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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.

790/0001-95

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA ISO/IEC
17024
Segunda edição
08.11.2013

Válida a partir de
08.12.2013

Avaliação da conformidade — Requisitos gerais


para organismos que certificam pessoas
Conformity assessment — General requirements for bodies operating
certification of persons
Exemplar para uso exclusivo - Convênio Sistema CONFEA/CREA/MUTUA - ABNT -

ICS 03.120.20 ISBN 978-85-07-04620-2

Número de referência
ABNT NBR ISO/IEC 17024:2013
23 páginas

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Sumário Página

Prefácio Nacional ................................................................................................................................v


Introdução ...........................................................................................................................................vi
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referência normativa .........................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................1
4 Requisitos gerais ...............................................................................................................4
4.1 Aspectos legais ..................................................................................................................4
4.2 Responsabilidade pela decisão sobre certificação ........................................................4
4.3 Gestão da imparcialidade ..................................................................................................4
4.4 Finanças e responsabilidade civil ....................................................................................5
5 Requisitos estruturais .......................................................................................................5
5.1 Gestão e estrutura da organização ..................................................................................5
5.2 Estrutura do organismo de certificação em relação ao treinamento ............................6
6 Requisitos de recursos ......................................................................................................6
6.1 Requisitos gerais de pessoal ............................................................................................6
6.2 Pessoal envolvido nas atividades de certificação ..........................................................7
6.2.1 Generalidades.....................................................................................................................7
6.2.2 Requisitos para examinadores .........................................................................................7
6.2.3 Requisitos para outro pessoal envolvido na avaliação ..................................................8
6.3 Terceirização .......................................................................................................................8
6.4 Outros recursos..................................................................................................................8
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7 Requisitos para registros e informação ...........................................................................8


7.1 Registros de solicitantes, candidatos e pessoas certificadas.......................................8
7.2 Informação pública.............................................................................................................9
7.3 Confidencialidade ..............................................................................................................9
7.4 Segurança ...........................................................................................................................9
8 Esquemas de Certificação...............................................................................................10
9 Requisitos do processo de certificação ........................................................................11
9.1 Processo de solicitação ..................................................................................................11
9.2 Processo de avaliação .....................................................................................................12
9.3 Exame ................................................................................................................................13
9.4 Decisão sobre a certificação ...........................................................................................13
9.5 Suspensão, cancelamento ou redução do escopo de certificação .............................14
9.6 Processo de recertificação..............................................................................................14
9.7 Uso de certificados, logotipos e marcas........................................................................15
9.8 Apelações contra decisões de certificação ...................................................................16
9.9 Reclamações ....................................................................................................................16
10 Requisitos de sistema de gestão....................................................................................17
10.1 Generalidades...................................................................................................................17
10.2 Requisitos gerais de sistemas de gestão ......................................................................17
10.2.1 Generalidades...................................................................................................................17

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10.2.2 Documentação do sistema de gestão ............................................................................18


10.2.3 Controle de documentos .................................................................................................18
10.2.4 Controle de registros .......................................................................................................18
10.2.5 Análise crítica pela direção .............................................................................................19
10.2.6 Auditorias internas ...........................................................................................................19
10.2.7 Ações corretivas ..............................................................................................................20
10.2.8 Ações preventivas ............................................................................................................20
Bibliografia .........................................................................................................................................23

Anexos
Anexo A (informativo) Princípios para organismos de certificação para pessoas e suas
atividades de certificação................................................................................................21
A.1 Generalidades...................................................................................................................21
A.2 Imparcialidade ..................................................................................................................21
A.3 Competência .....................................................................................................................22
A.4 Confidencialidade e transparência .................................................................................22
A.5 Capacidade de resposta às reclamações e apelações .................................................22
A.6 Responsabilidade.............................................................................................................22
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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR ISO/IEC 17024 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Qualidade (ABNT/CB-25),
pela Comissão de Estudo de Avaliação de Conformidade (CE-25:000.04). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 23.08.2013 a 23.09.2013, com o número de Projeto
ABNT NBR ISO/IEC 17024.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,


à ISO/IEC 17024:2012, que foi elaborada pelo Technical Committee Quality Management and
Quality Assurance (ISO/TC 176), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 17024:2004), a qual foi
tecnicamente revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:


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Scope
This International Standard contains principles and requirements for a body certifying persons against
specific requirements, and includes the development and maintenance of a certification scheme
for persons.

NOTE For the purposes of this International Standard, the term “certifying body” is used in place of the
full term “certification body for persons”, and the term certification scheme is used in place of the full term
“certification scheme for persons”.

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Introdução

Esta Norma foi desenvolvida com o objetivo de atingir e promover um nível de referência (benchmark)
mundialmente aceito por organismos que proveem certificação de pessoas. A certificação de pessoas
é um meio de garantir que a pessoa certificada atende aos requisitos do esquema de certificação.
A confiança nos respectivos esquemas de certificação é alcançada por meio de um processo
globalmente aceito de avaliação e reavaliações periódicas da competência das pessoas certificadas.

Entretanto, é necessário distinguir entre situações onde esquemas de certificação são justificados e
situações onde outras formas de qualificação são mais apropriadas. Em resposta à velocidade sempre
crescente de inovação tecnológica e à especialização progressiva das pessoas, o desenvolvimento
de esquemas de certificação para pessoas pode compensar variações de educação e treinamento,
facilitando assim o mercado global de trabalho. Alternativas à certificação podem ainda ser necessárias
em funções pertinentes a serviços públicos, oficiais ou governamentais.

Em contraste com outros tipos de organismos de avaliação da conformidade, como os organismos de


certificação de sistemas de gestão, uma das funções características do organismo de certificação é
realizar exames que utilizam critérios objetivos para mensurar a competência . Mesmo reconhecendo
que tal exame, se bem planejado e estruturado pelo organismo de certificação de, pode servir
substancialmente para assegurar imparcialidade das atividades e reduzir o risco de um conflito de
interesses, requisitos adicionais foram incluídos nesta Norma.

Em ambos os casos, esta Norma pode servir como base para o reconhecimento dos organismos
de certificação e dos esquemas de certificação sob os quais as pessoas são certificadas, a fim de
facilitar a sua aceitação em níveis nacional e internacional. Somente a harmonização do sistema
para desenvolvimento e manutenção de esquemas de certificação pode estabelecer o ambiente para
reconhecimento mútuo e intercâmbio de pessoal em nível mundial.
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Esta Norma especifica requisitos que asseguram que organismos de certificação que desenvolvem
esquemas de certificação atuem de uma forma consistente, comparável e confiável. Os requisitos
nesta Norma são considerados requisitos gerais para organismos que provêm certificação de pessoas.
A certificação de pessoas só pode ocorrer quando existe um esquema de certificação. O esquema
de certificação é concebido para complementar os requisitos definidos nesta Norma e inclui aqueles
requisitos que o mercado necessita ou deseja, ou aqueles que são exigidos pelos governos.

Esta Norma pode ser utilizada como documento de critérios para acreditação ou para avaliação por
pares ou designação por autoridades governamentais, proprietários de esquemas e outros.

