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790/0001-95
Válida a partir de
08.12.2013
Número de referência
ABNT NBR ISO/IEC 17024:2013
23 páginas
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reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
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Sumário Página
Anexos
Anexo A (informativo) Princípios para organismos de certificação para pessoas e suas
atividades de certificação................................................................................................21
A.1 Generalidades...................................................................................................................21
A.2 Imparcialidade ..................................................................................................................21
A.3 Competência .....................................................................................................................22
A.4 Confidencialidade e transparência .................................................................................22
A.5 Capacidade de resposta às reclamações e apelações .................................................22
A.6 Responsabilidade.............................................................................................................22
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Prefácio Nacional
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR ISO/IEC 17024 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Qualidade (ABNT/CB-25),
pela Comissão de Estudo de Avaliação de Conformidade (CE-25:000.04). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 23.08.2013 a 23.09.2013, com o número de Projeto
ABNT NBR ISO/IEC 17024.
Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 17024:2004), a qual foi
tecnicamente revisada.
Scope
This International Standard contains principles and requirements for a body certifying persons against
specific requirements, and includes the development and maintenance of a certification scheme
for persons.
NOTE For the purposes of this International Standard, the term “certifying body” is used in place of the
full term “certification body for persons”, and the term certification scheme is used in place of the full term
“certification scheme for persons”.
Introdução
Esta Norma foi desenvolvida com o objetivo de atingir e promover um nível de referência (benchmark)
mundialmente aceito por organismos que proveem certificação de pessoas. A certificação de pessoas
é um meio de garantir que a pessoa certificada atende aos requisitos do esquema de certificação.
A confiança nos respectivos esquemas de certificação é alcançada por meio de um processo
globalmente aceito de avaliação e reavaliações periódicas da competência das pessoas certificadas.
Entretanto, é necessário distinguir entre situações onde esquemas de certificação são justificados e
situações onde outras formas de qualificação são mais apropriadas. Em resposta à velocidade sempre
crescente de inovação tecnológica e à especialização progressiva das pessoas, o desenvolvimento
de esquemas de certificação para pessoas pode compensar variações de educação e treinamento,
facilitando assim o mercado global de trabalho. Alternativas à certificação podem ainda ser necessárias
em funções pertinentes a serviços públicos, oficiais ou governamentais.
Em ambos os casos, esta Norma pode servir como base para o reconhecimento dos organismos
de certificação e dos esquemas de certificação sob os quais as pessoas são certificadas, a fim de
facilitar a sua aceitação em níveis nacional e internacional. Somente a harmonização do sistema
para desenvolvimento e manutenção de esquemas de certificação pode estabelecer o ambiente para
reconhecimento mútuo e intercâmbio de pessoal em nível mundial.
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Esta Norma especifica requisitos que asseguram que organismos de certificação que desenvolvem
esquemas de certificação atuem de uma forma consistente, comparável e confiável. Os requisitos
nesta Norma são considerados requisitos gerais para organismos que provêm certificação de pessoas.
A certificação de pessoas só pode ocorrer quando existe um esquema de certificação. O esquema
de certificação é concebido para complementar os requisitos definidos nesta Norma e inclui aqueles
requisitos que o mercado necessita ou deseja, ou aqueles que são exigidos pelos governos.
Esta Norma pode ser utilizada como documento de critérios para acreditação ou para avaliação por
pares ou designação por autoridades governamentais, proprietários de esquemas e outros.
1 Escopo
Esta Norma contém princípios e requisitos para um organismo que certifica pessoas de acordo com
requisitos específicos e inclui o desenvolvimento e a manutenção de um esquema de certificação
de pessoas.
NOTA Para os fins desta Norma, o termo “organismo de certificação” é usado no lugar da expressão completa
“organismo de certificação de pessoas”, e o termo “esquema de certificação” é usado no lugar da expressão
“esquema de certificação de pessoas”.
