2. DISPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES AO LONGO DA FMP

A disposição das espécies é apresentada no mapa a seguir (Figura 27).

Legenda:

P= Pioneira

S= Secundária

C= Climácea

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Figura 27: Disposição das espécies ao longo da FMP. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

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5.2.2. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS, DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS E DAS
OPERAÇÕES DE CAMPO.

O espaçamento adotado é o de 10x10 uma vez que se trata de área passível de


alagamento com possibilidade de retenção de resíduos provenientes de outras
áreas, podendo acumular entre as árvores.

Figura 28: Espaçamento a ser adotado no plantio.

5.2.1.3. COMPOSIÇÃO:

Segundo o trabalho de Franco e Campello, 2006, o principal objetivo de um projeto


técnico para recomposição de flora é a recuperação da função ecológica da
vegetação preexistente, portanto, definiu – se que para alcançar esta meta em
menor tempo é necessário que ocorra a sucessão ecológica. Para o plantio na
seguinte proporção.
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50% Pioneiras, 40% Secundárias e 10% de Clímax. (Ver Tabela


2)

5.2.1.3. QUANTIDADES DE MUDAS:

A EMBRAPA recomenda um espaçamento 2m x 2m (2.500 plantas/ha) e 3m


x 2m (1.667 plantas/ha). (conferir https://www.embrapa.br/codigo-florestal/plantio-
por-mudas, acesso em 07/10/2021).

Nesta Proposta optou-se por adotar um espaçamento de 10x10.

5.2.1.4. METODOLOGIA DE CUIDADOS


Tabela 3: Metodologia fases de implantação, manutenção e monitoramento.

Fase de implantação
Atividade Descrição
Combate à formiga Granulado na concentração de 20 iscas por hectare: 30g/isca.
Por tratar-se de ½ há: 10 iscas: 15g/isca
Marcação de cova Junto com o coroamento. Uso de dois gabaritos de 3,0m cada ou
trena. A cova será marcada no centro da coroa com uso de enxada
Coroamento Roçada do local de cova 1m x 1m, mantido por um período de um
ano
Covoamento Com enxada de mão no centro da coroa até profundidade de 40,0
cm
Adubação A quantidade de adubo por cova será misturado com a metade da
terra de preenchimento aplicado no fundo da cova
Plantio Inicio da época das chuvas no centro das coroas
Irrigação Dois litros de água em cada cova no momento do plantio
Cercamento
Á área deverá ser totalmente cercada para impedir o acesso de animais que possam
impedir o desenvolvimento das mudas plantadas
Fase de manutenção
Atividade Descrição
Coroa Roçada da coroa por um ano realizado de dois
em dois meses
Irrigação Se houver sete dias de seca irrigar com dois
litros de água/dia
Replantio Substituição imediata das mudas que não
pegaram
Fase de monitoramento
Atividade Descrição
Combate à formiga Vigilância quinzenal para novas aplicações de
formicida

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5.2.1.5. RECOMENDAÇÕES

Covoamento: Covoamento deve ser manual e feito no dia do plantio. As dimensões


das covas devem ser de 0,15 m a 0,30 m de boca e 0,40m de profundidade,
dependendo do tamanho dos torrões que envolvem as mudas.

Plantio: É preciso assegurar total qualidade de mão-de-obra no plantio. Um plantio


mal executado pode acarretar ineficiência dos objetivos e prejuízos financeiros.

O fundo da cova deve receber um polvilhamento com150g/cova de calcário. Quanto


ao fertilizante químico poderá ser aplicado o superfosfato simples, cerca de
250g/planta e 4-14-8 (NPK), cerca de 200g/planta o adubo Orgânico, Esterco de boi,
cerca de 5 litros/cova. Todos os ingredientes acima devem ser misturados com o
solo retirados do fundo da cova e retornando a mistura para o fundo da cova de
forma a proteger as raízes da queima pelos fertilizantes químicos.

