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Plano do Workshop
1. Notas introdutórias
2. O que é esperado de um artigo de um aluno de licenciatura?
3. A ética na investigação científica
4. A escolha do tema
a) Exemplos de elementos-chave de um bom tema
b) Exemplos de tipos de artigos a evitar
c) O “afunilamento” gradual do tema
5. Onde e como pesquisar
a) Jurisprudência
b) Bases de dados internacionais
c) Textos académicos / científicos (“a técnica da nota de rodapé”)
6. A redação do artigo
7. Aspetos formais
a) Introdução
b) Desenvolvimento (ou “corpo” do artigo)
c) Conclusão
d) Bibliografia
e) Anexos
8. Revisão final
1. Notas introdutórias
1. Notas introdutórias
Artigo 15.º
(Elementos da avaliação contínua)
1. Os elementos de avaliação contínua são compostos por:
a) uma prova escrita, nos termos do artigo seguinte;
b) outros elementos, que podem consistir nomeadamente em trabalhos escritos
de pesquisa ou investigação, recensões e comentários de jurisprudência, resolução
de hipóteses práticas nas aulas ou como trabalho de casa, preparação e realização
de simulações de julgamento, preparação e realização de debates sobre temas
constantes do programa, exposição oral de temas indicados pelo docente, respostas
a perguntas pontuais, respostas no âmbito de chamadas orais especificamente
convocadas para o efeito e assiduidade às aulas.
1. Notas introdutórias
• Ter, pelo menos, uma “ideia-força” (uma tese que se vai tentar
provar);
Plágio
A criação literária e artística está protegida pelo Código dos Direitos de Autor e
Direitos Conexos (CDADC).
Artigo 195.º
Usurpação
1 - Comete o crime de usurpação quem, sem autorização do autor ou do artista, do
produtor de fonograma e videograma ou do organismo de radiodifusão, utilizar uma
obra ou prestação por qualquer das formas previstas neste Código.
(...)
Artigo 196.º
Contrafacção
1 - Comete o crime de contrafacção quem utilizar, como sendo criação ou prestação
sua, obra, prestação de artista, fonograma, videograma ou emissão de radiodifusão
que seja mera reprodução total ou parcial de obra ou prestação alheia, divulgada ou
não divulgada, ou por tal modo semelhante que não tenha individualidade própria.
(...)
3. A ética na investigação científica
A título informativo...
Artigo 197.º
Penalidades
1 - Os crimes previstos nos artigos anteriores são punidos com pena
de prisão até três anos e multa de 150 a 250 dias, de acordo com a
gravidade da infração, agravadas uma e outra para o dobro em caso
de reincidência, se o facto constitutivo da infração não tipificar crime
punível com pena mais grave.
2 - Nos crimes previstos neste título a negligência é punível com
multa de 50 a 150 dias.
3 - Em caso de reincidência não há suspensão da pena.
4. A escolha do tema
4. A escolha do tema
a) Jurisprudência
b) Bases de dados internacionais
c) Textos académicos / científicos (“a técnica da nota de rodapé”)
5. Onde e como pesquisar
a) Jurisprudência
Jurisprudência nacional:
• www.dgsi.pt
• www.tribunalconstitucional.pt
Jurisprudência Internacional:
• Curia
• Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
• Tribunal Internacional de Justiça
5. Onde e como pesquisar
https://www.fd.ulisboa.pt/faculdade/servic
os/informatica/vpn/
5. Onde e como pesquisar
6. A redação do trabalho
• Começar a escrever tão cedo quanto possível: fugir ao “dilema da
folha branca” – inicialmente o que se escreve não tem de ser
perfeito, importa é começar a escrever;
• Outro problema de começar a escrever tarde é que se esquecem as
primeiras leituras e tem de se voltar a reler;
• Uma boa forma de começar a escrever é criar um “esqueleto” do
artigo, ou seja, organizar os títulos de cada secção que se projeta vir
a ter o artigo;
• Após este primeiro passo, deve-se começar a preencher as
secções
• Não é necessário seguir a ordem da estrutura do texto, ou seja,
por exemplo, começar pela introdução;
6. A redação do trabalho
1. A primeira forma tem a vantagem de ficar tudo pronto, mas pode levar à
quebra do raciocínio na escrita do texto do artigo, que é interrompido para
escrever a nota.
