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1 Fluídos de Corte
Ele deve ser aplicado usando um método que permita sua chegada o
mais próximo possível da aresta de corte dentro da interface
ferramenta/cavaco, a fim de assegurar que suas funções sejam exercidas
adequadamente
Óleos
De origem vegetal e animal: eficientes na redução de atrito, sua baixa
condutividade térmica e seu baixo calor especifico os tornam eficazes na
condução de calor para fora da região de corte.
Emulsões
Nessa categoria são os fluidos emulsionáveis e semi-sintéticos. Os
fluídos emulsionáveis (erroneamente chamado de óleos solúveis) são
compostos bifásicos de óleos minerais adicionados a agua na proporção de
1:10 a 1:100 mais agentes emulsificantes ou surfactantes que garantem a
uniformidade da mistura.
Soluções
São compostos monofásicos de óleos que se dissolvem completamente
na agua. Nesse caso não há necessidade de agentes emulsificantes, pois os
compostos reagem quimicamente, formando fases únicas. As soluções,
também chamadas de fluidos sintéticos, caracterizam-se por ser isentas de
óleo mineral. Consistem de sais orgânicos e inorgânicos, aditivos de
lubricidade, biocidas, inibidores de corrosão, entre outros, quando adicionados
a água. Apresentam vida mais longa, uma vez que não são atacados por
bactérias. Os fluidos sintéticos mais comuns oferecem boa proteção
anticorrosiva e refrigerante. Os mais complexos são de uso geral, com boas
propriedades lubrificantes e refrigerante.
Aditivos
- Antiespumantes
- Anticorrosivo
- Detergentes
- Emulsificantes
- Surfactantes
- Biocidas
Ligas Fundidas
Essas ligas são mais duras que os aços rápidos e mantem essa dureza
a temperaturas mais elevadas. Em decorrência disso, as velocidades de corte
empregadas podem ser em torno de 25% maiores, cobalto garante uma maior
tenacidade ou resistência a choque, tungstênio e carbono garante maior dureza
e consequentemente maior resistência ao desgaste, as ligas fundidas estão
caindo em desuso tanto pela escassez de matéria prima como também por
haver no mercado materiais que as superam a custos menores
Metal Duro
Com este material as velocidades de corte puderam ser aumentadas em
praticamente dez vezes, denominado metal duro, o carboneto de tungstênio,
fabricado pelo processo de metalurgia do pó, possui uma excelente
combinação de resistência ao desgaste, resistência mecânica e tenacidade,
além de carboneto de tungstênio, para outros fins outros materiais são
utilizados, como TiC, TaC e/ou NbC aos WC + Co. A norma ISSO padronizou a
classificação dos metais duros e designou como classe K os que contem WC +
Co, conhecida como classe dos ferros fundidos, ou classe aplicada a materiais
que produzem cavacos curtos. TiC, TaC, NbC a ISO designa como classe P,
classe dos aços ou dos materiais que produzem cavacos longos. A classe M é
uma classe intermediaria quando o WC + Co possui adições de outros
materiais que as apresentadas em classe P. N para os metais e ligas não
ferrosos, classe S para superligas ou ligas resistentes ao calor, a classe H para
os aços endurecidos.
TiC garante maior resistência ao desgaste, uma maior quantidade de
cobalto garante maior tenacidade, quanto mais finos os carbonetos maior a
tenacidade da ferramenta, aliada a uma dureza média
- CVD – deposição química de vapor, tenacidade reduzida, aresta de corte
arredondamento requerido, espessura do revestimento ate 12um,
multicamadas, principais aplicações em torneamento e mandrilhamento e suas
vantages são maior resistência ao desgaste, maior resistência a craterização,
grande vida da ferramenta
- PVD – deposição física de vapor, tenacidade não é afetada, aresta de corte
pode ter quina viva, espessura do revestimento ate 4um, principais aplicações
em fresamento, roscamento e furação, vantagens são: substitui ferramentas
sem revestimento, com mesma tenacidade, mesma configuração de aresta e
mesma precisão, reduz APC, maior vida na ferramenta.
TiC ou o TiCN são revestimentos muito utilizados como a primeira
camada, pois garantem uma coesão muito boa com o substrato. TiC é um dos
mais duros revestimentos utilizados o que garante alta resistência ao desgaste.
Al2O3 possui baixa condutividade térmica, ao contrario da condutividade
térmica do TiC e do TiN. O TiN se apresenta normalmente como a camada
externa, pois proporciona baixos coeficientes de atrito entre a ferramenta e o
cavaco. O TiCN é normalmente o mais requisitado como primeira camada
justamente por garantir maior aderência do revestimento no substrato e de
novos revestimentos sobre ele. Para garantir uma tensão residual de
compressão, é comum aplicar uma operação de jateamento para remoção da
ultima camada revestida na superfície da saída das ferramentas, isso garante
maior resistência a propagação de trincas. Outro revestimento que confere bom
desempenho em operações de usinagem é o TiNAl, um nitreto a base de Ti e
Al, tem-se mostrado excelente para usinagem de ferros fundidos, tanto em
insertos intercambiáveis como em brocas de metal duro, tal revestimento
também pode ser aplicado a usinagem das superligas de níquel.
Nos aços rápidos, os revestimentos comumente utilizados são a base de
TiN, TiCN e TiAlN.
