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790/0001-95
Primeira edição
28.06.2019
Número de referência
ABNT NBR ISO 6508-1:2019
33 páginas
© ISO 2016
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da ISO no território brasileiro.
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escrito da ABNT.
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Sumário Página
Prefácio Nacional.................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Princípio...............................................................................................................................1
4 Símbolos, termos abreviados e designações..................................................................1
5 Máquina de ensaio..............................................................................................................4
6 Corpo de prova....................................................................................................................5
7 Procedimento......................................................................................................................5
8 Incerteza dos resultados....................................................................................................7
9 Relatório de ensaio.............................................................................................................8
10 Conversão para outras escalas de dureza ou valores de resistência à tração.............8
Anexo A (normativo) Ensaio especial HR30Tm e HR15Tm para produtos finos.............................9
A.1 Geral.....................................................................................................................................9
A.2 Penetrador esférico.............................................................................................................9
A.3 Apoio do corpo de prova....................................................................................................9
A.4 Preparação do corpo de prova..........................................................................................9
A.5 Posição do corpo de prova................................................................................................9
Anexo B (normativo) Espessura mínima do corpo de prova em relação à dureza Rockwell......10
Anexo C (normativo) Correções a serem adicionadas aos valores de dureza Rockwell obtidos
em superfícies cilíndricas convexas...............................................................................13
Anexo D (normativo) Correções a serem adicionadas aos valores da dureza Rockwell
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Figuras
Figura 1 – Diagrama do princípio Rockwell.......................................................................................4
Figura B.1 – Ensaio com penetrador cônico de diamante (escalas A, C e D)..............................10
Figura B.2 – Ensaio com penetrador esférico (escalas B, E, F, G, H, e K).................................... 11
Figura B.3 – Ensaio Rockwell superficial (escalas N e T)..............................................................12
Figura I.1 – Cadeias de Calibração...................................................................................................30
Tabelas
Tabela 1 – Escalas Rockwell regular..................................................................................................2
Tabela 2 – Escalas Rockwell superficial............................................................................................2
Tabela 3 – Símbolos e termos abreviados.........................................................................................3
Tabela C.1 – Ensaio com penetrador cônico de diamante (escalas A, C e D)..............................13
Tabela C.2 – Ensaio com penetrador esférico de 1,587 5 mm (escalas B, F e G)........................14
Tabela C.3 – Ensaio Rockwell superficial (escalas 15N, 30N, 45N)a, b..........................................14
Tabela C.4 – Ensaio Rockwell superficial (escalas 15T, 30T, 45T)a, b............................................15
Tabela D.1 – Correções a serem adicionadas aos valores de dureza Rockwell escala C...........16
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Tabela E.1 – Faixa de repetibilidade e tendência admissíveis para a máquina de ensaio .........18
Tabela G.1 – Determinação da incerteza expandida de acordo com o método M1.....................26
Tabela G.2 – Determinação da incerteza expandida de acordo com o método M2.....................27
Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR ISO 6508-1 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo de Ensaios Mecânicos Estáticos (CE-004:005.015).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 23.05.2019 a 24.06.2019.
A ABNT NBR ISO 6508-1 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à
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ISO 6508-1:2016, que foi elaborada pelo Technical Committee Mechanical testing of metals (ISO/TC 164),
Subcommittee Hardness testing (SC 3).
A ABNT NBR ISO 6508-1 cancela e substitui a ABNT NBR NM ISO 6508-1:2008.
A ABNT NBR ISO 6508, sob o título geral “Materiais metálicos – Ensaio de dureza Rockwell”, tem
previsão de conter as seguintes partes:
Scope
This Part of ABNT NBR ISO 6508 specifies the method for Rockwell regular and Rockwell superficial
hardness tests for scales A, B, C, D, E, F, G, H, K, 15N, 30N, 45N, 15T, 30T, and 45T for metallic
materials and is applicable to stationary and portable hardness testing machines.
For specific materials and/or products, other specific International Standards apply (for instance,
ISO 3738-1 and ISO 4498).
NOTE Attention is drawn to the fact that the use of tungsten carbide composite for ball indenters is
considered to be the standard type of Rockwell indenter ball. Steel indenter balls are allowed to continue to
be used only when complying with Annex A.
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1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR ISO 6508 especifica o método para os ensaios de dureza Rockwell regular
e dureza Rockwell superficial para as escalas A, B, C, D, E, F, G, H, K, 15N, 30N, 45N, 15T, 30T e 45T
para materiais metálicos, e é aplicável a máquinas de ensaio de dureza fixas e portáteis.
Para materiais e/ou produtos específicos, outras Normas específicas (por exemplo, ISO 3738-1 e
ISO 4498) são aplicáveis.
