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EN 2816-PROPRIEDADES MECÂNICAS E TÉRMICAS

DUREZA
Aula - 05
Prof. Dr. Carlos Triveño Rios
DUREZA
-É uma condição da superfície do material,
-Não é uma propriedade do material (depende da máquina, da carga, do tipo
de penetrador etc…)
-Está relacionada com as propriedades elásticas e plásticas do material
-Dá uma idéia da solidez, rigidez, firmeza do material
-Pode ser definida de forma particular, como;
-Resistência à penetração permanente sob cargas estáticas ou dinâmicas
(dureza por penetração),
-Absorção de energia sob cargas de impacto ou dinâmicas (dureza por rebote)
-Resistência à abrasão (dureza por desgaste)
-Resistência de um material à deformação (plástica e elástica) localizada por
outro material de maior dureza (metalurgistas),
-Resistência à penetração de um material duro em outro mole (mecânicos),
-Resistência ao risco que um material pode fazer em outro (mineralogista),
Em geral podemos definir como:
-Resistência do material à deformação plástica localizada por um penetrador
(indentador).
Métodos para Obter Medidas de Dureza:
Ensaios estáticos: mais importantes na engenharia.
-A carga através do penetrador se aplica de forma estática ou quase estática. O penetrador
se pressiona contra a superfície do material ensaiado de forma lenta. Em geral a medida de
responde à equação:
Dureza = Força / Área de impressão pelo penetrador.
-Técnicas: Brinell, Vickers, Knoop, Rockwell, nanodureza.
Ensaios dinâmicos:
-A carga se aplica em forma de impacto. Em geral o penetrador (indentador) é projetado
sobre a superfície do material ensaiado (amostra) com energia conhecida e a dureza se
obtém desde a energia de rebote do penetrador após o impacto.
-Os resultados são dependentes da elasticidade do material por isso os resultados
devem ser comparados com materiais cujas propriedades elásticas sejam as mesmas.
-Técnicas: Shore, Leeb (conhecidos como dureza por rebote), Poldi, etc.
Usadas para avaliar:
-a efetividade do tratamento térmico; -a resistência ao desgaste de um material,
-a usinabilidade do material; e; -para obter estimativas de resistência mecânica
-Ensaios de dureza e de tração são os mais usados: para seleção, classificar, controle de
qualidade do materiais e de linhas de produção,
Razão para usar na engenharia dureza pode ser relacionados a YS e UTS.
-Ensaio de dureza é uma técnica fácil, rápida e até portátil que ensaios de tração,
-Maquinas de ensaios de tração são mais caras e as vezes difíceis de ser encontradas.
DUREZA

Impressões
maiores e mais
profundas

Materiais Mais
Macios, menos
duros
Dureza por Risco - Escala de MOHS

Entre os ensaios ao risco, a


escala de dureza Mohs (1822) é a
mais conhecida.
Mais usado na área da
mineralogia e pouco em metais.
A dureza por risco relaciona a
capacidade de um material riscar
o outro.
Microdureza Bierbaum, K método de dureza por risco,
-Aplicação de uma força de 3gf ou 9gf, sobre uma superfície
previamente preparada por polimento e ataque químico.
-Penetrador: diamante padronizado, com formato igual a um canto de
cubo com ângulo de contato de 35º,
Por meio de um microscópio, mede-se a largura do risco λ (µm),
O valor numérico da dureza Bierbaum (K), é calculado pela equação:

10 4
K=
λ2
λ = largura do
risco (µm)

Micrografia óptica de aço carbono com


depósito de Cr. Ataque FeCl3.
Ensaios Dinâmicos
-A carga se aplica em forma de impacto e a dureza
vai depender da energia absorvida no rebote devido
à deformação elástica do material ensaiado.
-Neste grupo, podem ser incluídos alguns métodos
por rebote e por impacto.
Dureza pelo Método Poldi
-Conhecido, como, Brinell de oficina ou Método de Martelo. Martelo
-O Valor de dureza não se obtém da diferença de energia, más,
sem da diferença de impressões obtidas ao mesmo tempo na Cubo
padrão
amostra (dp) e um cubo padrão (dV) de dureza conhecida (HV)
Penetrador
quando se aplica em forma dinâmica um golpe com martelo.
Extremo onde se aplica
o golpe de martelo Amostra
Aparelho
cilíndrico oco

