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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

ENGENHARIA MECÂNICA

EM12 – CIÊNCIA DOS MATERIAIS

AULA 10
PROPRIEDADES MECÂNICAS
(PARTE 2)

Profa.: Dra. Alexandra de Oliveira França Hayama

2013/1
 ENSAIO DE DUREZA
→ Ensaio de Dureza Brinell
→ Ensaio de Dureza Rockwell
→ Ensaio de Dureza Vickers
→ Ensaio de Dureza Knoop
ENSAIO DE DUREZA
 Dureza: é a medida da resistência de um material a uma deformação
plástica localizada.

 Os primeiros ensaios de dureza eram baseados em minerais naturais,


com uma escala construída basicamente em função da habilidade de um
material em riscar o outro mais macio. Foi criada em 1.912 pelo
mineralogista alemão Friedrich Mohs.
→ Essa escala é conhecida como escala de Mohs, que varia a de 1
para o talco (mais macio) e 10 para o diamante (mais duro).

 Os materiais metálicos NÃO utilizam a escala de dureza Mohs.


→ Técnicas quantitativas foram desenvolvidas nas quais um pequeno
penetrador é forçado contra a superfície de um material a ser testado.
→ Faz-se a medida da profundidade ou do tamanho da impressão
resultante, a qual é relacionada a um número índice de dureza.
→ Quanto mais macio o material, maior e mais profunda é a impressão
e menor é o índice de dureza.
ENSAIO DE DUREZA

 A dureza depende diretamente do processamento pelo qual o


material foi submetido (processo de fabricação, tratamento térmico,
etc).

 Principais características da determinação da dureza dos metais:


→ Método rápido e fácil de ser executado;
→ Barato;
→ Pode ser considerado como método não destrutivo.

 Permite avaliar:
→ Condições de fabricação (controle de qualidade);
→ Perfis de tratamento térmico das ligas metálicas;
→ Diferenças estruturais locais;
→ Influência de elementos de liga.
ENSAIO DE DUREZA
 Os principais ensaios de dureza que são realizados em materiais
metálicos são:
→ Ensaio de Dureza Brinell
→ Ensaio de Dureza Rockwell
→ Ensaio de Dureza Vickers
→ Ensaio de Dureza Knoop

 O equipamento que
realiza as medidas de
dureza é chamado
durômetro.

→ Dependendo da
carga aplicada tem-se Durômetro
o microdurômetro e o
nanodurômetro. Microdurômetro
ENSAIO DE DUREZA BRINELL
 Ensaio de dureza Brinell: Foi o primeiro ensaio de dureza por
penetração padronizado e reconhecido industrialmente (1.900).

 O ensaio consiste em aplicar uma carga (P), de forma lenta, com


uma esfera metálica (aço temperado) ou cerâmica (carbeto de
tungstênio) de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida e
limpa.
→ Ao penetrar a superfície plana, a esfera imprime uma calota
esférica, de diâmetro (d) inferior ao do penetrador, em um tempo
determinado (t).

 Materiais duros, com dureza


superior à do penetrador de carbeto
de tungstênio não são medidos por
esta técnica.
ENSAIO DE DUREZA BRINELL
 Penetradores:
→ Esfera de aço temperado: HBs
→ Esfera de carbeto de tungstênio: HBw

 A dureza Brinell é representada pelas letras HB (Hardness


Brinell), que quer dizer dureza Brinell.
P Carga de impressão.(N)
HB = =
A Área da calota esférica impressa (mm 2 )

 Simplificando tem-se: 2P
HB =
(
π.D D - D2 − d 2 )
Onde: P: carga aplicada
D: diâmetro da esfera
d: diâmetro da calota impressa
ENSAIO DE DUREZA BRINELL
 O ensaio de dureza Brinell utiliza uma esfera de aço temperado
ou de carbeto de tungstênio com diâmetro de 10 mm.
→ As cargas podem variar de 500 a 3000 kg, materiais mais
duros exigem cargas aplicadas maiores.
→ Durante o ensaio, a carga é mantida constante por um
tempo específico (entre 10 e 30 s).
→ O índice de dureza Brinell é uma função tanto da magnitude
da carga como do diâmetro da impressão resultante.
ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL
 Ensaio de dureza Rockwell: Os penetradores utilizados no ensaio de
dureza Rockwell (HR – Hardness Hockwell) são do tipo esférico (esfera de
aço temperado) ou cônico (cone de diamante com 120º de conicidade).