NOTA Atentar para o fato de que o uso do composto de carboneto de tungstênio para penetradores
esféricos é considerado o tipo-padrão para penetradores Rockwell. Os penetradores de aço podem continuar
a ser utilizados apenas quando no atendimento ao Anexo A.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 6508-2:2019, Materiais metálicos – Ensaio de dureza Rockwell – Parte 2: Verificação
e calibração de máquinas de ensaio e penetradores
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ABNT NBR ISO 6508-3:2019, Materiais metálicos – Ensaio de dureza Rockwell – Parte 3: Calibração
de blocos de referência
3 Princípio
Aplicar uma força sobre um penetrador de tamanho, forma e material especificados na superfície
de um corpo de prova em dois níveis de força sob condições especificadas, definidas na Seção 7.
A força preliminar é aplicada e a profundidade de penetração inicial é medida, seguida pela aplicação
e remoção de uma força adicional especificada, retornando à força preliminar. A profundidade final é
então medida e o valor de dureza Rockwell é derivado da diferença, h, das profundidades final e inicial
e das duas constantes N e S (ver Figura 1, Tabela 1 e Tabela 2) conforme mostrado na Equação (1):
(1)
A faixa aplicável pode ser estendida a 10 HRC se a superfície do cone de diamante e a ponta esférica estiverem
polidas para uma profundidade de penetração de pelo menos 0,4 mm.
Escalas que utilizam penetradores esféricos com diâmetros de 6,350 mm e 12,70 mm também podem
ser utilizados, desde que discriminados na especificação do produto ou por acordo especial. Ver
ASTM E18 [11] para escalas adicionais utilizando estes tamanhos de esferas.
NOTA 1 Para certos materiais, a faixa aplicável pode ser mais estreita do que aquela indicada.
NOTA 2 Os números que representam as forças de ensaio foram originalmente baseados nas unidades do kgf.
Por exemplo, a força total de ensaio de 30 kgf foi convertida para 294,2 N.
Símbolo/
Termos Definição Unidade
abreviados
F0 Força preliminar de ensaio N
F1 Força adicional de ensaio (força total menos a força preliminar) N
F Força total de ensaio N
S Constante da escala, especificado para cada escala mm
N Constante da faixa completa, especificado para cada escala –
Profundidade de penetração permanente sob a força de ensaio
h preliminar após a remoção da força adicional de ensaio (profundidade mm
de penetração permanente)
HRA
HRC
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HRD
HRBW
HREW
HRFW
HRGW
HRHW
HRKW
HRN
HRTW
NOTA 1 Versões anteriores a esta Parte da ABNT NBR ISO 6508 permitiam o uso de penetradores esféricos
de aço, a qual requeria o sufixo S.
NOTA 2 Para as escalas HR30TSm e HR15TSm definidas no Anexo A, a letra maiúscula S e a letra
minúscula m são utilizadas para indicar o uso do penetrador esférico de aço e um porta-amostra de diamante.
Legenda
5 Máquina de ensaio
5.1 Máquinas de ensaio, que devem ser capazes de aplicar forças de ensaio para algumas ou todas
as escalas de dureza Rockwell como indicadas nas Tabela 1 e Tabela 2, conforme o procedimento
definido na Seção 7, e de acordo com todos os requisitos definidos na ABNT NBR ISO 6508-2.
5.2 Penetrador esferocônico de diamante, que deve estar de acordo com a ABNT NBR ISO 6508-2,
com um ângulo de inclinação de 120 ° e raio de curvatura na ponta de 0,2 mm. Penetradores de
diamante devem estar certificados para o uso
5.3 Penetrador esférico, que deve ser um composto de carboneto de tungstênio de acordo com a
ABNT NBR ISO 6508-2, com um diâmetro de 1,587 5 mm ou 3,175 mm (ver NOTA 1 e NOTA 2).
NOTA 2 Atentar para o fato de que o uso do composto de carboneto de tungstênio para penetradores
esféricos é o tipo-padrão de penetrador esférico Rockwell. Penetradores de aço somente podem ser utilizados
para a realização de ensaios HR30TSm e HR15TSm de acordo com o Anexo A.
6 Corpo de prova
6.1 O ensaio deve ser realizado sobre uma superfície plana e lisa, livre de camadas oxidadas,
matérias estranhas e, em particular, completamente livre de lubrificantes, exceto especificado em
contrário em Normas de produtos ou materiais.
Uma exceção é dada para metais reativos, como titânio, que podem aderir ao penetrador. Nestas
situações, um lubrificante adequado como o querosene, pode ser utilizado. O uso de um lubrificante
deve ser mencionado no relatório de ensaio.
6.2 Uma preparação deve ser feita de tal forma que qualquer alteração na dureza da superfície,
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Isto deve ser levado em conta, particularmente no caso de pequenas profundidades de penetração.
6.3 A espessura do corpo de prova, ou da camada sob ensaio (valores mínimos são apresentados no
Anexo B), deve ser pelo menos 10 vezes a profundidade de penetração permanente para penetradores
de diamante e 15 vezes a profundidade de penetração permanente para penetradores esféricos, a
menos que possa ser demonstrado que o uso de um corpo de prova mais fino não afeta o valor de
dureza medido.