2 Referência normativa
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da Norma
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3.1
processo de certificação
atividades pelas quais um organismo de certificação determina que uma pessoa atende aos requisitos
de certificação (3.3), incluindo solicitação, avaliação, decisão sobre certificação, recertificação
e o uso de certificados (3.5) e logotipos/marcas
3.2
esquema de certificação
competência (3.6) e outros requisitos relacionados a determinadas categorias ocupacionais
ou categorias de habilidades de pessoas
3.3
requisitos de certificação
conjunto de requisitos especificados, incluindo requisitos do esquema a serem atendidos a fim
de estabelecer ou manter a certificação
3.4
proprietário do esquema
organização responsável pelo desenvolvimento e manutenção de um esquema de certificação (3.2)
NOTA A organização pode ser o próprio organismo de certificação, uma autoridade governamental ou outro.
3.5
certificado
documento emitido por um organismo de certificação sob as disposições desta Norma indicando que
a pessoa identificada atendeu aos requisitos de certificação (3.3)
3.6
competência
capacidade de aplicar conhecimento e habilidades para alcançar resultados pretendidos
3.7
qualificação
escolaridade, treinamento e experiência profissional demonstrados, onde aplicável
3.8
avaliação
processo que avalia o atendimento por parte de uma pessoa dos requisitos do esquema de certificação
3.9
exame
mecanismo que é parte da avaliação (3.8) e que mede a competência (3.6) de um candidato (3.14)
por uma ou mais formas, como a escrita, a oral, a prática e a observacional, conforme definido
no esquema de certificação (3.2)
3.10
examinador
pessoa competente para conduzir e pontuar um exame (3.9), quando o exame requer julgamento
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profissional
3.11
vigilante
pessoa autorizada pelo organismo de certificação para aplicar ou supervisionar um exame (3.9),
mas não avalia a competência (3.6) do candidato (3.14)
NOTA Outros termos para fiscal de prova são agente, administradores de exame, supervisor.
3.12
pessoal
indivíduos, internos ou externos (incluindo os membros de comitês e voluntários), do organismo
de certificação realizando atividades para o organismo de certificação
3.13
solicitante
pessoa que apresentou uma solicitação para ser admitida no processo de certificação (3.1)
3.14
candidato
solicitante (3.13) que preencheu os pré-requisitos especificados e foi admitido no processo
de certificação (3.1)
3.15
imparcialidade
presença de objetividade
NOTA 1 Objetividade significa que os conflitos de interesse não existem ou estão resolvidos de modo a não
influenciar negativamente as atividades subsequentes do organismo de certificação.
NOTA 2 Outros termos que são úteis para transmitir o conceito de imparcialidade são: independência,
a liberdade de conflito de interesses, inexistência de tendências, ausência de preconceito, neutralidade,
justiça, mente aberta, desprendimento, equilíbrio.
3.16
justiça
oportunidade igual de sucesso oferecida a cada candidato (3.14) durante o processo
de certificação (3.1)
3.17
validade
evidência de que a avaliação (3.8) mede o que se pretende medir tal como definido no esquema
de certificação (3.2)
NOTA Nesta Norma, validade é também utilizada sob a forma do adjetivo “válido(a)”.
3.18
confiabilidade
indicador da amplitude dentro da qual as pontuações do exame (3.9) são consistentes por meio
de momentos e locais de exame, diferentes formas de exame e diferentes examinadores (3.10)
3.19
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apelação
demanda de um solicitante (3.13), candidato (3.14) ou pessoa certificada para reconsideração
de qualquer decisão tomada pelo organismo de certificação em relação à situação da certificação
pretendida
3.20
reclamação
expressão de insatisfação, diferente de uma apelação (3.19), por qualquer indivíduo ou organização,
ao organismo de certificação, relativa às atividades daquele organismo ou pessoa certificada, onde
se espera uma resposta
3.21
parte interessada
indivíduo, grupo ou organização afetado pelo desempenho de uma pessoa certificada ou do organismo
de certificação
EXEMPLO pessoa certificada, usuário dos serviços da pessoa certificada, o empregador da pessoa
certificada, consumidor, autoridade governamental.