A muda deve ser plantada a uma profundidade tal que o colo fique no mesmo nível
ou um pouco abaixo do solo. As mudas a serem plantadas devem ter procedência
confirmada, atestado fitossanitário e características de qualidade como altura acima
de 20 cm e diâmetro de colo superior a 3 mm.

Manutenção: Capinas, roçadas, combates às formigas cortadeiras e coroamentos


quando necessários.

Capinas e Roçadas: Devem ser seletivas e feitas em uma intensidade tal que
favoreça o estabelecimento das mudas plantadas, sem expor demasiadamente o
solo de forma a não interferir drasticamente na regeneração natural.

Coroamento: Caso opte-se pelo coroamento das mudas, deve-se capinar a


vegetação competidora em um raio de 50 cm da muda. Pode-se fazer a roçada nas
entrelinhas de plantio, deixando o material cortado sobre o solo, o que contribui para
a proteção contra erosão, para a conservação da umidade e para o desbaste de
competidores.

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5.2.1.6. CRONOGRAMAS

Tabela 4: Cronograma 1.

ATIVIDADES Meses

Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun


2021 2022 2022 2022 2022 2022 2022
Preparação do solo, X X
Covoamento e adubação
Plantio X X
Tratos culturais X X X
Adubação X

Tabela 5: Cronograma 2.

Fases Atividades
Inicial (curto prazo) Início do plantio, cumprimento do
cronograma acima;
Posterior (médio prazo) Aumento da área de plantio, com extensão
do reflorestamento para a área total e
transformação da mesma em Parque
Municipal;
Final (longo prazo) Elaboração e Implantaçãode um Projeto de
Educação Ambiental para ser cumprido em
acordo com as escolas Municipais,
Estaduais e Federias que será escutado na
área da Reserva.

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Tabela 6: Cronograma Detalhado.

8. CRONOGRAMA DETALHADO

Fase de implantação
Anos Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Atividade Setor 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri
Combate à formiga ÚNICO x x x x x x x x x x x x x x x x
Marcação de cova ÚNICO x
Coroamento ÚNICO x
Coveamento ÚNICO x
Adubação ÚNICO x
Plantio ÚNICO x
Irrigação ÚNICO x
Fase de manutenção
Anos Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Atividade Setor 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri
Coroa ÚNICO x x x x x x x x x x x x x
Irrigação ÚNICO x x x x x x x x x x x x x
Replantio x x x x x x
Fase de monitoramento
Anos Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4
Atividade Setor 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri 1º tri 2º tri 3ºtri 4º tri
Combate à formiga ÚNICO x x x x x x x x x x x x
Invasão de ervas ÚNICO x x x x x x x x x x x x
Pegamento mudas ÚNICO x x x x x x
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5.3. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS E DAQUELAS NÃO PASSÍVEIS DE


REGULARIZAÇÃO

Ao longo do item anterior (5.2) a proposta de reflorestamento da FMP de 15 metros foi


abordada minuciosamente

5.4. COMPROVAÇÃO DA MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE


URBANO-AMBIENTAL, CONSIDERADOS O USO ADEQUADO DOS RECURSOS
HÍDRICOS, A NÃO OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO E A PROTEÇÃO DAS
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.

Analisando os itens acima separadamente:

5.4.1. MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE SUSTENTABILIDADE URBANO-AMBIENTAL

Analisando a imagem a seguir (Figura 29), podemos verificar que a ocupação do Bairro Barra é
anterior a 2008, ou seja, as condições ambientais ora presentes já existiam neste período, não
tendo havido nenhuma alteração significativa.

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Figura 29: Imagem do Bairro entre os anos de 2007 e 2008. Imagem da autora gerada pelo Programa Google Earth.

5.4.2. CONSIDERADOS O USO ADEQUADO DOS RECURSOS HÍDRICOS

A imagem da figura 29 indica que o recurso hídrico existente na área ocupada não se
alterou significativamente, mantendo a mesma área de ocupação da calha de seu leito já
existente.