Em geral, convém que nenhuma deformação esteja visível na superfície de apoio do corpo de prova
após o ensaio, embora nem toda marcação seja indicativa de um ensaio ruim.
Ver Anexo A para requisitos especiais para ensaios em chapas metálicas muito finas utilizando as
escalas HR30TSm e HR15TSm.
6.4 Para ensaios em superfícies cilíndricas convexas e superfícies esféricas, ver 7.11.
7 Procedimento
7.1 Esta Parte da ABNT NBR ISO 6508 foi desenvolvida com o requisito de temperatura de laboratório
de 10 °C a 35 °C.
NOTA Se estiverem presentes gradientes de temperatura significantes durante o ensaio e/ou calibração,
a incerteza de medição pode aumentar e podem ocorrer condições fora da tolerância.
7.2 A verificação diária definida no Anexo E deve ser realizada antes do primeiro ensaio para cada
escala a ser utilizada.
Convém que as condições dos penetradores de diamante sejam checadas de acordo com o Anexo F.
7.4 O penetrador de diamante ou o esférico deve ser o penetrador utilizado na última verificação
indireta.
Se o penetrador não tiver sido utilizado durante a verificação indireta e for utilizado pela primeira
vez, ele deve ser verificado de acordo com a verificação diária apresentada no Anexo E, utilizando
pelo menos dois blocos de ensaio (um para a faixa de baixa e outra para a de alta, como definida na
ABNT NBR ISO 6508-2:2019, Tabela 1), para cada escala Rockwell que for normalmente utilizada.
Isto não se aplica à reposição da esfera.
7.5 O corpo de prova deve ser colocado em um suporte rígido e apoiado de modo que a superfície
a ser penetrada esteja em um plano normal ao eixo do penetrador e à linha da força de penetração,
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Os produtos de forma cilíndrica devem ser apoiados adequadamente, por exemplo, em bloco com
centragem do tipo V ou em duplos cilindros feitos de material com uma dureza Rockwell de pelo
menos 60 HRC. Atenção especial deve ser dada ao correto assentamento, apoio e alinhamento dos
penetradores, do corpo de prova, do bloco com centragem do tipo V e do porta-penetrador da máquina
de ensaio, pois qualquer desalinhamento perpendicular pode fornecer resultado incorreto.
7.6 Colocar o penetrador em contato com a superfície de ensaio e aplicar a força preliminar de
ensaio, F0, sem choque, vibração, oscilação ou sobrecarga.
Não convém que o tempo de aplicação da força preliminar exceda 2 s. A duração da força preliminar
de ensaio, F0, deve ser de 3+−12 s .
NOTA Os requisitos para os tempos de duração são apresentados com limites assimétricos:
+1
3 −2 s indica que 3 s é o tempo de duração ideal, com uma faixa aceitável de não menos que
EXEMPLO
1 s (3 s - 2 s) não mais que 4 s (3 s + 1 s).
Para muitas máquinas manuais (indicador graduado), isto é feito a partir da configuração do indicador
dial para a posição de ajuste ou posição zero. Para muitas máquinas automáticas (digital), a medição
da profundidade é feita automaticamente sem a entrada de dados pelo usuário, e pode não ser exibida.
7.8 Aplicar a força adicional, F1, sem choque, vibração, oscilação, ou sobrecarga para aumentar a
força de F0 para a força total, F.
Para os ensaios na escala Rockwell regular, aplicar a força de ensaio adicional, F1, em não menos que
1 s e não mais que 8 s. Para todos os ensaios nas escalas Rockwell superficial HRN e HRTW, aplicar
a força adicional de ensaio, F1, em não menos que ou igual a 4 s. É recomendado realizar o mesmo
ciclo de ensaio utilizado na verificação indireta.
NOTA Há evidências que alguns materiais podem ser sensíveis à taxa de deformação que causam
pequenas variações no valor da tensão de escoamento. O efeito correspondente no término da formação da
impressão pode provocar uma alteração no valor de dureza.
7.9 A força total de ensaio, F, deve ser mantida durante um tempo de 5+−13 s . Remover a força
adicional de ensaio, F1, e, enquanto a força preliminar de ensaio, F0, for mantida, a leitura final deve
ser feita após 4+−13 s .
Com a exceção do ensaio de materiais que apresentam excessivo escoamento plástico (fluência
por penetração) durante a aplicação da força total de ensaio, considerações especiais podem ser
necessárias, uma vez que o penetrador continuará a penetrar. Quando os materiais requererem que
a duração da força total exceda os 6 s permitidos pelas tolerâncias, a duração real da força total
estendida utilizada deve ser relatada após os resultados do ensaio (por exemplo, 65 HRF/10 s).
7.10 Medição da profundidade de penetração final enquanto a força de ensaio preliminar é aplicada.
7.11 Para ensaios em superfícies cilíndricas convexas e superfícies esféricas, as correções apresen-
tadas no Anexo C (Tabela C.1, Tabela C.2, Tabela C.3 e Tabela C.4) e no Anexo D (Tabela D.1) devem
ser aplicadas.