3.22
supervisão
monitoramento periódico, durante os períodos de certificação, do desempenho de uma pessoa
certificada para garantir a conformidade continuada com o esquema de certificação
4 Requisitos gerais
4.1 Aspectos legais
O organismo de certificação deve ser uma entidade legal, ou uma parte definida de uma entidade
legal, de tal forma que ele possa ser considerado legalmente responsável por suas atividades
de certificação. Um organismo de certificação governamental é considerado uma entidade legal com
base no seu status governamental.
4.3.2 O organismo de certificação deve agir com imparcialidade em relação aos seus solicitantes,
candidatos e pessoas certificadas.
4.3.3 Políticas e procedimentos para a certificação de pessoas devem ser justos para todos os soli-
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4.3.4 A certificação não pode ser limitada por razões financeiras ou outras condições restritivas
indevidas, como filiação a uma associação ou grupo. O organismo de certificação não pode utilizar
procedimentos para injustamente impedir ou inibir o acesso de solicitantes e candidatos.
4.3.5 O organismo de certificação deve ser responsável pela imparcialidade de suas atividades
de certificação e não pode permitir que pressões comerciais, financeiras ou outras venham a compro-
meter a imparcialidade.
4.3.6 O organismo de certificação deve identificar ameaças à sua imparcialidade de forma contínua.
Isto deve incluir as ameaças que surgem de suas atividades, de seus órgãos relacionados, a partir
de suas relações, ou a partir dos relacionamentos do seu pessoal. No entanto, tais relacionamentos
não representam necessariamente a um organismo uma ameaça à imparcialidade.
NOTA 1 Um relacionamento que ameaça a imparcialidade do organismo pode estar baseado na propriedade,
governança, gestão, pessoal, recursos compartilhados, finanças, contratos, marketing (incluindo marcas), e o
pagamento de uma comissão de vendas ou outro estímulo para o encaminhamento de novos candidatos etc.
NOTA 3 Um organismo relacionado é aquele que está ligado ao organismo de certificação por propriedade
comum, no todo ou em parte, e tem membros comuns da diretoria, disposições contratuais, nomes comuns,
pessoal em comum, entendimento informal, ou outros meios, tais que o organismo relacionado tenha
um interesse concreto em qualquer decisão de certificação ou tenha uma capacidade potencial de influenciar
no processo.
5 Requisitos estruturais
comitê. Quando o organismo de certificação é uma parte definida de uma pessoa jurídica, a documen-
tação da estrutura organizacional deve incluir a linha de autoridade e a sua relação com outras partes
dentro da mesma pessoa jurídica.
f) atividades de avaliação;
h) disposições contratuais.
5.2.2 No entanto, o organismo de certificação não pode afirmar ou sugerir que a certificação seria
mais simples, mais fácil ou menos dispendiosa se determinados serviços de formação/treinamento
forem utilizados.
5.2.3 Oferecer treinamento e certificação para as pessoas dentro da mesma entidade legal constitui
uma ameaça à imparcialidade.
Um organismo de certificação que é parte de uma entidade legal que oferece treinamento deve:
b) demonstrar que todos os processos executados pelo organismo de certificação são indepen-
dentes do treinamento para assegurar que a confidencialidade, a segurança da informação
e a imparcialidade não estão comprometidas;
c) não dar a impressão de que o uso de ambos os serviços poderia oferecer qualquer vantagem ao
solicitante;
d) não exigir que os candidatos realizem sua própria formação ou treinamento como um pré-requisito
exclusivo, quando a formação ou treinamento com um resultado equivalente existir;
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e) garantir que o pessoal não atue como examinador de um candidato específico que tenham
treinado, por um período de dois anos a partir da data da conclusão das atividades de treinamento:
este intervalo pode ser reduzido se o organismo de certificação demonstra que não compromete
a imparcialidade.
6 Requisitos de recursos
6.1 Requisitos gerais de pessoal
6.1.1 O organismo de certificação deve gerenciar e ser responsável pelo desempenho de todo
o pessoal envolvido no processo de certificação.