5.4.3. A NÃO OCUPAÇÃO DAS ÁREAS DE RISCO

Ao longo deste estudo já demonstramos que a área possui pequeno risco de inundação,
o que ocorre em 80 a 90% do Perímetro Urbano de Porciúncula, ou seja, não existe uma
alteração significativa daquela que já ocorre em todo o Município, basta ver o histórico de
enchentes abaixo:
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Fonte:

Figura 30: print da página oficial da prefeitura em 22/01/2021.

https://porciuncula.rj.gov.br/site/noticia/porciuncula_decreta_estado_de_emergencia_em_razao_da_maior_enc
hente_de_sua_historia/1170

Já no ano de 2020 o Prefeito do Município havia declarado situação de emergência no


Município através do Decreto Municipal 2.000/2020, noticiado até pela grande mídia, conforme
site do G1, disponível em https://g1.globo.com/rj/norte-
fluminense/noticia/2020/01/26/porciuncula-decreta-situacao-de-emergencia-apos-cheia-do-rio-
carangola.ghtml (acesso em 01/06/2022, as 09h00min).

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5.4.4. PROTEÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Porciúncula possui uma única Unidade de Conservação, uma Área de Proteção Ambiental-
APA, denominada APA da perdição.

Uma APA, segundo a Lei do SNUC (Lei 9.985/2000) possui as seguintes características,
descritas no Art. 15, conforme abaixo, in verbis:

“é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos
proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.(Regulamento)
o
§ 1 A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas ou privadas.
o
§ 2 Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições
para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de Proteção
Ambiental.
o
§ 3 As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas
sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade.
o
§ 4 Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições
para pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais.”

Ainda segundo a Lei do SNUC, as APAs são Unidades de Conservação de Usos Sustentável,
definidas como

“ exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos


ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e
os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente
viável;” (Lei 9.985/2000, Art. 2º, alínea XI).

Ou seja, nestas áreas as atividades pré-existentes devem continuar a coexistir com os


objetivos da Unidade.

Entretanto, a área objeto deste estudo não se encontra inserida na APA, conforme a imagem a
seguir:

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Figura 31: Área deste estudo e Unidade de Conservação-APA-existente no Município. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.

5.5. COMPROVAÇÃO DA MELHORIA DA HABITABILIDADE DOS MORADORES


PROPICIADA PELA REGULARIZAÇÃO PROPOSTA

Uma vez que a regularização da área para uma FMP de 15 (quinze) metros se torne realidade,
os moradores das áreas poderão usufruir dos benefícios legais da posse e domínio de seus
imóveis que constituirão patrimônios próprios. Dentre as melhorias, podemos citar:

 Aumento da segurança jurídica dos moradores,


 Facilitação de acesso aos instrumentos e serviços públicos;
 Melhoria de acesso às necessidades humanas básicas, essencialmente físicas e de
infra-estruturas, tais como:
 Condições de habitações;
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 De abastecimento de água;
 Do sistema de saúde.
 Dos aspectos não materiais relacionados ao patrimônio cultural;
 Da percepção individual da qualidade de vida e do bem estar dos indivíduos

Segundo Vieira e Júnior, 2021 (conferir A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA DE


INTERESSE SOCIAL EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE À LUZ DO DIREITO
FUNDAMENTAL AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO NO BRASIL
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=4285d861bc62cba0)

É sabido que morar irregularmente significa estar em condição de insegurança


permanente, por esse motivo, além de um direito social, pode-se dizer que a
moradia regular é condição para a realização integral de outros direitos
constitucionais, como o trabalho, o lazer, a educação e a saúde. Nesse passo,
‘‘é da ordem do dia que os Municípios formulem agendas propositivas, e
adequadas políticas públicas habitacionais visando sanear este passivo de
segregação socioambiental e espacial’’

5.6. GARANTIA DE ACESSO PÚBLICO AOS CORPOS D'ÁGUA

Também já foi demostrado ao longo deste estudo que não haverá impedimento do acesso ao
corpo hídrico existente na área (o Rio Carangola)

FAIXA MARGINAL PROPOSTA PARA A ÁREA

As imagens a seguir apresentam a faixa marginal de proteção proposta para a área de 15


(quinze) metros.