Na ausência de correções para os ensaios em superfícies côncavas, convém que os ensaios nestas
superfícies estejam sujeitos à acordos especiais.
7.13 A distância entre os centros de duas impressões adjacentes deve ser de pelo menos três vezes
o diâmetro da impressão. A distância do centro de qualquer impressão até a borda de um corpo de
prova deve ser de pelo menos duas vezes e meia o diâmetro da impressão.
—— Uma possibilidade é baseada na avaliação de todas as fontes relevantes que aparecem durante
a calibração direta. Como uma referência, o guia EURAMET CG-16[4] está disponível.
9 Relatório de ensaio
O laboratório deve relatar pelo menos as seguintes informações e estas informações devem ser inclu-
ídas no relatório de ensaio, a menos que seja acordado pelas partes interessadas.
a) uma referência a esta Parte da ABNT NBR ISO 6508, por exemplo, a ABNT NBR ISO 6508-1;
e) todas as operações não especificadas nesta Parte da ABNT NBR ISO 6508, ou as consideradas
como opcional;
g) a duração real do tempo da força total estendida utilizada, se maior que os 6 s permitidos pelas
tolerâncias;
i) se a conversão para outra escala de dureza for realizada, a base e o método dessa conversão
devem ser especificados (ver ISO 18265[12]).
Anexo A
(normativo)
A.1 Geral
Este ensaio é aplicável a produtos de chapas metálicas finas com espessura máxima de 0,6 mm até
a espessura mínima indicada nas Normas do produto, e com dureza máxima de 82 HR30TSm ou
93 HR15TSm. A Norma do produto deve especificar quando o ensaio especial de dureza HR30Tm ou
HR15Tm é aplicado.
Este ensaio é realizado sob condições semelhantes àquelas do ensaio HR30TW ou HR15TW, definido
nesta Parte da ABNT NBR ISO 6508. A deformação aparente na face de apoio do corpo de prova,
abaixo da impressão, é permitida.
NOTA 1 A designação da escala Sm indica que um penetrador esférico de aço e um suporte de amostra de
diamante é utilizado para este ensaio.
NOTA 2 Convém que antes deste ensaio, sejam feitos ensaios de dureza em amostra de chapas finas em uma
dureza conhecida para verificar se a superfície do suporte da amostra não afeta os resultados da medição.
Os seguintes requisitos devem ser atendidos, além daqueles especificados nesta parte do Projeto.
Deve ser utilizado para este ensaio, um penetrador esférico de aço endurecido com um diâmetro de
1,587 5 mm, que atenda aos requisitos da ABNT NBR ISO 6508.
Anexo B
(normativo)
A espessura mínima do corpo de prova, ou da camada sob ensaio, é dada na Figuras B.1, Figura B.2
e Figura B.3
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Legenda
X dureza Rockwell
Y espessura mínima do corpo de prova, expressa em milímetros (mm)
Legenda
X dureza Rockwell
Y espessura mínima do corpo de prova, expressa em milímetro (mm)
Legenda
X dureza Rockwell
Y espessura mínima do corpo de prova, expressa em milímetro (mm)
Anexo C
(normativo)
Anexo D
(normativo)
Para ensaios em superfícies esféricas convexas, as correções apresentadas na Tabela D.1 devem ser
aplicadas.
Tabela D.1 – Correções a serem adicionadas aos valores de dureza Rockwell escala C
Diâmetro da esfera
Dureza d
Rockwell mm
indicada
4 6,5 8 9,5 11 12,5 15 20 25
55 HRC 6,4 3,9 3,2 2,7 2,3 2,0 1,7 1,3 1,0
60 HRC 5,8 3,6 2,9 2,4 2,1 1,8 1,5 1,2 0,9
65 HRC 5,2 3,2 2,6 2,2 1,9 1,7 1,4 1,0 0,8
Os valores das correções a serem adicionados à dureza Rockwell escala C, ΔH, apresentados na
Tabela D.1, são calculados utilizando a Equação (D.1):
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(D.1)
onde
Anexo E
(normativo)
E.1 Geral
A verificação diária da máquina deve ser feita em cada dia que a máquina for utilizada, a partir da
realização de ensaios em cada escala de dureza que ela é utilizada no dia. Selecionar pelo menos
um bloco de referência de dureza que atenda aos requisitos da ABNT NBR ISO 6508-3 nas faixas
definidas na Tabela E.1. É recomendado que o nível de dureza selecionado seja próximo daquele
a ser ensaiado. Somente a superfície calibrada dos blocos de ensaio é utilizada para a medição.
Realizar pelo menos duas impressões em cada bloco e calcular a tendência e a faixa de repetibilidade
dos resultados utilizando as Equações definidas a seguir. Se a tendência e a faixa de repetibilidade
estiverem dentro dos limites apresentados na Tabela E.1, a máquina pode ser considerada como
satisfatória. Caso contrário, verificar se o penetrador, o suporte da amostra, e a máquina estão em
boas condições, e repetir o ensaio. Se a máquina continuar falhando no ensaio diário, uma verificação
indireta, de acordo com a ABNT NBR ISO 6508-2:2019, Seção 5, deve ser realizada.