Nesta Norma, as seguintes formas verbais são usadas:

— “deve” indica um requisito;

— “deveria” ou “convém” indica uma recomendação;

— “pode” indica uma permissão, possibilidade ou capacidade.

— Mais detalhes são encontrados na ISO/IEC Diretivas, 2a parte.

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Avaliação da Conformidade — Requisitos gerais para organismos que


certificam pessoas

1 Escopo
Esta Norma contém princípios e requisitos para um organismo que certifica pessoas de acordo com
requisitos específicos e inclui o desenvolvimento e a manutenção de um esquema de certificação
de pessoas.

NOTA Para os fins desta Norma, o termo “organismo de certificação” é usado no lugar da expressão completa
“organismo de certificação de pessoas”, e o termo “esquema de certificação” é usado no lugar da expressão
“esquema de certificação de pessoas”.

2 Referência normativa
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR ISO/IEC 17000, Avaliação de conformidade – Vocabulário e princípios gerais

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da Norma
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ABNT NBR ISO/IEC 17000, e os seguintes.

3.1
processo de certificação
atividades pelas quais um organismo de certificação determina que uma pessoa atende aos requisitos
de certificação (3.3), incluindo solicitação, avaliação, decisão sobre certificação, recertificação
e o uso de certificados (3.5) e logotipos/marcas

3.2
esquema de certificação
competência (3.6) e outros requisitos relacionados a determinadas categorias ocupacionais
ou categorias de habilidades de pessoas

NOTA Para outros requisitos, ver 8.3 e 8.4

3.3
requisitos de certificação
conjunto de requisitos especificados, incluindo requisitos do esquema a serem atendidos a fim
de estabelecer ou manter a certificação

3.4
proprietário do esquema
organização responsável pelo desenvolvimento e manutenção de um esquema de certificação (3.2)

NOTA A organização pode ser o próprio organismo de certificação, uma autoridade governamental ou outro.

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3.5
certificado
documento emitido por um organismo de certificação sob as disposições desta Norma indicando que
a pessoa identificada atendeu aos requisitos de certificação (3.3)

NOTA Ver 9.4.7.

3.6
competência
capacidade de aplicar conhecimento e habilidades para alcançar resultados pretendidos

3.7
qualificação
escolaridade, treinamento e experiência profissional demonstrados, onde aplicável

3.8
avaliação
processo que avalia o atendimento por parte de uma pessoa dos requisitos do esquema de certificação

3.9
exame
mecanismo que é parte da avaliação (3.8) e que mede a competência (3.6) de um candidato (3.14)
por uma ou mais formas, como a escrita, a oral, a prática e a observacional, conforme definido
no esquema de certificação (3.2)

3.10
examinador
pessoa competente para conduzir e pontuar um exame (3.9), quando o exame requer julgamento
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profissional

3.11
vigilante
pessoa autorizada pelo organismo de certificação para aplicar ou supervisionar um exame (3.9),
mas não avalia a competência (3.6) do candidato (3.14)

NOTA Outros termos para fiscal de prova são agente, administradores de exame, supervisor.

3.12
pessoal
indivíduos, internos ou externos (incluindo os membros de comitês e voluntários), do organismo
de certificação realizando atividades para o organismo de certificação

NOTA Incluem membros e voluntários do comitê.

3.13
solicitante
pessoa que apresentou uma solicitação para ser admitida no processo de certificação (3.1)

3.14
candidato
solicitante (3.13) que preencheu os pré-requisitos especificados e foi admitido no processo
de certificação (3.1)

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3.15
imparcialidade
presença de objetividade

NOTA 1 Objetividade significa que os conflitos de interesse não existem ou estão resolvidos de modo a não
influenciar negativamente as atividades subsequentes do organismo de certificação.

NOTA 2 Outros termos que são úteis para transmitir o conceito de imparcialidade são: independência,
a liberdade de conflito de interesses, inexistência de tendências, ausência de preconceito, neutralidade,
justiça, mente aberta, desprendimento, equilíbrio.

3.16
justiça
oportunidade igual de sucesso oferecida a cada candidato (3.14) durante o processo
de certificação (3.1)

3.17
validade
evidência de que a avaliação (3.8) mede o que se pretende medir tal como definido no esquema
de certificação (3.2)

NOTA Nesta Norma, validade é também utilizada sob a forma do adjetivo “válido(a)”.

3.18
confiabilidade
indicador da amplitude dentro da qual as pontuações do exame (3.9) são consistentes por meio
de momentos e locais de exame, diferentes formas de exame e diferentes examinadores (3.10)

3.19
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apelação
demanda de um solicitante (3.13), candidato (3.14) ou pessoa certificada para reconsideração
de qualquer decisão tomada pelo organismo de certificação em relação à situação da certificação
pretendida

3.20
reclamação
expressão de insatisfação, diferente de uma apelação (3.19), por qualquer indivíduo ou organização,
ao organismo de certificação, relativa às atividades daquele organismo ou pessoa certificada, onde
se espera uma resposta

NOTA Adaptado da ABNT NBR ISO/IEC 17000:2004, 6.5

3.21
parte interessada
indivíduo, grupo ou organização afetado pelo desempenho de uma pessoa certificada ou do organismo
de certificação

EXEMPLO pessoa certificada, usuário dos serviços da pessoa certificada, o empregador da pessoa
certificada, consumidor, autoridade governamental.

3.22
supervisão
monitoramento periódico, durante os períodos de certificação, do desempenho de uma pessoa
certificada para garantir a conformidade continuada com o esquema de certificação

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4 Requisitos gerais
4.1 Aspectos legais
O organismo de certificação deve ser uma entidade legal, ou uma parte definida de uma entidade
legal, de tal forma que ele possa ser considerado legalmente responsável por suas atividades
de certificação. Um organismo de certificação governamental é considerado uma entidade legal com
base no seu status governamental.

4.2 Responsabilidade pela decisão sobre certificação


O organismo de certificação deve ser responsável por, deve manter a autoridade para, e não pode
delegar suas decisões relativas à certificação, incluindo a concessão, manutenção recertificação,
extensão e redução do escopo da certificação, e suspensão ou cancelamento da certificação.

4.3 Gestão da imparcialidade


4.3.1 O organismo de certificação deve documentar sua estrutura, políticas e procedimentos para
gerenciar a imparcialidade e para garantir que as atividades de certificação são realizadas de forma
imparcial. O organismo de certificação deve ter o comprometimento da Alta Direção com a imparcia-
lidade nas atividades de certificação. O organismo de certificação deve ter uma declaração acessível
ao público, sem necessidade de solicitação, de que compreende a importância da imparcialidade no exercício
das suas atividades de certificação, que gerencia o conflito de interesses e que assegura
a objetividade de suas atividades de certificação.

4.3.2 O organismo de certificação deve agir com imparcialidade em relação aos seus solicitantes,
candidatos e pessoas certificadas.

4.3.3 Políticas e procedimentos para a certificação de pessoas devem ser justos para todos os soli-
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citantes, candidatos e pessoas certificadas.