6.1.2 O organismo de certificação deve ter pessoal suficiente disponível com a competência neces-
sária para desempenhar as funções de certificação relativas ao tipo, variedade e volume de trabalho
realizado.
6.1.3 O organismo de certificação deve definir os requisitos de competência para o pessoal envolvi-
do no processo de certificação. O pessoal deve ter competência para as suas tarefas e responsabili-
dades específicas.
6.1.4 Instruções documentadas devem ser fornecidas ao pessoal, descrevendo seus deveres
e responsabilidades. Estas instruções devem ser mantidas atualizadas.
6.1.5 O organismo de certificação deve manter registros atualizados do pessoal, incluindo informa-
ções relevantes, como, por exemplo, qualificações, treinamento, experiência, afiliações profissionais,
status profissional, competência e os conflitos de interesse conhecidos.
6.1.6 O pessoal que atua em nome do organismo de certificação deve manter confidenciais todas
as informações obtidas ou geradas durante a condução das atividades de certificação do organismo,
exceto quando exigido por lei ou quando autorizado pelo solicitante, candidato ou pessoa certificada.
6.1.8 Quando um organismo de certificação certifica uma pessoa que ele emprega, o organismo
de certificação deve adotar procedimentos para manter a imparcialidade.
6.2.1 Generalidades
O organismo de certificação deve exigir que seu pessoal declare qualquer potencial conflito
de interesse em relação a qualquer candidato.
d) sejam fluentes tanto na escrita quanto oralmente no idioma do exame. Nos casos em que
um intérprete ou um tradutor é utilizado, o organismo de certificação deve ter procedimentos
estabelecidos para assegurar que a validade do exame não seja afetada;
NOTA Procedimentos de monitoramento para os examinadores podem incluir, por exemplo, observação
in loco, análise dos relatórios dos examinadores, dados obtidos dos candidatos.
6.2.3.1 O organismo de certificação deve ter uma descrição documentada das responsabilidades
e das qualificações de outras pessoas envolvidas no processo de avaliação (por exemplo: monitores).
6.2.3.2 Se outro pessoal envolvido no processo de avaliação tiver um conflito de interesse potencial
no exame de um candidato, o organismo de certificação deve tomar medidas para assegurar que
a confidencialidade e imparcialidade do exame não sejam comprometidas. Estas medidas devem
ser registradas.
6.3 Terceirização
6.3.1 O organismo de certificação deve ter um contrato legalmente válido cobrindo as disposições,
incluindo confidencialidade e conflito de interesses, com cada organismo que fornece trabalho tercei-
rizado relacionado com o processo de certificação.
NOTA Para efeitos desta Norma, os termos “terceirização” e “subcontratação” são considerados sinônimos.
b) garantir que o organismo que está conduzindo o trabalho terceirizado é competente e que atende
às disposições aplicáveis desta Norma;
d) ter registros para demonstrar que os organismos que conduzem trabalho terceirizado atendem
a todos os requisitos pertinentes ao trabalho; e
7.1.1 O organismo de certificação deve manter registros. Os registros devem incluir um meio
para confirmar o status de uma pessoa certificada. Os registros devem demonstrar que o processo
de certificação ou recertificação foi efetivamente atendido, particularmente com respeito aos formu-
lários de solicitação, relatórios de avaliação (que incluem registros de exames), e outros documentos
relacionados à concessão, manutenção, recertificação, extensão ou redução de escopo, e suspensão
ou cancelamento da certificação.
um período apropriado de tempo, por no mínimo um ciclo completo de certificação, ou como requerido
por acordos de reconhecimento, obrigações contratuais, legais ou outras.
7.1.3 O organismo de certificação deve ter acordos exequíveis para exigir que a pessoa certificada
informe o organismo de certificação, sem demora, sobre questões que possam afetar a capacidade
da pessoa certificada de continuar a atender aos requisitos de certificação.