Extremo onde se
aplica o golpe de
martelo
Aparelho cilíndrico oco
Dureza Escleroscópica – Shore, DES
Dureza dinâmica por Rebote para aços endurecidos.
É um aparelho portátil usado onde o método Brinell não pode ser usado
Penetrador: Barra de aço com ponta arredondada de diamante
(raio R) localizada dentro de um tubo. A barra pode ter massa (m)
de 3, 7 e 25 grs.
O tubo pode ser de vidro ou metal com escalas que podem
chegar a 256 mm ?.
Procedimento: A barra sofre queda dentro do tubo desde uma
altura conhecida e no rebote da barra, mede-se a altura alcançada.
Valor de dureza: é igual à altura alcançada no rebote da barra,
que é proporcional à energia potencial parcialmente consumida na Diagrama esquemático para
deformação plástica da amostra ensaiada. determinar dureza Shore
Norma E-448 da ASTM
-Ex. se uma barra (de 3 a 7
grs) alcança no rebote 140
divisões corresponde a um
aço ferramenta martensitico
ocorre menor absorção de
energia material frágil,

Usado para situações Relação Dureza Chore


adversas em peças em função do limite de
grandes (cilindro de resistência
laminador, trens de pouso
de avião, etc.)
Aparelho Escleroscópico
Durômetro Shore (de Bolso)
Durômetro Shore é uma evolução do escleroscópio. Medidas de queda de
peso foram substituídos por um sistema de medição por mola, muito usado na
medida de dureza de materiais poliméricos. Tipos mais usados:
Escala A: Polímeros Macios; Borrachas, silicone, vinil, plásticos macios (emin= 6mm)
Escala C: Diversas espumas, esponjas.
Escala D: Polímeros rígidos, termoplásticos; fórmica, epóxis e plaxiglass (emin=3 mm)
Método: consiste em aplicar uma pressão através de uma mola calibrada unida a
um penetrador de aço temperado (esférico ou cômico) atuando para dentro do material.
-Um dispositivo de escala fornece a profundidade de impressão corresponde o
valor da dureza do material.

F = força em N Indentador
tipo A e C
Indentador
tipo D

F = 0,55 + 0,075HA Fmola ~ 8,05 N Fmola ~ 44,45 N

F = 0,4445 HD HA = leitura de dureza para durômetros Shore - Tipos A, B, E e O


HD = leitura de dureza para durômetros Shore - Tipos C, D e DO
Dureza por Penetração - Shore
Relação entre Durezas de Materiais Poliméricos
Dureza por Rebote – Leeb (HL)
Dureza dinâmica por Impacto é uma evolução do método Shore
Penetrador: dispositivo de impacto que tem um magneto e uma
esfera de carbeto de tungstênio de 3 a 5 mm de diâmetro, que é
lançado a velocidade conhecida, VA, por ação de uma mola.
Dureza: se calcula pela velocidade antes,VA, e depois, VB, do
impacto, medidas pela diferença de potencial elétrico que se gera
na bobina, quando a esfera (com um imã) atravessa a bobina.
Equipamento portátil para
medida de dureza Leeb (HL)

Tipos de dispositivos de
VB = velocidade após o impacto (rebote) impacto para dureza Leeb
VA = velocidade de impacto

Normas de conversão de HL para


escalas HB, HRC, HRC e HV
-DIN 50150
-ASTM E140

Quanto mais macio o material, menor será a velocidade da esfera no rebote.