4.3.4 A certificação não pode ser limitada por razões financeiras ou outras condições restritivas
indevidas, como filiação a uma associação ou grupo. O organismo de certificação não pode utilizar
procedimentos para injustamente impedir ou inibir o acesso de solicitantes e candidatos.

4.3.5 O organismo de certificação deve ser responsável pela imparcialidade de suas atividades
de certificação e não pode permitir que pressões comerciais, financeiras ou outras venham a compro-
meter a imparcialidade.

4.3.6 O organismo de certificação deve identificar ameaças à sua imparcialidade de forma contínua.
Isto deve incluir as ameaças que surgem de suas atividades, de seus órgãos relacionados, a partir
de suas relações, ou a partir dos relacionamentos do seu pessoal. No entanto, tais relacionamentos
não representam necessariamente a um organismo uma ameaça à imparcialidade.

NOTA 1 Um relacionamento que ameaça a imparcialidade do organismo pode estar baseado na propriedade,
governança, gestão, pessoal, recursos compartilhados, finanças, contratos, marketing (incluindo marcas), e o
pagamento de uma comissão de vendas ou outro estímulo para o encaminhamento de novos candidatos etc.

NOTAS 2 Ameaças à imparcialidade podem ser tanto reais como percebidas.

NOTA 3 Um organismo relacionado é aquele que está ligado ao organismo de certificação por propriedade
comum, no todo ou em parte, e tem membros comuns da diretoria, disposições contratuais, nomes comuns,
pessoal em comum, entendimento informal, ou outros meios, tais que o organismo relacionado tenha
um interesse concreto em qualquer decisão de certificação ou tenha uma capacidade potencial de influenciar
no processo.

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4.3.7 O organismo de certificação deve analisar, documentar e eliminar ou minimizar o potencial


conflito de interesses decorrente das atividades da certificação de pessoas. O organismo de cer-
tificação deve documentar e ser capaz de demonstrar como ele elimina, minimiza ou gerencia tais
ameaças. Todas as fontes potenciais de conflito de interesse que estão identificadas, independente-
mente se elas surgem de dentro do organismo de certificação, como a atribuição de responsabilidades
ao pessoal, ou das atividades de outras pessoas, organismos ou organizações, devem estar cobertas.

4.3.8 As atividades de certificação devem estar estruturadas e gerenciadas de forma a salvaguardar


a imparcialidade. Isso deve incluir a participação equilibrada das partes interessadas (ver definição
3.21).

4.4 Finanças e responsabilidade civil

O organismo de certificação deve ter os recursos financeiros necessários para a operação


de um processo de certificação e deve ter mecanismos adequados (por exemplo, seguro ou reservas)
para cobrir responsabilidades associadas.

5 Requisitos estruturais

5.1 Gestão e estrutura da organização

5.1.1 As atividades do organismo de certificação devem ser estruturadas e gerenciadas de forma


a salvaguardar a imparcialidade.

5.1.2 O organismo de certificação deve documentar sua estrutura organizacional, descrevendo


as funções, responsabilidades e autoridades da direção, do pessoal de certificação e de qualquer
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comitê. Quando o organismo de certificação é uma parte definida de uma pessoa jurídica, a documen-
tação da estrutura organizacional deve incluir a linha de autoridade e a sua relação com outras partes
dentro da mesma pessoa jurídica.

Parte(s) ou indivíduos responsáveis pelas ações abaixo devem ser identificados:

a) políticas e procedimentos relativos ao funcionamento do organismo de certificação;

b) implementação das políticas e procedimentos;

c) finanças do organismo de certificação;

d) recursos para as atividades de certificação;

e) desenvolvimento e manutenção dos esquemas de certificação;

f) atividades de avaliação;

g) decisões sobre certificação, incluindo a concessão, manutenção, recertificação, extensão,


redução, suspensão ou cancelamento da certificação;

h) disposições contratuais.

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5.2 Estrutura do organismo de certificação em relação ao treinamento

5.2.1 A conclusão de treinamento pode ser um requisito específico de um esquema de certificação


(ver 8.3). O reconhecimento/aprovação de um treinamento pelo organismo de certificação não pode
comprometer a imparcialidade ou reduzir os requisitos de avaliação e certificação.

5.2.2 No entanto, o organismo de certificação não pode afirmar ou sugerir que a certificação seria
mais simples, mais fácil ou menos dispendiosa se determinados serviços de formação/treinamento
forem utilizados.

5.2.3 Oferecer treinamento e certificação para as pessoas dentro da mesma entidade legal constitui
uma ameaça à imparcialidade.

Um organismo de certificação que é parte de uma entidade legal que oferece treinamento deve:

a) identificar e documentar as ameaças associadas à sua imparcialidade de forma contínua:


o organismo deve ter um processo documentado para demonstrar como ela elimina ou minimiza
as ameaças;

b) demonstrar que todos os processos executados pelo organismo de certificação são indepen-
dentes do treinamento para assegurar que a confidencialidade, a segurança da informação
e a imparcialidade não estão comprometidas;

c) não dar a impressão de que o uso de ambos os serviços poderia oferecer qualquer vantagem ao
solicitante;

d) não exigir que os candidatos realizem sua própria formação ou treinamento como um pré-requisito
exclusivo, quando a formação ou treinamento com um resultado equivalente existir;
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e) garantir que o pessoal não atue como examinador de um candidato específico que tenham
treinado, por um período de dois anos a partir da data da conclusão das atividades de treinamento:
este intervalo pode ser reduzido se o organismo de certificação demonstra que não compromete
a imparcialidade.

6 Requisitos de recursos
6.1 Requisitos gerais de pessoal

6.1.1 O organismo de certificação deve gerenciar e ser responsável pelo desempenho de todo
o pessoal envolvido no processo de certificação.

6.1.2 O organismo de certificação deve ter pessoal suficiente disponível com a competência neces-
sária para desempenhar as funções de certificação relativas ao tipo, variedade e volume de trabalho
realizado.

6.1.3 O organismo de certificação deve definir os requisitos de competência para o pessoal envolvi-
do no processo de certificação. O pessoal deve ter competência para as suas tarefas e responsabili-
dades específicas.

6.1.4 Instruções documentadas devem ser fornecidas ao pessoal, descrevendo seus deveres
e responsabilidades. Estas instruções devem ser mantidas atualizadas.

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6.1.5 O organismo de certificação deve manter registros atualizados do pessoal, incluindo informa-
ções relevantes, como, por exemplo, qualificações, treinamento, experiência, afiliações profissionais,
status profissional, competência e os conflitos de interesse conhecidos.

6.1.6 O pessoal que atua em nome do organismo de certificação deve manter confidenciais todas
as informações obtidas ou geradas durante a condução das atividades de certificação do organismo,
exceto quando exigido por lei ou quando autorizado pelo solicitante, candidato ou pessoa certificada.

6.1.7 O organismo de certificação deve requerer de seu pessoal a assinatura de um documento


pelo qual se comprometem a estar de acordo com as regras definidas pelo organismo de certificação,
incluindo aquelas relativas à confidencialidade, imparcialidade e conflito de interesses.

