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DUREZA
Aula - 05
Prof. Dr. Carlos Triveño Rios
DUREZA
-É uma condição da superfície do material,
-Não é uma propriedade do material (depende da máquina, da carga, do tipo
de penetrador etc…)
-Está relacionada com as propriedades elásticas e plásticas do material
-Dá uma idéia da solidez, rigidez, firmeza do material
-Pode ser definida de forma particular, como;
-Resistência à penetração permanente sob cargas estáticas ou dinâmicas
(dureza por penetração),
-Absorção de energia sob cargas de impacto ou dinâmicas (dureza por rebote)
-Resistência à abrasão (dureza por desgaste)
-Resistência de um material à deformação (plástica e elástica) localizada por
outro material de maior dureza (metalurgistas),
-Resistência à penetração de um material duro em outro mole (mecânicos),
-Resistência ao risco que um material pode fazer em outro (mineralogista),
Em geral podemos definir como:
-Resistência do material à deformação plástica localizada por um penetrador
(indentador).
Métodos para Obter Medidas de Dureza:
Ensaios estáticos: mais importantes na engenharia.
-A carga através do penetrador se aplica de forma estática ou quase estática. O penetrador
se pressiona contra a superfície do material ensaiado de forma lenta. Em geral a medida de
responde à equação:
Dureza = Força / Área de impressão pelo penetrador.
-Técnicas: Brinell, Vickers, Knoop, Rockwell, nanodureza.
Ensaios dinâmicos:
-A carga se aplica em forma de impacto. Em geral o penetrador (indentador) é projetado
sobre a superfície do material ensaiado (amostra) com energia conhecida e a dureza se
obtém desde a energia de rebote do penetrador após o impacto.
-Os resultados são dependentes da elasticidade do material por isso os resultados
devem ser comparados com materiais cujas propriedades elásticas sejam as mesmas.
-Técnicas: Shore, Leeb (conhecidos como dureza por rebote), Poldi, etc.
Usadas para avaliar:
-a efetividade do tratamento térmico; -a resistência ao desgaste de um material,
-a usinabilidade do material; e; -para obter estimativas de resistência mecânica
-Ensaios de dureza e de tração são os mais usados: para seleção, classificar, controle de
qualidade do materiais e de linhas de produção,
Razão para usar na engenharia dureza pode ser relacionados a YS e UTS.
-Ensaio de dureza é uma técnica fácil, rápida e até portátil que ensaios de tração,
-Maquinas de ensaios de tração são mais caras e as vezes difíceis de ser encontradas.
DUREZA
Impressões
maiores e mais
profundas
Materiais Mais
Macios, menos
duros
Dureza por Risco - Escala de MOHS
10 4
K=
λ2
λ = largura do
risco (µm)
Extremo onde se
aplica o golpe de
martelo
Aparelho cilíndrico oco
Dureza Escleroscópica – Shore, DES
Dureza dinâmica por Rebote para aços endurecidos.
É um aparelho portátil usado onde o método Brinell não pode ser usado
Penetrador: Barra de aço com ponta arredondada de diamante
(raio R) localizada dentro de um tubo. A barra pode ter massa (m)
de 3, 7 e 25 grs.
O tubo pode ser de vidro ou metal com escalas que podem
chegar a 256 mm ?.
Procedimento: A barra sofre queda dentro do tubo desde uma
altura conhecida e no rebote da barra, mede-se a altura alcançada.
Valor de dureza: é igual à altura alcançada no rebote da barra,
que é proporcional à energia potencial parcialmente consumida na Diagrama esquemático para
deformação plástica da amostra ensaiada. determinar dureza Shore
Norma E-448 da ASTM
-Ex. se uma barra (de 3 a 7
grs) alcança no rebote 140
divisões corresponde a um
aço ferramenta martensitico
ocorre menor absorção de
energia material frágil,
F = força em N Indentador
tipo A e C
Indentador
tipo D
Tipos de dispositivos de
VB = velocidade após o impacto (rebote) impacto para dureza Leeb
VA = velocidade de impacto
2
P
Amostra
H
B
Relação: P Kgf
π
.
D
.
D
d
= = =
2
AC ( − − ) mm 2 Esquema de Penetração
Esfera: Carbeto de Tungstênio, se usam para durezas da ordem de 650HB (cargas acima de 3000 Kgf).
Tabela de valores de dureza Brinell em DESVANTAGENS;
função do diâmetro da impressão. -Não usado para peças muito finas;
-Não aplicável a materiais muito
duros de igual o superior dureza que
dos penetradores de esferas de aço
temperado ou carbeto de tungstênio.
-Dureza máxima admissível 500HB
Defeitos de Impressão:
σ = α.HB
resistência à tração para alguns materiais
Valores experimentais de α
-Procedimento:
Esquema de Penetração
p1 p2
2º Passo. Aplicar 3º Passo. Aplicar a 4º Passo. Retirar a
uma pré- carga, carga maior até carga maior e fazer
1º Passo. Aproximar a elimina defeitos que o ponteiro pare a leitura de dureza.
superfície do CP.
Determinação da DR
Escalas
Informações Adicionais Sobre o Ensaio de Dureza Rockwell
A superfície do suporte deve ser plana e perpendicular ao penetrador,
Não deve ocorrer impacto na aplicação das cargas,
Em materiais desconhecidos, deve-se, realizar o ensaio partindo de escalas
altas para mais baixas, a fim de evitar danos no penetrador.
Tempo de aplicação da pré-carga: menor que 3 segundos, e para aplicação
da carga total entre: 1 a 8 segundos.
Como: d1 ≈ d1 ≈ d
d2
A= Substituindo em:
2 sen(136º / 2)
Equações para Determinara a Dureza HV
d1 kgf/mm2
d2
Ou, F
F
Tipos der Dureza Vickers
Na dureza Vickers: Por questão de padronização, as cargas recomendadas
são: 1, 2, 3, 4, 5, 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 kgf.