Convém que um registro dos resultados da verificação diária seja mantido por um período de tempo,
e utilizado para medir a reprodutibilidade e monitorar a variação da máquina.
E.2 Tendência
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -
(E.1)
onde
O valor médio da dureza das impressões, , é definido de acordo com a Equação (E.2):
(E.2)
onde
H1, H2, H3, H4, …, Hn são os valores de dureza correspondentes a todas as impressões
dispostas em ordem crescente de magnitude;
Faixa de repetibilidade
Escala de dureza Faixa de dureza Tendência
admissível máxima, r, da
Rockwell do bloco de referência admissível, b
máquina de ensaioa
20 a ≤75 HRA ±2 HRA 0,02 (100 - ) ou
A
>75 a ≤95 HRA ±1,5 HRA 0,8HRAb
10 a ≤45 HRBW ±4 HRBW
0,04 (130 - ) ou
B >45 a ≤80 HRBW ±3 HRBW
1,2 HRBWb
>80 a ≤100 HRBW ±2 HRBW
±1,5 HRC 0,02 (100 - ) ou
C 10 a ≤70 HRC
0,8 HRCb
40 a ≤70 HRD ±2 HRD 0,02 (100 - ) ou
D
>70 a ≤77 HRD ±1,5 HRD 0,8 HRDb
70 a ≤90 HREW ±2,5 HREW 0,04 (130 - ) ou
E
>90 a ≤100 HREW ±2 HREW 1,2 HREWb
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0,04 (130 - ) ou
H 80 a ≤100 HRHW ±2 HRHW
1,2 HRHWb
40 a ≤60 HRKW ±4 HRKW
0,04 (130 - ) ou
K >60 a ≤80 HRKW ±3 HRKW
1,2 HRKWb
>80 a ≤100 HRKW ±2 HRKW
0,04 (100 - ) ou
15N, 30N, 45N Todas as faixas ±2 HRN
1,2 HRNb
0,06 (100 - ) ou
15T, 30T, 45T Todas as faixas ±3 HRTW
2,4 HRTWb
a é o valor médio da dureza.
b O que for maior.
EXEMPLO 1
Da Equação (E.2), se tem = 24,6 HRC e da Equação (E.3), se tem r = 1,2 HRC.
A partir da Tabela E.1, para a escala HRC, a faixa de repetibilidade máxima a 24,6 HRC é calculada como
0,02 (100 − 24,6) = 1,51 HRC. Este é maior que 0,8 HRC; portanto, a faixa de repetibilidade admissível
máxima da máquina de ensaio para o bloco de referência é 1,51 HRC.
EXEMPLO 2
Da Equação (E.2), se tem = 63,5 HRC e da Equação (E.3), se tem r = 0,8 HRC.
A partir da Tabela E.1, para a escala HRC, a faixa de repetibilidade máxima a 63,5 HRC é calculada
como 0,02 (100 − 63,5) = 0,73 HRC. Este é menor que 0,8 HRC; portanto, a faixa de repetibilidade
admissível máxima da máquina de ensaio para o bloco de referência é 0,8 HRC.
Anexo F
(normativo)
A experiência tem mostrado que um número de penetradores inicialmente satisfatórios podem se tornar
defeituosos após o uso por um tempo relativamente curto. Isto é devido a pequenas trincas, pites ou
outras falhas na superfície. Se estas falhas forem detectadas a tempo, muitos penetradores podem
ser recuperados por esmerilhamento. Caso contrário, quaisquer pequenos defeitos na superfície
são agravados rapidamente e o penetrador fica inutilizado. Portanto, convém que a condição dos
penetradores seja checada inicialmente e em intervalos frequentes utilizando dispositivos óticos
adequados (microscópio, lente de aumento etc.).
—— Penetradores esmerilhados ou qualquer outro reparo devem ser verificados de acordo com os
requisitos da ABNT NBR ISO 6508-2.
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Anexo G
(informativo)
o efeito combinado de todas as incertezas separadas. Por causa desta abordagem, é importante
que os componentes individuais da máquina estejam operando dentro das tolerâncias. É fortemente
recomendado que esse procedimento possa ser aplicado em um período máximo de um ano, após
passar com sucesso pela verificação e calibração.
O Anexo I mostra a estrutura em quatro níveis da cadeia metrológica necessária para definir e disse-
minar as escalas de dureza. A cadeia começa no nível internacional, utilizando as definições interna-
cionais de várias escalas de dureza para realizar comparações internacionais. Um número de máqui-
nas de padronização primária de dureza no nível nacional “produz” blocos de referência de dureza
primários para a calibração no nível de laboratório. Naturalmente, convém que a calibração direta e a
verificação dessas máquinas tenham a maior exatidão possível.
a maior parte desta análise pode ser realizada imediatamente após a calibração da máquina e os resultados
incluídos no certificado de calibração da máquina.