7.2.2 O organismo de certificação deve tornar disponível ao público, sem a necessidade de solici-
tação, informações sobre o escopo do esquema de certificação e uma descrição geral do processo
de certificação.
7.3 Confidencialidade
7.3.2 O organismo de certificação deve, por meio de acordos legalmente exequíveis, manter
confidencial toda informação obtida durante o processo de certificação. Estes acordos devem abran-
ger todo o pessoal
7.3.3 As informações obtidas durante o processo de certificação, ou de outras fontes que não o soli-
citante, candidato ou pessoa certificada, não podem ser divulgadas a uma parte não autorizada, sem
o consentimento por escrito do indivíduo (solicitante, candidato ou pessoa certificada), exceto quando
a lei exigir que tais informações sejam divulgadas.
7.3.4 Quando o organismo de certificação é exigido por lei para liberar informações confidenciais,
a pessoa interessada deve, a menos que proibido por lei, ser notificada sobre quais informações
serão fornecidas.
7.3.5 O organismo de certificação deve assegurar que as atividades dos organismos relacionados
não comprometem a confidencialidade.
7.4 Segurança
7.4.2 Políticas e procedimentos de segurança devem incluir disposições para garantir a segurança
de materiais de exame, levando em consideração:
a) os locais dos materiais (por exemplo, o transporte, a entrega eletrônica, descarte, armazenagem,
centro de exame);
7.4.3 Os organismos de certificação devem evitar que os candidatos adotem práticas fraudulentas
de exame:
d) evitando que quaisquer ajudas não autorizadas sejam introduzidas na área de exame;
8 Esquemas de Certificação
a) escopo de certificação;
c) a competência requerida;
NOTA 1 Um código de conduta descreve o comportamento ético ou pessoal requerido pelo esquema.
NOTA 2 Habilidades podem incluir capacidades físicas, como visão, audição e mobilidade.
8.4 O organismo de certificação deve ter documentos para demonstrar que, no desenvolvimento
e na análise do esquema de certificação, estão incluídos os seguintes:
b) a utilização de uma estrutura apropriada que represente de forma justa os interesses de todas
as partes significativamente interessadas, sem predomínio de qualquer interesse;
NOTA Se o esquema de certificação foi desenvolvido por uma entidade que não seja o organismo
de certificação, a análise de função ou prática podem já estar disponíveis como parte desse trabalho. Neste
caso, o organismo de certificação pode obter detalhes da documentação do esquema para verificação.
8.5 O organismo de certificação deve assegurar que o esquema de certificação é analisado e vali-
dado de forma contínua e sistemática.
9.1.1 Após a solicitação, o organismo de certificação deve disponibilizar uma visão geral do processo
de certificação de acordo com o esquema de certificação. No mínimo, a visão geral deve incluir
os requisitos para a certificação e seu escopo, uma descrição do processo de avaliação, os direitos
dos solicitantes, os deveres de uma pessoa certificada e as taxas.
a) informação necessária para identificar o solicitante, como nome, seu CPF, endereço e outras
informações requeridas pelo esquema de certificação;
e) aviso ao solicitante de sua oportunidade para declarar, com justificativa, um pedido para
a acomodação de necessidades especiais (ver 9.2.5).
NOTA Onde permitido por lei, outros meios, incluindo a assinatura eletrônica, são aceitáveis.
9.1.3 O organismo de certificação deve analisar o pedido para confirmar que o solicitante atende os
requisitos do esquema de certificação.
9.2.2 Quando houver uma mudança no esquema de certificação que exige avaliação adicional,
o organismo de certificação deve documentar e tornar publicamente acessível, sem necessidade
de pedido, os métodos e mecanismos específicos necessários para verificar se as pessoas certifica-
das atendem aos requisitos alterados.
9.2.3 A avaliação deve ser planejada e estruturada de modo a garantir que os requisitos do esquema
de certificação sejam verificados de forma objetiva e sistemática, com evidência documentada para
confirmar a competência do candidato.