- Dureza Vickers : 5-120 Kgf
- Microdureza: < 1 Kgf (cargas desde 5gf até 1000 gf. )
Para cargas muito altas (> de 120 kgf), utiliza-se, o ensaio de dureza Brinell.
Microdureza Vickers: Útil para materiais com superfícies tratadas termicamente
e para medidas de dureza de micro-constituintes individuais de uma microestrutura
-FoFo Nodular:
Fase clara (ferrita) = 162HV, e,
Fase escura (perlita) = 324HV
GRÁFICO e TABELA
DE CONVERSÃO DE
DUREZA
MICRODUREZA VICKERS KNOOP Técnica similar à dureza Vickers
Utiliza um penetrador de diamante na forma de uma pirâmide alongada.
Usa cargas menores a 1 Kgf (10gf-1kgf), produz uma impressão microscópica.
A superfície do CP deve ser plana e polida.
Geometria da impressão Vickers Knoop :
Relações
Curva típica em
CMSX-6 com
máxima carga
de 500 µN
-Impressão em Vidro metálico de Profundidade
grande volume Zr41,2Ti13,8Cu12,5Ni10Be22,5 de contato, hC
com penetrador Berkovich.
Parâmetros e equações usados na determinação da
dureza e do modulo de elasticidade
-ε = Cte. geométrica = 0,75 para penetrador Berkovich na rigidez S descarregada.
-Rigidez S em descarregamento medida na inclinação da curva exponencial na máxima carga,
-O modulo elástico reduzido, Er, é relacionado à rigidez em descarregamento, S.
-β é uma Cte, de forma do penetrador Berkovih = 1,034
-E e ν do material impresso,
-Ei e νi do penetrador diamante, Ei = 1,141 TG e νi = 0,07
Profundidade na periferia
sem contato, hs
Profundidade de
contato, hC
Ex.: Uma empresa comprou um lote de chapas de aço carbono com a seguinte
especificação:
- espessura: 4 mm
- dureza Brinell (HB): 180
Essas chapas devem ser submetidas a ensaio de dureza Brinell para confirmar se
estão de acordo com as especificações. Nosso problema consiste em saber se essas
chapas podem ser ensaiadas com a esfera de 10 mm? E qual seria a solução?
Solução:
Da tabela1, sabemos que 180HB corresponde à relação F/D2 igual a 30. Essa
relação (tabela 2) corresponde à carga de ensaio de 3.000 kgf para D = 10mm.
Tabela-1 O quadro de diâmetros de esfera mais usados e os valores de
carga para cada caso, em função do fator de carga escolhido.
Tabela-2
Ex.; -Deduzir a equação da dureza Brinell; HB = 2F/(πD(D-(D2 – d2)1/2))) desde a figura mostrada,
sabendo que a área da calota, Ac = πDp
Solução: Utiliza-se uma relação entre a profundidade (p) e o diâmetro da calota (d).
2 2
AC =
π .D
2
(
D − D2 − d2 )
-Dureza Brinell; HB = F/AC
Substituindo, AC:
2
F
H
F = carga em kgf, ou N. B
π
.
D
.
D
d
p = profundidade da calota =
2
D = diâmetro do penetrador em mm, ( − − )
d = diâmetro da impressão em mm.
HB = kg/mm2
Ex.; A figura do lado, mostra o resultado da impressão de um cristal MgO (001),
usando um penetrador de Diamante Berkovich. A rigidez em descarregamento na
profundidade de máxima impressão de 1,45 µm é de 1,8x106 N/m. A calibração
com sílica fundida indica que a área de contato projetada na profundidade de
contato é de 41 µm2. A razão de Poisson do MgO é de 0,17. Calcular o modulo
elástico e a dureza de MgO.
-A área de contato projetado, Ac:
7. Determine a área de impressão produzida em uma amostra de ferro fundido que apresentou um valor
de 0,39 mm para a diagonal de impressão em uma medição de dureza Vickers HV-20. R: 0,082 mm2
8. Determine o incremento de profundidade de penetração após a remoção da força complementar
para uma medida de dureza igual a 56 HR45T. R: 0,044mm
9. Considere uma medida de dureza Rockwell C em que se obteve uma profundidade de penetração,
após remoção da força complementar, igual a 0,09 mm. Qual a dureza da amostra em unidades
HRC?. R: 55
10. Segundo a norma ASTM D2240-03, relacionada à dureza Shore (Durometer Hardness), a força
aplicada no ensaio é dada pelas seguintes relações:
F = 0,55 + 0,075 HA F = força em N
HA = leitura de dureza para os durômetros Shore dos tipos A, B, E e O
F = 0,4445HD HD = leitura de dureza para os durômetros Shore dos tipos C, D e DO
Determine a força exercida pela mola sobre a amostra em um ensaio de dureza Shore A com leitura
A/45/30, sendo A = escala de dureza Shore; 45 = leitura de dureza obtida no ensaio; 30 = tempo de
aplicação da força em segundos. Determine também a força exercida pela mola sobre a amostra em
um ensaio de dureza Shore D com leitura D/60/30. R: Shore A → F = 3,93N; Shore D → F = 26,7N
11. A figura abaixo mostra os valores de dureza Brinell
e dureza Meyer de uma amostra de cobre encruado
(work-hardened copper) e de uma amostra de cobre
recozido (annealed copper) em função do diâmetro da
marca de impressão feita com um penetrador de 10 mm
de diâmetro.
-Explique as diferenças observadas entre as medidas
Brinell e Meyer. Comente sobre a validade do conceito
físico envolvido em cada um destes métodos de dureza.