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TRATAMENTO SOB VAPOR PARA AUMENTAR A VIDA ÚTIL DAS

FERRAMENTAS DE CORTE

Devido a usinagem de metais ser uma operação corriqueira porém muito cara, as
oportunidades para grandes economias pelo tratamento a vapor, está presente em
várias empresas. Não é preciso muita imaginação para traduzir-se economias em
vida útil das ferramentas, e consequentemente, tempo de ajustes, custos, mão-de-
obra não produtiva, em custos mais baixos de produção.

Muitas ferramentas, de alta velocidade tem maior durabilidade em cerca de 50 a

100%, quando tratadas a vapor. Essa razão, as vezes chega a 6 para 1, quando
cortando materiais tais como, aço de liga estrutural. Os resultados são: menor
necessidade de reposição, menor tempo na troca e afiação das mesmas.

Um filme, duro, resistente (Fe3 O4) formado na superfície de trabalho, quando

usando o tratamento a vapor é a razão desta longa vida. Esse filme micro-fino,
(apenas 0.00011” de espessura) é bastante aderente, tem uma cor preta azulada
é suficientemente porosa para reter óleo de corte, e é altamente resistente a
corrosão.

→ Dá maior lubrificação:
Porque o filme de óxido envolve a ferramenta, o lubrificante da usinagem, retido
pelos poros do filme, melhora a lubrificação no ponto de contato durante a
usinagem, e reduz o atrito.

→ Diminui lascas de solda:

Quando a ferramenta é usada, a camada de óxido de ferro evita rebarbas e faz
com que a ferramenta permaneça afiada por tempo maior.
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→ Alívia tensões de usinagem:

Na usinagem de metais criam-se tensões superficiais as quais são reduzidas
quando do uso de ferramentas tratadas à vapor, além de se propiciar arestas de
corte mais resistentes a ferramenta.

Economize com o Tratamento a Vapor

Se você trabalhar com metais ferrosos ou não ferrosos, ou ainda produtos não
metálicos, tais como borracha moldada, e não ter pesquisado sobre o tratamento
de atmosfera a vapor, você pode ter desprezado um grande recurso econômico no
processo.

Em várias empresas, esse método tem provado ser um destacado redutor de

custo, possibilitando fazer os trabalhos com resistência superior ao desgaste, ter
maior vida, melhor mecanização, maior resistência a corrosão.

Ao mesmo tempo em que leva a uma redução, ou completa eliminação de

operações de acabamento, que consomem tempo.

Em ferramentas de corte de aço rápido, por exemplo, mantém-se a mesma afiada

por mais tempo. Em peças sinterizadas, a resistência a compressão e dureza,
aumentam considerávelmente. Para aço estrutural, dá um acabamento uniforme
na cor preto azulada. Em fundições de ferro cinza, veda a micro porosidade, e dá
alta resistência a corrosão.

Aplicada à peças não ferrosas, possibilita a utilização imediata da mesma sem

tratamento adicional. Em borracha moldada, uma segundo tratamento melhora a
sua vida útil.
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Esse método altamente versátil é seguro e barato. A operação é simples. O forno

é levado a 370ºC, com atmosfera de ar, e mantido por meia hora, enquanto o
vapor é injetado, para purgar o ar da câmara de trabalho.

A carga é então aquecida, à temperatura de banho e mantida por um tempo

específico, com vapor fluindo pelo forno. No final do banho, a carga é resfriada a
ar, ou lavado em solução solúvel.

Quando ligado com peças não ferrosas, o forno pode ser purgado a 200ºC, e as
peças resfriadas a ar, ou lavadas.

As necessidades de segurança e espaço reduzido deste equipamento compacto,

para este processo, facilita a instalação direta nas linhas de produção, uma vez
que é especialmente projetado, para tratamento a vapor à temperatura de 676ºC.
O forno pode também ser usado com atmosferas naturais ou inertes.

Nas páginas seguintes, você encontrará maiores detalhes e benefícios do uso do

tratamento a vapor numa variedade de materiais. Podem sugerir possibilidades
específicas nas quais o método funciona, para se melhorar a qualidade, eliminar
operações desnecessárias e reduzir custos.

Tratamento a Vapor em Peças Sinterizadas

Com a tendência crescente em direção ao uso de peças sinterizadas para

produção em massa de grandes variedades de pequenas peças, métodos de
melhoria das propriedades físicas dessas partes tornam-se muito importantes.

Muitos fabricantes descobriram no tratamento uma resposta simples e com

sucesso na busca de melhoria da qualidade.
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→ Aumenta a dureza e resistência à compressão:

Em peças sinterizadas o aquecimento em temperatura de vapor varia de 380ºC a
600ºC, e produz aderência perfeita camada oxidada controlada em toda superfície
exposta, tendendo a preencher os poros com óxido.
A textura do filme do óxido nos poros das peças aumenta grandemente a dureza,
e consequentemente, a peça tem maior resistência à deformação. Testes de
impactos em peças sinterizadas a vapor, indicam que possuem rendimento duas
vezes maior ao obtido por sinterizados normais.

