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UNIVERSIDADE ROVUMA
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES, TURISMO E COMUNICAÇÕES
NACALA
2023
Amina Adriano
Julieta Moisés Cambaco
Salomão José Maputso
NACALA
2023
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
2. Definição ............................................................................................................................. 5
3. Principais fontes de renda ................................................................................................... 6
3.1. Trabalho assalariado .................................................................................................... 6
3.2. Empreendedorismo ...................................................................................................... 7
3.3. Investimentos ............................................................................................................... 8
3.4. Renda passiva .............................................................................................................. 9
3.5. Economia colaborativa ................................................................................................ 9
4. Avaliar as principais fontes de renda e sua distribuição ................................................... 10
5. Impacto da desigualdade na distribuição de renda na qualidade de vida nas famílias ...... 11
6. Políticas públicas que podem ajudar a melhorarem a distribuição de renda e diminuir a
desigualdade ............................................................................................................................. 12
6.1. Política de transferência de renda .............................................................................. 12
6.2. Política de redistribuição de renda ............................................................................. 13
6.3. Investimentos em educação ....................................................................................... 14
6.4. Mudança nas leis trabalhistas .................................................................................... 14
7. As principais áreas de actuação da economia doméstica .................................................. 15
8. Importância da economia domestica para a saúde e segurança das pessoas ..................... 16
9. Impacto da economia domestica na economia geral da sociedade ................................... 16
10. Sugestões de como aplicar a economia doméstica na vida diária das pessoas .............. 17
11. Distribuição da fonte de renda ....................................................................................... 18
12. Conclusão ...................................................................................................................... 19
13. Referências Bibliográficas ............................................................................................. 20
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1. Introdução
A economia doméstica é um campo de estudo que se concentra em melhorar as
condições de vida dos indivíduos e das famílias em relação a sua casa, alimentação, higiene,
saúde, entre outros factores. Trabalhar nessa área envolve questões práticas e teóricas,
buscando sempre aprimorar o bem-estar social.
Por fim, este trabalho apresenta a seguinte estrutura: introdução – onde está inserido a
contextualização, objectivos, metodologia e estrutura do trabalho, desenvolvimento – onde
está inserido os tópicos, citações usando o modelo APA, exposição das ideias dos autores,
conclusão e referências bibliográficas.
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2. Definição
Segundo Bicalho, Chaves e Ribeiro (2010), a Economia Doméstica é uma área de
conhecimento que estuda como gerir os recursos domésticos, incluindo a gestão do
orçamento, a escolha dos produtos e serviços, bem como a preparação e conservação dos
alimentos.
Para Silva (2011), a Economia Doméstica é uma área de conhecimento que procura
entender as diferentes formas de organização das famílias, suas preferências e necessidades,
além de buscar soluções para os principais problemas enfrentados no cotidiano familiar.
De acordo com Oliveira (2016), a Economia Doméstica tem como objectivo principal
promover a qualidade de vida das famílias e da sociedade, por meio de acções voltadas para a
melhoria da gestão dos recursos domésticos, da alimentação e da saúde.
O trabalho assalariado é uma actividade remunerada em que uma pessoa realiza uma
tarefa em troca de um pagamento acordado previamente com o empregador. É uma forma de
trabalho que se tornou predominante no mundo contemporâneo, especialmente nos países
industrializados.
trabalhador, muitos autores destacam seus benefícios, como a contribuição para a coesão
social e o desenvolvimento económico.
3.2. Empreendedorismo
O empreendedorismo é outra fonte de renda importante, especialmente para pessoas
que possuem habilidades específicas e desejam ter seu próprio negócio. Em seu livro
"Empreendedorismo: transformando ideias em negócios", Dornelas (2008), destaca que o
empreendedorismo envolve a criação de algo novo e o uso de recursos disponíveis para gerar
valor e obter lucro.
Por fim, vale mencionar que o empreendedorismo tem-se tornado cada vez mais
relevante em um contexto de mudanças tecnológicas e sociais aceleradas. Segundo Drucker
(1997), "o empreendedorismo não é mais uma actividade limitada aos negócios tradicionais,
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mas abrange todo tipo de organização que busca inovação e mudança". Nesse sentido, é
fundamental que cada vez mais pessoas sejam incentivadas a desenvolver suas capacidades
empreendedoras, tanto para o benefício pessoal quanto para o desenvolvimento económico e
social da sociedade como um todo.
3.3. Investimentos
Os investimentos são uma forma de obter renda por meio da aplicação de dinheiro em
algum activo financeiro, como acções, títulos públicos, fundos de investimento, entre outros.
Investir com sucesso requer conhecimento, paciência e disciplina.
No que diz respeito aos títulos de dívida, Hull (2018), destaca a importância de
considerar a qualidade do emissor e a taxa de juros para avaliar o risco e a rentabilidade de
um título. Enquanto isso, Brealey e Myers (2019), destacam a importância da diversificação
de investimentos em diferentes tipos de títulos, para reduzir o risco de perda de capital.
A renda passiva é uma forma de ganho financeiro que ocorre sem a necessidade de
um esforço contínuo por parte do investidor. É um dos principais objectivos de quem busca
independência financeira. Para Chang e Lee (2016), a renda passiva é uma das maneiras mais
seguras de obter liberdade financeira, pois os investimentos que geram essa renda podem ser
mantidos a longo prazo, sem exigir um esforço adicional do investidor.