9.2.4 O organismo de certificação deve verificar os métodos de avaliação dos candidatos. Esta veri-
ficação deve assegurar que cada avaliação é justa e válida.
9.2.6 Quando o organismo de certificação leva em conta o trabalho desenvolvido por outro
organismo, este deve ter os relatórios, dados e registros apropriados para demonstrar que os
resultados são equivalentes e em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo esquema
de certificação.
9.3 Exame
9.3.1 Os exames devem ser desenvolvidos para avaliar a competência, com base e consistência
com o esquema de certificação, por meio escrito, oral, prático, observacional ou outros meios confiá-
veis e objetivos. O desenvolvimento dos requisitos de exame deve assegurar a comparabilidade dos
resultados de cada exame, tanto em conteúdo como em dificuldade, inclusive a validade das decisões
de reprovação/aprovação.
9.3.2 O organismo de certificação deve ter procedimentos para assegurar uma administração
de exames consistentes.
9.3.3 Critérios para condições de administração de exames devem ser estabelecidos, documenta-
dos e monitorados.
9.3.4 Quando equipamento técnico é utilizado no processo, o equipamento deve ser verificado
ou calibrado, quando apropriado.
9.4.3 O organismo de certificação deve limitar sua decisão sobre certificação aos assuntos específi-
cos relacionados aos requisitos do esquema de certificação.
9.4.4 A decisão sobre a certificação de um candidato deve ser feita pelo organismo de certifica-
ção unicamente com base nas informações obtidas durante o processo de avaliação. O pessoal que
decide quanto à certificação não pode ter participado do exame ou treinamento do candidato.
9.4.5 O pessoal que toma decisões de certificação deve ter conhecimento e experiência suficientes
sobre o processo de certificação para determinar se os requisitos de certificação foram atendidos.
9.4.6 A certificação não pode ser concedida até que todos os requisitos de certificação sejam
atendidos.
9.4.7 O organismo de certificação deve fornecer um certificado para todas as pessoas certificadas.
O organismo de certificação deve manter a propriedade exclusiva sobre os certificados. O certificado
deve ter o formato de carta, cartão ou outro meio, assinado ou autorizado por um membro responsável
do pessoal do organismo de certificação.
9.5.1 O organismo de certificação deve ter uma política e procedimento(s) documentado(s) para
suspensão ou cancelamento da certificação, ou redução do escopo da certificação, que deve especi-
ficar as ações subsequentes pelo organismo de certificação.
9.5.2 A falha por parte da pessoa certificada em resolver os problemas que originaram a suspensão,
no prazo estabelecido pelo organismo de certificação, deve resultar no cancelamento da certificação
ou redução do escopo da certificação.
9.5.3 O organismo de certificação deve ter acordos exequíveis com a pessoa certificada para garan-
tir que, em caso de suspensão da certificação, a pessoa certificada cesse com a divulgação da sua
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9.5.4 O organismo de certificação deve ter acordos exequíveis com a pessoa certificada para garan-
tir que, em caso de cancelamento da certificação, a pessoa certificada abstenha-se de utilizar todas
as referências ao seu status de certificada.
9.6.2 O organismo de certificação deve assegurar durante o processo de recertificação que ele
confirma a manutenção da competência da pessoa certificada e a continuidade da conformidade com
os requisitos vigentes do esquema por parte da pessoa certificada.
9.6.3 O período de recertificação deve basear-se nos requisitos do esquema. A justificativa para
o período de recertificação deve levar em conta, quando pertinente, o seguinte:
a) requisitos regulatórios;
9.6.4 A(s) atividade(s) de recertificação selecionada(s) deve(m) ser adequada(s) para garantir que
há avaliação imparcial para confirmar a continuidade da competência da pessoa certificada.
a) avaliação no local;
b) desenvolvimento profissional;
c) entrevistas estruturadas;
e) exames;
NOTA “Capacidade física” pode requerer uma avaliação por um profissional de saúde ou por
um profissional qualificado para avaliar as habilidades físicas, como destreza, força, resistência, bem como
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9.7.1 Um organismo de certificação que fornece uma marca ou logotipo de certificação deve
documentar as condições para uso e administrar apropriadamente os direitos para utilização
e representação.