→ Aumenta resistência a corrosão:

A camada de óxido depositada em superfícies expostas, durante tratamento a
vapor, tem por si só, um certo grau de resistência a corrosão. Se peças
sinterizadas forem lubrificadas após o tratamento a vapor, esta resistência natural
a corrosão é melhorada pela habilidade da camada de óxido, reter o lubrificante.

→ Melhora o desgaste:
O óxido duro propícia também uma condição de “breaking-in” quando do inicio de
utilização ou quando do “desgaste” da peça. Quando o óxido original na parte
externa desgasta, o óxido nos poros continua a oferecer material de resistência ao
desgaste.

→ Dá acabamento visual:
Por produzir uma cor uniforme, possibilita um acabamento uniforme evitando
trincas quando do manuseio.
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Exemplos:
Ferramentas de aço rápido, são usadas para usinagem a 0.250” de largura de
fenda, em uma peça de 4140, tratado a quente, a uma dureza de 34 a 38 RC.
Ferramentas normais fizeram apenas quatro peças, e não poderão ser reafiadas,
devido a pequena tolerância.
Ferramentas de carbeto, produziram apenas 11 a 14 peças por corte.
Quando tratadas a vapor, produziram 100 a 125 peças.

Na furação de peças de baquelite, a ação abrasiva do material danificou tão

rapidamente as ferramentas, que as rachaduras do material dos blocos resultam
em muitos rejeitos. Antes de tratar a vapor, uma ferramenta servia para furar 10
furos, com uma média de rejeito de 1 a 4 blocos. Com o tratamento a média
passou a ser de 25 furos por ferramenta, e o rejeito não é mais fator crítico.

Testes laboratoriais feitos por fabricantes de brocas mostram que o tratamento a

vapor, aumentou a vida útil de seus produtos em 50% ou mais. Fornos com o
tratamento à vapor são padrão em todas suas fábricas agora.
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O tratamento à vapor veda e protege peças de ferro fundido

O baixo custo e excelente propriedades físicas do ferro fundido fez dele muito
popular como material de engenharia básica, o tratamento térmico desenvolve a
certeza de suas vantagens inerentes:

→ Veda a porosidade microscópica

Em varias aplicações onde bombas e corpos de válvulas devem resistir pressões
internas de líquidos ou gás, se torna necessário vedar os fundidos contra micro
porosidade para evitar vazamentos em condições operacionais. O tratamento a
vapor provou ser uma solução barata e efetiva para esse problema, enquanto dá a
peça um acabamento uniforme de bom visual na cor preto azulado.

→ Aumenta a resistência a corrosão:

Existem vários usos para peças fundidas onde a resistência a corrosão é
altamente importante. Uma vez mais o tratamento a vapor geralmente seguido por
lubrificação ou engraxamento preventivo contra ferrugem provou ser altamente
eficiente. Testes com o sal indicam que este tratamento é melhor ou igual ao
tratamento com cadmio .

→ Melhora a resistência ao desgaste:

Peças fundidas tais como eixos de rolamentos, válvulas, pistões, etc. possuem
melhores propriedades de desgaste usando-se o tratamento a vapor. O filme de
óxido poroso retém lubrificantes suficientes para ajudar a acomodação da peça
quando encaixada durante o período de “break-in”.
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Exemplos:
Engrenagens com Ø 1/8” foram testadas quando a dureza em uma máquina
Rockwell antes e depois do tratamento a vapor. Após o vapor, 10 peças testadas
mostraram um aumento médio na dureza de 43% nos dentes, 112% nos cubos e
26% na carga de quebra de compressão.

Engrenagens sinterizadas foram tratadas a vapor para melhorar a resistência de

choque nas superfícies críticas do engrenamento. Este objetivo também é
desejado para pistões sinterizados de amortecedores automotivos.

Um fabricante de auto-peças produz peças sinterizadas tais como, eixos, pistões

de amortecedores, etc. de pó de ferro, depois trata estas peças com o vapor. Eles
descobriram que o filme de oxido atua tanto como um lubrificante e como anti
ferrugem, além de aumentar a dureza e resistência à compressão.

O método a vapor dá as peças de aço um acabamento anti corrosivo,

na cor preto azulado

Na preparação da superfície de peças de aço a serem pintadas, estampadas,

usinadas, esmerilhadas ou tratadas para anti corrosivos, geralmente demandam
muito tempo e tem operações de alto custo. Em alguns casos, a falta de limpeza
da superfície, causa trincas nas áreas pintadas. Em outros casos, necessita uma
limpeza específica antes de usinar e esmerilhar. Ainda em outros casos as partes
devem estar protegidas contra corrosão entre operações ou durante o
armazenamento, antes da montagem final. Muitas empresas superaram tais
problemas e conseguiram superfícies resistente a corrosão por meio do
tratamento a vapor. Quando o tratamento à vapor substitui o tratamento químico,
os custos são geralmente de 20 a 25% menores. Onde é usado para alivio de
tensão ou revenimento, antes de usinar ou esmerilhar, evita-se a operação de
jateamento de areia.
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→ O tratamento forma uma base uniforme de pintura:

A camada de óxido de ferro depositada pela atmosfera do vapor provou ser um
excelente agente aglutinado da pintura. Isto, combinado com a uniformidade das
camadas obtidas pelo sistema de vapor, evita que a pintura trinque durante o
manuseio. A operação é simples e barata. Peças que não são danificadas podem
ser simplesmente armazenadas em bandejas, e outras empilhadas ou colocadas
em prateleiras.