2. A segunda tem a vantagem de interromper um pouco menos o raciocínio,
mas implica que no fim se volte atrás para corrigir todas as notas.
3. A terceira forma é altamente desaconselhada porque, no fim do trabalho,
o mais provável é o aluno já não se lembrar a que obra se referia, página,
etc..
7. Aspetos formais
a) Introdução
b) Desenvolvimento (ou “corpo” do trabalho)
c) Conclusão
d) Bibliografia
e) Anexos
7. Aspetos formais
Título
• A escolha do título não deve ser menosprezada. Deve ser original e
criativo, pelo que é aconselhado fazer uma pré-investigação de
todos os títulos existentes, de forma a não plagiar um título já
usado.
• Deve ser conciso, exprimindo com exatidão aquilo que se pretende,
pelo que se desaconselham títulos que apenas são descodificáveis
pelo próprio autor.
• Deve ser claro na sua formulação, sem ambiguidades, sem ser
demasiado generalista; se for necessário, deve-se acrescentar um
subtítulo que esclareça de vez o assunto específico do trabalho.
7. Aspetos formais
Título
Alguns exemplos comuns de títulos mal conseguidos, por serem
ambíguos, generalistas, sem definir claramente o objeto de estudo,
usando fórmulas “batidas”, ou escolhendo temas já muito estudados:
Título
Exemplos de bons títulos :
Título
Estes títulos possuem as seguintes qualidades:
a) Introdução
• O primeiro objetivo da introdução é contextualizar o leitor e
articular o tema que será explorado, dando-lhe uma panorâmica
daquilo que se pretende atingir com o comentário;
• Deve apresentar-se ao leitor, de forma clara e sucinta, o tema ou
tese que se vai defender, e de seguida apontar os assuntos que
vão ser tratados e como vão ser tratados;
• Uma boa definição do que cabe e do que não cabe no âmbito
do artigo defende o aluno;
a) Introdução
Deve fazer-se uma apresentação sintética da situação sub judice,
descrevendo os trâmites processuais seguidos, a matéria de facto
provada, o teor e fundamentos da decisão recorrida, as alegações
do recorrente e contra-alegações do recorrido e as questões de
Direito suscitadas.
7. Aspetos formais
• É aqui que se vai defender, pelo menos, uma “ideia-força” (tese do aluno);
• Ir direto ao ponto;
• Analisar as fontes apropriadas ao caso concreto, levantar a questão jurídica a
presente e partir para a sua análise e discussão;
• Apresentar posições divergentes na doutrina e/ou jurisprudência e apreciá-
las criticamente – em modo de “diálogo” entre elas ou sistematizando-as em
blocos de acordo com um determinado critério que deve ser explicitado;
• Se possível, apresentar posição própria ou, pelo menos, adotar uma e
explicar porquê.
• É também aqui que deve ficar demonstrado que aquilo que se tenta provar (a
“ideia-força”) é verdade.
7. Aspetos formais
• Este tipo de trabalho académico é muito mais do que um mero resumo informativo do
acórdão em causa e das posições doutrinárias relevantes.
• Ou seja, antes de partir para a etapa da escrita, é muito importante fazer uma leitura
atenta e profunda, quer do acórdão, quer da doutrina e jurisprudência relevantes.
• A crítica jurisprudencial abarca um breve resumo inicial,
mas exige a postura e a opinião de quem escreve.
ataca?
desadequada?
NOTA: Quando um autor usa o conteúdo de um site claramente tendencioso, o raciocínio fica
comprometido. Pelo contrário, a argumentação fica mais robusta ao citar fontes tão
Conselhos:
• Evitar apresentar as suas ideias dizendo "eu acho" ou "na minha opinião”,
sem que estas estejam suportadas numa fonte ou argumento científico de
autoridade. É esperado que o aluno expresse as suas opiniões, mas deve
apoiá-las em evidências científicas.
c) Conclusão
d) Bibliografia
e) Anexos
Excertos de legislação ou diagramas que sejam pertinentes, devem
figurar nesta secção, no final do trabalho.
8. Revisão final
8. Revisão Final
Pode ser usada uma espécie de checklist para garantir que o trabalho
está pronto a ser entregue:
Mafalda Serrasqueiro
mafaldaserrasqueiro@fd.ulisboa.pt