NOTA A ABNT NBR ISO/IEC 17030 provê requisitos para o uso de marcas de terceira parte.
9.7.2 O organismo de certificação deve requerer que uma pessoa certificada assine um contrato
para os seguintes motivos:
b) fazer reivindicações sobre a certificação somente com relação ao escopo para o qual foi concedida
a certificação;
9.7.3 Um organismo de Certificação deve tratar com medidas corretivas, qualquer uso indevido
da sua marca ou logotipo de certificação.
9.8.1 O organismo de certificação deve ter um processo documentado para receber, avaliar e tomar
decisões sobre apelações. O processo de tratamento de apelações deve incluir pelo menos os seguin-
tes elementos e métodos:
a) o processo para receber, validar e investigar a apelação, e para decidir quais ações devem ser
tomadas em sua resposta, tendo em conta os resultados de apelações anteriores semelhantes;
9.8.2 As políticas e procedimentos devem assegurar que todas as apelações são tratadas de uma
forma construtiva, imparcial e em tempo hábil.
9.8.3 Uma descrição do processo de tratamento de apelações deve estar acessível publicamente,
sem necessidade de solicitação.
9.8.4 O organismo de certificação deve ser responsável por todas as decisões em todos os níveis
do processo de tratamento de apelações. O organismo de certificação deve assegurar que o pessoal
que toma decisão envolvido no processo de tratamento de apelações é diferente daquele que estava
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9.8.5 A submissão, investigação e decisão sobre as apelações não podem resultar em quaisquer
ações discriminatórias contra o apelante.
9.8.6 O organismo de certificação deve acusar o recebimento da apelação e deve fornecer ao ape-
lante relatórios de progresso e o resultado final.
9.8.7 O organismo de certificação deve notificar formalmente o apelante quanto ao final do processo
de tratamento de apelações.
9.9 Reclamações
9.9.1 O organismo de certificação deve ter um processo documentado para receber, avaliar e tomar
decisões sobre reclamações.
9.9.2 Uma descrição do processo de tratamento de reclamações deve estar acessível sem necessi-
dade de solicitação. Os procedimentos devem tratar todas as partes de forma justa e equitativa.
9.9.3 As políticas e procedimentos devem assegurar que todas as reclamações sejam tratadas
e processadas de forma construtiva, imparcial e em tempo hábil.
O processo de tratamento de reclamações deve incluir pelo menos os seguintes elementos e métodos:
9.9.5 Sempre que possível, o organismo de certificação deve acusar o recebimento da reclamação,
e deve fornecer ao reclamante relatórios de progresso e os resultados finais.
9.9.6 O organismo de certificação, ao receber a reclamação, deve ser responsável por reunir e veri-
ficar todas as informações necessárias para validar a reclamação.
9.9.7 Sempre que possível, o organismo de certificação deve notificar, formalmente, ao reclamante
o fim do processo de tratamento de reclamações.
9.9.8 Qualquer reclamação fundamentada referente a uma pessoa certificada deve também ser
comunicada pelo organismo de certificação à pessoa certificada em questão em prazo apropriado.
9.9.10 A decisão a ser comunicada ao reclamante deve ser feita por, ou analisada e aprovada por,
pessoal não envolvido anteriormente no assunto da reclamação.
10.1 Generalidades
10.2.1 Generalidades
Requisitos aplicáveis desta Norma devem ser documentados. O organismo de certificação deve
assegurar que a documentação do sistema de gestão seja fornecida para todo o pessoal relevante.
c) assegurar que alterações e a versão atual da revisão dos documentos estejam identificadas;
d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam disponíveis nos locais
de uso;
f) assegurar que os documentos de origem externa sejam identificados e que sua distribuição seja
controlada;
NOTA Para requisitos de registros de solicitantes, candidatos e pessoas certificadas, ver também 7.1.