→ O tratamento mantém as roscas limpas e uniforme:

Na fabricação de parafusos tratados, para uso automotivo e de aviação a limpeza
da superfície das roscas se tornam extremamente importantes para agilizar as
operações de montagem. Em outros casos onde ferramentas de aperto são
usadas, impurezas na superfície podem facilmente mostrar uma leitura falsa,
resultando então em um aperto não adequado, e conseqüente falha prematura do
parafuso. Quando tais peças são tratadas a vapor elas saem limpas e sem
carepas com um acabamento uniforme preto azulado. Quando à desoxidação é
necessária, a uniformidade da composição da camada formada resulta em uma
grande redução no tempo de decapagem.

→ Melhora o acabamento superficial:

Quando do alivio de tensão de peças moldadas a frio ou a tempera dessas peças
com liga de aço estrutural devem ser seguidas por usinagem ou esmerilhamento
de precisão, então torna-se necessário limpar estas peças por meio de jateamento
de areia antes da operação final. A substituição do ar por atmosfera de vapor
durante a operação de alivio de tensão ou têmpera, elimina a necessidade de tal
limpeza, e ao mesmo tempo produz um acabamento mais fino da superfície, nas
mesma condições operacionais.
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→ Aumenta a resistência de anti corrosão:

Existem centenas de peças de aço onde a necessidade anti corrosiva requer uma
operação de acabamento extra. A experiência tem mostrado que o tratamento a
vapor é um método de baixo custo e rápido, garantindo uma condição relativa anti
corrosiva nessas peças, quando armazenadas ou manuseadas em atmosfera
normal. Peças como parafusos, são geralmente lavadas em óleo solúvel após o
tratamento a vapor. Em qualquer dos casos a experiência tem mostrado que a
resistência anti corrosiva das superfícies tratadas a vapor é ainda tão boa quanto
aquelas obtidas por processos de oxidação química, ou melhor quando
lubrificadas a óleo.

→ O sistema a vapor reduz custos de limpeza de peças não ferrosas:

Uma das maiores desvantagens na fabricação de metais não ferrosas, tais como:
latão, bronze, alumínio, cobre, etc são as prolongadas operações mecânicas de
limpeza química, que deve, ser usadas na remoção de formação de óxido durante
outros tratamentos, como recozimento, alívio de tensão. Nos últimos anos,
entretanto, muitos fabricantes reduziram ou em alguns casos, eliminaram essas
operações, por meio de tratamento com vapor, ao invés de ar.

→ Latão e Bronze:
Peças como luvas, prendedores, container de cosméticos, cartuchos, etc, são
recozidos e aliviados de tensão, de maneira limpa, em vapor.

→ Cobre Berílio:
Essas peças, tais como, componentes de disjuntores elétricos, que devem ser
estampadas após endurecimento, podem ser tratadas a vapor, com um mínimo de
oxidação, reduzindo as operações subsequentes de decapagem.
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→ Alumínio:
Peças estampadas como componentes elétricos ou fabricados, que precisam de
tratamento final, requerem menor polimento após o tratamento a vapor.
Peças que adquirem uma camada fosca, na atmosfera de ar só ficam com leve
reflexo cinza no acabamento durante o tratamento a vapor, o que é facilmente
removida.

O sistema a vapor dá as peças moldadas

em borrachas maior durabilidade

Ainda que a cura da borracha por meio de atmosfera a vapor, para evitar oxidação
tenha sido praticada por mais de cem anos, o uso do sistema de tratamento
térmico a vapor para cura secundária de peças de borracha moldadas é uma
inovação recente.

→ O sistema a vapor usa:

Forno de convecção forçada
O sistema a vapor combina os benefícios de atmosfera de vapor, ao aquecimento
por convecção forçada e apura o controle de temperatura, para garantir um
aquecimento rápido, uma distribuição uniforme do aquecimento, e uma circulação
perfeita do vapor pela carga.
A combinação de aquecimento rápido com a alta uniformidade significa tratamento
de aquecimento de grande volume em um pequeno espaço. Os fornos a vapor
compactos e bem selados são freqüentemente instalados junto a linha de
produção.
O custo de atmosfera do forno é baixo. A fonte de vapor pode ser uma de
processamento de vapor ou um gerador elétrico ou a gás.
Além dos fornos tipo poço ou “batch”, também, os fornos contínuos de esteira
podem ser empregados.