NOTA Onde permitida por lei, uma assinatura eletrônica é aceitável.

6.1.8 Quando um organismo de certificação certifica uma pessoa que ele emprega, o organismo
de certificação deve adotar procedimentos para manter a imparcialidade.

6.2 Pessoal envolvido nas atividades de certificação

6.2.1 Generalidades

O organismo de certificação deve exigir que seu pessoal declare qualquer potencial conflito
de interesse em relação a qualquer candidato.

6.2.2 Requisitos para examinadores

6.2.2.1 Os examinadores devem atender aos requisitos do organismo de certificação. O processo


de seleção e aprovação deve garantir que os examinadores:
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a) entendam a relevância do esquema de certificação;

b) sejam capazes de aplicar os procedimentos e documentos do exame;

c) tenham competência na área a ser examinada;

d) sejam fluentes tanto na escrita quanto oralmente no idioma do exame. Nos casos em que
um intérprete ou um tradutor é utilizado, o organismo de certificação deve ter procedimentos
estabelecidos para assegurar que a validade do exame não seja afetada;

e) ao identificarem, manifestem quaisquer conflitos de interesse conhecidos para assegurar que


julgamentos imparciais sejam realizados.

6.2.2.2 O organismo de certificação deve monitorar o desempenho dos examinadores e a confiabi-


lidade dos julgamentos dos examinadores. Quando deficiências forem encontradas, ações corretivas
devem ser tomadas.

NOTA Procedimentos de monitoramento para os examinadores podem incluir, por exemplo, observação
in loco, análise dos relatórios dos examinadores, dados obtidos dos candidatos.

6.2.2.3 Se um examinador tem um conflito de interesse no exame de um candidato, o organismo


de certificação deve tomar medidas para assegurar que a confidencialidade e a imparcialidade
do exame não estão comprometidas. Estas medidas devem ser registradas

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6.2.3 Requisitos para outro pessoal envolvido na avaliação

6.2.3.1 O organismo de certificação deve ter uma descrição documentada das responsabilidades
e das qualificações de outras pessoas envolvidas no processo de avaliação (por exemplo: monitores).

6.2.3.2 Se outro pessoal envolvido no processo de avaliação tiver um conflito de interesse potencial
no exame de um candidato, o organismo de certificação deve tomar medidas para assegurar que
a confidencialidade e imparcialidade do exame não sejam comprometidas. Estas medidas devem
ser registradas.

6.3 Terceirização

6.3.1 O organismo de certificação deve ter um contrato legalmente válido cobrindo as disposições,
incluindo confidencialidade e conflito de interesses, com cada organismo que fornece trabalho tercei-
rizado relacionado com o processo de certificação.

NOTA Para efeitos desta Norma, os termos “terceirização” e “subcontratação” são considerados sinônimos.

6.3.2 Quando um organismo de certificação terceiriza trabalho relacionado à certificação,


o organismo de certificação deve:

a) assumir responsabilidade total sobre todo trabalho terceirizado;

b) garantir que o organismo que está conduzindo o trabalho terceirizado é competente e que atende
às disposições aplicáveis desta Norma;

c) avaliar e monitorar o desempenho dos organismos que conduzem o trabalho terceirizado


de acordo com os seus procedimentos documentados;
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d) ter registros para demonstrar que os organismos que conduzem trabalho terceirizado atendem
a todos os requisitos pertinentes ao trabalho; e

e) manter uma lista dos organismos que conduzem trabalho terceirizado.

6.4 Outros recursos

O organismo de certificação deve usar instalações adequadas, incluindo centros de exame,


equipamentos e recursos para conduzir suas atividades de certificação.

7 Requisitos para registros e informação


7.1 Registros de solicitantes, candidatos e pessoas certificadas

7.1.1 O organismo de certificação deve manter registros. Os registros devem incluir um meio
para confirmar o status de uma pessoa certificada. Os registros devem demonstrar que o processo
de certificação ou recertificação foi efetivamente atendido, particularmente com respeito aos formu-
lários de solicitação, relatórios de avaliação (que incluem registros de exames), e outros documentos
relacionados à concessão, manutenção, recertificação, extensão ou redução de escopo, e suspensão
ou cancelamento da certificação.

7.1.2 Os registros devem ser identificados, gerenciados e descartados de modo a assegurar


a integridade do processo e a confidencialidade das informações. Os registros devem ser mantidos por

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um período apropriado de tempo, por no mínimo um ciclo completo de certificação, ou como requerido
por acordos de reconhecimento, obrigações contratuais, legais ou outras.

7.1.3 O organismo de certificação deve ter acordos exequíveis para exigir que a pessoa certificada
informe o organismo de certificação, sem demora, sobre questões que possam afetar a capacidade
da pessoa certificada de continuar a atender aos requisitos de certificação.

7.2 Informação pública

7.2.1 O organismo de certificação deve verificar e fornecer informações, quando solicitado,


se um indivíduo detém no momento uma certificação válida e o escopo dessa certificação, exceto
se a lei exige que tais informações não possam ser divulgadas.

7.2.2 O organismo de certificação deve tornar disponível ao público, sem a necessidade de solici-
tação, informações sobre o escopo do esquema de certificação e uma descrição geral do processo
de certificação.

7.2.3 Todos os requisitos do esquema de certificação devem ser listados e disponibilizados


ao público, sem necessidade de solicitação.

7.2.4 As informações fornecidas pelo organismo de certificação, incluindo a publicidade,


devem ser precisas e não enganosas.

7.3 Confidencialidade

7.3.1 O organismo de certificação deve estabelecer políticas e procedimentos documentados para


a manutenção e divulgação de informações.
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7.3.2 O organismo de certificação deve, por meio de acordos legalmente exequíveis, manter
confidencial toda informação obtida durante o processo de certificação. Estes acordos devem abran-
ger todo o pessoal

7.3.3 As informações obtidas durante o processo de certificação, ou de outras fontes que não o soli-
citante, candidato ou pessoa certificada, não podem ser divulgadas a uma parte não autorizada, sem
o consentimento por escrito do indivíduo (solicitante, candidato ou pessoa certificada), exceto quando
a lei exigir que tais informações sejam divulgadas.

7.3.4 Quando o organismo de certificação é exigido por lei para liberar informações confidenciais,
a pessoa interessada deve, a menos que proibido por lei, ser notificada sobre quais informações
serão fornecidas.

7.3.5 O organismo de certificação deve assegurar que as atividades dos organismos relacionados
não comprometem a confidencialidade.

7.4 Segurança

7.4.1 O organismo de certificação deve desenvolver e documentar as políticas e os procedimentos


necessários para garantir a segurança ao longo de todo o processo de certificação e deve ter medidas
definidas para tomar ações corretivas quando ocorrem falhas de segurança.