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Figura 32: Delimitação de FMP de 15m. Imagem da autora gerada pelo Programa QGis.
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Figura 33: FMP proposta de 15m com imagem do Google Maps. Imagem da autora gerada pelo programa QGis.

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Declaro ser responsável técnica somente pela elaboração deste ESTUDO.

Porciúncula, 20 de julho de 20212

Maria Inês Tederiche Micichelli

Bióloga

CRBio 71171-2/D

ART 2-49779/22-E

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Referências
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localizacao-e-limites_protecao-conservacao-dos-solos-manutencao-da-recarga-hidrica.html.
Acesso em 29/07/2021, 08h58min

Constituição do Estado do Rio de Janeiro de 1989. Disponível em


http://www.dgf.rj.gov.br/legislacoes/Constituicoes/Constituicao_%20do_%20Estado_do_%20Rio_de_Ja
neiro-2000.pdf. Acesso em 29/07/2021. 16h29min

Dicionário Ambiental: o que é uma floresta. Disponível em https://www.oeco.org.br/dicionario-


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floresta/#:~:text=A%20FAO%20(Organiza%C3%A7%C3%A3o%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es,%C
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Embrapa. Disponível em
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProducaoMelancia/solos.
htm. Acesso em 30/07/2021, 08h31min

Freitas e Mesquisa, 2018. Joberto Veloso de Freitas. Humberto Navarro Mesquisa Jr. Conceito de
Floresta Há inconsistências entre FRA, FREL e INGEE? Disponível em
http://redd.mma.gov.br/images/gttredd/reuniao9/jobertofreitas_sfb_inventarioflorestaleconceitofl
orestas.pdf. Acesso em 28/07/2021. 10h00min

IBGE Disponível em https://www.ibge.gov.br/geociencias/modelos-digitais-de-


superficie/modelos-digitais-de-superficie/10856-mde-modelo-digital-de-
elevacao.html#:~:text=Modelo%20digital%20que%20representa%20as,como%20cobertura%20ve
getal%20e%20edifica%C3%A7%C3%B5es. Acesso em 30/07/2021, 08h42min

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Lei Nº 8.629 de 25 de fevereiro de 1993. Disponível em


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8629.htm8.629. Acesso em 29 de julho de 2021.
16h27min

Lei Nº 9.985 de 18 de julho de 2000. Disponível em


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acesso em 29/07/2021, 16h23min

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Maria Inês Tederiche Micichelli
Bióloga CRBio² 71171-2/D
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Lei Nº 11.428 de 22 de dezembro de 2006. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11428.htm. Acesso em 29/07/2021.
16h38min

Lei Nº 12.651 de 25 de maio de 2012. Disponível em


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm. Acesso em 29/07/2021.
16h25min.

Munasinghe, Mohan. 2005. Conceito de sustentabilidade. Disponível em


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Oliveira e Oliveira, 2018. Yeda Maria Malheiros de Oliveira; Edilson Batista de Oliveira. As florestas
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RESOLUÇÃO CONAMA nº 2, de 18 de março de 1994 Publicada no DOU no 59, de 28 de março de


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http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=143. Acesso em 29/07/2021. 16h37min

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recursos-florestais/167-definicao-de-floresta. Acesso em 29/07/2021 16h21min.

THE MARRAKESH ACCORDS & THE MARRAKESH DECLARATION. Disponível em


https://unfccc.int/cop7/documents/accords_draft.pdf. Acesso em 29/07/2021. 16h35min.

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