10.2.5.1 Generalidades
A Alta Direção do organismo de certificação deve estabelecer procedimentos para revisar seu sistema
de gestão em intervalos planejados a fim de garantir sua contínua pertinência, adequação e eficácia,
incluindo as políticas e os objetivos estabelecidos relacionados ao atendimento desta Norma. Estas
análises devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada 12 meses e devem ser documentadas.
As entradas para a análise crítica pela direção devem incluir informações relacionadas com o seguinte:
a) resultados de auditorias internas e externas (por exemplo, avaliação por organismo de acreditação);
c) salvaguarda da imparcialidade;
h) apelações e reclamações;
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As saídas da análise crítica pela direção devem incluir no mínimo decisões e ações relacionadas
ao seguinte:
c) necessidades de recursos.
10.2.6.1 O organismo de certificação deve estabelecer procedimentos para auditorias internas a fim
de verificar se os requisitos desta Norma sejam atendidos e efetivamente implementados e mantidos.
NOTA A ABNT NBR ISO 19011 fornece diretrizes para a condução de auditorias internas.
10.2.6.3 As auditorias internas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada 12 meses. A frequ-
ência das auditorias internas pode ser reduzida se o organismo de certificação demonstra que seu
sistema de gestão continua a ser efetivamente implementado de acordo com esta Norma e possui
comprovada estabilidade.
a) as auditorias internas sejam conduzidas por pessoal competente, com conhecimento do processo
de certificação, de auditorias e dos requisitos desta Norma;
c) o pessoal responsável pela área auditada seja informado quanto ao resultado da auditoria;
O organismo de certificação deve também, se necessário, tomar medidas para eliminar as causas
de não conformidades, a fim de prevenir a reincidência. Ações corretivas devem ser apropriadas
ao impacto dos problemas encontrados. Os procedimentos devem definir os requisitos para o seguinte:
d) avaliação da necessidade de ações para assegurar que não conformidades voltem a ocorrer;
NOTA Os procedimentos para ações corretivas e preventivas não têm necessariamente de serem separados.
Anexo A
(informativo)
A.1 Generalidades
A.1.1 Esta Norma não fornece requisitos específicos para todas as situações que podem ocorrer.
Convém que estes princípios sejam aplicados como diretrizes para as decisões que podem ter de ser
tomadas para situações imprevistas. Princípios não são requisitos.
A.1.4 A certificação de pessoas provê valor por meio da confiança pública e credibilidade. A confiança
pública se baseia em uma avaliação válida da competência, por uma terceira parte, reconfirmada
em intervalos definidos.
A.1.5 Convém que o organismo de certificação atue de maneira responsável, de forma a prover
confiança às partes interessadas quanto à sua competência, imparcialidade e integridade.
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A.2 Imparcialidade
A.2.1 Convém que a certificação de uma pessoa esteja baseada em evidências objetivas obtidas pelo
organismo de certificação por meio de uma avaliação justa, válida e confiável e não influenciada por
outros interesses ou por outras partes.
A.2.2 É necessário que os organismos de certificação e o seu pessoal sejam imparciais e vistos
como tal, a fim de demonstrar confiabilidade em suas atividades e seus resultados.
a) ameaças de interesse próprio: ameaças que surgem a partir de uma pessoa ou organismo que
age em seu próprio interesse para beneficiar-se;
c) ameaças de familiaridade: ameaças que surgem a partir de uma pessoa ser familiar
ou de confiança de outra pessoa, por exemplo, um examinador ou pessoal do organismo
de certificação de pessoas desenvolve um relacionamento com um candidato que afeta
sua capacidade de chegar a um julgamento objetivo;
e) ameaças financeiras: a fonte de receita para um organismo de certificação pode ser uma ameaça
à imparcialidade.
A.3 Competência
A competência do pessoal do organismo de certificação é necessária para fornecer uma certificação
que provê confiança.
A.6 Responsabilidade
O organismo de certificação tem a responsabilidade de obter evidências objetivas suficientes, nas
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Bibliografia
[2] ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão
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