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7.4.2 Políticas e procedimentos de segurança devem incluir disposições para garantir a segurança
de materiais de exame, levando em consideração:

a) os locais dos materiais (por exemplo, o transporte, a entrega eletrônica, descarte, armazenagem,
centro de exame);

b) a natureza dos materiais (por exemplo, eletrônico, papel, equipamento de teste);

c) as etapas do processo de exame (por exemplo, desenvolvimento, administração, relato


de resultados);

d) as ameaças oriundas da utilização repetida de materiais de exame.

7.4.3 Os organismos de certificação devem evitar que os candidatos adotem práticas fraudulentas
de exame:

a) solicitando a assinatura de um acordo de confidencialidade ou outro acordo, indicando o seu


compromisso de não liberar materiais confidenciais de exame ou participar de práticas fraudulentas
na realização dos exames;

b) disponibilizando a presença de um vigilante ou examinador;

c) confirmando a identidade do candidato;

d) evitando que quaisquer ajudas não autorizadas sejam introduzidas na área de exame;

e) impedindo o acesso a ajudas não autorizadas durante o exame;


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f) monitorando os resultados dos exames, para indícios de fraude.

8 Esquemas de Certificação

8.1 Deve existir um esquema de certificação para cada categoria de certificação.

8.2 Um esquema de certificação deve conter os seguintes elementos:

a) escopo de certificação;

b) descrição de função e de tarefas;

c) a competência requerida;

d) habilidades (quando aplicável)

e) pré-requisitos (quando aplicável);

f) código de conduta (quando aplicável).

NOTA 1 Um código de conduta descreve o comportamento ético ou pessoal requerido pelo esquema.

NOTA 2 Habilidades podem incluir capacidades físicas, como visão, audição e mobilidade.

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8.3 Um esquema de certificação deve incluir os seguintes requisitos de processo de certificação:

a) critérios para a certificação inicial e recertificação;

b) métodos de avaliação para a certificação inicial e recertificação;

c) métodos e critérios de supervisão (se aplicável);

d) critérios para a suspensão e cancelamento da certificação;

e) critérios para alterar o escopo ou o nível de certificação (se aplicável).

8.4 O organismo de certificação deve ter documentos para demonstrar que, no desenvolvimento
e na análise do esquema de certificação, estão incluídos os seguintes:

a) o envolvimento de especialistas apropriados;

b) a utilização de uma estrutura apropriada que represente de forma justa os interesses de todas
as partes significativamente interessadas, sem predomínio de qualquer interesse;

c) a identificação e alinhamento de pré-requisitos, se aplicável, com os requisitos de competência;

d) a identificação e alinhamento dos mecanismos de avaliação com os requisitos de competência;

e) uma análise de função ou prática que seja conduzida e atualizada para:

⎯ identificar as tarefas para o desempenho bem sucedido,

⎯ identificar a competência requerida para cada tarefa;


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⎯ identificar pré-requisitos(se aplicável);

⎯ confirmar os mecanismos de avaliação e o conteúdo do exame;

⎯ identificar os requisitos e intervalo para a recertificação.

NOTA Se o esquema de certificação foi desenvolvido por uma entidade que não seja o organismo
de certificação, a análise de função ou prática podem já estar disponíveis como parte desse trabalho. Neste
caso, o organismo de certificação pode obter detalhes da documentação do esquema para verificação.

8.5 O organismo de certificação deve assegurar que o esquema de certificação é analisado e vali-
dado de forma contínua e sistemática.

8.6 Quando o organismo de certificação não é o proprietário do esquema de certificação que


implementa, o organismo de certificação deve assegurar que os requisitos contidos na Seção 8 desta
Norma sejam cumpridos.

9 Requisitos do processo de certificação


9.1 Processo de solicitação

9.1.1 Após a solicitação, o organismo de certificação deve disponibilizar uma visão geral do processo
de certificação de acordo com o esquema de certificação. No mínimo, a visão geral deve incluir

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os requisitos para a certificação e seu escopo, uma descrição do processo de avaliação, os direitos
dos solicitantes, os deveres de uma pessoa certificada e as taxas.

9.1.2 O organismo de certificação deve requerer o preenchimento completo de um formulário


de solicitação, assinado pelo solicitante da certificação, que inclua no mínimo:

a) informação necessária para identificar o solicitante, como nome, seu CPF, endereço e outras
informações requeridas pelo esquema de certificação;

b) o escopo da certificação desejada;

c) uma declaração de que o solicitante se compromete a atender aos requisitos de certificação


e a fornecer qualquer informação necessária para a avaliação;

d) qualquer informação complementar de apoio para demonstrar objetivamente o cumprimento com


os pré-requisitos do esquema;

e) aviso ao solicitante de sua oportunidade para declarar, com justificativa, um pedido para
a acomodação de necessidades especiais (ver 9.2.5).

NOTA Onde permitido por lei, outros meios, incluindo a assinatura eletrônica, são aceitáveis.

9.1.3 O organismo de certificação deve analisar o pedido para confirmar que o solicitante atende os
requisitos do esquema de certificação.

9.2 Processo de avaliação

9.2.1 O organismo de certificação deve implementar os métodos e mecanismos específicos


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de avaliação, como definido no esquema de certificação.

9.2.2 Quando houver uma mudança no esquema de certificação que exige avaliação adicional,
o organismo de certificação deve documentar e tornar publicamente acessível, sem necessidade
de pedido, os métodos e mecanismos específicos necessários para verificar se as pessoas certifica-
das atendem aos requisitos alterados.

NOTA A recertificação pode ser utilizada para alcançar esta verificação.

9.2.3 A avaliação deve ser planejada e estruturada de modo a garantir que os requisitos do esquema
de certificação sejam verificados de forma objetiva e sistemática, com evidência documentada para
confirmar a competência do candidato.

9.2.4 O organismo de certificação deve verificar os métodos de avaliação dos candidatos. Esta veri-
ficação deve assegurar que cada avaliação é justa e válida.

9.2.5 O organismo de certificação deve verificar e acomodar necessidades especiais justificadas


e onde a integridade da avaliação não seja violada, tendo em conta a legislação nacional [ver 9.1.2 e)].

9.2.6 Quando o organismo de certificação leva em conta o trabalho desenvolvido por outro
organismo, este deve ter os relatórios, dados e registros apropriados para demonstrar que os
resultados são equivalentes e em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo esquema
de certificação.

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9.3 Exame

9.3.1 Os exames devem ser desenvolvidos para avaliar a competência, com base e consistência
com o esquema de certificação, por meio escrito, oral, prático, observacional ou outros meios confiá-
veis e objetivos. O desenvolvimento dos requisitos de exame deve assegurar a comparabilidade dos
resultados de cada exame, tanto em conteúdo como em dificuldade, inclusive a validade das decisões
de reprovação/aprovação.

9.3.2 O organismo de certificação deve ter procedimentos para assegurar uma administração
de exames consistentes.

9.3.3 Critérios para condições de administração de exames devem ser estabelecidos, documenta-
dos e monitorados.

NOTA As condições podem incluir a iluminação, temperatura, separação de candidatos, o ruído,


a segurança do candidato etc.

9.3.4 Quando equipamento técnico é utilizado no processo, o equipamento deve ser verificado
ou calibrado, quando apropriado.