Durezas obtidas por métodos dinâmicos são recomendáveis para espessuras superiores a 20 µm
DUREZAS POR PENETRAÇÃO P
DUREZA BRINELL, HB (Hardness Brinell): Penetradores
1ro ensaio padronizado industrialmente em 1900.
Norma: ASTM E10 e ABNT NBR-6294
Procedimento: Aplicar carga estática (P) através do
penetrador de diâmetro, D, sobre uma superfície plana,
polida e limpa por: 15s para durezas maiores que
300HB, 60s para metais moles e 30s para outros casos.
Tipos de Penetradores p
-metálica (aço temperado, HBS) Calota
impressa
-cerâmica (carboneto de tungstênio, HBw)

2
P
Amostra
H
B

Relação: P Kgf
π
.
D
.
D

d
= = =

2
AC ( − − ) mm 2 Esquema de Penetração

Resultado: Calota impressa de diâmetro (d) inferior ao


diâmetro do penetrador, D, num tempo de impressão (t).
A área da calota esférica, AC = π.D.p
Substituindo Ac, temos: HB = P 2P
=
d = D.senφ π Dp π D 2 ( 1 − cos φ )

Método difícil para medir a profundidade (p) da calota,


Pouco influenciado por riscos e rugosidades superficiais,
Diferentes cargas são usadas para cobrir uma ampla faixa de durezas de metais comerciais.
DUREZA BRINELL: P2

Escolha: de carga (P) e, diâmetro da esfera de impressão (D):


P1 D2
-Condição geométrica semelhante de impressão senφ = igual D1
Para obter a mesma dureza, HB, com diferentes esferas, D, a
carga, P, deve variar de acordo as seguintes relações:
Φ
d = D.senφ
φ d d d P1 P2
= = Cte. = C d1
sen = 1 = 2 = calota = C
2 D1 D2 Dpenetrador D21 D22 e
d2
O ângulo 2φ deve ser uma Cte., C. Isso garante a mesma Limite de espessura da amostra
configuração geométrica na impressão Fator de Carga = P/D2. (CP) e da esfera usada: e≥2d
Ou, por Norma, em = 17xp
Fator de Carga
A Cte. C assume diferentes P =C
valores de acordo a Norma IRAM 104,
e segundo a Norma ASTM E10
assume diferentes durezas para
diferentes classes de materiais:

Assim, esferas com diâmetros; 0.625, 1.25,


2,5, 5 e 10 mm com suas respectivas cargas
cumprem a razão: C = P/D2

-Critério para selecionar o diâmetro do penetrador:


Limitações sob pequenas espessuras e partes Espessura da amostra, e, mm
tensionadas sítios de falha. Diâmetro da esfera, D, mm

Esfera: Carbeto de Tungstênio, se usam para durezas da ordem de 650HB (cargas acima de 3000 Kgf).
Tabela de valores de dureza Brinell em DESVANTAGENS;
função do diâmetro da impressão. -Não usado para peças muito finas;
-Não aplicável a materiais muito
duros de igual o superior dureza que
dos penetradores de esferas de aço
temperado ou carbeto de tungstênio.
-Dureza máxima admissível 500HB
Defeitos de Impressão:

-Amassamento de bordas: metais de


grande capacidade de encruamento:
- diâmetro real de impressão: dreal > d’

-Aderência de bordas: metais de pouca


capacidade de encruamento diâmetro
real de impressão: dreal < d’

Valores entre parênteses são referenciais, pois


estão fora da faixa normal do ensaio Brinell.
Representação de resultado: 400 HBS 5/500/30
Significa: dureza 400HB, obtida com esfera de aço de 5 mm de diâmetro, 500 gf dureza Brinell: e
tempo de impressão de 30s.
CORRELAÇÃO ENTRE A DUREZA BRINELL E RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

Permite a conversão medidas de dureza em valores de resistência à tração.