Cermets
Dois fatores contribuíram para o aparecimento das ferramentas de
cermet. O primeiro foi a constatação de que a adição de TiC aumentava muito
a resistência ao desgaste, principalmente na superfície da saída, dos metais
duros, quando usinando aços. O segundo foi a escassez de tungstênio. A
cermet é constituído por TiC, TiN, e geralmente tem o Ni como elemento de
ligação. Pode também contar com a presença de outros elementos como Al,
Co, Mo ou compostos de Mo2C, TaC, NbC, WC, AlN, TaN e outros. Trata-se
de um grupo considerado intermediário entre os metais duros e as cerâmicas.
As ferramentas são aplicadas principalmente nos acabamento dos aços, com
altas velocidades e baixos avanços, suas principais características são a alta
dureza a elevadas temperaturas e a grande estabilidade química, com pouca
tendência a difusão.
Nota-se uma maior dureza apresentada pelo cermet, garantida pela
maior dureza do TiC em relação ao WC, o que garante maior resistência ao
desgaste ou maiores velocidades de corte para os cermets, o cermet apresenta
ainda temperatura mais alta de oxidação que o metal duro. A oxidação pode
ser um forte acelerador de desgaste, principalmente se o desgaste de entalhe
for predominante. Os pontos fracos dos cermets são as propriedades térmicas:
devido a baixa condutividade térmica e ao alto coeficiente de dilatação o
cermet tem um baixo coeficiente de resistência ao choque térmico, bem inferior
ao do metal duro, dai a explicação de o cermet so ser eficiente em baixos
avanços, a pequenas profundidades de corte e a altas velocidades na
usinagem de materiais ferrosos
Cerâmicas
Em geral as cerâmicas possuem as seguintes propriedades que ajudam
a identifica-las:
- São materiais refratários, capazes de suportar altas temperaturas sem perder
resistência mecânica.
- Possuem alta resistência ao desgaste em operações de usinagem.
- São materiais frágeis
- Tem baixa condutividade térmica
- Apresentam boa estabilidade química e térmica
- Possuem boa resistência e fluência
- Apresentam alta resistência a compressão e baixa resistência a tração
Normalmente as cerâmicas são usadas onde se requerem alta dureza e
resistência ao desgaste, quando se trata de aços de alta dureza acima de 45
HRC, as cerâmicas são sempre empregadas, principalmente no corte continuo,
no corte interrompido ainda existem grandes limitações exceto no fresamento
de ferro fundido cinzento , no qual as cerâmicas a base de nitreto de silício tem
se mostrado eficientes.
As cerâmicas possuem maior dureza a quente, maior resistência a
oxidação e menor afinidade química com o material da peça, enquanto o metal
duro possui maior tenacidade e maior resistência ao choque térmico, a cermet
sempre ocupa uma posição intermediaria.
Mecanismos de desgastes
Abrasão, adesão, difusão e oxidação são apresentados em função da
temperatura de corte ou de qualquer parâmetro que a influencie, principalmente
a velocidade de corte.
Em baixas temperaturas apenas a adesão e abrasão estão presentes e
a adesão é predominante, enquanto em temperaturas elevadas, a adesão
perde lugar para os novos mecanismos de difusão e oxidação, observa-se que
esses dois mecanismos vao crescendo em participação com o aumento da
temperatura, e que a difusão cresce em uma escala exponencial, o desgaste
total cresce muito com o aumento da temperatura de corte
Difusão
Esse mecanismo envolve a transferência de material, no nível atômico, e
é fortemente dependente da temperatura, do tempo e da solubilidade dos
elementos envolvidos na zona de fluxo, so é concebível aa existência da
difusão como um mecanismo de desgaste nas ferramentas de corte durante a
usinagem se existir o intimo contato entre duas superfícies envolvidas, nesse
caso, entre o cavaco e a ferramenta e entre a peça e a ferramenta, a taca de
desgaste aumentara com o aumento da velocidade de corte e do avanço, pois
o aumento desses parâmetros eleva a temperatura de corte, que é a fonte de
energia para o mecanismo difusivo
Aderência e arrastamento: attrition
É frequentemente chamado de adesão, geralmente ocorre a baixas
velocidades de corte, nas quais o fluxo de material sobre a superfície de saída
da ferramenta se torna irregular, a aresta postiça de corte pode aparecer, e na
sua presença o processo tem natureza menos continua, principalmente se ela
for instável
Abrasão
O desgaste abrasivo ocorre quando o material é removido ou deslocado
da superfície por partículas duras que podem estar soltas entre duas
superfícies com movimento relativo, ou que pertencem a uma das superfícies.
O desgaste abrasivo pode envolver deformação plástica e fratura frágil,
gerando perda ou deslocamento de material por microsulcamento, microcorte
ou microlascamento, esse mecanismo é muito importante na usinagem com
ferramentas de aço rápido, ferramentas revestidas, cerâmicas puras e mistas.
Desgaste de entalhe
- Presença de uma camada encruada de material na superfície da peça
usinada
- Concentraçao de tensão devido a um gradiente de tensão na superfície livre
- Formação de trincas térmicas devido a um alto gradiente de temperatura na
superfície livre
- Presença de uma rebarba na aresta da superfície previamente usinada
- Presença de uma camada abrasiva de óxidos na superfície
- Fadiga da ferramenta por causa da flutuação de força na superfície livre que
acompanha os pequenos movimentos laterais das arestas dos cavacos
- Particulas da ferramenta depositadas na superfície da peça, se previamente
usinada as quais agem como pequenas ferramentas de corte induzindo ao
desgaste
Ocorre principalmente na usinagem de materiais resistentes a altas
temperaturas