9.3.5 Metodologia e procedimentos apropriados (como coleta e manutenção de dados estatísticos)


devem ser documentados e implementados para reafirmar, em intervalos definidos e justificados,
a equidade, validez, confiabilidade e desempenho geral de cada exame, e que todas as deficiências
identificadas estão corrigidas.

9.4 Decisão sobre a certificação

9.4.1 A informação coletada durante o processo de certificação deve ser suficiente:


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a) para o organismo de certificação tomar uma decisão sobre a certificação;

b) para a rastreabilidade no caso, por exemplo, de uma apelação ou uma reclamação.

9.4.2 As decisões relativas à concessão, manutenção, recertificação, extensão, redução, suspensão


ou cancelamento da certificação não podem ser terceirizadas.

9.4.3 O organismo de certificação deve limitar sua decisão sobre certificação aos assuntos específi-
cos relacionados aos requisitos do esquema de certificação.

9.4.4 A decisão sobre a certificação de um candidato deve ser feita pelo organismo de certifica-
ção unicamente com base nas informações obtidas durante o processo de avaliação. O pessoal que
decide quanto à certificação não pode ter participado do exame ou treinamento do candidato.

9.4.5 O pessoal que toma decisões de certificação deve ter conhecimento e experiência suficientes
sobre o processo de certificação para determinar se os requisitos de certificação foram atendidos.

9.4.6 A certificação não pode ser concedida até que todos os requisitos de certificação sejam
atendidos.

9.4.7 O organismo de certificação deve fornecer um certificado para todas as pessoas certificadas.
O organismo de certificação deve manter a propriedade exclusiva sobre os certificados. O certificado
deve ter o formato de carta, cartão ou outro meio, assinado ou autorizado por um membro responsável
do pessoal do organismo de certificação.

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9.4.8 Os certificados devem conter no mínimo as seguintes informações:

a) o nome da pessoa certificada;

b) uma identificação única;

c) nome do organismo de certificação;

d) uma referência ao esquema de certificação, norma ou outros documentos relevantes, incluindo a


data de emissão, se for o caso;

e) o escopo da certificação, incluindo, se aplicável, as condições e limites de validade;

f) data efetiva da certificação e data de expiração.

9.4.9 O certificado deve ser elaborado de forma a reduzir os riscos de falsificação.

9.5 Suspensão, cancelamento ou redução do escopo de certificação

9.5.1 O organismo de certificação deve ter uma política e procedimento(s) documentado(s) para
suspensão ou cancelamento da certificação, ou redução do escopo da certificação, que deve especi-
ficar as ações subsequentes pelo organismo de certificação.

9.5.2 A falha por parte da pessoa certificada em resolver os problemas que originaram a suspensão,
no prazo estabelecido pelo organismo de certificação, deve resultar no cancelamento da certificação
ou redução do escopo da certificação.

9.5.3 O organismo de certificação deve ter acordos exequíveis com a pessoa certificada para garan-
tir que, em caso de suspensão da certificação, a pessoa certificada cesse com a divulgação da sua
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certificação enquanto estiver suspensa.

9.5.4 O organismo de certificação deve ter acordos exequíveis com a pessoa certificada para garan-
tir que, em caso de cancelamento da certificação, a pessoa certificada abstenha-se de utilizar todas
as referências ao seu status de certificada.

9.6 Processo de recertificação

9.6.1 O organismo de certificação deve ter procedimento(s) documentado(s) para a implementação


do processo de recertificação de acordo com os requisitos do esquema de certificação.

9.6.2 O organismo de certificação deve assegurar durante o processo de recertificação que ele
confirma a manutenção da competência da pessoa certificada e a continuidade da conformidade com
os requisitos vigentes do esquema por parte da pessoa certificada.

9.6.3 O período de recertificação deve basear-se nos requisitos do esquema. A justificativa para
o período de recertificação deve levar em conta, quando pertinente, o seguinte:

a) requisitos regulatórios;

b) mudanças em documentos normativos;

c) mudanças nos requisitos pertinentes do esquema;

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d) a natureza e a maturidade da indústria ou do campo no qual a pessoa certificada trabalha;

e) os riscos decorrentes de uma pessoa incompetente;

f) mudanças contínuas na tecnologia, e nos requisitos para pessoas certificadas;

g) requisitos das partes interessadas;

h) a frequência e conteúdo das atividades de supervisão, se requerido pelo esquema.

9.6.4 A(s) atividade(s) de recertificação selecionada(s) deve(m) ser adequada(s) para garantir que
há avaliação imparcial para confirmar a continuidade da competência da pessoa certificada.

9.6.5 De acordo com o esquema de certificação, a recertificação pelo organismo de certificação


deve considerar pelo menos o seguinte:

a) avaliação no local;

b) desenvolvimento profissional;

c) entrevistas estruturadas;

d) confirmação de trabalho satisfatório contínuo e registro de experiência profissional;

e) exames;

f) verificação da capacidade física em relação à competência em questão.

NOTA “Capacidade física” pode requerer uma avaliação por um profissional de saúde ou por
um profissional qualificado para avaliar as habilidades físicas, como destreza, força, resistência, bem como
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as habilidades de desempenho técnico necessárias para a certificação.

9.7 Uso de certificados, logotipos e marcas

9.7.1 Um organismo de certificação que fornece uma marca ou logotipo de certificação deve
documentar as condições para uso e administrar apropriadamente os direitos para utilização
e representação.

NOTA A ABNT NBR ISO/IEC 17030 provê requisitos para o uso de marcas de terceira parte.

9.7.2 O organismo de certificação deve requerer que uma pessoa certificada assine um contrato
para os seguintes motivos:

a) atender às disposições pertinentes do esquema de certificação;

b) fazer reivindicações sobre a certificação somente com relação ao escopo para o qual foi concedida
a certificação;

c) não utilizar a certificação de maneira prejudicial à reputação do organismo de certificação


e não fazer nenhuma declaração relativa à certificação que o organismo de certificação considere
enganosa ou não autorizada;

d) havendo suspensão ou cancelamento da certificação, interromper todas as menções à certificação


que contenham qualquer referência ao organismo de certificação ou à certificação em si,
devolvendo quaisquer certificados emitidos pelo organismo de certificação;

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e) não utilizar o certificado de maneira enganosa.

NOTA Onde permitido por lei, uma assinatura eletrônica é aceitável.

9.7.3 Um organismo de Certificação deve tratar com medidas corretivas, qualquer uso indevido
da sua marca ou logotipo de certificação.

9.8 Apelações contra decisões de certificação

9.8.1 O organismo de certificação deve ter um processo documentado para receber, avaliar e tomar
decisões sobre apelações. O processo de tratamento de apelações deve incluir pelo menos os seguin-
tes elementos e métodos:

a) o processo para receber, validar e investigar a apelação, e para decidir quais ações devem ser
tomadas em sua resposta, tendo em conta os resultados de apelações anteriores semelhantes;

b) rastreamento e registro de apelações, incluindo as ações tomadas para resolvê-las;

c) garantia de que, se aplicável, as correções apropriadas e ações corretivas são tomadas.