Útil em situações onde não existe máquinas de ensaios de tração, ou quando a
situação é inversa.
Correlação entre a dureza e limite de

σ = α.HB
resistência à tração para alguns materiais

Valores experimentais de α

Dureza de Algumas Fases de Aços

Devido ao tamanho da impressão, é o único aplicável para FoFo


Não recomendado para materiais com tratamento superficiais que apresentam
maior que 380HB
Dureza Meyer, HM
P
- É a pressão média entre a superfície da esfera e a superfície de pm = 2
impressão é igual à carga dividida pela área da impressão projetada. πr
P = carga igual que na dureza Brinell
4P
HM = 2 d = diâmetro da impressão projetada HM1
πd HM = Kgf/mm2
HB
A dureza Meyer, HM
-É mais racional que a dureza Brinell, porém, raramente usada. HM2
-É menos sensível à carga aplicada do que a dureza Brinell.
-Materiais trabalhados a frio Em d = D, sob a mesma carga:
HB
=
1
HM 2
HM no inicio aumenta e depois é quase Cte, independe da
carga. HM1 = Metais recozidos ou macios
-Materiais recozidos HM2 = Metais Trabalhados a frio
HM aumenta com a carga devido ao encruamento
Dureza Brinell primeiro aumenta e depois decresce para
cargas maiores.
Quando d = D, a razão: HB / HM = ½, para metais macios
ou trabalhados a frio.
Devido as semelhanças das curvas de dureza com as curvas: σ & ε
verdadeira (HM1) e σ & ε engenharia (HB), foi proposta a lei de Meyer: P = k .d n'

n’ (Mat. Recozido) ~ 2,5


n’ (Mat. Endurecidos) ~2,0
DUREZAS ROCKWELL (por Penetração)
Introduzido por Rockwell em 1922 (E.U.) Baseia-se na profundidade da impressão
diferente da Brinell (considera só a área da impressão feito pelo penetrador).
Norma: ASTM E18 e NBR-6671 Esféra Cônico
-Existem 2 tipos de Penetradores:
Tipo esférico (esfera de aço temperado),
Tipo cônico (diamante com 120º de conicidade).

-Procedimento:

Esquema de Penetração

p1 p2
2º Passo. Aplicar 3º Passo. Aplicar a 4º Passo. Retirar a
uma pré- carga, carga maior até carga maior e fazer
1º Passo. Aproximar a elimina defeitos que o ponteiro pare a leitura de dureza.
superfície do CP.

Leitura da dureza Rockwell em escala analógica ou digital.


-A escala contem 100 divisões, c/divisão = 0,02 mm de profundidade de penetração.
-Escala Preta Cônico diamante
-Escala Vermelha Esfera de aço temperado
Tipos de Dureza Rockwell:
i) Rockwell normal
ii) Rockwell Superficial

Determinação da Profundidade de Penetração, p. e Dureza HR

Determinação da DR

C1 e C2 são constantes para cada escala.


∆p (= p2 – p1) Variação de profundidade,
p1= profundidade da penetração com a pré-carga
p2 = profundidade de penetração com a carga total.
Escalas de Dureza Rockwell

Escalas
Informações Adicionais Sobre o Ensaio de Dureza Rockwell
A superfície do suporte deve ser plana e perpendicular ao penetrador,
Não deve ocorrer impacto na aplicação das cargas,
Em materiais desconhecidos, deve-se, realizar o ensaio partindo de escalas
altas para mais baixas, a fim de evitar danos no penetrador.
Tempo de aplicação da pré-carga: menor que 3 segundos, e para aplicação
da carga total entre: 1 a 8 segundos.

80HR15N Dureza Rockwell superficial Correlações Brinell-Rockwell


80 na escala 15N,
DUREZAS VICKERS (por Penetração)
Introduzido em 1925, se baseia na relação carga aplicada com área superficial da
impressão, usando um penetrador de diamante com 136º de ângulo entre as fases opostas.
-Procedimento;
A superfície plana e polida (atacada) deve ser focada no MO
Aplicar a carga por um tempo, t. mudando a objetiva pelo penetrador.
Retirar a carga (penetrador) e focar novamente para medir as diagonais, d1 e d2.
Cálcular da média das diagonais da impressão
Calcular a dureza HV atraves da equação, ou fazer conversão desde tabelas.:

Como: d1 ≈ d1 ≈ d
d2
A= Substituindo em:
2 sen(136º / 2)
Equações para Determinara a Dureza HV

d1 kgf/mm2
d2

Ou, F
F
Tipos der Dureza Vickers
Na dureza Vickers: Por questão de padronização, as cargas recomendadas
são: 1, 2, 3, 4, 5, 10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 kgf.
- Dureza Vickers : 5-120 Kgf
- Microdureza: < 1 Kgf (cargas desde 5gf até 1000 gf. )
Para cargas muito altas (> de 120 kgf), utiliza-se, o ensaio de dureza Brinell.
Microdureza Vickers: Útil para materiais com superfícies tratadas termicamente
e para medidas de dureza de micro-constituintes individuais de uma microestrutura

Formas de Impressão Vickers


a) perfeita, e, com defeitos de impressão: b) afundamento, e, c) de aderência,
Embora as
medidas das
diagonais sejam
iguais, as áreas de
impressão são
diferentes
Ocasiona erros de
leitura.

Perfeito Afundamento em Aderência em


materiais recozidos materiais encruados
ou moles
Relação entre Dureza Vickers e Relação entre dureza Vickers e
limite de proporcionalidade
Tensão limite de proporcionalidade
Dureza Vickers também pode ser
correlacionada com o limite de
proporcionalidade.

Materiais Duros: HV ∼ 2 a 3σp


Materiais Metálicos: HV ∼ 3 a 4σp

Exemplos de Impressao Vickers


-No mesmo material
Diferentes cargas = Mesma Microdureza

-FoFo Nodular:
Fase clara (ferrita) = 162HV, e,
Fase escura (perlita) = 324HV
GRÁFICO e TABELA
DE CONVERSÃO DE
DUREZA
MICRODUREZA VICKERS KNOOP Técnica similar à dureza Vickers
Utiliza um penetrador de diamante na forma de uma pirâmide alongada.
Usa cargas menores a 1 Kgf (10gf-1kgf), produz uma impressão microscópica.
A superfície do CP deve ser plana e polida.
Geometria da impressão Vickers Knoop :

Relações

P = carga aplicada [gf];


l = comprimento da diagonal maior [µm];

APLICAÇÕES DA MICRODUREZA KNOOP


Levantamento de curvas de profundidade de tempera, cementação ou outro
tratamento superficial
Determinação da dureza de microconstituintes individuais de uma microestrutura
Determinação da dureza de materiais frágeis
Determinação da dureza de peças pequeníssimas e finas.
Dureza Knoop
Exemplos de Impressão Relação Vickers a Vikers Knoop
Diferenças relacionadas à quantidade de
deformação, à densificação, e às faces
do indentadores.

A área no ensaio Knoop


é cerca de 15% menor que
da área correspondente no
ensaio Vickers;

O ensaio Knoop permite a medida de durezas de materiais frágeis; vidros, camadas


finas como películas de tintas ou camadas eletrodepositadas.
O ensaio Knoop requere uma preparação cuidadosa da amostra e é recomendável o
polimento eletrolítico em vez de polimento mecânico para não promover encruamento.
Dimensões Mínimas Entre Espaçamentos de Impressão no C.P.

Distância entre centros de impressão d


4d da calota para ferrosos;
6d da calota para outros
materiais

Distância da borda: 2,5d da calota


Zona Plástica Abaixo do penetrador (indentador)
Abaixo do penetrador existe uma zona plástica
deformada e esta rodeado com material elástico que
atua dificultando o esocamento plástico.
O material que rodeia a zona deformada é rígido e
escoa material para cima compensado a forca de
penetração,
A tensão compressiva necessária para causar o
escoamento plástico durante o ensaio de dureza é maior
que na compressão simples devido a suas restrições. Zona Plástica Abaixo do
penetrador Brinell
Dureza em Altas Temperaturas -HV: dureza Vickers de safira
-T: temperatura, K
A dureza dependente da temperatura -A, B: Constantes
pode ser expressada, como: HV = e-BT -Realizado em atmosfera controlada
ou vácuo.
Nanodureza Dureza por Penetração
Útil para materiais tipo filmes ou substratos finos e materiais na condição nanofase; +precisos.
Focar a superfície plana no microscópio acoplado, procurar a área de interesse.
Aplicar a força atraves de um atuador eletromagnético. Penetrador
O deslocamento é medido por um sensor capacitivo.

