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(CCE0692)
Fluidos de Corte
Mesmo tendo algumas vezes estas outras funções, o fluido de corte está
presente num processo de usinagem principalmente para lubrificação
e/ou refrigeração
Água
Emulsões
Emulsões
Pelo fato de que tais emulsões são essencialmente água, elas possuem
um poder refrigerante incomparável. Por outro lado, a presença de óleo
mineral, emulsificadores e inibidores de corrosão, supera as
desvantagens básicas da água, que são a sua ação corrosiva e seu baixo
poder de umedecimento dos metais. São usados ainda biocidas, que
inibem o crescimento de bactérias e fungos, que devem ser compatíveis
com a pele humana e atóxicos.
Emulsões
Algumas emulsões contêm aditivos do tipo EP (extrema pressão) que
são compostos sulfurados e clorados que proporcionam maior
resistência em operações severas de corte, isto é, estes óleos não
vaporizam mesmo em pressões elevadas. Estas emulsões com aditivos
EP são utilizadas quando se necessita um maior poder lubrificante,
onde, como já visto, os óleos emulsionáveis comuns são inadequados.
Em algumas operações, os óleos emulsionáveis EP podem substituir os
óleos puros de corte, sem perda do poder de lubrificação.
Material da Peça
O alumínio, o latão, o bronze e o cobre devem ser usinados a seco ou
com óleos inativos sem enxofre. Não se pode utilizar fluidos com água
devido ao risco de combustão, causada pela liberação de hidrogênio. Na
usinagem do níquel e suas ligas usa-se, em geral, emulsões.
Na usinagem do aço carbono pode-se usar qualquer tipo de óleo (a
escolha se dá baseada em outros fatores que não o material da peça).
Para o aço inoxidável austenítico é bom que se utilize óleos do tipo EP
para dificultar o empastamento do cavaco na ferramenta.
Material da Peça
O ferro fundido cinzento deve ser usinado a seco ou com ar (às vezes
com aspiração do cavaco), para evitar dano à máquina-ferramenta já
citado anteriormente. No torneamento de aços endurecidos com
ferramentas de CBN ou cerâmicas é preferível que não se use fluido de
corte, a fim de que o calor gerado possa diminuir um pouco a dureza do
material da peça e, com isso, facilitar o corte. Isto não traz prejuízos às
ferramentas, já que estes materiais são extremamente resistentes à
temperatura.
Condição de Usinagem
Utiliza-se óleo puro quando as condições de usinagem são severas
(operações de desbaste, onde se tem alto avanço e profundidade de
usinagem e baixa velocidade de corte) e as forças de corte elevadas e,
assim, é necessária a lubrificação das partes em contato. As baixas
velocidades de corte facilitam a penetração do fluido até a interface
cavaco-ferramenta e ferramenta-peça. A emulsão é preferida quando as
condições de usinagem são mais brandas (velocidade de corte mais alta)
e necessita-se principalmente de refrigeração.
Operação de Usinagem
A escolha do fluido de corte baseado na operação de usinagem está
muito ligada às condições de usinagem desta operação. Assim, em
operações de retificação, onde a velocidade de corte é altíssima, a
emulsão é preferida (já que é muito difícil conseguir lubrificação).
Em operações mais lentas e mais pesadas, como o corte de dentes de
engrenagem e o mandrilamento, óleos ativos e viscosos, que tem a
propriedade de aderir à ferramenta, são preferíveis.
Operação de Usinagem
Na furação profunda, necessita-se de lubrificação, mas também de baixa
viscosidade, para que o cavaco possa ser removido. Assim, utiliza-se
óleo mineral composto ou óleo sulfurado com baixa viscosidade. No
brochamento são utilizadas emulsões, óleos sulfurados ou óleos puros,
dependendo do material que está sendo cortado.
Material da Ferramenta
Ferramentas de aço rápido têm problemas com a exposição à água
devido à corrosão. Assim, as emulsões que são utilizadas em operações
com ferramentas de aço rápido devem possuir aditivos antiferruginosos
eficientes. O metal duro suporta qualquer tipo de óleo de corte e a
escolha daquele adequado deve ser baseada nos outros critérios citados
acima.
Material da Ferramenta
Operações com ferramentas cerâmicas a base de óxidos devem ser
realizadas sem fluido de corte para evitar a variação de temperatura que
é muito danosa para este tipo de ferramenta. As ferramentas cerâmicas,
os cermets, as ferramentas com cobertura de óxido de alumínio, os
nitretos cúbicos de boro e os diamantes policristalinos são ferramentas
muito resistentes ao calor (alta dureza a quente) e, em princípio,
dispensariam a utilização de fluido de corte com o fim de minimizar o
desgaste.
Material da Ferramenta
Em operações com estas ferramentas, a utilização do fluido de corte,
quando acontece, visa principalmente evitar danos às peças.
Porém, existem alguns estudos realizados para evitar ou minimizar a
utilização de fluidos de corte, a fim de se evitar problemas com o meio
ambiente causados pelo vapor dos fluidos de corte e para se diminuir os
custos com a compra e tratamento dos fluidos de corte.