9.8.2 As políticas e procedimentos devem assegurar que todas as apelações são tratadas de uma
forma construtiva, imparcial e em tempo hábil.

9.8.3 Uma descrição do processo de tratamento de apelações deve estar acessível publicamente,
sem necessidade de solicitação.

9.8.4 O organismo de certificação deve ser responsável por todas as decisões em todos os níveis
do processo de tratamento de apelações. O organismo de certificação deve assegurar que o pessoal
que toma decisão envolvido no processo de tratamento de apelações é diferente daquele que estava
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envolvido na decisão que está sendo apelada.

9.8.5 A submissão, investigação e decisão sobre as apelações não podem resultar em quaisquer
ações discriminatórias contra o apelante.

9.8.6 O organismo de certificação deve acusar o recebimento da apelação e deve fornecer ao ape-
lante relatórios de progresso e o resultado final.

9.8.7 O organismo de certificação deve notificar formalmente o apelante quanto ao final do processo
de tratamento de apelações.

9.9 Reclamações

9.9.1 O organismo de certificação deve ter um processo documentado para receber, avaliar e tomar
decisões sobre reclamações.

9.9.2 Uma descrição do processo de tratamento de reclamações deve estar acessível sem necessi-
dade de solicitação. Os procedimentos devem tratar todas as partes de forma justa e equitativa.

9.9.3 As políticas e procedimentos devem assegurar que todas as reclamações sejam tratadas
e processadas de forma construtiva, imparcial e em tempo hábil.

O processo de tratamento de reclamações deve incluir pelo menos os seguintes elementos e métodos:

a) um esboço do processo de recebimento, validação, investigação da reclamação, e para decidir


quais ações devem ser tomadas em sua resposta;

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b) rastreamento e registro, incluindo as ações empreendidas em sua resposta;

c) a segurança de que, se aplicável, as correções e ações corretivas apropriadas sejam tomadas.

9.9.4 Ao receber uma reclamação, o organismo de certificação deve confirmar se a reclamação


refere-se a atividades de certificação pelas quais é responsável e, em caso afirmativo, deve responder
apropriadamente.

9.9.5 Sempre que possível, o organismo de certificação deve acusar o recebimento da reclamação,
e deve fornecer ao reclamante relatórios de progresso e os resultados finais.

9.9.6 O organismo de certificação, ao receber a reclamação, deve ser responsável por reunir e veri-
ficar todas as informações necessárias para validar a reclamação.

9.9.7 Sempre que possível, o organismo de certificação deve notificar, formalmente, ao reclamante
o fim do processo de tratamento de reclamações.

9.9.8 Qualquer reclamação fundamentada referente a uma pessoa certificada deve também ser
comunicada pelo organismo de certificação à pessoa certificada em questão em prazo apropriado.

9.9.9 O processo de tratamento de reclamações deve ser sujeito a requisitos de confidencialidade,


no que se refere ao reclamante e ao objeto da reclamação.

9.9.10 A decisão a ser comunicada ao reclamante deve ser feita por, ou analisada e aprovada por,
pessoal não envolvido anteriormente no assunto da reclamação.

10 Requisitos de sistema de gestão


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10.1 Generalidades

O organismo de certificação deve estabelecer, documentar, implementar e manter um sistema


de gestão que seja capaz de apoiar e demonstrar o cumprimento consistente dos requisitos desta
Normal. Além de atender aos requisitos das Seções 4 a 9 desta Norma, o organismo de certificação
deve implementar um sistema de gestão de acordo com a opção A ou opção B, como segue:

— opção A: um sistema geral de gestão que atenda aos requisitos de 10.2; ou

— opção B: um organismo que estabeleceu e mantém um sistema de gestão, em conformidade com


os requisitos da ABNT NBR ISO 9001, e que é capaz de suportar e demonstrar o cumprimento
consistente dos requisitos desta Norma, atende aos requisitos do sistema de gestão de 10.2.

10.2 Requisitos gerais de sistemas de gestão

10.2.1 Generalidades

O organismo de certificação deve estabelecer, documentar, implementar e manter um sistema


de gestão que seja capaz de sustentar e demonstrar o cumprimento consistente dos requisitos desta
Norma.

A Alta Direção do organismo de certificação deve estabelecer e documentar as políticas e os objetivos


para as suas atividades.

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A Alta Direção deve fornecer evidência do seu comprometimento com o desenvolvimento


e a implementação do sistema de gestão de acordo com os requisitos desta Norma. A Alta Direção
deve assegurar que as políticas sejam compreendidas, implementadas e mantidas em todos os níveis
de organização do organismo de certificação.

A Alta Direção do organismo de certificação deve nomear um membro da administração que,


independentemente de outras responsabilidades, deve ter responsabilidade e autoridade que incluem:

a) assegurar que os processos e procedimentos necessários para o sistema de gestão sejam


estabelecidos, implementados e mantidos;

b) relatar à Alta Direção sobre o desempenho do sistema de gestão e qualquer necessidade


de melhoria.

10.2.2 Documentação do sistema de gestão

Requisitos aplicáveis desta Norma devem ser documentados. O organismo de certificação deve
assegurar que a documentação do sistema de gestão seja fornecida para todo o pessoal relevante.

10.2.3 Controle de documentos

O organismo de certificação deve estabelecer procedimentos para controlar os documentos (internos


e externos) que se relacionam com o atendimento desta Norma. Os procedimentos devem definir os
controles necessários para:

a) aprovar documentos quanto à adequação antes de sua emissão;

b) revisar e atualizar, quando necessário, e reaprovar documentos;


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c) assegurar que alterações e a versão atual da revisão dos documentos estejam identificadas;

d) assegurar que as versões pertinentes de documentos aplicáveis estejam disponíveis nos locais
de uso;

e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis;

f) assegurar que os documentos de origem externa sejam identificados e que sua distribuição seja
controlada;

g) impedir o uso não intencional de documentos obsoletos e utilizar identificação adequada


se estiverem retidos para qualquer finalidade.

NOTA Documentação pode estar em qualquer forma ou tipo de mídia.

10.2.4 Controle de registros

O organismo de certificação deve estabelecer procedimentos para definir os controles necessários


para identificação, armazenagem, proteção, recuperação, tempo de retenção e descarte de seus
registros relacionados com o atendimento desta Normal.

O organismo de certificação deve estabelecer procedimentos para retenção de registros por


um período coerente com as suas obrigações contratuais e legais. O acesso a esses registros devem
ser coerentes com os acordos de confidencialidade.

NOTA Para requisitos de registros de solicitantes, candidatos e pessoas certificadas, ver também 7.1.

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10.2.5 Análise crítica pela direção

10.2.5.1 Generalidades

A Alta Direção do organismo de certificação deve estabelecer procedimentos para revisar seu sistema
de gestão em intervalos planejados a fim de garantir sua contínua pertinência, adequação e eficácia,
incluindo as políticas e os objetivos estabelecidos relacionados ao atendimento desta Norma. Estas
análises devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada 12 meses e devem ser documentadas.