Curva típica em
CMSX-6 com
máxima carga
de 500 µN
-Impressão em Vidro metálico de Profundidade
grande volume Zr41,2Ti13,8Cu12,5Ni10Be22,5 de contato, hC
com penetrador Berkovich.
Parâmetros e equações usados na determinação da
dureza e do modulo de elasticidade
-ε = Cte. geométrica = 0,75 para penetrador Berkovich na rigidez S descarregada.
-Rigidez S em descarregamento medida na inclinação da curva exponencial na máxima carga,
-O modulo elástico reduzido, Er, é relacionado à rigidez em descarregamento, S.
-β é uma Cte, de forma do penetrador Berkovih = 1,034
-E e ν do material impresso,
-Ei e νi do penetrador diamante, Ei = 1,141 TG e νi = 0,07

Para uma profundidade de contato de 1,293µm,


qual será a dureza segundo a figura do lado?
H = 380mN/24,5(1,293µm)2 = 380x10-3N/(24,5(1.293x10-6m)2)
H = 9277275688 Pa = 9.27 GPa

Profundidade na periferia
sem contato, hs
Profundidade de
contato, hC
Ex.: Uma empresa comprou um lote de chapas de aço carbono com a seguinte
especificação:
- espessura: 4 mm
- dureza Brinell (HB): 180
Essas chapas devem ser submetidas a ensaio de dureza Brinell para confirmar se
estão de acordo com as especificações. Nosso problema consiste em saber se essas
chapas podem ser ensaiadas com a esfera de 10 mm? E qual seria a solução?
Solução:
Da tabela1, sabemos que 180HB corresponde à relação F/D2 igual a 30. Essa
relação (tabela 2) corresponde à carga de ensaio de 3.000 kgf para D = 10mm.
Tabela-1 O quadro de diâmetros de esfera mais usados e os valores de
carga para cada caso, em função do fator de carga escolhido.
Tabela-2

Assim: é possível calcular a profundidade, p, de impressão:


Isolando a profundidade: p, temos:
mm
HB
∴ A espessura mínima da chapa por normas brasileiras: e =17xp = 17x0,53mm = 9,01mm
Conclusão: as chapas de 4 mm não podem ser ensaiadas com a esfera de 10 mm, por
apresentar uma espessura menor que 9,01mm.
Solução: Devem ser usadas esferas de impressão de menor diametro.
Ex.; Uma amostra foi submetida a um ensaio de dureza Brinell.
Se usou uma esfera de 2,5 mm de diâmetro e aplicou-se uma
carga de 187,5 kgf, produzindo uma impressão de 1,0 mm de
diâmetro. Qual é a dureza do material ensaiado.
HB = 227

Ex.; -Deduzir a equação da dureza Brinell; HB = 2F/(πD(D-(D2 – d2)1/2))) desde a figura mostrada,
sabendo que a área da calota, Ac = πDp
Solução: Utiliza-se uma relação entre a profundidade (p) e o diâmetro da calota (d).
2 2

D/2 = X + p D d


X=   − 
 2 2
D 1
p= − X = ( D − D2 − d 2 )
2 2
-Área da calota esférica; AC = π.D.p
p
Substituindo, p:

AC =
π .D
2
(
D − D2 − d2 )
-Dureza Brinell; HB = F/AC
Substituindo, AC:

2
F
H
F = carga em kgf, ou N. B
π
.
D
.
D

d
p = profundidade da calota =

2
D = diâmetro do penetrador em mm, ( − − )
d = diâmetro da impressão em mm.
HB = kg/mm2
Ex.; A figura do lado, mostra o resultado da impressão de um cristal MgO (001),
usando um penetrador de Diamante Berkovich. A rigidez em descarregamento na
profundidade de máxima impressão de 1,45 µm é de 1,8x106 N/m. A calibração
com sílica fundida indica que a área de contato projetada na profundidade de
contato é de 41 µm2. A razão de Poisson do MgO é de 0,17. Calcular o modulo
elástico e a dureza de MgO.
-A área de contato projetado, Ac:

-O modulo reduzido, Er é dado por:

-Substituição para a razão de Poisson de MgO e Ctes.


Elásticas do diamante.

-Carga em função da profundidade


de impressão para MgO, A rigidez
descarregada, S, na máxima carga é
indicada.

-Desde a figura, a carga na profundidade máxima de 1,45


µm é de 380 mN (380x10-3 N).
Lista de exercícios:
Microconstituintes Dureza Brinell
1. Estime a dureza Brinell e o limite de resistência à (fases) HB
tração de uma peça ABNT 1020 resfriada em forno,
a partir da região autentica, em função da dureza Ferrita-α 80
dos microcontituintes mostrada na tabela. Perlita Grosseira-p 240
R. 120 HB e 414 MPa. Perlita Fina 380
Martensita 595

2. Deduzir a equação da dureza Vickers; HV = 1,854F/d2, sabendo que o penetrador consiste de


uma ponta de diamante com forma de pirâmide de base quadrada e ângulo de vértice de 136°.
Para isso esquematize a impressão Vickers.
3. Um dos inspetores do departamento de controle de qualidade tem freqüentemente utilizado
ensaios de dureza Brinell e Rockwell (equipamentos disponíveis na empresa). Ele afirma que
todos os testes de dureza são baseadas no mesmo princípio que do ensaio Brinell: “a dureza é
sempre medido como a carga aplicada dividida pela área das impressões feitas por um
penetrador”. (a) ele está correto? (b) Se não, indique que outros princípios são envolvidos na
medida de dureza e a quais ensaios de dureza estão associados?.
4. Um lote de aço recozido acaba de ser recebido do fornecedor. Supõe-se que deve possuir
uma força de tensão na faixa de 414 a 483 MPa. Um teste de dureza Brinell no departamento de
recepção gera um valor de HB = 118. (a) Será que o aço cumpre a especificação na resistência
à tração para ser rejeitado ou não? (b) Estime a resistência ao escoamento do material sabendo
que a razão entre tensão de escoamento à resistência a tração é de 0,555.
5. Indique um ou mais métodos para determinar a dureza dos materiais relacionados abaixo,
justificando sua escolha:
Aço temperado
Polietileno de baixa densidade
Poliamida 6,6
Vidro
Liga de chumbo
Camada de tinta
Camada nitretada
Fase austenítica em uma amostra metalográfica
6. Em um ensaio de dureza Brinell de um aço baixo carbono, obteve-se um diâmetro de impressão
d=1 mm. O grau de carga aplicado foi de 30 e o diâmetro da esfera de 2,5 mm. Calcule a dureza HB
e a resistência à tração aproximada. R: HB = 229; σ = 82,44 kgf/mm2
0,102 P G=grau de carga
G= P=carga aplicada pelo indentador em N
D2 D=diâmetro do indentador em mm

7. Determine a área de impressão produzida em uma amostra de ferro fundido que apresentou um valor
de 0,39 mm para a diagonal de impressão em uma medição de dureza Vickers HV-20. R: 0,082 mm2
8. Determine o incremento de profundidade de penetração após a remoção da força complementar
para uma medida de dureza igual a 56 HR45T. R: 0,044mm
9. Considere uma medida de dureza Rockwell C em que se obteve uma profundidade de penetração,
após remoção da força complementar, igual a 0,09 mm. Qual a dureza da amostra em unidades
HRC?. R: 55
10. Segundo a norma ASTM D2240-03, relacionada à dureza Shore (Durometer Hardness), a força
aplicada no ensaio é dada pelas seguintes relações:
F = 0,55 + 0,075 HA F = força em N
HA = leitura de dureza para os durômetros Shore dos tipos A, B, E e O
F = 0,4445HD HD = leitura de dureza para os durômetros Shore dos tipos C, D e DO