 Dependendo do penetrador e das pré-cargas e


cargas aplicadas, a dureza Rockwell pode ser
classificada em:
 Rockwell comum:
→ Escalas A, C, D: Cone de diamante
→ Escalas B, E, F, G, H, K: esfera de aço
 As esferas de aço, podem ter
diâmetros iguais a: 1/16”, 1/8”, ¼” e ½”
 Rockwell superficial
ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL
 No ensaio Rockwell comum, a pré-carga é de 10 kgf.
 No ensaio Rockwell superficial, a pré-carga é de 3 kgf.

 Função da pré-carga:
→ Eliminar os erros causados pela deformação elástica.
→ Eliminar a ação de eventuais defeitos superficiais.

Escalas de dureza Rockwell comum Escalas de dureza Rockwell superficial


(Pré-carga: 10 kgf) (Pré-carga: 3 kgf)
ENSAIO DE DUREZA ROCKWELL
 Ensaio de dureza Rockwell utiliza esferas de aço temperado com
diâmetros variáveis e um penetrador cônico de diamante, usado para
medir a dureza de para materiais mais duros.
→ Com este sistema, um número índice de dureza é
determinado pela diferença na profundidade de penetração que
resulta da aplicação de uma carga inicial menor seguida por uma
carga principal.
ENSAIO DE DUREZA VICKERS E KNOOP
 Ensaio de dureza Knoop e Vickers: Para cada ensaio, um
penetrador de diamante muito pequeno, com geometria piramidal, é
forçado contra a superfície da peça por um determinado tempo. A
carga é aplicada lentamente e permanece constante durante um
tempo específico (geralmente de 10 a 30 segundos).

→ A impressão resultante é observada utilizando um microscópio


e medida, essa medição é então convertida em um número índice
de dureza.

→ Nesse ensaio é necessária uma preparação cuidadosa da


superfície da peça (lixamento e polimento), a fim de assegurar
uma impressão bem definida, que possa ser medida com
precisão.

→ Os métodos Knoop e Vickers (HV – Hardness Vickers) são


conhecidos como ensaios de microdureza com base na carga
(geralmente variando de 1 gf até 2000 gf) e no tamanho do
penetrador (pirâmide de diamante).
ENSAIO DE DUREZA VICKERS E KNOOP

 A carga é aplicada de forma lenta durante um tempo


determinado.
 Ambos os métodos são adequados para medição da
dureza em regiões pequenas e selecionadas da amostra.

 Aplicações das durezas Vickers e Knoop:


→ Levantamento de curvas de profundidade de têmpera,
cementação ou de tratamentos superficiais;
→ Determinação da dureza de microconstituintes
individuais de uma microestrutura;
→ Determinação da dureza de materiais frágeis;
→ Determinação da dureza de peças de pequena
espessura.
ENSAIO DE DUREZA VICKERS E KNOOP
ENSAIO DE DUREZA VICKERS E KNOOP
 Comparando os ensaios de dureza Vickers e Knoop:
→ Endentadores Vickers penetram aproximadamente o dobro da profundidade
dos endentadores Knoop;
→ A diagonal da endentação Vickers é aproximadamente 1/3 do comprimento
da maior diagonal de Knoop;
→ O teste Vickers é menos sensível às condições da superfície do que o teste
Knoop;
→ O teste Vickers é mais sensível a erros e medição do que o teste Knoop;
→ O teste Knoop é melhor para pequenas áreas alongadas.
ENSAIO DE DUREZA

 Recomendação de
métodos de medição
de dureza para alguns
materiais:
EXERCÍCIOS

1 – No estudo dos materiais, o que pode-se avaliar utilizando


medidas de dureza?

2 – Explique o tipo de penetrador utilizado (geometria e material), o


tipo de aplicação e os valores das cargas utilizadas nos seguintes
ensaios de dureza:
a) Ensaio de dureza Brinell
b) Ensaio de dureza Rockwell
c) Ensaio de dureza Vickers e Knoop

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