10.2.5.2 Entradas para análise crítica

As entradas para a análise crítica pela direção devem incluir informações relacionadas com o seguinte:

a) resultados de auditorias internas e externas (por exemplo, avaliação por organismo de acreditação);

b) comentários de solicitantes, candidatos, pessoas certificadas e das partes interessadas


relacionada com o atendimento desta Norma;

c) salvaguarda da imparcialidade;

d) a situação das ações preventivas e corretivas;

e) ações de acompanhamento de análises críticas anteriores;

f) o cumprimento dos objetivos;

g) mudanças que possam afetar o sistema de gestão,

h) apelações e reclamações;
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10.2.5.3 Saídas da análise crítica

As saídas da análise crítica pela direção devem incluir no mínimo decisões e ações relacionadas
ao seguinte:

a) melhoria da eficácia do sistema de gestão e dos seus processos;

b) melhoria dos serviços de certificação relacionados ao cumprimento desta Norma;

c) necessidades de recursos.

10.2.6 Auditorias internas

10.2.6.1 O organismo de certificação deve estabelecer procedimentos para auditorias internas a fim
de verificar se os requisitos desta Norma sejam atendidos e efetivamente implementados e mantidos.

NOTA A ABNT NBR ISO 19011 fornece diretrizes para a condução de auditorias internas.

10.2.6.2 Um programa de auditoria deve ser planejado, levando em consideração a importância


dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os resultados de auditorias anteriores.

10.2.6.3 As auditorias internas devem ser realizadas pelo menos uma vez a cada 12 meses. A frequ-
ência das auditorias internas pode ser reduzida se o organismo de certificação demonstra que seu
sistema de gestão continua a ser efetivamente implementado de acordo com esta Norma e possui
comprovada estabilidade.

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10.2.6.4 O organismo de certificação deve assegurar que:

a) as auditorias internas sejam conduzidas por pessoal competente, com conhecimento do processo
de certificação, de auditorias e dos requisitos desta Norma;

b) auditores não auditem seu próprio trabalho;

c) o pessoal responsável pela área auditada seja informado quanto ao resultado da auditoria;

d) quaisquer ações resultantes de auditorias internas sejam tomadas de maneira oportuna


e apropriada;

e) quaisquer oportunidades de melhoria sejam identificadas.

10.2.7 Ações corretivas

O organismo de certificação deve estabelecer procedimento(s) para identificação e tratamento de não


conformidades em suas operações.

O organismo de certificação deve também, se necessário, tomar medidas para eliminar as causas
de não conformidades, a fim de prevenir a reincidência. Ações corretivas devem ser apropriadas
ao impacto dos problemas encontrados. Os procedimentos devem definir os requisitos para o seguinte:

a) identificação de não conformidades;

b) determinação das causas da não conformidade;

c) correção de não conformidades;


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d) avaliação da necessidade de ações para assegurar que não conformidades voltem a ocorrer;

e) determinação e implementação, em tempo hábil, das ações necessárias;

f) registro dos resultados das ações tomadas; e

g) análise da eficácia das ações corretivas.

10.2.8 Ações preventivas

O organismo de certificação deve estabelecer procedimento(s) para a tomada de ações preventivas


para eliminar as causas de potenciais das não conformidades. As ações preventivas tomadas devem ser
adequadas ao impacto provável dos potenciais problemas. Os procedimentos para ações preventivas
devem definir requisitos para:

a) identificação de potenciais não conformidades e suas causas;

b) avaliação da necessidade de ações para evitar a ocorrência de não conformidades;

c) determinação e implementação da ação necessária;

d) registro dos resultados das ações tomadas;

e) análise da eficácia das ações preventivas tomadas.

NOTA Os procedimentos para ações corretivas e preventivas não têm necessariamente de serem separados.

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Anexo A
(informativo)

Princípios para organismos de certificação para pessoas e suas


atividades de certificação

A.1 Generalidades

A.1.1 Esta Norma não fornece requisitos específicos para todas as situações que podem ocorrer.
Convém que estes princípios sejam aplicados como diretrizes para as decisões que podem ter de ser
tomadas para situações imprevistas. Princípios não são requisitos.

A.1.2 O objetivo geral da certificação de pessoas é reconhecer a competência de um indivíduo


para executar uma tarefa ou trabalho.

A.1.3 O organismo de certificação tem a responsabilidade de assegurar que apenas as pessoas


que demonstrem competência obtenham a certificação.

A.1.4 A certificação de pessoas provê valor por meio da confiança pública e credibilidade. A confiança
pública se baseia em uma avaliação válida da competência, por uma terceira parte, reconfirmada
em intervalos definidos.

A.1.5 Convém que o organismo de certificação atue de maneira responsável, de forma a prover
confiança às partes interessadas quanto à sua competência, imparcialidade e integridade.
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A.2 Imparcialidade

A.2.1 Convém que a certificação de uma pessoa esteja baseada em evidências objetivas obtidas pelo
organismo de certificação por meio de uma avaliação justa, válida e confiável e não influenciada por
outros interesses ou por outras partes.

A.2.2 É necessário que os organismos de certificação e o seu pessoal sejam imparciais e vistos
como tal, a fim de demonstrar confiabilidade em suas atividades e seus resultados.

A.2.3 Ameaças à imparcialidade incluem, mas não estão limitados ao seguinte:

a) ameaças de interesse próprio: ameaças que surgem a partir de uma pessoa ou organismo que
age em seu próprio interesse para beneficiar-se;

b) ameaças de subjetividade: ameaças que surgem quando um prejulgamento pessoal anula


a evidência objetiva;

c) ameaças de familiaridade: ameaças que surgem a partir de uma pessoa ser familiar
ou de confiança de outra pessoa, por exemplo, um examinador ou pessoal do organismo
de certificação de pessoas desenvolve um relacionamento com um candidato que afeta
sua capacidade de chegar a um julgamento objetivo;

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d) ameaças de intimidação: ameaças que impedem um organismo de certificação ou o seu pessoal


de agir objetivamente por medo de um candidato ou de outra parte interessada;

e) ameaças financeiras: a fonte de receita para um organismo de certificação pode ser uma ameaça
à imparcialidade.

A.3 Competência
A competência do pessoal do organismo de certificação é necessária para fornecer uma certificação
que provê confiança.

A.4 Confidencialidade e transparência


Gerir o equilíbrio entre a confidencialidade e a transparência afeta a confiança das partes interessadas
e sua percepção de valor nas atividades de certificação.

A.5 Capacidade de resposta às reclamações e apelações


A resolução efetiva de reclamações e apelações é um importante meio de proteção para o organismo
de certificação e partes interessadas contra erros, omissões ou comportamento irracional.

A.6 Responsabilidade
O organismo de certificação tem a responsabilidade de obter evidências objetivas suficientes, nas
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quais se baseiam uma decisão de certificação.

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Bibliografia

[1] ABNT NBR ISO 9001, Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos

[2] ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes para auditorias de sistemas de gestão
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