Determine a força exercida pela mola sobre a amostra em um ensaio de dureza Shore A com leitura
A/45/30, sendo A = escala de dureza Shore; 45 = leitura de dureza obtida no ensaio; 30 = tempo de
aplicação da força em segundos. Determine também a força exercida pela mola sobre a amostra em
um ensaio de dureza Shore D com leitura D/60/30. R: Shore A → F = 3,93N; Shore D → F = 26,7N
11. A figura abaixo mostra os valores de dureza Brinell
e dureza Meyer de uma amostra de cobre encruado
(work-hardened copper) e de uma amostra de cobre
recozido (annealed copper) em função do diâmetro da
marca de impressão feita com um penetrador de 10 mm
de diâmetro.
-Explique as diferenças observadas entre as medidas
Brinell e Meyer. Comente sobre a validade do conceito
físico envolvido em cada um destes métodos de dureza.

12. Descreva um método de dureza por rebote e indique seus usos.


13. Descreva algumas diferenças entre dureza Vickers e dureza Knoop e nanodureza..
14. Os seguintes dados de dureza foram obtidos para o cobre com penetrador esférico de 10 mm
de diâmetro: Carga (kg) Diâmetro da marca de impressão (mm)
Recozido ¼ Duro ½ Duro
500 4,4 3,2 2,9
1000 5,4 3,9 3,7
1500 6,2 4,6 4,5
2000 5,4 5,3
2500 5,9 5,7

a) Determine se a lei de Meyer é obedecida.


b) Determine os parâmetros k e n’ da lei de Meyer.
c) Faça um gráfico dos valores de dureza Brinell e Meyer em função da carga para o cobre na
condição ¼ duro. Comente as diferenças encontradas.
Resposta: Para o material recozido: k = 4,36 kgf; n' = 3,2
Condição ¼ duro: k = 21,9 kgf; n' = 2,69
Condição ½ duro: k = 43,2 kgf; n' = 2,3
15. Descreva o método de dureza Leeb.
16. Uma peça de aço é altamente deformado em temperatura ambiente. Sua dureza é de 300HB.
Estimar a área que esta na faixa abaixo do ponto de escoamento, ou seja, a resiliência para o
material, se a resistência ao escoamento é de um terço da dureza Brinell.. Rpta: UR = 337in-lb/in3.
Y = 300/3 = 100 kg/mm2 = 142,250 psi
Área abaixo a curva elástica; UR = Y2/2E (Eaço = 210GPa = 30x106psi)
UR = (142,25)2/2x(30x106) = 337in-lb/in3.
17. Em um ensaio de dureza pelo método POLDI a amostra padronizada exibe uma dureza de
350HB. O ensaio foi realizado com uma esfera de 8mm e se ontem um impressão de 3mm de
diâmetro na amostra padrão e 2,5mm de diâmetro na amostra ensaiada. Determinar a dureza da
amostra ensaiada. R. 510 HB.
18. Para realizar um ensaio de dureza Brinell de um aço, se utilizou uma esfera de 8 mm de
diâmetro, obtendo-se uma impressão de 3 mm de diâmetro. Se a constante de ensaio foi de 20.
Determinar; a) a forca utilizada, b) a dureza, c) a % de carbono do aço, e, d) a resistência à tração
estimada do aço. Rpta: 1920 Kgf, 261,7 HB, 1,28%C, e, 942 Kp/mm2.
19. Durante o ensaio de dureza Rockwell B, a profundidade h1, quando se aplica a pré-carga é de
0,01 m, e, a profundidade h3 quando se matem a pré-carga e depois de haver aplicado a totalidade
da carga é de 0,144 m. Qual será a dureza do material. Rpta; HRB = 63.

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