O conceito de renda passiva foi abordado por diversos autores. Kiyosaki (2000),
defende que a renda passiva é a fonte de riqueza mais poderosa, pois ela não depende da
capacidade de um indivíduo de trabalhar duro ou de sua sorte nos negócios. Ele afirma que a
renda passiva pode ser conseguida por meio de investimentos em imóveis, acções e negócios,
entre outros.
Além disso, Hoang e Le (2015) destacam que a renda passiva é uma fonte de renda
que permite aos investidores terem mais tempo para dedicar a outras actividades, como lazer,
hobbies e trabalho voluntário. Eles afirmam que essa renda não só permite aos indivíduos
gerenciarem melhor seu tempo, mas também reduz o estresse financeiro ao longo do tempo.
Diversos tipos de investimentos podem gerar renda passiva. Segundo Brown e Yang
(2017), os principais são imóveis, acções, títulos e fundos de investimento imobiliário. Esses
autores defendem que é necessário diversificar a carteira de investimentos para minimizar os
riscos e garantir uma renda passiva consistente.
destaque ao longo dos últimos anos e despertado o interesse de diversos estudiosos. Segundo
Tapscott e Williams (2006), a economia colaborativa representa uma transição do modelo
industrial para o modelo digital, no qual o poder e o conhecimento são distribuídos de forma
mais democrática.
Outro estudo interessante sobre fontes de renda foi realizado por Atkinson e Piketty
(2010). Eles propuseram um imposto sobre a renda combinado com um imposto sobre o
capital para financiar um sistema universal de renda básica, com o objectivo de combater a
pobreza e a desigualdade social. Segundo eles, essa proposta seria viável, pois aumentaria a
eficiência económica e ajudaria a reduzir a desigualdade social.
frequentar escolas de melhor qualidade, receberem apoio escolar de qualidade, e terem acesso
a outras actividades extracurriculares.
Outro autor que defende a redistribuição de renda é Atkinson (2015), que argumenta
que a actual crise económica é um reflexo da desigualdade de renda e riqueza crescente. Ele
propõe uma série de políticas para reduzir a desigualdade, incluindo o aumento do salário
mínimo, a introdução de uma renda básica universal e reformas fiscais progressivas.
Por outro lado, alguns autores argumentam que a política de redistribuição pode criar
incentivos perversos e prejudicar o crescimento económico. Mankew (2015) argumenta que a
tributação excessiva dos mais ricos pode desencorajar o empreendedorismo e a inovação,
prejudicando a economia em longo prazo.
Entretanto, segundo Standing (2011), a flexibilização das leis trabalhistas que ocorreu
em vários países nas últimas décadas resultou em aumento da precarização do trabalho e da
insegurança ocupacional. Para o autor, a chave para a protecção dos trabalhadores é garantir
um novo contracto social, de forma a tornar o trabalho decente e seguro uma prioridade.
Por fim, a habilidade das famílias em gerir seus recursos também pode ter impactos
significativos na economia geral da sociedade, como destaca o autor Becker (1965). Uma
gestão eficiente do orçamento doméstico pode permitir que as famílias economizem recursos
e invistam em actividades produtivas, como a educação, a formação de negócios próprios ou a
geração de poupança e investimentos, que podem impulsionar a economia e a geração de
empregos.
10. Sugestões de como aplicar a economia doméstica na vida diária das pessoas
1. Elaborar um orçamento mensal: Segundo Mioto (2018), "o orçamento mensal é um
instrumento fundamental para organizar as finanças e evitar despesas extras" (p.22).
Uma das correntes que vem ganhando força no debate sobre a distribuição da fonte de
renda é a que se concentra nas mudanças nas relações trabalhistas e na economia digital.
Segundo Picketty (2013), a intensificação dos fluxos migratórios e o crescimento do sector de
serviços têm gerado um aumento da oferta de mão-de-obra, o que, por sua vez, tem
pressionado os salários e aprofundado a precarização do trabalho. Por outro lado, a crescente
digitalização da economia, com a automatização de uma série de actividades, teria gerado um
impacto negativo sobre a renda dos trabalhadores, em especial os menos qualificados e que
ocupam posições mais vulneráveis no mercado de trabalho. Essa visão crítica do impacto da
economia digital na distribuição da renda é compartilhada por autores como Brynjolfsson e
McAfee (2014) e Frey e Osborne (2017).
Por fim, há também autores que têm enfatizado o papel das relações de poder e das
estruturas institucionais na distribuição da renda. Stiglitz (2012), por exemplo, destaca a
importância do papel das corporações e do sistema financeiro na determinação da distribuição
da renda. Segundo ele, a captura do Estado pela elite económica favorece as elites e prejudica
a maioria da população.
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12. Conclusão
A economia doméstica é, portanto, uma área de estudos importantíssima, que visa
aprimorar a gestão dos recursos disponíveis nas casas de modo eficiente, impactando
directamente na qualidade de vida das pessoas. Através dela, a alimentação pode ser mais
saudável e barata, a segurança e a higiene podem ser mantidos, a educação financeira pode ser
aprimorada, entre outros aspectos.