—— o valor médio de dureza de cinco impressões feitas no bloco de referência de dureza durante a
calibração da máquina de ensaio de dureza,
G.4.1 Geral
—— Método M1: relativo à tendência sistemática da máquina de dureza de duas formas diferentes;
—— Método M2: permite a determinação da incerteza sem ter que considerar a magnitude da tendência
sistemática.
NOTA Neste Anexo, o índice CRM significa “Certified Reference Material” (Material de referência
certificado). Na Norma de ensaio de dureza, o certificado do material de referência é equivalente ao bloco de
referência de dureza, por exemplo, um corpo de prova com um valor certificado e um incerteza associada.
A medição da tendência, b, da máquina de ensaio de dureza pode ser considerada como efeito
sistemático. No ISO/IEC Guia 98-3[3] é recomendado que seja utilizada uma correção para compensar
estes efeitos sistemáticos, e esta é a base do M2. O resultado do uso deste método é que todos os
valores de dureza determinados devem ser reduzidos em b ou a incerteza Ucorr deve ser aumentada
em b. O procedimento para a determinação de Ucorr é explicado na Tabela G.1[6][7]
A incerteza de medição expandida combinada para uma única medição de dureza é calculada como
mostrado na Equação (G.1):
(G.1)
onde
(G.2)
onde
(G.3)
ou por
(G.4)
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Quando o método M1 é utilizado, também pode ser apropriado incluir as contribuições da incerteza
adicionais dentro do termo MRSQ relacionado ao valor de b empregado. Este será particularmente o
caso quando
—— a dureza medida for significantemente diferente dos níveis de dureza dos blocos utilizados durante
a calibração da máquina,
—— o material a ser medido for diferente do material dos blocos de referência de dureza utilizados
durante a calibração da máquina ou
Os cálculos destas contribuições adicionais na medição da incerteza não são discutidos aqui. Em todas
as circunstâncias, um método robusto para a estimativa da incerteza associada com b é requerido.
Como uma alternativa ao método M1, o método M2 pode ser utilizado em algumas circunstâncias.
O método M2 é um método simplificado que pode ser utilizado sem a necessidade de considerar a
magnitude de qualquer erro sistemático da máquina de ensaio de dureza; no entanto, o método M2
geralmente superestima a incerteza de medição verdadeira.
O método M2 é válido somente para as máquinas de ensaio de dureza que passaram na verificação
indireta de acordo com a ABNT NBR ISO 6508-2, utilizando o valor , em vez
de utilizar apenas o valor de tendência, b, ao determinar a conformidade com o desvio admissível
máximo da tendência (ver ABNT NBR ISO 6508-2).
No método M2, o limite da tendência (erro) (quantidade positiva pela qual a indicação da máquina é
permitida para diferir do valor do bloco de referência, como especificado na ABNT NBR ISO 6508-2)
é utilizado para definir um componente, bE, da incerteza. Não há correção dos valores de dureza em
relação ao limite de tendência.
A incerteza de medição expandida combinada para uma única medição de dureza é calculada como
mostrado na Equação (G.5):
(G.5)
onde
bE é o desvio admissível máximo da tendência como especificado na ABNT NBR ISO 6508-2, e
o resultado da medição é dado por
(G.6)
EXEMPLO
Uma máquina de ensaio de dureza realiza uma única medição de dureza Rockwell C, x, na amostra de ensaio
A última verificação indireta da máquina de ensaio determinou a tendência, b, com uma incerteza da
tendência UHTM utilizando o CRM de . . A dureza deste CRM foi a mais próxima da
dureza da amostra dos ensaios daqueles CRM utilizados para a verificação indireta.
b = −0,72 HRC
Tendência medida da máquina de ensaio, b:
Para determinar a falta de repetibilidade da máquina de ensaio, o laboratório realiza cinco medições
HRC, Hi, em um CRM com uma dureza similar à da amostra de ensaio. As cinco medições foram
feitas adjacentes entre si, atendendo aos requisitos de espaçamento, a fim de reduzir a influência da
não-uniformidade do bloco.
Valores das cinco medições, Hi : 61,7 HRC; 61,9 HRC; 62,0 HRC; 62,1 HRC; 62,1 HRC
onde
(G.7)
(G.8)
onde n = 5.
O valor de sH baseado nas medições da última verificação indireta, de acordo com a ABNT NBR ISO 6508-2,
pode ser utilizado em vez de realizar os ensaios de repetibilidade acima; no entanto, este valor de
desvio-padrão geralmente superestimará a falta do componente de incerteza da repetibilidade, pois
ele também inclui a não uniformidade do CRM.
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Exemplo
Passo Fontes de incerteza Símbolos Equação Literatura/Certificado
[..] = HRC
Valor de tendência, b, b e UHTM de acordo com a
e incerteza, UHTM, da b verificação indireta reportada b = −0,72 HRC
1 tendência da máquina UHTM utilizando um CRM de UHTM = 0,66 HRC
de ensaio de dureza da uHTM
verificação indireta (ver NOTA 1)
Cinco medições são feitas
ABNT NBR ISO 6508-1:2019
Fontes de Exemplo
Passo Símbolos Equação Literatura/Certificado
incerteza [..] = HRC
Incerteza Tendência admissível,
expandida bE = Valor positivo da tendência b, de acordo com a
1 bE
derivado do erro admissível máxima ABNT NBR ISO 6508-2,
admissível máximo Tabela 2
Incerteza padrão
devido à resolução
4 do valor de dureza ums
indicado no
mostrador digital
Determinação
Passos 1, 3, e 4
5 da incerteza U
k=2
expandida
Resultado da
6 X
medição
NOTA O valor de sH com base nas medições da última verificação indireta de acordo com a ABNT NBR ISO 6508-2 pode ser utilizado, mas geralmente ele superestimará
a falta do componente de incerteza da repetibilidade, uma vez que ele inclui a não-uniformidade do CRM. Em circunstâncias onde a média de múltiplas medições de
dureza em uma amostra de ensaio é relatada, em vez de uma única medição de dureza, o valor de sH no Passo 3 pode ser substituído pelo desvio-padrão das múltiplas
medições de dureza da amostra de ensaio dividida pela raiz quadrada do número de medições de dureza, n, e o valor de t deve ser apropriado para as n medições
. A contribuição da incerteza calculada, uH, será também considerada na não uniformidade da amostra de ensaio.
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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95
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Anexo H
(informativo)
Em 1999, na 88ª Sessão do Comitê Internacional de Pesos e Medidas (CIPM), o Dr. Kozo Lizuka,
Presidente do Comitê Consultivo de Massas e Grandeza Correlatas (CCM), afirmou: “Embora
a definição das escalas de dureza seja certamente convencional, no sentido do uso da Equação
arbitrariamente escolhida, o método de ensaio é definido por uma combinação de grandezas físicas
expressas pelas unidades do SI; o padrão de dureza é estabelecido e mantido pela maioria dos INM
e a rastreabilidade ao padrão dos INM é exigida pela indústria e por outros setores “. As discussões
subsequentes levaram à constatação de que os padrões de dureza podem ser incluídos na base de
dados de comparações-chave (KCDB) para o Acordo de Reconhecimento Mútuo (MRA) e, portanto,
um completo Grupo de Trabalho em Dureza (CCM-WGH) foi estabelecido no âmbito do CCM.[8]
Anexo I
(informativo)
A partir desta definição, duas coisas são necessárias para que um resultado de medição tenha
rastreabilidade:
a) uma cadeia ininterrupta de calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição;
A ABNT NBR ISO 6508-3 especifica tanto o procedimento requerido para calibrar os blocos de
referência utilizados na Verificação Indireta da máquina de ensaio quanto o procedimento para a
verificação e calibração requeridos para a máquina utilizada para calibrar esses blocos.
Comparações
internacionais
Máquinas de padronização
primária de dureza
NOTA O lado esquerdo da Figura I.1 ilustra um caminho de rastreabilidade feito por meio de uma única
cadeia de calibração para cada nível da hierarquia de calibração (isto é Nacional, Calibração e Usuário)
que inclui a calibração dos blocos de referência e a Verificação Indireta das máquinas de dureza Rockwell
subsequente. Uma máquina de padronização primária (nível Nacional) calibra blocos de referência primários
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que são utilizados para calibrar uma máquina de calibração (nível de Calibração). Esta máquina calibra os
blocos de referência que são finalmente utilizados para calibrar uma máquina de ensaio (nível de Usuário).
A cadeia de calibração da Verificação Indireta, mostrada no lado esquerdo da Figura I.1, também tem
problemas práticos a serem considerados. Uma consequência do uso de uma máquina de ensaio
com múltiplos componentes, com cada um realizando medições durante o ensaio de dureza, é que
um erro na medição de um componente pode ser compensado ou equilibrado por um erro na medição
de um outro componente diferente. Isso pode resultar em medições exatas de dureza para os níveis
específicos de dureza e de materiais ensaiados durante a Verificação Indireta; no entanto, o erro
de medição pode aumentar ao ensaiar outros níveis de dureza ou outros materiais. Se os erros nos
componentes individuais da máquina forem significativos, a rastreabilidade talvez não seja garantida.
I.5.1 Geral
As questões acima indicam que ambos os caminhos da rastreabilidade geralmente precisam estar
em seus lugares para alcançar a rastreabilidade da medição da dureza Rockwell. Isso não significa
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que a rastreabilidade não pode ser alcançada com base em apenas um dos dois caminhos, se for
feito um exame cuidadoso e uma avaliação do processo de medição. Por exemplo, no Nível Nacional,
a rastreabilidade da máquina de padronização primária de dureza Rockwell de um INM é alcançada
por meio de uma cadeia de calibração pela Verificação Direta, desde que não exista um artefato de
referência de dureza em um nível superior reconhecido. A rastreabilidade através deste caminho é
possível, pois os INM normalmente possuem a capacidade de avaliar minuciosamente seus sistemas
de medição, e seus níveis de incerteza são confirmados por meio de comparações internacionais
com outros INM. Por outro lado, décadas de experiência de medição de dureza Rockwell mostraram
que, para os níveis mais baixos na hierarquia de calibração, é mais prático obter a rastreabilidade
e determinar as incertezas de medição com base, principalmente, na cadeia de calibração pela
Verificação Indireta; no entanto, a rastreabilidade adequada dos valores individuais da grandeza dos
componentes da máquina também é importante. Este esquema de rastreabilidade tem provado ser
adequado para as medições de dureza Rockwell industriais.
A rastreabilidade da medição é melhor obtida pela cadeia de calibração pela Verificação Indireta
utilizando blocos de referência primários que foram calibrados no nível Nacional (INM). Convém
que este também seja o caminho a ser utilizado para a determinação da incerteza da medição. Ao
mesmo tempo, no entanto, convém que os componentes especificados da máquina de calibração
sejam calibrados com certa frequência para garantir que os erros de compensação não sejam
significativos. Convém que a rastreabilidade de dureza seja a realização, pelo INM, da definição CCM-
WGH da escala Rockwell ou, quando há uma ausência de uma definição CCM-WGH; convém que
a rastreabilidade seja a realização, pelo INM, a partir da escolha de sua própria definição. Se o INM
não fornecer blocos de referência calibrados ou não participar de comparação com um laboratório
de Calibração e não for prático utilizar blocos de referência de outro INM, a referência para a qual a
rastreabilidade é reivindicada, pode então ser realizada a partir da definição da escala Rockwell, pelo
laboratório de calibração, com base em um método de ensaio internacional, como aquele definido pela
ABNT NBR ISO 6508 (todas as partes). Neste caso, a rastreabilidade das medições do laboratório
de calibração pode ser alcançada por meio do caminho de Verificação Indireta utilizando padrões
de bloco de referência de consenso, ou por meio do caminho de Verificação Direta confirmado por
intercomparações.
A rastreabilidade da medição é melhor obtida pela cadeia de calibração através de Verificação Indireta
utilizando blocos de referência que foram calibrados no nível de calibração ou no nível nacional. Tal
como acontece com a rastreabilidade no nível de Calibração, convém também que este seja o caminho
mais prático a ser utilizado para a determinação da incerteza de medição. É também desejável que
os componentes da máquina de dureza sejam submetidos periodicamente à Verificação Direta para
garantir que os erros de compensação não sejam significativos. No entanto, a prática industrial típica
é que essas medições sejam feitas somente quando a máquina de dureza é fabricada ou reparada,
que é o requisito mínimo da ABNT NBR ISO 6508 (todas as partes).
NOTA Os seguintes termos utilizados nesse Anexo estão de acordo com o VIM[10]: calibração, hierarquia
de calibração, rastreabilidade metrológica, cadeia de rastreabilidade metrológica, grandeza ordinária e
verificação.
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Bibliografia
[1] ISO 3738 1, Hardmetals – Rockwell hardness test (scale A) – Part 1: Test method
[2] ISO 4498, Sintered metal materials, excluding hardmetals – Determination of apparent hardness
and microhardness
[3] ABNT ISO/IEC GUIA 98-3:2014 Incerteza de medição – Parte 3: Guia para a expressão de
incerteza de medição (GUM:1995)
[4] EURAMET Guide CG-16, Guidelines on the Estimation of Uncertainty in Hardness Measurements.
2007 [http://www.euramet.org]
[5] Gabauer W., Manual of Codes of Practice for the Determination of Uncertainties in Mechanical
Tests on Metallic Materials, The Estimation of Uncertainties in Hardness Measurements, Project,
No. SMT4-CT97-2165, UNCERT COP 14: 2000
[6] Gabauer W., Binder O. Abschätzung der Messunsicherheit in der Härteprüfung unter Verwendung
der indirekten Kalibriermethode, DVM Werkstoffprüfung. Tagungsband, 2000, pp. 255–61.
[7] Polzin T., Schwenk D., Method for uncertainty determination of hardness testing; PC file for the
determination, Materialprüfung, 44 (2002) 3, pp. 64–71
[8] Iizuka K. Worldwide Activities Around Hardness Measurement - Activities in CCM/CIPM, IMEKO/
TC5, OIML/TC10 and ISO/TC164 in Proceedings HARDMEKO 2007, Tsukuba, Japan, 2007, 1-4
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[9] Seton Bennett and Joaquin Valdés, 2010 Metrologia 47, number 2, Materials metrology,
doi:10.1088/0026-1394/47/2/E01
[11] ASTM E18, Standard Test Methods for Rockwell Hardness of Metallic Materials